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- Luiza Rosa Ramalho
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2 ./!01" $,23", PETCON Planejamento em Transporte e Consultoria Ltda SBS Qd. 02 Ed. Empire Center, Sala (Cobertura) Brasília-DF Fone: (61) / Fax: (61) petcon@petcon.com.br
3 1. INTRODUÇÃO CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Identificação do Empreendedor Localização do Empreendimento Histórico do Empreendimento Objetivos e Justificativas DIAGNÓSTICO AMBIENTAL Áreas de Influência Meio Físico Meio Biótico Meio Socioeconômico PROGNÓSTICO DOS IMPACTOS E MEDIDAS MITIGADORAS Avaliação dos Principais Impactos e Recomendações DIRETRIZES AMBIENTAIS Diretrizes de Caráter Administrativo Diretrizes para Projeto Diretrizes para Construção Diretrizes para Monitoramento e Proteção Ambiental ALTERNATIVA DE NÃO IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO PLANO BÁSICO AMBIENTAL Programa de Controle de Erosão Programa de Recuperação de Áreas Degradadas / paisagismo Programa de Monitoramento e Fiscalização Programa de Conservação da Biodiversidade Programa de Compensação para Unidades de Conservação Programa de Educação Ambiental para o Trânsito Programa de Articulação Interinstitucional Programa de Prospecção Arqueológica
4 7.9 Programa de Ordenamento Territorial Programa de Transporte de Cargas Perigosas Programa de Recuperação de Passivos Ambientais Programa de Melhoria das Travessias Urbanas Programa de Controle de Gases, Ruídos e Material Particulado Programa de Redução do Desconforto e de Acidentes Programa de Segurança e Saúde da Mão-de-Obra Programa de Comunicação Social Programa de Gestão e Supervisão Ambiental CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA...135
5 !" A PETCON - Planejamento em Transporte e Consultoria Ltda. foi contratada pelo Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes-DNIT, em 11/10/05, para elaborar o Estudo de Impacto Ambiental EIA, o respectivo Relatório de Impacto Ambiental RIMA e o Plano Básico Ambiental PBA, além do fornecimento de Assessoria Técnica para a obtenção das Licenças Prévia (LP) e de Instalação (LI) das obras de adequação (duplicação e ruas laterais) da BR-070, Perímetro Urbano de Águas Lindas - GO, Trecho Divisa DF/GO Divisa GO/MT, sub-trecho Perímetro Urbano de Águas Lindas, segmento compreendido entre o km 0,0 e o km 16,2, perfazendo uma extensão total de 16,2 km. Este Relatório de Impacto Ambiental RIMA reflete de forma objetiva e adequada à compreensão das pessoas interessadas, as informações mais relevantes e as principais conclusões do Estudo de Impacto Ambiental EIA, destacando-se: A caracterização do empreendedor e do empreendimento; A síntese dos resultados dos estudos referentes ao diagnóstico ambiental das áreas de influência direta e indireta deste trecho da rodovia BR-070; A identificação dos impactos positivos e negativos possíveis de ocorrerem, principalmente em relação às populações envolvidas e às unidades de proteção ambiental situadas dentro das áreas de influência direta e indireta do empreendimento; A relação de medidas propostas para a mitigação dos impactos negativos; As conseqüências advindas na hipótese do empreendimento não ser realização; O Plano de Controle Ambiental objetivando a estabilização da área, durante e após o término das obras; O Plano Básico Ambiental pormenorizando os diversos Programas Ambientais que deverão ser implementados; 5
6 As principais conclusões baseadas no EIA e. finalmente; A relação das obras e fontes de informações consultadas, com a indicação das suas autorias. De início, faz-se necessário informar que o licenciamento ambiental das obras de adequação da BR-070 refere-se ao processo n o / , protocolado no IBAMA. #$% & '! ' Razão Social: PETCON Planejamento em Transporte e Consultoria Ltda. CNPJ: / Endereço: Setor Bancário Sul SBS, Quadra 02, Bloco S, Edifício Empire Center, salas 705/ Brasília DF Telefone: (61) fax: (61) Cadastro Técnico Federal: Representante Legal: Juliana Doyle Lontra Sócia-gerente CPF: juliana@petcon.com.br Cadastro Técnico Federal: Contato: Leonam Furtado Pereira de Souza Gerente de Meio Ambiente CPF: leonam@petcon.com.br Cadastro Técnico Federal: Juliana Doyle Lontra Sócia-gerente Leonam Furtado Pereira de Souza Gerente de Meio Ambiente 6
7 ($% ) '*'+ Coordenação Geral: Geólogo Antonio Valério CREA-SP 20288/D / CTF Econ. Gustavo Henrique Lontra Neto CORECON 882/DF / CTF Eng o Agrônomo Leonam F.P.de Souza CREA-PA 1792/D / CTF Meio Físico Coordenação: Geólogo Antonio Valério CREA-SP 20288/D / CTF Equipe: Eng o Civil Petrônio Sá Benevides Magalhães CREA-CE 748/D / CTF Geólogo Raimundo Marcondes de Carvalho CREA-SP 41220/D / CTF Eng o Civil Luis Cláudio Batista Valério CREA-DF 8917/D / CTF Eng o Ambietal José Quadrelli Neto CREA-DF 14628/D / CTF Eng o Ambiental José Augusto de A. Lopes CREA-DF 14627/D / CTF Meio Biótico Coordenação: Eng o Agrônomo Túlio Leão Alvarenga CREA 9.736/D / CTF
8 Equipe: Bióloga Cleidemar Batista Valério CFB 04576/87 / CTF Bióloga Raquel Ribeiro da Silva CRBIO 44079/04D / CTF Biólogo José Braz Damas Padilha CRBIO 25508/04D / CTF Eng o Amb. Rodrigo Mello de Vasconcelos CREA-DF 13008/D / CTF Oceanóloga Juliana Doyle Lontra CTF Oceanólogo Luciano de Siqueira Freitas CTF Meio Socioeconômico Coordenação: Econ. Gustavo Henrique Lontra Neto CORECON 882-DF / CTF Equipe: Econ. Roberta Zanenga de Godoy Marchesi CORECON / CTF Eng o Agrônomo Túlio Leão Alvarenga CREA 9.736/D / CTF Gestor Ambiental Antonio João de Oliveira CREA 9.736/D / CTF Socióloga e antropóloga Heloisa Prates Doyle CTF Arqueólogo Leandro Augusto Franco Xavier CTF
9 !" ( (!!&, &*&&& (#$% & Razão Social: Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes - DNIT. CGC: / Endereço: Setor de Autarquias Norte SAN, Quadra 03, Lote A, Edifício Núcleo dos Transportes Brasília DF Telefone: (61) Responsável: Mauro Barbosa da Silva; Diretor Geral CPF: ((-.$% & A rodovia BR-070 tem origem na DF-095 (EPCL - Estrada Parque Ceilândia ou Via Estrutural), com função de via arterial, que liga Brasília Plano Piloto a Taguatinga Norte e Ceilândia e, através da DF-180, à cidade de Brazlândia. (/0' & A implantação da BR-070 no trecho Águas Lindas coincide com surgimento de uma nova fronteira agrícola nos estados de Goiás e Mato Grosso na década de 70, caracterizada pela migração de agricultores, provenientes em sua maioria da região Sul, em busca de terras para cultivo, principalmente da soja. Com a sua pavimentação entre as décadas de 70 e 80, a rodovia se consolidou como rota de integração entre as regiões Sudeste e Centro-Oeste, apesar da progressiva deterioração do seu pavimento verificada ao longo das ultimas décadas, situação comum à maior parte das rodovias brasileiras. 9
10 Dentro deste contexto, ressalta-se a criação da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno RIDE, composta por vinte e duas cidades de Goiás e de Minas Gerais, entre as quais se encontra Águas Lindas de Goiás, ligada ao DF justamente pela BR A rodovia BR- 070, no trecho a ser duplicado, constitui parte de uma importante via de ligação entre o Distrito Federal e as regiões Centro-Oeste e Norte do país. Ela se enquadra no Grupo 1, de acordo com o Decreto n o /93, possuindo faixa de domínio com largura de 130 (cento e trinta) metros, divididos simetricamente em relação ao eixo do canteiro central. Deve-se ressaltar, no entanto, que esta rodovia é federal que normalmente possuem faixa de domínio de 80 (oitenta) metros. O projeto de duplicação, tanto no nível federal como distrital foi concebido para oferecer melhores condições de tráfego e segurança, tendo em vista o alto índice de acidentes no trecho não duplicado, decorrente, na maioria das vezes, por ultrapassagens indevidas. Além disso, atualmente esta rodovia apresenta um fluxo de veículos instável e com volume além de sua capacidade, considerando o seu limite superior, o que induz à diminuição da velocidade de projeto e ao retardamento no tráfego de veículos. Devido ao crescimento da ocupação urbana às margens da rodovia BR-070, torna-se necessário o tratamento das interações junto às vias de acesso existentes, que deverão ser obrigatoriamente contempladas no projeto, bem como a recuperação dos pavimentos das vias existentes e dos seus acostamentos. O projeto em questão foi elaborado de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo DNIT, a fim de assegurar elevados níveis de mobilidade aos fluxos de longo curso e de garantir níveis de acessibilidade satisfatórios no atendimento às comunidades servidas ao longo do trecho duplicado. Sua aprovação se deu em agosto de (123 '4'#3' O objetivo básico da duplicação da BR-070 é melhorar o nível de mobilidade de trafego de longa e curta distância, na ligação entre as regiões Sul e Centro-Oeste ao Norte do país, e garantir níveis de acessibilidade satisfatórios no atendimento do trafego regional da área de 10
11 influência de Brasília. Busca, também, aumentar a capacidade de trafego e aumentar a segurança do transito. Em uma análise prospectiva da evolução do uso e ocupação do solo na região, a duplicação se mostra interessante, pois a região oeste do DF dispõe de terras muito adequadas para agricultura e ocupação demográfica de média densidade, como é o caso dos núcleos rurais existentes na região administrativa de Brazlândia, que encontra na BR-070 um importante eixo de ligação. 11
12 !" / /56! 7&- O s estudos realizados procuraram identificar, delimitar e caracterizar os parâmetros das áreas de influência direta e indireta do empreendimento e suas interações, de modo a determinar a situação atual da área. Foram levantados dados atualizados sobre os meios físico, biótico e sócio-econômico, privilegiando a participação e a diversidade dos atores envolvidos. /8'#9 A Área de Influência Direta AID definida para a caracterização do meio físico, ou seja, com relação aos aspectos geológicos/geotécnicos, pedológicos, geomorfológicos e para os recursos hídricos, foi estabelecida como sendo a faixa de domínio da rodovia que será afetada diretamente pelos serviços de desmatamento, abertura de caixas de empréstimo, terraplenagem, pavimentação e instalação do sistema de drenagem, enquanto que a Área de Influência Indireta - AII foi considerada como a área de contribuição de drenagem para o trecho em estudo. Em termos sócioeconômicos, as áreas de influência da pavimentação da rodovia BR-070 foram definidas segundo os critérios de População Indiretamente Atingida (PIA) para caracterizar os limites da área de influência indireta e, de População Diretamente Atingida (PDA), para caracterizar os limites da área de influência direta. Como PIA considerou-se a Região Administrativa de Ceilândia e Taguatinga e como PDA considerou-se os bairros da cidade de Águas Lindas e as ocupações rurais que margeiam a rodovia. 12
13 Para a determinação das áreas de influência da BR-070, sob o enfoque do sistema de transporte e tráfego, foi considerado o contexto da rodovia tanto no Sistema Rodoviário do Distrito Federal, como no Sistema Nacional, uma vez que esta rodovia interliga o Distrito Federal às regiões Centro-Oeste e Norte do país. Considerou-se como área de influência direta, a cidade de Águas Lindas, tendo-se em vista que a pavimentação da BR-070 contemplará, também, a pavimentação dos acessos viários ao longo de suas vias marginais, influindo no comportamento dos deslocamentos da população ali residente. Foi considerada como área de influência indireta do empreendimento a região oeste do Distrito Federal que envolve as Regiões Administrativas de Ceilândia, Taguatinga e Brazlândia, tendo em vista que a pavimentação da rodovia influirá indiretamente na articulação do tráfego local destas regiões. Para os estudos de fauna e flora foi estabelecida como área de influência indireta, uma faixa correspondente a extensão total do trecho do projeto (16,2 km), abrangendo 400 m para cada lado da estrada, resultando em uma área de 13,96 km 2. Já a área de influência direta está compreendida numa largura de 65 m para cada lado do leito da estrada, incluindo a faixa de domínio da rodovia onde ocorrerá o desmatamento necessário às obras de duplicação e de onde, eventualmente, será retirado material para aterro (caixas de empréstimo) e instaladas as obras de contenção de erosão, canteiros, etc. Uma síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico ambiental das áreas de influência direta e indireta desta rodovia é apresentada a seguir. /( :"' Aspectos Climatológicos Segundo a classificação de Köppen, o clima do Distrito Federal é tropical, concentrando precipitações no verão. O período mais chuvoso corresponde aos meses de novembro a janeiro, e o período seco ocorre no inverno, especialmente nos meses de junho a agosto. No Distrito Federal, pela classificação de Köppen ocorrem os seguintes tipos climáticos: 13
14 Tropical (Aw) - Temperatura, para o mês mais frio, superior a 18ºC. Situa-se, aproximadamente, nas áreas com cotas altimétricas abaixo de metros (bacias hidrográficas dos rios São Bartolomeu, Preto, Descoberto/Corumbá, São Marcos e Maranhão). Apresenta verão quente e úmido e inverno seco. Chuvas ocorrem com maiores intensidades nos meses de dezembro a março, sendo os meses de julho a agosto os meses mais secos do ano. Tropical de Altitude (Cwa) - Temperatura, para o mês mais frio, inferior a 18ºC, com média superior a 22º no mês mais quente. Abrangem, aproximadamente, as áreas com cotas altimétricas entre e metros (unidade geomorfológica - Pediplano de Brasília). Tropical de Altitude (Cwb) - Temperatura, para o mês mais frio, inferior a 18ºC, com média inferior a 22º no mês mais quente. Correspondem às áreas com cotas altimétricas superiores a metros (unidade geomorfológica - Pediplano Contagem/Rodeador). A região de Águas Lindas GO insere-se no tipo AW Qualidade do Ar / Poluição Atmosférica A Qualidade do Ar no Distrito Federal Atualmente, a Gerência de Monitoramento Ambiental (GEMOA), que pertencia a extinta Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos SEMARH, conta com uma rede de Monitoramento da Qualidade do Ar, composta de cinco estações fixas. Cada estação é dotada de dois equipamentos: Amostrador de Grandes Volumes (HI-VOL), utilizado na coleta de PTS; Amostrador de Pequenos Volumes (OPS/OMS) usado na coleta de fumaça e SO 2 As estações estão localizadas em pontos considerados críticos no que tange à questão da poluição do ar no DF, tais como terminais rodoviários, vias de tráfego intenso e áreas industriais. A existência desse tipo de rede possibilita auxilio ao processo de planejamento urbano e de implantação de indústrias e outros tipos de serviços tomando como base os dados obtidos das análises laboratoriais. Fornece dados para ativar ações de emergência durante períodos de estagnação atmosférica, além de acompanhar as tendências e mudanças na qualidade do ar, devidas a alterações nas emissões dos poluentes. 14
15 No DF, são monitorados os poluentes: ióxido de enxofre (SO 2 ); partículas totais em suspensão (PTS) e fumaça. As análises da amostras coletadas são realizadas no laboratório de monitoramento da qualidade do ar, sediado no Centro Universitário de Brasília UniCEUB: Principais Resultados Os dados da SEMARH, referentes às medições feitas no período do ano de 2000, nos meses de julho a dezembro, mostram para a Estação Rodoviária do Plano Piloto e de julho a outubro, no Setor Comercial Sul e região da FERCAL (Engenho Velho), em Sobradinho, os seguintes resultados: Tabela 1 Resultados da Qualidade do Ar Local Poluente Qualidade do Ar Rodoviária do Plano Piloto Setor Comercial Sul Fercal Engenho Velho Fonte: SEMARH SO2 Fumaça PTS SO2 Fumaça PTS SO2 Fumaça PTS Boa Má Inadequada Boa Má Inadequada Boa Inadequada Crítica A Qualidade do Ar na região de Águas Lindas - GO Não existem indústrias ou fábricas com emissão de poluentes atmosféricos no entorno e nas proximidades do local designado para a pavimentação da segunda pista da BR-070, na região de Águas Lindas. A poluição do ar na região praticamente se restringe às emanações de gases provenientes da queima de combustíveis dos veículos que trafegam na rodovia e pela poeira gerada pelo tráfego local, em vias não pavimentadas, principalmente em épocas secas do ano (abril a setembro) Poluição Sonora Na área de Águas Lindas não existe registro de monitoramento de poluição sonora realizado por entidade oficial. 15
16 Para a obtenção de dados referentes ao assunto, foram efetuadas medições de ruído utilizando-se um decibilímetro de precisão, Modelo DEC 430, devidamente calibrado. Foi caracterizados 28 pontos ao longo da BR-070, com aproximadamente 500 metros de distância entre eles. A aferição iniciou-se às 7:00 horas no sentido rio Descoberto rio do Macaco. As medições foram repetidas no sentido inverso, com início às 9:00 horas. Os resultados podem ser visualisados na Tabela 2, a seguir: Ponto de Medição Horário da 1ª medição Tabela 2 Níveis de Ruídos Máxima em decibéis (db) (Sentido rio Descoberto rio do Macaco) Horário da 2ª medição Máxima em decibéis (db) (Sentido rio do Macaco rio Descoberto) 1 7:03 82,1 10:00 73,6 2 7:05 84,7 9:56 72,0 3 7:08 89,3 9:54 84,0 4 7:10 86,2 9:52 75,0 5 7:12 87,3 9:50 80,7 6 7:15 82,9 9:44 72,0 7 7:17 86,2 9:42 80,7 8 7:19 87,1 9:39 76,3 9 7:20 83,2 9:37 84,7 10 7:22 89,7 9: :25 81,3 9:33 83,1 12 7:26 68,8 9:31 77,0 13 7:28 79,1 9:29 73,7 14 7:30 88,0 9:27 79,2 15 7:32 88,9 9:25 81,1 16 7:34 88,6 9:23 44,9 17 7:36 70,1 9:21 78,1 18 7:38 86,4 9:20 56,0 19 7:40 80,2 9:17 74,0 20 7:42 76,8 9:16 63,0 21 7:44 73,2 9:13 82,0 22 7:46 74,6 9:12 58,4 23 7:48 70,3 9:10 42,6 24 7:50 80,1 9:08 60,0 25 7:54 60,0 9:06 82,3 26 7:57 45,0 9:04 84,2 27 7:59 43,8 9:03 84,2 28 8:06 40,0 9:00 83,2 Fonte: PETCON
17 Constatou-se que, na rodovia BR-070, não existem grandes fontes estacionárias de produção de ruídos, sendo o tráfego de veículos a sua maior fonte devido a grande quantidade de caminhões, carretas e ônibus, quase sempre com motores desrregulados. As medições realizadas ao longo da BR-070, no entorno de Águas Lindas, mostraram ocorrência de ruídos de fundo em torno de db, devido principalmente ao tráfego intenso no sentido rio do Macaco rio Descoberto, ou seja, de Águas Lindas (GO) para o Distrito Federal. Conclui-se que os ruídos emitidos durante a construção da segunda pista não trarão sérios incômodos à população local, pois o tráfego local já vêm produzindo ruídos há algum tempo, sem originar maiores reclamações por parte da vizinhança. 17
18 Croqui - Amostragem de Ruído 18
19 3.2.4 Aspectos Geológico-Geotécnicos A síntese da geologia da região onde se insere o trecho de duplicação da BR-070, está fundamentada nos trabalhos de mapeamento regional de Faria (1984 e 1995), Campos e Freitas-Silva (1988) e no mapeamento semi-regional de Silva (2003), e que serviram de base para a elaboração do Mapa Geológico. (Figura 1) Aspectos Regionais A região do Distrito Federal e entorno situa-se geotectonicamente no interior da Faixa de Dobramentos Brasília, entre a posição oriental do Maciço Mediano de Goiás e o Craton do São Francisco (Almeida, 1976 e 1986), onde são individualizadas quatro seqüências de sedimentação, representadas pelos grupos Canastra, Paranoá, Araxá e Bambuí e que foram dobradas e metamorfisadas no Proterozóico, com evolução entre e 650 Ma, no Ciclo Geotectônico Brasiliano. As seqüências deposicionais Canastra e Araxá são representadas por conjuntos litológicos com maior grau metamórfico, da fácies xisto verde. O Grupo Bambuí é representado por um pacote de metassiltitos argilosos de muito baixo grau metamórfico, e o Grupo Paranoá é caracterizando por uma seqüência de sedimentos detríticos constituídos de metassiltitos, quartzitos, ardósias e metarritmitos, sobrepostos por uma fácies carbonatada, que inclui metassiltitos argilosos e lentes de calcários. Aspectos locais A área diretamente afetada pela duplicação da BR-070 está quase inteiramente inserida no domínio do Grupo Paranoá, constituído por metarritmitos arenosos ou argilosos e quartzitos. Na porção oeste do empreendimento, aproximadamente entre o km 13,5 e o rio do Macaco (km17), afloram os metapelitos do Grupo Araxá, que se sobrepõem ao Grupo Paranoá por meio de uma falha de empurrão de direção NW/SE. Nos vales dos rios Descoberto e dos Macacos completam a estratigrafia da região do empreendimento, os depósitos cenozóicos, representados pela Cobertura Detrito-laterítica e por aluviões de pouca expressão. 19
20 Inserir Figura 1 - Mapa Geológico 20
21 Ao longo da BR-070, as rochas encontram-se capeadas por Latossolo Vermelho e Vermelho- Amarelo, de textura arenosa a areno-argilosa, espessos e de natureza residual, localmente com grande quantidade de fragmentos de quartzo. No km 12,4 o quartzito apresenta-se totalmente decomposto formando solo de constituição arenosa e coloração vermelha, com perfil de 5m a 6m, como evidencia a voçoroca instalada em uma das cabeceiras do córrego Piador, tributário do rio Camargo, que corre para sudoeste em direção ao rio do Macaco. Em uma área restrita, aproximadamente entre os km 10 e 11,5, ocorrem solos arenosos residuais derivados de quartzito, apresentando camada orgânica superficial. Ao longo da BR-070, na vertente direita do rio do Macaco, os xistos do Grupo Araxá afloram em cortes, apresentando-se muito alterados, na cor cinza, amarelo e rosa-esbranquiçado, com lentes de quartzo. Nos cortes existentes na vertente esquerda do rio do Macaco, entre os km 14 e 17, predominam solos saprolíticos cinza avermelhados, siltosos, freqüentemente capeados por cascalho. Cobertura Detrito-laterítica Capeando as unidades proterozóicas, a Cobertura Detrito-laterítica local está representada por Latossolos, que recobrem a superfície da chapada de Águas Lindas, sustentada pelos quartzitos e metarritmitos arenosos. São solos arenosos com elevado teor de areia quartzosa, ou areno-argilosos com pouca plasticidade, apresentando, em geral, espessuras da ordem de 4m a 6m, podendo ser residuais das rochas subjacentes ou transportados (coluvionares). A principal característica do ponto de vista geotécnico é sua alta condutividade hidráulica e, também, quando saturado, a elevada colapsividade. As principais ocorrências de cascalho ao longo da BR-070 localizam-se entre os km 11,5 e 13, na borda da chapada de Águas Lindas e sobre os tabuleiros modelados nos xistos do Grupo Araxá, onde vários desses locais já são explorados como fonte de cascalho laterítico 21
22 empregado em obras de infra-estrutura e, em parte, para a própria pavimentação da pista existente da BR-070. Essas áreas decapeadas, atualmente com exposição de camadas saprolíticas siltosas bastante suscetíveis à erosão, constituem passivos ambientais das obras de infra-estrutura empreendidas na região de Águas Lindas Aspectos Geomorfológicos Com relação ao relevo, a região onde ocorrerá a duplicação da BR-070 pode ser dividida em duas porções distintas: Chapada de Águas Lindas e Região Dissecada dos Altos Cursos dos rios Descoberto e do Macaco. A Chapada de Águas Lindas é caracterizada por uma topografia plana a ligeiramente ondulada, com inclinação suave para os bordos, não ultrapassando a declividade de 8%, estando balizada, de uma forma geral, acima da cota de 1120m, que marca o limite com a região de dissecamento. É constituída por quartzitos e metarritmitos arenosos do Grupo Paranoá, capeados pelos solos porosos e permeáveis da Cobertura Detrítica, com as bordas revestidas por crostas lateríticas, que contribuem para a resistência desse relevo aos processos erosivos de dissecação atuantes. A paisagem desta unidade é a mais estável da região, onde o escoamento das águas pluviais induz à erosão laminar lenta, tendo em vista a fácil infiltração das águas precipitadas nos Latossolos porosos e a suavidade topográfica, que conferem à Cobertura Detrito-laterítica boas características como reservatórios de águas subsuperficiais. A Região Dissecada dos Altos Cursos dos rios Descoberto e do Macaco é caracterizada por um relevo de colinas, morros e feições residuais de topo aplainado, com grau de dissecação variado e modelado segundo um marcante controle litológico e estrutural. Abrange colinas e morros de formas convexo-côncavas e topos arredondados ou alinhados, com encostas de declividade média a suave e desníveis inferiores a 50m, que se intercalam a fragmentos de superfícies tabulares residuais de aplainamento, de rebordos dissecados, capeadas por crostas detrito-lateríticas e niveladas em torno das cotas 1040 e 1080m, com amplitudes de relevo de até 80m. 22
23 3.2.6 Aspectos Hidrogeológicos Os aqüíferos subterrâneos existentes na área em estudo são de dois tipos: o das águas subsuperficiais rasas, contidas na cobertura cenozóica que funciona como meio poroso, e o das águas subterrâneas armazenadas nas descontinuidades do maciço rochoso, em profundidade, denominado de aqüífero de domínio fissural. Este aqüífero engloba os Latossolos da Cobertura Detrítica, solos residuais das litologias subjacentes e solos hidromórficos, funcionando como extensos reservatórios superficiais de água, cuja recarga depende diretamente da precipitação pluviométrica. Quanto à redução da área de recarga do aqüífero pela impermeabilização do solo, esta é igualmente insignificante, dada à dimensão linear da rodovia, havendo ainda algum benefício à alimentação do aqüífero poroso, pelo incremento da infiltração através de caixas de empréstimo e bacias de retenção que deverão necessariamente ser previstas ao longo do trecho. Os aqüíferos do Domínio Fissural ou das Águas Subterrâneas são constituídos pelos sistemas de descontinuidades do maciço rochoso, representados por fraturas, juntas de acamamento abertas e falhas. São aqüíferos locais, livres, recarregados através do meio poroso saturado da cobertura, ou por meio da própria rocha aflorante nas drenagens, limitando-se a uma profundidade da ordem de 150 m, pois a partir daí a ocorrência de fraturas abertas no maciço rochoso é bastante reduzida. Salenta-se que o trecho em estudo tem interferência apenas com os solos superficiais, não exercendo qualquer influência no aqüífero das águas subterrâneas, restrito ao maciço rochoso Aspectos Pedológicos Na denominação e sistematização das diversas classes diagnosticadas na área foi utilizado o novo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999), conforme pode ser observado no Mapa Pedológico (Figura 2). Na região da duplicação da BR-070 foram encontrados: Latossolo Vermelho, Latossolo Vermelho-Amarelo, Cambissolo, Gleissolo, Neossolo Quartzarênicos e Plintossolo. 23
24 Inserir Figura 2 - Mapa Pedológico 24
25 Latossolo Vermelho Os Latossolos localizam-se em áreas de relevo plano a suave ondulado, ocupando uma grande extensão (38,67% da área estudada). São solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B latossólico, com eventual quantidade de laterita. Latossolos Vermelho-Amarelo Os Latossolos Vermelho-Amarelos ocupam 16,88% da área estudada. São solos minerais, com horizonte A moderado e horizonte B latossólico, possuindo textura arenosa ou média. São bastante porosos e muito bem drenados, com baixos valores de argila dispersa em água. Os Latossolos possuem pouca suscetibilidade à erosão. Entretanto, foram constatadas erosões de grandes extensões próximas à rodovia, resultante do acúmulo de drenagem da água de chuva incidida no asfalto. Ocupam áreas bastante extensas de relevo plano e suave ondulado. Cambissolos Os Cambissolos são solos pouco desenvolvidos que ainda apresentam minerais primários facilmente intemperizáveis. Geralmente estão associados aos relevos mais movimentados (ondulados e forte-ondulados). Ocupam 39,24% da área de estudo, constituindo a classe predominante no projeto. Quando derivados das litologias do grupo Paranoá, são de textura de arenosa a média,geralmente apresentando calhaus, cascalhos, concreções e fragmentos de rochas ao longo do perfil, com concentração na superfície do solo ou em camadas entre os horizontes. Neossolos Quartzênicos (Areias Quartzosas) São solos minerais, pouco desenvolvidos, profundos, podendo apresentar camadas de laterita em mistura com calhaus de quartzo a partir de 1,5 m. A textura é predominantemente arenosa e, por isso, são excessivamente drenados, porosos e muito suscetíveis à erosão. Ocupam inexpressiva extensão (1,0% da área estudada) e localizam-se em terrenos de relevo plano e suave ondulado com declives que variam de 0 a 8%, predominando declives de 4%. 25
26 Solos Hidromórficos São solos pouco desenvolvidos que geralmente ocupam as depressões da paisagem sujeitas a inundação. Correspondem a cerca de 0,58% da área de estudo. São mal ou muito mal drenados e, com freqüência, ocorre uma espessa camada escura de matéria orgânica mal decomposta sobre uma camada acinzentada de gleização. Formaram-se a partir de sedimentos aluviais, com presença de lençol freático próximo à superfície na maior parte do ano, caracterizando um ambiente de acúmulos orgânicos. Plintossolos São solos minerais hidromórficos, anteriormente conhecidos como Laterita Hidromórfica, que apresentam séria restrição à percolação da água e, por conseqüência, situam-se em áreas de alagamento temporário. Representam quase 1,0% da área total do estudo, localizados em relevos planos e em áreas deprimidas, no terço inferior de encostas onde há importante movimentação lateral de água. Apresentam horizonte A pouco desenvolvido ou ausente, cobertos por vegetação de campos limpos. Possuem coloração de fundo amarelada e mosqueamentos que variam do marrom ao vermelho Aspectos Geotécnicos Com o objetivo de subsidiar tomada de decisão por parte dos projetistas e do DNIT quanto à utilização dos solos durante a execução das obras de pavimentação da BR-070, indica-se, a seguir, alguns resultados de análise geotécnica. Os ensaios geotécnicos realizados revelam a presença de argila siltosa e/ou arenosa com valores de SPT variável entre 0 e 3 golpes, isto é, de consistência muito mole a mole. Os ensaios de caracterização determinaram para esses solos fração de argila (Ø < 2) variável, em média, entre 70% e 90%, limite de liquidez (WL) de 41% a 62%, índice de plasticidade (IP) de 8,5% a 19,7%, umidade natural (W nat) de 28,4% a 46% e densidade natural (s) baixa, variável entre 8,3 kn/m 3 e 10,3 kn/m 3, sendo a densidade real dos grãos (G) de 2,69 a 2,86. Os índices de vazios (e) apresentam altos valores, variando de 1,87 a 2,32, enquanto o grau de saturação (S) varia entre 45% e 48%, bem inferior ao necessário para a completa saturação do 26
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