Contents: amnesty international

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Contents: amnesty international"

Transcrição

1 Contents: 1. INTRODUÇÃO 3 (a) Sobre este guia 3 (b) Informação geral sobre o desenvolvimento de normas que tenham em conta uma perspectiva de género nos tribunais internacionais 5 (c) Responsabilidade dos Estados em virtude do Direito Penal Internacional 7 2. PARTE I. ORGANIZAÇÃO DE UMA CAMPANHA NACIONAL PARA A REFORMA LEGISLATIVA 9 Passo 1: Identificar parceiros 9 Passo 2: Avaliar o sistema de justiça do país 10 Passo 3: Analisar o contexto interno e externo e fixar objectivos 13 Passo 4: Identificar audiências-alvo e formas de aproximação 15 Passo 5: Desenvolver um plano de actividades 15 Passo 6: Acção e informação contínuas PARTE II. ELEMENTOS DO DIREITO PENAL INTERNACIONAL RELATIVOS AO GÉNERO Crimes por motivos de género que todas as nações devem tipificar como crimes 17 (a) Violação 20 (b) Escravatura Sexual 24 (c) Escravatura, incluindo o tráfico de seres humanos 26 (d) Gravidez à força 29 (e) Esterilização à força 30 (f) Outras formas de violência sexual 31 (g) Perseguição por motivos de género Que não existam lugares seguros para aqueles que cometem actos de violência contra as mulheres através do exercício da jurisdição universal 36 (a) Crimes por motivos de género como o genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra, tortura e escravatura 38 (b) Outros crimes de violência por motivos de género Procedimentos penais que prestem atenção aos aspectos de género nos crimes de violência por motivos de género 41 (a) Julgamentos justos nos casos de crimes de violência sexual 42 (b) Prova do consentimento 42 (c) Prova de conduta sexual anterior 44 (d) Confirmação 46 (e) Provas à prova fechada ou por meio de gravação áudio ou vídeo 47 (f) Apoio às vítimas e às testemunhas 49 amnesty international International Secretariat Peter Benenson House 1 Easton Street London WC1X 0DW United Kingdom Website: 4. Melhorar o tratamento das vítimas e das testemunhas 49 (a) Participação nos processos e representação legal 50 (b) Medidas de protecção, aconselhamento e apoio às vítimas Reparação para as vítimas de violência com base no género Assegurar uma representação equilibrada de género e contratar funcionários especializados 55

2 2

3 Fim à violência contra as mulheres: Como utilizar o direito penal internacional para impulsionar reformas legislativas que incorporem uma perspectiva de género As cláusulas de género [do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional] podem ajudar a fortalecer a capacidade de elevar ao nível nacional a discussão sobre a violência praticada contra as mulheres, através da inclusão de mais crimes de violência sexual e de violência de género, de definições progressivas dos crimes já tipificados e de procedimentos criminais para estes crimes que sejam mais sensíveis aos aspectos de género É, por isso, imperativo o envolvimento de grupos de mulheres que se ocupem de questões de reforma legislativa e de violência contra as mulheres - Pam Spees, INTRODUÇÃO (a) Sobre este guia Ao longo da última década, a comunidade internacional deu passos sem precedentes a fim de abordar no direito internacional os crimes de violência contra as mulheres. Apesar do número reduzido de pessoas julgadas e condenadas por estes crimes nos tribunais internacionais, foram estabelecidas importantes normas que podem ser usadas como modelo nos sistemas nacionais. Foram adoptadas novas e progressivas definições de crimes de violência de género e as regras processuais e de prova foram modificadas com o intuito de eliminar algumas das suposições e práticas discriminatórias que muitas vezes tornam os processos traumáticos para as vítimas e reduzem as hipóteses de condenação. 2 1 Pam Spees, Women s advocacy in the creation of the international court: Changing the landscapes of justice and power, 28 Signs: Journal of Women Culture and Society, 2003, pág O termo vítima será usado ao longo deste documento, dado que é o termo usado no direito penal internacional para referir tanto as vítimas de crimes de direito internacional que sobreviveram aos crimes, como aquelas que morreram como resultado dos mesmos. A Amnistia Internacional, normalmente usa o termo sobrevivente ao referir-se à violência contra as mulheres, a não ser que a mulher tenha morrido.

4 Fim à Violência contra as Mulheres: Como utilizar o direito penal internacional para impulsionar reformas legislativas que incorporem uma perspectiva de género Os tribunais penais internacionais, tal como o Tribunal Penal Internacional para a ex-jugoslávia e o Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, contribuíram de forma significativa para a definição de crimes de violência contra as mulheres, em especial dos crimes de violência sexual, e para o estabelecimento de procedimentos eficazes para as vítimas. Estes progressos encontram-se reflectidos e desenvolvidos no Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional (Estatuto de Roma), adoptado em Julho de Os tribunais internacionais apenas têm capacidade para julgar um número reduzido de pessoas. Para acabar com a impunidade é, portanto, necessário assegurar que as autoridades nacionais investiguem e julguem de forma eficaz os crimes de violência contra as mulheres. Infelizmente, a história recente tem demonstrado que as autoridades nacionais têm falhado no que toca à investigação e julgamento dos crimes de violência contra as mulheres, sobretudo quando cometidos em tempos de conflito. Quando actuam, as leis em vigor não definem adequadamente os crimes e os procedimentos criminais não respeitam a dignidade das vítimas. Este guia foi criado com o objectivo de ser um instrumento para a Amnistia Internacional e para outras organizações não-governamentais, em particular grupos de mulheres, a fim de impulsionar reformas legislativas nacionais para tipificação da violência contra as mulheres como crime incorporando os mais elevados níveis da prática internacional. Tem o objectivo de oferecer informação detalhada sobre uma área específica o Direito Penal mais pormenorizada do que em outros documentos elaborados até agora no âmbito da campanha mundial da Amnistia Internacional Fim à Violência contra as Mulheres. Para mais informações sobre como actuar nos mais diversos assuntos relevantes para terminar com a violência contra as mulheres, poderá ser consultado o documento da Amnistia Internacional: Making Rights a Reality: Building your campaign, (AI Índice: ACT 77/051/2004), Junho de Este guia identifica os seguintes passos fundamentais nos inquéritos e procedimentos criminais de crimes de violência de género: Incluir os crimes de género definidos no direito penal internacional na legislação nacional de cada país; Pôr fim à impunidade para os autores de actos de violência contra as mulheres, assegurando que possam ser julgados nos tribunais nacionais independentemente do local onde o crime tenha sido cometido (jurisdição universal); Adoptar procedimentos criminais que tenham em conta uma perspectiva de género; Melhorar o tratamento dado às vítimas e às testemunhas no sistema de justiça criminal; Assegurar que as vítimas de violência de género recebem as devidas reparações, incluindo indemnizações; Assegurar que existe um equilíbrio de género entre os funcionários do sistema de justiça criminal e que estes se encontram devidamente qualificados em questões de género. Presentemente, nenhum país aplica todas as leis, definições e padrões destacados neste guia. Por isso, a Amnistia Internacional acredita que os grupos de advogados, de mulheres e outros grupos da sociedade civil em todo o mundo encontrem este guia útil em termos de planificação e 3 Disponível em: Amnistia Internacional Maio AI Índice: IOR 40/007/2005

5 implementação de campanhas para alterações legislativas que serão importantes nos sistemas de justiça criminal dos respectivos países. (b) Informação geral sobre o desenvolvimento de normas que tenham em conta uma perspectiva de género nos tribunais internacionais O Direito Penal Internacional inclui: Crimes previstos no direito internacional, incluindo o direito consuetudinário e o direito dos tratados, como o genocídio, os crimes contra a humanidade, os crimes de guerra, a tortura, os desaparecimentos forçados e as execuções extrajudiciais. Condutas pelas quais os tratados requerem que os Estados extraditem os suspeitos ou que submetam os casos aos seus próprios procuradores para fins de procedimento criminal, como sejam a falsificação, o desvio de aviões e as ofensas terroristas. O direito penal internacional, na área da violência contra as mulheres, desenvolveu-se de forma bastante mais sensível ao género do que no passado, graças à pressão exercida por organizações de mulheres em todo o mundo. A violação encontra-se proibida desde há séculos no direito dos conflitos armados. Contudo, até recentemente, os abusos específicos cometidos contra mulheres em tempos de conflito eram vistos, ou como consequência natural da guerra (logo não sendo actos criminosos), ou quando reconhecidos como crimes eram considerados crimes contra a honra ou a dignidade da mulher em vez de crimes de violência de género. As quatro Convenções de Genebra de 1949, que figuram entre os tratados mais importantes sobre a regulamentação dos conflitos armados, não incluem expressamente a violação ou outras formas de agressão sexual como infracções graves. A violação e outras formas de violência sexual cometidas durante um conflito armado internacional podem ser julgadas como infracções graves das Convenções de Genebra, tais como a tortura, o tratamento desumano e o facto de causar deliberadamente grande sofrimento ou de atentar gravemente contra a integridade física ou a saúde. Contudo, tem-se falhado na enumeração de crimes de violência sexual como infracções graves por direito próprio, o que tem enviado a mensagem de que os Estados não são obrigados a proceder criminalmente contra estes crimes como sendo dos crimes de guerra mais graves. Do mesmo modo, o tribunal de Nuremberga criado para julgar os criminosos de guerra nazis, não incluiu no seu Estatuto a violação como crime, e o tribunal de Tóquio criado para julgar os criminosos de guerra japoneses, julgou um número reduzido de violações apenas como violações à honra da família em vez de crimes contra os sobreviventes das violações. 4 Existe, contudo, um pequeno número de exemplos a ter em conta contra a regra geral de a violência por motivos de género não ser tipificada como crime por direito próprio no direito do conflito armado. A Lei 4 Kelly Dawn Askin, War Crimes against Women: Prosecution in War Crimes Tribunals (Haia: Martinus Nijhoff Publishers 1997). 5

6 Fim à Violência contra as Mulheres: Como utilizar o direito penal internacional para impulsionar reformas legislativas que incorporem uma perspectiva de género nº 10 do Conselho Aliado de Controlo de 1945 enumerou expressamente a violação como crime contra a humanidade e em 1996 a Comissão de Direito Internacional confirmou no seu projecto do Código de Crimes Contra a Paz e a Segurança da Humanidade que a violação, a prostituição forçada e outras formas de abuso sexual eram crimes contra a humanidade. A criação do Tribunal Penal Internacional para a ex-jugoslávia em 1993 e do Tribunal Penal Internacional para Ruanda em 1994 trouxeram um número considerável de desenvolvimentos relacionados com a resolução de crimes graves de violência contra as mulheres através do direito penal internacional. Os Estatutos dos dois tribunais internacionais incorporam a discriminação por motivos de género mas de forma relativamente limitada: incluem a violação como crime contra a humanidade apenas e não também como crime de guerra. Também não enumeraram explicitamente quaisquer outras formas de discriminação por motivos de género. Contudo, ambos os tribunais fizeram progressos ao expandirem as definições de crimes de discriminação por motivos de género e ao desenvolverem, através da jurisprudência, os procedimentos para os inquéritos e procedimentos criminais de casos de violência por motivos de género. Os procuradores de ambos os tribunais têm procedido criminalmente contra casos de violação e outras formas de violência sexual como sendo elementos de genocídio, tortura e outros actos desumanos, no entanto, a estratégia da acusação e a prática relacionada com crimes de violência sexual no Tribunal Penal Internacional para o Ruanda têm sido criticadas. 5 A experiência dos tribunais provou ser bastante importante na preparação pela Comissão de Direito Internacional em 1994 do projecto do estatuto para um tribunal penal internacional permanente e, em 1996, do Código de Crimes Contra a Paz e a Segurança da Humanidade, o qual inclui um número de crimes contra a humanidade e de guerra de violência sexual, assim como o crime contra a humanidade de violação. Ambos instrumentos influenciaram, por sua vez, o projecto do Estatuto de Roma para o Tribunal Penal Internacional permanente (TPI). 6 Após alguns anos de negociações e de debates, em Julho de 1998 a comunidade internacional adoptou o Estatuto de Roma com 120 votos a favor. O Estatuto de Roma determina que o Tribunal pode investigar e acusar indivíduos por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, quando os tribunais nacionais não querem ou não podem fazê-lo. Com a 60ª ratificação do 5 Para mais informações vide Amnistia Internacional, Making Rights a Reality: The duty of states to address violence against women, AI Índice: ACT 77/049/2004, 3 de Junho de 2004, disponível em: Ver também Kelly Dawn Askin, The Treatment of Gender Crimes in the ICTR: Progress or Regression? The Akayesu Legacy at Risk, J. Int I Crim. Jus. (Spr.2005) (a publicar); Binaifer Nowrojee, Your Justice is too Slow: How the ICTR Failed Rwanda s Rape Victims (UNRSD Zubaan Books 2005) (a publicar). 6 Relatório da Comissão de Direito Internacional sobre o trabalho da sua 48º sessão, 6 de Maio a 26 de Julho de 1996, (OR) AGONU, 51ª sessão (Sup. nº. 10), A/51/10, ONU doc. (1996), Draft Code of Crimes against the Peace and Security of Manking (1996), art. 18 (j) (violação, prostituição forçada e outras formas de abuso sexual como crimes contra a humanidade); art. 20 (d) (ultrajes contra a dignidade pessoal em violação do direito humanitário internacional, em particular tratamento humilhante e degradante, violação, prostituição forçada e qualquer outra forma de agressão indecente como crimes de guerra em conflitos armados internacionais); art.20 (f) (os mesmos crimes mas em conflitos armados não internacionais). Amnistia Internacional Maio AI Índice: IOR 40/007/2005

7 Estatuto de Roma, a jurisdição do Tribunal teve início em 1 de Julho de 2002, encontrando-se agora em funcionamento na Haia. 7 Após a intensa campanha de organizações não-governamentais activas na defesa dos direitos humanos para as mulheres, incluindo a Amnistia internacional, o Estatuto de Roma aborda diversos assuntos relacionados com o género, incluindo a separação das definições de crimes de discriminação por motivos de género dos conceitos de honra e dignidade, cláusulas de protecção das vítimas e testemunhas e o reconhecimento da necessidade de uma representação justa de juízes do sexo feminino e masculino, incluindo juízes com experiência em violência contra mulheres. 8 Após a adopção do Estatuto de Roma, a Assembleia dos Estados Partes adoptou dois instrumentos complementares o Regulamento Processual, que estabelece detalhadamente como o Tribunal deve funcionar, e os Elementos dos Crimes, um instrumento não obrigatório designado para auxiliar o tribunal na interpretação e aplicação do Estatuto de Roma. 9 Estes instrumentos serão extensivamente referidos ao longo deste guia, dado que muitos padrões e procedimentos relevantes relacionados com a violência por motivos de género se encontram incluídos nos mesmos. Em muitos aspectos, o Estatuto de Roma e o Regulamento Processual são pontos de referência nos procedimentos criminais de crimes de violência contra as mulheres. A definição dos crimes e muitos dos aspectos processuais influenciaram os novos tribunais internacionais, incluindo o Tribunal Especial para a Serra Leoa e os Painéis Especiais para Crimes Graves em Timor-Leste. (c) Responsabilidade dos Estados em virtude do Direito Penal Internacional 7 Em Abril de 2005, o procurador do Tribunal Penal Internacional deu início às investigações na República Democrática do Congo e no Uganda. A República Central Africana denunciou ao procurador a situação nesse país e a Costa do Marfim fez uma declaração nos termos do artigo 12 (3) do Estatuto de Roma reconhecendo a jurisdição do Tribunal sobre crimes de direito internacional cometidos nesse país desde Setembro de Em Abril de 2005, o Conselho de Segurança das Nações Unidas denunciou os crimes cometidos em Darfur, no Sudão, ao procurador do TPI. O procurador tinha ainda de tomar a decisão de avançar com a investigação destas situações. Cada uma destas situações inclui crimes graves de violência contra as mulheres. Para mais informações sobre as actividades do Tribunal ver: 8 Estatuto de Roma, art. 36 (8) (b); Regulamento Processual, regra 17 (2) (a) (iv). 9 Elementos dos Crimes, um instrumento suplementar adoptado pela Assembleia dos Estados Partes do Tribunal Penal Internacional em Setembro de 2002, designado, de acordo com o art. 9 (1) do Estatuto de Roma, para auxiliar o Tribunal a interpretar e a aplicar os artigos 6º [genocídio], 7º [crimes contra a humanidade] e 8º [crimes de guerra]. Apesar de o art. 21 (1) do Estatuto de Roma determinar que o Tribunal Penal Internacional aplicará em primeiro lugar o Estatuto de Roma, os elementos constitutivos dos crimes e o Regulamento Processual, o art. 9 (3) torna claro que os elementos constitutivos dos crimes são para aconselhamento, não são vinculativos para o Tribunal, e que os Elementos Constitutivos dos Crimes e qualquer alteração aos mesmos pela Assembleia dos Estados Partes, deverão ser compatíveis com as disposições contidas no Estatuto [de Roma]. Em alguns aspectos os elementos dos crimes individuais de violência sexual nos elementos constitutivos dos crimes não são inteiramente compatíveis com o Estatuto de Roma ou são insatisfatórios pelas razões explicadas neste documento. 7

8 Fim à Violência contra as Mulheres: Como utilizar o direito penal internacional para impulsionar reformas legislativas que incorporem uma perspectiva de género Perante o direito internacional dos direitos humanos todos os Estados têm o dever legal de agir a fim de prevenir, investigar e punir a violência contra as mulheres. 10 Esta obrigação é referida por vezes como a obrigação de exercer um esforço apropriado. Os Estados devem implementar as suas obrigações de acordo com os tratados e a lei consuetudinária internacional para respeitar, proteger e tornar efectivos os direitos na lei e na prática. Os Estados devem exercer e promover os direitos a fim de que sejam respeitados pelos agentes estatais e por actores não estatais a fim de manter um sistema de justiça eficaz. Esta obrigação pode ser usada a fim de impulsionar reformas legislativas em várias áreas, incluindo a reforma do sistema de justiça criminal. Todos os padrões e regras delineados neste guia podem ser usados como exemplos da forma como os Estados podem atingir os mais altos padrões da prática internacional e executar as suas obrigações nos termos do direito internacional de proteger as mulheres da violência. Os Estados partes do Estatuto de Roma reconhecem no Preâmbulo que têm a obrigação de submeter à acção da justiça os responsáveis por actos de violência contra mulheres que constituam genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, através do exercício da respectiva jurisdição penal sobre estes crimes. Para tornar efectiva esta obrigação os Estados devem decretar legislação definindo estes crimes como crimes na legislação interna. O processo de implementação do Estatuto de Roma, o qual se encontra presentemente a ser efectuado em diversos Estados, representa a maior oportunidade de reforma dos últimos tempos da legislação penal e dos processos penais nacionais. Grupos da sociedade civil podem usar o processo de implementação nacional do Estatuto de Roma como campanha para os Estados abordarem as fraquezas das suas leis relacionadas com a violência contra as mulheres. Para os Estados evitarem que o Tribunal Penal Internacional determine que não querem ou não podem acusar determinado crime, o sistema de justiça nacional deve ter uma legislação válida para o procedimento criminal destes crimes, de acordo com as salvaguardas processuais e os padrões de julgamentos justos, conforme dispostos no Estatuto de Roma. Os grupos da sociedade civil também podem usar outras disposições relacionadas com o apoio e a protecção das vítimas, a participação das vítimas em todas as fases do processo e a nomeação de especialistas jurídicos em crimes de violência sexual como modelos para reformar os sistemas de justiça nacionais. Embora os Estados partes do Estatuto de Roma não tenham nenhuma obrigação legal de alargar a aplicação das definições do Estatuto de Roma dos crimes de violência sexual aos crimes domésticos, as mulheres defendem que estas definições também podem ser usados para defender uma mudança na definição dos crimes domésticos. Para verificar se o seu país já decretou legislação e implementou as obrigações decorrentes do Estatuto de Roma, poderá ser consultado o seguinte website: Se a legislação já existe, esta pode ser usada para incentivar mais reformas relacionadas com os crimes domésticos, assim como com os crimes internacionais. Por exemplo, se o seu país já tipificar como crime a gravidez à força, a esterilização à força e outras formas de violência 10 Para mais informações ver: The duty of states to address violence against women, supra, n. 5. Amnistia Internacional Maio AI Índice: IOR 40/007/2005

9 sexual em situações de ataque generalizado ou sistemático, pode ser argumentado que estas formas horríficas de violência sexual também deverão ser definidas como crimes de forma coerente quando não fazem parte desses ataques. Haverá mais pontos de referência e de definições destes crimes na próxima secção. Todos os Estados têm também a obrigação de decretar e aplicar legislação relativa ao exercício da jurisdição universal sobre os crimes de violência contra as mulheres relacionados com o genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra, tortura, execuções extra jurídicas e desaparecimentos forçados. Existem fortes razões de ordem moral e lógica para que os Estados estendam a aplicação da jurisdição universal a outros crimes de violência contra as mulheres não relacionados com estes crimes. Veja-se a Secção 2 deste guia e mais informações sobre jurisdição universal. Este guia refere-se apenas a assuntos de género relacionados com o Estatuto de Roma. Para auxiliar a sua campanha na implementação de outros elementos do Estatuto de Roma ver: Amnesty International, International Criminal Court: Checklist for Effective Implementation, AI Índice: IOR 40/11/00, 1 de Agosto de PARTE I. ORGANIZAÇÃO DE UMA CAMPANHA NACIONAL PARA A REFORMA LEGISLATIVA Esta secção destaca algumas sugestões de passos e informações úteis para organizar uma campanha a nível nacional a fim de reformar o direito penal interno para que tenha em conta uma perspectiva de género. Naturalmente cada país e cada sistema de justiça são diferentes, por isso só alguns aspectos das sugestões serão úteis a cada país. Para informações mais detalhadas poderão ser consultados os documentos: Making Rights a Reality: Building your campaign, AI Índice: ACT 77/051/2004, Junho de e Amnesty International Campaigning Manual, AI Índice: ACT 10/002/2001, 1 de Dezembro de Passo 1: Identificar parceiros O primeiro passo na campanha para a reforma legislativa é identificar parceiros que possam colaborar no desenvolvimento da estratégia mais adequada. Sugerimos algumas possibilidades: Grupos da Amnistia Internacional ou redes de mulheres, advogados e comunicação social. 11 Disponível em: 12 Building your campaign, supra, n Disponível em: 9

10 Fim à Violência contra as Mulheres: Como utilizar o direito penal internacional para impulsionar reformas legislativas que incorporem uma perspectiva de género Organizações nacionais ou locais de mulheres: a maior parte destes grupos deverão ter experiência de pressão sobre o governo em assuntos de reforma legislativa. Grupos de advogados da Amnistia Internacional: os membros dos grupos de advogados são de particular ajuda para completar a avaliação seguidamente apresentada. Ordens de advogados. Académicos: académicos especializados na área do direito ou de género podem ser de particular interesse para ajudar na reforma legislativa. Membros de ONGs nacionais ou locais da Coligação para o Tribunal criminal Internacional (CTPI): para mais informações sobre como contactar estes grupos ver: Membros da organização Women s Initiatives for Gender Justice. A Women s Initiatives for Gender Justice (a anterior Women s Caucus for Gender Justice) é uma organização internacional para defesa os direitos humanos das mulheres com sede na Haia. A Women s Caucus teve um papel decisivo na negociação de aspectos relacionados com o género no Tratado de Roma, e a organização que lhe sucedeu continua a monitorizar as actividades do Tribunal para assegurar a justiça ao nível do género. Tem como membros organizações de todo o mundo. Para mais informações sobre se existe alguma organização do seu país ou da sua região, ver: Passo 2: Avaliar o sistema de justiça do país Ao impulsionar a reforma da legislação penal é necessário avaliar o sistema de justiça, ver onde existem lacunas e onde devem ser feitos aperfeiçoamentos. A avaliação seguidamente apresentada descreve os problemas mais comuns com a legislação penal da maioria dos países. Deverá ser analisada a legislação penal, incluindo o Código Penal do país em causa, assim como qualquer legislação que inclua crimes internacionais. Por exemplo, muitos Estados já têm legislação para crimes de guerra mas estes podem não incluir os crimes de discriminação por motivos de género, a seguir mencionados. Alguns Estados podem incluir na respectiva legislação crimes como o genocídio ou a tortura. Os Estados podem também ter legislação que procure implementar as respectivas obrigações decorrentes do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, mas isso poderá não reflectir todas os crimes e padrões estabelecidos no Estatuto de Roma. Amnistia Internacional Maio AI Índice: IOR 40/007/2005

11 Se o seu país tem legislação sobre crimes de guerra, poderá encontrar essa legislação na base de dados do Comité Internacional da Cruz Vermelha: 14 Se o seu país tem legislação para cumprir as respectivas obrigações decorrentes do Estatuto de Roma poderá encontrar essa legislação na página Internet sobre justiça internacional da Amnistia Internacional: 15 As organizações de mulheres, as organizações de direitos humanos, os advogados trabalhando na área do direito penal, as faculdades de direito, as ordens de advogados e as sociedades de advogados também podem ajudar na localização desta informação. Poderão ser obtidas cópias da legislação interna mais relevante através dos Ministérios da Justiça, das comissões de assuntos constitucionais ou departamentos governamentais equivalentes. Poderá estar disponível directamente na Internet na página do ministério ou em bibliotecas. Com a informação reunida será possível compilar a avaliação completa do sistema de justiça nacional. Isto poderá ser feito em colaboração com os parceiros identificados. O formulário de avaliação que se segue pode ser usado para identificar as lacunas na legislação nacional que devem ser abordadas. Crimes A legislação do seu país inclui o crime violação tipificado de forma coerente com a definição do TPI? Por exemplo: É uma definição neutra em relação ao género? A definição inclui a penetração com qualquer parte do corpo ou objecto? A definição inclui a penetração oral ou anal forçada? A definição centra-se no acto do autor? Determina que não exista a necessidade de provar o predomínio da força física? A legislação do seu país inclui o crime de escravatura sexual tipificado de forma coerente com a definição do TPI? A legislação do seu país inclui o crime de escravatura tipificado de forma coerente com a definição do TPI? É importante verificar se: Parte II, secção 1 (a) 1 (b) 1 (c) 14 Esta base de dados tem em conta informação dada pelos Estados sobre as respectivas legislações internas. Por isso, o seu país poderá ter legislação sobre crimes de guerra que não estejam incluídos nesta base de dados. 15 Esta lista não está necessariamente completa. Se encontrar legislação implementando as obrigações do seu país assumidas nos termos do Estatuto de Roma que não esteja aqui incluída, agradecemos que informe o Projecto de Justiça Internacional na Amnistia Internacional (ijp@amnesty.org) 11

12 Fim à Violência contra as Mulheres: Como utilizar o direito penal internacional para impulsionar reformas legislativas que incorporem uma perspectiva de género A definição nacional de escravatura inclui o crime de tráfico de pessoas? A definição do tráfico de pessoas é definida de forma coerente com a definição do Protocolo das Nações Unidas para Prevenir, Suprimir e Punir o Tráfico de Pessoas? A legislação do seu país inclui o crime de gravidez à força tipificado de forma coerente com a definição do TPI? A legislação do seu país inclui o crime de esterilização à força tipificado de forma coerente com a definição do TPI? A legislação do seu país inclui os crimes de qualquer outra forma de violência no campo sexual tipificados de forma coerente com as definições do TPI? A legislação do seu país inclui o crime de perseguição de pessoas por motivos de género tipificado de forma coerente com o disposto no direito internacional? O seu país reconhece a perseguição por motivos de género como requisito para solicitar o estatuto de refugiado? A todos os crimes descritos acima É cada um destes crimes definido como: Crime Contra a Humanidade? Crime de Guerra? Crime Grave? (por ex. são as definições nacionais de violação coerentes com as definições internacionais?) Podem as autoridades do seu país exercer a jurisdição universal sobre estes crimes: Quando o acto é um crime contra a humanidade? Quando o acto é um crime de guerra? Quando é um acto de genocídio? Quando é um acto de tortura? Quando é um acto de escravatura? Quando o acto é um crime grave? Processos Penais Existem regras que restrinjam a admissibilidade da prova do consentimento nos julgamentos de crimes de violência sexual? Especificamente: Não permissão da dedução do consentimento através do silêncio ou por falta de resistência por parte da vítima? É considerado que o consentimento não pode ser deduzido por palavras ou conduta da vítima quando existiu a força, ameaça do uso da força ou um ambiente de coacção? A admissibilidade de tais provas é analisada à porta fechada? São consideradas inadmissíveis as provas de conduta sexual a priori ou subsequente da vítima nos julgamentos de crimes de violência sexual, de forma coerente com o 1 (d) 1 (e) 1 (f) 1 (g) Parte II, secção 2 2 Parte II, secção 3 (b) 3 (c) Amnistia Internacional Maio AI Índice: IOR 40/007/2005

13 Estatuto de Roma? Encontra-se explicitamente expresso que a confirmação do testemunho da vítima não é requerida nos crimes de violência sexual? É possível que a vítima de violência sexual dê o seu testemunho à porta fechada ou por via áudio ou vídeo? É possível que a vítima de violência sexual seja acompanhada por outra pessoa enquanto dá o seu testemunho em tribunal? Outros aspectos (que podem ser tratados através de regulamentos, regras e práticas em vez de ser pela legislação): As vítimas têm a oportunidade de participar nos processos judicial? (por ex. através da representação legal em cada fase do processo e nos depoimentos)? As provisões internas para protecção, aconselhamento e apoio às vítimas são suficientes? As vítimas dos crimes acima descritos têm direito a todas as formas de reparação reconhecidas pelo direito e parâmetros internacionais? Existem medidas efectivas que garantam o equilíbrio ao nível do género e de especialistas nos funcionários do sistema de justiça criminal? Nomeadamente, A legislação nacional e os regulamentos dos tribunais requerem que as autoridades encarregues das nomeações procurem concretizar um equilíbrio justo entre mulheres e homens entre procuradores, juízes e outros funcionários do sistema de justiça criminal? A legislação nacional e os regulamentos dos tribunais requerem que os funcionários judiciais tenham conhecimentos especializados em assuntos de discriminação por motivos de género? A legislação nacional e os regulamentos dos tribunais requerem a adopção e aplicação de uma formação eficaz para os funcionários do sistema de justiça criminal? 3 (d) 3 (e) 3 (f) Parte II, secção 4 (a) 4 (b) 5 6 Passo 3: Analisar o contexto interno e externo e fixar objectivos O próximo passo é analisar o contexto no qual a campanha irá realizar-se. Quais são os factores chave que afectaram a forma de escolha dos objectivos? Deverá ter sido tomada em conta a forma como as tendências jurídicas, políticas e económicas do seu país terão impacto na forma como se percepcionam as mulheres, os direitos humanos e a violência. Estes factores vão influenciar os objectivos da campanha que serão mais apropriados para melhorar a situação no seu país e a que pessoas, com poder de decisão ou formadoras de opinião, dirigir a campanha. Pode avaliar o contexto da campanha e os objectivos mais realistas com os parceiros que identificou. 13

14 Fim à Violência contra as Mulheres: Como utilizar o direito penal internacional para impulsionar reformas legislativas que incorporem uma perspectiva de género Também será necessário avaliar o contexto interno do país para calcular as mudanças realistas que espera poder fazer, o que depende dos recursos humanos, materiais, técnicos, científicos, temporais, etc. Será útil proceder a uma análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats): identificar pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças. Este sistema combina a análise externa com a análise interna e dará uma visão mais clara do contexto geral, da estratégia mais adequada e de quais são os objectivos mais realistas e concretizáveis. Os objectivos devem ser SMART (Specific, Measurable, Achievable, Relevant and Time Bound) ou seja, inteligentes: específicos, mensuráveis, concretizáveis, relevantes e com limite temporal. Isto irá ajudar a clarificar o que se pretende concretizar, a elaborar o plano de actividades a fim de que possam ser alcançados os resultados procurados e permitirá uma avaliação fácil. Existem instrumentos e objectivos que poderão ser usados para desenvolver a estratégia da campanha. Estes incluem o ciclo de acção estratégica e o problema e solução em árvore (nas versões originais strategic campaigning cycle e problem and solution tree ). Informação mais detalhada encontra-se disponível em: Making Rights a Reality: Building your campaign, (AI Índice: ACT 77/051/2004), 3 de Junho de e Amnesty Internationa1 Campaigning Manual, (AI Índice: ACT 10/002/2001, 1 de Dezembro de 2001). 17 Dependendo da situação do seu país, os objectivos podem ser abrangentes ou não abrangentes. Exemplos de objectivos que poderão ser adoptados são: O seu país altera a definição de violação, passando esta a ser neutra em relação ao género, a incluir a penetração por objectos e tendo em conta as circunstâncias coactivas não físicas. O seu país inclui na legislação nacional todos os crimes de género, seguidamente identificados, como sendo crimes contra a humanidade e crimes de guerra. O seu país adopta legislação que permita acusar qualquer pessoa encontrada no território nacional que tenha cometido um crime de violência por motivos de género ( jurisdição universal ). O seu país altera os procedimentos do tribunal de forma a permitir que as vítimas e as testemunhas dêem o seu testemunho em circuito fechado de televisão e que possam ter com eles, no tribunal, uma pessoa que os apoie. O seu país adopta leis e procedimentos para proporcionar reparações para as vítimas de crimes de género. O seu país adopta procedimentos que assegurem uma representação mais equilibrada de género entre juízes e os funcionários judiciais. Existe uma cobertura significativa nos meios de comunicação social da necessidade do seu país modificar leis específicas a fim de melhor incorporar uma perspectiva de género. Membros do parlamento ou do governo apoiam as alterações à lei que propõe. 16 Building your campaign, supra, n.3 17 Disponível em: Amnistia Internacional Maio AI Índice: IOR 40/007/2005

15 Passo 4: Identificar audiências-alvo e formas de aproximação Uma vez que delineou os objectivos realistas e concretizáveis para o seu país, precisa agora de identificar o público-alvo: Quem tem o poder de fazer as alterações que os seus objectivos ditam? Consegue contactá-los directamente? Se não o consegue, quem consegue contactá-los? Qual é o conhecimento que têm da corrente situação legal e da violência contra mulheres? Quais as barreiras ou conceitos mal formados que será necessário resolver? O público-alvo directo pode ser um ministro ou outra pessoa com um cargo político ou membros do parlamento. Os que têm influência directa sobre o alvo podem ser funcionários públicos, ordens dos advogados, juízes, advogados, comunicação social, líderes religiosos ou da comunidade ou grupos da sociedade civil. Para determinar o público-alvo pode desenvolver um mapa de influências ou um diagrama com canais de influência. Estes instrumentos encontram-se na página 13 de Making Rights a Reality: Building your campaign, (AI Índice: ACT 77/051/2004), 3 de Junho de Passo 5: Desenvolver um plano de actividades A sua campanha deverá seguir um caminho lógico, de uma actividade para outra, de forma a alcançar os seus objectivos. Terá a necessidade de pensar em actividades que deverá fazer primeiro para aumentar as hipóteses de sucesso em actividades posteriores. O caminho adoptado demonstrará um progresso natural desde as actividades de consciencialização até às actividades destinadas a exercer pressão em diferentes direcções sobre os responsáveis pela tomada de decisões. O tom dos materiais de campanha deve ser positivo sobre a possibilidade de mudança, respeitar quem sofreu experiências de violência e focar as infra-estruturas que permitam que estes actos aconteçam com impunidade em vez de envergonhar os autores. Destacamos algumas actividades úteis para atingir os objectivos da sua campanha: Publicação dos resultados da sua avaliação: informar os actores chave dos resultados da sua avaliação e dos aspectos da legislação nacional que precisem de ser modificados a fim de a aproximar dos padrões internacionais. Faça um resumo da sua avaliação que 18 Building your campaign, supra, n.3 15

16 Fim à Violência contra as Mulheres: Como utilizar o direito penal internacional para impulsionar reformas legislativas que incorporem uma perspectiva de género inclua as alterações recomendadas. Desenvolva mensagens chave que realcem os aspectos mais importantes da sua campanha. Comprometa a comunicação social nestes assuntos usando, se possível, exemplos de mulheres que tenham experimentado injustiça no sistema de justiça criminal devido a falhas da lei. Identificação de oportunidades de reforma da legislação: descubra se o governo ou o parlamento já pensaram em introduzir reformas legislativas. Por exemplo, os países que já ratificaram o Estatuto de Roma podem estar na fase de implementação das suas obrigações face ao Estatuto de Roma. É a oportunidade ideal para exercer pressão para a implementação alargada do direito penal internacional no sistema nacional. Este processo poderá ser estar a ser orientado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros em vez do Ministério da Justiça. Descubra se tem oportunidade de fazer pressão formal para alterações da lei, por exemplo, a proposta de lei poderá ser considerada numa comissão parlamentar que aceite sugestões de ONGs. Plano de seminários: para informar os membros do público e de actores interessados na sua campanha e na necessidade de mudança, envolva mulheres e homens. Procure casos nacionais ou advogados que falem sobre exemplos da razão pela qual falha o sistema actual. Faça o relatório do seminário, reuniões ou conferências para informar os actores chave das questões que estão a ser discutidas. Passo 6: Acção e informação contínuas A campanha para a reforma da legislação normalmente tem objectivos de médio a longo prazo. Procure que faça parte da agenda política, projectando novas leis, fazendo consultas, debates, revisões e considerações parlamentares a todo o momento. Procure assegurar-se que a sua campanha inclui um plano de compromisso a longo prazo que funcione e que tem a capacidade de manter uma acção contínua sobre a questão. É importante que oriente e avalie o trabalho em vários momentos de referência da sua campanha. Qual o sucesso que a sua campanha tem tido? Tem de repensar ou eliminar os seus objectivos? Houve mudanças no contexto interno e externo? Se sim, como é que afectam a sua estratégia e os seus planos originais? Dependendo das respostas a estas questões, a sua estratégia deve ser devidamente revista ou modificada. Para os grupos da Amnistia Internacional é também importante que exponham ao Secretariado Internacional a forma como tem decorrido a sua campanha. O Secretariado Internacional partilhará a experiência com outras partes do movimento da Amnistia Internacional e avaliará a campanha a nível global. Amnistia Internacional Maio AI Índice: IOR 40/007/2005

17 PARTE II. ELEMENTOS DO DIREITO PENAL INTERNACIONAL RELATIVOS AO GÉNERO 1. Crimes por motivos de género que todas as nações devem tipificar como crimes Actualmente nem todos os crimes contra as mulheres são considerados crimes nos termos do direito penal internacional por exemplo, a violência doméstica e o assédio sexual não são tratados como crimes no direito penal internacional. Isto significa que existe um limite significativo na forma como o sistema internacional pode ser usado como modelo para a legislação nacional. Contudo, os crimes incluídos no direito penal internacional são muitas vezes definidos de maneira mais progressiva que os crimes contidos na maioria dos sistemas nacionais. Estes crimes e definições podem ser usados para fazer campanha para definições mais compreensivas dos crimes existentes a nível nacional, assim como a inclusão de novos crimes que actualmente não se encontrem incluídos na legislação nacional. O direito penal internacional inclui um número de crimes de género que, em certas circunstâncias poderão ser considerados crimes de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra ou tortura. Estes crimes incluem violação, escravatura sexual, gravidez à força, esterilização à força, outras formas de violência no campo sexual de gravidade comparável e perseguição por motivos de género. Estes crimes deveriam ser incluídos na legislação nacional como sendo crimes graves, mas também, nos casos que se indicam de seguida, como crimes de direito internacional. 19 Regras processuais e de prova que tenham em conta o género são também cruciais para o julgamento dos crimes enumerados abaixo estas regras encontram-se descritas na secção 3. Os crimes de direito internacional referidos nesta secção são: Genocídio: significa um acto específico 20 praticado com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, rácico ou religioso, enquanto tal. Embora 130 Estados tenham ratificado a Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio de 1948 e 98 Estados tenham ratificado o Estatuto de Roma (que incorpora a definição da Convenção sobre o Genocídio) até Abril de 2005, a maior parte dos Estados partes destes tratados ainda não tinham definido genocídio como crime nos respectivos direitos nacional. Muitos dos Estados que o fizeram não definiram genocídio de forma coerente com a Convenção sobre o Genocídio. Contudo, em alguns casos, as definições nacionais de genocídio são mais abrangentes, alargando o número de actos proibidos ou aumentando o número de grupos protegidos. 19 Muitos destes crimes, incluindo actos de escravatura sexual, prostituição forçada e perseguição por motivos de género, muito raramente são tipificados como crimes nos sistemas internos. Ver: Spees, supra, nº 1, pág Estes actos proibidos são: homicídio de membros de grupos, ofensas graves à integridade física ou mental de membros do grupo, sujeição intencional do grupo a condições de vida pensadas para provocar a sua destruição física total ou parcial, imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo ou transferência, à força, de crianças do grupo para outro grupo: Convenção sobre o Genocídio, art. II; Estatuto de Roma, art. 6 17

18 Fim à Violência contra as Mulheres: Como utilizar o direito penal internacional para impulsionar reformas legislativas que incorporem uma perspectiva de género Crimes contra a humanidade: qualquer um dos actos proibidos que incluam a violação e outros crimes de violência sexual conforme a seguir descritos, cometidos no quadro de um ataque generalizado ou sistemático contra qualquer população civil. 21 A maior parte dos Estados não definiram os crimes contra a humanidade como crimes nos respectivos direitos nacionais e muitos dos que o fizeram não o fizeram de forma coerente com o disposto no Estatuto de Roma. Crimes de guerra: violações da lei dos conflitos armados cometidas durante conflitos armados internacionais ou conflitos armados não internacionais. Muitos Estados já incluíram alguns dos crimes cometidos durante um conflito armado internacional como crimes nas respectivas legislações nacionais, mas a maior parte destes não definiram como crimes os crimes de guerra cometidos durante conflitos armados não internacionais, nem incluíram, na definição de crimes de guerra todos os crimes de violência sexual abaixo enumerados. 22 Tortura: pode constituir crime contra a humanidade ou crime de guerra. Quando não constitui nenhum destes crimes nos termos do direito penal internacional, envolve a intenção de infligir sofrimento grave, com um propósito proibido, por um agente estatal ou com aceitação tácita do Estado. 23 Embora 139 Estados tenham ratificado a Convenção Contra a Tortura e outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes, a maior parte destes Estados não definiram tortura como crime no direito interno ou não usaram definições coerentes com o disposto na Convenção Contra a Tortura. Em certas circunstâncias, os crimes de violência sexual abaixo descritos podem constituir genocídio. Também podem constituir crime contra a humanidade de tortura ou crime de guerra de tortura. A nível internacional a definição destes crimes encontra-se incluída em diversas fontes: Estatuto de Roma, Elementos dos Crimes e jurisprudência dos tribunais internacionais. Só alguns destes crimes se encontram definidos no Estatuto de Roma. De seguida falaremos dos crimes individuais de violência sexual, que serão explicitados nas caixas de texto retiradas dos Elementos dos Crimes do Tribunal Penal Internacional. Alguns elementos de cada crime de violência sexual formam parte dos crimes contra a humanidade, dos crimes de guerra cometidos durante conflitos armados internacionais e dos crimes de guerra cometidos durante conflitos armados não internacionais, com excepção do crime de perseguição. Para 21 O art. 7 do Estatuto de Roma inclui tal requisito, como princípio, para determinar quais os crimes contra a humanidade que se encontram dentro da jurisdição do TPI. Outros tribunais penais internacionais têm princípios semelhantes, mas não idênticos, para determinar quais os crimes contra a humanidade que se encontram dentro das suas jurisdições. Os Estados devem assegurar que não determinam princípios jurisdicionais mais restritivos que os dispostos no Estatuto de Roma. 22 Para verificar se o seu país decretou a legislação sobre crimes de guerra, ver: 23 O art.1 da Convenção contra a Tortura da ONU determina os seguintes objectivos proibidos: obter dela ou de uma terceira pessoa informações ou confissões, a punir por um acto que ela ou uma terceira pessoa cometeu ou se suspeita que tenha cometido, intimidar ou pressionar essa ou uma terceira pessoa, ou por qualquer outro motivo baseado numa forma de discriminação. Este é um exemplo ilustrativo, não exaustivo, e subsequentes comentários e jurisprudência identificaram outros exemplos de objectivos proibidos. Amnistia Internacional Maio AI Índice: IOR 40/007/2005

19 conveniência, o texto nos quadros omite os elementos comuns necessários requeridos para estabelecer que a conduta constituiu um crime contra a humanidade ou um crime de guerra cometido durante um conflito armado internacional ou não internacional. 24 O texto nos quadros também omite o elemento mental necessário para provar que a pessoa cometeu um crime. Salvo referência em contrário, o elemento mental destes crimes encontra-se determinado no artigo 30º do Estatuto de Roma. 25 As definições nacionais dos crimes devem assegurar que o elemento mental aplicável aos crimes de violência sexual é coerente com o disposto no Estatuto de Roma. 26 Ninguém deverá escapar à responsabilidade nos tribunais nacionais por crimes de violência sexual devido a definições fracas do elemento mental de uma conduta que levaria a uma condenação no Tribunal Penal Internacional. Além dos crimes abaixo mencionados, o Estatuto de Roma, também inclui a prostituição forçada. Este crime não é discutido abaixo, dado que todas as condutas abrangidas por este crime poderiam ser mais apropriadamente caracterizadas como escravatura sexual ou outra forma de violência sexual. O termo prostituição forçada pode ser usado para implicar que as mulheres recebem algum benefício do acto e por isso não é visto como um termo apropriado na opinião de vários grupos de mulheres Os elementos comuns adicionais são: Nos casos de crimes contra a humanidade: (3) A conduta foi cometida no quadro de ataque generalizado ou sistemático contra qualquer população civil. (4) O autor tinha conhecimento que a conduta fazia parte ou era intencional que fizesse parte de um ataque generalizado ou sistemático contra qualquer população civil. Nos casos de crimes de guerra internacionais: (3) A conduta teve lugar num contexto e foi associada a um conflito armado internacional. (4) O autor sabia das circunstâncias factuais que estabeleceram a existência de um conflitos armado. Nos casos de crimes de guerra não internacionais: (3) A conduta teve lugar num contexto e foi associada a um conflito armado não internacional. (4) O autor tinha conhecimento das circunstâncias factuais que tinham criado a existência de um conflitos armado. 25 O art. 30 do Estatuto de Roma determina: 1. Salvo disposição em contrário, nenhuma pessoa poderá ser criminalmente responsável e punida por um crime da competência do Tribunal, a menos que actue com vontade de o cometer e conhecimento dos seus elementos materiais. 2. Para os efeitos do presente artigo, entende-se que actua intencionalmente quem: (a) Relativamente a uma conduta, se se propuser adoptá-la; (b) Relativamente a um efeito do crime, se se propuser causá-lo ou estiver ciente de que ele terá lugar numa ordem normal dos acontecimentos. 3. Nos termos do presente artigo, entende-se por conhecimento a consciência de que existe uma circunstância ou de que um efeito irá ter lugar numa ordem normal dos acontecimentos. As expressões ter conhecimento e com conhecimento deverão ser entendidas em conformidade. 26 Gerhard Werle & Florian Jessberger, Unless Otherwise Provided : Article 30 of the ICC Statute and the Mental Element of Crimes under International Law, 3 Journal of International Criminal Justice 2005, pág Askin, War Crimes against Women, supra, nº. 4 pág ; Women s Caucus for Gender Justice in the International Criminal Court, Recommendations and Commentary For December 1997 PrepCom On the Establishment of an International Criminal Court, UN Headquarters 1 12 Dec. 1997, WC.5.6-9, 6-10; Machteld Boot, Article 7(1) (g), in Otto Triffterer, ed., Commentary on the Rome Statute of the International Court: Observers Notes, Article by Article (Baden-Baden: Nomos Verlagsgesellschaft 1999) (segunda edição a publicar em 2005), pág. 143 ( The term prostitution indeed suggests that sexual services are provided as part of 19

20 Fim à Violência contra as Mulheres: Como utilizar o direito penal internacional para impulsionar reformas legislativas que incorporem uma perspectiva de género (a) Violação Objectivo: que o seu país inclua o crime de violação na legislação nacional, de forma coerente com o indicado abaixo. A violação deverá ser definida como genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra, tortura ou outro crime grave de violência sexual. an exchange albeit one coerced by the circumstances. Moreover, the term seems to suggest sexual activity initiated by the victim instead of by the offender. ). Em Junho de 1998, durante a Conferência Diplomática de Roma, o relator especial das Nações Unidas sobre violação sistemática, escravatura sexual e práticas semelhantes à escravatura durante conflitos armados deu ênfase ao facto de a escravatura sexual constituir a maioria, senão todas as formas de prostituição forçada, salientando que os termos prostituição forçada e prostituição obrigada têm sido erradamente compreendidos e inconsistentemente aplicados e que a prostituição forçada refere-se geralmente, a condições de controlo sobre uma pessoa coagida por outra para se envolver numa actividade sexual. Embora as falhas nas definições mais antigas de prostituição forçada, que focam ora vagos termos sobre a imoralidade dos ataques à honra da mulher ou quase indistintas das definições que parecem descrever com mais precisão a condição de escravatura, o relator especial afirmou que devido a estas definições constarem nas Convenções de Genebra e nos respectivos Protocolos, este conceito mantém uma potencialidade embora limitado instrumento alternativo para acusações futuras de violência sexual em conflitos armados. Contudo, algumas semanas depois da publicação do Relatório Especial, o Estatuto de Roma foi adoptado com definições virtualmente idênticas de crimes contra a humanidade e crimes de guerra de violência sexual. À luz destes desenvolvimentos, as conclusões do Relator Especial sobre a limitada utilidade do conceito de prostituição forçada foram reforçadas: Como princípio geral, parece que em situações de conflito armado, muitos cenários factuais podem ser descritos como prostituição forçada poderão também constituir escravatura sexual e seria mais apropriada e mais facilmente caracterizado e acusado como escravatura. - Relatório Final do Relator Especial do grupo de trabalho sobre Formas Contemporâneas de Escravatura. Systematic rape, sexual slavery and slavery-like practices during armed conflict, U.N. Doc. E/CN.4/Sub.2/1998/13, de 22 de Junho de 1998, parág Uma das preocupações foi abordada nos elementos dos crimes ao tornar claro que os benefícios pecuniários não devem ter sido necessariamente recebidos pela vítima, mas podem ter sido recebidos por outra pessoa, como o autor. Contudo, à luz das preocupações discutidas acima, em quase todos, senão em todos os casos, a conduta abrangida por este conceito é também a escravatura sexual, a violação ou outra forma de violência no campo sexual e devem ser julgadas como tal. O tempo dirá se existem outros crimes de violência sexual que possam apenas ser julgados como prostituição forçada. Amnistia Internacional Maio AI Índice: IOR 40/007/2005

AMNISTIA INTERNACIONAL

AMNISTIA INTERNACIONAL AMNISTIA INTERNACIONAL Índice AI: 40/05/00 Ficha de Dados 4 Processar os autores de crimes contra a humanidade "[As partes acordam em lavrar instrumentos adicionais] em vista dos melhoramentos futuros

Leia mais

Na prossecução dos seus objectivos, a Organização orienta-se de acordo com os seguintes princípios:

Na prossecução dos seus objectivos, a Organização orienta-se de acordo com os seguintes princípios: GNI GABINETE NACIONAL DA INTERPOL OIPC - INTERPOL: O que é? A Organização Internacional de Polícia Criminal - INTERPOL é uma organização mundial de cooperação policial Os seus membros são as forças de

Leia mais

Organização Internacional do Trabalho. Convenção OIT 187 Convenção sobre o quadro promocional para a segurança e saúde no trabalho, 2006

Organização Internacional do Trabalho. Convenção OIT 187 Convenção sobre o quadro promocional para a segurança e saúde no trabalho, 2006 Organização Internacional do Trabalho Convenção OIT 187 Convenção sobre o quadro promocional para a segurança e saúde no trabalho, 2006 A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho: Convocada

Leia mais

Centro de Direitos Humanos Faculdade de Direito Universidade de Coimbra. Proibição da Tortura. Federal Ministry for Foreign Affairs of Austria

Centro de Direitos Humanos Faculdade de Direito Universidade de Coimbra. Proibição da Tortura. Federal Ministry for Foreign Affairs of Austria Proibição da Tortura Federal Ministry for Foreign Affairs of Austria Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. Artigo 5º, Declaração Universal dos Direitos

Leia mais

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 9 de Dezembro de 2008 (OR. en) 14288/2/08 REV 2 ADD 1. Dossier interinstitucional: 2005/0236 (COD)

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 9 de Dezembro de 2008 (OR. en) 14288/2/08 REV 2 ADD 1. Dossier interinstitucional: 2005/0236 (COD) CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 9 de Dezembro de 2008 (OR. en) Dossier interinstitucional: 2005/0236 (COD) 14288/2/08 REV 2 ADD 1 MAR 175 ENV 687 CODEC 1331 NOTA JUSTIFICATIVA DO CONSELHO Assunto:

Leia mais

DOCUMENTO DE BASE IMCHE/2/INF1

DOCUMENTO DE BASE IMCHE/2/INF1 DOCUMENTO DE BASE IMCHE/2/INF1 1 DOCUMENTO DE BASE 1. Datas: 23 26 de Novembro de 2010 2. Local: Luanda, Angola 3. Antecedentes Na sua primeira conferência, os ministros africanos da saúde e do ambiente

Leia mais

Resolução 53/144 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 9 de Dezembro de 1998.

Resolução 53/144 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 9 de Dezembro de 1998. Declaração sobre o Direito e a Responsabilidade dos Indivíduos, Grupos ou Órgãos da Sociedade de Promover e Proteger os Direitos Humanos e Liberdades Fundamentais Universalmente Reconhecidos (Defensores

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas Regulamento Interno da Comissão para a igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) (n.º 2 alínea a) do artigo 5º da lei nº 134/99, de 28 de Agosto) Artigo 1º Objecto A Comissão para a Igualdade e

Leia mais

Questionário sobre Disparidades Salariais entre Homens e Mulheres

Questionário sobre Disparidades Salariais entre Homens e Mulheres Neste breve questionário, utilizam-se perguntas de escolha múltipla para explicar as causas e o impacto das disparidades salariais entre homens e mulheres na UE. Também se incluem informações sobre onde

Leia mais

Funcionamento dos Tribunais Administrativos e Fiscais

Funcionamento dos Tribunais Administrativos e Fiscais Funcionamento dos Tribunais Administrativos e Fiscais O Conselho Distrital de Lisboa enviou, via mailing electrónico, em 3 de Agosto do corrente ano, a todos os Advogados da sua área de jurisdição, um

Leia mais

Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas

Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas Rodrigo Vitória 2012 Coordenador da Unidade de Governança e Justiça Seguindo o mandato da Assembleia Geral O Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas 2012 concentra-se

Leia mais

Abc BANCO STANDARD DE INVESTIMENTOS S.A. ( BSI ) ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO OPERACIONAL

Abc BANCO STANDARD DE INVESTIMENTOS S.A. ( BSI ) ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO OPERACIONAL Abc BANCO STANDARD DE INVESTIMENTOS S.A. ( ) ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO OPERACIONAL ÚLTIMA REVISÃO Abril 2013 APROVAÇÃO Conselho de Administração Gestão de Risco Operacional Pág. 1 de 8 ÍNDICE

Leia mais

Anexo 06 Recomendação nº 6: reafirmação do compromisso da ICANN de respeitar os direitos humanos internacionalmente reconhecidos

Anexo 06 Recomendação nº 6: reafirmação do compromisso da ICANN de respeitar os direitos humanos internacionalmente reconhecidos Anexo 06 Recomendação nº 6: reafirmação do compromisso da ICANN de respeitar os direitos humanos internacionalmente reconhecidos 1. Resumo O assunto de incluir um compromisso com os direitos humanos no

Leia mais

NOTA DE ESCLARECIMENTO SUB-RELATOR DEPUTADO SANDRO ALEX SUB-RELATORIA INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E COMÉRCIO VIRTUAL DA CPI DOS CRIMES CIBERNÉTICOS

NOTA DE ESCLARECIMENTO SUB-RELATOR DEPUTADO SANDRO ALEX SUB-RELATORIA INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E COMÉRCIO VIRTUAL DA CPI DOS CRIMES CIBERNÉTICOS NOTA DE ESCLARECIMENTO SUB-RELATOR DEPUTADO SANDRO ALEX SUB-RELATORIA INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E COMÉRCIO VIRTUAL DA CPI DOS CRIMES CIBERNÉTICOS SUB-RELATOR DEPUTADO RAFAEL MOTTA SUB-RELATORIA CRIMES CONTRA

Leia mais

COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO. Empenhamento reforçado na Igualdade entre Mulheres e Homens Uma Carta das Mulheres

COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO. Empenhamento reforçado na Igualdade entre Mulheres e Homens Uma Carta das Mulheres COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 5.3.2010 COM(2010)78 final COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO Empenhamento reforçado na Igualdade entre Mulheres e Homens Uma Carta das Mulheres Declaração da Comissão Europeia por ocasião

Leia mais

NOÇÕES GERAIS DIREITO INTERNACIONAL III. NOÇÕES GERAIS DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

NOÇÕES GERAIS DIREITO INTERNACIONAL III. NOÇÕES GERAIS DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS ESMEC ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO CEARÁ CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO CONSTITUCIONAL MÓDULO: DIREITOS HUMANOS PROFESSOR: PAULO HENRIQUE GONÇALVES PORTELA I. APRESENTAÇÃO 1. A disciplina

Leia mais

Procedimento de Gestão. Resolução/ Remediação de Situações de Trabalho de Menores

Procedimento de Gestão. Resolução/ Remediação de Situações de Trabalho de Menores 1. OBJECTIVO Este procedimento estabelece a metodologia de definição, implementação e controlo de acções a desenvolver no caso de ser detectada a utilização de trabalho de menores, de forma a assegurar

Leia mais

CONVOCATÓRIA DE CANDIDATURAS PARA O GRUPO ASSESSOR DA SOCIEDADE CIVIL (BRASIL)

CONVOCATÓRIA DE CANDIDATURAS PARA O GRUPO ASSESSOR DA SOCIEDADE CIVIL (BRASIL) CONVOCATÓRIA DE CANDIDATURAS PARA O GRUPO ASSESSOR DA SOCIEDADE CIVIL (BRASIL) A ONU Mulheres Brasil convida organizações e redes da sociedade civil brasileira a apresentar candidaturas para o Grupo Assessor

Leia mais

Programa de Formação. Código - Designação

Programa de Formação. Código - Designação Programa de Formação Código - Designação (PVDIACD) Prevenção da Violência Doméstica sobre Idosos e Adultos com Capacidade Diminuída Enquadramento Legal Local Centro Social Paroquial do Campo Grande, Campo

Leia mais

TRATADO DE LISBOA EM POUCAS PALAVRAS MNE DGAE

TRATADO DE LISBOA EM POUCAS PALAVRAS MNE DGAE EM POUCAS PALAVRAS OS PRIMEIROS PASSOS DATA/LOCAL DE ASSINATURA E ENTRADA EM VIGOR PRINCIPAIS MENSAGENS QUIZ 10 PERGUNTAS E RESPOSTAS OS PRIMEIROS PASSOS No século XX, depois das Guerras Mundiais (a 2ª

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução do Conselho do Governo n.º 142/2011 de 11 de Novembro de 2011

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução do Conselho do Governo n.º 142/2011 de 11 de Novembro de 2011 PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução do Conselho do Governo n.º 142/2011 de 11 de Novembro de 2011 A promoção da acessibilidade constitui um direito consagrado constitucionalmente, uma vez que é condição

Leia mais

Política da Ibis sobre a igualdade de género

Política da Ibis sobre a igualdade de género Política da Ibis sobre a igualdade de género O objectivo das politicas de género é de contribuir para a mudança nas relações de desigualdade de poder entre homens e mulheres bem como a posição de desigualdade

Leia mais

Registo de Representantes Autorizados e Pessoas Responsáveis

Registo de Representantes Autorizados e Pessoas Responsáveis Instrução da Euronext 2-01 Alterado em 4 de Agosto de 2014 Data de Entrada em vigor: 11 de Agosto de 2014 Assunto: Registo de Representantes Autorizados e Pessoas Responsáveis Departamento: Regulation

Leia mais

POLÍTICA DE PREVENÇÃO DE BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS E FINANCIAMENTO DO TERRORISMO

POLÍTICA DE PREVENÇÃO DE BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS E FINANCIAMENTO DO TERRORISMO POLÍTICA DE PREVENÇÃO DE BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS E FINANCIAMENTO DO TERRORISMO ÍNDICE I. INTRODUÇÃO II. QUADRO LEGISLATIVO Nacional Internacional III. PREVENÇÃO DE BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS E FINANCIAMENTO

Leia mais

NOVA DIRETIVA DE AUDITORIA REGULAMENTO DA AUDITORIA DE ENTIDADES DE INTERESSE PÚBLICO

NOVA DIRETIVA DE AUDITORIA REGULAMENTO DA AUDITORIA DE ENTIDADES DE INTERESSE PÚBLICO NOVA DIRETIVA DE AUDITORIA REGULAMENTO DA AUDITORIA DE ENTIDADES DE INTERESSE PÚBLICO PRINCIPAIS QUESTÕES Contexto No âmbito das reformas que o Comissário Europeu do Mercado Interno, Michel Barnier, empreendeu

Leia mais

REGIME JURÍDICO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

REGIME JURÍDICO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO REGIME JURÍDICO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO Pela Lei nº 3/2014* de 28 de Janeiro (em vigor desde 27 de Fevereiro), foi alterado o regime jurídico da promoção e prevenção da segurança e da saúde no

Leia mais

Escola de Formação Política Miguel Arraes

Escola de Formação Política Miguel Arraes Escola de Formação Política Miguel Arraes Curso de Atualização e Capacitação Sobre Formulação e Gestão de Políticas Públicas Módulo I Políticas Públicas e Direitos Humanos Aula 2 Políticas Públicas e Direitos

Leia mais

RESERVA AGRÍCOLA NACIONAL (RAN) REGULAMENTO INTERNO DA ENTIDADE REGIONAL DA RAN DO CENTRO (ER-RAN.C)

RESERVA AGRÍCOLA NACIONAL (RAN) REGULAMENTO INTERNO DA ENTIDADE REGIONAL DA RAN DO CENTRO (ER-RAN.C) RESERVA AGRÍCOLA NACIONAL (RAN) REGULAMENTO INTERNO DA ENTIDADE REGIONAL DA RAN DO CENTRO (ER-RAN.C) (Artigo 35º do Decreto - Lei n.º 73/2009, de 31 de Março) O DL 73/2009,de 31 de Março, veio introduzir

Leia mais

90 a sessão plenária. 182 Assembleia Geral 37 a Sessão

90 a sessão plenária. 182 Assembleia Geral 37 a Sessão 182 Assembleia Geral 37 a Sessão contido(s) em seus relatórios 32 e que apresente suas opiniões e comentários ao secretário-geral, 8. Pede à Comissão de Direitos Humanos que continue a desempenhar as funções

Leia mais

Decreto nº 72/99 de 12 de Outubro

Decreto nº 72/99 de 12 de Outubro Decreto nº 72/99 de 12 de Outubro Regulamento da Lei nº 12/97, de 31 de Maio Lei do Recenseamento Geral da População e Habitação Com a aprovação da Lei nº 12/97, de 31 de Maio, Lei de Bases do Recenseamento

Leia mais

FORMULÁRIO DE PRÉ-PROJECTO

FORMULÁRIO DE PRÉ-PROJECTO FORMULÁRIO DE PRÉ-PROJECTO iniciativa CENTROS DE EXCELÊNCIA :: iniciativa :: gestão :: financiamento ÍNDICE NOTAS EXPLICATIVAS PARA PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO PRÉ-PROJECTO 3 I - INFORMAÇÃO GERAL 5 1.

Leia mais

REGULAMENTO DE CREDITAÇÃO DO ISEL. Artigo 1.º Objecto. Artigo 2.º Definições

REGULAMENTO DE CREDITAÇÃO DO ISEL. Artigo 1.º Objecto. Artigo 2.º Definições REGULAMENTO DE CREDITAÇÃO DO ISEL O Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março (Regime Jurídico dos Graus Académicos e Diplomas do Ensino Superior), estabelece normas relativas à mobilidade dos estudantes

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS. Regulamento n.º 9/2016 (Série II), de 6 de janeiro de 2016

ORDEM DOS ADVOGADOS. Regulamento n.º 9/2016 (Série II), de 6 de janeiro de 2016 Regulamento n.º 9/2016 (Série II), de 6 de janeiro de 2016 / Ordem dos Advogados. - Ao abrigo do disposto na alínea d), do n.º 2, do artigo 33.º do Estatuto da Ordem dos Advogados (EOA), aprovado pela

Leia mais

O DIREITO DE ACESSO AOS DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS

O DIREITO DE ACESSO AOS DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS SEMINÁRIO TEMÁTICO O DIREITO DE ACESSO AOS DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS 1 JUSTIFICAÇÃO: I. O vocábulo transparência está na moda. É fácil validar esta afirmação basta comprar um jornal generalista (em qualquer

Leia mais

1. CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO MUNICIPAL PARA A IGUALDADE 2. PLANO DE ACÇÃO - ACTIVIDADES

1. CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO MUNICIPAL PARA A IGUALDADE 2. PLANO DE ACÇÃO - ACTIVIDADES PLANOS PARA A IGUALDADE ACTA Nº 1 CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO MUNICIPAL PARA A IGUALDADE 15 JULHO de 2011 ORDEM DE TRABALHOS 1. CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO MUNICIPAL PARA A IGUALDADE 2. PLANO DE ACÇÃO - ACTIVIDADES

Leia mais

SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS Aula 03 NOS CAPÍTULOS ANTERIORES... Identificamos a evolução histórica dos direitos humanos Direitos Humanos Direitos fundamentais Geração x Dimensões Documentos

Leia mais

Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona

Leia mais

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA COMISSÃO NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA NOS PORTOS, TERMINAIS E VIAS NAVEGÁVEIS - CONPORTOS

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA COMISSÃO NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA NOS PORTOS, TERMINAIS E VIAS NAVEGÁVEIS - CONPORTOS MINISTÉRIO DA JUSTIÇA COMISSÃO NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA NOS PORTOS, TERMINAIS E VIAS NAVEGÁVEIS - CONPORTOS RESOLUÇÃO Nº 04, DE 27 DE JUNHO DE 2003. Dispõe sobre o cadastramento e a certificação de

Leia mais

BONCRED LEASING S/A. - Arrendamento Mercantil MANUAL DE POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL (PRSA)

BONCRED LEASING S/A. - Arrendamento Mercantil MANUAL DE POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL (PRSA) BONCRED LEASING S/A. - Arrendamento Mercantil MANUAL DE POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL (PRSA) BONCRED LEASING S/A. ARRENDAMENTO MERCANTIL Manual de Política de Responsabilidade Socioambiental

Leia mais

QUANDO A GUERRA ACABA, A VIDA TOMA O SEU LUGAR

QUANDO A GUERRA ACABA, A VIDA TOMA O SEU LUGAR QUANDO A GUERRA ACABA, A VIDA TOMA O SEU LUGAR RELATÓRIO DE DIREITOS HUMANOS DE LÉSBICAS, GAYS, BIS- SEXUAIS E PESSOAS TRANS NA COLÔMBIA 2013-2014 Tradução: Evorah Cardoso Este relatório apresenta a situação

Leia mais

REGULAMENTO DOS DELEGADOS SINDICAIS

REGULAMENTO DOS DELEGADOS SINDICAIS REGULAMENTO DOS DELEGADOS SINDICAIS DIRECÇÃO DEZEMBRO DE 2009 REGULAMENTO DOS DELEGADOS SINDICAIS Secção I Direitos, deveres, área de representação e reuniões Artigo 1.º Delegados Sindicais 1 Os delegados

Leia mais

CONTRATO DE PARCERIA

CONTRATO DE PARCERIA CONTRATO DE PARCERIA Entre:, legalmente representada por na qualidade de., legalmente representada por na qualidade de., legalmente representada por na qualidade de., legalmente representada por na qualidade

Leia mais

ANEXOS 2º CICLO O OUTRO EM MIRA

ANEXOS 2º CICLO O OUTRO EM MIRA ANEXOS 2º CICLO O OUTRO O VALOR DE MAIS UM Anexo 01 Um pássaro perguntou a uma pomba quanto pesava um floco de neve. A pomba respondeu: -Nada. Mesmo nada. Foi então que o pássaro contou esta história à

Leia mais

C Â M A R A M U N I C I P A L D E B A R C E L O S

C Â M A R A M U N I C I P A L D E B A R C E L O S Regulamento que estabelece os procedimentos a observar em caso de Acidentes de Trabalho O presente regulamento visa dar cumprimento ao disposto no artigo 5.º do REGULAMENTO INTERNO DE SEGURANÇA, HIGIENE

Leia mais

Evolução histórica da Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho

Evolução histórica da Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho Evolução histórica da Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho Docente: Mestre Jorge Pires Discentes: Adriana Martins nº10378 Ana Carapinha nº 10379 Ana Lopes nº 10334 Raquel Pina nº10404 O que é saúde,

Leia mais

Implementação do Processo de Bolonha a nível nacional. Grupos por Área de Conhecimento DIREITO

Implementação do Processo de Bolonha a nível nacional. Grupos por Área de Conhecimento DIREITO Implementação do Processo de Bolonha a nível nacional Grupos por Área de Conhecimento DIREITO Coordenador: Prof. Doutor Jorge Miranda Dezembro de 2004 2 Processo de Bolonha Relatório respeitante a Direito

Leia mais

Plano de Promoção. e Proteção dos Direitos da Criança. do Concelho de Marvão

Plano de Promoção. e Proteção dos Direitos da Criança. do Concelho de Marvão Plano de Promoção e Proteção dos Direitos da Criança do Concelho de Marvão 1 Índice Introdução I. Fundamentação A - Estratégias 1 Estudo e análise da realidade concelhia. 2 Promoção dos Direitos da Criança...

Leia mais

PROCEDIMENTO INTERNO

PROCEDIMENTO INTERNO 1. Objectivo Regulamentar a actividade do Gabinete de Auditoria Interna do Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE. 2. Aplicação Gabinete de Auditoria Interna do Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE. 3. Definições

Leia mais

GEPE MAT - Modelo de Monitorização e Reporte do MAT Breakfast com GEPEs

GEPE MAT - Modelo de Monitorização e Reporte do MAT Breakfast com GEPEs REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO DO TERRITÓRIO Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística GEPE MAT - Modelo de Monitorização e Reporte do MAT Breakfast com GEPEs Dr. Nazário Vilhena,

Leia mais

Eixo VI _ Assistência Técnica. VI.1. Gestão Operacional e Monitorização Estratégica

Eixo VI _ Assistência Técnica. VI.1. Gestão Operacional e Monitorização Estratégica _ Assistência Técnica CONTROLO DO DOCUMENTO Versão Data Descrição N. de Página 1ª 2008.05.15 5 Pág. 1 de 5 Objectivo Assegurar as condições adequadas para a gestão, acompanhamento, avaliação, monitorização

Leia mais

República de Moçambique Ministério da Mulher e da Acção Social

República de Moçambique Ministério da Mulher e da Acção Social República de Moçambique Ministério da Mulher e da Acção Social Intervenção de S.Excia a Ministra da Mulher e da Acção Social na Reunião Consultiva Nacional sobre a Protecção social Maputo, 10 de Março

Leia mais

3 Informações para Coordenação da Execução de Testes

3 Informações para Coordenação da Execução de Testes Informações para Coordenação da Execução de Testes 32 3 Informações para Coordenação da Execução de Testes Diversas ferramentas oferecidas na literatura têm auxiliado na coordenação da execução dos testes

Leia mais

Luiz Carlos Lopes Desenvolvimento de Programas. aqui no último slide

Luiz Carlos Lopes Desenvolvimento de Programas. aqui no último slide Luiz Carlos Lopes Desenvolvimento de Programas aqui no último slide INVISIBILIDADE Medo Grupo de Trabalho SEDPcD Segurança Pública Justiça e Cidadania Saúde Educação Desenvolvimento Social Defensoria Pública

Leia mais

A ABORDAGEM ECOSSISTÉMI CA NO PLANEAMENT O E GESTÃO DO MEIO MARINHO

A ABORDAGEM ECOSSISTÉMI CA NO PLANEAMENT O E GESTÃO DO MEIO MARINHO A ABORDAGEM ECOSSISTÉMI CA NO PLANEAMENT O E GESTÃO DO MEIO MARINHO O que é a abordagem ecossistémica? A abordagem ecossistémica surgiu na COP da Convenção Diversidade Biológica, em 2000, em Nairobi, no

Leia mais

DECRETO N.º 72/XI. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Capítulo I Objecto e âmbito

DECRETO N.º 72/XI. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Capítulo I Objecto e âmbito DECRETO N.º 72/XI Proíbe qualquer discriminação no acesso e no exercício do trabalho independente e transpõe a Directiva n.º 2000/43/CE, do Conselho, de 29 de Junho, a Directiva n.º 2000/78/CE, do Conselho,

Leia mais

Procedimento por Ajuste Directo SCM nº 03/2009 ANEXO I. Caderno de Encargos

Procedimento por Ajuste Directo SCM nº 03/2009 ANEXO I. Caderno de Encargos Procedimento por Ajuste Directo SCM nº 03/2009 ANEXO I Caderno de Encargos 1. Especificações: O presente procedimento tem por objecto o fornecimento de serviços de assessoria de imprensa, incluindo, necessariamente,

Leia mais

Código de Conduta para as relações entre a Indústria Farmacêutica e as Associações de Doentes

Código de Conduta para as relações entre a Indústria Farmacêutica e as Associações de Doentes Código de Conduta para as relações entre a Indústria Farmacêutica e as Associações de Doentes Desde o ano 1999 que a APIFARMA Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica tem uma Parceria com Associações

Leia mais

Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social CAPACITAÇÃO CONSELHEIROS MUNICIPAIS.

Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social CAPACITAÇÃO CONSELHEIROS MUNICIPAIS. CAPACITAÇÃO CONSELHEIROS MUNICIPAIS Maio/2010 1º Dia PROGRAMAÇÃO 08h00 às 09h00 - Credenciamento 09h00 às 09h30 Abertura Boas vindas! 09h30 às 10h15 Exposição dialogada: Retrospectiva Luta por Direitos

Leia mais

MODELO DE SOLICITAÇÃO DE MANDADO DE PROTECÇÃO

MODELO DE SOLICITAÇÃO DE MANDADO DE PROTECÇÃO FORMULÁRIO SOLICITAÇÃO MANDADO DE PROTECÇÃO MODELO DE SOLICITAÇÃO DE MANDADO DE PROTECÇÃO DATA: HORA: ORGANISMO RECEPTOR DA SOLICITAÇÃO Designação do organismo: Endereço: Telefone: Fax: Correio electrónico:

Leia mais

Regulamento paraa Certificação do Sistema de Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional

Regulamento paraa Certificação do Sistema de Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional Regulamento paraa Certificação do Sistema de Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional Em vigor a partir de 01 de abril 2012 RINA Via Corsica, 12 16128 Genova - Itália Tel. +39 01053851 Fax: +39 0105351000

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Decreto executivo n.º 133/06 de 10 de Novembro Convindo aprovar o regulamento interno da Direcção Nacional para o Ensino Técnico Profissional ao abrigo do disposto no artigo 26.º

Leia mais

A Avaliação do Desenvolvimento Socioeconómico, MANUAL TÉCNICO II: Métodos e Técnicas A Análise da Informação: SWOT

A Avaliação do Desenvolvimento Socioeconómico, MANUAL TÉCNICO II: Métodos e Técnicas A Análise da Informação: SWOT A Análise da Informação Análise input-output Modelos Econométricos Análise de Regressão Técnicas experimentais e quasi-experimentais Inquéritos Delphi SWOT SWOT Descrição da técnica O objectivo da técnica

Leia mais

Metodologia de Investigação Educacional I

Metodologia de Investigação Educacional I Metodologia de Investigação Educacional I Desenhos de Investigação Isabel Chagas Investigação I - 2004/05 Desenhos de Investigação Surveys (sondagens) Estudos Experimentais Estudos Interpretativos Estudos

Leia mais

Participação nacional e guia para o estabelecimento de um Nó Nacional GBIF

Participação nacional e guia para o estabelecimento de um Nó Nacional GBIF Workshop: Importância da participação de Moçambique no Sistema Global de Informação Sobre Biodiversidade (GBIF) Participação nacional e guia para o estabelecimento de um Nó Nacional GBIF Rui Figueira Nó

Leia mais

REGULAMENTO DO CONCURSO APOIO A IDOSOS

REGULAMENTO DO CONCURSO APOIO A IDOSOS REGULAMENTO DO CONCURSO APOIO A IDOSOS Artigo 1º Objecto O presente Regulamento estabelece as normas de acesso ao concurso Apoio a Idosos. Artigo 2º Beneficiários Podem candidatar-se a este concurso instituições

Leia mais

Shopper Marketing: A Influência no Momento da Compra MANUAL DO CURSO ESPM. Rua Joaquim Távora, 1240 Vila Mariana São Paulo - SP.

Shopper Marketing: A Influência no Momento da Compra MANUAL DO CURSO ESPM. Rua Joaquim Távora, 1240 Vila Mariana São Paulo - SP. Shopper Marketing: A Influência no Momento da Compra MANUAL DO CURSO ESPM Rua Joaquim Távora, 1240 Vila Mariana São Paulo - SP Informações Central de Relacionamento: (11) 5081-8200 (opção 1) Segunda a

Leia mais

Contrate a sua Maria com a segurança de saber que cumpre todas as obrigações impostas pela lei......mas sem complicações!

Contrate a sua Maria com a segurança de saber que cumpre todas as obrigações impostas pela lei......mas sem complicações! Contrate a sua Maria com a segurança de saber que cumpre todas as obrigações impostas pela lei......mas sem complicações! 1 Nota introdutória A legislação em vigor obriga os empregadores de trabalhadoras

Leia mais

MANUAL DO CANDIDATO. A. Introdução

MANUAL DO CANDIDATO. A. Introdução MANUAL DO CANDIDATO A. Introdução 1. A medida INOV ART Estágios Internacionais de Jovens com Qualificações ou Aptidões Reconhecidas no Domínio Cultural e Artístico (doravante designada INOV ART ), é promovida

Leia mais

Comissão Interamericana de Direitos Humanos Organização dos Estados Americanos 1889 F Street, NW Washington D.C. 20006 cidhdefensores@oas.

Comissão Interamericana de Direitos Humanos Organização dos Estados Americanos 1889 F Street, NW Washington D.C. 20006 cidhdefensores@oas. QUESTIONÁRIO DE CONSULTA AOS ESTADOS E À SOCIEDADE CIVIL PARA A ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO SOBRE A CRIMINALIZAÇÃO PELO USO INDEVIDO DO DIREITO PENAL CONTRA DEFENSORAS E DEFENSORES DE DIREITOS HUMANOS A Comissão

Leia mais

CONVENÇÃO estabelecida com base no artigo K.3 do Tratado da União Europeia, relativa ao processo simplificado de extradição entre os Estados-membros

CONVENÇÃO estabelecida com base no artigo K.3 do Tratado da União Europeia, relativa ao processo simplificado de extradição entre os Estados-membros CONVENÇÃO estabelecida com base no artigo K.3 do Tratado da União Europeia, relativa ao processo simplificado de extradição entre os Estados-membros da União Europeia AS ALTAS PARTES CONTRATANTES na presente

Leia mais

Projecto de Lei n.º 437/X

Projecto de Lei n.º 437/X Projecto de Lei n.º 437/X Alteração ao Código do Trabalho e ao seu Regulamento Exposição de motivos A questão demográfica não é, tradicionalmente, um problema político central, mas, na verdade, a demografia

Leia mais

REGULAMENTO DELEGADO (UE) N.º /.. DA COMISSÃO. de 19.9.2014

REGULAMENTO DELEGADO (UE) N.º /.. DA COMISSÃO. de 19.9.2014 COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 19.9.2014 C(2014) 6515 final REGULAMENTO DELEGADO (UE) N.º /.. DA COMISSÃO de 19.9.2014 que completa a Diretiva 2014/17/UE do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito

Leia mais

ESTADO DEMOCRÁTICO Desde 25 de Abril de 1974

ESTADO DEMOCRÁTICO Desde 25 de Abril de 1974 O Sistema Político Português ESTADO DEMOCRÁTICO Desde 25 de Abril de 1974 1. A CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA Aprovada em 2 de Abril de 1976 em sessão plenária dos Deputados da Assembleia Constituinte Alterações:

Leia mais

BOLONHA: GRANDES NÚMEROS ESTUDO 1

BOLONHA: GRANDES NÚMEROS ESTUDO 1 BOLONHA: GRANDES NÚMEROS ESTUDO 1 A concretização do Processo de Bolonha em Portugal teve início com a publicação dos Decretos- Lei n. os 42/2005, de 22 de Fevereiro, e 74/2006, de 24 de Março. Para além

Leia mais

CAPÍTULO I DA COMISSÃO, FINALIDADES E CONSTITUIÇÃO

CAPÍTULO I DA COMISSÃO, FINALIDADES E CONSTITUIÇÃO REGIMENTO DA COMISSÃO ELEITORAL, DE ESTATUTO, REGIMENTOS E REGULAMENTOS DA SOBED CAPÍTULO I DA COMISSÃO, FINALIDADES E CONSTITUIÇÃO Art. 1º.- A Comissão Eleitoral, de Estatuto, Regimentos e Regulamentos,

Leia mais

PROGRAMA DO CURSO. - Formação Pedagógica Inicial De Formadores B-learning. (Curso homologado pelo IEFP / Acesso ao CCP)

PROGRAMA DO CURSO. - Formação Pedagógica Inicial De Formadores B-learning. (Curso homologado pelo IEFP / Acesso ao CCP) PROGRAMA DO CURSO - Formação Pedagógica Inicial De Formadores B-learning (Curso homologado pelo IEFP / Acesso ao CCP) Em parceria com: Índice 1. Destinatários Pág. 3 2. Objectivo Geral Pág. 3 3. Objectivo

Leia mais

Regulamento para. Atribuição de Apoios pela Reitoria da Universidade do Porto

Regulamento para. Atribuição de Apoios pela Reitoria da Universidade do Porto Regulamento para Atribuição de Apoios pela Reitoria da Universidade do Porto Reitoria da Universidade do Porto Setembro de 2006 1. Introdução A U.Porto, através da sua Reitoria, tem um programa para conceder

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DE SOROCABA FADI 2016. Tipo: Anual 5º Ano

FACULDADE DE DIREITO DE SOROCABA FADI 2016. Tipo: Anual 5º Ano FACULDADE DE DIREITO DE SOROCABA FADI 2016 Disciplina: DIREITO INTERNACIONAL Departamento IV: DIREITO DO ESTADO Docente Responsável: FERNANDO FERNANDES DA SILVA Carga Horária Anual: 100 h/a Tipo: Anual

Leia mais

ALTERAÇÕES 10-19. PT Unida na diversidade PT 2012/0244(COD) 12.11.2012. Projeto de parecer Paulo Rangel (PE500.374v02-00)

ALTERAÇÕES 10-19. PT Unida na diversidade PT 2012/0244(COD) 12.11.2012. Projeto de parecer Paulo Rangel (PE500.374v02-00) PARLAMENTO EUROPEU 2009-2014 Comissão dos Assuntos Constitucionais 12.11.2012 2012/0244(COD) ALTERAÇÕES 10-19 Projeto de parecer Paulo Rangel (PE500.374v02-00) sobre a proposta de regulamento do Parlamento

Leia mais

o Aluno : qualquer aluno do 3 o ano do MIEI que se encontre nas condições expressas neste documento para inscrição na disciplina;

o Aluno : qualquer aluno do 3 o ano do MIEI que se encontre nas condições expressas neste documento para inscrição na disciplina; Normas de Funcionamento da Disciplina Actividade Prática de Desenvolvimento Curricular Vertente de Estágio Mestrado Integrado em Engenharia Informática Preâmbulo Este documento destina-se a regulamentar

Leia mais

Anexo E. Questionário de Cultura Organizacional

Anexo E. Questionário de Cultura Organizacional Anexo E Questionário de Cultura Organizacional 156 Caracterização sumária do participante: Função: Departamento/Serviço: Idade: Sexo: M F Nível funcional: Direcção Chefia Intermédia Experiência profissional

Leia mais

ANGOLA E CUBA AVALIAM COOPERAÇÃO

ANGOLA E CUBA AVALIAM COOPERAÇÃO ANGOLA E CUBA AVALIAM COOPERAÇÃO Angola conta com 22 especialistas cubanos no domínio das águas espalhados em todo o país que asseguram a elaboração de projectos visando reabilitar sistemas para as sedes

Leia mais

1.1. Definição do Problema

1.1. Definição do Problema 13 1 Introdução Uma das principais preocupações de área de engenharia de software diz respeito à reutilização [1]. Isso porque a reutilização no contexto de desenvolvimetno de software pode contribuir

Leia mais

REGULAMENTO DE CONCURSO

REGULAMENTO DE CONCURSO Índice 1. Objetivos... 2 2. Entidades Beneficiárias... 2 3. Dotação Orçamental... 2 4. Financiamento... 2 5. Despesas elegíveis... 3 6. Condições de Acesso ao Concurso... 3 7. Metodologia de Seleção dos

Leia mais

DESPACHO IPP/PR-48/2006

DESPACHO IPP/PR-48/2006 DESPACHO IPP/PR-48/2006 HOMOLOGAÇÃO DO REGULAMENTO DO CENTRO DE INVESTIGAÇÃO UNIDADE DE APOIO À ESCOLA INCLUSIVA Considerando que: 1- A aprovação pelo Conselho Geral, na sua reunião de 08.03.2006 da criação

Leia mais

Sistema de Indicadores de Sustentabilidade da AML. José Carlos Ferreira, Sofia Cid, José Reis Correia e Paulo Duarte Raposeiro 1 de Outubro 2012

Sistema de Indicadores de Sustentabilidade da AML. José Carlos Ferreira, Sofia Cid, José Reis Correia e Paulo Duarte Raposeiro 1 de Outubro 2012 Sistema de Indicadores de Sustentabilidade da AML José Carlos Ferreira, Sofia Cid, José Reis Correia e Paulo Duarte Raposeiro 1 de Outubro 2012 Centro para a Sustentabilidade Metropolitana O Centro para

Leia mais

HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO DIREITOS E DEVERES DO EMPREGADOR E TRABALHADOR Noção de TRABALHADOR Pessoa singular que, mediante retribuição, se obriga a prestar serviço a um empregador, incluindo

Leia mais

Procedimento para a Certificação de Conformidade com a Directiva de Produtos da Construção 89/106/CEE

Procedimento para a Certificação de Conformidade com a Directiva de Produtos da Construção 89/106/CEE 1 Objectivo Este procedimento tem como objectivo descrever o procedimento seguido pela EIC como Organismo de Certificação Notificado para a avaliação da conformidade dos agregados de acordo com os requisitos

Leia mais

Notas de Orientação da Corporação Financeira Internacional: Padrões de Desempenho sobre Sustentabilidade Socioambiental

Notas de Orientação da Corporação Financeira Internacional: Padrões de Desempenho sobre Sustentabilidade Socioambiental Notas de da Corporação Financeira Internacional: Padrões de Desempenho sobre Sustentabilidade Socioambiental SUMÁRIO Introdução às Notas de i Atualizações das Notas de de 2007 Modificar Matriz ii Nota

Leia mais

REGULAMENTO MUNICIPAL DE REALIZAÇÃO DE ACAMPAMENTOS OCASIONAIS

REGULAMENTO MUNICIPAL DE REALIZAÇÃO DE ACAMPAMENTOS OCASIONAIS REGULAMENTO MUNICIPAL DE REALIZAÇÃO DE ACAMPAMENTOS OCASIONAIS (Aprovado na 24ª Reunião Ordinária de Câmara Municipal realizada em 16 de Dezembro de 2003, na 2ª Reunião da 5ª Sessão Ordinária de Assembleia

Leia mais