Saiba qual o método contracetivo à sua medida!

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1 Se não quer correr o risco de uma gravidez não planeada... Saiba qual o método contracetivo à sua medida! Esta mensagem é para si! Apoio:

2 índice MÉTODOS CONTRACETIVOS Contraceção hormonal: Diária (pílula) Semanal (adesivo) Mensal (anel) Trimestral (injeção) 3 anos (implante) 3 a 5 anos (SIU) Contraceção não hormonal: Método do calendário Preservativo DIU (Dispositivo Intra-Uterino) Contraceção definitiva Contraceção de emergência

3 Quer saber mais sobre contraceção? Procure as respostas em: Qual é o mais adaptado para mim? Como posso usar o meu método? E se mais tarde quiser engravidar? Se estou a fazer um contracetivo e quero mudar, que outras opções tenho? Tenho muitas dúvidas. A quem posso perguntar? Qual o centro de saúde mais próximo da minha residência? Quanto melhor conhecer as opções contracetivas disponíveis, melhor poderá tomar uma decisão informada acerca do método contracetivo que melhor se adapta às suas necessidades. A eficácia, o mecanismo de ação, a forma de utilização são diferentes entre os vários métodos mas qual o método que melhor se adapta ao seu estilo de vida e às suas necessidades? Verifique as características de cada método de contraceção considerando a frequência de utilização que pretende. Veja qual é o seu método. Fale com o seu médico para a decisão final sobre o contracetivo que mais lhe convém. Uma vez por ano deve realizar uma consulta de Ginecologia/ Planeamento Familiar. 5

4 CONTRACEÇÃO HORMONAL DIÁRIA Pílula combinada* É o método de contraceção hormonal há mais tempo utilizado, sendo referido como pílula. Contém 2 hormonas: estrogénio e progestativo. A composição das pílulas varia na dose, na forma como as hormonas se associam, no tipo de hormonas que contêm (estrogénios naturais ou sintéticos e diferentes progestativos) e no regime de toma. Pode ser utilizado por todas as mulheres saudáveis que pretendam uma contraceção de uso diário. Para selecionar a pílula que melhor se adapta a si deve consultar o seu médico. Não é recomendado a mulheres com contraindicações para a utilização de estrogénios, entre as quais se salientam: amamentação, idade superior a 35 anos e tabagismo, obesidade, hipertensão, enxaqueca com aura e antecedentes pessoais de doenças trombóticas. É o método que as mulheres conhecem melhor; Controlo e melhoria das irregularidades menstruais, dores menstruais, menstruações abundantes, acne e excesso de pêlos; Menstruações previsíveis; Prevenção do cancro do ovário; Existem pílulas que podem ser adquiridas gratuitamente nas consultas de Planeamento Familiar (nos Hospitais e Centros de Saúde) do Serviço Nacional de Saúde. A toma diária pode ser uma desvantagem para algumas mulheres pelo risco de esquecimento; A eficácia pode ser afetada por perturbações gastrointestinais (vómitos e/ ou diarreia) e pelo uso de alguns medicamentos (consulte o seu médico). ADMINISTRAÇÃO A toma é diária existindo vários regimes: Regime 21/7: toma de 1 comprimido por dia durante 21 dias consecutivos (3 semanas), seguida de uma semana de interrupção, durante a qual geralmente ocorre a hemorragia de privação (usualmente denominada menstruação ). Seguindo-se uma nova embalagem; Regime 24/4: toma de 1 comprimido por dia durante 28 dias consecutivos (4 semanas), seguida de uma nova embalagem. Neste caso os últimos 4 comprimidos são de cor diferente e não têm hormonas (placebo) ocorrendo aí a hemorragia de privação (usualmente denominada menstruação ). A toma dos comprimidos é continua não havendo intervalo livre de toma entre duas embalagens. A toma é diária ocorrendo a absorção das hormonas no tubo digestivo. PRECAUÇÔES A toma deve ser sempre à mesma hora. Um atraso superior a 2 comprimidos no início da embalagem ou durante a toma compromete a eficácia contracetiva, neste caso deve continuar a toma da pílula e usar preservativo durante 7 dias. Se teve relações sexuais sem uso de preservativo durante este período de esquecimento ou nos 7 dias seguintes deve utilizar um dos métodos de contraceção de emergência (ver informação sobre contraceção de emergência). Inibição da ovulação. 99,7% (uso correto). 6 7

5 CONTRACEÇÃO HORMONAL DIÁRIA Pílula só com progestativo* É o método de contraceção hormonal diário, sem estrogénios, contendo apenas uma hormona: progestativo. A pílula só com progestativo é recomendada para: - Mulheres que não querem usar estrogénios; - Mulheres que abandonaram o uso da pílula combinada por sintomas como enjoos, enxaquecas, tensão mamária, e sensação de inchaço ou de pernas cansadas ; - Mulheres que não devem/não podem usar estrogénios entre as quais se salientam as seguintes situações: a amamentação, mais de 35 anos e tabagismo, obesidade, hipertensão, enxaquecas com aura e antecedentes pessoais de doenças trombóticas. Durante a toma desta pílula podem ocorrer alterações do padrão menstrual podendo não haver menstruação ou haver menstruações irregulares e escassas, o que não é prejudicial à saúde. Não contém estrogénios pelo que não tem risco trombótico; A maioria das mulheres não menstrua ou menstrua só esporadicamente; Melhoria de sintomas pré-menstruais e menstruais tais como alterações do humor; enxaquecas; dores menstruais e menstruações abundantes; Prevenção do cancro do ovário; Pode ser adquirida gratuitamente nas consultas de Planeamento Familiar (nos Hospitais e Centros de Saúde) do Serviço Nacional de Saúde. A toma diária pode ser uma desvantagem para algumas mulheres pelo risco de esquecimento; A irregularidade e imprevisibilidade das menstruações pode ser uma desvantagem para algumas mulheres; A eficácia pode ser afetada por perturbações gastrointestinais (vómitos e/ ou diarreia) e pelo uso de alguns medicamentos (consulte o seu médico). ADMINISTRAÇÃO A toma é diária durante 28 dias e sem interrupção seguida de uma nova embalagem. Portanto, a toma é contínua, sem pausas, o que torna a sua utilização muito fácil. A toma deve ser sempre à mesma hora. Um atraso superior a 36 horas compromete a eficácia contracetiva, e neste caso deve continuar a toma da pílula e usar preservativo durante 7 dias. Se teve relações sexuais sem uso de preservativo durante este período de esquecimento ou nos 7 dias seguintes deve utilizar um dos métodos de contraceção de emergência (ver informação sobre contraceção de emergência). Inibição da ovulação; Espessamento do muco cervical, evitando a entrada dos espermatozóides no útero. 99,5% (uso correto). 8 9

6 CONTRACEÇÃO HORMONAL SEMANAL Adesivo* Só tem de pensar em contraceção uma vez por semana. Contém estrogénio e um progestativo tal como a pílula combinada. O adesivo (sistema transdérmico) é colado na pele e liberta diariamente as hormonas necessárias para inibir a ovulação. A absorção é feita através da pele, pelo que a eficácia não é modificada por sintomas gastrointestinais (vómitos e diarreia) nem por doenças ou cirurgias que interferem com a absorção de alimentos (exemplos: distúrbios alimentares, doença inflamatória do intestino e antecedentes de cirurgia bariátrica). Pode ser utilizado por todas as mulheres saudáveis que pretendam uma contraceção de uso semanal. Não é recomendado a mulheres com contraindicações para utilização de estrogénios, entre as quais se salientam: a amamentação, idade superior a 35 anos e tabagismo, obesidade, hipertensão, enxaqueca com aura, antecedentes pessoais de doenças trombóticas e peso superior a 90 Kg. Mantém todas as vantagens da pílula combinada acrescidas do facto da aplicação ser semanal evitando o risco do esquecimento que pode ocorrer na toma diária da pílula; Pode ser utilizado por mulheres com doenças que interferem na absorção (exemplos: distúrbios alimentares, doença inflamatória do intestino e antecedentes de cirurgia bariátrica). Pode surgir irritação da pele; O sistema transdérmico fica visível; A eficácia pode ser afetada pelo uso de alguns medicamentos (consulte o seu médico). APLICAÇÃO O adesivo é discreto, confortável e fácil de colocar. Tem 4,5 x 4,5 cm e deve ser aplicado pela utilizadora na pele seca e limpa em qualquer local (exceto na mama). A mulher deve pressionar o adesivo com a palma da mão, com firmeza, durante 10 segundos para se certificar que as extremidades estão bem coladas e, a partir daí, verificar todos os dias se as extremidades ainda estão coladas. O adesivo deve ser colocado uma vez por semana, durante 3 semanas consecutivas, seguido de uma semana de intervalo onde surge a hemorragia de privação (usualmente denominada menstruação ). Em seguida começa um novo ciclo de aplicações. O adesivo deve ser aplicado 1x por semana. Um atraso superior a 2 dias na colocação do adesivo no início da embalagem ou um atraso superior a 2 dias na remoção e colocação de um novo adesivo durante a utilização, compromete a eficácia contracetiva, e neste caso deve colocar o adesivo e usar preservativo durante 7 dias. Se teve relações sexuais sem uso de preservativo durante este período de esquecimento ou nos 7 dias seguintes deve utilizar um dos métodos de contraceção de emergência (ver informação sobre contraceção de emergência). Um esquecimento inferior a 48 horas na remoção do adesivo e na colocação do novo adesivo na 2ª e 3ª semana de toma não afeta a eficácia contracetiva, pelo que deve continuar a usar o adesivo e não necessita de contraceção de emergência. Inibe a ovulação. 99,7% (uso correto)

7 CONTRACEÇÃO HORMONAL MENSAL Anel* Só tem que pensar em contraceção uma vez por mês. Contém estrogénio e um progestativo tal como a pílula combinada. O anel é colocado pela mulher na vagina. A absorção é feita através do contato do anel com a vagina e não precisa de se preocupar com a posição do anel. A eficácia não é modificada por sintomas gastrointestinais (vómitos e diarreia) nem por doenças ou cirurgias que interferem com a absorção de alimentos (exemplos: distúrbios alimentares, doença inflamatória do intestino e antecedentes de cirurgia bariátrica). A presença do anel na vagina não provoca incómodo. A presença do anel não interfere na relação sexual. Não é recomendado a mulheres com contraindicações para a utilização de estrogénios, entre as quais se salientam: a amamentação, idade superior a 35 anos e tabagismo, obesidade, hipertensão, enxaqueca com aura e antecedentes pessoais de doenças trombóticas. Mantém todas as vantagens da pílula combinada acrescidas do facto da aplicação ser mensal evitando o risco do esquecimento que pode ocorrer na toma diária da pílula; Pode ser utilizado por mulheres com doenças que interferem na absorção (exemplos: distúrbios alimentares, doença inflamatória do intestino e antecedentes de cirurgia bariátrica); Pode ser adquirido gratuitamente nas consultas de Planeamento Familiar (nos Hospitais e Centros de Saúde) do Serviço Nacional de Saúde. A eficácia pode ser afetada pelo uso de alguns medicamentos (consulte o seu médico). APLICAÇÃO O anel é macio, flexível, confortável e fácil de introduzir e retirar da vagina. Tem 5,4 cm de diâmetro sendo introduzido e retirado da vagina pela mulher, como um tampão. Não precisa de se preocupar com a sua posição pois o anel adapta-se à vagina. O anel fica na vagina 21 dias (3 semanas) seguindo-se uma semana de interrupção, durante a qual geralmente ocorre a hemorragia de privação, usualmente denominada menstruação Seguindo-se a aplicação de um novo anel. O anel deve ser aplicado 1x por mês. Um atraso superior a 2 dias na colocação do anel compromete a eficácia contracetiva, neste caso deve colocar o anel e usar preservativo durante 7 dias. Se teve relações sexuais sem uso de preservativo durante este período de esquecimento ou nos 7 dias seguintes deve utilizar um dos métodos de contraceção de emergência (ver informação sobre contraceção de emergência). Um esquecimento inferior a 48h na colocação do novo anel não afeta a eficácia contracetiva, pelo que deve continuar a usar o anel e não necessita de contraceção de emergência. Inibe a ovulação. 99,7% (uso correto)

8 CONTRACEÇÃO HORMONAL TRIMESTRAL Injeção* Só tem de pensar em contraceção uma vez por trimestre. É o método de contraceção hormonal, sem estrogénios, contendo apenas um progestativo. É recomendado a mulheres que pretendam um método trimestral, que não querem usar estrogénios e a portadoras de epilepsia e de anemia de células falciformes. Não é aconselhável a adolescentes, mulheres na perimenopausa e a mulheres com risco cardiovascular (risco trombótico, hipertensão, diabetes, obesidade e dislipidémia). Durante o uso deste método pode ocorrer alteração do padrão menstrual podendo não haver menstruação ou haver menstruações irregulares e escassas o que não é prejudicial à saúde. ADMINISTRAÇÃO: A injeção é feita de 3 em 3 meses, via intramuscular, por um profissional de saúde. Não é dolorosa nem deixa marca na pele. : Uso trimestral; A maioria das mulheres não menstrua ou tem menstruações irregulares e escassas; A sua eficácia não é afetada pelo uso simultâneo de medicamentos indutores enzimáticos nem por doenças que interferem na absorção (exemplos: distúrbios alimentares, doença inflamatória do intestino e antecedentes de cirurgia bariátrica); Pode ser adquirida gratuitamente nas consultas de Planeamento Familiar (nos Hospitais e Centros de Saúde) do Serviço Nacional de Saúde. : A irregularidade e imprevisibilidade das menstruações pode ser uma desvantagens para algumas mulheres; Após a suspensão do uso de método a mulher pode levar 6 a 12 meses a recuperar a fertilidade. PRECAUÇÔES: Deve ser iniciado nos primeiros 5 dias do ciclo. Um atraso superior a 4 semanas na injeção compromete a eficácia contracetiva, e neste caso deve fazer a injeção e usar preservativo durante 7 dias. Se teve relações sexuais sem uso de preservativo durante este período de esquecimento ou nos 7 dias seguintes deve utilizar um dos métodos de contraceção de emergência (ver informação sobre contraceção de emergência) e deve realizar um teste de gravidez dentro de 4 semanas. : Inibição da ovulação; Provoca um espessamento do muco cervical que impede a entrada dos espermatozoides na cavidade uterina. : 99,7% (uso correto)

9 CONTRACEÇÃO HORMONAL DURANTE 3 ANOS Implante subcutâneo* Só tem de pensar em contraceção de 3 em 3 anos. É um método de contraceção hormonal, sem estrogénios, contendo apenas um progestativo. É recomendado a mulheres que pretendam um método de longa duração, que não querem/não devem ou não podem usar estrogénios entre as quais se salientam as seguintes situações: a amamentação, mais de 35 anos e tabagismo, obesidade, hipertensão, enxaquecas com aura e antecedentes pessoais de doenças trombóticas. O implante contracetivo é feito de um material macio e flexível, tem uma espessura de 2mm e 4cm de comprimento. É colocado por baixo da pele no braço e a sua presença não provoca desconforto, não é visível nem provoca limitação nos movimentos. Durante o uso deste método pode ocorrer alteração do padrão menstrual podendo não haver menstruação ou haver menstruações irregulares e escassas, o que não é prejudicial à saúde. Contraceção de longa duração; Não contém estrogénios pelo que não tem risco trombótico; A maioria das mulheres não menstrua ou tem menstruações irregulares e escassas; Melhoria de sintomas pré-menstruais e menstruais tais como alterações do humor, enxaquecas, dores menstruais e menstruações abundantes; A sua eficácia não é afetada por doenças que interferem na absorção (exemplos: distúrbios alimentares, doença inflamatória do intestino e antecedentes de cirurgia bariátrica); A mulher retoma a fertilidade logo após a remoção do implante; Pode ser colocado gratuitamente nas consultas de Planeamento Familiar (nos Hospitais e Centros de Saúde) do Serviço Nacional de Saúde. A irregularidade e a imprevisibilidade das menstruações pode ser uma desvantagens para algumas mulheres; A eficácia pode ser afetada pelo uso de alguns medicamentos (consulte o seu médico). APLICAÇÃO O implante tem um aplicador próprio. A aplicação e remoção são realizadas por um médico, sob anestesia local. São procedimentos simples e não dolorosos. Deve ser colocado nos primeiros 5 dias do ciclo. Um atraso na remoção e substituição do implante compromete a eficácia contracetiva. Se teve relações sexuais sem uso de preservativo durante este período de atraso na remoção e colocação do implante deve utilizar um dos métodos de contraceção de emergência (ver informação sobre contraceção de emergência) e fazer um teste de gravidez dentro de 4 semanas. Inibição da ovulação; Provoca um espessamento do muco cervical, evitando a entrada dos espermatozoides na cavidade uterina. 99,9% (uso correto)

10 CONTRACEÇÃO HORMONAL DURANTE 3 E 5 ANOS Sistema Intra-Uterino (SIU)* O SIU é um pequeno aparelho hormonal, contendo um progestativo, que se coloca no útero e permite uma contraceção de longa duração. Existem SIUs para contraceção por 3 e 5 anos (e em algumas situações o SIU pode permanecer no útero por 7 anos). Apesar de ser um método hormonal, o progestativo que contém tem um efeito predominantemente no útero não sendo significativa a quantidade de hormona que entra em circulação. Durante o uso deste método pode ocorrer alteração do padrão menstrual podendo não haver menstruação ou haver menstruações irregulares e escassas, o que não é prejudicial à saúde. Pode ser utilizado pelas mulheres com contraindicação ao uso de estrogénios e pelas mulheres que pretendam uma contraceção de longa duração. É aconselhável a mulheres que pretendam um método de longa duração, que não querem/não devem ou não podem usar estrogénios entre as quais se salientam as seguintes situações: a amamentação, mais de 35 anos e tabagismo, obesidade, hipertensão, enxaquecas com aura e antecedentes pessoais de doenças trombóticas. Contraceção de longa duração (3 e 5 anos), podendo ser utilizado até 7 anos em algumas situações; Muito eficaz, não dependendo da colaboração da utilizadora; Reduz significativamente o fluxo menstrual; Fácil aplicação; A toma de outros medicamentos não interfere na eficácia do SIU; A eficácia não é afetada por perturbações gastrointestinais; A mulher retoma a fertilidade logo após a remoção do SIU; Pode ser adquirido gratuitamente nas consultas de Planeamento Familiar (nos Hospitais e Centros de Saúde) do Serviço Nacional de Saúde. A irregularidade e a imprevisibilidade das menstruações pode ser uma desvantagens para algumas mulheres. Não é recomendado a mulheres com malformações uterinas. APLICAÇÃO O SIU é colocado por um médico durante o exame ginecológico. O procedimento pode provocar um ligeiro desconforto / dor (semelhante à dor menstrual). A mulher não sente a presença do dispositivo nem tem incómodo durante a relação sexual. Deve ser colocado nos primeiros dias do ciclo menstrual. Pode ser colocado em qualquer dia do ciclo desde que seja excluída a gravidez. Quando a colocação é realizada fora dos primeiros dias do ciclo é recomendado o uso de preservativo durante 7 dias. Se tiver relações sexuais sem uso de preservativo durante este período de colocação do SIU, deve tomar a pílula de emergência (ver informação sobre contraceção de emergência) e fazer um teste de gravidez dentro de 4 semanas. O SIU liberta diariamente uma quantidade pequena de progestativo que provoca: Espessamento do muco cervical evitando a entrada dos espermatozóides na cavidade uterina; Modifica o endométrio não permitindo a nidação; Pode também em alguns ciclos inibir a ovulação. 99,9% (uso correto)

11 CONTRACEÇÃO NÃO HORMONAL Método do calendário* CONTRACEÇÃO NÃO HORMONAL Preservativo É um método natural. Corresponde ao cálculo da fase do ciclo em que a mulher tem risco de engravidar Período Fértil. Este método apenas deve ser utilizado por mulheres com ciclos regulares. MODO DE UTILIZAÇÃO A mulher deve marcar num calendário quantos dias se passam entre uma menstruação e outra. O primeiro dia da menstruação corresponde ao primeiro dia do ciclo. O numero de dias do ciclo dividido por 2, indicará o meio do ciclo e portanto corresponde ao dia provável da ovulação. Cada mulher tem um ciclo diferente. Deve verificar a regularidade e duração do ciclo durante vários meses para ser mais eficaz. A mulher não deve ter relações sexuais ou deve usar um preservativo do 8º ao 21º dia do ciclo, sendo assim o período de risco é alargado por 14 dias para garantir maior eficácia do método. Não é recomendado a adolescentes pois frequentemente têm ciclos irregulares e portanto um período fértil difícil de determinar. Ausência de relações sexuais no período em que o risco de gravidez é maior % (uso correto). É um método natural; Não apresenta efeitos adversos; Não tem custos. Este método exige disciplina da mulher nas anotações mensais do seu ciclo menstrual e necessita de abstinência ou uso do preservativo nos dias férteis; Este método necessita de treino para cálculo do período fértil, no mínimo 6 meses para que não haja tanto risco de gravidez. O preservativo masculino consiste numa bolsa elástica, com formato de dedeira, colocado no pénis de forma a evitar que o esperma entre na vagina da mulher durante a relação sexual. É o unico método que simultaneamente é contracetivo e protege de uma infeção sexualmente transmissível. Não interfere no prazer sexual. MODO DE UTILIZAÇÃO: Deve ser colocado com o pénis em ereção e antes de qualquer contacto do pénis com a vagina. Deve ser retirado imediatamente após a ejaculação. Em geral os preservativos são feitos de látex. As mulheres/homens alérgica(o)s ao látex devem usar preservativos sem látex; Antes da utilização deve verificar a validade e a integridade da embalagem e do preservativo; Após a utilização do preservativo, deverá dar-se um nó na sua abertura para impedir que o esperma saia e verificar a integridade do preservativo Deve ser colocado no lixo depois de utilizado. O preservativo atua como uma barreira, impedindo que os espermatozóides (célula reprodutora masculina) entrem na vagina e atinjam o óvulo (célula reprodutora feminina), impedindo a fecundação e a gravidez. 98% (uso correto). O preservativo é um método barato e de fácil acesso. Pode ser adquirido gratuitamente nas consultas de Planeamento Familiar (nos Hospitais e Centros de Saúde) do Serviço Nacional de Saúde; Permite que o homem/rapaz participe ativamente na contraceção; É o único método eficaz para prevenir as infeções de transmissão sexual. A sua eficácia depende da utilização correta e sistemática

12 CONTRACEÇÃO NÃO HORMONAL Dispositivo Intra-Uterino (DIU)* CONTRACEÇÃO DEFINITIVA Laqueação/Oclusão de trompas* O DIU é um pequeno aparelho, contendo cobre, que se coloca no útero e permite uma contraceção de longa duração. O cobre tem um efeito predominantemente no útero, não entra em circulação e a sua presença no útero não é prejudicial ao organismo. É um método de contraceção de longa duração (até 10 anos). Pode ser utilizado por todas as mulheres que pretendam uma contraceção de longa duração e que não pretendam o uso de contraceção hormonal. Não é recomendado o uso em mulheres com malformações uterinas. APLICAÇÃO O DIU é colocado por um médico durante o exame ginecológico. O procedimento pode provocar um ligeiro desconforto / dor (semelhante à dor menstrual). A mulher não sente a presença do dispositivo nem tem incómodo durante a relação sexual. O cobre do DIU desencadeia uma resposta inflamatória no útero que: altera a vitalidade e mobilidade dos espermatozóides, impedindo a fecundação; altera o endométrio impedindo a fixação do ovo (nidação). Método de contraceção definitivo e irreversível que consiste no bloqueio da trompa (corte, colocação de anel, colocação de dispositivo intratubar), impedindo a passagem do espermatozóide e a fecundação do óvulo. O procedimento pode ser realizado por cirurgia aberta (laparotomia), laparoscopia ou por histeroscopia (sem necessidade de cirurgia). Só deve ser uma opção quando se está seguro de que não se quer ter filhos. 99,5%. Contraceção definitiva; Sem interferência hormonal; Não interfere com a regularidade das menstruações. Não é reversível; Pode implicar uma intervenção cirúrgica. 99,4% (uso correto). Contraceção de longa duração; Pode ser removido em qualquer altura; A mulher retoma a fertilidade logo após a remoção do DIU; Pode ser colocado gratuitamente nas consultas de Planeamento Familiar (nos Hospitais e Centros de Saúde) do Serviço Nacional de Saúde. Em algumas mulheres e transitoriamente pode aumentar o fluxo menstrual (quantidade e duração) e as dores menstruais. 22 * A utilização destes métodos não protege de uma infeção de transmissão 23

13 CONTRACEÇÃO DEFINITIVA CONTRACEÇÃO DE EMERGÊNCIA Vasectomia* Oral* Bloqueio do canal deferente impedindo a passagem dos espermatozóides dos testículos para o pénis. O homem mantém ejaculações normais apenas sem espermatozóides. Método masculino definitivo e irreversível. Realizado através de uma pequena cirurgia com anestesia local. Só deve ser uma opção quando se está seguro de que não se quer ter filhos. 99,9%. Contraceção definitiva; Não interfere com o desempenho sexual. Não é reversível; A eficácia não é imediata são necessárias 12 a 20 ejaculações até não existirem espermatozóides no esperma. É um método para prevenir a gravidez em caso de: 1. Relação sexual não protegida (RSNP) por não uso/uso não correto de um método de contraceção; 2. Relação sexual não protegida adequadamente (falha contracetiva); 3. Crime contra a autodeterminação sexual em mulher não utilizadora de método contracetivo. Pílula de emergência (também conhecida como pílula de dia seguinte ), pode ser: Pílula com Levonorgestrel. Toma única. Pode ser usada até ás 72 horas após a RSNP; Pílula com Acetato de ulispristal. Toma única. Pode ser usada até 5 dias após a RSNP. A eficácia da pílula de emergência com Levonorgestrel depende da precocidade da toma, pelo que deve ser tomada o mais breve possível depois da RSNP. Após a toma de uma pílula de emergência deve ser iniciado ou continuado o método de contraceção com a necessidade de utlização de preservativo durante 7 dias (no caso de utilização de pílula de emergência com Levonorgestrel) ou 14 dias (no caso de utilização de pílula de emergência com Acetato de Ulipristal). : Pílula de Levonorgestrel: Bloqueio ou atraso da ovulação por 3 dias; Pílula de Acetato de ulipristal: Bloqueio ou atraso da ovulação por 5 dias. Pílula com Levonorgestrel: a eficácia depende da rapidez da toma após RSNP: 95% (< 24h após a RSNP); 85% (24-48h após a RSNP); 58% (49-72h após a RSNP); Pílula com Acetato de ulipristal: 96% nos 5 dias após RSNP. Pílula com Levonorgestrel: Sem contraindicações. Não tem complicações na fertilidade futura. Pode ser repetida no mesmo ciclo; Pílula com Acetato de ulipristal: Maior eficácia. Eficaz na fase préovulatória tardia e precoce. Eficaz até às 120 horas após a RSNP. Não tem complicações na fertilidade futura. Pílula com Levonorgestrel: Apenas eficaz nas primeiras 72 horas após a RSNP. A eficácia depende da precocidade da toma. Não eficaz na fase pré-ovulatória tardia; Pílula com Acetato de ulipristal: Contraindicação em algumas doenças (consulte o seu médico). Não pode ser repetida no mesmo ciclo. 24 * A utilização destes métodos não protege de uma infeção de transmissão 25

14 CONTRACEÇÃO DE EMERGÊNCIA DIU de cobre* Perguntas que não me posso esquecer de fazer ao meu médico É o método de contraceção de emergência mais eficaz e deve ser utilizado em caso de: 1. Relação sexual não protegida (RSNP) por não uso/uso não correto de um método de contraceção; 2. Relação sexual não protegida adequadamente (falha contracetiva); 3. Crime contra a autodeterminação sexual em mulher não utilizadora de método contracetivo. Pode ser utilizado pelas mulheres que necessitem de contraceção de emergência e também pretendam um método de contraceção de longa duração. Deve ser colocado até 5 dias após a RSNP. Não deve ser utilizado por mulheres com malformações uterinas. : Impede a nidação. 99,9% (uso correto). Contraceção de longa duração; Pode ser removido em qualquer altura; A mulher retoma a fertilidade logo após a remoção do DIU; Pode ser colocado gratuitamente nas consultas de Planeamento Familiar (nos Hospitais e Centros de Saúde) do Serviço Nacional de Saúde. Implica uma consulta médica

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