CONSELHO DE DISCIPLINA

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1 CONSELHO DE DISCIPLINA SECÇÃO PROFISSIONAL Processo Disciplinar nº 03-20/21 DESCRITORES: Sociedade anónima desportiva - Dívidas salariais - Competições profissionais - Falsas informações à Liga Candidatura - Critérios financeiros - Inexistência de dívidas - Infrações de natureza salarial Aplicação no tempo Regime mais favorável Arquivamento - Inobservância de outros deveres - Prescrição Página 1 de 24

2 ESPÉCIE: Processo Disciplinar ARGUIDO: União Desportiva Vilafranquense- Futebol, SAD OBJETO: «[I]nformações prestadas pela SAD arguida quanto à inexistência de dívidas salariais, no âmbito do preenchimento dos requisitos e pressupostos de participação em competição profissional de futebol» DATA DO ACÓRDÃO: 13 de outubro de 2020 TIPO DE VOTAÇÃO: Unanimidade RELATOR: Coutinho de Almeida NORMAS APLICADAS: Artigos 17º, 23º, 24º, 48º, 74º, 92º, 127º e 234º, todos do RDLPFP19; artigo 78ºA do RCLPFP19; SUMÁRIO: I - Ao abrigo do disposto na Lei e no artigo 10.º do RCLPFP19, a LPFP define os pressupostos e os critérios desportivos, financeiros e de organização de acesso às competições profissionais respeitantes à época desportiva seguinte, entre os quais os Critérios Financeiros previstos no Manual de Licenciamento para as Competições, onde expressamente se prevê a apresentação de declaração, pela sociedade desportiva candidata, da inexistência de dívidas salariais a jogadores e treinadores, respeitantes à época desportiva em que apresenta a candidatura. II - Nos termos do ponto 9.5., alínea d), dos referidos Critérios Financeiros, não se consideram dívidas salariais nos casos em que o vínculo contratual tenha cessado por iniciativa do credor (no caso, dos jogadores), com invocação de justa causa decorrente do incumprimento salarial. III - Não preenche o tipo de ilícito disciplinar p. e. p. no artigo 92.º do RDLPFP19 [Falsas informações à Liga] a sociedade desportiva que, candidatando-se à participação nas competições organizadas pela Liga nas épocas desportivas 2019/2020 e 2020/2021, apresenta declaração de inexistência de dívidas, excluindo aquelas cujo vínculo contratual cessou por iniciativa de jogadores, invocando justa causa decorrente de incumprimento salarial. IV O ilícito disciplinar p. e p. no artigo 74.º do RDLPFP19 [Infrações de natureza salarial] apenas sanciona a falta de demonstração, pela sociedade desportiva, da inexistência de dívidas salariais, depois de notificada pela Liga para o efeito, no prazo regulamentar ali previsto, sendo certo que no caso em apreço, tal não se podia concretizar, porquanto na época 2018/2019 a Arguida não estava inscrita, nem participou, nas competições profissionais da Liga Portugal. Página 2 de 24

3 ACÓRDÃO Acordam, em Plenário, ao abrigo do artigo 206.º, n.º 1, do Regulamento Disciplinar das Competições Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional 1 (RDLPFP19), os membros do Conselho de Disciplina, Secção Profissional, da Federação Portuguesa de Futebol: I Relatório 1. Registo inicial 1. Por deliberação datada de , e na sequência das participações disciplinares apresentadas pelos jogadores Charles Pereira Mendes Monteiro, Joazimar Sequeira Conceição, Jacinto Francisco Lopes Monteiro e Carlos Alberto Fernandes, a Secção Profissional do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol remeteu, no dia , à Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (doravante, CI), o presente processo, autuado como processo disciplinar, em que é Arguida a União Desportiva Vilafranquense Futebol, SAD, e cujo o objeto é «[I]nformações prestadas pela SAD arguida quanto à inexistência de dívidas salariais, no âmbito do preenchimento dos requisitos e pressupostos de participação em competição profissional de futebol» (cfr. capa do processo e fls. 1 a 92). 2. Na sequencia do despacho do Exmo. Presidente da Comissão de Instrutores, datado de (fls. 94) e proferido nos termos da alínea c) do artigo 210.º do RDLPFP19, o processo foi distribuído ao Sr. Dr. Bruno Rodrigues Sampaio, nomeado instrutor e incumbido de realizar o subsequente procedimento disciplinar contra a sociedade Arguida, o qual iniciou a instrução no dia 14 de agosto de Nessa sequência, tendo presente tal enquadramento e uma vez que as alegadas dívidas salariais aos jogadores acima identificados respeitam a períodos anteriores ao início das épocas 1 Aprovado na Assembleia Geral Extraordinária de 27 de junho de 2011, com as alterações aprovadas nas Assembleias Gerais Extraordinárias de 14 de dezembro de 2011, 21 de maio de 2012, 06 e 28 de junho de 2012, 27 de junho de 2013, 19 e 29 de junho de 2015, 08 de junho de 2016, 15 de junho de 2016 e 29 de maio e 12 de junho de 2017, 13 de junho de 2017, 29 de dezembro de 2017, 13 de junho de 2018 e 29 de junho de 2018 e de 22 de Maio de 2019, ratificado na reunião da Assembleia Geral da FPF de 22 de junho de (Comunicado Oficial n.º 03 de 01 de julho de 2019), doravante abreviado, por mera economia de texto, por RDLPFP19 ou apenas por RDLPFP. O texto regulamentar encontra-se disponível, na íntegra, na página da LPFP. Página 3 de 24

4 desportivas 2019/2020 e 2020/20201, a finalidade do presente processo foi averiguar, assim, da eventual existência de infracções disciplinares, praticadas pela Arguida União Desportiva Vilafranquense Futebol, SAD, quanto à factualidade reportada nos requerimentos (fls. 4 a 91) que os denunciantes, remeteram, em simultâneo, à Liga Portugal e ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol e que, desse modo, originou a instauração do presente procedimento disciplinar, nomeadamente, aferir se a União Desportiva Vilafranquense Futebol, SAD, aquando do momento em que apresentou a sua candidatura à participação nas competições organizadas pela Liga Portugal, prestou (ou não) falsas informações, no que concerne ao (in)cumprimento dos Critérios Financeiros relativos às épocas desportivas 2019/2020 e 2020/ Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 227.º do RDLPFP19, em o Senhor Instrutor determinou e levou a efeito a notificação da Arguida União Desportiva Vilafranquense - Futebol SAD, informando-a: a) Da abertura do presente processo disciplinar pelo Conselho de Disciplina da FPF; b) Que o mesmo tem por objeto a «[I]nformações prestadas pela SAD arguida quanto à inexistência de dívidas salariais, no âmbito do preenchimento dos requisitos e pressupostos de participação em competição profissional de futebol» (cfr. capa do processo), nomeadamente, eventuais prestações de falsas informações à Liga Portugal aquando das candidaturas à participação nas competições organizadas pela Liga Portugal, nas épocas desportivas 2019/2020 e 2020/2021, no que concerne ao preenchimento dos requisitos e pressupostos de que, nos termos legais e regulamentares, depende a participação numa competição profissional de futebol, concretamente quanto à inexistência de dívidas salariais relativas, e sem prejuízo do que se vier apurar em sede de instrução, aos jogadores Charles Pereira Mendes Monteiro, Joazimar Sequeira Conceição, Jacinto Francisco Lopes Monteiro e Carlos Alberto Fernandes - conforme participações disciplinares que se juntaram para melhor compreensão, - factualidade essa susceptível de integrar, sem prejuízo do que se vier apurar em sede de instrução, a infracção p. e p. no artigo 92.º, n.ºs 1 e 2, do RDLP [Falsas informações à Liga]. c) De que poderia, querendo, pronunciar-se, nomeadamente por escrito e no prazo de 5 (cinco) dias, acerca dos factos em investigação, tendo o direito de requerer diligências instrutórias pertinentes e necessárias para o objecto dos presentes autos (cfr. despacho e respectiva notificação de fls e ). Página 4 de 24

5 5. Por se poder revelar essencial à descoberta da verdade material e à boa decisão da causa, foi ainda ordenado, ao abrigo do disposto no artigo 228.º, n.º 2 do RDLPFP19 e com urgência, como diligências instrutórias: (i) Fossem juntos aos autos os comunicados oficiais por via dos quais a Liga Portugal publicou/notificou: a) os pressupostos de natureza financeira relativos às épocas desportivas 2019/2020 e 2020/2021; b) quaisquer decisões relativas às candidaturas da União Desportiva Vilafranquense Futebol, SAD, para as épocas desportivas 2019/2020 e 2020/2021; c) Fosse oficiado o competente departamento da Liga Portugal para remeter a estes autos cópia da totalidade dos processos de candidatura da União Desportiva Vilafranquense Futebol, SAD, à participação nas competições organizadas pela Liga Portugal nas épocas 2019/2020 e 2020/2021; e d) Fosse oficiado o Departamento competente da Federação Portuguesa de Futebol, para, com a maior brevidade possível, vir juntar aos presentes autos cópia dos contratos de trabalhos, aí registado, e celebrados entre os atletas Charles Pereira Mendes Monteiro, Joazimar Sequeira Conceição, Jacinto Francisco Lopes Monteiro e Carlos Alberto Fernandes e a União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD (cfr. fls ). 6. Mais se determinou que fosse oficiado o departamento competente da Liga Portugal para juntar aos presentes autos: i. Uma listagem dos jogadores que integravam o plantel da União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD, na época desportiva 2018/2019; ii. Uma listagem dos jogadores que integravam o plantel da União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD, na época desportiva 2019/2020 (cfr. fls. 734). 7. Na sequência da notificação efectuada nos termos e para os efeitos acima mencionados e para se pronunciar sobre os factos em investigação e pelos quais se encontrava indiciada, através de requerimento subscrito pela Ilustre Mandatária, em a Arguida apresentou pronúncia escrita, conforme melhor consta de fls. 692 a 733 dos autos, na qual pugna pelo arquivamento do presente processo disciplinar, juntando 6 (seis) documentos e indicando como testemunha Rodolfo Santos Furtuoso, caso fosse necessária a sua inquirição. 8. Alega a Arguida, em síntese, que: Página 5 de 24

6 1º A "Arguida" prestou as informações factuais verdadeiras relativamente â epoca2019/2020, bem como as épocas anteriores, no que se refere ao preenchimento dos requisitos e pressupostos de participação em competição profissional de futebol, exija nos termos legais; 2º Efetivamente a situação económica e financeira da SAD atravessou dificuldades financeiras, sendo que a mesma tem, desde sempre, primado por cumprir com todas as suas obrigações legais e contratuais, constituindo este um dos seus objetivos prioritários; 3º Os factos referidos na Notificação recebida e que fundamentam a factualidade das participações disciplinares dos Jogadores Joazimar Sequeira Conceição, Jacinto Francisco Lopes Monteiro, Carlos Alberto Fernandes e Charles Pereira Mendes Monteiro, são anteriores à inscrição da Requerida/Arguida na época aqui em causa, 2019/2020; 4º Efetivamente, vejamos: - Nenhum destes jogadores se encontra vinculado, atualmente, com a qualidade de jogadores do Clube - União Desportiva Vilafranquense- Futebol SAD.; - Os Jogadores Joazimar Sequeira Conceição e Jacinto Francisco Lopes Monteiro rescindiram os contratos de trabalho, com a invocação de justa causa em 22 de Maio de 2019, conforme envio através da plataforma Score da FPF e; - Foram objeto de processo de Inquérito - com o nº 1-19/20 - tendo sido solicitada documentação por parte do Departamento Jurídico da LIGA, a qual foi objeto de resposta por parte da aqui Arguida: Conforme cópia dos s trocados com data de 26 de Agosto e 04 de Setembro de 2019, que se juntam como Documento nº1 e se consideram como reproduzidos para os devidos e legais efeitos. (Vide doc. n.º1) - Porquanto, foi solicitado à Requerida/Arguida a documentação referente aos recibos de pagamento de salários, informação que fora enviada e transmitida. - Em resposta, foi a aqui Arguida Notificada do Deferimento, conforme se reproduz: "De: Sandra Silva [sandra.sílva@líga portugal.pt] Enviado:segunda-feira, 2 de Setembro de :32 PARA:VILAFRANQUENSE Cc:RuiVieira Assunto:RE: Processo de Inquérito nº 01-19/20 - Notificação de Despacho Exmos. Senhores União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD Face ao requerido, informa-mos V. Exas. que o Sr. lnstrutor deferiu o solicitado. Adverte ainda para notificação anexa, remetida no dia Com os melhores cumprimentos, Sandra Silva" Página 6 de 24

7 5º Posteriormente a Arguida foi notificada, Oficialmente, pela LIGA do Comunicado Oficial referente à competição profissional nos termos do disposto no nº 1 do artigo 12º do Regulamento das Competições Organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional - conforme comunicado oficial que se junta cópia como documento nº 4 e se dá por integrado e reconhecido para os devidos e legais efeitos. ( Vide co. Nº 4) 6º Assim, como se poderá constatar, à data dos factos, nenhum dos jogadores inscritos, que integravam o plantel 2018/2019 estavam em situação de divida salarial; 7º Sem Prejuízo do supra exposto, salienta-se que os jogadores Joazimar Conceição e Jacinto Monteiro, inscritos nas épocas 2018/2019, à data dos factos, considerando o período da comunicação, rescindiram contrato em Maio de 2019, invocando a Justa Causa, situação que deverá ser enquadrada legalmente, com referência e atento o disposto, na alínea d) do nº 3 do artigo 78º-A do Regulamento das Competições da Liga Portuguesa de Futebol que refere " Não se consideram em situação de incumprimento os clubes que, nos prazos estabelecidos nos números anteriores, demonstrem documentalmente ter: (...) d) o vinculo contratual cessado por iniciativa do credor, com a invocação de justa causa decorrente de incumprimento salarial" 8º Também na situação dos Jogadores : Charles Monteiro e Carlos Alberto Fernandes, integraram estes, contratualmente, apenas a época desportiva da Arguida no período de 2017/2018, sendo ainda importante esclarecer que o jogador Carlos Fernandes nem sequer fazia parte da equipa /plantel jogadores profissionais da equipa profissional comunicada e o seu contrato cessou com o termo da referida época; - Como se poderá confirmar através do Relatório do ROC de 03 de Julho de 2019, referente aos meses de Julho de 2018 a Abril de que se junta como documento nº 5. (Vide Doc. nº 5) 9º Relativamente à actual inscrição e ao plantel identificado, todos os jogadores identificados, possuem contratos de trabalho desportivo e preenchem todos os requisitos legais exigidos, sendo que tal como foi comunicado, à data dos factos e em conformidade com o Relatório do Revisor Oficial de Contas de Inexistência de Dividas a Jogadores e Treinadores, constitui uma informação verídica e de acordo com a realidade factual existente.; - Conforme Relatório do ROC que se junta cópia como documento nº 6, o qual se dá por integrado e reproduzido para os devidos e legais efeitos. (Doc. nº 6) 10º A Arguida cumpriu com as exigências legais e preenche os requisitos necessários decorrentes da Legislação aplicável, nomeadamente as normas decorrente do Regulamento de Competições da Liga Portuguesa de Futebol. 11º Mais uma vez se afirma, que à data dos factos e de acordo com a mesma as informações transmitidas pela Arguida à Liga foram as corretas e verdadeiras de acordo com a situação Página 7 de 24

8 existente nessa mesma data, não consubstanciando tais informações transmitidas qualquer tipo de falsidade pelo que não aceita a, eventual, imputação da pratica da infração p.p. Pelo artigo 92º nº 1 e 2º do RDLPFP. 12º Pelo que deverão V.Exas., após a competente apreciação, considerar como improcedente o presente processo disciplinar por falta de fundamentação legal e consequentemente proferir despacho de arquivamento do mesmo. 13º Relativamente aos processos judicias laborais e no que se refere a eventuais créditos pendentes, efetivamente, não foram os referidos processos judiciais devidamente acompanhados por parte dos serviços da Arguida, que por " negligencia" não exerceu os seus direitos em sede própria, sendo certo que a ignorância da Lei a ninguém aproveita, contudo manifesta desde já que é sua intenção a resolução de todas as questões que eventualmente se encontrem pendentes. Nestes termos e nos melhores de Direito, deverá o presente processo disciplinar ser objeto de Arquivamento com as necessárias e legais consequências. (sic) 9. Na sequência das diligências instrutórias requeridas pela Arguida, o Sr. Instrutor proferiu o despacho de fls. 821/822, no qual, com os fundamentos que nele constam, admitiu a junção dos documentos e indeferiu a inquirição da testemunha indicada, por entender desnecessária a realização da sua inquirição (artigo 231.º, n.º 2 do RDLP). 2. Relatório Final 10. Considerando encerrada a atividade instrutória, em o Sr. Instrutor elaborou o Relatório Final, o qual consta de fls. 827 a 841 dos autos e que por brevidade e desnecessidade de repetição, igualmente aqui se dá por inteiramente reproduzido para todos os efeitos Proposta de arquivamento 11. No âmbito do Relatório Final, o Ilustre Instrutor exarou a seguinte proposta de arquivamento: Pelas razões de facto e de direito acima aduzidas, propõe-se, ao abrigo do disposto no artigo 234.º, n.º 2, do RDLPFP, o arquivamento do presente processo disciplinar (fls. 840). 12. Sequentemente, foram os presentes autos remetidos pela Comissão de Instrutores da LPFP a esta Secção Profissional do Conselho de Disciplina da FPF, para os devidos fins regulamentares, Página 8 de 24

9 os quais, por despacho da Senhora Presidente proferido em , foram distribuídos ao aqui Relator. II Competência do Conselho de Disciplina 13. De acordo com o artigo 43.º, n.º 1 do RJFD2008 2, compete a este Conselho, de acordo com a lei e com os regulamentos e sem prejuízo de outras competências atribuídas pelos estatutos e das competências da liga profissional, instaurar e arquivar procedimentos disciplinares e, colegialmente, apreciar e punir as infrações disciplinares em matéria desportiva. No mesmo sentido, dispõe o artigo 15.º do Regimento deste Conselho 3. III Questão Prévia Da aplicação da Lei no Tempo 14. À data da prática dos factos que vêm indiciados, encontrava-se vigente o RDLPFP2017/18 4, relativamente à factualidade participada por Charles Pereira Mendes Monteiro (salários referentes aos meses de abril, maio e junho, todos de 2018) e por Carlos Alberto Fernandes (salários referentes aos meses de abril e maio de 2018) e o RDLPFP2018/19 5 quanto à factualidade participada por Joazimar Sequeira Conceição (salários referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março, todos de 2019) e de Jacinto Francisco Lopes Monteiro (salários referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março, todos de 2019), sendo certo que entretanto 2 Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 248 -B/2008, de 31 de dezembro (Regime Jurídico das Federações Desportivas e do Estatuto de Utilidade Pública Desportiva), alterado pelo artigo 4.º, alínea c), da Lei n.º 74/2013, de 6 de setembro (cria o Tribunal Arbitral do Desporto e aprova a respetiva lei) e ainda pelos artigos 2º e 4º Decreto-Lei n.º 93/2014, de 23 de junho, cujo texto consolidado constitui anexo a este último. O artigo 3º da Lei nº 101/2017, de 28 de agosto, veio também a introduzir alterações neste regime, embora sem relevância neste domínio. 3 Disponível, na íntegra, na página da Federação Portuguesa de Futebol. 4 Doravante, por mera economia de texto, por RDLPFP2017 ou apenas por RDLPFP17 (aprovado na Assembleia Geral Extraordinária de 27 de junho de 2011, com as alterações aprovadas nas Assembleias Gerais Extraordinárias de 14 de dezembro de 2011, 21 de maio de 2012, 06 e 28 de junho de 2012, 27 de junho de 2013, 19 e 29 de junho de 2015, 08 de junho de 2016, 15 de junho de 2016 e 29 de maio e 13 de junho de 2017, ratificado na reunião da Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol de 29 de junho de 2017). O texto regulamentar encontra-se disponível, na íntegra, na página da LPFP. 5 Doravante, por mera economia de texto, por RDLPFP2018 ou apenas por RDLPFP18 (aprovado em Assembleia Geral, mas agora ainda com as alterações de 29 de dezembro de 2017, 13 de junho de 2018 e 29 de junho de 2018, ratificado na reunião da Assembleia Geral da FPF de 30 de junho de 2018) cujo texto regulamentar também se encontra disponível, na íntegra, na página da LPFP. Página 9 de 24

10 e já depois deste RDLPFP2018 vigorou o RDLPFP2019/ e este último, por sua vez, mais recentemente foi alvo de diversas alterações na reunião extraordinária da Assembleia da Liga de , com a aprovação e entrada em vigor do RDLPFP2020 7, ratificado na reunião da Assembleia Geral da FPF de e publicado por meio do Comunicado Oficial da FPF nº 83, datado de O problema da sucessão de leis no tempo colocado a propósito da entrada em vigor destes sucessivos regulamentos tem de ser resolvido, em primeiro lugar, através das normas de direito transitório especial (normas do novo regulamento que disciplinem a sua aplicação no tempo), depois pelas normas de direito setorial (normas que regulam a aplicação no tempo das leis sobre certa matéria) e, finalmente pelas normas de direito transitório gerais (as que definem o modo de aplicação no tempo da generalidade das leis) A Disposição Transitória 1.ª do RDLPFP20 estatui o seguinte: O presente Regulamento entra em vigor imediatamente após a publicação em comunicado oficial da deliberação de ratificação adotada pela Assembleia-Geral da FPF, nos termos do artigo 47.º dos Estatutos Federativos. 17. Mirando agora as normas que regulam a aplicação das leis no tempo, dispõe o artigo 11.º do RDLPFP2020, na parte que aqui importa convocar: 1. As sanções são determinadas pela norma punitiva vigente no momento da prática da infração disciplinar. ( ) 3. Quando a sanção aplicável no momento da prática do facto for diversa daquela que vigorar em momento posterior será sempre aplicado o regime que concretamente se mostrar mais favorável ao arguido, salvo se este já tiver sido condenado por decisão definitiva na ordem jurídica desportiva. ( ) 6. As normas procedimentais previstas no presente Regulamento serão aplicáveis a todos os 6 Após as alterações introduzidas pela Assembleia Geral de 22 de maio de 2019, ratificado na reunião da Assembleia Geral da FPF de 22 de junho de 2019 (doravante, por mera economia de texto, por RDLPFP2019 ou apenas por RDLPFP19, cujo texto também se encontra disponível na página da LPFP. 7 Doravante, por mera economia de texto, por RDLPFP2020 ou apenas por RDLPFP20. O texto regulamentar encontrase disponível, na íntegra, na página da LPFP. 8 Nos casos em que o legislador não regula expressamente da questão da aplicação no tempo de uma nova lei, e na ausência de disposição constitucional aplicável, deve seguir-se o critério estabelecido no Código Civil (princípio da irretroatividade da lei). Página 10 de 24

11 procedimentos instaurados após a sua entrada em vigor. 18. São duas as consequências que se extraem do que acaba de se expor: - A primeira é a de que o RDLPFP2020 está em vigor, uma vez que a publicação do Comunicado Oficial da deliberação de ratificação adotada pela Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol ocorreu através do já referido Comunicado Oficial nº 83 da FPPF, datado de , mas publicado em A segunda é a de que não será necessário recorrer às normas de direito transitório gerais, uma vez que que o legislador regulou expressamente a questão da aplicação no tempo neste novo Regulamento, não se perdendo de vista que a aplicação prospetiva da nova lei só é possível se a sanção se mostrar mais favorável ao Arguido. 19. Para se saber se é esta, ou não, a situação no domínio do comportamento que aqui está em causa, importará verificar se os aludidos factos descritos no Relatório Final continuam a ser disciplinarmente puníveis e em que termos, devendo, para o efeito, ser realizada uma análise comparativa do regime sancionatório aplicável à conduta da Arguida nos Regulamentos Disciplinares em questão, para aferirmos o que se mostra mais favorável, em concreto, à Arguida, pois será esse o aplicável. 20. Nesta ordem de raciocínio, conforme ensinava Cavaleiro Ferreira, o carácter mais ou menos favorável da norma penal não depende apenas da sanção que comina (espécie e duração da pena) mas de todo o seu regime: número e qualidade dos elementos constitutivos do tipo criminal, disciplina das causas de justificação ou de exculpação, regulamentação das condições de punibilidade, das circunstâncias atenuantes ou agravantes, das causas de isenção da pena ou de extinção de responsabilidade penal 9. Certo é, porém, que a referência a "regime", em vez da mera menção a "normas", implica a ideia de que não se pode escolher de cada um dos regulamentos os preceitos isolados que forem mais favoráveis ao agente, antes se devendo aplicar um conjunto normativo (bloco) definidor do regime do instituto ou infração em causa 10. Deste modo, este trabalho não deve ser realizado norma a norma, naquilo que a jurisprudência 9 In Direito Penal Português Parte Geral Tomo I, Edição Sociedade Científica da Universidade Católica, 1982, pág Neste sentido, o Supremo Tribunal de Justiça, em assento datado de , sufragou o seguinte entendimento: «Assim, não é lícito construir regimes particulares pela conjugação de elementos retirados de uma e outra lei, com o perigo da quebra de coerência e a obtenção de um resultado aberrante, ainda que concretamente vantajoso para o agente. Proíbe-se o que, em expressão curiosa, já se designou por aplicação simbiótica das leis penais» (in BMJ, nº 384, págs. 163 e segs). Página 11 de 24

12 e a doutrina vêm apelidando de aplicação simbiótica das leis penais, mas antolhando cada um dos regimes em bloco. 21. Ora, no caso em apreço, os factos descritos no Relatório Final e que constituem o objeto deste processo, continuam a ser puníveis como infrações disciplinares e, compulsando um e outro regime jus-disciplinar, apuramos igualmente que a infração disciplinar aqui em causa, p. e p. pelo artigo 92º do RDLPFP (Falsas informações à Liga), não sofreu qualquer alteração desde a época 2017/2018, quer no seu conteúdo normativo, quer no respetivo arco sancionatório. 22. Por outro lado, também permanece inalterado o factor de ponderação de 0,35 previsto no n.º 3 do artigo 36.º do RDLPFP, para as multas aplicadas a clubes da II Liga. 23. Perante o exposto e em conclusão, resulta, assim, que será à luz do RDLPFPP19 que se efetuará a apreciação jurídico disciplinar sobre a factualidade indiciada, especialmente porque em face do disposto no artigo 11.º, n.º 6, do RDLPFP2019 (cuja disposição é decalcada dos anteriores regulamentos e mantida no RDLPFP2020), serão também as normas procedimentais previstas neste RDLPFP2019 as aplicáveis, uma vez que o presente procedimento foi instaurado na sua pendência e, portanto, antes da entrada em vigor do Regulamento atualmente vigente. 24. Inexistindo outras questões prévias de que se deva tomar conhecimento ou apreciar, passamos para a análise e valoração da prova. IV Apreciação da proposta de arquivamento 1. Enquadramento jurídico-disciplinar A Fundamentos e âmbito do poder disciplinar 25. O poder disciplinar exercido no âmbito das competições organizadas pela Federação Portuguesa de Futebol ou, por delegação, pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional assume natureza pública Com clareza, concorrem para esta proposição as normas constantes do artigo 19.º, n.ºs 1 e 11 A Federação Portuguesa de Futebol é uma pessoa coletiva de direito privado sem fins lucrativos, dotada de utilidade pública desportiva, por via da qual o Estado lhe atribuiu competências várias para o uso, em exclusivo, de poderes de natureza pública, entre os quais o poder regulamentar e o poder disciplinar (Ac. do STJ de , procº nº 8671/14.4T8LSB.L1.S1, disponível em Página 12 de 24

13 2, da Lei n.º 5/2007 de 16 de janeiro (Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto) 12 e dos artigos 10.º e 13.º, alínea i), do RJFD A existência de um regulamento disciplinar justifica-se pelo dever legal artigo 52.º, n.º 1, do RJFD2008 de sancionar a violação das regras de jogo ou da competição, bem como as demais regras desportivas, nomeadamente as relativas à ética desportiva, entendendo-se por estas últimas as que visam sancionar a violência, a dopagem, a corrupção, o racismo e a xenofobia, bem como quaisquer outras manifestações de perversão do fenómeno desportivo (artigo 52.º, n.º 2, do RJFD2008) O poder disciplinar exerce-se sobre os clubes, dirigentes, praticantes, treinadores, técnicos, árbitros, juízes e, em geral, sobre todos os agentes desportivos que desenvolvam a atividade desportiva compreendida no seu objeto estatutário (artigo 54.º, n.º 1, do RJFD2008) Em conformidade com o artigo 55.º do RJFD2008 o regime da responsabilidade disciplinar é independente da responsabilidade civil ou penal. 30. Todo este enquadramento, representa, entre tantas consequências, que estamos perante um poder disciplinar que se impõe, em nome dos valores mencionados, a todos os que se encontram a ele sujeito, conforme o âmbito já delineado e que, por essa razão, assenta na prossecução de finalidades que estão bem para além dos pontuais e concreto interesses desses agentes e organizações desportivas. B Das infrações disciplinares em geral 31. O RDLPFP2019 encontra-se estruturado, no estabelecer das infrações disciplinares, pela 12 A Lei nº 5/2007 sofreu alterações, nomeadamente através da Lei nº 74/2013, de 6 de setembro, mas sem qualquer relevância neste âmbito. 13 Sob a epigrafe Regulamentos disciplinares, o artigo 52º estatui que: 1 As federações desportivas devem dispor de regulamentos disciplinares com vista a sancionar a violação das regras de jogo ou da competição, bem como as demais regras desportivas, nomeadamente as relativas à ética desportiva. 2 Para efeitos da presente lei, são consideradas normas de defesa da ética desportiva as que visam sancionar a violência, a dopagem, a corrupção, o racismo e a xenofobia, bem como quaisquer outras manifestações de perversão do fenómeno desportivo. 14 Artigo 54º (Âmbito do poder disciplinar): 1 No âmbito desportivo, o poder disciplinar das federações desportivas exerce-se sobre os clubes, dirigentes, praticantes, treinadores, técnicos, árbitros, juízes e, em geral, sobre todos os agentes desportivos que desenvolvam a actividade desportiva compreendida no seu objecto estatutário, nos termos do respectivo regime disciplinar. 2 Os agentes desportivos que forem punidos com a pena de incapacidade para o exercício de funções desportivas ou dirigentes por uma federação desportiva não podem exercer tais funções em qualquer outra federação desportiva durante o prazo de duração da pena. Página 13 de 24

14 qualidade do agente infrator clubes, dirigentes, jogadores, delegados dos clubes e treinadores, demais agentes desportivos, espectadores, árbitros, árbitros assistentes, observadores de árbitros e delegados da Liga. 32. Para cada um destes tipos de agente o RDLPFP19 recorta tais infrações e respetivas sanções em obediência ao grau de gravidade dos ilícitos, qualificando assim as infrações como muito graves, graves e leves. C Da infração disciplinar concretamente indiciada 33. No caso concreto situamo-nos nos universos das infrações dos clubes 15, qualificadas como graves, estando em causa a prática da infração disciplinar p. e p. no artigo 92º do RDLPFP19 [Falsas informações à Liga], sancionável nos termos dos nºs 1 e 2 da referida norma: Artigo 92.º Falsas informações à Liga 1. Os clubes que dolosamente transmitirem à Liga Portugal informações erradas de âmbito económico ou sobre a organização de jogos são punidos com a multa de montante a fixar entre o mínimo de 25 UC e o máximo de 250 UC. 2. Se as informações a que se refere o número anterior disserem respeito ao preenchimento dos requisitos e pressupostos de que, nos termos legais e regulamentares, depende a participação numa competição profissional de futebol e a sua transmissão tiver dado causa à admissão ou à manutenção de um clube na participação numa competição que, de outro modo e não fosse a informação errada transmitida, não teria tido lugar, o clube será punido com a sanção de exclusão das competições profissionais por período a fixar entre o mínimo de três e o máximo de cinco épocas desportivas e, acessoriamente, com a sanção de multa de montante a fixar entre o mínimo de 100 UC e o máximo de 250 UC. 2. O caso concreto: arquivamento do processo 34. No enquadramento normativo supra referenciado, importa então analisar a proposta de arquivamento apresentada pelo Ilustre Instrutor, para o que se afigura necessário ter presente, além da norma citada, o disposto no artigo 17º do RDLPFP19 que determina que se considera infração disciplinar o facto voluntário, por ação ou omissão, e ainda que meramente culposo, que viole os deveres gerais ou especiais previstos nos regulamentos desportivos e demais 15 Capítulo IV (Infrações disciplinares), Secção I (Infrações específicas dos clubes), Subsecção II (Infrações disciplinares graves). Página 14 de 24

15 legislação aplicável. 35. São, assim, elementos essenciais da infração disciplinar, de verificação cumulativa, os seguintes: (i) o facto do agente (que tanto pode traduzir-se numa ação como numa omissão); (ii) a ilicitude desse mesmo facto e (iii) a culpa. Como sabemos, no plano da culpa basta que estejamos face a uma conduta meramente culposa ou negligente do agente, para que essa conduta, desde que ilícita, seja passível de punição disciplinar. 36. Como acima já se deixou dito, o Ilustre Instrutor propôs o arquivamento do presente processo disciplinar, sustentado na seguinte ordem de considerações: O presente ilícito disciplinar, nomeadamente o previsto no n.º 1 do artigo que antecede refere-se, naturalmente, ao artigo 92º do RDLPFP -, prende-se, para o que ora importa, com a transmissão de informações erradas à Liga de âmbito económico e o n.º 2, do mesmo dispositivo, com o cumprimento dos requisitos e pressupostos de que depende a participação numa competição profissional de futebol e que essa transmissão - falsas informações - tenha dado causa à admissão do clube na participação da competição que, de outro modo, sem a falsidade da informação, não teria tido lugar. Se é assim ao nível dos elementos objectivos do ilícito, é também inequívoco que no que tange aos elementos subjetivos do mesmo, a consumação da infracção exige que a realização da mesma por parte da SAD participada seja feita com conhecimento e vontade de a cometer a título doloso. Prosseguindo, para o desiderato do presente procedimento disciplinar, no que respeita à participação nas competições organizadas pela Liga Portugal, pode ler-se, sob o ponto 9 dos Critérios Financeiros (idêntico para as duas épocas em apreço nos autos) a cumprir pelos candidatos à participação nas competições organizadas pela Liga Portugal 16-17, quanto segue: «9. INEXISTÊNCIA DE DÍVIDAS A JOGADORES, TREINADORES E FUNCIONÁNIOS 9.1. Declaração emitida pela Sociedade Desportiva CANDIDATA, assinada por quem, legal e estatutariamente, a obriga e certificada por ROC ou SROC, da inexistência de dívidas salariais a jogadores e treinadores, respeitantes à época desportiva em que 16 Definidos por deliberação da Direcção da Liga PFP, nos termos do artigo 10.º do Regulamento das Competições organizadas pela Liga PFP, e que foram divulgados por Comunicado Oficial n.º 216, da Liga PFP, datado de 14/03/ cfr. fls. 184 a Definidos por deliberação da Direcção Executiva da Liga PFP, nos termos do artigo 10.º do Regulamento das Competições organizadas pela Liga Portugal, e que foram divulgados por Comunicado Oficial n.º 205, da Liga Portugal, datado de 14/05/ cfr. fls. 112 a 183. Página 15 de 24

16 apresenta a candidatura, nos termos do Anexo 5 e, no caso de sociedade desportiva constituída durante a época desportiva em que apresenta a candidatura, também do Anexo Para efeitos deste requisito, consideram-se compreendidos no conceito de dívidas salariais, apenas os montantes vencidos e não pagos, correspondentes às retribuiçõesbase e compensações mensais devidas pela contraprestação realizado nos meses de julho a abril da época desportiva em que apresenta a candidatura, em relação a todos os jogadores e treinadores com contrato de trabalho ou formação registado na Liga Portugal, a si vinculados durante esse período No caso de a Sociedade Desportiva CANDIDATA não ter participado nas competições profissionais, a declaração de inexistência de dívidas salariais abrange os jogadores e treinadores com contrato de trabalho ou formação registado na FPF, a si vinculados durante o período referido no número anterior A certificação por ROC ou SROC deve ser instruída e reportar-se a uma relação discriminada dos jogadores e dos treinadores referidos nos pontos anteriores, da qual conste a respetiva identificação e número de licença Considera-se não haver dívidas salariais nos casos em que a Sociedade Desportiva CANDIDATA demonstre documentalmente ter: a) acordado o diferimento do prazo de pagamento, mediante acordo escrito celebrado com o credor, com as assinaturas reconhecidas presencialmente; b) acordado a regularização das prestações não pagas, mediante acordo escrito celebrado com o credor, com as assinaturas reconhecidos presencialmente, desde que prove documentalmente o cumprimento das prestações entretanto vencidas; c) submetido à apreciação de entidade jurisdicionalmente competente ação relacionada com a prestação salarial em litígio, sem decisão transitada em julgado; d) o vínculo contratual cessado por iniciativa do credor, com invocação de justa causa decorrente do incumprimento salarial Independentemente da data de vencimento convencionada pelos partes, e nos termos do lei, considera-se, para efeitos da verificação do cumprimento salarial previsto no presente ponto, que as retribuições-base e compensações mensais se vencem mensalmente até ao quinto dia do mês subsequente ao da prestação de trabalho, devendo estar à disposição do praticante desportivo na data do vencimento ou no dia útil anterior, sem prejuízo do regime previsto no n.º 4, do artigo l5.º da lei n.º 54/2017, de l4 de julho. Página 16 de 24

17 9.7. No caso de terem sido pagas dívidas da Sociedade Desportiva CANDIDATA pelo Fundo de Garantia Salarial previsto no acordo celebrado entre o LIGA e o SJPF, esta deve demonstrar documentalmente que já procedeu ao correspondente reembolso Declaração emitida pela Sociedade Desportiva CANDIDATA, assinada por quem, legal e estatutariamente a obriga e certificada por ROC ou SROC, da inexistência de dívidas salariais aos seus funcionários relativas à contraprestação realizada nos meses de julho a abril da época desportiva em que apresenta a candidatura, nos termos do Anexo 7, e no caso de Sociedade Desportiva constituída durante a época desportiva em que apresenta a candidatura, também do Anexo 8, que deve ser instruída, com uma relação dos funcionários da Sociedade Desportiva CANDIDATA com vínculo contratual em vigor e respetivas categorias profissionais.» (sublinhado e realce no próprio texto). ( ) Ou seja, no caso dos autos, para se encontrar preenchido o pressuposto financeiro da inexistência de dívidas salariais a jogadores (é do que trata o objecto dos autos), com contrato de trabalho desportivo ou de formação registado na FPF (candidatura para a época 2019/2020) ou na Liga Portugal (candidatura para a época desportiva 2020/2021), que tenham integrado o plantel da Sociedade Desportiva CANDIDATA, a si vinculados durante o período compreendido entre os meses de julho a abril das épocas desportivas em que apresenta a candidatura (2018/2019 e 2019/2020), devem estar pagos todos os montantes vencidos, correspondentes às retribuições-base e às compensações mensais devidas pela contraprestação realizada nos meses de julho a abril das épocas desportivas em que apresenta a candidatura. Assim, para se encontrar preenchido o pressuposto que temos vindo a abordar necessário é que estejam liquidados, no momento da apresentação das respectivas candidaturas, todos os salários (retribuições-base no caso de contrato de trabalho desportivo e as compensações mensais no que concerne aos contratos de formação) 18 devidos desde o mês de julho 2018 até ao mês de abril (inclusive) de 2019, no que concerne à candidatura para a época 2019/2020 e desde mês de julho 2019 até ao mês de abril (inclusive) de 2020, no que se refere à candidatura para a época 2020/2021, excluindo-se, deste modo, qualquer tipo de contrapartida que seja devida aos atletas que não tenham celebrado com a Sociedade Desportiva Candidata um contrato de trabalho desportivo e/ou contrato de formação. Sem prejuízo do que antecede, nos termos do ponto 9.5., alínea d), dos Critérios Financeiros, não se consideram dívidas salariais nos casos em que o vínculo contratual tenha sido cessado por iniciativa do credor (jogador), com invocação de justa causa decorrente do incumprimento salarial. ( ) Nas participações disciplinares apresentadas, os denunciantes, ex-jogadores da União 18 Esta parece ter sido a rácio e a intenção do legislador, veja-se o que constava, nesta matéria, nos Pressupostos de Natureza Financeira a cumprir pelos candidatos à participação nas competições organizadas pela Liga Portugal para a época 2018/2019, divulgados por Comunicado Oficial n.º 226, datado de 16/03/2018, «( ) Excetuam-se do disposto no ponto 13.1 as dívidas relativas à retribuição-base (contrato de trabalho desportivo) e à compensação mensal (contrato de formação) ( )». Vide, ainda, neste sentido o artigo 4.º n.ºs 3 e 5 do Regulamento do Estatuto, da Categoria, da Inscrição e Transferência de Jogadores, disponível in Página 17 de 24

18 Desportiva Vilafranquense Futebol, SAD, alegam e demonstram que, para além de outros créditos laborais (excluídos do conceito de dívidas salariais, nos termos do ponto 9.2., dos Critérios Financeiros), se encontram vencidas e não pagas, as seguintes retribuições: i. Charles Pereira Mendes Monteiro: salários referentes aos meses de abril, maio e junho, todos de 2018; ii. Carlos Alberto Fernandes: salários referentes aos meses de abril e maio de 2018; iii. Joazimar Sequeira Conceição: salários referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março, todos de 2019; e iv. Jacinto Francisco Lopes Monteiro: salários referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março, todos de 2019 Acontece, porém, também conforme alegado e demonstrado - pela junção das respectivas certidões das sentenças proferidas pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, Juízo de Trabalho de Vila Franca de Xira, que, na sequência das acções interpostas pelos jogadores, aqui denunciantes, reconheceu e condenou aquele Tribunal a União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD, ao pagamento das dívidas salariais peticionadas -, que os jogadores Charles Monteiro e Carlos Fernandes haviam celebrado contratos de trabalho desportivo cujo o seu termo ocorreu a 30 de junho de 2018 e maio de 2018, respectivamente, e que os jogadores Joazimar Conceição e Jacinto Lopes Monteiro resolveram os respectivos contratos de trabalho desportivo, por justa causa, mediante o envio de carta à União Desportiva Vilafranquense Futebol, SAD, datada de 11 de abril de 2019, e recepcionada por esta no dia seguinte.- cfr. fls. 4 a 91. Do anteriormente exposto, resulta, desde logo, e delimitando o objecto dos autos, que todos os jogadores denunciantes estão excluídos do âmbito de verificação do cumprimento dos pressupostos de natureza financeira, a cumprir pela Arguida na candidatura apresentada para participação nas competições organizadas pela Liga Portugal para a época 2020/2021, porquanto, nenhum dos jogadores se encontrava vinculado à União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD, no período compreendido entre o mês de julho de 2019 e abril de 2020 (vide 9.2. dos Critérios Financeiros e listagem dos jogadores da Arguida inscritos e registados na Liga Portugal para a época 2019/2020, de fls ). 37. E acrescenta ainda o Sr. Instrutor: Deste modo, e sem necessidade de maiores considerações, conclui-se que a União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD, no momento em que apresenta a sua candidatura à participação nas competições profissionais para a época desportiva 2020/2021, não presta falsas declarações à Liga Portugal, dado que inexistia, àquela data, qualquer situação de dívidas salariais a jogadores, com contrato de trabalho ou formação registado na Liga Portugal e a si vinculados durante o período compreendido entre julho de 2019 a abril de 2020, não existindo, assim, indícios do cometimento de qualquer ilícito disciplinar. 38. Num outro plano, salienta ainda o Sr. Instrutor, a reforçar a sua posição: Por outro lado, também os jogadores Charles Monteiro e Carlos Fernandes estão excluídos do âmbito de verificação do cumprimento dos pressupostos de natureza financeira para a época desportiva 2019/2020, pois não se encontravam vinculados à Arguida no período Página 18 de 24

19 compreendido entre o mês de julho de 2018 e abril de 2019 (vide 9.3. dos Critérios Financeiros e listagem dos jogadores da Arguida inscritos e registados na Federação Portuguesa de Futebol, para a época 2018/2019, de fls. 678, 674, 739 e 741 a 820). Acresce que, no concernente aos jogadores Joazimar Conceição e Jacinto Monteiro, e uma vez que os mesmos, por iniciativa própria, em Abril de 2019, em cumprimento de todos os requisitos legais (comunicação à entidade patronal, à Liga Portuguesa de Futebol Profissional, ao Sindicato de Jogadores de Futebol Profissional e à FPF), rescindiram o vinculo contratual que mantinham com a União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD, invocando justa causa decorrente do incumprimento salarial desvinculação reconhecida, em maio de 2019, pela Comissão Arbitral Paritária os montantes que lhes eram devidos ficam excluídos do conceito de dívidas salariais para efeitos do cumprimento dos Critérios Financeiros, nos termos do ponto 9.5., alínea d), daqueles Critérios. Por conseguinte, e do mesmo modo, conclui-se que a União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD, no momento em que apresenta a sua candidatura à participação nas competições profissionais para a época desportiva 2019/2020, não presta falsas declarações à Liga Portugal, dado que, nos termos do ponto 9.5., alínea d) dos Critérios Financeiros, não se consideram dívidas salariais nos casos em que o vínculo contratual tenha sido cessado por iniciativa do credor (jogador), com invocação de justa causa decorrente do incumprimento salarial, o que de facto sucedeu. 39. E, prosseguindo na sua análise, refere ainda o Sr. Instrutor: Sem prejuízo do que antecede, compulsado todo o processo de candidatura da União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD, à participação nas competições profissionais para a época 2019/2020, verifica-se que esta não juntou, no processo de candidatura, qualquer documento que comprovasse que os jogadores Joazimar Conceição e Jacinto Monteiro tinham rescindido o contrato celebrado com a União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD. Ainda assim, e não obstante tal omissão, entendemos tal como já defendemos no Processo de Inquérito n.º 01-19/20, que correu termos nesta CI, e cujo o objecto era, em parte, coincidente com o dos presentes autos que a União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD, não incorre na prática do ilícito disciplinar de falsas declarações à Liga Portugal no momento em que apresentou a candidatura à participação nas competições profissionais, pois não prestou dolosamente falsas informações ao declarar que inexistiam dívidas salariais aos jogadores que compunham o plantel, porquanto, como vimos, não se consideram dívidas salarias, para efeitos do cumprimento dos Critérios Financeiros, as retribuições vencidas nos casos em que os atletas rescindam unilateralmente o contrato que celebraram com a Sociedade Desportiva, alegando justa causa por incumprimento salarial. Acresce que, no nosso entendimento, a omissão de junção dos documentos que comprovassem que os jogadores, Joazimar Conceição e Jacinto Monteiro, tinham rescindido o contrato celebrado com a União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD, continua a ser irrelevante do ponto de vista da transmissão de falsas declarações, pois que o facto de não ter feito prova documental - da existência de tais rescisões, não quer dizer que elas não se tenham efectivamente verificado, de resto, como alegado pelos próprios na denúncia efectuada. Página 19 de 24

20 Noutras palavras, a exigência de entrega de documentos comprovativos das rescisões unilaterais operadas pelos jogadores é apenas um requisito de prova para a existência dessas rescisões, ou seja, é uma formalidade ad probationem (quando o documento é exigido apenas para facilitar a prova da declaração). Destarte, e sem necessidade de mais delongas, por manifestamente desnecessárias, somos levados a concluir, que a União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD, não comete qualquer infracção disciplinar prevista no RDLP, uma vez que no momento em que apresenta a sua candidatura à participação nas competições profissionais para as épocas desportivas 2019/2020 e 2020/2021, não presta falsas declarações à Liga Portugal, não cometendo assim, objectiva e subjetivamente considerando, qualquer ilícito disciplinar. Neste mesmo sentido, e no que concerne, apenas, à candidatura para a época 2019/2020, veja-se o Acórdão proferido, pela douta Secção Profissional do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, no âmbito do Processo de Inquérito n.º 01-19/20 que, debruçando-se sobre os mesmos factos, determinou o arquivamento do mesmo. Outrossim, não se verifica o preenchimento da infração disciplinar p. e p. no artigo 74.º do RDLP 19, que, sob a epígrafe Infracções de Natureza Salarial, sanciona os clubes que, depois de notificados, não demonstrem a inexistência de dívidas salariais, desde logo, porque a União Desportiva Vilafranquense - Futebol, SAD, na época 2018/2019 não estava inscrita, nem participou, nas competições profissionais da Liga Portugal, razão pela qual, não foi, nem poderia ser, notificada nos termos do disposto n.º 5 do artigo 78.º-A do Regulamento das Competições Organizadas pela Liga Portugal 20, preceito para o qual remete o disposto no artigo 74.º do RDLP. 40. Em face dos elementos recolhidos, adiante-se desde já que comungamos com a posição do Sr. Instrutor, no sentido do arquivamento dos autos, por não se vislumbrar que a Arguida haja violado qualquer ilícito disciplinar, nomeadamente aqueles a que se reportam os artigos 92º (Falsas informações à Liga) e 74º (Infrações de natureza salarial) do RDLPFP. 41. Com efeito, como claramente se extrai do teor da abundante documentação que se encontra juntos aos autos, fácil é concluir que a imputação à Arguida da prática da infração prevista e sancionada pelo citado artigo 92º do RDLPFP carece de elementos que a possam sustentar, 19 Artigo 74.º Infrações de natureza salarial 1. Será punido com a sanção de subtração de pontos a fixar entre o mínimo de dois e o máximo de cinco pontos, o clube que, tendo sido notificado nos termos do n.º 5 do artigo 78.º-A do Regulamento das Competições, não demonstrar a inexistência de dívidas salariais. 2. Em caso de reincidência, os limites mínimo e máximo da sanção prevista no número anterior são elevados para o dobro. 20 Com as alterações aprovadas nas Assembleias Gerais Extraordinárias de 27 de Junho de 2011, 14 de Dezembro de 2011, 21 de Maio de 2012, 28 de Junho de 2012, 27 de Junho de 2013, 20 de Junho de 2014, 19 e 29 de Junho de 2015, 21 de Outubro de 2015, 15 de Março de 2016, 28 de Junho de 2016, 07 de Fevereiro de 2017, 12 de Junho de 2017, 29 de Dezembro de 2017, 27 de Fevereiro de 2018, 27 de Abril de 2018, 25 de Maio de 2018, 29 de Junho de 2018, 22 de maio de 2019, 08 de junho de 2020 e 28 de julho de Página 20 de 24

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