Vejamos uma Cronologia:
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- Madalena Fragoso da Fonseca
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1 SIC 04/03 Belo Horizonte, 22 de abril de RECONHECIMENTO E RENOVAÇÃO DE RECONHECIMEN- TO EM CARÁTER PROVISÓRIO. EXPEDIÇÃO E REGISTRO DE DIPLOMAS. CURSOS SEQÜENCIAIS. Esta é uma novela que começou a ser escrita pelo Ministro Paulo Renato, e que, agora, é continuada pelo Ministro Cristóvam Buarque. Vejamos uma Cronologia: Portaria MEC nº 1.037, de 9 de abril de 2002 Institui o Reconhecimento em caráter provisório assumindo a incompetência em atender a demanda em prazo hábil para a expedição e registro de diploma de turmas formadas de cursos novos que apresentaram solicitação de primeiro reconhecimento em estrita obediência à legislação em vigor. Portaria SESu nº 716, de 17 de julho de 2002 lista 1010 cursos e habilitações incluídos na situação identificada pela Portaria Portaria SESu nº 856, de 04 de outubro de 2002 completa a lista da Portaria 716, com mais 26 cursos. Portaria MEC nº 2.905, de 17 de outubro de 2002 faz o mesmo da Portaria 1037, desta vez com os cursos seqüenciais, em lista de 122 cursos. Distribuído a assessorados da CONSAE.
2 Portaria MEC nº 3.486, de 12 de dezembro de 2002 prorroga o prazo da Portaria 1.037/02. Portaria MEC nº 3.776, de 20 de dezembro de 2002 faz o mesmo das Portarias 1037 e 2905, desta vez com os cursos superiores de tecnologia, em lista de 101 cursos. Portaria MEC nº 239, de 24 de fevereiro de 2003 completa a lista da Portaria 2.905, com mais 54 cursos seqüenciais. Portaria MEC nº 691, de 15 de abril de 2003 completa a lista da Portaria 239, com mais 10 cursos seqüenciais. Sobre a Portaria 3.486/02, alguns comentários a seguir. A Lei 9.394/96 apenas se refere a grau no Inciso VI do Art. 53. A colação de grau nunca esteve prevista na legislação regente do ensino superior brasileiro. Mas é uma tradição nacional. E o extinto Conselho Federal de E- ducação esclarece: primeiro colar o grau, depois expedir o diploma (Parecer nº 3.316/76). Vale dizer que o diploma só pode ser expedido após a colação de grau. Então, tem-se: na Lei 9.394/96, Art. 48 primeiro reconhecer o curso, depois expedir e registrar o diploma; na jurisprudência primeiro colar grau, depois expedir e registrar o diploma: PARECER Nº 3.316/76 - CFE Art. 78. Não é receber diploma; é colar grau. O diploma é ato posterior à outorga do grau. Art É preciso ficar claro que só se concede o diploma a quem colou grau. (Documenta 191, pág. 337) 2
3 PARECER Nº 75/79 - CFE Art Item C Primeiro, conferir grau e depois, assinar os diplomas. (Documenta 218, pág. 225) PARECER Nº 2.357/74 - CFE Na Seção II, tratar do diploma: Após a colação de grau, o aluno requererá ao Diretor a expedição do respectivo diploma. Não se confere grau e, simultaneamente, se concede o diploma. (Documenta 165, pág. 495) PARECER Nº 1.713/74 - CFE Arts. 123 a 126. Aos concluintes do curso dá-se a colação de grau. Esta é que é feita em sessão solene. Depois de colar grau, o aluno requer o diploma. (Documenta 163, pág. 504) Assim, reconhecer o curso colar o grau expedir e registrar o diploma. Antes do reconhecimento não há colação de grau. Não há diplomação das turmas. A portaria revela que eles (os redatores) não sabem disso; não conhecem a história do funcionamento das IES; não conhecem a jurisprudência. Não se entrega diploma nas solenidades os diplomas são requeridos, expedidos, registrados e entregues, DEPOIS das solenidades. 3
4 2. CALENDÁRIO DE CURSOS DA CONSAE Mês Dias Nome do Curso Ministrante Local 07, 08 e 09 IV Curso sobre Elaboração de Projeto Pedagógico em IES Maria Umbelina Caiafa Salgado Merit Plaza Hotel BHte/MG Maio 21, 22 e 23 XV Curso sobre Controle e Registro Acadêmico Recife Palace Hotel Recife/PE Junho 11, 12 e 13 18, 19 e 20 Administração Acadêmica Universitária (*) XVI Curso sobre Controle e Registro Acadêmico e demais convidados Royal Golden Tower BHte/MG Braston Hotel - São Paulo/SP Agosto 27, 28 e 29 XVII Curso sobre Controle e Registro Acadêmico (*) Royal Golden Tower BHte/MG Outubro 29, 30 e 31 ( * ) A confirmar XVIII Curso sobre Controle e Registro Acadêmico (*) Royal Golden Tower BHte/MG 3. ENSINO SUPERIOR - PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO E LATO SENSU: GRATUIDADE OBRIGATÓRIA NO ENSINO PÚBLI- CO, SEM DISTINÇÃO, OU SEGUNDO A NATUREZA DO CUR- SO. A CF E A LDB. UMA VISÃO INTEGRADA. A seguir, Parecer do Dr. Dioval Spencer Holanda Barros, elaborado a pedido da CONSAE, sobre o Parecer CES/CNE nº 364/02, homologado pelo Senhor Ministro da Educação em 14 de novembro de 2002 (DOU de 18/11/2002 Seção I p. 27), publicado no BDE 11/02:58. A posição da CONSAE relativamente ao assunto é a posição do Dr. Dioval, reproduzida a seguir, na íntegra. Animando-se no art. 206, IV, CF, sustentam alguns que os cursos de Pós-graduação ministrados em estabelecimentos oficiais (só nesses há ensino público!) devem ser gratuitos. Outros, porém, asseguram que só os cursos stricto sensu são gratuitos, pois os lato sensu, por não se configurarem com atividade de ensino regular, estão sujeitos à cobrança. 4
5 Parece-me que essa distinção peca por distinguir onde a lei não o faz. É que o art. 44, III, LDB, ao dar a abrangência da educação superior, trata os cursos stricto e lato sensu de forma igual, incluindo-os como espécies da pós-graduação e chegando a consignar, especificamente, os cursos de especialização e aperfeiçoamento, que são, consabidamente, lato sensu. Ora, se são cursos do ensino superior, na área da pós-graduação, e até incluídos no mesmo inciso (III, art. 44, LDB). inexiste distinção no tocante à regularidade da atividade, sendo irrelevante o conceito de cada um (ou a finalidade) com vistas na gratuidade. quando ministrados em estabelecimentos oficiais, aspecto, por sinal, sequer referido na aludida disposição legal. Assim sendo, ou ambos estão sujeitos à gratuidade ou à onerosidade. Penso que a gratuidade de ensino público não alcança o ensino superior, data venia de ilustres juristas que possam ter entendimento oposto. De fato, é induvidoso que o art. 206, IV, CF, consagra o princípio de gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais" (En passant, haveria aquele ensino em estabelecimentos privados ou particulares?!). Não menos verdadeiro, porém, é que o art. 208, 1, II e V, CF, dá o limite do dever do Estado com a educação, ao garantir "ensino fundamental obrigatório e gratuito" (208, I); "progressiva universalização do ensino médio gratuito" (208, II); e "acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um" (art. 208, V). Vê-se, pois, que a gratuidade está garantida no ensino fundamental e, de forma progressiva, no ensino médio. Todavia, ao referir ao ensino superior, a Carta Magna não menciona garantia de gratuidade. Alias, não chega sequer a mencionar o termo gratuito. 5
6 Ora, quando a CF quis dar a garantia da gratuidade fê-lo expressamente, não podendo o intérprete ampliá-la, colocando no texto o termo gratuito. Assim, sob uma visão integrada, penso que o art. 206, IV, CF, deve ser examinado em conjunto com o art. 208, I, II e V, CF, donde emerge que a gratuidade do ensino público está limitada ao ensino fundamental e, progressivamente, ao médio. Não me parece a melhor exegese aquela que pretende se fixar em um dispositivo isolado, deixando de lado o contexto. Nessa linha, com todo o respeito aos que pensam em contrário, estou em que os cursos de pós-graduação stricto e lato sensu não estão contemplados pela gratuidade constitucional, parecendo-me inaplicável a distinção entre eles, com o objetivo de permitir a cobrança para o lato e não para o stricto. Dioval Spencer Holanda Barros ASSEJUR Universidade Católica de Pernambuco Se você tem alguma dúvida, entre em contato. Saudações, Profª. Diretora Geral abigail@consae.com.br 6
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