AÇÃO CIVIL PÚBLICA com Pedido de Antecipação de tutela

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1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA VARA FEDERAL CÍVEL DE VITÓRIA/ SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESPÍRITO SANTO O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, pela Procuradora da República que esta subscreve, vem, perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 127 e 129, inciso III da Constituição Federal e nos artigos 1º e 5º da Lei 7.347/85 propor a presente AÇÃO CIVIL PÚBLICA com Pedido de Antecipação de tutela em face de EDUCACIONAL CENTRO LESTE S/C LTDA. mantenedora da UNIEST Faculdade de Cariacica, situada na Rua Antônio Peixoto, s/nº, Vera Cruz, Cariacica/ES, CEP: ; UNIÃO CAPIXABA DE ENSINO SUPERIOR LTDA. mantenedora do CESV Centro de Ensino Superior de Vitória, situada na Rua Barão Monjardim, 30, Centro, Vitória/ES, CEP: ; ADMINISTRAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE GUARAPARI LTDA. mantenedora da FACOM - Faculdade de Comunicação Social de Guarapari, situada na Rodovia Jones Santos Neves, 1000, Guarapari/ES, CEP: ; FUNDAÇÃO INSTITUTO CAPIXABA E PESQUISAS EM CONTABILIDADE, ECONOMIA, E FINANÇAS LTDA. mantenedora da FUCAPE Faculdade Fucape, situada na Av. Fernando Ferrari, nº 1.358, Vitória/ES, CEP: ; CESAT CENTRO DE ENSINO SUPERIOR ANÍSIO TEIXEIRA 1

2 LTDA., situado na Avenida Desembargador Mário da Silva Nunes, nº 1.000, Jardim Limoeiro, Serra/ES, CEP: ; INSTITUTO SUPERIOR DE CULTURA CAPIXABA LTDA. mantenedora da UNICES Faculdade Capixaba de Administração e Educação, situada na Avenida Vitória, nº 800, Forte São João, Vitória/ES, CEP: ; UNIÃO CAPIXABA DE ENSINO LTDA. mantida pela UNICAPE Faculdade Espírito-santense, situada na Rua Anselmo Serrat, nº 199, Ilha de Monte Belo, Vitória/ES, CEP: ; ASSOCIAÇÃO DE ASSISTÊNCIA AO ENSINO, mantenedora Faculdade de Tecnologia FAESA situada na Av. Vitória, 2.084, Ilha de Monte Belo, Vitória/ES, CEP: ; EMBRAE EMPRESA BRASILEIRA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO S/A, mantenedora da UNIVIX Faculdade Brasileira Univix, situada na Rua José Alves, nº 301, Goiabeiras, Vitória/ES, CEP: ; e UNIÃO FEDERAL, pessoa jurídica de direito público, representada pela Procuradoria da União no Estado do Espírito Santo (AGU), com sede na Av. César Hilar, nº 1415, 6º andar, sala 601, Santa Lúcia, Vitória/ES, CEP (tel ). DOS FATOS Tendo recebido notícia de que determinada faculdade, localizada em Domingos Martins, estaria cobrando taxa para expedição de diploma de forma abusiva, foi instaurado de ofício, nesta Procuradoria da República, o Procedimento Administrativo nº / , com o fim de apurar a cobrança de taxa de diploma pelas entidades de ensino superior da Grande Vitória. Para instruir o referido procedimento, foram expedidos ofícios às entidades, requisitando que informassem sobre a prática de eventual cobrança de taxa e/ou registro de diploma. Em resposta (documentos em anexo) as Instituições de Ensino Superior informaram que: EDUCACIONAL CENTRO LESTE S/C LTDA. (UNIEST): cobra de R$ 389,40 a R$ 594,00. UNIÃO CAPIXABA DE ENSINO SUPERIOR LTDA. (CESV): cobra de R$ 68,00 a R$ 255,00. 2

3 ADMINISTRAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE GUARAPARI LTDA. (FACOM): cobra de R$ 50,00 a R$ 140,00. FUNDAÇÃO INSTITUTO CAPIXABA E PESQUISAS EM CONTABILIDADE, ECONOMIA, E FINANÇAS LTDA. (FUCAPE): cobra R$ 175,00. CESAT CENTRO DE ENSINO SUPERIOR ANÍSIO TEIXEIRA LTDA.: cobra de R$ 80,00 a R$ 160,00, além da taxa de registro paga à UFES. INSTITUTO SUPERIOR DE CULTURA CAPIXABA LTDA. (UNICES): cobra R$ 90,00 a R$ 110,00. UNIÃO CAPIXABA DE ENSINO LTDA. (UNICAPE): cobra taxa de registro paga à UFES. ASSOCIAÇÃO DE ASSISTÊNCIA AO ENSINO (CET-FAESA): cobra taxa de registro paga à UFES. EMBRAE EMPRESA BRASILEIRA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO S/A (UNIVIX): cobra R$ 70,00 a R$ 100,00, além da taxa de registro paga à UFES. Sucede que tal cobrança é descabida e abusiva, pois viola dispositivos legais, conforme será demonstrado a seguir. Sem embargo disso, a UNIÃO FEDERAL, ente público que, por meio da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação, deveria fazer valer as disposições normativas relativas ao ensino superior, não vem exercitando o seu regular poder de polícia no sentido de fiscalizar e, em sendo o caso, sancionar as instituições privadas de ensino superior que infringem disposições cogentes, como as que se extraem da Resolução nº 03/89, do Conselho Federal de Educação (hoje Conselho Nacional de Educação). Desse modo, em face das ilegalidades apuradas, resta ao Ministério Público Federal requerer ao Poder Judiciário a suspensão liminar e, em momento próprio, a paralisação definitiva da cobrança de taxas de expedição e registro de diplomas pelas entidades de ensino nominadas. Quanto à União, diante da omissão no seu mister fiscalizatório, impõe-se determinação judicial para que passe a cobrar das entidades de ensino superior privadas efetivo respeito às normas da educação superior pertinentes às exigências abusivas ora atacadas. DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL Para que haja incursão da iniciativa privada na prestação do ensino, é imprescindível que haja o cumprimento das normas gerais da educação 3

4 nacional (art. 209, I da Constituição). Assim, para a garantia da eficácia desse dispositivo constitucional, é necessária a existência de fiscalização acerca da obediência das aludidas normas. No que tange especificamente às Instituições de Ensino Superior, componentes do Sistema Federal de Ensino, a União é o ente político responsável por autorizar seu funcionamento e fiscalizar a sua atuação. Tal afirmação decorre da aplicação do art. 16 da Lei 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que estabelece um sistema de cooperação entre as diversas esferas de atuação do Poder Público: Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: I - as instituições de ensino mantidas pela União; II - as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa privada; III - os órgãos federais de educação. Ademais, nos termos do art. 9º, IX do referido diploma legal, compete à União autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos de seu sistema de ensino. Da análise destas disposições legais, pode-se concluir que, sendo as demandadas instituições de ensino superior, criadas e mantidas pela iniciativa privada, compreendidas estão no sistema federal de ensino e, portanto, sujeitas ao poder de fiscalização da União no que pertine à autorização, ao reconhecimento, ao credenciamento, à supervisão e à avaliação de seus cursos. Evidente, portanto, que a União é o ente competente para fiscalizar e sancionar eventual violação de normas relativas à educação superior e a prática de atos abusivos por parte das IES. Nítido, pois, o interesse da União na presente demanda, o que determina a competência da Justiça Federal, nos termos do art. 109, I da CF/88. E, encontrando-se omissa no que tange ao seu dever constitucional de fiscalizar o cumprimento das diretrizes e normas da educação nacional, tem-se por legitimada passivamente a União Federal para a presente ação. Inegável, portanto, a competência da Justiça Federal para processar e julgar a presente demanda, ante a indubitável presença de interesse da União, ela mesma arrolada como ré, por ter deixado de cumprir, a contento, uma de suas atribuições constitucionais. DA LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 4

5 O vigente texto constitucional confere legitimidade ao Ministério Público para zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição, promovendo as medidas necessárias à sua garantia. Ao mesmo tempo, assegura, como função institucional, a promoção da ação civil pública para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, dentre os quais se inclui, indiscutivelmente, o direito à educação (artigos 127 e 129, II e III, C.F.): Art O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. (...) Art São funções institucionais do Ministério Público: (...) II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; (...) Ampliando a previsão constitucional, a Lei n.º 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) dispõe, em seu artigo 81 e parágrafo único, que a defesa dos interesses e direitos dos consumidores pode ser exercida individual ou coletivamente, entendendo-se, dentre estes últimos, além dos interesses coletivos e difusos, também os interesses ou direitos individuais homogêneos - decorrentes de origem comum (inc. III). A mesma lei, outrossim, atribui ao Ministério Público a legitimidade para ajuizar as ações civis coletivas alusivas ao assunto (artigos 91 e 92): Art A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de : (...) III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum. Art. 82. Para os fins do artigo 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: I - o Ministério Público;(...) Art. 91. Os legitimados de que trata o artigo 82 poderão propor em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguintes. Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará sempre como fiscal da lei. (...) Por seu turno, a legitimidade do Ministério Público Federal é corroborada ainda pelos seguintes preceitos normativos: Lei Complementar nº 75/93 - Estatuto do Ministério Público da União 5

6 Art. 5º São funções institucionais do Ministério Público da União: I - a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos interesses sociais e dos interesses individuais indisponíveis, considerados, dentre outros, os seguintes fundamento e princípios: (...) II - zelar pela observância dos princípios constitucionais relativos: (...) d) à seguridade social, à educação, à cultura e ao desporto, à ciência e à tecnologia, à comunicação social e ao meio ambiente; (...) V - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da União e dos serviços de relevância pública quanto: a) aos direitos assegurados na Constituição Federal relativos às ações e aos serviços de saúde e à educação; (...) VI - exercer outras funções previstas na Constituição Federal e na lei. (...) Art. 6º - Compete ao Ministério Público da União: (...) VII - promover o inquérito civil e a ação civil pública para: a) a proteção dos direitos constitucionais; (...) c) a proteção dos interesses individuais indisponíveis, difusos e coletivos, relativos às comunidades indígenas, à família, à criança, ao adolescente, ao idoso, às minorias étnicas e ao consumidor; d) outros interesses individuais indisponíveis, homogêneos, sociais, difusos e coletivos; (...) XII - propor ação civil coletiva para defesa de interesses individuais homogêneos; XIII - propor ações de responsabilidade do fornecedor de produtos e serviços; XIV - promover outras ações necessárias ao exercício de suas funções institucionais, em defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, especialmente quanto: (...) XVII - propor as ações cabíveis para: (...) e) declaração de nulidade de cláusula contratual que contrarie direito do consumidor A jurisprudência é pacífica no sentido de aceitar a legitimidade do Ministério Público para defender interesses difusos e individuais homogêneos, como pretende a presente ação: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PRELIMINARES DE ILEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E DA UNIÃO. REJEIÇÃO. INSTITUIÇÃO PARTICULAR DE ENSINO SUPERIOR. COBRANÇA DE TAXA PARA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. IMPOSSIBILIDADE. 1. A legitimação do Ministério Público, para o ajuizamento de ação civil pública, não se restringe à defesa dos direitos difusos e coletivos, mas também abarca a defesa dos direitos individuais homogêneos, desde que presente o interesse social, nos termos do art. 127 da Constituição Federal. Precedente do STF (RE n.º /MG, DJ ). 2. Em que pese tratar-se de direito divisível, sendo possível a sua defesa em juízo pelos indivíduos 6

7 interessados, a discussão acerca da cobrança de encargos, para expedição de diploma de curso universitário, remete a uma das dimensões do direito à educação, que é o direito de, ao concluir um curso, obter o diploma respectivo sem qualquer restrição. Verifica-se, assim, o interesse social a dar ensejo ao manejo da presente ação civil pública pelo MPF.3. Questionando-se, na presente lide, matéria regulada por norma federal - Resolução 03/89 do Conselho Federal de Educação resta inconteste o interesse da União, e portanto, a sua legitimação para integrar a demanda. 4. Preliminares de ilegitimidade ativa do MPF, e passiva, da União Federal, rejeitadas. 5. Apesar da autonomia universitária assegurada pela Constituição Federal, as universidades particulares encontram-se submetidas ao cumprimento das normas gerais da educação nacional, eis que agem por delegação do poder público, explorando atividade que originariamente caberia ao Estado diretamente proporcionar. Inteligência dos arts. 207 e 209 da CF/ Com a Resolução 03/89 do Conselho Federal de Educação, que revogou a Resolução 01/83, daquele mesmo Órgão, a expedição do diploma passou a ser encargo exclusivo da instituição de ensino superior, não mais estando embutido na mensalidade paga pelo universitário. 7. A Lei n.º 9.870/99 não revogou a Resolução n.º 03/89-CFE, tendo, ao contrário, ampliado os mecanismos de proteção aos alunos, inclusive quanto aos métodos de cobrança abusivos. 8. Correta a sentença, que deixou de condenar a universidade demandada à restituição das taxas ilegalmente cobradas. 9. Apelações e remessa oficial improvidas. Data Publicação 21/09/2006 SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Processo REsp / PR ; RECURSO ESPECIAL 2002/ Relator(a) Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI (1124) Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA Data do Julgamento 19/04/2005 Data da Publicação/Fonte DJ p. 230 Ementa PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE ATIVA (CF, ART. 129, III, E LEI 8.078/90, ARTS, 81 E 82, I). CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. RODOVIA. EXIGÊNCIA DE TARIFA (PEDÁGIO) PELA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO CONCEDIDO QUE PRESCINDE, SALVO EXPRESSA DETERMINAÇÃO LEGAL, DA EXISTÊNCIA DE IGUAL SERVIÇO PRESTADO GRATUITAMENTE PELO PODER PÚBLICO. 1. O Ministério Público está legitimado a promover ação civil pública ou coletiva, não apenas em defesa de direitos difusos ou coletivos de consumidores, mas também de seus direitos individuais homogêneos, nomeadamente de serviços públicos, quando a lesão deles, visualizada em sua dimensão coletiva, pode comprometer interesses sociais relevantes. Aplicação dos arts. 127 e 129, III, da Constituição Federal, e 81 e 82, I, do Código de Defesa do Consumidor. 2. A Constituição Federal autorizou a cobrança de pedágio em rodovias conservadas pelo Poder Público, inobstante a limitação de tráfego que tal cobrança acarreta. Nos termos do seu art. 150: "... é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público". Assim, a contrapartida de oferecimento de via alternativa gratuita como condição para a cobrança daquela tarifa não pode ser considerada exigência constitucional. 3. A exigência, ademais, não está prevista em lei ordinária, nomeadamente na Lei 8.987/95, que regulamenta a concessão e permissão de serviços públicos. Pelo contrário, nos termos do seu art. 9º, parágrafo primeiro, introduzido pela Lei 9.648/98, a tarifa não será subordinada à legislação específica anterior e somente nos casos expressamente previstos em lei, sua cobrança poderá ser condicionada à existência de serviço público alternativo e gratuito para o usuário. 7

8 4. Recurso especial do Estado do Paraná conhecido em parte e improvido; recurso especial de VIAPAR S/A conhecido em parte e, nessa parte, parcialmente provido; recursos especiais do DNER e da União conhecidos em parte e, nessa parte, providos; e recurso especial do DER conhecido e provido. Acordão Origem: TRIBUNAL - QUINTA REGIAO Classe: AG - Agravo de Instrumento Processo: UF: CE Órgão Julgador: Segunda Turma Data da decisão: 28/08/2001 Documento: TRF Fonte DJ - Data::11/11/ Página::448 Relator(a) Desembargador Federal Petrucio Ferreira Decisão POR MAIORIA Ementa PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ENSINO SUPERIOR. EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA CONDICIONADO AO PAGAMENTO DE TAXAS PELO CORPO DISCENTE. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL PARA CONHECER E JULGAR A DEMANDA. 1. Hipótese em que o Juiz a quo deferiu liminar para assegurar a expedição de diploma universitário independentemente de pagamento de taxa pelos alunos concluintes; 2. É assente na jurisprudência o entendimento de que o Ministério Público é parte legitima a tutelar direitos individuais homogêneos quando estes encerrem relevante interesse social; 3. In casu, há inquestionável interesse público a dar ensejo ao manejo da Ação Civil Pública pelo Parquet Federal, posto que objetiva-se por meio desta preservar o princípio constitucional da gratuidade do ensino público oficial, à medida em que tal órgão sustenta que a cobrança de taxas e emolumentos pela UNIFOR a seu corpo de alunos carece de suporte de validade; 4. A competência da Justiça Comum Federal exsurge, não só pelo fato de envolver matéria atinente ao ensino superior - que quando não ministrado pela federação o é por delegação federal - como, igualmente pela presença legitima do MPF no pólo ativo do presente feito; 5. Agravo inominado prejudicado; 6. Agravo de instrumento improvido. Data Publicação 11/11/2004. Saliente-se que a existência de relação de consumo, apta a ensejar a legitimidade deste parquet, está claramente configurada, visto que as demandadas, como prestadoras de serviço de ensino, enquadram-se perfeitamente no conceito de fornecedor previsto no Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078/1990, a saber: Art. 3 Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. Por fim, há que se considerar que os interesses defendidos na presente ação referem-se à educação superior, serviço de relevância pública, extrema e cuidadosamente tratada pela Constituição Federal e na legislação ordinária, já que, como cediço, é a base para o desenvolvimento humano, social e econômico, sendo direito diretamente ligado à cidadania e à formação e desenvolvimento da pessoa. 8

9 Nítido, pois, o interesse social a qualificar o direito defendido, ainda que em sua manifestação individual homogênea. Indiscutível, outrossim, a característica também difusa da pretensão ministerial, eis que voltada à preservação da ordem jurídica, violada pela prática de cobranças indevidas por entidades de ensino superior, como adiante se argumentará. DA ILEGALIDADE DA COBRANÇA DAS TAXAS DE EXPEDIÇÃO E REGISTRO DE DIPLOMAS Da existência de norma federal que proíbe a cobrança de taxa de registro e de expedição de diploma De acordo com o relatado alhures e com as provas constantes dos documentos em anexo, resta evidente que as requeridas estão efetuando cobrança pela expedição e pelo registro dos seus diplomas. Todavia, tal conduta é ilegítima e está eivada de ilegalidade, merecendo pronta repressão, conforme será demonstrado. Inicialmente, para regulamentar a questão, foi elaborada pelo Conselho Federal de Educação, hoje Conselho Nacional de Educação, a Resolução nº 01, de 14 de janeiro de 1983, que assim dispunha: Resolução nº 01, de 14 de janeiro de Disciplina a cobrança de encargos educacionais nas instituições escolares do sistema federal de ensino. Art. 1º - A fixação e o reajuste dos encargos educacionais correspondentes aos serviços de educação prestados pelas instituições vinculadas ao sistema federal de ensino, de todos os níveis, ramos e graus, inclusive de suprimento ou suplência e quaisquer outros correspondentes, serão estabelecidos nos termos desta Resolução, tendo em vista o disposto no Decreto-Lei nº 532, de 16 de abril de Art. 2º Constituem encargos educacionais de responsabilidade do corpo discente: I - a anuidade; II - a taxa; III - a contribuição. 1º A anuidade escolar, desdobrada em duas semestralidades, constitui a contraprestação pecuniária correspondente à educação ministrada e à prestação de serviços a ela diretamente vinculados, como a matrícula, estágios obrigatórios, utilização de laboratórios e biblioteca, material de ensino de uso coletivo, material destinado a provas e exames, 1ª via de documentos para fins de transferência, de certificados ou diplomas (modelo oficial) de conclusão de cursos, de identidade estudantil, de boletins de notas, de cronogramas, de horários escolares, de currículos, e de programas. 2º A taxa escolar remunera, a preços de custo, os serviços extraordinários efetivamente prestados ao corpo discente como a 2ª chamada de provas e exames, declarações, e de outros documentos não incluídos no 1º deste artigo, atividades extra-curriculares optativas, bem como os estudos de recuperação, adaptação e dependência, prestados em horários especiais com remuneração específicas para os professores. 9

10 3º A contribuição escolar remunera os serviços de alimentação, pousada e transporte e demais serviços não incluídos nos parágrafos anteriores, efetivamente prestados pela instituição. Tal Resolução foi modificada pela Resolução nº 03/89, também do Conselho Federal de Educação, que substituiu o termo anuidade por mensalidade, constante do artigo 4º da Resolução 01/83, e suprimiu o termo diploma do parágrafo primeiro, ficando com a seguinte redação: Resolução nº 03, de 13 de outubro de Disciplina a cobrança de Encargos Educacionais nas Instituições do Sistema Federal de Educação Art. 4º Constituem encargos educacionais de responsabilidade de corpo discente: I a mensalidade II a taxa III a contribuição. 1º A mensalidade escolar constitui a contraprestação pecuniária correspondente à educação ministrada e à prestação de serviços a ela diretamente vinculados como matrícula, estágios obrigatórios, utilização de laboratórios e biblioteca, material de ensino de uso coletivo, material destinado a provas e exames, de CERTIFICADOS DE CONCLUSÃO DE CURSOS, de identidade estudantil, de boletins de notas, cronogramas, de horários escolares, de currículos e de programas. 2º A taxa escolar remunera, a preços de custo, os serviços extraordinários efetivamente prestados ao corpo discente como a segunda chamada de provas e exames, declarações, e de outros documentos não incluídos no 1º deste artigo, atividades extracurriculares optativas, bem como os estudos de recuperação, adaptação e dependência prestados em horários especiais com remuneração específica para os professores. 3º A contribuição escolar da instituição remunera os serviços de alimentação, pousada e transporte e demais serviços não incluídos nos parágrafos anteriores. Art É vedada qualquer forma de arrecadação paralela obrigatória de receita. Art A instituição de ensino devolverá ao aluno qualquer valor cobrado em excesso ou em desacordo com esta Resolução ou decisão do Conselho Federal de Educação. Parágrafo único. A devolução de que trata este art. observará o mesmo critério estabelecido no art. 7º da presente Resolução 1. Uma interpretação literal e apressada da alteração citada poderia levar à conclusão de que houve a intenção de excluir o diploma da abrangência da previsão. Todavia, é imperioso considerar que o diploma está incluso na expressão certificado de conclusão de cursos, pois nada mais é do que um documento que comprova que o aluno concluiu, com êxito, determinado curso, consoante considerou o julgado infra: PROCESSUAL CIVIL - RESOLUÇÃO Nº 3/89 - CERTIFICADO DE CONCLUSÃO. - O FUNDAMENTO DA IMPETRANTE, ACOLHIDO PELA SENTENÇA, SE ENCONTRA NA RESOLUÇÃO Nº 3/89, ART. 4º, PARÁGRAFO 1º DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, QUE DISPÕE, DENTRE OUTROS, DA EMISSÃO DE CERTIFICADOS DE CONCLUSÃO DE CURSOS. - NÃO HÁ COERÊNCIA EM DISTINGUIR-SE O DIPLOMA DO CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DO CURSO, SOB PENA DE SE PRESTIGIAR 1 Art. 7º - A falta de pagamento da mensalidade escolar até a data do vencimento implicará no acréscimo da multa única de 10% (dez por cento) e correção monetária pro rata die sobre o principal a partir do dia subseqüente ao vencimento. 10

11 INCOERENTEMENTE O TEOR LITERAL DO DISPOSITIVO. É O DOCUMENTO QUE VEM ATESTAR A CONCLUSÃO DO CURSO. - ACERTADA A R. SENTENÇA EM NÃO CONCEDER A SEGURANÇA EM RELAÇÃO À DE REGISTRO, MAS TÃO-SOMENTE, À COBRADA PELA IMPETRADA. - REMESSA IMPROVIDA. Origem: TRIBUNAL - SEGUNDA REGIÃO Classe: REO - REMESSA EX OFFICIO Processo: UF : RJ Orgão Julgador: QUINTA TURMA Data Decisão: 16/03/1999 Documento: TRF DJ DATA:13/04/1999 Pela simples leitura das Resoluções transcritas, verifica-se que a ilegalidade da cobrança em questão é patente, tendo em vista que há norma federal que a proíbe. Não pairam quaisquer dúvidas acerca de sua interpretação e de sua aplicabilidade. Elas são claras ao dispor que o pagamento da mensalidade escolar já abarca o fornecimento de Certificados de Conclusão de Cursos, não permitindo a exigência de valor adicional para esse fim. Resta evidente que, por expressa disposição da competente norma regulamentar, não é possível haver cobrança de taxa de registro ou de expedição de diploma, eis que estes serviços são decorrência natural da prestação do serviço educacional, sem os quais não poderá o aluno comprovar o grau de instrução obtido. Há diversos julgados que corroboram o entendimento ora defendido, considerando plenamente aplicável a Resolução nº 03/89 e, conseqüentemente, decidindo pela ilegalidade da cobrança em apreço, a saber: ADMINISTRATIVO. ENSINO SUPERIOR. NEGATIVA DE EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. ILEGALIDADE. RESOLUÇÕES Nºs 001/83 E 003/89 DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. IMPROVIMENTO DA REMESSA OFICIAL. 1. O art. 6º da Lei nº 9.870/99 veda a retenção, pelas instituições de ensino, de documentos escolares, bem como a aplicação de quaisquer penalidades pedagógicas, até pelo motivo de inadimplência do aluno. Não se admitindo penalidades pedagógicas por motivo de inadimplemento, menos ainda, quando não é esse o caso. 2. O art. 2º da Resolução nº 001/83 do Conselho Federal de Educação definiu os encargos educacionais a serem cobrados pelas instituições vinculadas ao sistema federal de educação e a abrangência desses encargos, dentre os quais a anuidade, que é desdobrada em duas semestralidades, a contraprestação pecuniária correspondente à educação ministrada e a prestação de serviços a ela diretamente vinculados, dentre eles a expedição de certificados e diplomas. 3. Ilegítimo, assim, o ato que nega a expedição do respectivo diploma, ao fundamento da ausência do pagamento da taxa de expedição, confirma-se a sentença concessiva da segurança, de vez que a instituição de ensino recebeu o que lhe é devido, eis que remunerada através das mensalidades pagas pelos discentes. Precedentes do TRF/1ª Região. 4. Remessa oficial improvida. 11

12 TRF 1º REGIÃO - Processo: REOMS /RO; REMESSA EX OFFICIO EM MANDADO DE SEGURANÇA Relator: DESEMBARGADORA FEDERAL SELENE MARIA DE ALMEIDA - QUINTA TURMA Publicação: 05/02/2007 DJ p.152 Data da Decisão: 13/12/2006 ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. ENSINO SUPERIOR. RETENÇÃO DE DIPLOMA. COBRANÇA DE TAXA. DESCABIMENTO. I - Afigura-se passível de correção, pela via do mandado de segurança, o ato da autoridade coatora que condiciona o fornecimento de diploma ao pagamento da taxa cobrada para sua confecção, tendo em vista o disposto no art. 6º, da Lei nº /99, que proíbe "a suspensão de provas escolares, a retenção de documentos escolares ou a aplicação de quaisquer outras penalidades pedagógicas por motivo de inadimplemento, sujeitando-se o contratante, no que couber, às sanções legais e administrativas, compatíveis com o Código de Defesa do Consumidor, e com os arts. 177 e do Código Civil Brasileiro, caso a inadimplência perdure por mais de noventa dias." II - Ademais, a Resolução nº. 01/83 do Conselho Federal de Educação, reformulada pela Resolução nº. 03/89, prevê que a anuidade escolar paga pelo aluno constitui a contraprestação pecuniária correspondente à educação ministrada e à prestação de serviços a ela diretamente vinculados, dentre eles o fornecimento da 1ª via de certificados e diplomas. III - Remessa oficial desprovida. Sentença confirmada. Processo: REOMS /MT; REMESSA EX OFFICIO EM MANDADO DE SEGURANÇA Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL SOUZA PRUDENTE Órgão Julgador: SEXTA TURMA Publicação: 12/02/2007 DJ p.154 Data da Decisão: 04/12/2006 Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento à remessa oficial. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ENSINO SUPERIOR. EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. COBRANÇA DE TAXA. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. INTELIGÊNCIA DAS RESOLUÇÕES 1/83 E 3/89 DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. 1. A AUTONOMIA DIDÁTICO-CIENTÍFICA CONFERIDA ÀS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PELO O ART. 207 DA CF/88 DEVE RESPEITAR AS NORMAS HIERARQUICAMENTE SUPERIORES, SENDO-LHES VEDADO CRIAR RESTRIÇÕES OU EXIGÊNCIAS INEXISTENTES EM NORMA GERAL. 2. A LEI 9.394/96, QUE ESTABELECE AS DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL, EM SEU ART. 53, V RESTRINGE A ATRIBUIÇÃO DAS UNIVERSIDADES À REGULAMENTAÇÃO DAS NORMAS GERAIS, NÃO PERMITINDO-AS INOVAR NOS CAMPOS RESTRITOS À LEI. DESSA FORMA, NÃO HAVENDO PREVISÃO LEGAL DE IMPOSIÇÃO DE TAXA PARA EXPEDIÇÃO DE 1A. VIA DE DIPLOMA DE CONCLUSÃO DE CURSO, NA LEI ACIMA REFERIDA, HÁ DE TER-SE POR ILEGAL A NORMA REGIMENTAL DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR. 3. A RESOLUÇÃO 3/89 DO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, QUE ALTEROU A RESOLUÇÃO 1/83 DO MESMO ÓRGÃO, NÃO EXCLUIU O SERVIÇO DE EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA DOS SERVIÇOS DIRETAMENTE VINCULADOS AO ENSINO, O QUE PODERIA AUTORIZAR A COBRANÇA DE TAXA PARA SUA CONFECÇÃO; EM VERDADE, O QUE HOUVE FOI A TRANSFERÊNCIA DO ÔNUS DO REFERIDO SERVIÇO, CUJA REMUNERAÇÃO ANTES ERA PAGA PELO UNIVERSITÁRIO MEDIANTE COBRANÇA EMBUTIDA NO VALOR DA MENSALIDADE, EM ENCARGO DE RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR. 12

13 4. APELAÇÃO E REMESSA OFICIAL IMPROVIDAS Tribunal Regional Federal - 5ª Região AMS - Apelação em Mandado de Segurança Órgão Julgador: Segunda Turma Processo nº Relator: Desembargador Federal NAPOLEÃO MAIA FILHO Data de Julgamento: 12/12/2006 Urge, pois, que se faça cessar as abusivas cobranças de taxas de confecção de registro diploma, que vêm sendo praticadas pelas entidades rés, e, mais que isso, que sejam estas obrigadas a reparar os danos já causados aos alunos-consumidores, na forma da Lei nº 8078/90. Do registro e da expedição do diploma como decorrência lógica da prestação do serviço de ensino Vê-se que a interpretação das normas transcritas não deixa dúvidas à constatação da ilegalidade da cobrança de taxas, pelas instituições de ensino superior, para a confecção, expedição e registro de seus diplomas, ficando assente que os custos relativos a tais atividades constituem encargo legal das próprias entidades de ensino e não dos alunos concluintes. Entretanto, ainda que não houvesse norma proibitiva nesse sentido, a própria natureza das atividades citadas levaria a idêntica conclusão. Isto porque o valor do diploma não deve ser aferido em seu aspecto meramente físico, ou seja, um simples papel com signos transcritos. Na verdade, o diploma é prova do cumprimento dos requisitos exigidos para a formação de um determinado profissional. Nesse sentido, possui verdadeira finalidade pública, pois atesta a conclusão da formação do seu titular, conferindo legitimidade à sua atuação, especialmente no caso daquelas profissões de maior grau de relevância e de especialidade, cujos pressupostos de exercício são regulamentados por lei. Tal é a sua relevância que a Lei de Diretrizes e Bases prevê o seu caráter de imprescindibilidade. De acordo com o art. 48: Art 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, terão validade nacional como prova da formação recebida por seu titular. Destarte, percebe-se que a emissão do diploma e o seu competente registro são atos necessários à utilização prática dos conhecimentos adquiridos, isto é, ao exercício propriamente dito da atividade profissional regulamentada. O não fornecimento do diploma registrado, pela entidade de ensino, implica, pois, 13

14 ilegítima restrição ao direito à educação. Por conseqüência de expressa disposição legal, de nada vale prestar o ensino se, ao final, não for conferido ao discente concluinte o único documento aceito como prova da sua formação. Esclarecida a natureza jurídica do diploma/ certificado de conclusão, resta inegável que as atividades de expedição e registro constituem decorrência lógica da prestação do serviço de ensino e indissociáveis da conclusão do curso. Noutras palavras, elas não podem ser consideradas serviços extraordinários. Entender de outra forma seria privilegiar a má-fé, pois significaria impor aos alunos formandos o desembolso de taxa para lograrem o consectário lógico da conclusão de qualquer curso superior (prova da formação), já devidamente remunerado pelas mensalidades cobradas pela entidade de ensino. Da impossibilidade de remuneração do registro e da expedição do diploma Outra relevante razão para que haja a suspensão da conduta aqui atacada é o fato de que o aluno não ingressa na IES para adquirir o diploma, mas para obter conhecimento, por meio do ensino, e cumprir os pressupostos exigidos para a atuação profissional pretendida. Em outras palavras, o serviço prestado pela IES é o fornecimento da atividade de ensino, cuja contraprestação é o pagamento das mensalidades. Mas o fornecimento do diploma de modo algum pode ser considerado serviço passível de remuneração, tendo em vista que não é um produto disponível no mercado. Isto é, ninguém pode pretender adquirir um diploma apartado, sendo este validamente obtido somente após o preenchimento de requisitos acadêmicos específicos. Nesse sentido, a Informação nº 531/2006 da Coordenação-Geral de Assuntos Contenciosos do Ministério da Educação (em anexo): (...) não é adequado inferir que o ato de expedir diploma de curso superior seja atividade fornecida no mercado consumidor. O diploma, consoante o que a lei deixa intuir, não tem validade em si mesmo, justamente porque serve para atestar a conclusão da formação do seu titular. Dito de outro modo, o interessado não ingressa na IES para adquirir o diploma, mas sim para obter o fornecimento do ensino. Este consiste nas informações transmitidas pelos Professores nas aulas teóricas e práticas, no laboratório, palestras etc. O ensino é considerado serviço em perspectiva jurídica, simplesmente porque é atividade que se pode fornecer no mercado consumidor (CF, art. 209). O diploma, por sua vez, é conseqüência dessa atividade e, justamente por isso, com ela não se confunde, eis que não é lícito ao interessado pagar só para obter o diploma. É necessário que cumpra as exigências do curso 14

15 para obter a prova de que o fez satisfatoriamente. Daí por que, serviço é o fornecimento da atividade de ensino, que pode ser remunerada pelo pagamento das mensalidades; a emissão do diploma, por sua vez, não é, em sua representação jurídica, bem do comércio ou do mercado de consumo. (...) Não é adequado afirmar que se adquire o diploma, porque, obviamente, não é um produto disposto no mercado; também não se pode dizer que se utiliza o serviço de expedição de diploma de uma IES, pois que tal documento é decorrência do serviço, sem o qual não existiria. Não sendo atividade do mercado consumidor, conclui-se que a emissão do diploma é ato jurídico regulado pelo direito civil, decorrente da prestação de serviço de ensino. Não deve ser remunerado, entretanto, porque não encerra valor econômico em si mesmo. Eventuais custos por sua emissão deverão ser absorvidos no preço das mensalidades, pois que o diploma é ato ínsito a execução de um serviço anterior, mas nunca com ele se confundindo(...) No caso do serviço de ensino, o fim desejado pelo estudante é a informação e o conhecimento, o que tem de ter um preço, quando executados pelo particular (..) Quanto à expedição do diploma, a finalidade é a de atestar o cumprimento de requisitos legais que permitirão ao seu titular dar aplicação útil aos conhecimentos obtidos. Isso não poderá ter um preço, porquanto não é contrato, independe de ajustes de vontades, pois que, não preenchendo os requisitos legais, o interessado não tem direito ao diploma. Eventuais custos materiais pela confecção do documento devem, obviamente, estar embutidos no valor das mensalidades. Cobrar valor pecuniário pela expedição de diploma é receber pagamento pelo que não está no comércio e não é nem pode ser vendido, mas, ao invés disso, é outorgado como obrigação legal do prestador de serviço. Portanto, como bem explicita o citado Parecer, a expedição e o registro do diploma possuem natureza jurídica de obrigação legal, de ato jurídico devido, decorrente da prestação de serviço anterior, e não é passível de remuneração. A situação equivale à obrigação do fornecedor de serviços sujeitos à garantia, que, assim, deve emitir o respectivo certificado, prova de que o serviço foi realizado em determinado momento. Impensável seria aceitar que o fornecedor exigisse uma nova contraprestação do consumidor para emitir tal documento de garantia. Da impossibilidade de repasse aos discentes do encargo oriundo da taxa de registro de diploma cobrada pela UFES As IES afirmam que não possuem competência para registrar os diplomas que expedem, cabendo à UFES - Universidade Federal do Espírito Santo, fazê-lo, mediante o pagamento da taxa de R$ 30,00 (trinta reais), conforme Resolução n.º 20/2005, do seu Conselho Universitário. 15

16 Certo que a Lei nº 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) apenas atribui competência de registro às universidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação, embora não faculte a cobrança de qualquer taxa para esta finalidade: Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, terão validade nacional como prova da formação recebida por seu titular. 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão por elas próprias registrados, e aqueles conferidos por instituições não-universitárias serão registrados em universidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação. 2º Os diplomas de graduação expedidos por universidades estrangeiras serão revalidados por universidades públicas que tenham curso do mesmo nível e área ou equivalente, respeitando-se os acordos internacionais de reciprocidade ou equiparação. 3º Os diplomas de Mestrado e de Doutorado expedidos por universidades estrangeiras só poderão ser reconhecidos por universidades que possuam cursos de pós-graduação reconhecidos e avaliados, na mesma área de conhecimento e em nível equivalente ou superior. Argumentando com a ilegalidade da cobrança dessa taxa de registro, pela UFES, o Ministério Público Federal já ajuizou ação própria, pendente de julgamento nesta Seção Judiciária. Contudo, ainda que esta taxa seja julgada plenamente legal (circunstância que, em absoluto, prejudica a presente demanda), as entidades de ensino requeridas jamais poderiam repassar o ônus do referido pagamento para os seus alunos. Como visto, segundo a Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional, o diploma somente terá validade caso seja registrado, de nada valendo ao concluinte possuir um diploma que não tenha o registro da autoridade competente. Assim, nem mesmo o fato de o ato de registro dever ser realizado por outra entidade desnatura a obrigação de que ele seja fornecido gratuitamente, ainda que seja exigida, pela entidade competente, contraprestação para o registro. In casu, para manter a coerência do sistema legal aplicável à matéria, é inquestionável concluir que são as entidades rés que devem arcar com o pagamento da taxa de registro exigida pela UFES e não os discentes concluintes. Trata-se-á a taxa de registro de encargo a ser assumido pela entidade de ensino, como consectário lógico da prestação do serviço educacional, já embutido nos valores recebidos a título de mensalidades. Da obrigação de conceder ao aluno documento válido, de apresentação simples, como opção real a outras versões suntuosas 16

17 Por constituir decorrência natural - e necessária - do serviço de ensino, a expedição de diploma válido deve ser oportunizada ao aluno concluinte, sem que tenha, para tanto, de desembolsar qualquer quantia. Quando se refere à emissão gratuita de diploma, o Ministério Público Federal não está a exigir que a entidade de ensino forneça ao aluno documento impresso em papel da melhor qualidade, gravado com tintas especiais, com detalhes artísticos e invólucros pomposos. É de todo descabida a exigência de fornecimento gratuito de diplomas com apresentação diferenciada, como o oferecido em pele de carneiro ou em papel vegetal, havendo, como de fato há, alternativa de cumprimento da mesma obrigação a custo significativamente menor. Nas hipóteses de oferecimento de diplomas suntuosos, portanto, o valor razoável de mercado, estritamente correspondente aos custos suportados pela entidade de ensino, pode ser cobrado. Todavia, é imprescindível que o aluno tenha, efetivamente, a opção de escolher entre a versão simples (embora, obviamente, numa configuração que preencha as necessidades do documento), que deve ser disponibilizada, sem qualquer taxa adicional, pela entidade de ensino, ou a versão suntuosa, que eventualmente também seja oferecida pela entidade. O que deve ficar claro é que, somente nesta última hipótese, isto é, se o aluno optar verdadeiramente pela versão especial do diploma, é que a instituição de ensino poderá repassar ao aluno os custos respectivos desde que razoáveis, em face do preço médio de mercado. Da cobrança indevida praticada pela rés e os danos dela derivados Resta ainda referirque, há tempos, a cobrança em questão vem sendo feita de forma ilegal. Desse modo, é necessário que, além da suspensão da cobrança das taxas de registro e expedição de diploma, que ora se pleiteia, haja, igualmente, o ressarcimento dos alunos que despenderam os valores indevidos, sob pena de configurar-se o enriquecimento ilícito das instituições privadas de ensino superior. O ordenamento jurídico pátrio proíbe o enriquecimento ilícito ou sem causa. Além disso, o art. 927 do Código Civil, ao tratar da responsabilidade civil, estipula a obrigação de indenizar para aquele que, por ato ilícito (...) causar dano a outrem (...). O dano material advindo da prática de cobrança das taxas de registro e expedição de diplomas é evidente, tendo em vista que os alunos prejudicados 17

18 foram privados de parte de seu patrimônio de forma ilegal, como já demonstrado. A relação de causalidade também é facilmente percebida, na medida em que a conduta atribuída às entidades rés foi causa direta da lesão patrimonial em tela. Vale lembrar que o Código de Defesa do Consumidor, Lei 8.078/1990, ao tratar do tema, elegeu a teoria da responsabilidade objetiva como fundamento do dever de indenizar: Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. Dessa forma, impõe-se, para a plena restauração da ordem jurídica violada, a devolução, pelas IES demandadas, dos valores ilicitamente cobrados de seus alunos concluintes, nos últimos 03 (três) anos, a título de taxas de registro e expedição de diplomas (art. 206, 3º, inciso IV do Código Civil). No que diz respeito aos diplomas com apresentação diferenciada (papel vegetal, pele de carneiro), já antes referidos, importa ressalvar a situação daqueles que já efetuaram o pagamento. Como o dano já ocorreu e não há como retornar ao status quo ante (que equivaleria à devolução do diploma especial, para o recebimento de diploma simples), uma vez que, na época, não foi oferecida a opção de diploma gratuito em formato simples, não remanesce solução diversa senão exigir a condenação das entidades rés à obrigação de reparar o valor total dos diplomas, ainda que nestes valores estivessem incluídos serviços gráficos especializados. Frise-se que, neste caso, o aluno provavelmente experimentou decréscimo patrimonial imaginando tratar-se de uma cobrança devida, já que não lhe foi ofertada a opção de não pagar. Assim, o dano foi causado por ato ilícito, consistente no não oferecimento da opção simples e gratuita do diploma e, por isto, deve ser integralmente ressarcido. Necessário salientar que, por expressa previsão legal constante do CDC, os valores deverão ser ressarcidos em dobro: Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável. Por fim, cabe pontuar que a pretensão de indenização dos alunos pelos valores já recolhidos às entidades rés deverá ser acolhida por sentença genérica, a fim de que seja oportunizada posterior liqüidação de danos pelos 18

19 interessados, que, valendo-se da sentença coletiva, comprovarão o nexo causal, o dano e sua extensão, obtendo, destarte, a reparação devida. Esta a lição de Hugo Nigro Mazzilli 4: Tratando-se de interesses individuais homogêneos, a condenação proferida em ação civil pública ou coletiva, será genérica, fixando-se a responsabilidade do réu pelos danos causados. A liqüidação poderá ser promovida tanto pelos co-legitimados à ação coletiva, como pelos próprios lesados ou seus sucessores. No caso de interesses individuais homogêneos, no processo de liqüidação de sentença deverá ser provado que as vítimas ou sucessores sofreram efetivamente os danos por cuja responsabilidade foi a ré condenada no processo condenatório de conhecimento; como, para isso, haverá necessidade de alegar e provar fato novo, aqui a liqüidação será necessariamente por artigos (...). DA OMISSÃO DO DEVER DE FISCALIZAR DA UNIÃO Cumpre salientar que a União é o ente público responsável pela fiscalização das instituições de ensino superior por ela autorizadas a funcionar, com vista ao indispensável controle acerca do cumprimento das normas gerais da educação nacional, nos termos do art. 209, inciso I da CF/88, condição inexorável à exploração do ensino pela iniciativa privada. Contudo, a julgar pelas informações colhidas no Procedimento Administrativo instaurado pelo Ministério Público Federal, que dão conta de que quase todas as instituições de ensino superior da Grande Vitória realizam ordinariamente e há anos a cobrança de taxa pela expedição de seus diplomas, é forçoso reconhecer que a UNIÃO não vem desempenhando a contento o seu dever constitucional de fiscalizar o cumprimento das diretrizes e normas da educação nacional, especialmente o disposto na Resolução nº 03/89, do Conselho Federal de Educação. Há que se compreender que, uma vez competindo à União legislar e educação nacional, inclusive sobre a cobrança para expedição e registro de diplomas, competência realizada mediante a edição da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e da Resolução nº 03/89 do Conselho Federal de Educação (hoje Conselho Nacional de Educação), não há motivo plausível para que o ente público não exerça os meios de controle que a lei lhe confere, em face das instituições de ensino do sistema federal. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação dá à Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação as prerrogativas de supervisionar e avaliar, de tempos em tempos, as instituições particulares de ensino superior, com o objetivo de apurar se os atos de autorização, credenciamento e reconhecimento de cursos merecem ser renovados ou, ao contrário, merecem suspensão ou cancelamento. i 4 MAZZILLI, Hugo Nigro. A Defesa dos Interesses Difusos em Juízo. 13 ed. São Paulo: Saraiva,

20 Nesse ínterim, é dado à SeSu/MEC, ao deparar-se com irregularidades nas entidades fiscalizadas ou vistoriadas, assinar-lhes prazo para o saneamento dos problemas, a fim de manter-se hígido o título de funcionamento da instituição de ensino, em nome da manutenção da qualidade de um serviço de relevância pública e da preservação dos direitos dos alunos usuários. Não se tem notícia de qualquer atividade empreendida pelo MEC no sentido de fiscalizar especificamente a cobrança de taxas ilegais ou abusivas pelas entidades particulares de ensino superior da Grande Vitória, nos últimos anos. Tal omissão vem certamente contribuindo para que as entidades ora demandadas se arroguem o direito de cobrar taxas indevidas dos seus alunos, que, pressionados e sem encontrar eco no ente fiscalizador, acabam cedendo à prática abusiva. Desta feita, resta ao Ministério Público Federal, através da presente demanda, requerer ao Judiciário que imponha à União Federal obrigação de fazer, qual seja a de, efetivamente, fiscalizar as instituições de ensino superior ora demandadas, no sentido de exigir-lhes o cumprimento das normas gerais da educação nacional, mormente no tocante às Resoluções n.º 01/83 e nº 03/89, do antigo Conselho Federal de Educação, aplicando-se-lhe as penalidades administrativas cabíveis. DA TUTELA ANTECIPADA Para garantir a efetividade do processo e para minorar as conseqüências que a natural demora do transcorrer da relação processual causa ao direito material, o legislador processual civil previu a técnica processual da antecipação da tutela. O art. 273, I e 2º do CPC assim prescreve: Art O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: I haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação (...) 2º. Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo da irreversibilidade do provimento antecipado. Pela análise do dispositivo legal, observa-se que são exigidos dois requisitos para a concessão da tutela antecipada, quais sejam: prova inequívoca da verossimilhança da alegação e fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação. Há ainda um pressuposto negativo, que deve estar ausente, que é o perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. A prova inequívoca da verossimilhança da alegação é aquela suficiente a satisfazer a cognição sumária do juiz. Nesta ação, encontra-se consubstanciada pelos documentos descritos e juntados, os quais foram encaminhados pelas próprias rés e comprovam cabalmente os fatos narrados. Não 20

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