AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÀO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL

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1 1 AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÀO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL RECUPERAÇÃO DA MATA CILIAR DA NASCENTE ÁGUA BOA NO DISTRITO DE COLORADO, MUNICÍPIO DE NOVA CANAÃ DO NORTE-MT CLEIDE KUFFEL Orientadora: Ms. Cynthia Candida Correa COLIDER/2010

2 2 AJES - FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÀO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL RECUPERAÇÃO DA MATA CILIAR DA NASCENTE ÁGUA BOA NO DISTRITO DE COLORADO, MUNICÍPIO DE NOVA CANAÃ DO NORTE-MT CLEIDE KUFFEL Orientadora: Ms. Cynthia Cândida Correa Trabalho apresentado como avaliação da disciplina de Monografia. COLIDER/2010

3 3 Aos irmãos, cunhadas e em muito especial aos meus pais Zismundo e Albertina, os quais foram a base em mais esta etapa de minha vida. Dedico

4 4 AGRADECIMENTOS Ao Pai Celestial, por dar-me a vida e a oportunidade de desenvolver e progredir a cada dia. A orientadora pela dedicação, confiança, compreensão e conhecimentos dedicados no decorrer desta caminhada. Aos meus professores pela dedicação, amizade e saberes transmitidos no decorrer do curso, os quais jamais serão esquecidos. Aos inesquecíveis amigos de turma que adquiri e que juntos compartilhamos momentos de descontração, colaboração mútua, enfim, momentos em que permitiu-nos concretizar e fortalecer a cada dia nossos laços de amizade. Aos educadores e alunos do Projovem Campo Saberes da Terra que auxiliaram no trabalho com dedicação e entusiasmo. deste trabalho. Enfim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização

5 5 RESUMO As nascentes possuem valor inestimável dentro de uma propriedade agropecuária, seja de pequeno, médio ou grande porte, devendo ser tratada com muito critério. Para tanto, a recuperação e preservação das matas ciliares para que sejam recompostas evitando a erosão do solo e aumentando a biota do ambiente tanto terrestre quanto aquático, bem como a preservação da água da nascente e seqüência do córrego foram avaliados sobre a origem e o grau de degradação e assim escolhidos os métodos adequados na recuperação. Para tanto, este trabalho visa promover a recuperação da nascente como forma de melhorar a sustentabilidade da pequena propriedade e contemplar o resgate da diversidade genética. O trabalho foi desenvolvido no ano agrícola 2009/10, em uma propriedade rural localizada no município de Nova Canaã do Norte MT. Através do diagnóstico da caracterização e causa dos processos de degradação atuantes na área e suas conseqüências ambientais, a escolha do método de regeneração para a nascente que se encontra em estágio avançado de degradação, foi iniciado com reflorestamento seguindo um modelo sucessional baseado na combinação de espécies de diferentes grupos ecológicos. Portanto, faz-se necessário a manutenção e preservação dos métodos adotados para a viabilidade do sistema. No entanto, a preservação e a recuperação das nascentes não são apenas para obedecer à legislação, mas sim, para proporcionar a continuidade do aproveitamento das águas para as mais variadas atividades humanas em grandes e pequenas propriedades, manutenção da biodiversidade genética e acima de tudo, ações concretas em favor da vida, da presente e futuras gerações. Palavras-chaves: nascente, mata ciliar, assoreamento.

6 6 LISTA DE TABELA Tabela I: Espécies nativas indicadas para a recuperação Tabela II: Etapas da recuperação da nascente... 23

7 7 LISTA DE FIGURAS Figura 01: Espécies competidoras altamente agressivas (B. brizantha). Fonte: Cleide Kuffel (2009) Figura 02: Isolamento da área com cerca de arame liso. Fonte: Cleide Kuffel (2009). 27 Figura 03: Buriti (Mauritia vinifera).fonte: Cleide Kuffel (2009) Figura 04: Implantação de diferentes espécies nativas Fonte: Cleide Kuffel (2009)... 29

8 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPITULO I REFERENCIAL TEÓRICO NASCENTES MATA CILIAR MÉTODOS DE REGENERAÇÃO Regeneração natural Regeneração artificial Plantio de mudas Semeadura direta Seleção de espécies CAPITULO II METODOLOGIA CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS CAPITULO III ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 32

9 9 INTRODUÇÃO As nascentes possuem um valor precioso dentro de uma propriedade agropecuária, devendo ser tratada com cuidado todo especial. Para tanto, a recuperação e preservação das matas ciliares para que sejam recompostas evitando a erosão do solo e aumentando a biota do ambiente tanto terrestre quanto aquático, bem como a preservação da água da nascente e seqüência do córrego é de extrema importância para a propriedade e todos os seres vivos. Segundo Ferreira e Dias (2004) esse processo de eliminação das florestas resultou num conjunto de problemas ambientais, como a extinção de várias espécies da fauna e flora, mudanças climáticas locais, erosão dos solos, eutrofização e assoreamento dos cursos d`água. Sabendo-se da importância da conservação e recuperação das matas ciliares para a manutenção e melhoria da qualidade de vida do homem e dos ecossistemas em que vivem, a regeneração através da produção de mudas e plantio de espécies nativas nas margens da nascente é um meio para o aumento da diversidade biológica e redução da degradação já existente no local, haja vista ser uma nascente em total degradação da mata ciliar. A preservação e a recuperação das nascentes dos nossos cursos d água não são apenas atitudes que satisfazem a legislação ou propiciam a continuidade do aproveitamento das águas para as mais variadas atividades humanas, mas são, acima de tudo, ações concretas em favor da vida, desta e das futuras gerações em nosso planeta, pois ações que visam à recuperação da nascente são imprescindíveis para a manutenção da biodiversidade e manutenção do rio. Pelo exposto, faz se necessário a condução de pesquisas e diagnóstico da causa do problema da degradação ambiental para buscar um método mais eficaz e viável de recuperação para o proprietário e para o ambiente. Sendo assim, o objetivo principal deste trabalho é promover a recuperação da nascente como forma de melhorar a sustentabilidade da pequena propriedade e contemplar o resgate da diversidade genética. E como objetivos específicos têm-se: Produzir mudas para recuperação da mata ciliar da nascente; aumentar a capacidade de diversidade biológica do ambiente aquático e terrestre; reduzir a erosão do solo e assoreamento ao entorno da nascente através do plantio de espécies nativas; implantar métodos de recuperação de acordo com o diagnóstico da causa da degradação.

10 10 Dessa forma, para atender aos objetivos propostos, o trabalho divide-se em cinco partes, sendo a primeira essa introdução onde está exposta a justificativa, problemática do trabalho e seus objetivos. A segunda parte refere-se ao capítulo I que trata do referencial teórico onde apresenta uma a base teórica dos conteúdos relacionados ao assunto abordado, no capítulo II encontra-se a metodologia do trabalho e no capítulo III os resultados e discussões do trabalho, em seguida as considerações finais sobre o assunto tratado.

11 11 CAPÍTULO I REFERENCIAL TEÓRICO 1.1 NASCENTES As minas, olho d água, fonte ou nascente são definidas segundo Castro (1999) como sendo abertura naturais na superfície do terreno, de onde escoam as águas subterrâneas. Geralmente as nascentes se localizam em regiões montanhosas, nas chamadas bacias da cabeceira. A água que jorra de uma nascente contribui para a formação de um córrego que deságua em outro até chegar ao mar. Segundo Calheiros et al (2004), as nascentes, cursos d água e represas, embora distintos entre si por várias particularidades quanto às estratégias de preservação, apresentam como pontos básicos comuns o controle da erosão do solo por meio de estruturas físicas e barreiras vegetais de contenção, minimização de contaminação química e biológica e ações mitigadoras de perdas de água por evaporação e consumo pelas plantas. As nascentes necessitam de matas ciliares para sua preservação. No entanto, estas apresentam uma heterogeneidade florística elevada por ocuparem diferentes ambientes ao longo das margens dos rios. As grandes variações de fatores ecológicos nas margens dos cursos d água resultam em uma vegetação arbustiva arbórea adaptada a tais variações. Este processo de eliminação das florestas resultou num conjunto de problemas ambientais, como a extinção de várias espécies da fauna e da flora, as mudanças climáticas locais, a erosão dos solos e o assoreamento dos cursos d'água. Deste modo, o desaparecimento da mata ciliar resultará na redução do número de cursos d água da nascente e ao longo do rio, significando a diminuição da disponibilidade de água doce para os diversos usos (CASTRO, 2001). 1.2 MATA CILIAR Mata ciliar é a designação dada à vegetação que ocorre nas margens de rios e mananciais. O termo refere-se ao fato de que ela pode ser tomada como uma espécie de "cílio", que protege os cursos de água do assoreamento. Segundo Oliveira Filho (1994), as matas ciliares são formações vegetais do tipo florestal que

12 12 se encontram associadas aos corpos d`água, ao longo dos quais pode estender-se por dezenas de metros a partir das margens e apresentar marcantes variações na composição florística e na estrutura comunitária, dependendo das interações que se estabelecem entre o ecossistema aquático e ao seu redor, sendo importante na manutenção da água dos rios, redução da erosão as margens, manutenção da ictiofauna e melhoria dos aspectos paisagísticos da região. A vegetação ciliar funciona como um filtro de toda água que atravessa o conjunto de componentes da bacia e drenagem, com isso, proporciona a manutenção da qualidade e quantidade de água das nascentes e rios. Apesar de sua importância ambiental e, mesmo sendo áreas de preservação permanente protegidas por legislação, as matas ciliares continuam sendo removidas em varias partes do Brasil. Barbosa (1999), ressalta que a redução dessas matas tem causado aumento significativo dos processos de erosão dos solos, com prejuízos a hidrologia regional, redução e biodiversidade e a degradação de grandes áreas. Segundo Ferreira e Dias (2004) esse processo de eliminação das florestas resultou num conjunto de problemas ambientais, como a extinção de várias espécies da fauna e flora, mudanças climáticas locais, erosão dos solos, eutrofização e assoreamento dos cursos d`água. De acordo com Martins (2001), além do processo de urbanização, as matas ciliares sofrem pressão antrópica também por uma série de fatores. São áreas diretamente afetadas por construção de hidrelétricas, abertura de estradas em regiões com topografia acidentada e implantação de culturas agrícolas e para a pecuária. As matas ciliares estão protegidas no art. 2º da Lei nº 4771/65, que abrange como áreas de preservação permanente as florestas e demais formas de vegetação existentes ao redor dos rios, lagos, nascentes, lagoas e reservatórios. A largura mínima da faixa marginal que deve ser preservada poderá variar de 30 a 600m, dependendo da largura dos cursos d água. No caso das nascentes, mesmo que intermitentes, o raio mínimo de vegetação deverá ser de 50m. Para as lagoas e reservatórios, naturais ou artificiais, situados em áreas rurais, a largura mínima deverá ser de 50m, para aqueles com área de inundação de até 20 ha, e de 100m para os demais. Em áreas urbanas, a faixa de preservação deverá ser de 30m. O Código Florestal (Lei n /65) desde 1965 inclui as matas ciliares na categoria de áreas de preservação permanente. Assim toda a vegetação natural (arbórea ou

13 13 não) presente ao longo das margens dos rios e ao redor de nascentes e de reservatórios deve ser preservada. Como já citado para cursos d água, a área situada em faixa marginal (APP), medida a partir do nível mais alto alcançado pela água por ocasião da cheia sazonal do curso d água perene ou intermitente, em projeção horizontal, deverá ter larguras mínimas de acordo com a Legislação Federal (Lei n /65) as quais são: 30m para cursos d água com menos de dez metros de largura; 50m para cursos d água com dez a cinquenta metros de largura; 100m para cursos d água com cinquenta a duzentos metros de largura; 200m para cursos d água com duzentos a seiscentos metros de largura; 500m para cursos d água com mais de seiscentos metros de largura. A necessidade da presença da vegetação ciliar é sem dúvida inquestionável, pelas suas funções com efeitos que não são apenas locais, mas refletem na qualidade de vida de toda a população sob influência de uma bacia hidrográfica (DAVIDE et al., 2000). A ocorrência desta vegetação característica nestes ambientes é condicionada por diversos fatores ambientais que definem sua fisionomia e composição florística de forma distinta da vegetação de interflúvio, seja ela arbórea ou não. Os fatores condicionantes da ocorrência das matas ciliares, que definem condições ecológicas distintas, são responsáveis na maioria das vezes por proporcionar as melhores condições de sítio em relação à disponibilidade de água e nutrientes. De modo geral, o relevo e as características edáficas são os fatores determinantes na formação do ambiente ribeirinho, pois definem os limites da influência da umidade, definindo os limites das áreas sujeitas à inundação, ao encharcamento e à manutenção de alta umidade pela proximidade do lençol freático. À partir deste limite o solo não recebe mais influência da umidade proveniente do curso d água e, mesmo se a vegetação é arbórea, não tem a diversidade e composição da faixa marginal, denominada mata ciliar. A heterogeneidade das condições ambientais nas margens dos cursos d água define portanto um mosaico vegetacional como resultado da atuação diferencial da umidade (RODRIGUES; SHEPERD, 2000). Segundo estes autores, os principais fatores que atuam na seletividade das espécies, condicionando a distribuição e composição florística, são aqueles que definem a dinâmica da água do

14 14 solo (relevo e fatores físicos do solo), entretanto vários outros trabalhos tem reforçado a importância de outros fatores como: características geológicas e geomorfológicas, deposição de sedimento, remoção ou soterramento da serrapilheira e do banco de sementes, modelo hidrológico do rio (definindo duração e volume de água durante a elevação do rio), presença de remanescentes à montante fornecendo propágulos de espécies hidrocóricas, dentre outros fatores bióticos e abióticos estudados. 1.3 MÉTODOS DE REGENERAÇÃO A definição do método de regeneração que será utilizado deverá ser tomada após o diagnóstico completo da área. Poderá ser utilizada a regeneração artificial, através do plantio de mudas ou semeadura direta, ou a regeneração natural. As atividades de restauração têm por finalidade permitir que ocorra o processo de sucessão da área que está sendo trabalhada, garantindo que todos os fatores fundamentais para a sucessão estejam ali presentes ou sejam a ela fornecidos. Devido ao grande número de variáveis ambientais que podem interferir no comportamento das espécies em determinado sítio, Martins (2001), ressalta que a escolha de um modelo adequado é essencial para o sucesso da recuperação da área de mata ciliar. De acordo com Alvarenga (2004), dos vários métodos de regeneração existentes, devem-se observar vários critérios para escolha do melhor em cada situação. De fato, além dos critérios silviculturais, os critérios econômicos, custo da operação, e paisagísticos devem ser levados em consideração Regeneração natural Esse sistema é usado em áreas com menor nível de perturbação. Essa situação é a mais fácil de restaurar, pois será preciso somente isolar a área dos fatores de perturbação. A regeneração natural da vegetação ocorre através de processos naturais, como germinação de sementes e brotação de tocos e raízes, sendo responsável pelo processo de sucessão na floresta. O uso da regeneração natural pode reduzir significativamente o custo de implantação da mata ciliar, por exigir menos mão-deobra e insumos na operação de plantio. Deve-se considerar ainda que a implantação de uma floresta de proteção através da regeneração natural transcorrerá de forma mais lenta, quando

15 15 comparada à implantação pelo método convencional (plantio de mudas), visto que o processo irá ocorrer nos padrões da sucessão florestal. Segundo Botelho et al (2001) quando se avalia a possibilidade de uso do processo de regeneração natural como método de regeneração de florestas de proteção, o ponto principal a ser considerado se refere ao conhecimento das condições básicas para que o processo possa ocorrer. A regeneração natural pode ser favorecida através de operações silviculturais que propiciem melhor produção de sementes e que favoreçam o ambiente para a germinação e estabelecimento. Outro fator fundamental a ser avaliado é a composição do banco de sementes da área. Áreas de maior grau de degradação dificilmente terão capacidade de manter um banco de sementes pelas condições adversas de solo Regeneração artificial A regeneração artificial, através do plantio de mudas ou semeadura direta, poderá ser utilizada em área total, nos locais onde não existe vegetação arbórea, ou ainda dentro de sistemas de enriquecimento. O sistema de enriquecimento visa aumentar o número de espécies ou número de indivíduos de determinadas espécies presentes na floresta. O enriquecimento da vegetação pode ser indicado em casos para áreas com ocorrência de perturbações por fatores ambientais ou antrópicos, como fogo e cortes seletivos, ou em áreas em fase inicial de regeneração, onde se deseja acelerar o processo da sucessão. O enriquecimento é um dos tratamentos silviculturais que procura estimular, acelerar ou direcionar o processo de sucessão natural. O método de introdução das plantas nestas áreas pode ser através de mudas ou de semeadura direta. O sistema de plantio de mudas pode ser considerado o mais comum nas condições do Brasil. A semeadura direta tem potencial para ser utilizada, entretanto praticamente não existem estudos e experiência na sua execução. A definição sobre quais espécies plantar, quantas mudas de cada espécie e sua distribuição, só ocorrerá após estudo prévio da composição florística atual e das espécies potenciais de ocorrência nos estágios sucessionais mais avançados.

16 Plantio de mudas A regeneração por plantio de mudas é o método mais comum de reflorestamento no Brasil. As principais vantagens do plantio de mudas são, principalmente, a garantia da densidade de plantio, pela alta sobrevivência, e do espaçamento regular obtido, facilitando os tratos silviculturais. Nestes casos, a qualidade morfofisiológica da muda pode garantir a sua sobrevivência e crescimento inicial ou, por outro lado, pode ser responsável pela alta mortalidade e elevar o custo de implantação, além de comprometer o crescimento da floresta. Portanto é de fundamental importância garantir a qualidade da muda utilizada, pelo controle adequado no viveiro da propriedade ou pela garantia de qualidade do viveiro de onde vão ser adquiridas. As mudas das principais espécies florestais plantadas no Brasil são produzidas em tubetes, pelas inúmeras vantagens apresentadas no processo de produção e no plantio, mas a sobrevivência pode ser menor quando comparadas às mudas produzidas em sacos plásticos, quando o plantio é feito em períodos de pouca chuva, ou sem irrigação de plantio. Entretanto, na maioria dos viveiros de menor porte, principalmente nos que produzem mudas de espécies nativas, a embalagem mais usada ainda é o saco plástico. Um plantio mal executado pode resultar em altas taxas de mortalidade das mudas, pondo em risco o futuro da floresta, comprometendo a qualidade da floresta e o custo de implantação. Deve-se atentar para a qualidade das mudas a serem plantadas, avaliando-se a qualidade morfológica e fisiológica, visando garantir uma alta taxa de sobrevivência no campo Semeadura direta Outro método de regeneração artificial é o processo de semeadura direta. No Brasil não é um método muito utilizado basicamente devido ao tipo de povoamento e espécies utilizadas nas florestas de produção, que foi a base do desenvolvimento da silvicultura no Brasil. Entretanto, deve-se considerar que é um método de alto potencial partindo-se do princípio de que na floresta tropical a principal forma de regeneração, tanto nas clareiras quando na expansão dos remanescentes se dá por semeadura natural. Para utilização do método de semeadura direta primeiramente é necessário identificar quais são as limitações que impedem o estabelecimento das sementes nas condições de campo. Basicamente os principais fatores que interferem na

17 17 germinação e estabelecimento das plântulas no campo são: características do solo, competição com gramíneas, predação das sementes e qualidade das sementes. O elevado crescimento das plantas daninhas, torna-as competidoras muito agressivas, interferindo no crescimento das espécies arbóreas, principalmente daquelas de crescimento lento. Portanto, o controle das plantas daninhas é essencial para permitir o estabelecimento das arbóreas plantadas e no caso de uso da semeadura direta pode ser mais importante ainda na fase inicial, para garantir as condições adequadas para a germinação. Ferreira (2002) avaliando o efeito de herbicidas sobre as sementes de espécies nativas plantadas em sistema de semeadura direta constatou a ocorrência de suscetibilidade de algumas espécies em relação a alguns dos produtos testados, concluindo portanto que deve haver uma avaliação criteriosa em relação às espécies resistentes no caso de uso de herbicida. A predação das sementes e também das plântulas é outro fator que pode limitar a proporção de sementes distribuídas que irá se estabelecer. Sem dúvida providências devem ser tomadas para o controle, principalmente das formigas cortadeiras, que normalmente causam grandes danos nos reflorestamentos e são consideradas as principais pragas florestais. A qualidade das sementes utilizadas, avaliadas pelo poder germinativo e vigor de cada lote, são fundamentais para garantir a germinação nas condições de campo. Sementes de baixa viabilidade não são capazes de germinar em condições adversas e muitas vezes quando germinam não originam plântulas vigorosas o suficiente para se estabelecer. Na implantação da mata ciliar, as espécies pioneiras e as clímax exigentes de luz devem ser plantadas em maior quantidade que as clímax tolerantes à sombra, procurando reproduzir o que aconteceria naturalmente em um ecossistema no início do processo de sucessão. Plantios feitos sem critérios técnicos, baseados na distribuição aleatória das mudas no campo, apresentam menores chances de atingir um resultado satisfatório, do ponto de vista ambiental Seleção de espécies A estratégia para definição das espécies para os plantios deve se basear em estudos em áreas de florestas remanescentes da região em questão, onde se pode obter dados com relação às principais espécies que ocorrem na região bem como sobre seus habitats preferenciais. As informações sobre o ambiente específico

18 18 de ocorrência são fundamentais para a definição correta dos sítios para os quais são indicadas cada espécie, considerando-se principalmente as zonas de ocorrência de alagamento ou inundação e a zona de encharcamento. No Bioma Amazônico e principalmente na região norte de Mato Grosso onde está o estudo em questão há uma relação de espécies nativas indicadas para a recuperação de matas ciliares. Foram incluídas na lista aquelas espécies que aparecem em destaque na maioria dos estudos fitossociológicos em matas ciliares, e as que a experimentação científica tem comprovado sua capacidade para recuperar esta área. Oliveira Filho (1994) propõe uma metodologia para os estudos ecológicos da vegetação como base para programas de revegetação com espécies nativas. O conhecimento da classificação das espécies nos grupos ecológicos e o conhecimento do comportamento silvicultural da espécie em diferentes condições de sítio, principalmente com relação ao ritmo de crescimento e à arquitetura de copa também são importantes no processo de seleção. Entretanto, é necessário observar que outros aspectos das espécies são importantes, como atração da fauna pelo fornecimento de abrigo e de alimento, o que pode indicar a importância da inclusão das espécies no plantio.

19 19 Tabela 1: Espécies nativas indicadas para a recuperação de matas ciliares. Nome Científico Nome Vulgar G.E. Indicação Acacia polyphylla DC. angico-branco P B, C Acrocomia aculeata Lodd. ex Mart macaúba, macaúva P B, C Amaioua guianensis Aublet café do mato, marmelada NP C Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan angico vermelho P(Si) C Aniba fimula Mez canelinha NP A Aspidosperma polyneuron Müell. Arg. peroba rosa NP C Brossimum gaudichaudii Trécul. mamica-de-cadela NP B Cecropia pachystachya Trécul. embaúba P A, B Cedrela fissilis Vell. cedro P(Si) C Cedrela odorata Ruiz & Pav. cedro do brejo NP A, B Copaifera lansdorffii Desf. óleo copaíba, copaíba NP B, C Eugenia uniflora L. pitanga NP C Ficus guaranitica Schodat figueira, figueira branca P(Si) B Hymenaea coubaril L. jatobá NP B, C Inga affinis DC ingá, ingá-doce P(Si) A, B Inga luschnatiana Benth. ingá P(Si) A, B, C Inga marginata Willd. ingá P(Si) A, B Jacaratia spinosa (Aubl.) A.DC. jaracatiá P C Lithraea molleoides Engl. aroeira brava P(Si) B Maclura tinctoria (L.) Don ex Steud. amoreira P(Si) B, C Mauritia flexuosa L. buriti P A, B Metrodorea stipularis Mart. carrapateira NP C Ocotea beaulahie Baitello canela NP B, C Ocotea odorifera (Vell.) J.G. Rohwer canela sassafrás NP C Peltophorum dubium (Spreng) Taub. angico-cangalha, canafístula P(Si) C Pera obovata Baill. pau-de-sapateiro, cacho-de-arroz NP A, B Persea pyrifolia Ness. & Mart. ex Ness. maçaranduba NP C Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. pau-jacaré P(Si) C Rapaenea guianensis Aubl. capororoca P A, B Styrax pohlii A. D. C. benjoeiro, estoraque P(Si) C Tabebuia chysotricha (Mart. ex DC.) Stanley ipê-tabaco P(Si) C Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standle ipê-roxo P(Si) B, C Tabebuia umbelata (Sound.) Sand. ipê-amarelo-do-brejo P(Si) A, B Talauma ovata St. Hil. pinha-do-brejo NP A Mauhinia forticata Pata de vaca P C Schizolobium amazonicum Pinho cuiabano NP C Fonte: Ambiente Brasil, Na tabela 1 são apresentadas as espécies nativas indicadas para a recuperação de matas ciliares, com os respectivos nomes vulgares, o grupo ecológico a que pertencem e a tolerância à umidade do solo. Foram incluídas na

20 20 lista aquelas espécies que aparecem em destaque na maioria dos estudos fitossociológicos em matas ciliares, e as que a experimentação científica tem comprovado sua capacidade para recuperar estas áreas. Espécies arbustivoarbóreas, recomendadas para recuperação de matas ciliares G.E. = grupo ecológico: P = pioneira; NP = não pioneira; Si = secundária inicial. Quanto a indicação: A = áreas encharcadas permanentemente; B = áreas com inundação temporária; C = áreas bem drenadas, não alagáveis.

21 21 CAPÍTULO II METODOLOGIA 2.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA O trabalho foi realizado em uma propriedade que atualmente se encontra com atividades agropecuárias. Através de estudo e análise do histórico da área visando descobrir a causa dos processos de degradação e diminuição da água da nascente denominada de Agua Boa e de toda a vegetação ao redor das margens é que foi diagnosticado e adotados os métodos de recuperação. As margens da nascente encontrava-se ausente de vegetação ciliar, no entanto, a água estava diminuindo de forma gradativa. Para a reposição desta vegetação foi constatado a importância em se fazer mudas de espécies nativas e fazer o plantio no local. O estudo foi realizado em abordagem qualitativa, onde tem o ambiente como fonte direta dos dados sendo útil em estudos relacionados com assuntos que requerem profundidade na investigação, mantendo contato direto com o ambiente e objeto de estudo em questão necessitando um trabalho mais intensivo de campo. Neste caso, as questões são estudadas no ambiente em que eles se apresentam sem qualquer manipulação intencional. Destaca-se que a pesquisa de cunho qualitativo envolve a [...] obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada, procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo (GODOY, 1995, p. 58). A pesquisa foi realizada de forma qualitativa, pois partiu de um diagnóstico do local e estudo da origem do assunto em questão, sendo realizada através de visita a campo e informações obtidas por meio do histórico da área e pesquisas bibliográficas sobre o tema, tratando-se também de um estudo de caso e pesquisaação no qual foi analisado o objeto da pesquisa mais detalhadamente envolvendo o interesse da comunidade esperando um resultado satisfatório tendo papel ativo na realidade dos fatos observados.

22 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS Tanto os métodos quanto as técnicas devem adequar-se ao problema a ser estudado, às hipóteses levantadas e que se queira confirmar, ao tipo de informantes com que se vai entrar em contato. Para obtenção de dados foram utilizados três procedimentos: pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e contatos diretos com os proprietários da área e técnicos da Empaer (Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural) que já conhecem a região. Neste caso foi utilizado o levantamento dos dados através do diagnóstico das causas da degradação e histórico da área. A pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema. Antes de iniciar qualquer pesquisa de campo, o primeiro passo é a análise minuciosa de todas as fontes documentais, que sirvam de suporte à investigação projetada. Os contatos diretos, pesquisa de campo são realizados com pessoas que podem fornecer dados ou sugerir possíveis fontes de informações úteis. Etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas elaboradas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos. São vários os procedimentos para a realização da coleta de dados, que variam de acordo com as circunstâncias ou com o tipo de investigação. Em linhas gerais as técnicas de pesquisa foram: Coleta documental: a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, tendo como fonte arquivos públicos e fontes estatísticas. Envolve a investigação de documentos internos ou externos. Observação direta: o pesquisador utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade em que se observam os fenômenos que se deseja estudar. Essa técnica torna-se útil para fornecer informações adicionais sobre

23 23 o tópico que está sendo estudado, e foi utilizada na identificação de evidencias nos recursos naturais existentes no município, assim como nos agentes privados. 2.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O processo de análise de conteúdo é definido por Kerlinger (1980, p.353) como a categorização, ordenação, manipulação e sumarização de dados. Tem por objetivo reduzir grandes quantidades de dados brutos a uma forma interpretável e mensurável. Foi realizado um diagnóstico da área e causas da degradação com visita ao local e a realização de todas as etapas da recuperação da nascente conforme especificado na tabela 02 abaixo: 02. ETAPAS DA RECUPERAÇÃO DA NASCENTE Atividades Ano de 2009 Ano de 2010 Ju Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Visita ao local X Estudo bibliográfico X X Semeadura X X Preparo do solo X X Isolamento da área X Plantio das mudas X X X X Análise dos dados X X X X Controle fitossanitário X X X X X X X X X X X Revisão bibliográfica X X X X X X X X

24 24 CAPITULO III ANALISE E DISCUSSÃO DOS DADOS O trabalho foi desenvolvido no ano agrícola 2009/10, em uma propriedade rural localizada no distrito de Colorado do Norte, município de Nova Canaã do Norte MT, sendo as coordenadas geográficas do município 10º38 02 Latitude Sul, 55º42 23 Longitude Oeste Gr., estando a uma altitude de 245 metros. O solo do local é classificado como Latossolo Vermelho-amarelo distrófico de textura argilosa. A região é caracterizada por duas estações bem definidas, pela estiagem rigorosa e período chuvoso bastante intenso, temperatura em torno de 18 a 40 ºC, sendo a média por volta de 26 ºC. A precipitação pode atingir média extremamente alta, em algumas vezes ultrapassando os 2.800mm anuais. Através do diagnóstico da caracterização dos processos de degradação atuantes na área e suas conseqüências ambientais, a escolha do método de regeneração para a nascente em questão, que se encontra em estágio avançado de degradação, foi iniciado com reflorestamento seguindo um modelo sucessional baseado na combinação de espécies de diferentes grupos ecológicos ou categorias sucessionais. Parte-se do princípio de que espécies de início de sucessão, intolerantes à sombra e de crescimento rápido, devem fornecer condições ecológicas, principalmente sombreamento, favoráveis ao desenvolvimento de espécies finais de sucessão, ou seja, aquelas que necessitam de sombra, pelo menos na fase inicial do crescimento. As etapas do preparo do solo variam de acordo com a situação do local. Sendo a área muito declivosa, o coveamento manual foi a única operação realizada. O preparo das covas foi realizada com enxadão com dimensão de 30x30x30 cm e coroamento de 50 cm ao redor das covas a fim de se obter condições ótimas para o plantio, atualmente a área é ocupada com pastagens ao redor da nascente a qual se encontra altamente degradada. O preparo do solo visa prioritariamente melhorar as condições físicas do solo, reduzir as plantas daninhas e facilitar o plantio. As mudas foram produzidas com ajuda dos alunos da Escola Estadual Ivone Borkowsvki de Lima inseridos no Programa Projovem Campo Saberes da Terra utilizando sementes de espécies nativas em condições ideais de semeadura. O substrato foi preparado com areia, terra vermelha e esterco bovino na proporção de 1:1:1 sendo colocados em saquinhos de polietileno. A adubação de plantios

25 25 florestais mistos é bastante complexa, em função da grande variedade de solos, de espécies florestais e condições climáticas, além da grande carência de informações a cerca das exigências nutricionais das espécies nativas. Segundo Botelho et al., (2000) as espécies dos estágios sucessionais iniciais tendem a apresentar maior capacidade de absorção, em função de seu potencial de crescimento e síntese de biomassa, apresentado-se mais responsivas a aplicação de adubo NPK ( Nitrogênio, Fósforo e Potássio) e conseqüente melhoria da fertilidade do solo. Em função da variação das respostas e considerando o custo operacional a recomendação de adubação é feita para todo o conjunto de espécies. Com base na análise da fertilidade do solo é feita a recomendação da adubação, que de modo geral consiste na aplicação de uma formulação de NPK ( g/cova de ). Outras recomendações mais específicas, como calagem, gesso, micronutrientes dependem de uma avaliação criteriosa. Através do monitoramento na condução da cultura foram efetuadas práticas de controle integrado para o melhor desenvolvimento das mudas. As operações de manutenção compreendem as operações realizadas após o plantio das mudas, como capina, roçada, adubação em cobertura e combate à formiga, se estendendo pelo tempo que for necessário, geralmente até o segundo ano. Vários danos causados na área podem comprometer o futuro da floresta, sendo normalmente o gado e as queimadas os problemas mais freqüentes. O isolamento da área e mobilização da população local em relação à necessidade de evitar o fogo são as medidas principais em relação à estes danos. O controle da vegetação indesejada promove um melhor crescimento e desenvolvimento das mudas plantadas, mas vale ressaltar que, em certas situações, como em áreas degradadas e/ou muito íngremes, a vegetação herbácea, sobretudo as gramíneas, pode ser uma forte aliada nos esforços de redução dos processos erosivos, ao proporcionar uma rápida e eficiente cobertura do solo (BOTELHO et al, 2001). O método utilizado foi a capina no coroamento das mudas em um raio de 50cm da muda. O controle inicial dessas gramíneas foi feito com o uso de herbicidas de baixa toxicidade, como o glifosate (ações em APP, como a aplicação de herbicida e a sulcagem mecanizada, são proibidas na legislação e requerem autorizações prévias do órgão ambiental competente para serem realizadas).

26 26 Em relação à principal praga de uma floresta em início de formação, a formiga cortadeira, representadas principalmente pelas saúvas (Atta spp) e quémquéns (Acromyrmex spp) o controle deve ser bastante criterioso. As operações de controle iniciaram-se antes do plantio e se estenderá pelo tempo necessário, mantendo-se as rondas em intervalos crescentes até que não se verifique mais a presença de formigueiros em nível de dano para as plantas. O combate foi feito na área de plantio, nas reservas e em um raio de 100m ao redor da área plantada, utilizando-se os métodos disponíveis, com o uso de iscas granuladas e formicida em pó. Figura 02: Espécies competidoras altamente agressivas (B. brizantha). Fonte: Cleide Kuffel (2009) No local convivem espécies competidoras altamente agressivas, como as braquiárias (B. brizantha), (Figura 01) que apresentam processo alelopático, inibindo a germinação e o crescimento de outras espécies. Nesse caso torna-se necessário o controle dessas competidoras, como ação complementar ao isolamento da área. A ação dessas gramíneas pode inibir o desenvolvimento de regenerantes nas áreas em que há possibilidade de auto-recuperação. O isolamento com cerca de arame liso é essencial neste caso devido à criação de bovinos, pois a entrada de animais causa danos significativos às mudas conforme explicito na Figura 02.

27 27 Figura 02: Isolamento da área com cerca de arame liso. Fonte: Cleide Kuffel (2009) A área possui grau de resiliência suficiente para a recuperação preservando os processos naturais da comunidade de acordo com a regeneração integrada da área. O isolamento da área deve abordar um raio mínimo de 30 metros para as nascentes pela Legislação Federal ou 50 metros tendo como base a Legislação Estadual do Mato Grosso. Após o isolamento da área e as competidoras eliminadas, pode ser utilizada a técnica de seleção de espécies, implantando espécies nativas com ocorrência em matas ciliares da região, plantar o maior número possível de espécies para gerar alta diversidade, utilizar combinações de espécies pioneiras de rápido crescimento junto com espécies não pioneiras (secundárias tardias e climáticas), plantar espécies atrativas à fauna, respeitar a tolerância das espécies à umidade do solo, isto é, plantar espécies adaptadas a cada condição de umidade do solo como por exemplo o buriti (Mauritia vinifera) podendo ser observado na figura 03. Florestas com maior diversidade apresentam maior capacidade de recuperação de possíveis distúrbios, melhor ciclagem de nutrientes, maior atratividade à fauna, maior proteção ao solo de processos erosivos e maior resistência à pragas e doenças.

28 28 Figura 03: Buriti (Mauritia vinifera). Fonte: Cleide Kuffel (2009) A combinação de espécies de diferentes grupos ecológicos ou categorias sucessionais é extremamente importante nos projetos de recuperação. As florestas são formadas através do processo denominado de sucessão secundária, onde grupos de espécies adaptadas a condições de maior luminosidade colonizam as áreas abertas, e crescem rapidamente, fornecendo o sombreamento necessário para o estabelecimento de espécies mais tardias na sucessão. Deve-se observar, portanto, que as diferenças entre os ambientes nas nascentes, margens de córregos, rios e lagos são determinantes na definição da fisionomia e composição florística da vegetação e que este conhecimento é fundamental no planejamento de estratégias de recomposição das matas ciliares. A falta de entendimento desses conceitos e de conhecimento dos fatores ambientais que são condicionantes para ocorrência das matas ciliares, tem provocado o insucesso de inúmeros trabalhos de recomposição de matas ciliares.

29 29 Figura 04: Implantação de diferentes espécies nativas Fonte: Cleide Kuffel (2009) Diante desta situação é que se utiliza a implantação de espécies diferentes e nativas como o pinho cuiabano, pata de vaca, seringueira entre outras podendo ser visualizado na Figura 04. Para que a mata ciliar possa cumprir um dos seus importantes papéis como corredor de fauna e de fluxo gênico das espécies vegetais é necessário que a mesma realmente esteja integrada com fragmentos florestais remanescentes e forneça uma ligação entre os fragmentos de maior ou menor porte. Conforme mencionado por Rodrigues e Leitão Filho (2000), a maior concentração de sementes no banco nas áreas sujeitas à inundação após as enchentes é formada predominantemente por espécies de dispersão hidrocórica, que podem estar sendo trazidas de longas distâncias. Portanto, a existência de remanescentes de florestas na sub-bacia hidrográfica, principalmente nas regiões de cabeceiras é essencial para o sucesso do processo de colonização através da regeneração natural. Este fato deve ser considerado no planejamento da recomposição da vegetação ciliar em uma sub-bacia, podendo ser indicativo das áreas prioritárias para recuperação de maneira a contribuir mais efetivamente para o sucesso. A regeneração natural neste caso, não seria recomendada se de forma isolada, pois esta tende a ser a forma de restauração de mais baixo custo, entretanto, é um processo lento. Se o objetivo é formar uma floresta em área ciliar,

30 30 principalmente em nascente, num tempo relativamente curto, visando à proteção do solo e do curso d'água, determina-se utilizar as técnicas que acelerem a sucessão. Também seria necessário que as autoridades responsáveis pela conservação ambiental adotem uma postura rígida no sentido de preservarem as florestas ciliares que ainda restam, e que os produtores rurais e a população em geral sejam conscientizados sobre a importância da conservação desta vegetação, é também fundamental a intensificação de ações na área da educação ambiental, visando conscientizar tanto as crianças quanto os adultos sobre os benefícios da conservação das áreas ciliares. Portanto, segundo Davide et al (2000) o que se questiona atualmente é se o ônus da preservação e recomposição desses ecossistemas deve ser unicamente do proprietário das terras, visto que seus efeitos benéficos não são apenas locais, mas sim regionais, chegando a milhares de pessoas que vivem nas áreas de influência de uma bacia hidrográfica ou até mesmo distante dela, considerando-se a geração de energia hidrelétrica.

31 31 CONSIDERAÇÕES FINAIS Através da pesquisa e diagnóstico das causas dos processos erosivos do solo e assoreamento da nascente, concluiu-se que o plantio de espécies nativas e isolamento da área com cerca foram às formas mais adequadas para a recuperação reduzindo a erosão do solo e assoreamento ao entorno da nascente. Este trabalho serviu de unidade demonstrativa de recuperação da mata ciliar das nascentes e ao longo dos rios em propriedades rurais do Distrito de Colorado do Norte, contribuindo para que outros produtores adotem tais métodos e tenham áreas de APPs preservadas. De acordo com as informações obtidas no decorrer do trabalho foi possível conhecer as formas de recuperação da mata ciliar utilizada bem como a produção de mudas de espécies nativas e também apresentar formas de melhorias no sentido de propor sistemas de reflorestamento com redução de custo e eficácia nos resultados. O trabalho proporcionou desta maneira, a continuidade do aproveitamento das águas para as mais variadas atividades humanas, principalmente de produção sustentável na propriedade, manutenção da biodiversidade genética e acima de tudo, ações concretas em favor da vida, da presente e futuras gerações. E para que haja uma maior eficácia e viabilidade do sistema de recuperação, é imprescindível a manutenção e preservação dos métodos adotados.

32 32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVARENGA, A. P. Avaliação inicial da recuperação de mata ciliar em nascentes f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal), Universidade Federal de Lavras, Lavras, BARBOSA, L. M. Implantação de mata ciliar. In: SIMPÓSIO MATA CILIAR, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, 1999, Belo Horizonte. Anais... Lavras: UFLA/FAEPE/CEMIG, p BOTELHO S. A., DAVIDE A. C. Métodos silviculturais para recuperação de nascentes e recomposição de matas ciliares UFLA/FAEPE, Lavras. 81p. (Textos acadêmicos) BOTELHO, S. A.; FARIA, J. M. R.; FURTINI NETO, A. E.; RESENDE, A. V. Implantação de florestas de proteção. UFLA/FAEPE, Lavras. 81p. (Textos acadêmicos) CASTRO, P.S. Bacias de cabeceira: Verdadeiras Caixas d` agua da natureza. Ação Ambiental, Viçosa, v. 1, n. 3, p. 9-11, dez./jan CASTRO, P.S.; GOMES, M.A. Técnicas de conservação de nascentes. Ação Ambiental, Viçosa, v. 4, n. 20, p , out./nov DAVIDE, A C.; FERREIRA, R. A.; FARIA, J. M. R.; BOTELHO, S. A. Restauração de matas ciliares. Informe Agropecuário, v. 21, n. 207, p , FERREIRA, D. A. C. E DIAS, H. C. T. D., Situação atual da Mata Ciliar do Ribeirão São Bartolomeu em Viçosa, MG. Revista Árvore, Viçosa-MG, v.28, n.4, p , FERREIRA, R. A. Estudo da semeadura direta visando à implantação de matas ciliares p. Tese (Doutorado em Agronomia/Fitotecnia) Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG.

33 33 GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. In: Revista de Administração de Empresas. São Paulo: v.35, n.2, p , abril MARTINS, S. V. Recuperação de Matas Ciliares. Viçosa, MG: Aprenda Fácil, p. OLIVEIRA FILHO, A.T. Estudos ecológicos da vegetação como subsídios para programas de revegetação com espécies viradas: uma proposta metodológica. Lavras - MG. Cerne, Lavras, v.1, n. 1, p , OLIVEIRA, R. et al. Preservação e Recuperação das Nascentes / Calheiros, Piracicaba: Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios PCJ - CTRN, XII40p. : il.; 21cm. RODRIGUES, R. R.; NAVE, A. G. Heterogeneidade das formações florestais ciliares. In: Rodrigues, R. R.; Leitão Filho, H. F. ed. Matas ciliares: conservação e recuperação. Edusp, São Paulo. 320 p (p ). RODRIGUES, R. R.; SHEPERD G. J. Fatores condicionantes da vegetação ciliar. In: Rodrigues, R. R.; Leitão Filho, H. F. ed. Matas ciliares: conservação e recuperação. Edusp, São Paulo. 320 p (p ).

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