H eringeriana FLORA MELITÓFILA PRÓXIMA AO CULTIVO DE ACEROLEIRAS NO DISTRITO DE IRRIGAÇÃO DOS TABULEIROS LITORÂNEOS (DITALPI), PARNAÍBA PI
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1 FLORA MELITÓFILA PRÓXIMA AO CULTIVO DE ACEROLEIRAS NO DISTRITO DE IRRIGAÇÃO DOS TABULEIROS LITORÂNEOS (DITALPI), PARNAÍBA PI ISSN Versão impressa ISSN X Versão on line H eringeriana Roseli de Araujo Brito¹, Laura Araujo de Brito¹ & Maura Rejane Araújo Mendes² RESUMO A polinização é um processo significativo para a propagação dos vegetais. O objetivo deste trabalho foi conhecer as espécies de plantas visitadas por abelhas próximas ao cultivo de acerola (Malpighia emarginata DC.) no Distrito de Irrigação dos Tabuleiros Litorâneos do Piauí no município de Parnaíba PI, bem como registrar o tipo de recurso disponível as abelhas. As visitas ao campo foram quinzenais, início da manhã e final da tarde, percorrendo as áreas através de caminhadas assistemáticas. Foram identificadas 35 espécies de plantas visitadas por abelhas, distribuídas em 20 famílias. As mais representativas foram Fabaceae (oito espécies) e Poaceae (três). Os recursos florais coletados foram pólen (54,3%), néctar (31,4%), pólen/néctar (11,4%), e óleos (2,9%). Assim, conhecer a flora melitófila do entorno das aceroleiras, proporcionará meios para tomada de decisões e futura recuperação das áreas degradadas na região do DITALPI. Neste caso, espécies como Luetzelburgia auriculata e Pityrocarpa moniliformis poderiam ser testadas. Palavras-chave: Abelhas; Polinização; Recursos florais. ABSTRACT (Melitophil flora next to barbados cherry cultivation in the littoral table irrigation district (ditalpi), Parnaíba PI) - Pollination is an essential process for plant life perpetuation. The aim of this work was to recognize the plant species visited by bees near a Barbados cherry cultivation (Malphigia emarginata DC.) in Littoral Table Irrigation District, municipality of Parnaíba, Piauí state, and to evaluate the floral resource type to the bees. Biweekly visits were made, beginning in the early morning and finishing in late afternoon, crossing the areas through unsystematic walks. 35 plant species visited by bees was identified, distributed in 20 families. The most representative were Fabaceae (eight species) and Poaceae (three species). Floral resources registered were pollen (54%), nectar (29%), pollen/nectar (11%), resins (3%) and oils (3%). In this way, knowing the melitophilous flora surrounding the Barbados cherry cultivation will provide means for decisionmaking and to future recovering of degraded areas in DITALPI region, tested some species as Luetzelburgia auriculata and Pityrocarpa moniliformis. Key words: Bees; Pollination; Floral resources. ¹ Graduada em Agronomia pela Universidade Estadual do Piauí-UESPI, Campus Professor Alexandre 11(1): Alves de Oliveira, Parnaíba-PI ² Professora do curso de Biologia da Universidade Estadual do Piauí-UESPI, Campus Professor Alexandre Alves de Oliveira, Parnaíba-PI 28
2 INTRODUÇÃO O conhecimento a respeito dos diferentes polinizadores e de suas afinidades com os vegetais é essencial, devido à polinização ser um método significativo para manter a permanência da biodiversidade (Rodarte et al., 2008). As abelhas surgiram em nosso planeta a milhares de anos, antes mesmo do surgimento do homem e evoluíram junto às plantas e os outros insetos (Silva et al., 2014). De acordo com a FAO (2004), aproximadamente 73% das plantas cultivadas são dependentes principalmente das abelhas para que ocorra sua reprodução. As espécies vegetais polinizadas por abelhas são definidas por Faegri & Van der Pijl (1979) como melitófilas. Tais plantas podem compartilhar características morfológicas como simetria e cor, ou características fisiológicas como horário da antese e odor específico (Rodarte et al., 2008) e oferecem diversas recompensas as abelhas, como néctar, pólen, resina, óleos florais, própolis, etc, sendo, portanto, potencialmente econômicas. Segundo Carvalho (2010), a polinização representa nos dias atuais um fator de produção de grande importância para a condução de diversos cultivos agrícolas ao redor do mundo. A região do Distrito de Irrigação dos Tabuleiros Litorâneos do Piauí (DITALPI) abrange cerca de hectares incluindo a área inicial implantada no final da década de 80 e a segunda etapa do projeto que está atualmente em andamento. De acordo com a legislação, 20% deveriam ser destinadas a Reserva Legal. Infelizmente isso não corresponde a realidade local, uma vez que essas áreas nem sempre são destinadas corretamente ou mantidas de forma adequada para cumprirem seu papel na preservação do meio ambiente. No DITALPI são cultivadas diversas plantas frutíferas como Anacardium occidentale L. (caju), Cocos nucifera L. (coco), Citrullus vulgaris Schrad. ex Eckl. & Zeyh (melancia), Carica papaia L. (mamão), Vitis sp. (uva) e Malpighia emarginata DC. (acerola), sendo a última uma das principais culturas orgânicas. A aceroleira trata-se de uma planta arbustiva pertencente à família Malpighiaceae, que apresenta floração várias vezes ao ano, e como qualquer outra planta cultivada precisa ser polinizada para garantir sua produção. Segundo Souza et al. (2007), as maiores responsáveis pela polinização da cultura da acerola são as abelhas. Dessa forma, acredita-se neste trabalho que para o maior sucesso da polinização é essencial a existência de uma flora no entorno das plantações, uma vez que esta garantiria abrigo e atrativos, como pólen e néctar, durante o período em que as aceroleiras não apresentam floração, evitando que as abelhas necessitem migrar para outras regiões atrás de alimento, e consequentemente reduzir as visitas nas aceroleiras. De acordo com Silva et al. (2014), a expansão geográfica causada pelo crescimento populacional está provocando ao meio ambiente grande impacto de modo acelerado principalmente nos países dos trópicos. Dessa forma, para os mesmos autores, parte da biodiversidade está em processo de desaparecimento de maneira irreversível devido 29 Heringeriana 11(1):
3 a extinção gerada pela destruição de hábitats naturais. Diante desse cenário, o objetivo deste trabalho foi conhecer as espécies de plantas visitadas por abelhas próximas ao cultivo de acerola (Malpighia emarginata DC.) no DITALPI, no município de Parnaíba PI, bem como registrar o tipo de recurso disponível as abelhas. Partindo desta premissa, acredita-se que o conhecimento dessas plantas e do recurso mais forrageado, pode subsidiar projetos futuros que visem a tomada de decisões de preservação do ambiente. MATERIAL E MÉTODOS Área de Estudo - O presente estudo foi realizado especialmente em uma área de reserva legal nas proximidades de um lote de seis hectares que cultiva essencialmente acerolas (Malpighia emarginata DC.) no Distrito de Irrigação dos Tabuleiros Litorâneos do Piauí, localizado no município de Parnaíba. Entretanto, outras áreas próximas ainda presentes no DITALPI também foram percorridas. O município fica no extremo norte do Estado entre as coordenadas geográficas 2 55 de latitude Sul e de longitude Oeste e com altitude de 40 metros (Figueredo Júnior et al., 2013). Segundo Sampaio et al. (2008), o solo é classificado como Neossolo Quartzarênico Órtico Típico, textura arenosa. O clima local, de acordo com a classificação de Köppen, é do tipo AW (tropical chuvoso), com chuvas entre janeiro a março, precipitação média em torno de mm, com temperatura média anual de 27ºC (DNOCS, 2005). A vegetação está caracterizada como transição entre Cerrado e Caatinga (Sampaio et al., 2008). Metodologia - Para o levantamento da flora melitófila foram feitas visitas quinzenais ao DITALPI, ou seja, duas visitas ao mês, onde uma era realizada no período da manhã (a partir de seis horas) e a outra no período da tarde (a partir de 15 horas). As coletas foram realizadas durante um ano (agosto/2013 a julho/2014), percorrendo as áreas através de caminhadas assistemáticas, de forma a estabelecer linhas transeccionais e cobrir a melhor representação dos distintos ambientes existentes. Em todas as visitas foram observadas plantas com flores visitadas por abelhas. As flores eram verificadas com bastante atenção, fotografadas, coletadas e georreferenciadas. Os parâmetros observados foram: hábito de crescimento da planta (erva, subarbusto, arbusto, árvores e lianas), cor de flor, e tipo de recurso disponível as abelhas (pólen, néctar, óleo ou resinas). Neste caso, o método empregado foi a observação do comportamento da abelha na flor. Para cada espécie foram coletados de oito a dez ramos floríferos, processados de acordo com técnicas usuais adotadas por Mori et al. (1989). Em seguida, os espécimes foram levados ao laboratório de biologia da Universidade Estadual do Piauí, campus Alexandre Alves de Oliveira onde foram feitas as primeiras identificações considerada preliminares com consultas à literatura especializada disponível e em seguida com visitas a herbários da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Todas as exsicatas e duplicadas Heringeriana 11(1):
4 encontram-se na UESPI de Parnaíba no campus Alexandre Alves de Oliveira. As espécies foram classificadas em nível de família de acordo com o sistema do Angiosperm Phylogeny Group III (APG III, 2009). Os nomes científicos atribuídos às espécies foram conferidos e corrigidos de acordo com o banco de dados virtual do MOBOT disponibilizado em e também no site da Flora do Brasil (floradobrasil.jbrj.gov.br), evitando assim possíveis erros de grafia. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram observadas 35 espécies de plantas visitadas por abelhas, distribuídas em 20 famílias (Tabela 1). As mais representativas foram Fabaceae (oito espécies), Poaceae (três), seguidas por Euphobiaceae, Malpighiaceae, Malvaceae, Portulacaceae e Rubiaceae (duas espécies, cada) (Figura 1). A família Fabaceae obteve destaque em outros levantamentos da flora melífera no Piauí, a exemplo do registrado por Lorenzon et al. (2003), em área de Caatinga na Serra da Capivara, no sul do Estado. Silva et al. (2014), estudaram a flora apícola em outras duas áreas (Jaicós e Massapê) produtoras de mel, registrando a família entre as mais representativas. Enquanto Lopes et al., (2016), no município de Floriano, em área de Cerrado, destacam a mesma família entre as mais encontradas. O padrão se repete para outras áreas do Piauí e estados do Nordeste (Carvalho & Marchini, 1999; Aguiar, 2003; Aguiar, et al., 2003; Costa, 2004; Santos et al., 2006; Viana et al., 2006; Oliveira e Mendes, 2006; Chaves et al., 2007; Milet-Pinheiro & Schlindwein, 2008; Rodarte et al., 2008; Vidal et al., 2008; Trovão et al., 2009; Pereira & Locatelli, 2011; Aleixo et al., 2014; Nascimento et al., 2014). A família Poaceae foi a segunda a receber o maior número de visitas de abelhas, não é muito comum esse registro em outros estudos realizados no Nordeste, principalmente porque as flores além de pequenas são pouco vistosas. No DITALPI provavelmente a disponibilidade das chuvas, em poucos meses do ano tenha contribuído, com períodos com menos espécies floradas, tornando a família uma alternativa para as abelhas coletarem pólen. Além disso, o cultivo de acerola é irrigado, favorecendo o estabelecimento de algumas espécies espontâneas próximas as aceroleiras. Nestes locais a presença de gramíneas é comum. Os horários de visitas das abelhas foram observados principalmente no período da manhã, especialmente das seis às dez horas, provavelmente pelas temperaturas mais amenas nesse período do dia, além do maior índice de antese floral. Com relação ao período do ano, o maior número de observação de flores visitadas ocorreu entre os meses de fevereiro e julho. Ao passo que, nos meses de setembro a dezembro as chuvas na região são escassas, o tempo mais seco provocou uma diminuição da diversidade de plantas e com isso também diminuiu o número de visitantes. Trovão et al. (2009), verificaram em seu estudo realizado na Serra de Caturité e áreas próximas, localizada no município de Caturité no estado da Paraíba a maior frequência das abelhas nas atividades em busca de recursos 31 Heringeriana 11(1):
5 florais no horário entre as 8:00 e 12:00 da manhã, na qual eles também associam que as visitas nesses horários ocorrem pelo fato do aumento da temperatura após o meio dia. Tabela 1. Lista das espécies de plantas visitadas por abelhas nas áreas de reserva legal do Distrito de Irrigação dos Tabuleiros Litorâneos do Piauí (DITALPI). Família/espécie Nome vernacular Hábito de Recurso crescimento disponível APOCYNACEAE Cryptostegia grandiflora R.Br. Cipó de leite Cipó Néctar AMARANTHACEAE Amaranthus cf. spinosus L. - Erva Pólen BIGNONIACEAE Indeterminada 1 Cipó Néctar Indeterminada 2 - Cipó Pólen/Néctar BORAGINACEAE Cordia rufescens A.DC. Grão- de- galo Arbusto Pólen/Néctar COMBRETACEAE Combretum mellifluum Eichler Mufumbo Arbusto Néctar COMMELINACEAE Commelina erecta L. Olho de Nossa Senhora Pólen EUPHORBIACEAE Manihot tristis Müll.Arg. Pinhão Arbusto Pólen Croton hirtus L Hér. - Erva Pólen FABACEAE Canavalia brasiliensis Mart. ex Benth. - Cipó Pólen Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Leucena Arbusto Pólen Luetzelburgia auriculata (Alemão) Pau-mocó Erva Árvore Ducke Pólen Mimosa caesalpiniifolia Benth. Sabiá Árvore Pólen Mimosa hostilis (Mart.) Benth Jurema Árvore Pólen Pityrocarpa moniliformis (Benth.) Catanduva Árvore Luckow & R.W.Jobson Pólen Poincianella gardneriana (Benth.) Catingueira Arbusto L.P.Queiroz Néctar Senna obtusifolia (L.) H.S.Irwin & Mata pasto Subarbusto Barneby Pólen LAMIACEAE Hyptis suaveolens (L.) Poit. Bamburral Erva Néctar LORANTHACEAE Passovia ovata (DC.) Kuijt Erva- de- passarinho Erva Pólen MALPIGHIACEAE Byrsonima intermedia A. Juss. Murici Arbusto Óleo Tetrapterys latibracteolata Nied. - Cipó Pólen/Néctar MALVACEAE Sida sp. - Erva Néctar Indeterminada 1 - Erva Néctar NYCTAGINACEAE Boerhavia diffusa L. Pega-pinto Erva Néctar PASSIFLORACEAE Passiflora foetida L. Maracujá do mato Cipó Néctar Heringeriana 11(1):
6 Família/espécie POACEAE Urochloa decumbens (Stapf) R.D.Webster Nome vernacular Capim-braquiária Hábito crescimento Erva de Recurso disponível Pólen Urochloa sp. - Erva Pólen Panicum sp. - Erva Pólen PORTULACACEAE Portulaca oleracea L. - Erva Pólen Portulaca sp. - Erva Pólen RUBIACEAE Borreria densiflora DC. - Erva Pólen Richardia grandiflora (Cham. & - Erva Schtltdl.) Steud. SOLANACEAE Solanum crinitum Lam. - Arbusto Pólen TRIGONIACEAE Trigonia nivea Cambess. - Cipó Néctar TURNERACEAE Turnera ulmifolia L. Chanana Erva Néctar Pólen/Néctar Rodarte et al. (2008), observaram na vegetação de dunas na caatinga no estado da Bahia, produziu maior quantidade flores visitadas por abelhas na estação chuvosa. Santos et al. (2009), observaram que na caatinga a maior disponibilidade de floradas para as abelhas visitantes foi no período chuvoso, com grande intensidade das herbáceas, semelhante ao encontrado no DITALPI. A frequência de visitas por abelhas foi predominante nas plantas de estrato herbáceo (46%) e arbustivo (20%), com variações de espécies, bem como de oferta de recursos para as abelhas ao longo do ano. Em outra área do Piauí, Lopes et al, (2016), também observaram que, entre as espécies vegetais visitadas por abelha, a maioria pertencia ao estrato herbáceo, seguidos por subarbustivo, arbustivo, trepadeira e arbóreo Figura1. Famílias visitadas por abelhas no Distrito de Irrigação dos Tabuleiros Litorâneos do Piauí. 33 Heringeriana 11(1):
7 A predominância de plantas herbáceas foi também observada em outros estudos realizados no Nordeste (Lorenzon et al., 2003; Santos et al., 2006; Milet-Pinheiro & Schlindwein, 2008; Nascimento et al., 2014; Vidal et al., 2008; Pereira & Locatelli, 2011). Enquanto, Viana et al. (2006), encontraram as espécies arbustivas, seguidas pelas subarbustivas sendo as mais visitadas pelas abelhas em relação às herbáceas no estado da Bahia, resultado diferente ao encontrado nesse trabalho. Os recursos florais coletados pelas as abelhas foram pólen (54,3%), néctar (31,4%), pólen/néctar (11,4%), e óleos (2,9%). A coleta de néctar seguido de pólen também foi observada por Costa (2004) em uma área de Cerrado Rupestre, Castelo do Piauí, Piauí. Pereira & Locatelli (2011), em um levantamento da flora melífera de interesse apícola na comunidade de Piabuçu, Rio Tinto, Paraíba observaram que dos tipos de recursos forrageados teve destaque a coleta de néctar (53%), pólen (16%) e néctar/pólen (31%). Viana et al. (2006), verificaram o mesmo padrão para a flora apícola de uma área restrita de dunas litorâneas, Abaeté, Salvador, Bahia. As plantas visitadas apresentavam flores das mais variadas cores (brancas, amarelas, roxas, rosas e azuis) e quase sempre com odor agradável (Figura 2). Onde, as flores de cores amarelas (40,0%) e brancas (26%) tiveram maior destaque. Rodarte et al. (2008), ressaltaram em seus estudos sobre a flora melitófila de uma área de dunas com vegetação de caatinga no estado da Bahia que as cores em destaque da corola foram alvas (40%), amarelas (30%), resultado semelhante ao encontrado nesse trabalho. Já no trabalho de Viana et al. (2006), sobre a flora apícola de uma área restrita de dunas litorâneas, Abaeté, Salvador, Bahia, as cores observadas foram lilás (32%), creme (31%), branca (17%), amarela (15%), rosa (3%) e alaranjada (2%), não apresentando semelhança com o presente trabalho. A B Figura 2. Espécies da flora do Distrito de Irrigação dos Tabuleiros Litorâneos sendo visitadas por abelhas no município de Parnaíba, Piauí: A. Manihot tristis; B. Canavalia brasiliensis; Heringeriana 11(1):
8 C D E F Figura 2. Espécies da flora do Distrito de Irrigação dos Tabuleiros Litorâneos sendo visitadas por abelhas no município de Parnaíba, Piauí: C. Croton hirtus; D. Pityrocarpa moniliformis; E. Tetrapterys latibracteolata; F. Richardia grandiflora. CONCLUSÃO A família Fabaceae apresentou maior riqueza de espécies visitadas por abelhas. Flores amarelas e brancas tiveram destaque nas visitas. Observou-se ainda que o principal recurso forrageado foi o pólen, seguido pelo néctar. Os resultados indicam que mesmo com alto grau de impacto causado pela atividade agrícola, várias espécies no DITALPI oferecem recursos para abelhas. Assim, conhecer a flora melitófila do entorno do cultivo das aceroleiras, proporcionará meios para tomada de decisões futuras, como projetos para a recuperação das áreas degradadas na região do DITALPI. Neste caso, espécies como Luetzelburgia auriculata e Pityrocarpa moniliformis poderiam ser testadas. AGRADECIMENTOS Aos produtores do DITALPI pelo consentimento para a realização desse trabalho em suas propriedades. Ao PIBIC-UESPI pela concessão da bolsa e a oportunidade de desenvolver a pesquisa científica. Ao Neidson pelo acompanhamento nas viagens de campo. Aos especialistas nas identificações das plantas. 35 Heringeriana 11(1):
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