PROPRIEDADES FÍSICAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PROPRIEDADES FÍSICAS"

Transcrição

1 O SOL

2 PROPRIEDADES FÍSICAS Definição: uma bola brilhante de gás mantida por sua própria gravidade e cuja energia é produzida por fusão nuclear no seu centro. O Sol é uma estrela típica, cai dentro do intervalo de estrelas consideradas as mais comuns no universo

3 Massa = kg (332 massa da Terra) Raio Equatorial = km (109 x raio da Terra) Densidade média = 1410 kg/m 3 (25% da densidade da Terra) Gravidade superficial = 274 m/s 2 (28 g da Terra) Período de rotação = 25.1 dias solares (equador) 30.8 dias solares (latitude 60º) 36 dias solares (pólos) Inclinação do eixo de rotação = 7.25º (em relação a eclíptica) Temperatura na superfície = 5870 K Luminosidade = W

4 COMO MEDIR O RAIO DO SOL Relação geométrica simples diâmetro angular 360º diâmetro 2 π π distância Diâmetro angular Diâmetro desconhecido diâmetro = Distância conhecida 2 π distância diâmetro angular 360 o

5 COMO MEDIR A MASSA DO SOL Dados: r = distância Sol+Terra v = velocidade orbital da Terra Lei de Newton para uma órbita esférica: F G = GmM 2 r G = constante da gravitação = Nm 2 /kg 2 Força centrífuga: c F = m a a= aceleração da Terra (massa m) Fc = m v r 2 M r m Sabemos que: aceleração =velocidade/tempo velocidade = distância/tempo a=v 2 /r Igualando a força gravitacional com a centrífuga: 2 mv r = GmM 2 r M = r G 2 v

6 COMO MEDIR A ROTAÇÃO DO SOL Através do movimento das manchas solares Diferentes velocidade de rotação em posições diferentes indicam que o Sol não é um corpo sólido. O mesmo acontece com os planetas gasosos. Chama-se ROTAÇÃO DIFERENCIAL.

7 COMO MEDIR A TEMPERATURA SUPERFICIAL DO SOL CURVA DE PLANCK OU DE CORPO NEGRO intensidade LEIS DA RADIAÇÃO: LEI DE VIEW OU nm T( 10 K ) = λ ( nm) max λ LEI DE STEFAN-BOLTZMANN F = σt 4

8 COMO MEDIR A LUMINOSIDADE DO SOL LUMINOSIDADE É A TAXA DE ENERGIA EMITIDA PELO SOL (ENERGIA POR SEGUNDO) 1) Conhecendo a curva de corpo negro do Sol podemos somar todas as intensidades em cada comprimento de onda, obtendo assim a energia total que o Sol transmite à Terra por unidade de área e tempo. E 2 T =constante solar = 1400 W/m 2) Conhecendo a distância Sol-Terra d=1ua, podemos imaginar uma esfera de raio d do Sol até a Terra e calcular a área superficial desta esfera. área da sup erfície = 4 π ( 1UA ) 2 intensidade λ 3) Multiplicando E T área, obtemos a energia total por segundo = LUMINOSIDADE DO SOL = W

9 ESTRUTURA DO SOL Núcleo ou core : Tem uma temperatura de cerca de K e densidade de kg/m 3 (dens. daterra = 5500 kg/m 3 ) é onde a energia é gerada Mecanismo de geração de energia é por FUSÃO NUCLEAR

10 FUSÃO NUCLEAR Fusão nuclear é quando dois núcleos de um dado elemento se unem para formar um outro elemento núcleo 1 + núcleo 2 núcleo 3 + energia No centro do Sol ocorra o que chamamos de CADEIA P-P, a transformação de H em Hélio

11 1ª fase: 2 prótons 1 H colidem violentamente gerando um núcleo de deutério 2 H e outras partículas mais leves 1 H + 1 H 2 H + pósitron + neutrino

12 2ª fase: 1 deutério 2 H colide com 1 próton gerando um núcleo de um isótopo do Hélio 3 He (formado por 2 p e 1 n) e energia sob forma de fótons γ 2 H + 1 H 3 He + energia (raios ou fótons γ)

13 3ª fase: 2 isótopos do hélio 3 He colidem gerando um núcleo de Hélio 4 He (formado por 2 p e 2 n), 2 prótons e energia sob forma de fótons γ 3 He + 3 He 4 He + 1 H + 1 H + energia

14 Se formos resumir todo o processo, a transformação de Hidrogênio em Hélio fica: 4 ( 1 H) 4 He + raios γ + 2 neutrinos A medida que os raios γ gerados no núcleo passam pelas outras camadas, eles vão interagindo com os outros átomos sendo absorvidos e re-emitidos em comprimentos de onda cada vez maiores que refletem a temperatura do gás em cada camada.

15 ESTRUTURA DO SOL Zona de radiação : Tem uma temperatura de cerca de K e densidade de kg/m 3 Energia é transportada por radiação eletromagnética. A temperaturas mais baixas, os elétrons voltam a se ligar com os núcleos atômicos, possibilitando a re-emissão dos fótons absorvidos pelos átomos. Todos os fótons γ gerados no núcleo foram absorvidos.

16 ESTRUTURA DO SOL Zona de convecção : Tem uma temperatura de cerca de K e densidade de 150 kg/m 3 Energia é transportada por convecção. Gás solar mais quente se move fisicamente para cima na direção da superfície e o gás mais frio para baixo, criando um padrão chamado de células convectivas.

17 Células convectivas Células de convecção vão desde a 1000 km de extensão.

18 ESTRUTURA DO SOL Fotosfera : Camada fina de somente 500 km de extensão Tem uma temperatura de cerca de 5800 K e densidade de kg/m 3 A baixa densidade do gás faz com que a convecção deixe de ser o principal transporte de energia, retornando novamente ao transporte por radiação.

19 FOTOSFERA A radiação vinda das camadas interiores escapa livremente para fora do Sol, a não ser quando os fótons tem a energia certa para excitar os átomos da fotosfera, sendo assim absorvidos e re-emitidos. Linhas de absorção vindas da fotosfera nos informa sobre a composição química do Sol

20 FOTOSFERA Linhas de Fraunhofer F H 4861 linha elemento λ(å) d Fe 4668 A-banda O e Fe 4384 B-banda O f H 4340 C H 6563 G Fe-Ca 4308 D-1,2 Na g Ca 4227 E Fe 5270 h H 4102 b-1,2 Mg H Ca 3968 c Fe 4958 K Ca 3934

21 FOTOSFERA Na direção do centro vê-se as camadas mais profundas (mais brilhantes) Contorno mais escuro: vê-se somente as camadas mais fria (fotosfera)

22 FOTOSFERA A fotosfera contém manchas solares que são regiões escuras quando observadas no visível, que medem cerca de km (tamanho da Terra)

23 FOTOSFERA As manchas são mais frias do que a fotosfera, por isso parecem mais escuras. As manchas tem um tempo de vida limitado, podendo durar de 1 a 100 dias. As manchas se movem junto com a rotação do Sol, então medindo o deslocamento delas em cada latitude têm-se as velocidades de rotação do Sol.

24 CAUSA DAS MANCHAS SOLARES = CAMPO MAGNÉTICO Convenção: linhas de campo magnético: emergindo do interior = S submergindo na fotosfera = N Campos magnéticos intensos tendem a bloquear o fluxo convectivo de gás quente tornando as regiões das manchas mais frias Manchas sempre surgem aos pares e têm polaridades opostas. Sentidos trocados no hemisférios Norte e Sul.

25 Explicação: as linhas de campo magnético do Sol são distorcidas pela rotação diferencial Ocasionalmente as linhas de campo saltam da superfície e voltam novamente a atmosfera, criando um par de manchas. Se este laço é visto na borda do Sol contra o espaço, é chamado de PROEMINÊNCIA.

26 O CICLO SOLAR O Sol tem um ciclo de atividades da ordem de 11 anos: durante este período o número de manchas solares varia. Número de manchas solares que ocorreram nos 4 últimos séculos. Mínimo de Maunder = ausência de manchas solares no século XVII (1645 até 1715).

27 FOTOSFERA O aspecto granulado constitui o começo da fotosfera, logo acima da zona de convecção = células de conveção Células convectivas podem trazer ao começo da fotosfera gás de T= 2 milhões de K

28 Imagem negativa: regiões mais escuras = mais alta temperatura observado no UV Estes jatos de gás que se movimentam através das linhas de campo magnético vêm das camadas inferiores da fotosfera (zona convectiva) e podem atingir temperaturas de 2 milhões de K (regiões mais escuras).

29 ESTRUTURA DO SOL Cromosfera : Camada de 1500 km de extensão acima da Fotosfera Tem uma temperatura de cerca de 4500 K e densidade de kg/m 3 Emite pouca radiação por causa da baixíssima densidade

30 CROMOSFERA Pode ser vista somente durante um eclipse solar total, em que a Lua oculta a fotosfera. Apresenta cor avermelhada devido a linha Hα (6563 Å) dominar o espectro.

31 CROMOSFERA Contém regiões chamadas de ESPÍCULOS, que são jatos de gás quente com tempo de vida de alguns minutos somente. Chegam a altura de 7000 km de altura e velocidade de 100 km/s.

32 ESTRUTURA DO SOL Zona de transição e Coroa : A partir da zona de transição (ZT) há um rápido aumento de temperatura: ZT: T= 8000 K densidade = kg/m 3 Coroa: T=10 6 K densidade = kg/m 3 A Coroa vai até uns km acima da ZT, e a distâncias maiores a Coroa se transforma no vento solar, que são partículas de gás ejetadas do Sol e que se espalham por todo o sistema solar.

33 Durante breves momentos de um eclipse total, a lua consegue ocultar a cromosfera também, sendo mais clara a visualização da Coroa solar.

34 Temperatura aumenta muito na ZT até alcançar 3 milhões de K na Coroa.

35 Uma proeminência pode ser gerada na fotosfera ou na cromosfera e atinge até a coroa. É um jato de gás quente produzido pela deformação do campo magnético pela rotação diferencial do Sol Uma proeminência típica mede km(10 a Terra), e as menores pode durar dias ou semanas e as maiores algumas horas.

36 Outra atividade solar é chamada de FLARE (ou erupção) É muita mais violento do que uma proeminência, é uma explosão que ocorre na superfície do Sol (cromosfera). O campo magnético não consegue aprisionar as partículas ejetadas como acontece nas proeminências. Flares podem atingir temperaturas de 100 milhões de K.

37 EJEÇÃO DE MASSA DA COROA (A BOLHA) Algumas vezes na semana uma bolha gigante magnetizada de gás ionizado se separa do Sol e escapa para o espaço interplanetário. Se a bolha encontrar a Terra causa um rompimento da magnetosfera terrestre, fazendo com que haja interrupções nas comunicações e energia.

38 ESTRUTURA DO SOL Vento solar : A distâncias maiores a Coroa se transforma no vento solar, que são partículas de gás ejetadas do Sol e que se espalham por todo o sistema solar. O vento carrega, a cada segundo, cerca de 1 milhão de ton de gás quente ( K) e eletricamente carregado. Velocidade do vento = km/s Densidade = 1-10 partículas/cm 3 Composição: Prótons ( 1 H), núcleo de Hélio( 2 He) e elétrons. 0.1% do vento é composto por íons de C,N,O,Ne,Mg,Si,Fe,etc

39 Vento solar Ventos vão até distâncias imensas 85 UA (Voyager 1) Partículas carregadas chocam-se com a magnetosfera da Terra, provocando um movimento de tais partículas na direção dos pólos. O choque com a atmosfera excita o gás atmosférico, que ao voltar ao estado fundamental emitem luz produzindo as auroras polares. A maior parte da luz é produzida pelo OI(6300Å) apresentando uma cor bem avermelhada.

PROPRIEDADES FÍSICAS

PROPRIEDADES FÍSICAS O SOL PROPRIEDADES FÍSICAS Definição: uma esfera brilhante de gás mantida por sua própria gravidade e cuja energia é produzida por fusão nuclear no seu centro. O Sol é uma estrela típica, cai dentro do

Leia mais

Nossa Estrela: O Sol. Adriana Válio Roque da Silva. Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie

Nossa Estrela: O Sol. Adriana Válio Roque da Silva. Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie Nossa Estrela: O Sol Adriana Válio Roque da Silva Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie O Sol Parâmetros físicos do sol Estrutura solar Evolução solar

Leia mais

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. O Sol. Rogério Riffel.

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. O Sol. Rogério Riffel. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica O Sol Rogério Riffel http://astro.if.ufrgs.br/esol/esol.htm Dados gerais Maior objeto do sistema solar Diâmetro (da fotosfera): 1 391 980 km (100 X diâmetro da Terra)

Leia mais

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 31 de Outubro de

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 31 de Outubro de Grupo de Astronomia e Laboratório de Investigações Ligadas ao Estudo do Universo Prof. Eslley Scatena Blumenau, 31 de Outubro de 2017. e.scatena@ufsc.br http://galileu.blumenau.ufsc.br O Sol Massa 1,989

Leia mais

Aula 6 O Sol: Estrutura e Geração de Energia. Alex C. Carciofi

Aula 6 O Sol: Estrutura e Geração de Energia. Alex C. Carciofi Aula 6 O Sol: Estrutura e Geração de Energia Alex C. Carciofi O Sol e sua família O Sol e outras estrelas Aulas 7 e 9... Sol visto em diversas faixas do espectro EM Ultravioleta 304 nm Ultravioleta 284

Leia mais

CIAA Divisão de Astrofísica (DAS INPE) José Roberto Cecatto.

CIAA Divisão de Astrofísica (DAS INPE) José Roberto Cecatto. CIAA - 2011 Divisão de Astrofísica (DAS INPE) José Roberto Cecatto Email: jrc@das.inpe.br Nascimento Visão humana Estrutura: Interior e fonte de energia, Atmosfera (Camadas) Campos magnéticos do Sol Regiões

Leia mais

Sol. Jorge Meléndez, baseado nas aulas do Prof. R. Boczko IAG-USP

Sol. Jorge Meléndez, baseado nas aulas do Prof. R. Boczko IAG-USP Sol 18 08 11 Jorge Meléndez, baseado nas aulas do Prof. R. Boczko IAG-USP O Sol é apenas uma entre ~ 300 mil milhões de estrelas Sol Tamanho do Sol comparado a outras estrelas Sol Cecilia Payne PhD, 1925

Leia mais

Sol. Prof. Jorge Meléndez AGA205

Sol. Prof. Jorge Meléndez AGA205 Sol 18 08 11 Prof. Jorge Meléndez AGA205 O Sol é apenas uma entre ~ 200 mil milhões de estrelas 10-4 10-2 1 10 2 10 4 10 6 Luminosidade (Sol = 1) SOL 30 000 20 000 10 000 5000 3000 2000 Temperatura (K)

Leia mais

Sol. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

Sol. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. Composição Fonte de energia Estrutura e Helio-sismologia Atividade: manchas e flares Ciclo solar Sol Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210 Baseado nas notas de aula

Leia mais

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF Evolução Estelar Introdução à Astronomia 2015.2 Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF http://www.univasf.edu.br/~ccinat.bonfim http://www.univasf.edu.br/~alessandro.moises

Leia mais

A fonte Solar de Energia da Terra

A fonte Solar de Energia da Terra A fonte Solar de Energia da Terra A energia solar é criada no núcleo do Sol quando os átomos de hidrogênio sofrem fusão nuclear para hélio. Em cada segundo deste processo nuclear, 700 milhões de toneladas

Leia mais

Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1. Flavio D Amico estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato

Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1. Flavio D Amico estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1 Flavio D Amico damico@das.inpe.br estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato A Constelação de Orion e as 3 Marias super Betelgeuse:

Leia mais

Energia Solar Térmica. Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014

Energia Solar Térmica. Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014 Energia Solar Térmica Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva Engenharia de Energia Universidade Federal da Grande Dourados Dourados MS 2014 O Sol Energia Solar Térmica - 2014 Prof. Ramón Eduardo Pereira Silva

Leia mais

Sol. Prof. Jorge Meléndez AGA205

Sol. Prof. Jorge Meléndez AGA205 Sol 18 08 11 Prof. Jorge Meléndez AGA205 Paula Coelho O Sol é apenas uma entre ~ 300 bilhões de estrelas na Galáxia 10-4 10-2 1 10 2 10 4 10 6 Luminosidade (Sol = 1) SOL 30 000 20 000 10 000 5000 3000

Leia mais

Distribuição da radiação* ESPECTRO

Distribuição da radiação* ESPECTRO ESPECTROSCOPIA intensidade INFORMAÇÃO Distribuição da radiação* ESPECTRO Através do espectro de um objeto astronômico pode-se conhecer informações sobre temperatura, pressão, densidade, composição química,

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2010 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA A 2.a PROVA 2012/1 - TURMA C - Profa. Maria de Fátima Saraiva

Leia mais

Sol. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

Sol. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. Composição Fonte de energia Estrutura e Helio-sismologia Atividade: manchas e flares Ciclo solar Sol Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210 Baseado nas notas de aula

Leia mais

Introdução à Astrofísica. Espectroscopia. Rogemar A. Riffel

Introdução à Astrofísica. Espectroscopia. Rogemar A. Riffel Introdução à Astrofísica Espectroscopia Rogemar A. Riffel Radiação de Corpo Negro Corpo negro: corpo que absorve toda a radiação que incide sobre ele, sem refletir nada; - Toda a radiação emitida pelo

Leia mais

Sol. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

Sol. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. Composição Fonte de energia Estrutura e Helio-sismologia Atividade: manchas e flares Ciclo solar Sol Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210 Baseado nas notas de aula

Leia mais

RADIAÇÃO INFORMAÇÃO DO COSMOS COMO SE EXTRAI A INFORMAÇÃO VINDA DA LUZ EMITIDA POR OBJETOS ASTRONOMICOS

RADIAÇÃO INFORMAÇÃO DO COSMOS COMO SE EXTRAI A INFORMAÇÃO VINDA DA LUZ EMITIDA POR OBJETOS ASTRONOMICOS RADIAÇÃO INFORMAÇÃO DO COSMOS COMO SE EXTRAI A INFORMAÇÃO VINDA DA LUZ EMITIDA POR OBJETOS ASTRONOMICOS INFORMAÇÕES QUE SE DISPÕE SOBRE O UNIVERSO: ANÁLISE DIRETA: meteoritos que caem na Terra, amostras

Leia mais

Energia certa significa: quando a energia do fóton corresponde à diferença nos níveis de energia entre as duas órbitas permitidas do átomo de H.

Energia certa significa: quando a energia do fóton corresponde à diferença nos níveis de energia entre as duas órbitas permitidas do átomo de H. ESPECTROSCOPIA II A relação da luz com as linhas espectrais O que acontece se átomos de H forem bombardeados por fótons? R. Existem três possibilidades: 1) a maioria dos fótons passa sem nenhuma interação

Leia mais

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da final nacional PROVA TEÓRICA 25 de maio de 2018 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. As primeiras 6 questões são de escolha

Leia mais

FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO

FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO Eder Cassola Molina Universidade de São Paulo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Departamento de Geofísica Elementos Químicos número atômico

Leia mais

Sol. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

Sol. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. AGA210 1º semestre/2018 Composição Fonte de energia Estrutura e Helio-sismologia Atividade: manchas e flares Ciclo solar Sol Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210

Leia mais

Evolução Estelar I. Prof. Jorge Meléndez Departamento de Astronomia, IAG/USP. AGA 0205 Elementos de Astronomia 2013-B

Evolução Estelar I. Prof. Jorge Meléndez Departamento de Astronomia, IAG/USP. AGA 0205 Elementos de Astronomia 2013-B Evolução Estelar I Prof. Jorge Meléndez Departamento de Astronomia, IAG/USP AGA 0205 Elementos de Astronomia 2013-B O que é uma estrela? É um corpo gasoso no interior do qual ocorrem reações de fusão nuclear

Leia mais

A ESTRELA SOL: Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Vera Jatenco Pereira

A ESTRELA SOL: Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Vera Jatenco Pereira A ESTRELA SOL: TÓPICO 4 PARTE I Vera Jatenco Pereira 4.1 Introdução 4.2 Características Gerais 4.3 A estrutura Interna do Sol 4.4 A Estrutura da Superfície do Sol: Fotosfera 4.4.1 Espectro de Absorção

Leia mais

12 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

12 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 12 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da Final Nacional PROVA TEÓRICA 5 de maio de 2017 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. Todas as respostas devem ser dadas

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica: FIS2001

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica: FIS2001 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia Fundamentos de Astronomia e Astrofísica: FIS2001 Prof. Rogério Riffel 1 Extinção Atmosférica A atmosfera é praticamente

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2001 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 2.a PROVA 2008/1 TURMA:A Prof.a Maria de Fátima O. Saraiva NOME:

Leia mais

Evidências de formação estelar recente nebulosas de emissão excitadas pela radiação de estrelas jovens e quentes

Evidências de formação estelar recente nebulosas de emissão excitadas pela radiação de estrelas jovens e quentes Evidências de formação estelar recente nebulosas de emissão excitadas pela radiação de estrelas jovens e quentes Formação de estrelas na nossa Galáxia ainda continua existindo Sítios de formação estelar

Leia mais

A espectroscopia e as estrelas

A espectroscopia e as estrelas Elementos de Astronomia A espectroscopia e as estrelas Rogemar A. Riffel Radiação de Corpo Negro Corpo negro: corpo que absorve toda a radiação que incide sobre ele, sem refletir nada; -Toda a radiação

Leia mais

QUÍMICA I. Teoria atômica Capítulo 6. Aula 2

QUÍMICA I. Teoria atômica Capítulo 6. Aula 2 QUÍMICA I Teoria atômica Capítulo 6 Aula 2 Natureza ondulatória da luz A teoria atômica moderna surgiu a partir de estudos sobre a interação da radiação com a matéria. A radiação eletromagnética se movimenta

Leia mais

A) Principais Movimentos da Terra Nosso planeta apresenta uma série de movimentos dos quais elencamos os mais importantes.

A) Principais Movimentos da Terra Nosso planeta apresenta uma série de movimentos dos quais elencamos os mais importantes. Ecoastronomia Eixo Principal A) Principais Movimentos da Terra Nosso planeta apresenta uma série de movimentos dos quais elencamos os mais importantes. Rotação em torno de seu eixo A Terra faz uma volta

Leia mais

11 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

11 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 11 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da Final Nacional PROVA TEÓRICA 8 de abril de 2016 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. Todas as respostas devem ser dadas

Leia mais

Apresentado por Joice Maciel Universidade Federal do ABC Abril de 2013

Apresentado por Joice Maciel   Universidade Federal do ABC Abril de 2013 Apresentado por Joice Maciel Email: joice.maciel@live.com Universidade Federal do ABC Abril de 2013 O Sol é uma estrela comum, uma das mais de cerca de 100 bilhões de estrelas que constituem a nossa galáxia,

Leia mais

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da eliminatória regional 18 de março de 2015 15:00 (Continente e Madeira) / 14:00 (Açores) Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões.

Leia mais

CLIMATOLOGIA. Radiação solar. Professor: D. Sc. João Paulo Bestete de Oliveira

CLIMATOLOGIA. Radiação solar. Professor: D. Sc. João Paulo Bestete de Oliveira CLIMATOLOGIA Radiação solar Professor: D. Sc. João Paulo Bestete de Oliveira Sistema Solar Componente Massa (%) Sol 99,85 Júpiter 0,10 Demais planetas 0,04 Sol x Terra massa 332.900 vezes maior volume

Leia mais

Lista Deduza a relação m = M 2.5 log 10 F 10, ), onde M é a magnitude absoluta do Sol, e F 10, o fluxo da radiação solar em 10 pc de distância.

Lista Deduza a relação m = M 2.5 log 10 F 10, ), onde M é a magnitude absoluta do Sol, e F 10, o fluxo da radiação solar em 10 pc de distância. Introdução à Física Estelar - 2016.3 Lista 1 1. Sirius se encontra a 2.64 parsecs da Terra. (a) Determine o módulo de distância de Sirius. (b) Na verdade, Sirius é uma estrela dupla, cuja componente mais

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2001 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 2.a PROVA 2007/2 TURMA A Prof.a Maria de Fátima O. Saraiva NOME:

Leia mais

PROVA TEÓRICA. Instruções. Boa sorte!

PROVA TEÓRICA. Instruções. Boa sorte! SIMULADO NOIC 02 PROVA TEÓRICA SELEÇÃO DAS EQUIPES BRASILEIRAS PARA XIII IOAA E XI OLAA DE 2019 Nome: Nota: PROVA TEÓRICA Instruções A prova é individual e sem consultas; Suas soluções podem ser feitas

Leia mais

Universidade da Madeira. Estrelas. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 05 janeiro 2015 NASA

Universidade da Madeira. Estrelas. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 05 janeiro 2015 NASA Estrelas Laurindo Sobrinho 05 janeiro 2015 NASA 1 Luminosidade e brilho aparente Luminosidade (L) - energia emitida por uma estrela por unidade de tempo. Brilho aparente (b) fluxo de energia por unidade

Leia mais

O espaço interestelar é o local onde estrelas nascem e onde partes delas retornam quando morrem.

O espaço interestelar é o local onde estrelas nascem e onde partes delas retornam quando morrem. O espaço interestelar é o local onde estrelas nascem e onde partes delas retornam quando morrem. Meio interestelar: gás e poeira, distribuído de modo extremamente tênue através das regiões escuras entre

Leia mais

O Sol: Nossa Estrela

O Sol: Nossa Estrela O Sol: Nossa Estrela AGA215 Astronomy: A Beginner s Guide to the Universe, E. Chaisson & S. McMillan (Cap. 10) Introductory Astronomy & Astrophysics, M. Zeilek, S. A. Gregory & E. v. P. Smith (Cap. 9)

Leia mais

Capítulo 9: Transferência de calor por radiação térmica

Capítulo 9: Transferência de calor por radiação térmica Capítulo 9: Transferência de calor por radiação térmica Radiação térmica Propriedades básicas da radiação Transferência de calor por radiação entre duas superfícies paralelas infinitas Radiação térmica

Leia mais

O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO

O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO ONDAS: Interferência construtiva e destrutiva Onda 1 Onda 2 Onda composta a b c d e A luz apresenta interferência: natureza ondulatória: O experimento de Young (~1800) Efeito

Leia mais

MEIO INTERESTELAR. O espaço interestelar é o local onde estrelas nascem e onde elas retornam quando morrem.

MEIO INTERESTELAR. O espaço interestelar é o local onde estrelas nascem e onde elas retornam quando morrem. MEIO INTERESTELAR O espaço interestelar é o local onde estrelas nascem e onde elas retornam quando morrem. Rica em gás e poeira e distribuída de modo tênue através das regiões escuras entre as estrelas,

Leia mais

Aula 13: Sol A Nossa Estrela

Aula 13: Sol A Nossa Estrela Aula 13: Sol A Nossa Estrela Maria de Fátima Oliveira Saraiva, Kepler de Souza Oliveira Filho & Alexei Machado Müller Foto do Sol obtida pela estação espacial Skylab da Nasa em 19 de dezembro de 1973,

Leia mais

Lista 1_Gravitação - F 228 1S2010

Lista 1_Gravitação - F 228 1S2010 Lista 1_Gravitação - F 228 1S2010 1) a) Na figura a abaixo quatro esferas formam os vértices de um quadrado cujo lado tem 2,0 cm de comprimento. Qual é a intensidade, a direção e o sentido da força gravitacional

Leia mais

AULA 21 INTRODUÇÃO À RADIAÇÃO TÉRMICA

AULA 21 INTRODUÇÃO À RADIAÇÃO TÉRMICA Notas de aula de PME 3361 Processos de Transferência de Calor 180 AULA 1 INTRODUÇÃO À RADIAÇÃO TÉRMICA A radiação térmica é a terceira e última forma de transferência de calor existente. Das três formas,

Leia mais

ENERGIA SOLAR: CONCEITOS BASICOS

ENERGIA SOLAR: CONCEITOS BASICOS ENERGIA SOLAR: CONCEITOS BASICOS Uma introdução objetiva dedicada a estudantes interessados em tecnologias de aproveitamento de fontes renováveis de energia. 1. INTRODUÇÃO: 1.1. O SOL 1.1.1. Noções gerais

Leia mais

O Sol e o seu interior

O Sol e o seu interior O Sol e o seu interior Laurindo Sobrinho 08 de fevereiro de 2014 SOHO, NASA, ESA 1 1 O interior do Sol Composição do Sol Elemento Numero % Massa % Hydrogen 92.0 73.4 Helium 7.8 25.0 Carbon 0.02 0.20 Nitrogen

Leia mais

Terra: Fogo, Água e Ar

Terra: Fogo, Água e Ar Terra: Fogo, Água e Ar Curso para a Terceira Idade IAG/USP 2016 Professoras Leila Soares Marques e Márcia Ernesto A Terra é azul! Camadas da Atmosfera Estrutura e composição da atmosfera atual íons Sulfato

Leia mais

O SOL. Por que estudar o Sol? Curso de Extensão Universitária CEU 2010 Nelson Vani Leister. Modo-p. I. Relação com o clima da Terra.

O SOL. Por que estudar o Sol? Curso de Extensão Universitária CEU 2010 Nelson Vani Leister. Modo-p. I. Relação com o clima da Terra. O SOL Curso de Extensão Universitária CEU 2010 Nelson Vani Leister Annular Eclipse:The Ring of Fire A atmosfera solar Modo-p Composição do Sol Elementos (no. de átomos) (% em mass) Hidrogênio 91,2 71,0

Leia mais

EMISSÃO e ABSORÇÃO de radiação

EMISSÃO e ABSORÇÃO de radiação EMISSÃO e ABSORÇÃO de radiação a EMISSÃO ocorre quando um elétron de um átomo salta de uma órbita superior para uma inferior (fundamentalização): um fóton é emitido (produzido). e - e - + n 2, E 2 n 1,

Leia mais

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Estrelas. Rogério Riffel.

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Estrelas. Rogério Riffel. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Estrelas Rogério Riffel http://astro.if.ufrgs.br Propriedades Estrelas são esferas autogravitantes de gás ionizado, cuja fonte de energia é a transmutação de elementos

Leia mais

O movimento dos planetas, visto da Terra

O movimento dos planetas, visto da Terra O movimento dos planetas, visto da Terra Quando são visíveis da Terra, os planetas não acompanham as estrelas (a palavra planeta vem da palavra grega vagabundo ). Em relação às estrelas, os planetas não

Leia mais

Manual Espaço (62-63) Manual Terra no Espaço (56-57)

Manual Espaço (62-63) Manual Terra no Espaço (56-57) Manual Espaço (62-63) Manual Terra no Espaço (56-57) Astros do Sistema Solar: a sua origem e os seus astros (Pp. 64 a 70) Objetos celestes do Sistema Solar Teoria da Nebulosa Solar Sistema Solar Sol Planetas

Leia mais

Considera-se que o Sistema Solar teve origem há cerca de 5 mil milhões de anos.

Considera-se que o Sistema Solar teve origem há cerca de 5 mil milhões de anos. Sumário 3 - Como se formou o Sistema Solar? Constituição do Sistema Solar. - Os planetas do Sistema Solar. - Outros astros do Sistema Solar. Formação do Sistema Solar Considera-se que o Sistema Solar teve

Leia mais

Maio/2018. O Sistema Solar: Sol. Laura Niehues D. Justina. astronomiaufabc.wordpress.com.

Maio/2018. O Sistema Solar: Sol. Laura Niehues D. Justina. astronomiaufabc.wordpress.com. Maio/2018 O Sistema Solar: Sol Laura Niehues D. Justina laura.niehuesdelajustina@gmail.com astronomiaufabc.wordpress.com Maio/2018 A Escala de Tamanho http://www.astro.iag.usp.br/~gastao/planetasestrelas/

Leia mais

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 4 03/11/2016

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 4 03/11/2016 Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 4 03/11/2016 Nome: Identificação USP: I- Meio Interestelar (MIS) 1- O tipo mais complexo de molécula encontrado no MIS e o mais comum, são: (0,5) a) Aminoácido, H

Leia mais

INFORMAÇÃO. Distribuição da radiação* ESPECTRO

INFORMAÇÃO. Distribuição da radiação* ESPECTRO ESPECTROSCOPIA INFORMAÇÃO Distribuição da radiação* ESPECTRO Através do espectro de um objeto astronômico pode-se conhecer informações sobre temperatura, pressão, densidade, composição química, estrutura,

Leia mais

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 1 31/08/2017

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 1 31/08/2017 Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 1 31/08/2017 Nome: Identficação USP: 1- A figura abaixo exibe a configuração geométrica de 2 tipos de eclipses. Explique qual a condição necessária para ocorrer um

Leia mais

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M. Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M. Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M EVOLUÇÃO ESTELAR I Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M Maior parte da vida das estrelas sequência principal (SP) Característica da fase de sequência principal

Leia mais

Evoluçao e Estrutura Estelar II (cap. 11)

Evoluçao e Estrutura Estelar II (cap. 11) Evoluçao e Estrutura Estelar II (cap. 11) AGA15 Elisabete M. de Gouveia Dal Pino Astronomy: A Beginner s Guide to the Universe, E. Chaisson & S. McMillan (Caps. 11) Introductory Astronomy & Astrophysics,

Leia mais

Medida simples do fluxo de energia solar sombra. Luz solar direta. Recipientes idênticos com gelo, pintados de preto

Medida simples do fluxo de energia solar sombra. Luz solar direta. Recipientes idênticos com gelo, pintados de preto Medida simples do fluxo de energia solar sombra Luz solar direta Recipientes idênticos com gelo, pintados de preto 1 2 1- Espere um tempo ( t) até que o gelo do recipiente 2 se liquefaça, mas ainda com

Leia mais

O OCEANO - SISTEMA FÍSICO E RESERVATÓRIO DE ENERGIA. A Terra no Espaço

O OCEANO - SISTEMA FÍSICO E RESERVATÓRIO DE ENERGIA. A Terra no Espaço O OCEANO - SISTEMA FÍSICO E RESERVATÓRIO DE ENERGIA A Terra no Espaço " # $ & ' ( & * + # $! & ) 0/!. $ % $ 1 2! 3 % 2. / ', % # % $ 4 $ $ # 2 & 2 &! A Terra no Espaço O OCEANO - UM RESERVATÓRIO DE ENERGIA

Leia mais

Universidade da Madeira. O Sol. (c) 2009/2014 Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira. 1Grupo de Astronomia SOHO, NASA, ESA

Universidade da Madeira. O Sol. (c) 2009/2014 Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira. 1Grupo de Astronomia SOHO, NASA, ESA 1 O Sol (c) 2009/2014 da Universidade da Madeira SOHO, NASA, ESA 2 1 O interior do Sol Composição do Sol Elemento Numero % Massa % Hydrogen 92.0 73.4 Helium 7.8 25.0 Carbon 0.02 0.20 Nitrogen 0.008 0.09

Leia mais

1ª e 2 ª Lista de Exercícios de Química Geral - Estrutura Atômica

1ª e 2 ª Lista de Exercícios de Química Geral - Estrutura Atômica 1ª e 2 ª Lista de Exercícios de Química Geral - Estrutura Atômica Prof. Dr. Newton Luiz Dias Filho 1) a) Qual é a frequência de radiação que tem um comprimento de onda de 0,452 pm? b) Qual é o comprimento

Leia mais

Sensoriamento remoto 1. Prof. Dr. Jorge Antonio Silva Centeno Universidade Federal do Paraná 2016

Sensoriamento remoto 1. Prof. Dr. Jorge Antonio Silva Centeno Universidade Federal do Paraná 2016 Sensoriamento remoto 1 Prof. Dr. Jorge Antonio Silva Centeno Universidade Federal do Paraná 2016 Súmula princípios e leis da radiação eletromagnética radiação solar conceito de corpo negro REM e sensoriamento

Leia mais

A fonte Solar de Energia da Terra

A fonte Solar de Energia da Terra A fonte Solar de Energia da Terra A energia solar é criada no núcleo do Sol quando os átomos de hidrogênio sofrem fusão nuclear para hélio. Em cada segundo deste processo nuclear, 700 milhões de toneladas

Leia mais

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 10 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da final nacional PROVA EÓRICA 17 de abril de 2015 16H45 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. odas as respostas devem ser

Leia mais

Introdução à Astrofísica. Lição 21 Fontes de Energia Estelar

Introdução à Astrofísica. Lição 21 Fontes de Energia Estelar Introdução à Astrofísica Lição 21 Fontes de Energia Estelar A taxa de energia que sai de uma estrela é extremamente grande, contudo ainda não tratamos da questão que relaciona à fonte de toda essa energia.

Leia mais

Luz & Radiação. Roberto Ortiz EACH USP

Luz & Radiação. Roberto Ortiz EACH USP Luz & Radiação Roberto Ortiz EACH USP A luz é uma onda eletromagnética A figura acima ilustra os campos elétrico (E) e magnético (B) que compõem a luz Eles são perpendiculares entre si e perpendiculares

Leia mais

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da final nacional PROVA TEÓRICA 5 de maio de 018 Duração máxima 10 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. As primeiras 6 questões são de escolha

Leia mais

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M EVOLUÇÃO ESTELAR I Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M Maior parte da vida das estrelas sequência principal (SP) Característica da fase de sequência principal : 1) Fusão do H transformando-se em He

Leia mais

PREPARAÇÃO PARA A PROVA DE AFERIÇÃO

PREPARAÇÃO PARA A PROVA DE AFERIÇÃO PREPARAÇÃO PARA A PROVA DE AFERIÇÃO 2016-17 CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS PARTE 2: FÍSICA 7º ANO DE ESCOLARIDADE III O Planeta Terra Período de rotação da Terra - É o tempo que a Terra demora a dar uma volta

Leia mais

1.2.1 Espetros contínuos e descontínuos

1.2.1 Espetros contínuos e descontínuos 1.2.1 Espetros contínuos e descontínuos Adaptado pelo Prof. Luís Perna Luz: Radiação Eletromagnética A luz das estrelas, é radiação eletromagnética ou seja são ondas eletromagnéticas que se propagam pelo

Leia mais

A nossa Galáxia parte II

A nossa Galáxia parte II A nossa Galáxia parte II UM MODELO BÁSICO PARA A FORMAÇÃO DA GALÁXIA (a) Nuvens da gás colapsam pela influência de sua própria gravidade e começam a formar estrelas as primeiras estrelas e aglomerados

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXTAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA Disciplina: Climatologia Geográfica I

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXTAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA Disciplina: Climatologia Geográfica I UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXTAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA Disciplina: Climatologia Geográfica I Unidade II Controle primário do clima e tempo parte 1 Patricia

Leia mais

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 1 14/09/2015

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 1 14/09/2015 Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 1 14/09/2015 Nome: Identficação USP: 1 - A figura abaixo exibe a configuração geométrica de 2 tipos de eclipses. Identifique cada um deles e assinale no caso do ítem

Leia mais

O COMEÇO DO UNIVERSO. O BIG-BANG Parte II

O COMEÇO DO UNIVERSO. O BIG-BANG Parte II O COMEÇO DO UNIVERSO O BIG-BANG Parte II RESUMO DA HISTÓRIA DO UNIVERSO Era da radiação Época Tempo Densidade Temperatura Característica principal (após o Big- Bang) (kg/m 3 ) (K) Planck 0-10 -43 s - 10

Leia mais

Análise de alimentos II Introdução aos Métodos Espectrométricos

Análise de alimentos II Introdução aos Métodos Espectrométricos Análise de alimentos II Introdução aos Métodos Espectrométricos Profª Drª Rosemary Aparecida de Carvalho Pirassununga/SP 2018 Introdução Métodos espectrométricos Abrangem um grupo de métodos analíticos

Leia mais

Aula 3 O Sol: a nossa estrela.

Aula 3 O Sol: a nossa estrela. Aula 3 O Sol: a nossa estrela. Área 2, Aula 3. Alexei Machado Müller, Maria de Fátima Oliveira Saraiva & Kepler de Souza Oliveira Filho Foto do Sol obtida pela estação espacial Skylab da Nasa em 19 de

Leia mais

A TERRA, UM PLANETA MUITO ESPECIAL

A TERRA, UM PLANETA MUITO ESPECIAL A TERRA, UM PLANETA MUITO ESPECIAL Sol Planetas principais (giram diretamente à volta do Sol) Planetas secundários ou satélites (giram à volta de outros planetas) Planetas anões (Plutão, Ceres, Xena)

Leia mais

1.2.1 Espetros contínuos e descontínuos

1.2.1 Espetros contínuos e descontínuos 1.2.1 Espetros contínuos e descontínuos Adaptado pelo Prof. Luís Perna Luz: Radiação Eletromagnética A luz das estrelas, é radiação eletromagnética ou seja são ondas eletromagnéticas que se propagam pelo

Leia mais

5. Modelo atômico de Bohr

5. Modelo atômico de Bohr 5. Modelo atômico de Bohr Sumário Espectros atômicos Modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio Níveis de energia e raias espectrais Experiência de Franck-Hertz O princípio da correspondência Correção do

Leia mais

Estrelas. Silvia Rossi CEU

Estrelas. Silvia Rossi CEU Estrelas Silvia Rossi CEU 2-2010 estrelas... O que é uma estrela? São objetos que aquecem e iluminam planetas em um sistema. Uma estrela é uma bola de plasma (gás ionizado) mantida unida por sua própria

Leia mais

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Estrelas. Rogemar A. Riffel

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Estrelas. Rogemar A. Riffel FSC1057: Introdução à Astrofísica Estrelas Rogemar A. Riffel Propriedades Estrelas são esferas autogravitantes de gás ionizado, cuja fonte de energia é a transformação de elementos através de reações nucleares,

Leia mais

Sumário. Espectros, Radiação e Energia

Sumário. Espectros, Radiação e Energia Sumário Das Estrelas ao átomo Unidade temática 1 Emissão da radiação pelas estrelas. Temperatura das estrelas. Tipos de espectros. Os espectros emitidos pelas estrelas. dos átomos dos elementos. Verificação

Leia mais

INTERPRETAÇÃO DO EXPERIMENTO DE FRANCK E HERTZ EM CONTRAPOSIÇÃO À INTERPRETAÇÃO DE NEILS BOHR E ALBERT EINSTEIN

INTERPRETAÇÃO DO EXPERIMENTO DE FRANCK E HERTZ EM CONTRAPOSIÇÃO À INTERPRETAÇÃO DE NEILS BOHR E ALBERT EINSTEIN INTERPRETAÇÃO DO EXPERIMENTO DE FRANCK E HERTZ EM CONTRAPOSIÇÃO À INTERPRETAÇÃO DE NEILS BOHR E ALBERT EINSTEIN LUIZ CARLOS DE ALMEIDA O experimento e suas interpretações dentro de uma visão da quantização

Leia mais

Sumário. Espectros, Radiação e Energia

Sumário. Espectros, Radiação e Energia Sumário Das Estrelas ao átomo Unidade temática 1 Emissão da radiação pelas estrelas. Temperatura das estrelas. Tipos de espectros. Os espectros emitidos pelas estrelas. dos átomos dos elementos. APSA 4.

Leia mais

CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA. Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino

CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA. Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino INTRODUÇÃO Estrelas mais importante fonte/sorvedouro de matéria na evolução

Leia mais

2as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova teórica da final nacional 4 de Maio de :00

2as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova teórica da final nacional 4 de Maio de :00 2as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova teórica da final nacional 4 de Maio de 2007 15:00 Respostas 1. 1.a 1.b 1.c iv) Saturno, Júpiter, Urano e Neptuno iii) 11 massas solares ii) galáxias anãs 2.

Leia mais

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo Os fundamentos da Física Volume 1 Capítulo 0 Física Nuclear AS FORÇAS FUNDAMENTAIS DA NATUREZA Força nuclear forte Mantém a coesão do núcleo atômico. Intensidade 10 8 vezes maior do que a força gravitacional.

Leia mais

Uma aula sobre espectros eletromagnéticos

Uma aula sobre espectros eletromagnéticos Uma aula sobre espectros eletromagnéticos Baseado no texto de Francisco Jablonski (INPE) chico@das.inpe.br http://www.das.inpe.br/~chico 1 O que entendemos por espectro? 2 O que entendemos por espectro?

Leia mais

SUPERNOVAS E NUCLEOSSÍNTESE

SUPERNOVAS E NUCLEOSSÍNTESE SUPERNOVAS E NUCLEOSSÍNTESE UMA SUPERNOVA ATINGE UM BRILHO DE CERCA DE CERCA DE 10 9-10 10 L POR ALGUMAS HORAS DEPOIS DA EXPLOSÃO Existem dois tipos básicos de supernova : 1. Tipo II 2. Tipo Ia TIPO II

Leia mais

Origem, evolução e morte das estrelas

Origem, evolução e morte das estrelas Origem, evolução e morte das estrelas As estrelas formam-se a partir de nuvens de gás e poeiras, Instabilidades de diversa ordem podem levar ao colapso gravitacional de zonas mais densas... http://www.physics.unc.edu/

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 4 MODELOS ATÔMICOS Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 4 MODELOS ATÔMICOS ÍNDICE 4.1- Modelo de Thomson 4.2- Modelo de Rutherford 4.2.1-

Leia mais