ais Noções Gerais de DIREITO FORMAÇÃO F HUMANÍST
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1 JOÃO PAULO LORDELO ais Noções Gerais Noções Ge e de DIREITO e de DIREITO ÃO FORMAÇÃO FORMAÇÃO F CA HUMANÍSTICA HUMANÍST Organizado de acordo com o programa da Resolução 75/2009 do Conselho Nacional de Justiça CNJ 3ª edição Revista, ampliada e atualizada 2019 Coordenação: Mila Gouveia
2 I SOCIOLOGIA DO DIREITO Sumário 1. Introdução à sociologia da administração judiciária Aspectos gerenciais da atividade judiciária (administração e economia) Gestão. 2. Relações sociais e relações jurídicas Controle social e o Direito Transformações sociais e Direito. 3. Direito, Comunicação Social e opinião pública Introdução A opinião pública e o Direito O Direito na mídia Comunicação social do Poder Judiciário. 4. Conflitos sociais e mecanismos de resolução Aspectos gerais Sistemas não-judiciais de composição de litígios. 5. QUESTÕES DE CONCURSO 1. INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA DA ADMINISTRAÇÃO JUDICIÁRIA 1.1. Aspectos gerenciais da atividade judiciária (administração e economia) Não é preciso muito esforço para perceber que os juízes de hoje são muito diferentes dos juízes de poucas décadas atrás. Sob os marcos tradicionais da inércia da jurisdição e da pretensa imparcialidade, durante muito tempo, a magistratura se caracterizou por um forte distanciamento em relação à sociedade.
3 24 NOÇÕES GERAIS DE DIREITO E FORMAÇÃO HUMANÍSTICA João Paulo Lordelo Tal distanciamento, somado à excessiva burocratização dos tribunais e à chamada crise da Justiça em especial com a explosão de litigiosidade, vivenciada em todo o mundo, passou a exigir do Poder Judiciário uma nova forma de se administrar e formar seus juízes. A Resolução n. 75 do Conselho Nacional de Justiça, ao abordar o tópico da sociologia do Direito, optou por conferir especial destaque aos aspectos gerenciais da atividade judiciária, partindo do pressuposto de que novas atribuições devem ser agregadas aos juízes brasileiros. De fato, em especial a partir dos anos 90 do século XX, o crescimento do volume e da complexidade das demandas judiciais expôs a ausência de uma cultura gerencial da atividade judiciária, o que contribuía fortemente para a sua ineficiência. Antes do final do século XX, os tribunais, em todo o mundo, eram marcados por um modelo de administração tradicional, hierarquizado e burocrático. Ao final do século, desenvolveu-se o modelo gestionário, também conhecido como modelo da Defesa da Gestão pela Qualidade Total, marcado pelas seguintes características: a) fragmentação das unidades administrativas; b) incentivo à competição; c) utilização de ferramentas de tecnologia da informação; d) introdução de mecanismos de gestão oriundos da iniciativa privada. Por meio do novo modelo de gestão, o Poder Judiciário agrega aos seus membros (juízes, desembargadores e ministros) funções tipicamente gerenciais, com objetivos e metas. Agregam-se, ainda, novos deveres de informação e transparência, em favor da comunidade externa Gestão No Brasil, coube à Emenda Constitucional n. 45/2004 a tarefa de fazer uma nítida reforma no Poder Judiciário, em especial por meio da criação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), previsto no art. 92, I-A, da Constituição da República. Nos termos do art. 103-B, 4º, da Constituição, ao CNJ compete o controle da atuação administrativa e financeira do Poder
4 Cap. I Sociologia do Direito 25 Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Na missão de zelar pela autonomia do Poder Judiciário, incumbe-lhe expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências. Compete-lhe, ainda, zelar pela observância do art. 37 da Constituição e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União. Por fim, ainda no que se refere às suas funções, merecem destaque duas competências diretamente relacionadas com a administração gerencial: a) elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário; b) elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa. No que concerne à sua composição, o Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: I o Presidente do Supremo Tribunal Federal; II um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal; III um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal; IV um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; V um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal; VI um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; VII um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça; VIII um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; IX um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho; X um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República; XI um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral
5 26 NOÇÕES GERAIS DE DIREITO E FORMAÇÃO HUMANÍSTICA João Paulo Lordelo da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; XII dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; XIII dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. Assim que instalado, o Conselho Nacional de Justiça passou a elaborar diversos atos normativos colegiados, merecendo destaque a Resolução n. 70 de 18/03/2009, posteriormente revogada, que tratou sobre o Planejamento e a Gestão Estratégica no âmbito do Poder Judiciário. Cuida-se do texto normativo que serviu de base ao estudo da sociologia da administração judiciária. A citada Resolução parte de algumas premissas básicas. A primeira consiste na afirmação de ser o CNJ o órgão responsável por coordenar o planejamento e a gestão estratégica do Poder Judiciário. A segunda consiste no reconhecimento da unicidade do Poder Judiciário, a exigir a implementação de diretrizes nacionais para nortear a atuação institucional de todos os seus órgãos. A terceira reside na constatação da necessidade de se conferir maior continuidade administrativa aos tribunais, independentemente das alternâncias de seus gestores. Pelo art. 1º da Resolução n. 70/2009, foi instituído o Planejamento Estratégico do Poder Judiciário, consolidado no Plano Estratégico Nacional previsto em seu Anexo. Posteriormente, considerando-se a necessidade de revisar o plano estratégico estabelecido, a Resolução n. 70/2009 foi revogada pela Resolução n. 198 de 01/07/2014, que estabeleceu a Estratégia Nacional do Poder Judiciário para o sexênio 2015/2020 (Estratégia Judiciário 2020). A sua leitura é indicada para provas de concurso: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º Instituir a Estratégia Nacional do Poder Judiciário para o sexênio 2015/2020 Estratégia Judiciário 2020 aplicável aos tribunais indicados nos incisos II a VII do art. 92 da Constituição Federal e aos Conselhos da Justiça, nos termos do Anexo, sintetizada nos seguintes componentes: a) Missão;
6 Cap. I Sociologia do Direito 27 b) Visão; c) Valores; d) Macrodesafios do Poder Judiciário. Parágrafo único. Os atos normativos e as políticas judiciárias emanados do CNJ serão fundamentados, no que couber, na Estratégia Nacional do Poder Judiciário. Art. 2º Considera-se, para os efeitos desta Resolução: I Órgãos do Poder Judiciário: os tribunais indicados nos incisos II a VII do art. 92 da Constituição Federal; o Conselho Nacional de Justiça (CNJ); o Conselho da Justiça Federal (CJF); e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT); II Metas de Medição Continuada (MMC): metas aplicáveis aos órgãos do Poder Judiciário e acompanhadas pelo CNJ durante o período de vigência da Estratégia Nacional; III Metas de Medição Periódica (MMP): metas aplicáveis aos órgãos do Poder Judiciário e acompanhadas pelo CNJ para períodos predefinidos durante a vigência da Estratégia Nacional ; IV Metas Nacionais (MN): conjunto de metas formado pelas Metas de Medição Continuada (MMC) e pelas Metas de Medição Periódica (MMP); V Iniciativa Estratégica Nacional (IEN): programa, projeto ou operação alinhado(a) à Estratégia Nacional do Poder Judiciário; VI Diretriz Estratégica (DE): orientações, instruções ou indicações a serem observadas na execução da Estratégia Nacional ou para se levar a termo uma meta ou iniciativa estratégica; VII Cesta de Indicadores e Iniciativas Estratégicas: repositório de métricas de desempenho institucional e de iniciativas (programas, projetos e operações). CAPÍTULO II DO DESDOBRAMENTO DA ESTRATÉGIA JUDICÍARIO 2020 Art. 3º A Estratégia Judiciário 2020 poderá ser desdobrada e alinhada em três níveis de abrangência: I nacional, nos termos do Anexo, de aplicação obrigatória a todos os segmentos de justiça; II por segmento de justiça, de caráter facultativo; III por órgão do Judiciário, de caráter obrigatório, desdobrada a partir da estratégia nacional e, quando aplicável, também da
7 28 NOÇÕES GERAIS DE DIREITO E FORMAÇÃO HUMANÍSTICA João Paulo Lordelo estratégia do respectivo segmento, sem prejuízo da inclusão das correspondentes especificidades. Art. 4º Os órgãos do Judiciário devem alinhar seus respectivos planos estratégicos à Estratégia Judiciário 2020, com a possibilidade de revisões periódicas. 1º Os planos estratégicos, de que trata o caput, devem: I ter abrangência mínima de 6 (seis) anos; II observar o conteúdo temático dos Macrodesafios do Poder Judiciário; e III contemplar as Metas Nacionais (MN) e Iniciativas Estratégicas Nacionais (IEN) aprovadas nos Encontros Nacionais do Judiciário, sem prejuízo de outras aprovadas para o segmento de justiça ou específicas do próprio tribunal ou conselho; [...] Art. 6º Os órgãos do Poder Judiciário devem promover a participação efetiva de magistrados de primeiro e segundo graus, ministros, serventuários e demais integrantes do sistema judiciário e de entidades de classe, na elaboração de suas propostas orçamentárias e de seus planejamentos estratégicos, garantida a contribuição da sociedade. CAPÍTULO III DA EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA Art. 7º A execução da estratégia é de responsabilidade de magistrados de primeiro e segundo graus, conselheiros, ministros e serventuários do Poder Judiciário. Parágrafo único. Para promover a estratégia, devem ser realizados eventos, pelo menos anualmente. Art. 8º Os órgãos do Poder Judiciário manterão unidade de gestão estratégica para assessorar a elaboração, a implementação e o monitoramento do planejamento estratégico. [...] Art. 9º Os órgãos do Poder Judiciário realizarão Reuniões de Análise da Estratégia (RAE), pelo menos quadrimestralmente, para avaliação e acompanhamento dos resultados, nas quais poderão promover ajustes e outras medidas necessárias à melhoria do desempenho institucional. CAPÍTULO IV DA GOVERNANÇA Art. 10. Compete à Presidência do CNJ, conjuntamente à Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento, asses-
8 Cap. I Sociologia do Direito 29 soradas pelo Departamento de Gestão Estratégica, coordenar as atividades de planejamento e gestão estratégica do Poder Judiciário, a preparação e a realização dos Encontros Nacionais. Art. 11. À Rede de Governança Colaborativa do Poder Judiciário, coordenada pelo CNJ e com representação de todos os segmentos de justiça, compete apresentar propostas de aperfeiçoamento da Estratégia Judiciário 2020, bem como auxiliar a execução, o monitoramento dos trabalhos e a divulgação dos resultados, sem prejuízo de outras atribuições definidas em ato normativo expedido pela Presidência do CNJ. [...] CAPÍTULO V DOS ENCONTROS NACIONAIS Art. 12. Os Encontros Nacionais do Poder Judiciário serão realizados preferencialmente no mês de novembro de cada ano, observando-se os seguintes objetivos, sem prejuízo de outros: I avaliar a estratégia nacional; II divulgar e premiar o desempenho de tribunais, unidades e servidores no cumprimento das Metas Nacionais (MN), na criação e na implantação de boas práticas; III aprovar metas nacionais, diretrizes e iniciativas estratégicas para o biênio subsequente; IV ajustar, quando necessário, as metas nacionais, as diretrizes e as iniciativas estratégicas previamente aprovadas no encontro do ano anterior. [...] CAPÍTULO VI DO BANCO DE BOAS PRÁTICAS E IDEIAS PARA O JUDICIÁRIO (BPIJus) Art. 13. O CNJ manterá disponível, no seu portal, o Banco de Boas Práticas e Ideias para o Judiciário (BPIJus), a ser continuamente atualizado, com o intuito de promover a divulgação e o compartilhamento de práticas e ideias inovadoras, visando ao aperfeiçoamento dos serviços judiciais. Art. 14. O BPIJus será constituído da seguinte forma: I práticas sugeridas por servidores, tribunais ou conselhos do Poder Judiciário, alinhadas aos Macrodesafios mencionados no Anexo; e
9 30 NOÇÕES GERAIS DE DIREITO E FORMAÇÃO HUMANÍSTICA João Paulo Lordelo II ideias inovadoras para melhoria do Judiciário, apresentadas por qualquer pessoa. [...] O Anexo da citada Resolução agrega os seguintes componentes à Estratégia Nacional do Poder Judiciário: Missão do Poder Judiciário Visão do Poder Judiciário Atributos de valor para a sociedade: Macrodesafios do Poder Judiciário Realizar justiça Descrição: Fortalecer o Estado Democrático e fomentar a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, por meio de uma efetiva prestação jurisdicional Ser reconhecido pela sociedade como instrumento efetivo de justiça, equidade e paz social. Descrição: Ter credibilidade e ser reconhecido como um Poder célere, acessível, responsável, imparcial, efetivo e justo, que busca o ideal democrático e promove a paz social, garantindo o exercício pleno dos direitos de cidadania. Credibilidade; Celeridade; Modernidade; Acessibilidade; Transparência e Controle Social; Responsabilidade Social e Ambiental ; Imparcialidade; Ética; Probidade. Efetividade na prestação jurisdicional; Garantia dos direitos de cidadania; Combate à corrupção e à improbidade administrativa; Celeridade e produtividade na prestação jurisdicional; Adoção de soluções alternativas de conflito Gestão das demandas repetitivas e dos grandes litigantes; Impulso às execuções fiscais, cíveis e trabalhistas; Aprimoramento da gestão da justiça criminal; Fortalecimento da segurança do processo eleitoral; Melhoria da Gestão de Pessoas; Aperfeiçoamento da Gestão de Custos; Instituição da Governança Judiciária Melhoria da Infraestrutura e Governança de TI.
10 Cap. I Sociologia do Direito 31 Por fim, cabe destacar também o papel da Resolução n. 221 de 10/05/2016, que institui princípios de gestão participativa e democrática na elaboração das metas nacionais do Poder Judiciário e das políticas judiciárias do Conselho Nacional de Justiça. Por ela, a gestão participativa e democrática constitui-se em método que enseja a magistrados, servidores e, quando oportuno, jurisdicionados a possibilidade de participar do processo decisório por meio de mecanismos participativos que permitam a expressão de opiniões plurais e a visão dos diversos segmentos e instâncias, no contexto do Poder Judiciário (art. 1º, parágrafo único). Os seus artigos 2º e 3º estabelecem os seguintes princípios e condições necessárias ao desenvolvimento da gestão participativa: Art. 2º São princípios de gestão participativa e democrática: I o desenvolvimento de uma cultura de participação nos tribunais, permeável às opiniões de magistrados de todos os graus de jurisdição e servidores, das respectivas associações de classe e dos jurisdicionados; II o fortalecimento das estruturas de governança e da atuação em rede, a promover a integração do Poder Judiciário; III o diálogo institucional como mecanismo de interação e cooperação permanentes entre os órgãos do Poder Judiciário e o Conselho Nacional de Justiça; IV a aproximação entre o Poder Judiciário e a sociedade. Art. 3º São condições necessárias à efetiva participação: I a governança em rede; II a liderança dos representantes das redes; III a disponibilidade de formas e meios de participação; e IV a transparência. Quanto às modalidades de processos participativos, o seu art. 4º estabelece o seguinte rol: Art. 4º Os processos participativos realizam-se por meio de diferentes modalidades, conforme o objetivo pretendido, o público-alvo, o tempo e os recursos disponíveis para sua realização. 1º São modalidades de participação democrática, entre outras:
11 32 NOÇÕES GERAIS DE DIREITO E FORMAÇÃO HUMANÍSTICA João Paulo Lordelo I mesa de diálogo: mecanismo de interação coordenado pelo CNJ, presencial ou a distância, com a participação de representantes de diferentes órgãos do Poder Judiciário, e, eventualmente, dos demais Poderes e da sociedade civil, com o objetivo de trocar livremente ideias e experiências sobre tema específico e obter sugestões; II videoconferência: reuniões virtuais realizadas em tempo real com o auxílio tecnológico de áudio e vídeo que permitam o contato visual e sonoro entre pessoas localizadas em diferentes localidades, ou provenientes de diferentes tribunais, instituições ou da sociedade civil, quando for o caso; III enquetes e pesquisas: consiste na coleta de sugestões, manifestações ou opiniões sobre temas específicos. IV consulta pública: mecanismo participativo, de caráter consultivo, a se realizar por escrito, no formato e em prazo definidos previamente, aberto a qualquer interessado. As opiniões podem ser coletadas por formulários eletrônicos, ou outros meios; V audiência pública: meio de participação presencial, aberto a qualquer interessado, que possibilita a manifestação oral dos participantes, nos termos das regras definidas pelo Tribunal para a ocasião, e tem por objetivo possibilitar a expressão de opiniões, especializadas ou não, e a obtenção de soluções para demandas específicas; VI grupo de trabalho: grupo formalmente instituído para análise de demanda específica e apresentação de resultados sob a forma de estudos, relatórios e propostas de normatização, em prazo previamente estabelecido; VII fóruns e encontros: consiste na reunião presencial de diferentes órgãos do Poder Judiciário, por meio de seus representantes, para discussão de temas específicos e eventuais deliberações, que deverão ser registradas em ata específica para o evento. VIII ouvidorias: unidades de comunicação entre o cidadão e os órgãos do Poder Judiciário, que constitui espaço de participação social e democrática, e de controle da qualidade dos serviços públicos. 2. RELAÇÕES SOCIAIS E RELAÇÕES JURÍDICAS A sociologia, como diversos outros ramos das chamadas ciências humanas, apresenta um objeto impreciso. Em outras palavras, não há consenso, dentre os mais variados autores, sobre as definições a respeito de qual seria o objeto da sociologia.
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