Programa Nacionais de Erradicação e Controle de Doenças: uma visão crítica. Perspectiva. Lesões
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1 Programa Nacionais de Erradicação e Controle de Doenças: uma visão crítica. PROGRAMA NACIONAL DE ERRADICAÇÃO E PREVENÇÃO DA FEBRE AFTOSA - PNEFA Plano Estratégico ( ) Prof. Dr. Fabio Gregori VPS-FMVZ-USP Aula T13 23/11/2017 Perspectiva Suspensão total da vacinação, entre os anos de 2019 e de 2021, e o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como país livre da doença em Lesões 1
2 Ocorrência (2009) Ocorrência (2010) Ocorrência (2011) Ocorrência (2012) Ocorrência (2013) 2
3 Ocorrência (2014) Ocorrência (2015) Ocorrência (2016) Ocorrência (2017) 3
4 Estratégia 1: Zonas Livres da doença Implantação progressiva e manutenção de zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes da OIE (MAPA, 2011) Estrutura OIE Revisão Assembéia Mundial de Delegados 2 categorias: Países livres sem vacinação Países (zonas) livres com vacinação Comissões de Especialistas Código de Animais Terrestres e Aquáticos, Laboratórios e Científica Conselho Diretor Geral Comissões Regionais Resoluções da OIE ratificadas na 85ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados Laboratórios de referência Centros de colaboração Escritório Central Representações regionais Grupos de Trabalho Grupos Ad hoc Assembéia Mundial de Delegados - Revisão Maior autoridade da OIE formula decisões por meio de Resoluções Envolve todos os Delegados Nacionais Eleição dos Membros do Conselho, Comissões, Centros de Colaboração e Laboratórios de Referência. Adota os padrões publicados nos Códigos e Manuais Aprova o status oficial de doenças dos países membros Outras atividades (Apreciação de gestão financeira, etc) 4
5 *maio/2017 5
6 Exemplo País livre de Febre Aftosa com vacinação: 1) Ter um sistema de registro regular e acessível sobre a ocorrência de doenças. 2) Declarar: a) Que não houver surtos nos últimos 2 anos; b) Que não há evidência da circulação de VFA nos últimos 12 meses. 3) Comprovar: a) A existência de um sistema de vigilância para FMD e FMDV; b) Políticas de detecção rápida, prevenção e controle implementadas; c) Vacinação regular e compulsória. d) Que as vacinas estejam de acordo com os padrões da OIE. 4) Descrever os limites da zona de proteção (controle de movimento e maior grau de vigilância). Zona de Proteção Definição (OIE) Significa uma zona estabelecida para proteger o status de saúde dos animais num país livre ou numa zona livre daqueles pertencentes a um país ou zona de diferente status sanitário, utilizando medidas baseadas na epidemiologia da doença sob consideração para prevenir a disseminação do agente etiológico num país ou zona livre. As medidas incluem por exemplo vacinação, controle de movimento e aumento do grau de vigilância. Zona de Alta Vigilância - MS Missão OIE 2006 Adoção de medidas específicas de controle e vigilância nas regiões de fronteiras com países vizinhos para a prevenção da introdução do vírus da febre aftosa nas zonas livres Criação da Zona de Alta Vigilância ZAV, normatizada pela Instrução Normativa Nº 6 de 19 de fevereiro de
7 Zona de Alta Vigilância - MS Região de fronteira com a República do Paraguai, com reforço do sistema de vigilância veterinária: Zona de Alta Vigilância (ZAV) Entorno Cadastramento georreferenciado Sede das propriedades rurais localizadas na ZAV Sede de outras propriedades rurais Localização dos postos fixos de fiscalização Estradas Limites da ZAV Rios Divisa municipal Estradas Linha de referência Zona de Alta Vigilância - MS (EX) Zona de Alta Vigilância - MS INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 13, DE 21 DE MARÇO DE
8 Zonificação e Compartimentalização Zonificação e Compartimentalização são instrumentos definidos pela OIE e implementados pelo país : 1. Para caracterizar sub-populações de diferentes status sanitário dentro do seu território. 2. Facilitar o comércio internacional. Zona (= regionalização) Compartimento Parte do pais claramente definida, contendo uma subpopulação animal com uma condição de saúde distinta em relação a uma doença especifica para a qual medidas de vigilância, controle e biossegurança foram aplicadas para fins de comércio internacional. Um ou mais estabelecimentos sob um sistema comum de gestão de biossegurança, contendo uma subpopulação animal de condição sanitária particular relacionada a alguma doença ou doenças específicas, e para os quais foram aplicadas medidas de vigilância, controle e biossegurança para fins de comércio internacional. Zona Compartimento Zona e compartimento A extensão da zona é estabelecida com base nas barreiras natural, artificial e/ou legal. Os requisitos para o compartimento são estabelecidos pelo Serviço Veterinário Oficial com base na gestão de biossegurança. 8
9 Critérios para compartimento Febre Aftosa Pode estar tanto dentro de um país ou zona livre ou num país infectado/zona. Deve atender aos princípios do Código Terrestre (Cap 4.3 e 4.4) Efetivo Sistema de Biossegurança e Programa de Saúde Animal avaliado e reconhecido. Declarar que o compartimento: Estratégia 2: Fortalecimento dos Serviços Veterinários Oficiais Vigilância Resposta Controle do trânsito Vacinação Capacitação Técnica Não teve surto da doença e circulação viral nos últimos 12 meses. Proibir a vacinação para FMD e não ter animais vacinados nos últimos 12 meses. Um Sistema de identificação e rastreabilidade animal de acordo com padrões estabelecidos pelo código. Ter um plano de contingência e de biossegurança no caso de infecção. Ser aprovado pela Autoridade Veterinária. e que a zona onde se encontra o compartimento não tenha apresentado surtos da doença nos últimos 3 meses. Estratégia 2: Fortalecimento dos Serviços Veterinários Oficiais Unidade Veterinária Local UVL Decreto Nº organizou o SUASA, em três instâncias: Central e Superior, Intermediárias e Locais. Na Instância Local, as atividades de saúde animal são geridas pela Unidade Veterinária Local UVL, que representa a estrutura básica de gestão da vigilância veterinária associada a um espaço geográfico sob a responsabilidade de um ou mais médicos veterinários do SVO. A UVL pode abranger um ou mais municípios e ser integrada por um ou mais Escritórios de Atendimento à Comunidade EAC, que são as estruturas físicas do SVO, distribuídas nos municípios, para atendimento direto à comunidade (MAPA, 2007). Escritórios de Atendimento à Comunidade EAC Dessa forma, pode-se considerar a UVL como a célula do SVO que trata dos aspectos de saúde animal. Brasil Último surto 2005: Eldorado, Japorã, Mundo Novo, Iquiraí e Iguatemi (MS) Resumo: animais sacrificados - US$ ,00 9
10 Estratégia 3: Capacitação Técnica Manuais e publicações Treinamentos e Formação Continuada (EX. ENAGRO) Planos de contingência Estratégia 4 Responsabilidades compartilhadas Reconhecimento da profissão (Conselhos e entidades de classe) Políticas e incentivos de fixação de profissionais Diálogo com Instituições de Ensino e Pesquisa Estratégia 5 - Legislação IN 44 SDA-MAPA (02/10/2007) Estratégia 6 - Vacinação Fundamentos e estratégias do PNEFA Atendimento às suspeitas de doença vesicular e aos focos de febre aftosa Reconhecimento e manutenção de zonas livres de febre aftosa Vacinação contra a febre aftosa Controle e fiscalização do trânsito de animais susceptíveis à febre aftosa ingresso de animais em zona livre de febre aftosa sem vacinação / com vacinação trânsito de animais envolvendo zona tampão (*proteção), zona infectada e outras áreas segundo classificação de risco para febre aftosa Controle e fiscalização do trânsito de produtos e subprodutos obtidos de animais susceptíveis à febre aftosa Trânsito internacional de animais susceptíveis à febre aftosa e de seus produtos e subprodutos 10
11 FMDV Central de selagem e distribuição de vacinas Muito sensível a alterações de ph (<6.5 e >9) e de temperatura. Induzem mudanças de cargas e a estrutura do vírus se desfaz (porção 146S 12S) Perda de epítopos conformacionais e imunogenicidade da vacina. Armazéns Gerais Vinhedo Proteção do produto Produção de Vacinas Autenticação Rastreabilidade Controle da produção Supervisão do MAPA, Sindan e Laboratórios. Saponina Redução de volume injetado (5 2 ml) Ficam só os sorotipos A e O (sai o C) da vacina 11
12 Aula T8 - Revisão Calendário nacional de vacinação dos bovinos e bubalinos contra a Febre Aftosa
13 Data de atualização: 02/10/2017 Declaração de vacinação Departamento de Saúde Animal Resultados da vacinação contra Febre Aftosa do 1º semestre de Brasil Bovinos e Bovinos e Bovinos e Cobertura bubalinos bubalinos UF Bubalinos Vacinal envolvidos Vacinados existentes* (%) na etapa* na etapa Acre ,31% Alagoas ,86% Amazonas (Calha do Rio ,86% Amazonas-41 municípios) Amazonas (demais municípios ,96% da zona não livre) Amazonas (municípios de zona ,88% livre) Bahia ,19% Ceará ,14% Distrito Federal ,29% Espírito Santo ,22% Goiás ,64% Maranhão ,42% Mato Grosso ,85% Mato Grosso do Sul ,14% Minas Gerais ,70% Pará (Municípios de Faro e ,00% Terra Santa) Pará (Municípios de Gurupá e ,73% Juruti) Pará (exceto Arquipélago do Marajó, municípios de Faro e ,15% Terra Santa) Paraíba ,75% Pernambuco ,09% Piauí ,91% Paraná ,82% Rio de Janeiro ,56% Rio Grande do Norte ,99% Rio Grande do Sul ,92% Rondônia ,68% Roraima ,16% São Paulo ,62% Sergipe ,24% Tocantins ,54% ,28% Total Estratégia 7 - Educação Estratégia 8 - Rede de Laboratórios Estratégia 9 Unidades de Vigilância LANAGRO Rede Federal 13
14 Estratégia 10 - Ações regionalizadas Santa Catarina Zona livre de febre aftosa sem vacinação reconhecida pela OIE; Vacinação proibida desde 2000; Proibida a entrada de animais vacinados no estado; Regras específicas para entrada de animais e produtos; Postos fixos de fiscalização e corredores sanitários. Ações na região Amazônica Desafios Questões ecológicas Garantia de mercados seletivos Logística adaptada à realidade regional Processo de sensibilização política e social Estratégia 11 - Controle de trânsito de animais Guia de Transporte Animal - GTA Instrução Normativa nº 18, de 18 de julho de 2006 Estratégia 12 - Classificação de risco 14
15 Estratégia 13 - Sistema de Vigilância Organização dos sistemas de produção, capacidade do serviço veterinário oficial e sistema de informações Zona livre de febre aftosa sem vacinação (Santa Catarina) Zona livre de febre aftosa com vacinação Passivo Sistema de vigilância Zona tampão e de alta vigilância Zona não livre Estratégia 14 Resposta a focos Atendimento a notificações de suspeitas de ocorrência de doenças vesiculares Ativo Inspeção em Matadouros Inspeção a propriedades rurais Fiscalização em eventos pecuários Fiscalização do trânsito de animais Identificação de propriedades com maior risco para introdução e manutenção do agente viral Inquérito e monitoramento soroepidemiológico Identificação de áreas de maior risco e dos municípios de maior representatividade Concluindo Sensibilização política e social Fortalecimento das ações conjuntas nas regiões de fronteira internacional Fortalecimento e consolidação das estruturas de defesa Implantação de novos métodos e estratégias classificação de risco, circuitos pecuários, retirada da vacinação Capacidade dos Serviços Veterinários - Vigilância - Capacidade de resposta - Vacinação e Controle do trânsito 15
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