DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO NÚCLEO DE REDAÇÃO FINAL EM COMISSÕES TEXTO COM REDAÇÃO FINAL

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1 CÂMARA DOS DEPUTADOS DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO NÚCLEO DE REDAÇÃO FINAL EM COMISSÕES TEXTO CPI - SISTEMA CARCERÁRIO EVENTO: Audiência Pública N : 2122/07 DATA: 27/11/2007 INÍCIO: 11h02min TÉRMINO: 14h53min DURAÇÃO: 3h50min TEMPO DE GRAVAÇÃO: 3h50min PÁGINAS: 87 QUARTOS: 46 DEPOENTE/CONVIDADO - QUALIFICAÇÃO VALDIR JOÃO SILVEIRA - Coordenador da Pastoral Carcerária no Estado de São Paulo. DAVI PEDREIRA DE SOUZA - Coordenador da Assessoria Jurídica da Pastoral Carcerária. GÜNTHER ALOIS ZGUBIC - Coordenador Nacional da Pastoral Carcerária. SUMÁRIO: Esclarecimentos sobre o trabalho da Pastoral Carcerária no sistema carcerário brasileiro. Apreciação de requerimentos constantes da pauta. OBSERVAÇÕES Houve intervenções fora do microfone. Inaudíveis. Há termos ininteligíveis.

2 O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga) - Declaro abertos os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito CPI do Sistema Carcerário, criada com a finalidade de investigar a realidade do sistema carcerário brasileiro, com destaque para a superlotação dos presídios, custos sociais e econômicos dos estabelecimentos, a permanência de encarcerados que já cumpriram pena, a violência dentro das instituições do sistema carcerário, a corrupção, o crime organizado e suas ramificações nos presídios e a busca por soluções para o efetivo cumprimento da lei de execuções penais. Esta audiência tem o objetivo de ouvir representantes da Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária, que vão colaborar com esta Comissão com informações precisas sobre o sistema carcerário brasileiro, tendo em vista que a Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária tem, com certeza, informações de todos os Estados sobre a atuação, os problemas enfrentados dentro do sistema carcerário, as dificuldades encontradas para a realização dos trabalhos e números também estatísticos que poderão subsidiar esta Comissão nos trabalhos que nós estamos realizando. Desde já, nós agradecemos a presença dos nossos convidados, e queremos convidar para a Mesa o Padre Günther, que é Coordenador Nacional da Pastoral Carcerária. Queremos convidar também o Dr. Davi Pedreira de Souza, Coordenador de Assessoria Jurídica da Pastoral Carcerária. Queremos convidar também o Padre Valdir João Silveira, Coordenador da Pastoral Carcerária no Estado de São Paulo. A Comissão Parlamentar de Inquérito CPI do Sistema Carcerário foi criada no dia 22 de agosto com a finalidade de investigar e diagnosticar o sistema carcerário brasileiro. Já realizamos oitivas em 7 Estados: Brasília, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Recife. Amanhã, estaremos no Estado do Pará, para acompanhar mais de perto o episódio ocorrido no Estado do Pará, onde reportagem divulgada pela imprensa aponta que, por falta de organização daquele Estado, mulheres estão sendo presas em estabelecimento prisional de pessoas do sexo masculino. E nós tivemos agora o último caso de uma menor, de 15 anos de idade, que foi presa durante alguns dias junto com outros 20 detentos. E existe denúncia de supostas agressões sexuais contra aquela menor cometidas por aqueles presos. A CPI amanhã vai estar no Estado do Pará fazendo diligência em 1

3 visita aos presídios, e, a partir das 14h, nós vamos estar na sede da Polícia Federal do Pará ouvindo o depoimento dos acusados envolvidos naquele episódio da prisão daquela menor no mesmo cárcere de mais 20 condenados, 20 presos apenados do sexo masculino. É um assunto que nós consideramos extremamente grave. A Comissão já tem informações de denúncias similares àquela. Nós estamos também preocupadíssimos viu, Padre Günther com um outro problema que a CPI está se deparando e que achamos que é grave, que é a presença de recémnascidos dentro das celas dos presídios brasileiros. Esta semana nós estivemos no Estado de Pernambuco. Visitamos a Colônia Penal Feminina de Recife, com capacidade para 120 mulheres. Tinha cerca de 550 mulheres dentro daquela penitenciária feminina e quase 20 recém-nascidos dentro das celas. Uma cela com capacidade para 4 mulheres tinha cerca de 17 a 20 mulheres. Um cena muito triste: você entrar dentro de um cela com superlotação e condições sanitárias incompatíveis com a necessidade de uma criança e até de um adulto sobreviver; e ali, além das presas, nós temos 2, 3 crianças em cada cela, com suas mães, deitadas no mesmo colchão. Numa cela onde é feito comida, numa cela onde são colocadas as roupas íntimas para secar, são lavadas as roupas, sem luz, sem ventilação. Além das presas, nós vimos ali uma recém-nascida de 8 dias dormindo dentro da cela com a mãe. Se fosse pelo menos uma cela separada, só para gestantes, poderíamos entender com um pouco de razoabilidade a deficiência, mas interesse em resolver. Agora, a permanência de crianças recém-nascidas com as mães dentro das celas, e celas superlotadas... Celas com capacidade de 4, tinham 17 a 20 mães, emboladas, dormindo uma no meio da outra, e com 5, 6, 10 ventiladores jogando vento dentro da cela para fazer circular o ar. Então, a CPI entende que esse também é um problema sério que a CPI quer trabalhar com bastante cuidado com os Governos dos Estados e contando com a colaboração das instituições e entidades que fiscalizam e acompanham também o trabalho dentro do sistema carcerário brasileiro. O episódio do Pará é um episódio triste! A CPI, ainda hoje, vai ouvir a menor, antes de irmos ao Pará, onde nós vamos estar em audiência, amanhã, ouvindo os acusados daquele ato, que podemos chamar um ato de irresponsabilidade e insensibilidade relativo àquele episódio ocorrido no Estado do Pará. 2

4 Então, nós colocamos aqui também essa preocupação, que é um assunto que, daqui por diante, a CPI vai estar focando, que é a presença de recém-nascido na mesma cela que as detentas nos presídios brasileiros, que nós julgamos também que é um crime contra essas crianças a permanência nas celas dos mesmos aspectos. E nós vamos estar sugerindo aos Governos, de imediato, em fase até emergencial, que possam separar celas exclusivas para gestantes dentro do sistema carcerário e respeitando o limite da cela pelo menos para as mães que estejam nesse estágio, que julgamos ser uma atitude irresponsável e até criminal dos governantes em manterem crianças recém-nascidas com as mães dentro das mesmas celas em áreas superlotadas. Com a palavra o Deputado Luiz Carlos Busato. O SR. DEPUTADO LUIZ CARLOS BUSATO - Só para chamar a atenção, Presidente Neucimar Fraga, de que esse não é o único caso do Pará, pelo que se ouve falar. Perece que há mais denúncias de outros casos. E o que mais nos deixa entristecido é que é um Estado que está sendo dirigido por uma delegada, por uma juíza, um Estado que é governado por uma Governadora. Quer dizer, colocar uma menina de 15, não pelo fato de ter 15, porque qualquer idade que seja tivesse colocado uma mulher numa cela com 20 homens já é uma insanidade. Então, acho que vem em boa hora a CPI ir ao Pará verificar isso aí, no momento em que nós recebemos um relatório da ONU, onde diz que os nossos presídios há uma constante tortura denúncia da ONU a respeito do nosso sistema carcerário. Então, eu quero cumprimentar o Deputado Domingos Fraga pela... Domingos Dutra, aliás... O SR. DEPUTADO DOMINGOS DUTRA - Domingos Fraga é uma boa mistura, viu? O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga) - Agradeço o Fraga no Domingos. O SR. DEPUTADO LUIZ CARLOS BUSATO - Quero cumprimentar o Deputado Domingos Dutra pela iniciativa de solicitar esta CPI, que vem em boa hora, onde todos esses casos estão aparecendo. O SR. DEPUTADO DOMINGOS DUTRA - Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga) - Pois não. 3

5 O SR. DEPUTADO DOMINGOS DUTRA - Sr. Presidente, primeiro quero cumprimentar os nossos convidados, o Padre Günther, o Dr. Davi e o Padre Valdir, cumprimentar os Deputados e Deputadas e todos os presentes nesta audiência. Queria registrar a presença de 3 maranhenses que estão aqui, visitando também a CPI. Estamos com ida para o Maranhão, que vai ser, mais uma vez, adiada, em função da emergência. Sr. Presidente, eu considero que esse episódio do Pará coloca a CPI numa responsabilidade muito grande. Como, lamentavelmente, o nosso País muitas vezes só toma atitudes diante de casos gravíssimos como estes, eu espero que agora até mesmo a Presidência da Casa compreenda a importância desta Comissão Parlamentar de Inquérito. Acho que a Comissão deve, inclusive, endurecer suas atividades, diante do caos que nós temos visto. E diante desse caso do Pará, Sr. Presidente, eu acho que nós precisamos fazer uma reunião administrativa, precisamos reunir os nossos Sub-relatores, inclusive a Sub-relatoria da questão feminina. Nós temos várias mulheres na Comissão. A Deputada Cida Diogo é Subrelatora da questão da mulher encarcerada. Porque isso passou a ter um contorno muito grave, e não só por aquilo que nós já vimos e que V.Exa. relatou mulheres grávidas em celas superlotadas, crianças recém-nascidas em celas superlotadas, com mães e não mães Portanto, eu quero sugerir que, se possível, se não der para reunir hoje, mas, na quinta-feira, a gente faça uma reunião administrativa para, primeiro, dar funcionalidade às sub-relatorias, dando destaque para a Sub-relatoria da questão feminina. Estou muito esperançoso nesta audiência, porque nós temos tido dificuldades de obter informações mais concretas de dentro dos presídios. Os presos, por toda a razão, se negam a dar informações, porque, depois, eles vão sofrer represália do sistema público, vão sofrer represália de grupos. Portanto, eu espero que a Pastoral Carcerária nos ajude, nos revele tudo o que for possível. Se tiver indício, nos diga onde estão as fontes, os documentos, porque eu acho que esta CPI, Sr. Presidente, vai começar a pensar em indiciar muita gente. (Palmas.) No caso do Pará, eu já pedi à Consultoria para saber até onde vai o nosso limite. A minha vontade lá em Recife era mandar prender delegado, Secretário de Segurança, todo mundo. O SR. DEPUTADO LUIZ CARLOS BUSATO - Todo mundo. 4

6 O SR. DEPUTADO DOMINGOS DUTRA - Todo mundo. (Palmas.) Porque é inadmissível que a gente passe uma hora num presídio e descubra mulheres com 77 anos presas, descubra menor preso, descubra o caos, e o sistema, as autoridades não descobrem. O SR. DEPUTADO LUIZ CARLOS BUSATO - E há uma desfaçatez perante as nossas pessoas lá, ou seja, simulando de que nada está acontecendo, que está tudo bem. O SR. DEPUTADO DOMINGOS DUTRA - Tem um Poder que nós temos que na minha linguagem lá do Maranhão, que escarafunchar, que é o Poder Judiciário e o Ministério Público. O caso de Belém do Pará é emblemático. Há omissão do juiz, do promotor, do delegado. Não sei nem se é omissão, se não colocaram a menor ali para servir, deliberadamente, sexualmente os presos. Então, eu acho que esta CPI tem que tomar um rumo mais duro nas investigações, dentro da legalidade, dentro do Estado Democrático de Direito. Eu acho que nós temos que conversar com o Presidente Arlindo. Nós precisaríamos hoje mandar advogado para Belém, para a gente estar com a cópia do flagrante na mão. O SR. DEPUTADO LUIZ CARLOS BUSATO - É verdade. O SR. DEPUTADO DOMINGOS DUTRA - Porque do jeito que a CPI está trabalhando, de forma artesanal... Esta CPI precisaria ter uma equipe para ir na frente, para nos municiar com o processo, com informações. Eu acho que a gente tem que ir ao Presidente Arlindo, para a CPI ter as condições, para a gente fazer o trabalho que a sociedade reclama de nós. A gente está vendo que a imprensa, todo dia, revela fatos que nós não estamos conseguindo revelar, por conta da precariedade da nossa estrutura de funcionamento, estrutura material e estrutura humana. Portanto, Sr. Presidente, eu queria encerrar. Estou muito esperançoso que a Pastoral Carcerária, que tem uma dimensão dos presos no País, possa nos ajudar aqui com sugestões, com denúncias, nos diga nomes, porque esta CPI vai ter que começar a pensar em indiciar muita gente que está no aparelho de Estado, conivente, omissa com esse caos do sistema carcerário. Obrigado. O SR. DEPUTADO DR. TALMIR - Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga) Deputado Dr. Talmir. 5

7 O SR. DEPUTADO DR. TALMIR - Sem ser pela ordem, eu gostaria de cumprimentar todos da Mesa e dizer que está entre nós um grupo de mulheres, filhas e parentes de sentenciados do Estado de São Paulo, que vem trazer apoio à CPI e convidar para a manifestação que ocorrerá amanhã aqui em Brasília. Gostaria até que essas mulheres ficassem de pé, para que a gente desse uma salva de palmas para elas. (Palmas.) Sr. Presidente, a Associação Filantrópica Rolando Carbognin, que é de Presidente Prudente, lá onde nós fizemos uma visita, trabalha em prol das famílias de reeducandos. A manifestação pública amanhã terá 3 temas: o cumprimento da Lei de Execução Penal, ressocialização, liberdade de imprensa no sistema carcerário. Então, peço a liberdade que seja distribuída a programação. Amanhã, a concentração é em frente à Catedral. Faço também o convite extensivo aos companheiros da Mesa que puderem participar. Às 9h30, início da caminhada até a Câmara dos Deputados, e, às 11h30, encerramento da manifestação. É importante o que o nosso Deputado Domingos Dutra se referiu em relação à questão do Pará, mas ontem mesmo, pela manhã, eu estive na Cadeia Feminina de Pirapozinho. Foi até a pedidos da Deputada Cida Diogo e do Deputado Domingos Dutra. Realmente, a situação da mulher é horrível no sistema penal brasileiro. Ontem, em uma cadeia que comporta só 20, estavam 74 mulheres. Elas deveriam ser ouvidas, em média, entre 80 e 90 dias, mas estavam lá há 9 meses, sem uma resolução para o caso delas. Então, nós estamos aqui apoiando todo esse grupo e essa manifestação amanhã. A gente está aqui para parabenizá-los. Sabemos já do trabalho de vocês. Vocês vêm aqui simplesmente para fazer um resumo das atividades de vocês, para que nos enriqueça em relação a esta CPI e com essa platéia aí de mulheres que vai dignificar esta audiência pública hoje. Obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga) - Nós agradecemos ao Deputado Dr. Talmir. (Palmas.) Agradecemos a presença do grupo representando a Associação Filantrópica Rolando Carbognin, do Estado de São Paulo. Agradecemos a presença de todos. 6

8 E vamos, neste momento, passar a palavra ao Padre Valdir João Silveira, que é Coordenador da Pastoral Carcerária no Estado de São Paulo. Terá o tempo de 20 minutos, que poderá ser prorrogado a critério da Mesa desta Comissão. Com a palavra o Padre Valdir João Silveira, Coordenador da Pastoral Carcerária no Estado de São Paulo. O SR. VALDIR JOÃO SILVEIRA - Bom-dia. Gostaria de cumprimentar a todos; cumprimentar o Presidente da Mesa, o Deputado Neucimar Fraga; o Relator, Deputado Domingos Dutra; e as pessoas que estão nos acompanhando. Primeiro, sentimos contente por esse convite e também animados, porque, finalmente, o grito que sai dos cárceres chegou até aqui. Gritos que têm levado muita gente a morrer sufocada e esquecida. Milhares de pessoas já padeceram devido à omissão de tantos responsáveis em nosso País, e, diria, não só administrativo, Judiciário, Ministério Público, organizações responsáveis de inspeções e de acompanhamento. Então, a gente tem a esperança, Deputado, que daqui possam sair realmente medidas concretas e indiciar várias pessoas responsáveis por omissões, por não estarem cumprindo seu papel, que recebem altos salários para ser exercidos. Gostaria de dar, assim, um parâmetro geral, para, depois, detalhar alguns casos. Primeiro, a superlotação, ela tem sido o motor para criar as chamadas facções criminosas em nosso País. O descaso da pessoa ao ser presa, o abandono em relação à questão inicial, falta de técnicos que a receba no presídio. Ora, presídios foram feitos para ressocializar. Sabemos que, nos presídios, o índice de assistente social e psicólogo é em torno de 1 psicólogo, às vezes, para 500, 600 presos. Assistente social a mesma coisa. Há falha já no próprio quadro técnico. A pessoa apenada, ao entrar no presídio, deveria receber, por lei, um kit chamado higiene, material pessoal de barba e limpeza. A maioria dos presídios do País não fornece isso. Eles ficam dependentes do crime organizado, que vai dar sabonete, pasta dentária, creme de barbear, remédio e assim por diante. O Judiciário, outra lacuna fortíssima em nosso presídio. Nós temos um grande número de pessoas que ganharam já na Justiça por direito a remição de pena, o semi-aberto, a progressão de regime e continuam fechadas, esquecidas, passando até meses e anos, ou cumprindo o tempo todo o sistema fechado, quando deveriam 7

9 estar já no seu regime que tinham ganho de acordo com a lei. Como são pobres, não têm direito a esse acesso. Foram construídos os presídios fechados e não de alas de progressão, regime semi-aberto é esquecido, não é construído em nosso País. A questão da mulher, o caso do Pará, um caso que veio à tona devido à mídia, mas já se repete em vários Estados do País há muitos anos. A Pastoral tem levantado dados, mandado relatórios para o Ministério da Justiça já há vários anos e nunca teve retorno nenhum. O máximo que se dá, às vezes, é alguma visita, mas fica a cargo do Estado para tomar providências. Nós bem sabemos, doutores, que existe, por exemplo, na Lei de Execução Penal, o juiz tem por obrigação acompanhar os seus presos, fazer visita mensal a seus presídios. Me apontem, doutores, quais são os juizes que fazem isso no País. Eu conheço 2: um no Espírito Santo e um no Mato Grosso, em Cuiabá, que fazem isso, que entram no presídio, visitam a unidade, falam com os presos. A maioria se limita a apenas à sala da administração, registra no livro a sua presença. Agora, recentemente, com o Relator da ONU para Casos de Execuções Sumárias, eu acompanhei a visita dele a uma unidade prisional de São Paulo. E ele fez essa pergunta aos presos: Você conhece o juiz aqui no presídio? Os presos: Juiz no presídio, doutor? Isso não acontece aqui, nunca vimos. E o Relator tinha acabado de sair do fórum, onde o juiz garantia a visita mensal à unidade prisional. Então, esse disparate leva a que as pessoas presas, pobres, fiquem realmente à mercê do crime organizado para constituir até muitas vezes advogados. O Ministério Público. Se no Pará, como foi citado aqui pelo Relator, muito bem citado, se levanta agora a questão da responsabilidade do Governo, certo; do delegado, certo; das polícias... Mas qual foi o promotor que fiscalizou a cadeia, visitou? Qual foi o juiz que foi lá na cadeia? Não existe isso. Então, se indiciarmos responsáveis, não podemos esquecer desses organismos também que são os primeiros responsáveis pelos presos. E a opinião pública tem esquecido muito desse lado. As rebeliões se cobra só de uma dimensão, os outros Poderes, não. Agora, o que acontece em termos de dados do sistema prisional? Não estão vindo à tona hoje, no Estado de São Paulo, tantos descalabros devido a um certo acordo velado que existe também, devido essa ausência, falta de profissionais técnicos de segurança. 8

10 Para que não haja tantas rebeliões e tantas fugas, há uma concessão aí de entendimento entre líderes e, muitas vezes, com pessoas da administração. Uma visita nas unidades prisionais requeria uma presença junto aos presos nas situações de castigo, de segurança em lugares especiais. Nós temos acompanhado algumas visitas, até dos senhores, de alguns Parlamentares, mas que não adentram a cela de castigo e de segurança máxima para ver a realidade. Temos visto também organismos do Governo, seja Federal ou Secretaria, que visitam os presídios, mas não entram nas áreas de segurança de castigo e de seguro, onde se dão as maiores irregularidades de violência e de tortura. Hoje, vemos agora, justamente em São Paulo, uma reação, uma situação após rebelião que aconteceu a partir de maio do ano passado, já que as organizações criminosas, ao elaborar os seus estatutos, elas elaboraram como um sindicato de enfrentamento e também de força perante as violências que sofrem nos presídios, tudo isso que foi levantado há pouco por omissão, pelas lacunas dadas. Então, após as rebeliões, nós tivemos uma tática de chamar a atenção das populações, da sociedade civil para a questão prisional, através de cartas. Não houve efeito nenhum. Depois, tivemos uma greve de paralisação pelos presos, de fome. Também não houve reação. Agora, voltou novamente a questão das cartas. Os presos estão escrevendo às autoridades de todo o País, para que olhem para a situação em que se encontram, retornando aos princípios dos estatutos criados pelo crime organizado, principalmente naqueles mais antigos que são mais fortes hoje no Estado. Entre as mais de 12 facções que têm no Estado de São Paulo, quem está mais comandando essas cartas e ações se deve às 4 facções mais antigas no Estado, as mais fortes. A Defensoria Pública, criada recentemente no Estado de São Paulo, vem tentando preencher um dado que para nós seria uma grande solução, mas que falta a aprovação do Ministério Público e também do próprio Tribunal de Justiça sobre a criação de um programa, um software que a pessoa, ao ser presa, a Secretaria de Segurança Pública informasse a Defensoria Pública de imediato, pela Internet. E, assim, o preso pobre teria realmente um advogado. Dessa forma, aconteceria o mesmo que acontece para o preso rico, que não entra na cadeia, responde... Com a informação do Ministério Público então nomeado, responderia no aberto, como acontece com pessoas ricas que têm advogado particular. 9

11 Outro apelo que fazemos aqui então é que essa CPI possa avançar também na divulgação e na criação do Conselho da Comunidade que por lei deve ser criado em todas as comarcas do País, mas que são poucas as que têm e as que têm com dificuldade de funcionamento. Uma vez criado o Conselho da Comunidade, teríamos uma visita periódica mensal pela sociedade com os órgãos, como a OAB, o representante do próprio juiz, para ver a situação judiciária. Também que houvesse um apelo para os Conselhos Penitenciários de cada Estado. Eles não têm obrigação mensal, a periodicidade de visita, mas que fizessem também inspeção aos presídios, enviassem relatório aos Parlamentares também para que soubessem o que está acontecendo, os Conselhos Penitenciários. E também que o Conselho CNPCP, que é um conselho de políticas criminais de penitenciárias nacionais, fizesse nas visitas que faz aos presídios, quando solicitado, conversasse com os presos. Porque têm feito visita, sim, conversa com diretores, com funcionários e, às vezes, pedem que alguns funcionários chamem alguns presos para conversar, mas que eles entrassem também nas celas, ou pelas celas conversassem também com os presos. Temos visto muitos relatórios de autoridades federais e estaduais, mas que não entrevistam os presos nas celas. Então, o sujeito da história não é escutado. Então, que também as escolas de magistratura de todo o País preparassem um pouco os seus juizes para fazer visita e como fazer, como inspecionar um presídio, porque na magistratura não consta essa matéria. Para que o Ministério Público também. Com o peso que fizemos junto ao Presidente do Ministério Público em São Paulo, ele fez uma carta, que saiu no Diário Oficial, lembrando os promotores da sua obrigação de fiscalizar os presídios, mas também que houvesse o ensinamento aos procuradores de como fazer uma inspeção nos presídios, e que isso fosse cumprido. O que se tem alegado muito no Estado de São Paulo é que o juiz não visita e o Procurador não visita porque já foram ameaçados. Agora, os senhores imaginam: se os funcionários públicos, os agentes penitenciários também fossem ameaçados e abandonassem os seus postos de trabalho, não teria mais nenhum diretor de presídio nem segurança pública no presídio. Se o Ministério Público pode fazer com esse juiz porque que os senhores, também, não podem fazer? Então, que houvesse 10

12 uma cobrança, também, nesse acompanhamento sistemático dos Promotores Públicos junto ao sistema prisional. E que houvesse, também, um tipo de sugestão para as universidades; que houvesse mais trabalho/ estudo, mais presença de estudante para acompanhar e propor. Já temos alguns casos práticos que têm dado resultado realmente, quando as entidades civis e alguns locais, de algumas Comarcas atuam junto aos presídios. São poucos ainda. Com os estudantes universitários, com a sociedade, junto ao Conselho da Comunidade, conseguem adentrar, propor e trabalhar com os presos na formação do trabalho de ressocialização e também na sugestão de melhorias para a gestão penitenciária. Então, que houvesse esse incentivo junto às universidades de todo o País, para os estudantes também fazerem esse trabalho local. Obrigado pela plenária. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Neucimar Fraga) - Agradecemos ao Padre Valdir João Silveira, Coordenador da Pastoral Carcerária no Estado de São Paulo, pela sua participação nesta Comissão. Vamos ouvir, neste momento, o Dr. Davi Pedreira de Souza, que é coordenador da Assessoria Jurídica da Pastoral Carcerária. O SR. DAVI PEDREIRA DE SOUZA - Senhoras e senhoritas presentes, quero registrar a presença a todas neste momento. Sr. Presidente, Sr. Relator desta CPI, Srs. Parlamentares, tive a oportunidade de, estando aqui em Brasília, em um encontro de direitos humanos, assistir a uma sessão da CPI, quando ouvi um juiz de Execução Penal de Pernambuco e pude perceber o interesse que V.Exas. estão com o tema e a vontade de debater. Como disse o Padre Valdir, o Parlamento brasileiro está fazendo ouvir a voz dos cárceres que clama há muito tempo. É importante situar que a Pastoral Carcerária não é uma instituição que não faz coro com a sociedade. A gente não é contra a punição de infrator, a gente não é contra o Estado de Direito. Os que criticam os defensores dos direitos humanos, e a gente se posta e se encontra numa entidade dessa natureza, mas com plus de ser uma entidade religiosa, imaginam que a gente é babá de preso ou coisa do tipo, as críticas bobas desse tipo. Não há essa visão alienada nem essa visão utópica. A 11

13 entidade de direitos humanos na qual a gente se posta como essa ação também não está alienada de não querer o combate à criminalidade. A gente tem a visão crítica da sociedade, a gente entende que tem que enfrentar esse problema da criminalidade, tem que enfrentar o problema prisional, mas a questão é a seguinte: nós sabemos, é um jargão sociológico e jornalístico, que a reincidência penal no Brasil beira em torno de 75% a 80%, não é? Digamos que é um jargão, porque o próprio DEPEN não tem dados oficiais. Nós temos tido sempre encontros com o DEPEN não é, Padre Günther?, e o DEPEN informa: Nós não temos dados oficiais sobre isso. Mas a experiência que o DEPEN tem, que nós temos, que os juristas tem, beira nesses índices. Então, não precisa ser redundante e lembrar que o sistema prisional está falido. Aí, a gente traz à discussão o que temos visto nos grandes juristas do Brasil e do mundo inteiro, o Zaffaroni, da Argentina; o Secretário de Justiça Goiás, que tem uma postura respeitável nessa área, e outros que já começam a dizer: Olha, as leis são feitas e o Estado jurídico é feito dizendo que é para ressocializar, mas é uma balela. Ele mal pune, mal pune, não é? Mal pune por quê? Ao criar monstros e ter reincidência alta, ele cria marginais, não é? E em muitos Estados do Brasil há presos em cadeias públicas que fogem de forma muito fácil, também. Então, ele pune mal, não é? Hoje, já há essa discussão, não é?, de que alguns juristas, inclusive que têm posturas humanitárias, posturas progressistas, como um dos mais respeitados na América Latina, o Zaffaroni, e outros no Brasil, que já levantam essa discussão. Por essas coisas é que nós entendemos que é preciso, e esta Casa tem esse poder, o Poder Legislativo, refletir essa situação do ponto de vista do preso enquanto cidadão, não é? A gente tem uma herança recente de ditadura militar. Imaginem que a gente tem racismo, com tantos anos de, teoricamente, termos deixado o racismo; imaginem que temos machismo com a mulher votando há tantos anos e ainda temos machismo no Brasil, não é? Então, a ditadura militar é algo muito recente no Brasil. Então, a gente tem o preso como inimigo. O policial vê o preso como inimigo; o agente vê o preso como inimigo; a sociedade vê o preso como inimigo, não é? Eu me lembro de uma frase que um Vereador bem populista, de uma cidade bem pequena, que dizia assim: 12

14 Não tem cão sem dono. Oh! Doutor, não tem cão sem dono! Então, o preso é filho de alguém, é pai de alguém, é irmão de alguém, alguém o ama, é pessoa, não é? Além do que nós falamos, o DEPEN fala em 430 mil presos, e é importante ver, não temos esse número oficial aqui, mas, com certeza e aí os Padres Günther e Valdir podem-me ajudar uns 150 mil devem ser provisórios, na bestunta, como se diz lá no Maranhão, não é Deputado? Cento e cinqüenta mil devem ser provisórios. E desses provisórios muitos serão absolvidos. Muitos serão absolvidos. E aí vou entrar numa expressão jurídica assim: absolvidos com, não é?, o juiz entrando no mérito. Porque, às vezes, a absolvição é por prescrição, não julgou, não é?, sem mérito. Entrou no mérito, provou que é inocente. Então, muitos que estão presos serão inclusive absolvidos, não é? É importante a gente lembrar isso. Nós temos um sistema prisional de presos condenados e de presos provisórios, não é? Então, a gente não pode pensar, porque o crime nos incomoda e incomoda muito e a violência nos incomoda muito, porque a mídia faz esse sensacionalismo imenso em torno da violência, que tem que prender, punir e matar de qualquer jeito, não é? Eu estive nesta Casa, em uma dessas salas aqui debatendo o RDD-Max, e a Deputada do Rio de Janeiro Marina Maggessi, dizia: Olha, no caso do João Hélio, eu tive acesso ao inquérito e não tem prova lá de que os meninos sabiam que estavam puxando um menor nem que usaram arma de fogo. Mas criou-se esse sensacionalismo na mídia e todo mundo passa a dizer, não é? Então, a gente tem que pensar e refletir. Agora, por exemplo, nós nos estamos posicionando, como Pastoral Carcerária, com uma posição crítica em relação à videoconferência aprovada por esta Casa e pelo Senado Federal, não é? E, passamos às mãos dos senhores 2 textos nossos da Pastoral Carcerária sobre isso. Por quê? Primeiro, pela insegurança jurídica que vai trazer a videoconferência. Porque o Supremo, antes de ser aprovada a videoconferência nestas Casas, no Parlamento brasileiro, já havia dito o Supremo Tribunal Federal: é inconstitucional a videoconferência, porque fere o princípio da ampla defesa, o direito à defesa como um todo, porque tem vários princípios em torno disso, não é? O acesso à Justiça, que é um direito também constitucional. Portanto, é inconstitucional. É evidente que dá para dizer nesta Casa um resumo simples. Inconstitucional não quer dizer ilegal. Inconstitucional é mais do que ilegal, não é? Então, a vigência da lei, se for 13

15 sancionada pelo Presidente Lula, não suprirá a inconstitucionalidade. Viveremos a égide que vivemos por quantos anos? Acho que uns 10 do crime hediondo, em que cada juiz dá uma decisão diferente. Ah! A Lei do Crime Hediondo; é inconstitucional, não é inconstitucional; um Tribunal dizia que era e outro que não era, até o Supremo começar a estabelecer um norte quando julgou um HC de crimes hediondos em janeiro do ano passado. Então, traremos uma insegurança jurídica muito grande, podendo ter processos anulados. Nós poderemos ter processos anulados, por tribunais de segunda Instância, pelo STJ e pelo STF. E decisões serão nulas. Então, a gente terá insegurança jurídica em massa, como diz o Padre Rum. Em massa. Por quê? Porque se aprovou a lei pensando: Vamos economizar dinheiro; a gente transporta um preso de um lugar para o outro, é caro etc. etc. É importante lembrar que o Parlamento brasileiro, falei no Senado Federal e Câmara dos Deputados, ele legisla para os milhões de brasileiros. no caso de preso, para 430 mil presos e os possíveis que virão, porque a população prisional cresce muito. O Padre Günther lembra muito isso. A Lei de Crimes Hediondo inchou o sistema prisional, porque reduziu as progressões de pena, não é? Ao inchar o sistema prisional, criou mais monstros, nasceu o PCC, nasceram as grandes facções, não é?, aumentou-se o índice de reincidência, os presos estão saindo cada dia piores do sistema. Então, a gente pensa que, prendendo mais, melhora. Ao prender mais, estamos cada dia mais acuados; estaremos em uma situação que a gente vai imaginar que um PM na porta de casa vai resolver a criminalidade. Não vai resolver, não vai resolver a criminalidade. A criminalidade só vai ser resolvida e a questão prisional quando a gente investir em políticas públicas. E não há política pública para a criminalidade. O DEPEN é um departamento do Ministério da Justiça pequenininho, sem estrutura e sem recurso. O recurso que tem, que é do FUNPEN, é sempre contingenciado. Já se está dizendo que não se contingencia, a gente te que acreditar que é verdade; deve ser verdade que não está mais se contingenciando. Parece agora, não é?, mas é muito escasso. Os Srs. Deputados têm que situar uma questão jurídica inclusive, e a imprensa também: O sistema penal brasileiro é estadual. Nós temos aqui 2%, não sei se chega a 2%, de presos em presídio federal, 14

16 3% sei lá o quanto é. São quase 430 mil presos. Tem 2 unidades, acho que com... quantos presos? Não lembro. Então, o sistema brasileiro é estadual. A responsabilidade é dos Estados, e os Estados não têm dado prioridade, até porque é caro fazer sistema penal, a não ser em construir presídios. Nós fazemos Pastoral Carcerária há algum tempo, eu faço há 11, 12 anos, e a gente dizia, eu dizia lá no Estado, onde eu moro, a Bahia, e outros locais que a gente visita, os Governadores diziam: Olha, mas as unidades que nós temos para administrar foram construídas na década de 50, 60. Por isso elas não têm espaço para ressocialização, para atividades religiosa, psicológica, psicoterapêutica etc. e tal, etc. e tal. As unidades construídas agora são assim também. Os presídios federais foram construídos assim. Os presídios novos foram construídos assim. Não se tem um projeto de construir presídios arquitetonicamente voltados para tratar a pessoa enquanto pessoa. A idéia é punir, punir somente, E estamos há quantos anos, que, com base no humanismo, no iluminismo, a consolidação das religiões cristãs nesse lado de cá do ocidente do mundo, digamos assim, que a gente evoluiu, a pena vai de punição para ressocialização. Ora, balela! Mera balela! Padre Valdir estava falando agora na Rádio Senado, acho que na Rádio Câmara, não sei. Nós temos um número de profissionais que devem dar assistência aos presos, assistência de psicólogos, de assistente social, e muito pequeno. E onde tem... É bom que diga onde tem, porque há Estados no Brasil... Estamos falando da questão do Pará, da menina presa no Pará. Uma coisa gravíssima. Não é só no Pará. Lá onde eu estou, na Bahia eu moro na Rocinha, Itabuna, graças a Deus, e sou feliz da vida por isso, o Padre Günther esteve lá presente na cadeia em Itabuna, há uns 3 anos. Não esteve preso, não, viu pessoal. Aí, resultado: visitou lá, as mulheres ficavam na mesma cela que os homens, mesmo corredor. Durante o dia, todos no mesmo pátio; à noite, trancavam numa cela só, que evidentemente não é difícil de abrir. Se abrem carros nas ruas, fácil, se abrem portas, também a chave de uma cela não deve ser difícil de abrir. Isso há 3 anos. Em Paulo Afonso, na Bahia, o Padre Günther e o Padre Felipe também viram mulheres no mesmo espaço que homens, com adolescentes infratores adolescente, de 16, 17 anos de idade, não são crianças, evidentemente. Então, isso 15

17 não é uma peculiaridade do Pará, e foi bem lembrado pelo Relator, e temos que situar isso juridicamente. Essa responsabilidade não é só do Poder Executivo. Essa responsabilidade é principalmente da ciência do fato do Poder Executivo no sentido das autoridades policiais, é verdade. Mas a ciência do fato é do Poder Judiciário, que tem que fiscalizar, visitar e, principalmente, do Ministério Público, que é autor da ação penal. E, ao ser autor da ação penal, deve exercer uma função de fiscalização da atividade policial. E a gente fala isso porque os presos estão em cadeias, como no Pará, como em vários Estados do Brasil. Não vamos pensar que isso é problema do Pará, que é no norte do Brasil, realmente uma situação mais gritante, e o Nordeste também. Mas Curitiba tem presídios modelos, é bem verdade, mas tem cadeias iguais às do Nordeste e do Pará. Curitiba, sul do Brasil. No Espírito Santo, a gente sabe do caos do sistema prisional, que é algo emblemático. Se coloca preso lá. O Padre Valdir esteve lá, aquele negócio que bota e vem no navio. Como se chama aquela coisa, aquele negócio retangular, fechadão? Container. Mato Grosso também, Espírito Santo também. Então, o sistema está inchado. Tem-se que gastar muito dinheiro, mas tem-se que gastar muito dinheiro pensando o que é que tem que fazer, não é? Pontualmente, a gente vai tergiversando, a questão é muito complexa. Nós, então, nos posicionamos que essa videoconferência, como aconteceu, não seria positiva. Entendemos que é algo possível. No texto que eu distribuí para os senhores, inclusive aí dissemos que em alguns aspectos ela pode até ajudar, o Padre Günther lembra muito isso, como, por exemplo, nas cartas precatórias. Por que carta precatória? Para situar aqui o nosso plenário também. O cidadão pratica um crime e viaja de um lugar para outro. Ele responde processo em um lugar e está preso em outro lugar, e, às vezes, quer ouvir uma testemunha em outro lugar. A videoconferência pode ser um instrumento importante na carta precatória. Pode ser um instrumento importante. O problema é que se criou a lei de videoconferência, que o Presidente Lula está a sancionar ou não. E eu estava vendo só o maior Estado da Federação, São Paulo: 150 mil presos. Agora, em São Paulo, agora, deve ter 1 ano não é, Padre Valdir? é que se criou a Defensoria Pública de São Paulo. Não tinha, não tinha. Agora, criou a 16

18 Defensoria. Então, no ano de 2005/2006. São Paulo já tem 400 defensores, me disse o Padre Valdir, não sei se trabalhando ou concursados tem de ver se já estão trabalhando também, não é? Trabalhando ou concursados. Pode não ter sido chamados todos. Chamados o Padre Valdir diz que foram chamados 400 defensores para o Estado de São Paulo, para 150 mil presos. Defensor para tudo: para criança, adolescente, para ação de tutela, curatela, ação de alimentos, investigação de paternidade. Toda a demanda do excluído, do pobre, que não tem dinheiro para pagar advogado, vai para a Defensoria. Digamos aí que uns 150 desses 400 vão atuar no sistema prisional. Vamos exagerar, vamos exagerar para o bem, como falam: 200. Não dá para você pensar que 200 defensores públicos de São Paulo vão cuidar de 150 mil presos, porque quando a gente fala sempre preso, coloque outro P na frente: pobre. Ficar dizendo toda hora é perda de tempo. Preso é pobre. Então, como é uma coisa óbvia, vamos dizer só essa vez aqui. Então, 150, 200 defensores em São Paulo não vão dar assistência, como não dão. E por isso a gente tem dito lá na Bahia, por exemplo, eu e o Padre Felipe, que é Coordenador da Pastoral de lá, andamos dizendo por uns 2 anos, o tempo todo, e ninguém do Judiciário contestou. Ninguém contestou no Ministério Público. Tem aí um terço de presos que estão condenados inocentes, ou que teriam penas muito mais brandas, porque não têm defesa. Nós estamos cansados de ver processos em que o Ministério Público graças a Deus, em geral, ganha um salário de 15, 16, 17 mil reais, e tem uma estrutura hoje, graças a Deus. Que bom que tenha! faz um trabalho de promotor de justiça, que não consegue, porque é uma tradição que não se vai mudar de uma hora para outra, de ser um promotor tão amplo. Atua mais na acusação. É uma tradição, é uma história, é uma série de questões. Então ele faz um trabalho grande, bem-feito nas suas alegações finais. Aí o juiz não tem quem defenda o réu. Não tem quem defenda. Ele tem que sentenciar. Ele nomeia o chamado defensor ad hoc nome lindo, em latim para o ato. O que ele faz? Ele pega o processo, não rejeita aquela nomeação do juiz porque ele não quer ficar mal com o juiz. O juiz nomeou, ele tem de fazer. Ele folheia o processo. 17

19 Nós temos visto constantemente que em 3 linhas ele escreve chavões jurídicos: A defesa informa que a acusação do parquet parquet é o nome do Ministério Público em francês, nome chique, mas ele escreve todo dia isso não deve prosperar, porque é apenas a sanha acusatória do representante do Ministério Público. Portanto, pugnamos para a defesa do réu. Acabou. Só isso. Não foi ouvida testemunha, não foi ouvido ninguém, ele não estudou o processo, e o juiz condena. O juiz condena. Por quê? Porque não tem defesa. Isso é algo concreto. Não tem defesa. Certo? Então, nessa situação de falta de defesa, criar videoconferência é algo complexo, para não dizer tornar mais injusto ainda o Poder Judiciário nesse aspecto. Neste aspecto, quero deixar claro. Então, o defensor vai estar onde, na sala de audiência, ou no presídio? E se ele está nas cadeias superlotadas imundas do Brasil que tem por aí afora? Tem Estado com 40% de presos em cadeia, com 50% de presos em cadeia. Se ele está na cadeia pública e ele foi preso em flagrante e apanhou do policial, ele vai dizer para o juiz, na sala com o policial do lado, que ele apanhou na videoconferência? Vai? Não vai dizer. É claro que não! E a OAB Nacional explicou muito isso numa nota da OAB sobre esse aspecto da videoconferência. Portanto, entendemos que este Parlamento precisa criar mecanismos e o Padre Günther conhece experiências internacionais sobre isso de que se criem leis de responsabilidades, como a Lei de Responsabilidade Fiscal, por exemplo. Tem que ter limites para o sistema prisional, limites para condenação, limites para punição, limites para prisão, limites orçamentários, gastos de recursos. É preciso regulamentar essas questões de forma macro, como se fez. O Ministério Público do Brasil, por exemplo, em vários Estados eu creio que foi uma ação do Conselho Nacional do Ministério Público, atuou muito bem no combate ao nepotismo. O nepotismo está sendo extinto no Brasil. Isso é uma coisa maravilhosa! Quem de nós não vai bater palmas para isso? Mas o Ministério Público, na questão da tortura, não tem feito o seu papel. A tortura é algo cotidiano nas cadeias públicas do Brasil. Nas secretarias de justiça, no sistema prisional das secretarias de justiça, de fato, tem reduzido em muitos Estados; em outros, não. Tem reduzido, há avanços na questão da tortura nas unidades das secretaria de justiça. Mas nas cadeias públicas, 18

20 onde estão muitos presos, Estados considerados da Federação, como a Bahia, têm 40% de presos em cadeias. Não sei como está São Paulo, Padre Valdir. Tem muito preso em cadeia em São Paulo? O SR. PADRE VALDIR JOÃO SILVEIRA - Reduziu bastante. O SR. DAVI PEDREIRA DE SOUZA - Reduziu bastante. Mas ainda tem também. Pernambuco tem preso em cadeia. Minas Gerais é um Estado grande da Federação, um Estado importante da Federação, e tem muitos presos em cadeias. Parece-me que o número, há uns 2 anos, a gente ouvia dizer do Estado de Minas de 80% de presos em cadeias. Eu não tenho esses números oficiais, mas os senhores, com certeza, saibam disso. Mas é assim. Eu estive em Belo Horizonte e vi cadeias em Belo Horizonte onde tinha 30 presos numa cela, 20 presos numa cela. Então, os Ministérios Públicos não cumprem o seu papel de fiscalizador da atividade policial, que é um papel que está vinculado à questão prisional, porque muitos presos estão em cadeias, e não cumprem o seu papel de autor da ação penal na questão do combate à tortura, porque a tortura prolifera no Brasil e é impune. O Brasil é campeão da tortura, isso não tem nem dúvida. Nós sabemos disso, a gente presencia, a gente vê isso. Eu pessoalmente faço, como advogado, em nome da Pastoral Carcerária, constantemente a gente chama de notícia crime, notitia criminis, em latim, a gente noticia o promotor: Promotor, estive lá no presídio, vi o preso Fulano de Tal, olhei lá no corpo dele, tem uma lesão compatível com tortura, no olho, no braço, na perna, em tal lugar etc. e tal, vamos lá, vamos fazer alguma coisa. Aí eu uso a linguagem jurídica, aponto qual seria a materialidade, mais ou menos, suspeito, como é que é. Primeiro problema: quase nunca se consegue fazer a perícia. E aí já foi para o ralo a possibilidade de processo criminal, porque não tem prova material. Por quê? Porque a política técnica é totalmente desestruturada nos Estados e muitas vezes está dependente das Secretarias de Segurança. É uma grande discussão os senhores devem saber que esta Casa também trava essa discussão em outros fóruns que é a questão da autonomia das polícias técnicas. Então, a questão da tortura começa com o problema das perícias, porque não se consegue fazer perícia muitas vezes. O promotor, quando faz o ofício para a perícia eu conheço promotores com 30 anos de promotores, muito atuantes, 19

21 sérios, não tenho nenhuma dúvida da honestidade do trabalho, da competência, com 30 anos de promotor, eu denuncio que o preso apanhou numa delegacia de polícia, ele manda o ofício para o delegado suspeito de ser o autor da tortura ou o policial, para mandar fazer o exame de corpo de delito. Meu filho de 16 anos, entrando na faculdade, vai saber que isso é uma tolice, é óbvio. Não é verdade? Macaco, tome conta da banana, e não come a banana, porque ela não é coisa boa! Não dá, não é verdade? Isso acontece constantemente. O Ministério Público parece que finge que não sabe o que fazer na era da tortura, porque não dá para pensar nisso. Pois não, Sr. Deputado. Então, essa é uma questão emblemática também, que precisa ser atacada, e essa questão passa pela atuação do Ministério Público. Nós estamos aqui, eu e o Padre Günther, começando a debater essas questões no Conselho Nacional do Ministério Público e no Conselho Nacional de Justiça, também, aqui em Brasília. Bom, a questão do Judiciário. É importante pontuar que um preço que o sistema penal paga, digamos assim, aqueles que custodiam os presos, os Estados da Federação, pagam um preço da lentidão do Judiciário, porque é assim: o sistema penal tem um problema estrutural de superlotação, de não ressocialização, de não ter estrutura, de não ter recursos e de só marginalizar mais ainda. Isso é um problema do Poder Executivo. Não investe recursos, a sociedade não entende que isso tem que ser feito. Nós da sociedade achamos que tem que prender, punir e matar. Nós fizemos opção de ser cristãos, aqui, com certeza. Talvez tenha um que vai dizer: Não, eu sou ateu. Ou outro vai dizer: Eu sou judeu. É normal, pode ser. E outro vai dizer: Eu sou budista. Mas com certeza Buda também é uma experiência de amor profunda. Eu conheço pouco do budismo. Então a gente faz experiência religiosa de vida, de amor, de misericórdia, de perdão, de tratar as pessoas, de cuidar, e a gente acha que tem que prender, matar e punir. Não, matou tem que matar; torturou, tem que torturar. A lei de Talião. Não é verdade? Então, a gente precisa entender que isso tem que ser resolvido e suprido pela ação do Estado, mas a sociedade tem que mudar o seu papel. Então, o sistema prisional paga um preço do Poder Executivo, que não investe no sistema e só trata em punir mal. Mas o sistema penal, os Estados 20

22 carregam um fardo que não é deles, que é do Poder Judiciário. E aí o Poder Judiciário vamos tirar a expressão Poder Judiciário, que stricto sensu quer dizer magistratura, vamos usar a expressão justiça, que significa magistratura deficitária, sem estrutura, começando a melhorar em alguns locais, mas muito deficitária no Brasil, muito deficitária a estrutura de recursos, de números de juízes, de aparelho estatal, de escrivão, serventuário, de tudo. Então, aí é magistratura, o Executivo estadual, dos Estados, do Brasil; o Ministério Público, que tem melhorado o número de promotores no Brasil, em geral tem crescido muito o número de promotores no Brasil, a estrutura dos ministérios públicos melhorou muito. Não é a ideal, mas melhorou, mas na área da tortura não cumpre o seu papel. Isso a gente diz claramente, não tenho vergonha de dizer isso: não cumpre o seu papel na área da tortura, e aí cria uma insatisfação de impunidade. E Justiça inclua-se defensoria. Seria aquele triângulo que a gente fala lá no início da faculdade: o juiz e as partes. As partes seriam o juiz, o promotor, o Ministério Público e o defensor. A defensoria, a gente sabe que ela... Agora São Paulo criou defensoria, é bom que se diga isso, o maior Estado da Federação. Vários Estados do Brasil não têm defensorias. Lá no meu Estado, a Bahia, agora tem 130 defensores agora, de um ano para cá. Tinha 90. A gente sempre bota 110 trabalhando, porque licença-maternidade etc. e tal, você bota 110 defensores para 17 mil presos. E aí uns 8 mil presos, entre eles provisórios, sendo processados. Então a defensoria não cuida dos processos. Então, a lentidão do Judiciário é devida às estruturas dos Tribunais de Justiça, que são precárias, ao descompromisso nessa questão, ao Ministério Público, que nós entendemos que é responsável pelo seu papel também na questão da tortura, e à falta de defensorias estruturadas para que haja uma defesa eficaz para os presos, o que não existe. A defesa é de faz-de-conta. Não queremos dizer que todo preso é inocente. A gente não pode apregoar isso. Não. Muitos presos são culpados e devem ser punidos, mas é preciso saber. Se os senhores folhearem processos criminais, os senhores vão folhear a acusação do Ministério Público, as alegações finais... Desculpem. Acusação, não, porque o Ministério Público é promotor de justiça. Não vamos travar esse debate aqui, porque deve ter gente do Ministério Público, e podem se sentir ofendidos com 21

23 o que eu falei. O promotor de justiça fez o seu trabalho de alegações finais, pontuado, profundo, estudado, e a defesa fez aquele trabalho que eu disse para os senhores aqui. Isso é desequilibrado, a balança da justiça é desequilibrada nesse sentido. Portanto, a gente tem esse problema. Então, o sistema penal carrega um preço do Poder Judiciário, da Justiça, digamos assim, não do Poder Judiciário. Nós também estivemos aqui nesta Casa debatendo a questão do RDD-Max, que está sendo discutido na Casa, que é a criação de um projeto de lei para ampliar o RDD vou encerrar, então de 1 ano para 2 anos, ou prorrogável até para mais. Nesse texto que divulgamos aí para V.Exas. demos a nossa opinião de que a gente não pode legislar por casuísmos. Criar o RDD - Max ou a videoconferência porque tem um preso que tem que ser transportado de um Estado para outro e custa caro é muito grave, porque nós estamos criando leis para 430 mil presos e para os futuros que virão. É preciso pensar em medidas que resolvam a questão estrutural, e não medidas que resolvam uma questão ou outra, porque, como na videoconferência, por exemplo, o Padre Günther estava falando ali para a Rádio Senado agora, é muito mais fácil o juiz ir para a sala de audiência do preso. Por que o juiz não vai fazer audiência lá, um juiz, um promotor e um defensor não vai fazer uma audiência no presídio? Por que tem que ir 80 agentes federais, e isso, e aquilo e aquilo outro, e o juiz não vai para o presídio? Um presídio federal é inseguro para um juiz ir numa sala fazer uma audiência? Será que é inseguro? Será que tem de gastar esses milhões todos e criar uma lei para criar a videoconferência porque o juiz não quer ir no presídio? Graças a Deus, inclusive, os juízes, em geral, são muito bem remunerados neste País. Já passa de uns 8 anos, ou 5, talvez, que os juízes reclamavam de não ter uma remuneração condizente com a altura de sua função. Portanto, nós entendemos também que essa questão da RDD - Max está sendo discutida muito na casuísmo, no calor da emoção, e não resolve o problema, além de ir de encontro ao ordenamento jurídico vigente, por várias questões que estão pontuadas aí. Mas em respeito ao tempo eu encerro a minha colocação. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Luiz Carlos Busato) - Muito obrigado, Dr. Davi. 22

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