A DOUTRINA DE CRISTO DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO

Transcrição

1 A DOUTRINA DE CRISTO DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO (sec. I ao sec. IV) 1. IGREJA PRIMITIVA: Considerava Cristo como sendo humano e divino. Filho do homem e também Filho de Deus. Era considerado legítimo objeto de culto. Por influência do judaísmo, os primeiros cristãos a questionar e negar a divindade de Cristo foram os Ebionitas. Os Ebionitas buscavam conciliar o Cristianismo com o Judaísmo, pregando que a Lei e os rituais judaicos precisavam ser mantidos no Cristianismo. Consideravam Paulo um apóstata. Não acreditavam na divindade de Cristo. Para eles Jesus era um homem comum, tornando-se o Cristo somente depois do seu batismo. Na Bíblia este grupo é conhecido como os judaizantes. (Atos / Gal )

2 A DOUTRINA DE CRISTO DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO (sec. I ao sec. IV) 2. GNÓSTICOS: Em contrapartida aos Ebionitas, o Gnósticos, influenciados pela Filosofia Grega, rejeitavam a ideia da encarnação de Cristo. Consideravam Jesus um ser espiritual com um corpo fantasmagórico, ou viam a natureza divina de Cristo sem qualquer ligação com a natureza humana. 3. Arianismo: Vindo de Alexandria, Ario defendia que Jesus não era da mesma substância de Deus, mas sim uma criatura super-humana, pré-temporal, mas não igual a Deus. Outro teólogo, conhecido como Atanásio (sec.iv), contestou vigorosamente o Arianismo defendendo que Jesus é consubstâncial ao Pai e da mesma essência do Pai. Esta posição foi oficialmente adotada pelo Concílio de Nicéia em 325 d.c.

3 A DOUTRINA DE CRISTO DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO (sec. I ao sec. IV) Após diversos debates, a Igreja, no Concílio de Calcedônia (451 d.c.), concluiu que a doutrina da dupla natureza de Cristo é verdadeira. Tal doutrina afirma ter Cristo ao mesmo tempo a natureza divina e humana, sendo um mistério revelado pela Palavra de Deus. Também é um artigo de Fé, muito acima da compreensão humana.

4 PROVAS BÍBLICAS D: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (João 1:1) E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. (João 1:14)

5 PROVAS BÍBLICAS D: deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém! (Romanos 9:5) porquanto, nele (Cristo), habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. (Colossenses 2:9)

6 PROVAS BÍBLICAS DA HUMANIDADE DE CRISTO: Jesus nasceu: Lucas 2.7 Jesus teve fome: Mateus 4.2 Jesus teve sede: João Jesus sentiu tristeza: Mateus Jesus se casava: João 4.6 Jesus dormia: Marcos 4.38 Jesus sentiu agonia: Lucas Jesus tinha vínculos sociais: Mateus Jesus chorou: João Jesus morreu: Lucas 23.46

7 PROVAS BÍBLICAS DA HUMANIDADE DE CRISTO: Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória. (1Tm 3:16)

8 Cristologia na Confissão de Fé Helvética (Igrejas Reformadas da Suíça em 1566) Reconhecemos pois que há no único e mesmo Jesus, nosso Senhor, duas naturezas a natureza divina e humana; e dizemos que estas são ligadas ou unidas de modo tal, que não são absorvidas, confundidas ou misturadas, mas, antes, são unidas ou conjugadas numa pessoa, de modo que podemos cultuar a Cristo, nosso Senhor, e não a dois.

9 Confissão de Fé de Westminster ( ) CAP VIII Parágrafo II O Filho de Deus, a Segunda Pessoa da Trindade, sendo verdadeiro e eterno Deus, da mesma substância do Pai e igual a ele, quando chegou o cumprimento do tempo, tomou sobre si a natureza humana com todas as suas propriedades essenciais e enfermidades comuns, contudo sem pecado, sendo concebido pelo poder do Espírito Santo no ventre da Virgem Maria e da substância dela. As duas naturezas, inteiras, perfeitas e distintas a divindade e a humanidade foram inseparavelmente unidas em uma só pessoa, sem conversão, composição ou confusão; essa pessoa é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, porém, um só Cristo, o único Mediador entre Deus e o homem.

10 Comentário da Confissão de Westminster C.H. Dodge O Filho de Deus tomou sobre si a natureza humana: ato de sua livre e consciente escolha. A natureza humana do Filho de Deus veio de Maria; a natureza divina eternamente lhe pertence, e não sofreu alteração no Verbo encarnado. Ele foi gerado, humanamente falando, pelo poder do Espírito Santo, não por conúbio geracional direto, como se o Espírito fosse pai de Jesus. As duas naturezas não existem paralelamente, mas unitariamente em Cristo Jesus. A ressurreição mostrou a biunidade de naturezas do divino Redentor.

11 Comentário da Confissão de Westminster C.H. Dodge O romanismo, ao afirmar que Maria é mãe de Deus, coloca a criatura como geradora do Criador, que passa a ser dependente daquela que, segundo o desejo da criação, é apenas imagem e semelhança de seu Criador ( Gn ). O constrangimento causado aos reformados pelo dogma da maternidade mariana do Verbo divino e o apelo popular do marianismo têm feito o catolicismo defender, cada vez com mais intensidade, a divindade da genitora de Jesus, propondo a sua inclusão no corpo unitário de Deus, que passaria a ser: Pai, Mãe, Filho e Espírito Santo.

12 Comentário da Confissão de Westminster C.H. Dodge A Segunda Pessoa da Trindade, sendo o eterno Filho de Deus, incriado, não pode proceder, quanto à essência da divindade, de um óvulo de mulher. Ele é o Criador de Maria, não sua criatura : Todas as coisas foram feitas por intermédio dele e, sem ele, nada do que foi feito se fez ( Jo 1.3 ). A natureza humana Ele a tomou por livre iniciativa, sendo Maria eleita dentre tantas mulheres, igualmente dignas, para servir de instrumento passivo na mão da Trindade, efetivandose, pelo mistério da encarnação, a inclusão da divindade no universo humano.

13 O Pai é [...]um só Deus um só Deus, Pai Onipotente, Criador do céu e da terra, de todas as coisas, visíveis e invisíveis; o Filho é o [...] Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, gerado do Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz de Luz, Verdadeiro Deus de Verdadeiro Deus, gerado e não feito, da mesma substância do Pai, por meio do qual todas as coisas vieram a ser... (Credo Niceno)

14 Esta é uma explicação antropomórfica, isto é, em termos humanos, de uma realidade divina que escapa totalmente à possibilidade de compreensão da mente humana. A Escritura usa categorias humanas para nos dar vislumbres de categorias transcendentais. A geração de filhos é categoria humana. A eterna e divina geração do Unigênito do Pai é categoria divina. (Rev. Odayr Olivetti)

15 JESUS ADMITIU SER DEUS?

16 JESUS ADMITIU SER DEUS? Sim. Em declarações: Eu e o Pai somos um. (João 10:30)

17 JESUS ADMITIU SER DEUS? Sim. Comentário: Nesta declaração Jesus diz que é um com o Pai pois compartilha da mesma essência, ou mesma natureza. Ambos são divinos. (Rev Hernandes Dias Lopes)

18 JESUS ADMITIU SER DEUS? Sim. Em declarações: Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis; mas, se faço, e não me credes, crede nas obras; para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai. (João 10:37-38)

19 JESUS ADMITIU SER DEUS? Sim. Declarações: Tornou a interrogá-lo o sumo sacerdote e lhe disse: És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito? Jesus respondeu: Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu. (Marcos 14:61-62)

20 JESUS ADMITIU SER DEUS? Sim. Acusação que levou Jesus à morte: Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo. (João 10:33)

21 JESUS ADMITIU SER DEUS? Sim. Em suas declarações: Eu sou o pão da vida (João 6.35;48) Eu sou a luz do mundo (João 8.12) Eu sou a porta das ovelhas (João 10.7;9) Eu sou o bom pastor (João 10.11) Eu sou a ressurreição e a vida (João 11.25) Eu sou o caminho, a verdade e a vida (João 14.6) Eu sou a videira verdadeira (João 15.1;5)

22 JESUS MOSTROU SER DEUS? Sim. Em suas obras (pg. 16 da apostila): Existência eterna; Onipresença; Onisciência; Perdão de pecados; Juízo; Digno de adoração; etc...

23 SE JESUS NÃO É DEUS, ENTÃO ONDE ESTÁ A NOSSA SALVAÇÃO? Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há salvador. (Isaías 43:11)

24 SE JESUS NÃO É DEUS, ENTÃO ONDE ESTÁ A NOSSA SALVAÇÃO? Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. (Mateus 1:21)

25 SE JESUS NÃO É DEUS, ENTÃO ONDE ESTÁ A NOSSA SALVAÇÃO? Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem. (João 10:9)

26 SE JESUS NÃO É DEUS, ENTÃO ONDE ESTÁ A NOSSA SALVAÇÃO? Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna. (João 6.47)

27 SE JESUS NÃO É DEUS, ENTÃO ONDE ESTÁ A NOSSA SALVAÇÃO? Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. (Atos 16:31)