UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA E ZOOLOGIA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA E ZOOLOGIA ESTRUTURA DO HABITAT E COMPOSIÇÃO DA COMUNIDADE DE AVES DE UMA REGIÃO NO SEMIÁRIDO DA BAHIA NATAL/RN 2017

2 ii RAISSA DANIELLE PRAXEDES GRANGEIRO ESTRUTURA DO HABITAT E COMPOSIÇÃO DA COMUNIDADE DE AVES DE UMA REGIÃO NO SEMIÁRIDO DA BAHIA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do diploma de Bacharel em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Orientador: Prof. Dr. Mauro Pichorim NATAL/RN 2017

3 iii RAISSA DANIELLE PRAXEDES GRANGEIRO ESTRUTURA DO HABITAT E COMPOSIÇÃO DA COMUNIDADE DE AVES DE UMA REGIÃO NO SEMIÁRIDO DA BAHIA Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Aprovada em: 30/11/2017. BANCA EXAMINADORA: PROFº. DR. MAURO PICHORIM DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA E ZOOLOGIA DR. GUILHERME SANTOS TOLEDO DE LIMA DRA. CAROLINA MARIA CARDOSO AIRES LISBOA

4 iv AGRADECIMENTOS A Deus por minha vida, família е amigos. A esta universidade, seu corpo docente, direção е administração que oportunizaram а janela que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela acendrada confiança no mérito е ética aqui presentes. Ao professor Dr. Mauro Pichorim, pela oportunidade е apoio na elaboração deste trabalho. Aos meus pais, Morgana e Grangeiro, pelo amor, incentivo е apoio incondicional. Ao meu Marido Rodrigo, apoio, incentivo nas horas difíceis, de desânimo е cansaço. Meus agradecimentos aos amigos e companheiros de trabalhos de campo que fizeram parte da minha formação е que vão continuar presentes em minha vida com certeza. A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, о meu muito obrigado.

5 v RESUMO Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito da cobertura vegetal de Caatinga na comunidade de aves de uma região nos municípios de Caetité e Pindaí, Bahia, nordeste do Brasil. Foram determinados dez pontos de levantamento em remanescentes da região, delimitado o raio de 1 km a partir do ponto de escuta e definido o tipo de vegetação como Caatinga Arbórea, Caatinga Arbustiva, Caatinga Herbácea e Solo Exposto. Levantamentos quantitativos foram realizados em dez pontos de escuta com duração de 20 minutos, sendo quatro eventos em cada ponto ao longo de um ano, nos meses de março, junho, setembro e dezembro de Devido à ocorrência de chuvas, os meses de março e dezembro foram considerados como período chuvoso, e junho e setembro como período seco. Foi possível registrar 115 espécies de aves para a região do estudo. Houve diferença significativa de riqueza quando comparados os períodos de seca e chuva. A cobertura vegetal não foi suficiente para explicar os grupos tróficos do local. Já com relação à sensitividade, o resultado se mostrou significativo (p = 0,004) para espécies com alta sensitividade que tendem a aumentar o seu número com o aumento de vegetação arbórea. O mesmo aconteceu para as espécies dependentes de florestas, apresentando resultado significativo (p = 0,007) em áreas de Caatinga Arbórea, mostrando que mesmo em pequena porcentagem, as áreas de Caatinga Arbórea ajudam a manter mais da metade das espécies de aves da região, visto que 59 espécies (51,2% do total registrado) são dependentes ou semi-dependentes de floresta. PALAVRAS CHAVE: Aves, Cobertura Vegetal, Riqueza, Sensitividade, Dependência, Grupos tróficos.

6 vi SUMÁRIO LISTA DE TABELAS... vii LISTA DE FIGURAS... viii 1. INTRODUÇÃO OBJETIVOS Geral Específicos MÉTODOS RESULTADOS DISCUSSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS ANEXOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 49

7 vii LISTA DE TABELAS Tabela 1: Pontos de escuta de aves uma área de Caatinga, Bahia, nordeste do Brasil com seus respectivos tipos de vegetação (arbórea, arbustiva, herbácea e solo exposto), obtidos a partir do Google Earth Pro (Área total de cada ponto: 3.140m 2 ) Tabela 2: Lista da avifauna registrada na área de Caatinga numa região do semiárido da Bahia nos meses de março, junho, setembro e dezembro de 2016, de acordo com a nomenclatura do CBRO Uso do Habitat (RIDGELY & TUDOR, 1994; RIDGELY & TUDOR, 2006; SICK,1997 e SILVA et al., 2003): IND = Independente; SMD = Semi-dependente; e DEP = Dependente. Sensitividade (STOTZ et al., 1996 e SILVA, 2003): B = Baixa; M = Média; e A = Alta. Hábito Alimentar (MATARAZZO-NEUBERGER, 1995; SICK, 1997; RODRIGUES, 2007; AGNELO, 2007 e MACEDO, 2012): F = Frugívoros; G = Granívoros; I = Insetívoros; N = Nectarívoros; O = Onívoros; C = Carnívoros; D = Detritívoro. Ameaça (MMA, 2003 e 2008): AM= Ameaçada. Ameaça (IUCN, 2015): LC= Pouco Preocupante; NT= Quase Ameaçada. Estação (IMNET,2017) C = Chuva e S = Seca Tabela 3: Resultado das análises de regressão entre a riqueza observada de aves e a estrutura do habitat em uma área de Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil. R 2 = Porcentagem que a variável dependente é explicada pela variável independente. F = Anova. P = significância Tabela 4: Resultado das análises de regressão entre a sensitividade das espécies de aves registradas de aves e a estrutura do habitat em uma área de Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil. R 2 = Porcentagem que a variável dependente é explicada pela variável independente. F = Anova. P = significância Tabela 5: Resultado das análises de regressão entre a dependência de habitat das espécies de aves registradas de aves e a estrutura do habitat em uma área de Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil. R 2 = Porcentagem que a variável dependente é explicada pela variável independente. F = Anova. P = significância Tabela 6: Número de espécies de aves registradas em suas respectivos grupos tróficos em cada um dos Pontos de escuta do estudo uma área de Caatinga, Bahia, nordeste do Brasil Tabela 7: Resultado das análises de regressão entre a quantidade de grupos tróficos das espécies de aves registradas de aves e a estrutura do habitat em uma área de Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil. R 2 = Porcentagem que a variável dependente é explicada pela variável independente. F = Anova. P = significância.. 39

8 viii LISTA DE FIGURAS Figura 1: Localização dos pontos de amostragem da avifauna na área de estudo nos limites dos municípios de Caetité e Pindaí, Bahia Figura 2: Esquema de caracterização da vegetação com raio de 1 km a partir do ponto de escuta fixo de amostragem da comunidade de aves do local Figura 3: Precipitação pluviométrica acumulada no ano de 2016 obtida pela estação Caetité, sendo a mais próxima dos pontos de amostragem. Fonte: INMET, Figura 4: Índice Pontual de Abundância (IPA) de registros de aves pelo método de contagens nos 10 pontos de escuta das espécies na seca para uma área de Caatinga da Bahia, Nordeste do Brasil Figura 5: Índice Pontual de Abundância (IPA) de registros de aves pelo método de contagens nos 10 pontos de escuta das espécies na chuva para uma área de Caatinga da Bahia, Nordeste do Brasil Figura 6: Curva de acumulação geral de espécies, demonstrando os valores de riqueza observados (Sobs) com o intervalo de confiança (IC), e os valores de riqueza estimados pelos estimadores não paramétricos Chao2, Jackknife 1 e Jackknife 2 para uma área de Caatinga da Bahia, Nordeste do Brasil Figura 7: Comparativo da riqueza de espécies de aves de cada ponto durante todo o estudo considerando as variáveis seca e chuva em uma área de Caatinga, Bahia, nordeste do Brasil Figura 8: Curva de rarefação com comparativo da riqueza de aves observada em cada estação (chuva e seca) para uma área de Caatinga, Bahia, nordeste do Brasil Figura 9: Comparativo da riqueza de espécies de aves com o aumento de Caatinga Arbustiva em cada ponto durante os períodos de seca e chuva e com a riqueza total durante todo o estudo em uma área da Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil Figura 10: Comparativo da riqueza de espécies com o aumento de Caatinga arbórea em cada ponto durante os períodos de seca e chuva e com a riqueza total durante todo o estudo em uma área da Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil Figura 11: Comparativo da riqueza de espécies com o aumento de Caatinga herbácea em cada ponto durante os períodos de seca e chuva e com a riqueza total durante todo o estudo em uma área da Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil Figura 12: Comparativo da riqueza de espécies com o aumento de solo exposto em cada ponto durante os períodos de seca e chuva e com a riqueza total durante todo o estudo em uma área da Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil Figura 13: Comparativo da quantidade total de espécies de aves com relação à sua sensitividade à mudança do meio durante o período total da realização do estudo em uma área da Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil Figura 14: Comparativo da quantidade total de espécies com relação à sua sensitividade à mudança do meio em cada ponto do levantamento durante o período

9 ix total da realização do estudo em uma área da Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil Figura 15: Comparativo da quantidade total de espécies com relação à sua sensitividade à mudança do meio com o aumento de Caatinga Arbustiva nos pontos de escuta do estudo Figura 16: Comparativo da quantidade total de espécies com relação à sua sensitividade à mudança do meio com o aumento de Caatinga Arbórea nos pontos de escuta do estudo Figura 17: Comparativo da quantidade total de espécies com relação à sua sensitividade à mudança do meio com o aumento de Caatinga Herbácea nos pontos de escuta do estudo Figura 18: Comparativo da quantidade total de espécies com relação à sua sensitividade à mudança do meio com o aumento de Solo Exposto nos pontos de escuta do estudo Figura 19: Relação dependência das espécies com ambientes florestados baseado no número total de indivíduos registrados para a área do estudo Figura 20: Distribuição dos grupos tróficos das espécies registradas uma área de Caatinga, Bahia, nordeste do Brasil Figura 21: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 1 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Caetité/BA Figura 22: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 2 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Caetité/BA Figura 23: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 3 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Caetité/BA Figura 24: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 4 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Caetité/BA Figura 25: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 5 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Pindaí/BA Figura 26: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 6 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Pindaí/BA Figura 27: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 7 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Pindaí/BA Figura 28: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 8 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Pindaí/BA Figura 29: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 9 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Pindaí/BA Figura 30: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 10 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Pindaí/BA

10 10 1. INTRODUÇÃO As aves são um dos grupos com maiores esforços de pesquisa dentro dos Vertebrados. Atualmente existem cerca de espécies de aves no mundo, de acordo com a BirdLife International (2015), e o Brasil possui quase 20% de toda a biodiversidade de aves do mundo em seu território, com uma estimativa de 1919 espécies, sendo 270 endêmicas do país (CBRO, 2015). As aves constituem o grupo mais estudado em todo o mundo no monitoramento dos ambientes, fornecendo respostas rápidas e eficientes na indicação de alterações ambientais (Verner, 1981). Dessa forma, levantamentos da avifauna são importantes ferramentas para o estudo de impactos ambientais, em função da grande diversidade e de nichos que as mesmas exploram, por apresentarem grande variedade de respostas diante de diferentes condições ambientais, além de serem relativamente bem conhecidas e existirem protocolos de coleta de dados bem definidos (Sick, 1997; Wiens, 1989; Antas & Almeida, 2003). As principais ameaças para as aves brasileiras consistem na perda e degradação de habitats, bem como a captura excessiva (Marini & Garcia, 2005). Além dessas, os autores ainda destacam outras ameaças, a exemplo da invasão de espécies exóticas, poluição, perturbação antrópica e a morte acidental, alterações na dinâmica das espécies nativas, desastres naturais e perseguição (Marini & Garcia, 2005). O domínio da Caatinga abrange uma área semiárida com aproximadamente km 2, correspondendo a 10% do território brasileiro, estendendo-se pela maior parte do interior dos estados do Nordeste até uma estreita faixa no norte de Minas Gerais e é caracterizado por apresentar grande variedade de formações vegetacionais (Ab sáber, 2003; Fernandes, 2006). A Caatinga exibe grande heterogeneidade de ambientes, visto que apresenta desde áreas de Caatinga arbórea, de padrão alto e com mata fechada, assim como vegetação baixa e arbustiva (Santos, 2004), além de muitas áreas com herbáceas, presentes principalmente em locais que foram alterados pelo homem e encontra-se em regeneração (Lima, 2011). Há também padrão vegetativo semelhante ao de uma

11 11 savana com plantas de porte baixo esparsas no ambiente e muitas herbáceas no entorno proporcionando áreas bastante abertas (IBAMA, 2004). Rica em diversidade biológica, essa região possui elevada riqueza de aves, com cerca de 510 espécies (Marini & Garcia, 2005), com 15 (2,9%) endêmicas deste bioma (Silva et al., 2003). Estudos mostram que padrões vegetativos e fitofisionomias relacionam-se a comunidades de aves existentes em cada região, influenciando diferentes parâmetros como a riqueza e a composição da avifauna de cada localidade (Motta-Júnior, 1990; Olmos et al., 2005; Scherer et al., 2005; Dario, 2008; Silveira & Machado, 2012; Vieira et al., 2013). Alguns trabalhos sobre comunidades de aves tratam desse assunto através da análise dos grupos tróficos e poucos utilizam a medição de parâmetros da estrutura da vegetação para relacioná-los com a distribuição da avifauna em cada ambiente. Geralmente são observadas as características do local, levando em conta a heterogeneidade do habitat e sua relação com a composição e distribuição da avifauna presente na região, com o intuito de esclarecer a interação existente entre eles e o que as modificações desses causam à composição, distribuição, riqueza e abundância da avifauna (Motta-Júnior, 1990; Piratelli & Pereira, 2002; Santos, 2004; Scherer et al., 2005; Telino-Júnior et al., 2005; Dario, 2008; Silva, 2009; Silveira & Machado, 2012; Vieira et al., 2013). Identificar as espécies junto aos tipos de estrutura da vegetação auxilia na compreensão da relação entre a comunidade de aves e a influência da estrutura do ambiente na escolha de seu habitat. Além disso, serve como subsídio para medidas de proteção e conservação das espécies, visto que se faz necessário entender os fatores que influenciam a ocorrência dessas em cada local ou região. Isso é importante para aplicação de medidas que visam o manejo e a recuperação de áreas degradadas, sendo de fundamental importância para sabermos quais são os fatores que limitam a presença delas em cada ambiente. Desta forma, auxiliando em medidas preventivas que garantem a conservação das espécies do local, contribuindo também para o conhecimento da avifauna e parte dos processos que influenciam sua biodiversidade.

12 12 Esse trabalho teve como objetivo principal investigar a influência dos parâmetros da vegetação sobre a comunidade de aves em uma área de Caatinga da Bahia, Brasil, a fim de contribuir com o conhecimento da distribuição e composição da avifauna da região, assim como investigar variações sazonais na distribuição dos grupos tróficos. 2. OBJETIVOS 2.1 Geral Avaliar o efeito das características da paisagem na comunidade de aves de uma área de Caatinga da Bahia. 2.2 Específicos Descrever os parâmetros de riqueza, diversidade e os grupos tróficos para toda a comunidade de aves observada, comparando os períodos de seca e chuva; Investigar o efeito da estrutura da vegetação na riqueza de aves observada, na dependência de habitat, na sensibilidade das espécies em relação às alterações ambientais e nos grupos tróficos registrados. 3. MÉTODOS Área de estudo A área do estudo está localizada entre os municípios de Caetité e Pindaí, BA, na Depressão Sertaneja Meridional, os quais estão incluídos no domínio morfoclimático da Caatinga. A região também apresenta conexões com áreas de cerrado e matas estacionais (CEI 1994). A região apresenta clima tropical, onde o verão tem mais pluviosidade que o inverno, sendo 862 mm a pluviosidade média anual. Agosto é o mês mais seco com 5 mm. Em dezembro ocorre a maioria da precipitação, com uma média de 183 mm (Figura 1). A temperatura média é de 21,8 C (Em: <

13 13 Levantamento de dados Os dados foram coletados em uma área de 29 km de extensão, divididos em dez pontos, sendo quatro pontos no município de Caetité e seis pontos no município de Pindaí, com uma distância média de 3,5 km entre si (Figura 1). A escolha dos pontos se deu pelas áreas que apresentaram os fragmentos vegetais mais representativos da área. Figura 1: Localização dos pontos de amostragem da avifauna na área de estudo nos limites dos municípios de Caetité e Pindaí, Bahia. O estudo foi feito através de pontos fixos de amostragem, que se baseia nas observações feitas em pontos pré-estabelecidos, onde um pesquisador permanece por alguns minutos anotando todas as aves registradas, e suas quantidades, por observação direta ou identificação da vocalização (Bibby et al., 2000). Foram

14 14 considerados todos os indivíduos das espécies vistos ou escutados num raio de 100m. A coleta de dados ocorreu nos meses de março, junho, setembro e dezembro de 2016, onde cada ponto foi visitado uma vez em cada mês, tendo início com o nascer do sol e término às 10h da manhã, com esforço de 20 minutos em cada ponto. A coleta ocorreu de forma aleatória em cada visita, fazendo com que os pontos não fossem visitados sempre nos mesmos horários. Todas as aves foram identificadas ao nível de espécie, e quando não foi possível fazê-lo em campo, foram utilizados os registros fotográficos e comparados com literatura especializada (Sick, 1997; Sigrist, 2013) e as gravações com bancos de vocalizações de aves para uma identificação segura (Xeno-canto, 2016). A partir da amostragem por pontos de escuta foi possível obter o Índice Pontual de Abundância (IPA), dividindo-se o número de contatos de cada espécie pelo número de amostras, sendo, portanto, um índice relativo de contatos de determinada espécie por ponto de amostragem. Este valor indica a abundância relativa de cada espécie em função de seu coeficiente de detecção naquele ano. O IPA normalmente é utilizado em termos comparativos entre diferentes localidades (Blondel et al., 1970, 1981; Bibby et al., 1992). A delimitação do mosaico de vegetação das áreas monitoradas teve por base as condições identificadas em imagem de satélite disponibilizadas no sistema de informações geográficas Google Earth Pro. Para tanto, foi utilizado o raio de 1 km a partir do centro do ponto para avaliar a importância de cada fragmento para a comunidade de aves ali observada (Figura 2). Foram classificados em quatro tipos vegetais: Caatinga Arbórea, Caatinga Arbustiva, Caatinga Herbácea e Solo Exposto (Tabela 1, Anexo - Figuras 21 a 30).

15 15 Figura 2: Esquema de caracterização da vegetação com raio de 1 km a partir do ponto de escuta fixo de amostragem da comunidade de aves do local. Tabela 1: Pontos de escuta de aves uma área de Caatinga, Bahia, nordeste do Brasil com seus respectivos tipos de vegetação (arbórea, arbustiva, herbácea e solo exposto), obtidos a partir do Google Earth Pro (Área total de cada ponto: 3.140m 2 ). PONTO SOLO EXPOSTO (m²) (7,53%) (6,96%) (74,36%) (31,64%) (42,81%) (67,45%) (69,66%) (79,84%) (77,13%) (52,21%) TOTAL (50,9%) VEGETAÇÃO HERBÁCEA (m²) (0,83%) ,04% (0,63%) (5,22%) (5,10%) (4,02%) (2,10%) (4,08%) (2,62%) (29,87%) (3,7%) VEGETAÇÃO ÁRBOREA (m²) (10,26%) ,63% (14,06%) (48,29%) (38,83%) (18,70%) (3,26%) (11,07%) (16,14%) (11,58%) (25,5%) VEGETAÇÃO ARBUSTIVA (m²) (81,37%) (4,37%) (10,74%) (14,83%) (13,24%) (9,68%) (24,97%) (4,99%) (4,09%) (6,33%) (19,8%) CORPO D ÁGUA (m²) ÁREA TOTAL (0,19%) (0,12%) (0,04%) (0,1%)

16 16 No intuito de avaliar o efeito da sazonalidade na riqueza e diversidade da avifauna, foram utilizados os dados pluviométricos do INMET no período de janeiro a dezembro de 2016, da estação mais próxima ( Caetité), para caracterizar os períodos de seca e chuva. Dessa forma, março e dezembro foram considerados meses chuvosos e junho e setembro os meses de seca (Figura 3). Figura 3: Precipitação pluviométrica acumulada no ano de 2016 obtida pela estação Caetité, sendo a mais próxima dos pontos de amostragem. Fonte: INMET, Análise dos dados Os dados das espécies de aves registradas foram repassados para o banco de dados em planilha do Excel 2007 e as informações anotadas utilizadas para esta pesquisa foram a lista de espécies bem como o(s) ponto(s) em que foram registradas. As espécies foram classificadas quanto a diversos aspectos biológicos, como descrito a seguir: Uso do habitat: As aves foram classificadas quanto à sua dependência florestal em três grandes categorias: (1) independente: espécie associada apenas a vegetações abertas (e.g., diferentes tipos de Caatingas e cerrados); (2) dependente: espécie que só ocorre em ambientes florestais,

17 17 tais como florestas semi-perenes, florestas estacionais, Caatingas arbóreas e cerradões; e (3) semi-dependente: espécies que ocorrem nos mosaicos formados pelo contato entre florestas e formações vegetais abertas e semiabertas. A classificação das espécies nas categorias de dependência de floresta foi realizada tendo como base Ridgely & Tudor (1994); Ridgely & Tudor (2006); Sick (1997) e Silva et al.(2003); Sensitividade: As espécies também foram classificadas quanto à sua sensitividade aos distúrbios causados pelas atividades humanas. Três categorias foram reconhecidas: (A) sensitividade alta, (M) sensitividade média; e (B) sensitividade baixa. Sendo esta classificação baseada em Stotz et al. (1996) e Silva (2003); Grupo Trófico: Quanto ao hábito alimentar, as espécies foram classificadas conforme o alimento predominante de sua dieta, utilizando-se a literatura para tal classificação (Matarazzo-Neuberger, 1995; Sick,1997; Rodrigues, 2007; Agnelo, 2007; Macedo, 2012), sendo: Frugívoros - F: frutos; Granívoros - G: grãos; Insetívoros - I: artrópodes; Nectarívoros - N: néctar das flores e artrópodes; Onívoros - O: artrópodes, frutos, grãos e pequenos vertebrados; Carnívoros - C: pequenos vertebrados e grandes insetos; Detritívoro - D: aves que se alimentam de animais mortos. Além da riqueza de grupo obtivemos dados de riqueza de aves. Para verificar a eficiência da amostragem, foi confeccionada uma curva de rarefação, utilizando-se o programa Estimate S 7.5 (Cowell, 2005). Além do total de espécies coletadas em campo, foi estimada a riqueza utilizando-se os estimadores Chao 2, Jacknife 1 e Jacknife 2, consideradas ferramentas eficientes para estimar a riqueza de espécies de uma área. E para avaliar a diversidade de espécies entre os períodos seco e chuvoso foi utilizado o índice de Shannon-Wiener (Magurran, 1988). Finalmente, os dados da estrutura da vegetação foram utilizados para investigar seus efeitos sobre parâmetros da comunidade de aves. Assim, os parâmetros vegetacionais foram considerados as variáveis preditoras e os da avifauna como as variáveis resposta (riqueza de aves, sensitividades das espécies,

18 18 dependência de habitat e grupos tróficos) fazendo a correlação entre si com cada um. Para isso, foram utilizados modelos de regressão linear no Excel. 4. RESULTADOS Lista de espécies Ao final de quatro campanhas foram registrados 541 indivíduos de 115 espécies de aves pertencentes a 34 famílias (Tabela 2), sendo 81 espécies (221 indivíduos) no período seco (junho e setembro) e 106 espécies (320 indivíduos) no período chuvoso (dezembro e março). Foi constatado no levantamento que oito espécies foram registradas apenas no período de seca, e 34 espécies apenas na estação chuvosa (Tabela 1). Das 34 famílias registradas, Thraupidae e Tyrannidae foram igualmente representadas com 12 espécies cada, seguida por Columbidae (9 spp). Das espécies registradas, quinze apresentam algum padrão de endemismo, sendo nove endêmicas da Caatinga (Agelaioides fringillarius, Sporophila albogularis, Paroaria dominicana, Arremon franciscanus, Pseudoseisura cristata, Thamnophilus capistratus, Sakesphorus cristatus, Anopetia gounellei, Eupsittula cactorum) e seis do Brasil (Compsothraupis loricata, Cantorchilus longirostris, Cyanocorax cyanopogon, Casiornis fuscus, Furnarius figulus, Icterus jamacaii). Quanto às espécies ameaçadas, no presente estudo foi registrada uma espécie classificada em categoria Vulnerável (VU): Spinus yarrellii, e duas espécies que se encontram na categoria NT (Near Threatened - Quase Ameaçada): Arremon franciscanus e Primolius maracana (IUCN, 2015).

19 19 Tabela 2: Lista da avifauna registrada na área de Caatinga numa região do semiárido da Bahia nos meses de março, junho, setembro e dezembro de 2016, de acordo com a nomenclatura do CBRO Uso do Habitat (RIDGELY & TUDOR, 1994; RIDGELY & TUDOR, 2006; SICK,1997 e SILVA et al., 2003): IND = Independente; SMD = Semi-dependente; e DEP = Dependente. Sensitividade (STOTZ et al., 1996 e SILVA, 2003): B = Baixa; M = Média; e A = Alta. Hábito Alimentar (MATARAZZO-NEUBERGER, 1995; SICK, 1997; RODRIGUES, 2007; AGNELO, 2007 e MACEDO, 2012): F = Frugívoros; G = Granívoros; I = Insetívoros; N = Nectarívoros; O = Onívoros; C = Carnívoros; D = Detritívoro. Ameaça (MMA, 2003 e 2008): AM= Ameaçada. Ameaça (IUCN, 2015): LC= Pouco Preocupante; NT= Quase Ameaçada. Estação (IMNET,2017) C = Chuva e S = Seca. NÚMERO DE GRUPO USO DE AMEAÇADO TÁXON SENSITIVIDADE ESTAÇÃO REGISTROS TRÓFICO HABITAT (IUCN) ORDEM TINAMIFORMES Família Tinamidae Crypturellus parvirostris 10 O B IND LC C; S Nothura boraquira 1 I M SMD LC C ORDEM: GALLIFORMES Família Cracidae Penelope superciliaris 1 F M DEP LC C; S ORDEM: PELECANIFORMES Família: Ardeidae Bubulcus ibis 3 I B IND LC C; S Ardea alba 2 P B IND LC C; S Egretta thula 1 P B IND LC C ORDEM: CATHATIFORMES Família Cathartidae Cathartes aura 6 DT B IND LC C; S Coragyps atratus 4 DT M IND LC C; S ORDEM: ACCIPITRIFORMES Família Accipitridae Rupornis magnirostris 8 C B IND LC C; S

20 20 Buteo brachyurus 1 C M SMD LC S ORDEM: GRUIFORMES Família Raliidae Aramides cajaneus 1 O A SMD LC C ORDEM: CHARADRIIFORMES Família Charadiidae Vanellus chilensis 8 O B IND LC C; S ORDEM: COLUMBIDIFORMES Família Columbidae Columbina passerina 2 G B IND LC C; S Columbina minuta 5 G B IND LC C Columbina talpacoti 4 G B IND LC C Columbina squammata 6 G B IND LC C; S Columbina picui 18 G B IND LC C; S Patagioenas picazuro 2 G M SMD LC C; S Zenaida auriculata 2 G B IND LC C; S Leptotila verreauxi 14 O M SMD LC C; S Leptotila rufaxilla 1 G M DEP LC C ORDEM: CUCULIFORMES Família Cuculidae Piaya cayana 5 I B SMD LC C; S Coccyzus melacoryphus 5 I B SMD LC C Coccyzus americanus 1 I M SMD LC C Crotophaga major 1 I M SMD LC C Crotophaga ani 6 C B IND LC C; S

21 21 Guira guira 7 I B IND LC C; S ORDEM: STRIGIFORMES Família Strigidae Megascops choliba 6 C B SMD LC C; S Glaucidium brasilianum 2 C B SMD LC C Athene cunicularia 2 C M IND LC C Aegolius harrisii 2 C A SMD LC C ORDEM: APODIFORMES Família Trochilidae Anopetia gounellei 1 N A DEP LC C Phaethornis ruber 1 N M DEP LC C Eupetomena macroura 5 N B IND LC C; S Chlorostilbon lucidus 4 N B SMD LC C; S Polytmus guainumbi 1 N M IND LC S ORDEM: GALBULIFORMES Família Bucconidae Nystalus maculatus 5 I M SMD LC C; S ORDEM: PICIFORMES Família Picidae Melanerpes candidus 2 I B SMD LC C; S Veniliornis passerinus 7 I B SMD LC C; S Colaptes melanochloros 3 I B SMD LC C; S Celeus ochraceus 2 I M DEP LC C Campephilus melanoleucos 2 I M DEP LC S ORDEM: CARIAMIFORMES

22 22 Família Cariamidae Cariama cristata 7 O B IND LC C; S ORDEM: FALCONIFORMES Família Falconidae Caracara plancus 4 O B IND LC C; S Milvago chimachima 4 O B IND LC C; S Herpetotheres cachinnans 2 C B SMD LC C; S Falco sparverius 4 C B IND LC C; S Falco femoralis 1 C B IND LC C ORDEM: PSITTACIFORMES Família Psittacidae Primolius maracana 6 F B SMD NT C; S Psittacara leucophthalmus 3 F B SMD LC S Eupsittula cactorum 18 F M SMD LC C; S Forpus xanthopterygius 12 F B IND LC C; S Brotogeris chiriri 2 F M SMD LC C; S ORDEM: PASSERIFORMES Família Thamnophilidae Myrmorchilus strigilatus 9 I M SMD LC C; S Sakesphorus cristatus 6 I M SMD LC C; S Thamnophilus capistratus 7 I B SMD LC C; S Taraba major 2 I B SMD LC C Família Dendrocolaptidae Lepidocolaptes angustirostris 6 I M IND LC C; S Família Furnariidae

23 23 Furnarius figulus 1 I B IND LC C Furnarius rufus 8 O B SMD LC C; S Pseudoseisura cristata 6 I M SMD LC C; S Phacellodomus rufifrons 6 I M SMD LC C; S Certhiaxis cinnamomeus 2 I M IND LC C; S Synallaxis frontalis 5 I B DEP LC C; S Família Rynchocyclidae Tolmomyias flaviventris 3 I B DEP LC C Todirostrum cinereum 6 I B SMD LC C; S Hemitriccus margaritaceiventer 7 I M SMD LC C; S Família Tyrannidae Camptostoma obsoletum 9 I B IND LC C; S Elaenia cristata 3 O M IND LC C; S Tyrannus melancholicus 7 I B IND LC C Phaeomyias murina 2 I B IND LC C Myiarchus ferox 3 I B SMD LC C; S Casiornis fuscus 1 I M DEP LC C Pitangus sulphuratus 13 O B IND LC C; S Machetornis rixosa 1 I B IND LC S Myiodynastes maculatus 1 I B DEP LC C Megarynchus pitangua 3 I B SMD LC C; S Empidonomus varius 8 I B SMD LC C; S Fluvicola nengeta 4 I B IND LC C; S Família Corvidae

24 24 Cyanocorax cyanopogon 14 O M SMD LC C; S Família: Hirundinidae Stelgidopteryx ruficollis 4 I B IND LC C; S Tachycineta albiventer 1 I B IND LC C Família Troglodytidae Troglodytes musculus 3 I B IND LC C Cantorchilus longirostris 5 O B DEP LC C; S Família Polioptilidae Polioptila plumbea 12 I B SMD LC C; S Família Turdidae Turdus leucomelas 2 I B SMD LC S Turdus amaurochalinus 2 I B SMD LC C; S Família Mimidae Mimus saturninus 4 O B IND LC C; S Família Passerellidae Zonotrichia capensis 13 O B IND LC C; S Ammodramus humeralis 4 G B IND LC C Arremon franciscanus 1 I A DEP NT S Família: Parulidae Basileuterus culicivorus 1 I M DEP LC S Myiothlypis flaveola 3 I M DEP LC C; S Família Icteridae Icterus jamacaii 10 O B SMD LC C; S Gnorimopsar chopi 4 O B IND LC C; S Chrysomus ruficapillus 2 I B IND LC C

25 25 Agelaioides fringillarius 6 I B IND LC C; S Molothrus bonariensis 2 O B IND LC C Sturnella superciliaris 1 I B IND LC C; S Família Thraupidae Schistochlamys ruficapillus 1 G B IND LC C Paroaria dominicana 9 G B IND LC C; S Tangara sayaca 7 O B SMD LC C; S Tangara cayana 1 F M IND LC C Compsothraupis loricata 4 I A SMD LC C; S Sicalis luteola 2 G B IND LC C Volatinia jacarina 2 G B IND LC C Coryphospingus pileatus 29 G B SMD LC C; S Coereba flaveola 5 I B SMD LC C; S Sporophila nigricollis 3 G B IND LC C; S Sporophila albogularis 6 G M IND LC C; S Saltatricula atricollis 1 G M IND LC C Família Cardinalidae Cyanoloxia brissonii 3 O M DEP LC C; S Família Fringillidae Spinus yarrellii 2 G B IND VU C Euphonia chlorotica 9 O B SMD LC C; S Família: Passeridae Passer domesticus 3 O B IND LC C; S

26 26 Índice Pontual de Abundância (IPA) Os dados obtidos por meio dos censos nos dez pontos de escuta geraram estimativas do Índice Pontual de Abundância de cada espécie registrada nas contagens para o período de seca (Figura 4) e para o período de chuva (Figura 5). A espécie Coryphospingus pileatus foi a mais frequente em ambas as estações (IPA seca = 0,65; IPA chuva = 0,8), um pequeno Passeriforme de ampla distribuição na Caatinga.

27 Coryphospingus pileatus Columbina picui Eupsittula cactorum Empidonomus varius Euphonia chlorotica Leptotila verreauxi Pitangus sulphuratus Tyrannus melancholicus Zonotrichia capensis Camptostoma obsoletum Forpus xanthopterygius Myrmorchilus strigilatus Rupornis magnirostris Coccyzus melacoryphus Crypturellus parvirostris Cyanocorax cyanopogon Icterus jamacaii Paroaria dominicana Polioptila plumbea Vanellus chilensis Agelaioides fringillarius Ammodramus humeralis Cariama cristata Columbina squammata Furnarius rufus Guira guira Lepidocolaptes angustirostris Megascops choliba Primolius maracana Synallaxis frontalis Thamnophilus capistratus Coereba flaveola Columbina minuta Columbina talpacoti Crotophaga ani Eupetomena macroura Falco sparverius Hemitriccus margaritaceiventer Nystalus maculatus Phacellodomus rufifrons Piaya cayana Pseudoseisura cristata Sakesphorus cristatus Sporophila albogularis Tangara sayaca Todirostrum cinereum Tolmomyias flaviventris Troglodytes musculus Veniliornis passerinus Aegolius harrisii Athene cunicularia Bubulcus ibis Cantorchilus longirostris Caracara plancus Celeus ochraceus Chlorostilbon lucidus Chrysomus ruficapillus Columbina passerina Compsothraupis loricata Coragyps atratus Cyanoloxia brissonii Elaenia cristata Fluvicola nengeta Glaucidium brasilianum Gnorimopsar chopi Megarynchus pitangua Milvago chimachima Mimus saturninus Myiothlypis flaveola Phaeomyias murina Sicalis luteola Spinus yarrellii Sporophila nigricollis Stelgidopteryx ruficollis Taraba major Volatinia jacarina Anopetia gounellei Aramides cajaneus Ardea alba Brotogeris chiriri Casiornis fuscus Cathartes aura Certhiaxis cinnamomeus Coccyzus americanus Colaptes melanochloros Crotophaga major Egretta thula Falco femoralis Furnarius figulus Herpetotheres cachinnans Leptotila rufaxilla Melanerpes candidus Molothrus bonariensis Myiarchus ferox Myiodynastes maculatus Nothura boraquira Passer domesticus Patagioenas picazuro Phaethornis ruber Saltatricula atricollis Schistochlamys ruficapillus Sturnella superciliaris Tachycineta albiventer Tangara cayana Turdus amaurochalinus Zenaida auriculata Coryphospingus pileatus Cyanocorax cyanopogon Eupsittula cactorum Columbina picui Leptotila verreauxi Polioptila plumbea Forpus xanthopterygius Pitangus sulphuratus Zonotrichia capensis Cathartes aura Crypturellus parvirostris Icterus jamacaii Furnarius rufus Hemitriccus margaritaceiventer Paroaria dominicana Tangara sayaca Veniliornis passerinus Camptostoma obsoletum Cantorchilus longirostris Cariama cristata Crotophaga ani Guira guira Myrmorchilus strigilatus Phacellodomus rufifrons Pseudoseisura cristata Psittacara leucophthalmus Sakesphorus cristatus Sporophila albogularis Thamnophilus capistratus Todirostrum cinereum Vanellus chilensis Agelaioides fringillarius Campephilus melanoleucos Caracara plancus Chlorostilbon lucidus Coereba flaveola Colaptes melanochloros Columbina squammata Compsothraupis loricata Coragyps atratus Eupetomena macroura Euphonia chlorotica Fluvicola nengeta Gnorimopsar chopi Lepidocolaptes angustirostris Megascops choliba Milvago chimachima Mimus saturninus Myiarchus ferox Nystalus maculatus Passer domesticus Piaya cayana Primolius maracana Rupornis magnirostris Stelgidopteryx ruficollis Turdus leucomelas Ardea alba Arremon franciscanus Basileuterus culicivorus Brotogeris chiriri Bubulcus ibis Buteo brachyurus Certhiaxis cinnamomeus Columbina talpacoti Cyanoloxia brissonii Elaenia cristata Empidonomus varius Falco sparverius Herpetotheres cachinnans Machetornis rixosa Megarynchus pitangua Melanerpes candidus Molothrus bonariensis Myiothlypis flaveola Patagioenas picazuro Penelope superciliaris Penelope superciliaris Sporophila nigricollis Synallaxis frontalis Turdus amaurochalinus Zenaida auriculata 27 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Figura 4: Índice Pontual de Abundância (IPA) de registros de aves pelo método de contagens nos 10 pontos de escuta das espécies na seca para uma área de Caatinga da Bahia, Nordeste do Brasil. 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Figura 5: Índice Pontual de Abundância (IPA) de registros de aves pelo método de contagens nos 10 pontos de escuta das espécies na chuva para uma área de Caatinga da Bahia, Nordeste do Brasil.

28 Riqueza de Espécies Estimada 28 Riqueza de Espécies O número de espécies esperadas para a área de estudo através dos estimadores Chao 2, e Jackknife 1 e 2 foram de 127, 138 e 142, respectivamente (Figura 6). Como foram registradas 115 espécies, segundo os estimadores de riqueza, pelos menos 12 espécies ainda podem ser registradas para a região ,76 138,4 127, Nº de Amostras S(est) Chao 2 Mean Jack 1 Mean Jack 2 Mean Figura 6: Curva de acumulação geral de espécies, demonstrando os valores de riqueza observados (Sobs) com o intervalo de confiança (IC), e os valores de riqueza estimados pelos estimadores não paramétricos Chao2, Jackknife 1 e Jackknife 2 para uma área de Caatinga da Bahia, Nordeste do Brasil. Os pontos de amostragem apresentaram uma pequena variação de riqueza entre si, sendo o Ponto 4 e o Ponto 1 os que apresentaram a maior (44 ssp) e a menor (24 ssp) riqueza, respectivamente (Figura 7).

29 Riqueza de Espécies Ponto de Escuta Figura 7: Comparativo da riqueza de espécies de aves de cada ponto durante todo o estudo considerando as variáveis seca e chuva em uma área de Caatinga, Bahia, nordeste do Brasil. Quando comparadas seca e chuva por meio de curvas de rarefação de espécies, a chuva apresentou maior riqueza de espécies (n = 97) que a estação mais seca (n = 81), quando observados os mesmos números de indivíduos detectados (Figura 8). O valor do Índice de Diversidade de Shannon foi significativamente maior para o período chuvoso (H = 4,26) do que o período seco (H = 3,98; t = 3,82; p < 0,05). Rchuva Rseca Rtotal Figura 8: Curva de rarefação com comparativo da riqueza de aves observada em cada estação (chuva e seca) para uma área de Caatinga, Bahia, nordeste do Brasil.

30 30 Cobertura Vegetal X Riqueza de Espécies Quando o fator cobertura vegetal entra como variável, mostra que a riqueza não foi explicada por essas variáveis (Figura 9 a 12) para a região do estudo, dividindo as estações de seca e chuva. Pode-se observar que apenas a Caatinga Arbustiva teve um efeito marginal, tanto no período chuvoso (p = 0,052), quando no período seco (p = 0,06). Porém, quando considerada a riqueza total, somando-se seca e chuva, observa-se que o resultado foi altamente significativo (p = 0,003) (Tabela 3), mostrando que quanto maior a porcentagem de Caatinga Arbustiva, menor a riqueza de espécies (Figura 9). Tabela 3: Resultado das análises de regressão entre a riqueza observada de aves e a estrutura do habitat em uma área de Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil. R 2 = Porcentagem que a variável dependente é explicada pela variável independente. F = Anova. P = significância. TIPO DE VEGETAÇÃO Riqueza CHUVA Riqueza SECA Riqueza TOTAL R 2 F 1,9 P R 2 F 1,9 P R 2 F 1,9 P CaaArb 0,39 5,16 0,052 0,36 4,52 0,06 0,67 16,96 0,003 CaaArbó 0,31 3,74 0,08 0,02 0,21 0,65 0,09 0,87 0,37 CaaHerb 0,001 0,01 0,91 0,10 0,93 0,36 0,15 1,51 0,25 SolExp 0,00 0,002 0,95 0,06 0,59 0,46 0,08 0,74 0,41

31 Riqueza Riqueza y = -20,209x + 40,029 R² = 0, y = -13,079x + 29,084 R² = 0, y = -15,331x + 21,577 R² = 0, ,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 Caatinga Arbustiva Rchuva Rseca Rtotal Linear (Rchuva) Linear (Rseca) Linear (Rtotal) Figura 9: Comparativo da riqueza de espécies de aves com o aumento de Caatinga Arbustiva em cada ponto durante os períodos de seca e chuva e com a riqueza total durante todo o estudo em uma área da Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil y = 3,9205x + 17,901 R² = 0,0258 y = 7,3764x + 34,62 R² = 0,0989 y = 11,274x + 23,927 R² = 0, ,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 Caatinga Arbórea Rchuva Rseca Rtotal Linear (Rchuva) Linear (Rseca) Linear (Rtotal) Figura 10: Comparativo da riqueza de espécies com o aumento de Caatinga arbórea em cada ponto durante os períodos de seca e chuva e com a riqueza total durante todo o estudo em uma área da Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil.

32 Riqueza Riqueza y = 26,613x + 34,89 R² = 0,159 y = 2,1411x + 26,67 R² = 0,0014 y = 22,423x + 17,543 R² = 0,1042 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 Caatinga Herbácea Rchuva Rseca Rtotal Linear (Rchuva) Linear (Rseca) Linear (Rtotal) Figura 11: Comparativo da riqueza de espécies com o aumento de Caatinga herbácea em cada ponto durante os períodos de seca e chuva e com a riqueza total durante todo o estudo em uma área da Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil y = 6,0246x + 33,43 R² = 0,0857 y = 5,6496x + 16,021 R² = 0,0696 y = 0,3318x + 26,631 R² = 0,0004 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 Solo Exposto Rchuva Rseca Rtotal Linear (Rchuva) Linear (Rseca) Linear (Rtotal) Figura 12: Comparativo da riqueza de espécies com o aumento de solo exposto em cada ponto durante os períodos de seca e chuva e com a riqueza total durante todo o estudo em uma área da Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil. Sensitividade em Relação ao Ambiente Das 115 espécies registradas, 77 (66,9%) apresentaram baixa sensitividade em relação ao ambiente, 33 média (28,7%) e apenas 5 (4,3%) espécies se mostraram altamente sensíveis às mudanças ambientais (Figura 13).

33 33 Figura 13: Comparativo da quantidade total de espécies de aves com relação à sua sensitividade à mudança do meio durante o período total da realização do estudo em uma área da Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil. Levando em consideração cada ponto do levantamento, o Ponto 2 foi o que apresentou maior número de registro com alta sensibilidade e o Ponto 9, apesar de pequena diferença dos demais pontos, foi o que apresentou maior número de registro de espécies com baixa sensibilidade às mudanças do meio (Figura 14). Figura 14: Comparativo da quantidade total de espécies com relação à sua sensitividade à mudança do meio em cada ponto do levantamento durante o período total da realização do estudo em uma área da Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil.

34 34 Cobertura Vegetal X Sensitividade Quando comparadas com o tipo de vegetação, foi constatado que espécies com baixa sensitividade tendem a diminuir com o aumento de porcentagem de vegetação arbustiva (p = 0,007) (Figura 15) e as espécies com alta sensitividade tendem a aumentar o seu número com o aumento de vegetação arbórea (p = 0,004) (Figura 16). A Caatinga Herbácea (Figura 17) e o Solo Exposto (Figura 18) não apresentaram resultado significativo, conforme podemos observar na Tabela 4. Tabela 4: Resultado das análises de regressão entre a sensitividade das espécies de aves registradas de aves e a estrutura do habitat em uma área de Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil. R 2 = Porcentagem que a variável dependente é explicada pela variável independente. F = Anova. P = significância. TIPO DE VEGETAÇÃO Sensitividade Alta Sensitividade Média Sensitividade Baixa R 2 F 1,9 P R 2 F 1,9 P R 2 F 1,9 P CaaArb 0,08 0,71 0,42 0,01 0,16 0,69 0,61 12,80 0,007 CaaArbó 0,64 14,75 0,004 0,04 0,40 0,54 0,0006 0,005 0,94 CaaHerb 0,04 0,38 0,55 0,0004 0,003 0,95 0,13 1,22 0,30 SolExp 0,27 3,01 0,12 0,006 0,05 0,82 0,27 3,01 0,12

35 Nº de Espécies Nº de Espécies y = -17,776x + 29,904 R² = 0, y = -1,2519x + 9,3186 R² = 0, y = -1,5405x + 0,969 R² = 0, ,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90-5 Caatinga Arbustiva Sens.Baixa Sens.Média Sens.Alta Linear (Sens.Baixa) Linear (Sens.Média) Linear (Sens.Alta) Figura 15: Comparativo da quantidade total de espécies com relação à sua sensitividade à mudança do meio com o aumento de Caatinga Arbustiva nos pontos de escuta do estudo y = 0,5587x + 26,658 R² = 0, y = 1,8638x + 8,6251 R² = 0,0478 y = 4,1322x - 0,353 R² = 0, ,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90-5 Caatinga Arbórea Sens.Baixa Sens.Média Sens.Alta Linear (Sens.Baixa) Linear (Sens.Média) Linear (Sens.Alta) Figura 16: Comparativo da quantidade total de espécies com relação à sua sensitividade à mudança do meio com o aumento de Caatinga Arbórea nos pontos de escuta do estudo.

36 Nº de Espécies Nº de Espécies y = 22,449x + 25,442 R² = 0, y = 0,5384x + 9,0674 R² = 0, y = 3,1458x + 0, R² = 0, ,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 Caatinga Herbácea Sens.Baixa Sens.Média Sens.Alta Linear (Sens.Baixa) Linear (Sens.Média) Linear (Sens.Alta) Figura 17: Comparativo da quantidade total de espécies com relação à sua sensitividade à mudança do meio com o aumento de Caatinga Herbácea nos pontos de escuta do estudo y = 9,9577x + 21,726 R² = 0, y = -0,6089x + 9,4103 R² = 0, y = -2,3937x + 1,9198 R² = 0, ,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 Solo Exposto Sens.Baixa Sens.Média Sens.Alta Linear (Sens.Baixa) Linear (Sens.Média) Linear (Sens.Alta) Figura 18: Comparativo da quantidade total de espécies com relação à sua sensitividade à mudança do meio com o aumento de Solo Exposto nos pontos de escuta do estudo. Dependência de habitat Com relação à dependência de ambientes florestados, 56 espécies (48,8%) se mostraram independentes, 44 (38,2%) semi-dependente e 15 (13%) espécies dependentes de florestas (Figura 19).

37 37 Figura 19: Relação dependência das espécies com ambientes florestados baseado no número total de indivíduos registrados para a área do estudo. Cobertura Vegetal X Dependência de Habitat Quando avaliada juntamente com variável de tipo de vegetação, pode-se perceber que espécies dependentes de florestas apresentam-se significativamente (p = 0,007) em áreas de Caatinga Arbórea (Tabela 5). Tabela 5: Resultado das análises de regressão entre a dependência de habitat das espécies de aves registradas de aves e a estrutura do habitat em uma área de Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil. R 2 = Porcentagem que a variável dependente é explicada pela variável independente. F = Anova. P = significância. TIPO DE VEGETAÇÃO Dependente de Floresta Semi-Dependente de Floresta Independente de Floresta R 2 F 1,9 P R 2 F 1,9 P R 2 F 1,9 P CaaArb 0,17 1,73 0,22 0,24 2,63 0,14 0,19 1,93 0,20 CaaArbó 0,61 12,88 0,007 0,08 0,69 0,42 0,03 0,28 0,60 CaaHerb 0,001 0,01 0,91 0,01 0,10 0,75 0,15 1,49 0,25 SolExp 0,12 1,09 0,32 0,01 0,14 0,71 0,16 1,62 0,23

38 38 Grupos tróficos Foram registrados 8 grupos diferentes para a área do estudo. O ponto que apresentou pelo menos um representante de cada grupo foi o Ponto 7, com os oito grupos registrados. Nos pontos 1 e 9 foram observados os menores números de grupos, com 5 tipos de grupos (Tabela 6). Tabela 6: Número de espécies de aves registradas em suas respectivos grupos tróficos em cada um dos Pontos de escuta do estudo uma área de Caatinga, Bahia, nordeste do Brasil. Grupo Alimentar Pontos de Monitoramento Total Geral Carnívoro Detritívoro Frugívoro Granívoro Insetívoro Nectarívoro Onívoro Piscívoro Total Geral Os valores obtidos nos grupos tróficos foram bem distintos, com os insetívoros apresentando-se em maior número, com 204 indivíduos e os Piscívoros com apenas 3 registros. Além disso, comparando seca/chuva, pode-se perceber que os Insetívoros foram mais representativos, com 204 indivíduos (37,7%), de 50 espécies, seguido das espécies onívoras (110 indivíduos, 21 espécies) e granívoras (109 indivíduos, 18 espécies) (Figura 20).

39 39 Figura 20: Distribuição dos grupos tróficos das espécies registradas uma área de Caatinga, Bahia, nordeste do Brasil. Cobertura Vegetal X Grupos tróficos Quando o número de grupos tróficos foi relacionado com o tipo de vegetação de cada ponto, os resultados não foram significativos, ou seja, a cobertura vegetal não explicou a quantidade de indivíduos de cada grupo de cada ponto (Tabela 7). Tabela 7: Resultado das análises de regressão entre a quantidade de grupos tróficos das espécies de aves registradas de aves e a estrutura do habitat em uma área de Caatinga da Bahia, nordeste do Brasil. R 2 = Porcentagem que a variável dependente é explicada pela variável independente. F = Anova. P = significância. TIPO DE VEGETAÇÃO Quantidade de Grupos tróficos R 2 F 1,9 P CaaArb 0,14 1,38 0,27 CaaArbó 0,007 0,06 0,81 CaaHerb 0,04 0,38 0,54 SolExp 0,03 0,26 0,61

40 40 5. DISCUSSÃO O total de espécies de aves registradas (n = 115) corresponde a 22,9% das aves da Caatinga (510 espécies) (Silva et al., 2003), e 32,9% dos registros de aves (347 espécies) para o semiárido baiano (Fiúza 1999). Este é um valor próximo ao encontrado em outros estudos em áreas de Caatinga que não são protegidas como as Unidades de Conservação, onde a riqueza de espécies tende a ser menor. Por exemplo, Olmos et al. (2005) inventariaram oito áreas no Ceará e oeste de Pernambuco obtendo riquezas no intervalo de 75 a 125 espécies. No Carimataú da Paraíba foram registradas 94 espécies por Farias et al. (2005). Farias (2007) inventariou quatro áreas do centro-oeste de Pernambuco obtendo 106 espécies em Caraíba, 92 em Brígida, 58 em Icó Mandante e 56 em Apolônio Sales. Araujo & Rodrigues (2011) estimaram 120 espécies no sertão de Alagoas. Embora essas comparações não sejam precisas devido à diferenças no esforço e/ou estimativas em vários dos trabalhos citados, é possível ter uma visão geral da riqueza em relação a posição geográfica e em relação ao status de conservação das diferentes áreas (Araujo & Rodrigues 2011). As famílias Tyrannidae e Thraupidae, por apresentarem maior representatividade, podem indicar que possuem espécies mais adaptadas a ambientes antropizados. A representatividade da família Thraupidae pode ser explicada pelo fato de área do estudo possuir muitas áreas de agricultura, com grande diversidade de plantas frutíferas, já que as espécies dessa família alimentam-se essencialmente de frutas, néctar e insetos (SIGRIST, 2009). Já a família Tyrannidae, tanto na Caatinga quanto em outros ambientes, tem sido referida como a mais representativa em espécies (Nascimento, 2000; Santos, 2004; Moura et al., 2005; Olmos et al., 2005; Roos et al., 2006; Curcino et al., 2007; Farias, 2007), em decorrência de ser uma família numerosa em espécies, constituindo cerca de 18,0% das espécies de Passeriformes da América do Sul (Sick, 1997), que ocupam grande diversidade de ambientes (Fitzpatrick, 1980). Quando comparadas as riquezas dos períodos seco e chuvoso, a diferença é significativa, o que era esperado, pois a resposta mais comumente observada na avifauna da Caatinga é comportamental, com o movimento sazonal dos indivíduos

41 41 para as áreas de maior umidade com oferta abundante de recursos, como insetos e frutos (Pinheiro et al., 2002; Curcino et al., 2007), ocorrendo desde pequenas distâncias para beira de rios até movimento migratórios regulares de longa distância (Silva et al., 2003). Zenaida auriculata, é uma espécie tipicamente migratória no domínio das caatingas, realizando deslocamentos de acordo com o ritmo das chuvas (Azevedo Júnior & Antas, 1990). Outras espécies registradas são citadas na literatura como migratórias, porém com pouco conhecimento sobre suas rotas (eg. Marini & Cavalcanti, 1990; Silva, 1995; Olmos et al., 2005). Além disso, a reprodução de muitas espécies de aves ocorre na estação chuvosa (Matarazzo- Neuberger, 1995; Sick, 1997), fator que também pode ter influenciado a maior riqueza de aves nesse período. Apesar de observarmos grande diferença na cobertura vegetal dos dez pontos de amostragem (Anexo), com ambientes apresentando 80% de Caatinga Arbustiva, como o Ponto 1 ou 80% de Solo Exposto, como o Ponto 8, as riquezas registradas não foram tão diferentes entre si, o que pode ser explicado devido à algumas espécies possuírem respostas diferentes a essas alterações de ambientes, como aquelas que se beneficiam das alterações de habitat e aumentam suas populações como Pitangus sulphuratus, Agelaoides fringilarius, Paroaria dominicana e Sporophila albogularis. Mesmo a riqueza não aumentando de forma significativa na Caatinga Arbórea, o fato de cinquenta e nove espécies (51,2%) registradas serem dependentes ou semi-dependentes de floresta, mostram que, mesmo em pequena porcentagem (25,5% da área do estudo), as áreas de Caatinga Arbórea ajudam a manter mais da metade das espécies de aves da região (Silva, 2003; Silva, 1995). E dentre essas, vale ressaltar as espécies endêmicas da Caatinga, como Anopetia gounellei e Sakesphorus cristatus, que estão intimamente relacionados com ambientes florestados. Esses resultados reforçam a necessidade da conservação dessas áreas, tanto pela manutenção da diversidade como de possíveis espécies exclusivas desses ambientes (Araujo & Rodrigues, 2011). O fato de a riqueza ter diminuído de forma significativa na Caatinga Arbustiva pode ser explicada pelo fato de este ser um ambiente com pouco abrigo e poucos recursos. No entanto, no que se refere à riqueza de aves em diferentes

42 42 estruturas vegetais, pouco se tem disponível sobre habitats preferenciais das aves na Caatinga. Olmos et al. (2005) não encontrou um padrão que associasse a similaridade das aves entre áreas abertas e áreas florestais em Pernambuco e Ceará a um padrão geográfico. Ainda há necessidade de entender melhor como os diferentes ambientes encontrados na Caatinga mantêm a diversidade de sua avifauna, frente à variedade de ambientes existentes e a contínua e vasta alteração antrópica na região. Com relação à sensitividade, os dados obtidos corroboram com outros estudos (Silva, 2003; Stotz et al., 1996, Silveira 2010). Silva & colaboradores (2003) sugerem que a maioria das espécies da Caatinga apresenta baixa e média sensitividade, e que isto se deve ao contínuo estresse causado pela distribuição irregular de chuvas neste bioma, o que tornaria estas espécies mais resilientes às alterações causadas pelas atividades humanas. Além disso, a maioria das espécies de aves associadas à vegetação arbustiva seca é relativamente tolerante às perturbações ambientais (Stotz et al., 1996; Silveira, 2010), e que o pequeno número de espécies com alta sensitividade corresponde, em sua maioria, a espécies mais dependentes de florestas e que possuem uma distribuição bastante restrita para a região, como no ponto 2,que apresentou o maior número de espécies dependentes de florestas e a maior porcentagem de Caatinga Arbórea dentre os dez pontos do estudo. O alto número de espécies insetívoras em relação às demais grupos tróficos também pode ser observado em outros estudos. Mesmo não havendo resultado significativo para a influência de ambientes nos grupos tróficos, vários autores relacionam a dieta com o ambiente, onde os insetívoros generalistas geralmente habitam borda de mata, áreas abertas e estrato superior arbóreo, possuindo grande adaptabilidade a ambientes degradados (Willis, 1979; Ribon et al., 2003), no entanto são necessários estudos mais aprofundados com fundamentação rigorosa quanto às preferências alimentares das espécies.

43 43 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar da riqueza não expressar um resultado significativo frente aos diferentes tipos de cobertura vegetal observada na área do estudo, os demais resultados, como a sensitividade e a dependência de habitat, exprimem respostas para os diferentes estados de conservação da área estudada, mostrando que áreas florestadas são demasiadamente importantes para a manutenção das espécies de aves ali existentes. Sugere-se que, provavelmente, as áreas de Caatinga Arbórea têm avifauna mais ricas e mais diversas que as demais áreas apresentadas no estudo. Também é perceptível que a variação da abundância relativa das espécies de aves presentes na Caatinga está bastante relacionada com a sazonalidade ao longo do ano (seca e chuva). Há na Caatinga uma dependência das espécies pelo clima. Deste modo, pode-se concluir que as aves são importantes para a avaliação de áreas com diferentes níveis de conservação na Caatinga, sendo importante considerar também outras características estruturais destas comunidades e, os aspectos biogeográficos e ecológicos de suas espécies.

44 44 ANEXO Figura 21: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 1 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Caetité/BA. Figura 22: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 2 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Caetité/BA.

45 45 Figura 23: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 3 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Caetité/BA. Figura 24: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 4 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Caetité/BA.

46 46 Figura 25: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 5 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Pindaí/BA. Figura 26: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 6 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Pindaí/BA.

47 47 Figura 27: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 7 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Pindaí/BA. Figura 28: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 8 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Pindaí/BA.

48 48 Figura 29: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 9 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Pindaí/BA. Figura 30: Detalhamento do mosaico de vegetação do Ponto 10 com ponto de escuta ao centro e raio de 1km, no município de Pindaí/BA.

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