Buracos Negros Primordiais de massa estelar

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Buracos Negros Primordiais de massa estelar"

Transcrição

1 II WORKSHOP MATEMÁTICA NA UMa Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia da UMa Departamento de Matemática Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço 12 de junho, 2017

2 Table of contents 1 Introdução 2 Variação do δ c 3 Variância da massa 4 Exemplos do cálculo do β 5 Algumas ideias para trabalho futuro

3 Introdução Os Buracos Negros são objetos previstos pelas Leis da Física (soluções exatas das equações do campo da Relatividade Geral). Métrica de Schwarzschild (geometria do espaço-tempo em torno de um objeto com simetria esférica) ds 2 = ( 1 2m r ) dt m r dr 2 r 2 ( dθ 2 + sin 2 (θ)dφ 2) r = 0 singularidade r = 2m horizonte de eventos

4 Introdução Nos instantes iniciais do Universo (t < 10 5 s) podem ter estado reunidas as condições favoráveis à formação de Buracos Negros Primordiais (BNPs) com massas na gama: [ 10 5 g, M ]. Estes Buracos Negros formam-se a partir do colapso gravitacional de flutuações de densidade. Estas flutuações de origem quântica são esticadas durante a inflação para escalas muito superiores ao Universo observável. Depois da inflação, à medida que o Universo expande, cada flutuação de dimensão k acaba por atravessar o horizonte num dado instante t k, podendo voltar a participar em processos físicos.

5 Flutuações de densidade (perturbações): δ k = m m δ k δ c ocorre o colapso gravitacional da flutuação com a formação de um BN (δ c é o limite - threshold - para a formação de BNs). Num Universo dominado pela radiação: δ c 0.43 numericamente δ k < δ c a flutuação acaba por dissipar-se sem formar um BN.

6 Fração do Universo que se converte em BNPs β(t k ) = 1 2πσ(tk ) δ c ) exp ( δ2 2σ 2 dδ (t k ) σ 2 (t k ) variância da massa δ c limite inferior para a formação de BNs

7 BNPs de massa estelar Estamos particularmente interessados na formação de BNPs com massas entre 0.1M e 100M (i.e. BNPs de massa estelar) os quais podem ter-se formado quando o Universo tinha entre 10 6 s e 10 3 s de idade. Nesta época o Universo é dominado pela radiação (i.e. todas as partículas deslocam-se com velocidade da ordem da velocidade da luz) com a exceção de um curto período correspondente à Mudança de fase da CromoDinâmica Quântica (QCD).

8 QCD cosmological phase transition Durante as mudanças de fase cosmológicas assistimos a uma diminuição da velocidade do som. Como consequência o valor de δ c baixa também favorecendo (durante algum tempo) a produção de BNs. Mudança de fase da CromoDinâmica Quântica (QCD): passamos de um plasma dominado por quarks e gluões (QGP) para um gás dominado por hadrões (HG): os gluões e os quarks juntam-se para formarem protões e neutrões (t 10 5 s; T K) Modelos para a QCD Bag Model Lattice Fit model Crossover model

9 δ c durante a QCD BM Figure 2 in New thresholds for primordial black hole formation during the QCD phase transition, Sobrinho, J. L. G.; Augusto, P.; Gonçalves, A. L., 2016, Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, Volume 463, Issue 3. k c 0.43 t t BH formation c2 c1 No BH formation Log 10 t k 1s

10 δ c durante a QCD Lattice Fit model Figure 7 in New thresholds for primordial black hole formation during the QCD phase transition, Sobrinho, J. L. G.; Augusto, P.; Gonçalves, A. L., 2016, Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, Volume 463, Issue t 1 t t k c 0.43 BH formation ca 0.2 c2 c1 0.1 No BH formation Log 10 t k 1s

11 δ c durante a QCD Crossover Figure 5 in New thresholds for primordial black hole formation during the QCD phase transition, Sobrinho, J. L. G.; Augusto, P.; Gonçalves, A. L., 2016, Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, Volume 463, Issue 3. k BH formation c 0.43 c1 No BH formation t 1 t Log 10 t k 1s

12 Variância da massa σ 2 (k) = ke k 0 x 3 δ 2 H(kx)W 2 T H(x)W 2 T H( x 3 )dx ( ) 10 2 ( ) k n(k) 1 δh(k) 2 = δ 2 9 H(k c ) k c W T H (x) = 3 (sin(x) x cos(x)) Top hat window function (x) 3 k c = 0.05Mpc m 1 escala pivot Missão Planck k e 0.01m 1 menor escala gerada pela inflação δ 2 H (k c) Planck Collaboration et al. 2016

13 Running tilt power law spectrum Running tilt power law spectrum: n(k) = n 0 + i 1 ) n i i (ln kkc (i + 1)! n 0 = n 1 = n 2 = n 3 n 4 Planck (e.g. Erfani 2014) } Trabalhar no plano (n 3, n 4 ) Considerar n i = 0 para i 5

14 Blue spectrum BNs em número significativo = n(k) > 1 (blue spectrum) n tk n 1.76, log 10 t 1s log 10 t k 1 s n 3 = , n 4 =

15 Blue spectrum Estamos interessados em situações para as quais a curva n(k) apresente um máximo local num dado ponto k = k + com n + = n(k + ) > 1. n + = n 0 + n1 2 ln k+ k c + n2 6 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ln k+ + n3 ln k+ + n4 ln k+ k c 24 k c 120 k c dn(k) dk k=k+ ( ) 2 ( ) 3 = 0 n1 2 + n2 k+ ln + n3 ln k+ + n4 ln k+ = 0 3 k c 8 k c 30 k c

16 Blue spectrum Dado um par (n +, k + ), ou de forma equivalente (n +, t + ), podemos determinar o par (n 3, n 4 ) correspondente: ( ( ) ) n 0 24n + + 9n 1 ln k + k c + 2n 2 ln k + k c n 3 = ( ) 3 ln k + k c ( ( ) ) n 0 18n + + 6n 1 ln k + k c + n 2 ln k + k c n 4 = ( ) 4 ln k + k c

17 Sequência seguida no cálculo do β

18 Exemplo 1 log 10 Β tk n 1.9, log 10 t 1s log 10 t k 1 s n 3 = , n 4 = Contribuições: preto - radiação. A contribuição da QCD é residual neste caso.

19 Exemplo 2 log 10 Β tk n 1.5, log 10 t 1s log 10 t k 1 s n 3 = , n 4 = Contribuições: preto - radiação, azul - QCD Bag Model, magenta - QCD Lattice Fit.

20 Exemplo 3 log 10 Β tk n 1.54, log 10 t 1s log 10 t k 1 s n 3 = , n 4 = Contribuições: azul - QCD Bag Model, magenta - QCD Lattice Fit.

21 Exemplo 4 log 10 Β tk n 1.72, log 10 t 1s log 10 t k 1 s n 3 = , n 4 = Contribuições: preto - radiação, azul - QCD Bag Model, magenta - QCD Lattice Fit, verde - QCD Crossover.

22 Exemplo 5 log 10 Β tk n 1.8, log 10 t 1s log 10 t k 1 s n 3 = , n 4 = Contribuições: preto - radiação, azul - QCD Bag Model, magenta - QCD Lattice Fit, verde - QCD Crossover.

23 Casos do β para a QCD Bag Model Eixo horizontal: n + ; Eixo vertical: log(t + /1 s) vermelho - ultrapassa os limites observacionais azul claro - residual verde - contribuição da radiação e/ou da QCD Bag Model azul - contribuição da QCD Bag Model APENAS laranja - a contribuição QCD Bag Model ultrapassa os limites observacionais

24 Algumas ideias para trabalho futuro Procurar situações potencialmente interessantes no contexto da deteção de ondas gravitacionais. Determinar as implicações destes resultados para a concentração de matéria escura no halo da Nossa Galáxia. Utilizar β(t k ) para determinar o número de BNs eventualmente formados durante a QCD. Alargar o estudo aos BNPs de massa sub-estelar e aos BNPs supermassivos.

25 Algumas referências Sobrinho, J. L. G.; Augusto, P.; Gonçalves, A. L. (2016), New thresholds for primordial black hole formation during the QCD phase transition, Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (MNRAS), 463, Sobrinho, J. L. G. & Augusto, P. (2014), Direct detection of black holes via electromagnetic radiation, Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (MNRAS), 441, Sobrinho, J. L. G. (2011), The Possibility of Primordial Black Hole Direct Detection, Sobrinho, L.; Tese de Doutoramento em Matemática (especialidade de Física-Matemática), Universidade da Madeira, pp Sobrinho, J. L. G. & Augusto, P. (2007), The fraction of the Universe going into Primordial Black Holes, Internal Report nr.126/07 (CCM); 109 pp. Sobrinho, J. L. G. & Augusto, P. (2008), Primordial black holes and cosmological phase transitions, Internal Report nr.19/08 (CCM); 224 pp. Sobrinho, J. L. G. (2013), Buracos Negros Primordiais, Póster apresentado no Dia Aberto da UMa 2013, UMa. Sobrinho, J.L.G. (2016). Estudo da variação do δ c durante a QCD. Workshop Matemática na UMa - Celebração do 60. o Aniversário da Professora Rita Vasconcelos, Universidade da Madeira, All the Figures within this presentation were created with the help of Wolfram Research, Inc., Mathematica, Version 5.1, Champaign, IL (2004).

Relatividade Geral e Buracos Negros

Relatividade Geral e Buracos Negros AGA0293 Astrofísica Estelar Profa. Jane Gregorio-Hetem Capítulo 17 Relatividade Geral e Buracos Negros 17.1 A teoria geral da relatividade 17.2 Intervalos e Geodésia 17.3 Buracos negros AGA0293 "Cap. 17.3

Leia mais

DEFEITOS NOSSO UNIVERSO

DEFEITOS NOSSO UNIVERSO OS DEFEITOS NOSSO UNIVERSO Angelino Gonçalves DO VI Semana da Astronomia 08 de Junho de 2006 1 Transições de fase no Universo Jovem. À medida que andamos para trás s no tempo até ao momento da criação,

Leia mais

Produção de Buracos Negros em Aceleradores

Produção de Buracos Negros em Aceleradores Produção de Buracos Negros em Aceleradores Universidade de São Paulo Esquema I. Motivação II. Grandes dimensões extras III. Fatos básicos sobre buracos negros IV. Buracos negros em aceleradores V. Conclusões

Leia mais

O COMEÇO DO UNIVERSO. O BIG-BANG Parte II

O COMEÇO DO UNIVERSO. O BIG-BANG Parte II O COMEÇO DO UNIVERSO O BIG-BANG Parte II RESUMO DA HISTÓRIA DO UNIVERSO Era da radiação Época Tempo Densidade Temperatura Característica principal (após o Big- Bang) (kg/m 3 ) (K) Planck 0-10 -43 s - 10

Leia mais

Teoria Quântica de Campos em Meios Desordenados

Teoria Quântica de Campos em Meios Desordenados Teoria Quântica de Campos em Meios Desordenados Instituto de Física Teórica - UNESP Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas - RJ 2011 1 Publicações 2 Quantização estocástica 3 Meios desordenados 4 Conclusões

Leia mais

Física Nuclear

Física Nuclear Enquadramento: Objectivos Programa Bibliografia Requisitos Funcionamento Método de avaliação Objectivos Pretende-se que os alunos complementem a sua formação através da familiarização com a constituição

Leia mais

Um modelo Standard para o Universo

Um modelo Standard para o Universo 1 Um modelo Standard para o Universo (c) 2009/2014 da Universidade da Madeira 2 Partículas e Forças O nosso Universo é governado por quatro forças fundamentais: força gravítica, força eletromagnética,

Leia mais

Radiação Cósmica de Fundo

Radiação Cósmica de Fundo Radiação Cósmica de Fundo António Vale, CENTRA / IST 6ª Escola de Astronomia e Gravitação, IST, Setembro 2012 Radiação Cósmica de Fundo (CMB) O que é? Radiação relíquia, emitida após recombinação (~380000

Leia mais

Modelo de Turbulência que regulam a Taxa Cósmica de. Workshop Carolina Gribel de Vasconcelos Ferreira. 7 de Abril de 2015

Modelo de Turbulência que regulam a Taxa Cósmica de. Workshop Carolina Gribel de Vasconcelos Ferreira. 7 de Abril de 2015 Modelo de Turbulência que regulam a Taxa Cósmica de Formação Estelar Workshop 2015 Carolina Gribel de Vasconcelos Ferreira 7 de Abril de 2015 Introdução A formação estrelar é um dos fenômenos menos compreendidos

Leia mais

O espaço-tempo curvo na teoria da relatividade geral. Felipe Tovar Falciano

O espaço-tempo curvo na teoria da relatividade geral. Felipe Tovar Falciano O espaço-tempo curvo na teoria da relatividade geral Felipe Tovar Falciano IFCE - 2013 O que é Relatividade? 1685 - Newton "Philosophiae naturalis principia mathematica" A. Einstein (1879-1955) 1890 -

Leia mais

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 3 p. 1

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 3 p. 1 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 3 Victor O. Rivelles Instituto de Física Universidade de São Paulo rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/ rivelles/ XXI Jornada de Física Teórica 2006 INTRODUÇÃO

Leia mais

Movimento próprio de estrelas Formação e evolução Estágios finais na evolução de estrelas Enxames

Movimento próprio de estrelas Formação e evolução Estágios finais na evolução de estrelas Enxames Movimento próprio de estrelas Formação e evolução Estágios finais na evolução de estrelas Enxames João Lima jlima@astro.up.pt Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço Centro de Astrofísica Departamento

Leia mais

Thaisa Storchi Bergmann

Thaisa Storchi Bergmann Thaisa Storchi Bergmann Membro da Academia Brasileira de Ciências Prêmio L Oreal/UNESCO For Women in Science 2015 3/11/16 Thaisa Storchi Bergmann, Breve história do Universo, Parte II 1 Resum0 da primeira

Leia mais

Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira. Buracos Negros. Laurindo Sobrinho. 9 de Setembro de 2004

Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira. Buracos Negros. Laurindo Sobrinho. 9 de Setembro de 2004 Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira Buracos Negros Laurindo Sobrinho 9 de Setembro de 2004 A velocidade de escape É a velocidade que um corpo deve atingir para que possa escapar à atracção gravítica

Leia mais

Buracos Negros: Viagem ao lado de lá

Buracos Negros: Viagem ao lado de lá Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira Buracos Negros: Viagem ao lado de lá Laurindo Sobrinho IV Semana da Astronomia 20 de Julho de 2004 Um Buraco negro é uma região onde a força de gravidade

Leia mais

São os buracos negros reais?

São os buracos negros reais? São os buracos negros reais? Domingos Soares Departamento de Física Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte, Brasil 28 de agosto de 2018 Resumo A realidade física do buraco negro, como definido

Leia mais

A métrica de Eddington Finkelstein. Rodrigo Rodrigues Machado & Alexandre Carlos Tort

A métrica de Eddington Finkelstein. Rodrigo Rodrigues Machado & Alexandre Carlos Tort UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Física Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física Mestrado Profissional em Ensino de Física A métrica de Eddington Finkelstein Rodrigo Rodrigues Machado

Leia mais

Universidade da Madeira. Um modelo Standard. Grupo de Astronomia. para o Universo. Laurindo Sobrinho. 08 de março de 2014

Universidade da Madeira. Um modelo Standard. Grupo de Astronomia. para o Universo. Laurindo Sobrinho. 08 de março de 2014 Um modelo Standard para o Universo Laurindo Sobrinho 08 de março de 2014 1 Partículas e Forças Universidade da Madeira O nosso Universo é governado por quatro forças fundamentais: força gravítica, força

Leia mais

Cosmologia Básica: 2 - as equações de Friedmann-Lemaitre

Cosmologia Básica: 2 - as equações de Friedmann-Lemaitre 1 Cosmologia Básica: 2 - as equações de Friedmann-Lemaitre Laerte Sodré Jr. August 15, 2011 Cosmologia Relativística equações de Einstein: estabelecem uma relação entre a geometria do espaço-tempo e a

Leia mais

Introdução à Cosmologia: 1 - a cosmologia newtoniana

Introdução à Cosmologia: 1 - a cosmologia newtoniana 1 Introdução à Cosmologia: 1 - a cosmologia newtoniana Laerte Sodré Jr. August 15, 2011 objetivos: abordagem rápida dos principais conceitos de cosmologia foco no modelo cosmológico padrão veremos como

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 23: Questões cosmológicas. Alexandre Zabot

Astrofísica Geral. Tema 23: Questões cosmológicas. Alexandre Zabot Astrofísica Geral Tema 23: Questões cosmológicas Alexandre Zabot Índice 1 Princípios cosmológicos 2 Matéria e Energia Escuras 3 Inflação cósmica 4 Fluxo Escuro 5 Fim do universo 6 Multiversos 7 Bibliografia

Leia mais

Curso de Cosmologia. 2013B Parte I. Aula 7. M a r t í n M a k l e r CBPF

Curso de Cosmologia. 2013B Parte I. Aula 7. M a r t í n M a k l e r CBPF Curso de Cosmologia 2013B Parte I Aula 7 M a r t í n M a k l e r CBPF Resumo RCF Copyleft Martín Makler Universo recombinou em z ~ 1100 e reionizou em z ~ 10 Universo ~ plano, requer matéria e energia

Leia mais

Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1. Flavio D Amico estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato

Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1. Flavio D Amico estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1 Flavio D Amico damico@das.inpe.br estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato A Constelação de Orion e as 3 Marias super Betelgeuse:

Leia mais

Buracos Negros Galácticos

Buracos Negros Galácticos Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Mestrado Profissional em Ensino de Física Tópicos de Física Contemporânea Buracos Negros Galácticos Aluno: Wanderley Junior Professora: A. C.

Leia mais

O Universo Homogêneo II:

O Universo Homogêneo II: Parte III O Universo Homogêneo II: Breve História Térmica do Universo Equação de estado e temperatura Se kt >> mc 2 : relativístico p ρ/3 Se kt

Leia mais

Cosmo-UFES: Grupo de Astrofísica, Cosmologia e Gravitação. Visão geral do grupo, pesquisa e outras atividades. Davi C. Rodrigues

Cosmo-UFES: Grupo de Astrofísica, Cosmologia e Gravitação. Visão geral do grupo, pesquisa e outras atividades. Davi C. Rodrigues Cosmo-UFES: Grupo de Astrofísica, Cosmologia e Gravitação Visão geral do grupo, pesquisa e outras atividades Cosmo-UFES Departamento de Física, CCE, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES

Leia mais

Amanda Yoko Minowa 02/08/2014

Amanda Yoko Minowa 02/08/2014 CURSO DE ASTRONOMIA COSMOLOGIA (PARTE I) Amanda Yoko Minowa 02/08/2014 amandayoko@gmail.com O UNIVERSO E A HISTÓRIA DO COSMOS COSMOLOGIA (do grego κοσμολογία, κόσμος="cosmos"/"ordem"/"mundo" +- λογία="discurso"/"estudo")

Leia mais

O Espaço: contínuo ou discreto? João Penedones

O Espaço: contínuo ou discreto? João Penedones O Espaço: contínuo ou discreto? João Penedones CERN Master Class Universidade do Porto, 15 de Março de 2014 O Espaço: plasticina ou Legos? Matéria contínua Matéria discreta Espaço discreto Espaço contínuo

Leia mais

AGA 210 Introdução à Astronomia Lista de Exercícios 06 Estrelas

AGA 210 Introdução à Astronomia Lista de Exercícios 06 Estrelas AGA 210 Introdução à Astronomia Lista de Exercícios 06 Estrelas Questão 01: Qual(is) informação(ões) podemos extrair das observações astrométricas? Qual a relevância em se estimar a posição das estrelas

Leia mais

Introdução ao Modelo Padrão. Augusto Barroso

Introdução ao Modelo Padrão. Augusto Barroso Introdução ao Modelo Padrão (Standard Model) Augusto Barroso 1 O que é o Standard Model? 2 Programa Os Constituintes Elementares Leptons & Quarks As Interacções Forte, Electromagnética, Fraca & Gravítica

Leia mais

Astronomia para Todos Buracos Negros

Astronomia para Todos Buracos Negros Astronomia para Todos Buracos Negros Oswaldo Duarte Miranda mailto: oswaldo@das.inpe.br INPE 27 de novembro de 2008 Oswaldo Duarte Miranda Buracos Negros Um pouco de História pré Einstein 1687: Isaac Newton

Leia mais

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos Rogério Riffel riffel@ufrgs.br Núcleo Ativo de Galáxia

Leia mais

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Astronomia Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos Rogério Riffel riffel@ufrgs.br Núcleo Ativo de Galáxia

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA

NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA NOTAS DE AULAS DE ESTRUTURA DA MATÉRIA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 12 ESTATÍSTICA QUÂNTICA Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 12 ESTATÍSTICA QUÂNTICA ÍNDICE 12-1- Introdução 12.2- Indistinguibilidade

Leia mais

Curso de Cosmologia. 2013B Parte I. Aula 5. M a r t í n M a k l e r CBPF. Thursday, September 5, 13

Curso de Cosmologia. 2013B Parte I. Aula 5. M a r t í n M a k l e r CBPF. Thursday, September 5, 13 Curso de Cosmologia 2013B Parte I Aula 5 M a r t í n M a k l e r CBPF Cosmologia - CBPF 2013 Parte Ic O Universo Homogêneo II: Breve História Térmica do Universo Equação de estado e temperatura Se kt >>

Leia mais

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Galáxias. Rogemar A. Riffel

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Galáxias. Rogemar A. Riffel FSC1057: Introdução à Astrofísica Galáxias Rogemar A. Riffel Galáxias x Estrelas Processos de formação e evolução das galáxias não tão bem conhecidos como das estrelas Por que? Complexidade dos sistemas

Leia mais

Estágios Finais da Evoluçao Estelar: Estrelas Compactas e Buracos Negros

Estágios Finais da Evoluçao Estelar: Estrelas Compactas e Buracos Negros Estágios Finais da Evoluçao Estelar: Estrelas Compactas e Buracos Negros Felipe de Lima Kelemen Orientador: Profa. Dra. Cecilia B. M. H. Chirenti Centro de Matemática, Computação e Cognação (CMCC) Santo

Leia mais

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul FIS2001 - FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 3.a PROVA 2011/2 NOME: TURMA:C I. ( 0,2 pontos cada) Nas questões

Leia mais

Investigando as propriedades da matéria nuclear em colisões de íons pesados relativísticos

Investigando as propriedades da matéria nuclear em colisões de íons pesados relativísticos Investigando as propriedades da matéria nuclear em colisões de íons pesados relativísticos Luiz Fernando Mackedanz luiz.mackedanz@ufrgs.br Grupo de Fenomenologia de Partículas de Altas Energias (GFPAE)

Leia mais

Confrontando Modelos de Energia Escura com a Taxa Cósmica de Formação Estelar, LGRB, e Fundos Estocásticos de Ondas Gravitacionais

Confrontando Modelos de Energia Escura com a Taxa Cósmica de Formação Estelar, LGRB, e Fundos Estocásticos de Ondas Gravitacionais Confrontando Modelos de Energia Escura com a Taxa Cósmica de Formação Estelar, LGRB, e Fundos Estocásticos de Ondas Gravitacionais Carolina Gribel de Vasconcelos Ferreira 8 de Abril de 2014 Introdução

Leia mais

Consequência Fenomenológicas da Existência de Dimensões Extras

Consequência Fenomenológicas da Existência de Dimensões Extras Consequência Fenomenológicas da Existência de Dimensões Extras Universidade de São Paulo Esquema I. Motivação II. Modelo básico III. Vínculos IV. Buracos negros microscópicos! V. BN microcópicos em aceleradores

Leia mais

Aula 17: Cosmologia I. Henrique Dias Gomes

Aula 17: Cosmologia I. Henrique Dias Gomes Aula 17: Cosmologia I Henrique Dias Gomes hdias467@gmail.com Cosmologia wikipedia: Cosmologia (do grego κοσμολογία, κόσμος="cosmos"/"ordem"/"mundo"+ -λογία="discurso"/"estudo"); É o ramo da astronomia

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 19: A vida das galáxias

Astrofísica Geral. Tema 19: A vida das galáxias da das galáxias Índice 1 Evidências observacionais 2 Nascimento das galáxias 3 Evolução secular 4 Bibliografia 2 / 24 Índice 1 Evidências observacionais 2 Nascimento das galáxias 3 Evolução secular 4 Bibliografia

Leia mais

CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho.

CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho. CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA NO OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME Rui Jorge Agostinho Outubro de 2017 Conteúdo Este curso destina-se a qualquer pessoa interessada

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 20: Galáxias ativas

Astrofísica Geral. Tema 20: Galáxias ativas xias ativas Índice 1 Galáxias ativas e seus subtipos 2 Discos de acréscimo 3 Buracos negros supermassivos 4 Relação M BH σ 5 Evolução do Buraco Negro e da Galáxia 6 Galáxias starburst 7 Bibliografia 2

Leia mais

O bóson de Higgs e a massa das coisas

O bóson de Higgs e a massa das coisas O bóson de Higgs e a massa das coisas F.S. Navarra Instituto de Física Universidade de São Paulo navarra@if.usp.br Parte I O lado qualitativo O Modelo Padrão Portadores de força Matéria: quarks e leptons

Leia mais

Introdução a Astronomia...uma breve perspectiva do caminho que realizaremos durante o curso...

Introdução a Astronomia...uma breve perspectiva do caminho que realizaremos durante o curso... Introdução a Astronomia...uma breve perspectiva do caminho que realizaremos durante o curso... I- A Ciência Astronomia-Astrofísica II- Estrutura Hierárquica do Universo III- Escalas de Dimensões e Distâncias

Leia mais

Universo. explosivo, inflacionário, acelerado e desconhecido. Laurindo Sobrinho. V EAAM 23 de Setembro de Grupo de Astronomia

Universo. explosivo, inflacionário, acelerado e desconhecido. Laurindo Sobrinho. V EAAM 23 de Setembro de Grupo de Astronomia Universo explosivo, inflacionário, acelerado e desconhecido Laurindo Sobrinho V EAAM 23 de Setembro de 2006 1 1 O Universo em Expansão Ao examinar a luz emitida por galáxias distantes Edwin Hubble verificou

Leia mais

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Galáxias. Rogério Riffel.

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Galáxias. Rogério Riffel. Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Galáxias Rogério Riffel http://astro.if.ufrgs.br A descoberta das galáxias Kant (1755): hipótese dos "universos-ilha": a Via Láctea é apenas uma galáxia a mais em

Leia mais

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Rogério Riffel Veja mais em: http://astro.if.ufrgs.br/estrelas/node14.htm Evolução Final das Estrelas O destino final das

Leia mais

Galáxias

Galáxias Galáxias http://astro.if.ufgrs.br/galax/index.htm Maria de Fátima Oliveira Saraiva Departamento de Astronomia - IF-UFRGS Galáxias visíveis a olho nu Nuvens de Magalhães Via Láctea Andrômeda O que é uma

Leia mais

Noções de Astronomia e Cosmologia. Aula 15 Cosmologia Parte II

Noções de Astronomia e Cosmologia. Aula 15 Cosmologia Parte II Noções de Astronomia e Cosmologia Aula 15 Cosmologia Parte II Modelo cosmológico atual Parâmetros Cosmológicos São determinados experimentalmente Constante de Hubble Densidade de matéria Idade do universo

Leia mais

1.3. As estrelas e a sua evolução

1.3. As estrelas e a sua evolução 1.3. As estrelas e a sua evolução Nuvens interestelares Entre as estrelas existem gases e poeiras. Muitas vezes esses gases e poeiras formam grandes nuvens denominadas nuvens interestelares. Estrelas em

Leia mais

Matéria Escura no Universo

Matéria Escura no Universo Curso de mestrado em Ensino de Física 1 de junho de 2010 Matéria Escura no Universo Martin Makler ICRA/CBPF Curso de mestrado em Ensino de Física 1 de junho de 2010 O Lado Escuro do Universo Episódio I

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 19: A vida das galáxias

Astrofísica Geral. Tema 19: A vida das galáxias ema 19: A vida das galáxias Outline 1 Evidências observacionais 2 Nascimento das galáxias 3 Evolução secular 4 Bibliografia 2 / 24 Outline 1 Evidências observacionais 2 Nascimento das galáxias 3 Evolução

Leia mais

Evolução Estelar. Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP

Evolução Estelar. Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP Evolução Estelar Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP Ciclo de vida do Sol colapso colapso colapso nuvem glóbulo protoestrela Sol estável por 10 bilhões de anos anã negra esfriamento anã branca colapso gigante

Leia mais

A camada eletrônica dos átomos forma a seguinte série:

A camada eletrônica dos átomos forma a seguinte série: Vamos retornar ao problema da constante cosmológica. Riemann percebeu que é possível estender a função zeta para todos os números complexo, exceto para s = 1. E é aqui que está fincada a relação entre

Leia mais

O Modelo-Padrão, Além. Sua Influência nos Processos EMs. (EMs no Século XXI) J. A. Helayël-Neto CBPF GFT JLL PVNC

O Modelo-Padrão, Além. Sua Influência nos Processos EMs. (EMs no Século XXI) J. A. Helayël-Neto CBPF GFT JLL PVNC O Modelo-Padrão, Além e Sua Influência nos Processos EMs (EMs no Século XXI) J. A. Helayël-Neto CBPF GFT JLL PVNC #1. Interações Fundamentais O que são as Interações Fundamentais : Gravitação Eletrofraca

Leia mais

Teorias Alternativas de Gravitação - Implicações nos Estudos de Ondas Gravitacionais

Teorias Alternativas de Gravitação - Implicações nos Estudos de Ondas Gravitacionais Teorias Alternativas de Gravitação - Implicações nos Estudos de Ondas Gravitacionais Orientada por: Dr. José Carlos N. de Araujo Co-orientada por: Dr. Márcio Alves INPE 2 de maio de Relatividade Geral

Leia mais

Simulação de um catálogo espectrofotométrico 4 os surveys J-PAS e SuMIRe. Laerte Sodré Jr. Fevereiro, 2011

Simulação de um catálogo espectrofotométrico 4 os surveys J-PAS e SuMIRe. Laerte Sodré Jr. Fevereiro, 2011 Simulação de um catálogo espectrofotométrico 4 os surveys J-PAS e SuMIRe Laerte Sodré Jr. Fevereiro, 2011 O que é o Pau Brasil Consórcio para organizar a participação brasileira no projeto J-PAS J-PAS:

Leia mais

Aglomerados de galáxias

Aglomerados de galáxias Aglomerados de galáxias I O grupo Local A figura 1 mostra a Galáxia que tem uma extensão de 200000 Anos Luz. O Sol esta localizado no braço de Orion a 26000 Anos Luz de distancia do Centro Galáctico. O

Leia mais

Introdução a Astronomia

Introdução a Astronomia Introdução a Astronomia...uma breve perspectiva do caminho que realizaremos durante o curso e a necessidade da utilização de Unidades Especiais e Medidas Astronômicas... I- A Ciência Astronomia-Astrofísica

Leia mais

Curso de Cosmologia. 2013B Parte I. Aula 3. M a r t í n M a k l e r CBPF

Curso de Cosmologia. 2013B Parte I. Aula 3. M a r t í n M a k l e r CBPF Curso de Cosmologia 2013B Parte I Aula 3 M a r t í n M a k l e r CBPF Universo Multicomponente Universo Multicomponente Equação de Friedmann Universo Multicomponente Equação de Friedmann Copyleft Martín

Leia mais

Buracos Negros. Óscar Dias 4ª EAG. 2. Aspectos Quânticos. Universidade de Barcelona & Centro de Física do Porto (Univ. Porto)

Buracos Negros. Óscar Dias 4ª EAG. 2. Aspectos Quânticos. Universidade de Barcelona & Centro de Física do Porto (Univ. Porto) Buracos Negros 2. Aspectos Quânticos Óscar Dias Universidade de Barcelona & Centro de Física do Porto (Univ. Porto) 4ª EAG Buracos Negros são objectos termodinámicos...e portanto emitem radiação térmica

Leia mais

Astrofísica Geral. Tema 20: Galáxias de núcleo ativo

Astrofísica Geral. Tema 20: Galáxias de núcleo ativo ema 20: Galáxias de núcleo ativo Outline 1 Quasares e AGNs 2 Discos de acréscimo 3 Buracos negros supermassivos 4 Relação M BH σ 5 Galáxias starburst 6 Bibliografia 2 / 32 Outline 1 Quasares e AGNs 2 Discos

Leia mais

CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA PARADOXOS DA TEORIA DA RELATIVIDADE. Paulo Crawford MÓDULO CAOAL TR

CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA PARADOXOS DA TEORIA DA RELATIVIDADE. Paulo Crawford MÓDULO CAOAL TR CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA DO OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA PARADOXOS DA TEORIA DA RELATIVIDADE MÓDULO CAOAL TR Paulo Crawford Abril de 2013 Conteúdo Objectivos e Estrutura do Curso..............................

Leia mais

Evolução Estelar II. Objetos compactos: Anãs brancas Estrelas de nêutrons Buracos negros. Evoluçao Estelar II - Carlos Alexandre Wuensche

Evolução Estelar II. Objetos compactos: Anãs brancas Estrelas de nêutrons Buracos negros. Evoluçao Estelar II - Carlos Alexandre Wuensche Evolução Estelar II Objetos compactos: Anãs brancas Estrelas de nêutrons Buracos negros Evoluçao Estelar II - Carlos Alexandre Wuensche 1 Características básicas Resultado de estágios finais de evolução

Leia mais

ESTRUTURA EM GRANDE ESCALA: Distribuição das galáxias no universo

ESTRUTURA EM GRANDE ESCALA: Distribuição das galáxias no universo ESTRUTURA EM GRANDE ESCALA: Distribuição das galáxias no universo Galáxias não estão distribuídas uniformemente no espaço Somente 20 ou 30 % das galáxias estão isoladas no espaço integaláctico Normalmente

Leia mais

A Energia Escura. Eduardo Cypriano. June 24, 2009

A Energia Escura. Eduardo Cypriano. June 24, 2009 June 24, 2009 Aceleração Cósmica A evidêcias obtidas através da RCF e principalmente das SNe tipo Ia indicam que o Universo está numa fase de expansão acelerada. Esse tipo de comportamento não pode ser

Leia mais

Gil de Oliveira Neto

Gil de Oliveira Neto Gil de Oliveira Neto 1. Motivações; 2. Relatividade Geral Quântica; 3. Cosmologia Quântica; 4. Um Modelo para o Início do Universo; 5. Conclusões. 1. Relatividade Geral Clássica; 2. Cosmologia Moderna;

Leia mais

Curso de Iniciação à. Astronomia e Astrofísica. Observatório Astronómico de Lisboa. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso. Janeiro e Junho de 2013

Curso de Iniciação à. Astronomia e Astrofísica. Observatório Astronómico de Lisboa. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso. Janeiro e Junho de 2013 Curso de Iniciação à Astronomia e Astrofísica do Observatório Astronómico de Lisboa Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso Janeiro e Junho de 2013 Conteúdo Objectivos e Estrutura do Curso.............................

Leia mais

O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca

O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FÍSICA Mestrado Profissional em Ensino de Física Vitor Cossich O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca IMAGEM: Concepção artística do sistema

Leia mais

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Fundamentos de Astronomia e Astrofísica Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal Tibério B. Vale Veja mais em: http://astro.if.ufrgs.br/estrelas/node14.htm Evolução Final das Estrelas O destino final

Leia mais

Figure 1: Seção transversal de um tubo

Figure 1: Seção transversal de um tubo Questão de eletromagnetismo: O Large Hadron Collider (LHC) é o maior acelerador de partículas já construido. Em um túnel circular de 27 km de extensão a aproximadamente 00 metros de profundidade, 2 feixes

Leia mais

Gravidade: Clássica e Quântica. Panoramas da Física

Gravidade: Clássica e Quântica. Panoramas da Física Gravidade: Clássica e Quântica Panoramas da Física Programa - Breve introdução. - Relatividade Restrita. - Relatividade Geral. - Idéias fundamentais. - Campo fraco: Newton e ondas gravitacionais. - Solução

Leia mais

Teoria da Relatividade Restrita (1905) Parte III. Física Geral IV - FIS503

Teoria da Relatividade Restrita (1905) Parte III. Física Geral IV - FIS503 Teoria da Relatividade Restrita (1905) Parte III Física Geral IV - FIS503 1 Nesta aula: Efeito Doppler da Luz Momento Relativístico Energia Relativística Efeito Doppler do Som É a mudança na frequência

Leia mais

Workshop - DAS/INPE. Dennis Bessada UNIFESP, Campus Diadema DAS - INPE

Workshop - DAS/INPE. Dennis Bessada UNIFESP, Campus Diadema DAS - INPE Workshop - DAS/INPE Dennis Bessada UNIFESP, Campus Diadema DAS - INPE dennis.bessada@unifesp.br; dbessada@gmail.com Workshop - DAS/INPE Dennis Bessada 1/12 Áreas de pesquisa Cosmologia Teórica Cosmologia

Leia mais

2. No instante t = 0, o estado físico de uma partícula livre em uma dimensão é descrito pela seguinte função de onda:

2. No instante t = 0, o estado físico de uma partícula livre em uma dimensão é descrito pela seguinte função de onda: Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências Exatas e Naturais Programa de Pós-Graduação em Física Exame de Seleção - Data: 03/08/2011 Nome do Candidato: Nível: Mestrado Doutorado 1. No cálculo da

Leia mais

17.3 Buracos Negros. AGA 0293 Jorge Meléndez

17.3 Buracos Negros. AGA 0293 Jorge Meléndez 17.3 Buracos Negros AGA 0293 Jorge Meléndez John Michell em 1783: Dark stars Michell (1724 1793): Baseado na ideia de que a luz é composta de parhculas (Newton), Michell propôs que poderiam exismr estrelas

Leia mais

Fontes de Ondas Gravitacionais. José Carlos Neves de Araujo (DAS/INPE - Grupo GRÁVITON)

Fontes de Ondas Gravitacionais. José Carlos Neves de Araujo (DAS/INPE - Grupo GRÁVITON) 1 Fontes de Ondas Gravitacionais José Carlos Neves de Araujo (DAS/INPE - Grupo GRÁVITON) 1 Conteúdo Ondas Gravitacionais (OGs) OGs vs. OEs (ondas eletromagnéticas) OGs realmente existem? Fontes de OGs

Leia mais

Das Galáxias à Energia Escura: Fenomenologia do Universo

Das Galáxias à Energia Escura: Fenomenologia do Universo Das Galáxias à Energia Escura: Fenomenologia do Universo Martín Makler ICRA/CBPF Fenomenologia Universo do Cosmólogo Teórico: Homogêneo e isotrópico Dominado por matéria/energia escura Universo do Astrônomo:

Leia mais

Uma pedra no caminho da Teoria da Relatividade Geral

Uma pedra no caminho da Teoria da Relatividade Geral Uma pedra no caminho da Teoria da Relatividade Geral Domingos S.L. Soares Departamento de Física, ICEx, UFMG C.P. 70 3013-970, Belo Horizonte, MG 11 de julho de 009 Resumo O Modelo Padrão da Cosmologia

Leia mais

Pulsares. Manuel Malheiro Depto. de FísicaF. sica- ITA

Pulsares. Manuel Malheiro Depto. de FísicaF. sica- ITA Astrofísica sica Relativística: Pulsares. Manuel Malheiro Depto. de FísicaF sica- ITA Projeto Temático FAPESP 2007/03633-3 Coordenador: Jorge Horvath (IAG-USP) German Lugones (UFABC) Revista Fapesp Agosto/2011

Leia mais

CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho.

CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho. CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA NO OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME Rui Jorge Agostinho Outubro de 2016 Conteúdo Objectivos e Estrutura do Curso..............................

Leia mais

Introdução. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I

Introdução. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I Introdução Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I 1 1 GERAÇÃO E EMISSÃO DE ENERGIA NAS ESTRELAS CONSIDERAÇÕES DE CARÁTER GERAL: ENERGIA E COMPOSIÇÃO ESPECTRAL determinadas a partir do estudo

Leia mais

Formação de galáxias

Formação de galáxias Galáxias distantes Formação de grandes estruturas Hidrodinâmica e astrofísica do gás Cenário Monolítico e formação hierárquica Matéria escura fria e quente Formação de galáxias Formação de galáxias Gastão

Leia mais

Buracos negros e gravitação Karenn Liège

Buracos negros e gravitação Karenn Liège Buracos negros e gravitação Buracos negros e gravitação Karenn Liège Objetivos Enfatizar a importância da Teoria Gravitacional nas descobertas cosmológicas principalmente as relacionadas aos Buracos Negros.

Leia mais

Thaisa Storchi Bergmann Instituto de Física, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brazil Membro ABC, TWAS, Prêmio L Oreal/UNESCO Mulheres na Ciência 2015

Thaisa Storchi Bergmann Instituto de Física, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brazil Membro ABC, TWAS, Prêmio L Oreal/UNESCO Mulheres na Ciência 2015 Thaisa Storchi Bergmann Instituto de Física, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brazil Membro ABC, TWAS, Prêmio L Oreal/UNESCO Mulheres na Ciência 2015 Introdução: Buracos Negros (BN) BNs estelares e supermassivos

Leia mais

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia 13 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia Prova da final nacional PROVA TEÓRICA 25 de maio de 2018 Duração máxima 120 minutos Notas: Leia atentamente todas as questões. As primeiras 6 questões são de escolha

Leia mais

A Galáxia. Curso de Extensão Universitária. Introdução à Astronomia e Astrofísica. 19 a 23 de julho de Vera Jatenco - IAG/USP

A Galáxia. Curso de Extensão Universitária. Introdução à Astronomia e Astrofísica. 19 a 23 de julho de Vera Jatenco - IAG/USP A Galáxia Curso de Extensão Universitária Introdução à Astronomia e Astrofísica 19 a 23 de julho de 2010 Vera Jatenco - IAG/USP Conteúdo Histórico da Galáxia Distâncias dentro da Galáxia Componentes da

Leia mais

15. A distribuição de galáxias

15. A distribuição de galáxias 15. A distribuição de galáxias 1 O Grupo Local (GL) a Via Láctea e a galáxia de Andrômeda formam um sistema binário, cada uma acompanhada por suas galáxias satélites esta estrutura é denominada Grupo Local

Leia mais

Cosmologia a partir da teoria de Kaluza-Klein

Cosmologia a partir da teoria de Kaluza-Klein Cosmologia a partir da teoria de Kaluza-Klein Pedro H.R.S. Moraes, Orientador: Dr. Oswaldo D. Miranda DAS/INPE Pedro Moraes (DAS/INPE) Workshop - DAS/2012 1 / 13 1 Introdução 2 O modelo gravitacional de

Leia mais

Simulação do Espectro Contínuo emitido por um Corpo Negro 1ª PARTE

Simulação do Espectro Contínuo emitido por um Corpo Negro 1ª PARTE ACTIVIDADE PRÁCTICA DE SALA DE AULA FÍSICA 10.º ANO TURMA A Simulação do Espectro Contínuo emitido por um Corpo Negro Zoom escala do eixo das ordenadas 1ª PARTE Cor do corpo Definir temperatura do corpo

Leia mais

Galáxias. Maria de Fátima Oliveira Saraiva. Departamento de Astronomia - IF-UFRGS

Galáxias. Maria de Fátima Oliveira Saraiva.  Departamento de Astronomia - IF-UFRGS Galáxias www.if.ufrgs.br/~fatima/fis2009/galaxias.htm Maria de Fátima Oliveira Saraiva Departamento de Astronomia - IF-UFRGS Via Láctea A Via Láctea não é mais do que um conjunto de inúmeras estrelas distribuídas

Leia mais

Constante Cosmológica e Energia Escura

Constante Cosmológica e Energia Escura mailto:ronaldo@astro.iag.usp.br 11 de junho de 2007 1 As Supernovas e o Universo Acelerado Supernovas Como Indicadores de Distância Calibração das Curvas de Luz Supernovas e a Geometria do Universo O Universo

Leia mais

Curso de Cosmologia. 2013B Aula 2. M a r t í n M a k l e r CBPF. Tuesday, August 27, 13

Curso de Cosmologia. 2013B Aula 2. M a r t í n M a k l e r CBPF. Tuesday, August 27, 13 Curso de Cosmologia 2013B Aula 2 M a r t í n M a k l e r CBPF Lentes Gravitacionais Copyleft Martín Makler deformação da trajetória da luz pelo espaço-tempo curvo Lentes Gravitacionais Copyleft Martín

Leia mais

Proposta de regime de transição e equivalências

Proposta de regime de transição e equivalências Proposta de regime de transição e equivalências da antiga Licenciatura em Física/Matemática Aplicada (Astronomia) da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto para o novo plano de estudos da Licenciatura

Leia mais

Cosmologia com Lentes Gravitacionais Fracas

Cosmologia com Lentes Gravitacionais Fracas June 24, 2009 Revisão Lentes Gravitacionais se manifestam em dois regimes: forte e fraco. Revisão No regime forte observam-se fenômenos claramente visíveis como a formação de imagens múltiplas e a formação

Leia mais

Universidade da Madeira. Estrelas. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 05 janeiro 2015 NASA

Universidade da Madeira. Estrelas. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 05 janeiro 2015 NASA Estrelas Laurindo Sobrinho 05 janeiro 2015 NASA 1 Luminosidade e brilho aparente Luminosidade (L) - energia emitida por uma estrela por unidade de tempo. Brilho aparente (b) fluxo de energia por unidade

Leia mais