Alternativas de mitigação da escassez hídrica em regiões semi-áridas. Luiz Rafael Palmier 1

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1 CAPTAÇÃO E MANEJO DE ÁGUA DE CHUVA PARA SUSTENTABILIDADE DE ÁREAS RURAIS E URBANAS TECNOLOGIAS E CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA TERESINA, PI, DE 11 A 14 DE JULHO DE 2005 Alternativas de mitigação da escassez hídrica em regiões semi-áridas Luiz Rafael Palmier 1 Resumo Eventos extremos de cheias e secas têm causado problemas a populações humanas em diversas regiões do mundo. Atualmente, além dos problemas relacionados às secas, as populações humanas vêm sofrendo com a escassez de água devido a um aumento das demandas de água e uma generalizada deterioração da qualidade de água. Assim, a gestão de recursos hídricos em regiões de escassez é de fundamental importância para definir as alocações de água e as necessidades de implementação de projetos de desenvolvimento de recursos hídricos, considerando, dentre outros aspectos, a questão ambiental. Há um consenso da necessidade de uma visão integrada de estratégias, políticas, planos, projetos específicos e outras medidas de caráter social e institucional para minimizar os efeitos dos eventos extremos de cheias e secas, mas em poucos casos aplica-se na prática o que é reconhecido na teoria. Recentemente foi proposta a idéia de mitigar os efeitos de cheias seguindo procedimentos e metodologias aplicadas nos processos de Avaliação de Impacto Ambiental. Neste artigo, essa proposta é estendida à gestão de recursos hídricos em regiões de escassez. Palavras-chave: estratégias de gestão em regiões de escassez; avaliação de impacto ambiental INTRODUÇÃO Efeitos ambientais são sempre associados à implementação de qualquer projeto de desenvolvimentos de recursos hídricos, embora os mais comentados sejam aqueles referentes à construção de barragens. As conseqüências desses efeitos ou impactos, quando afetam, de forma significativa, a sociedade humana podem ser positivos ou negativos, de acordo com 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Teresina, PI, 11-14/07/2005 1

2 um dado conjunto de critério. Para sistematizar os processos de desenvolvimento, uma ferramenta de planejamento a qual identifica um plano de gestão ambiental, a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), passou a ser exigida em décadas recentes em muitos países para garantir a aprovação dos grandes projetos de recursos hídricos e, de maneira crescente, para programas e políticas mais gerais de desenvolvimento. As idéias principais sobre as quais se baseia o conceito são a identificação e previsão de possíveis impactos e o estabelecimento de um plano para eliminar ou minimizar os impactos negativos causados por qualquer tipo de plano de desenvolvimento. Apesar do progresso científico e tecnológico, a sociedade humana ainda é muito vulnerável aos eventos de secas e cheias. É consenso a necessidade de novos avanços nas estratégias de gestão de cheias e de secas. Considerando as similaridades entre o processo de desenvolvimento de estratégias e soluções para os problemas causados por cheias e o processo de AIA, a idéia de utilizar as metodologias aplicáveis neste último para aprimorar o primeiro foi recentemente proposta (Petry, 2002). Na realidade, a mesma visão pode ser incorporada como uma estratégia de gestão para minorar a escassez hídrica, objetivo deste artigo. O processo de AIA tem sido visto como necessário para prever o impacto ambiental incluindo o impacto no meio físico e meio socioeconômico de uma dada ação. O conceito, na realidade, é muito mais amplo e a metodologia pode ser estendida para avaliar um projeto, um programa ou plano, para tratar de situações extremas relacionadas à água, tais como cheias e secas. De fato, o mesmo tipo de metodologia pode ser utilizado em uma diferente perspectiva: o processo de AIA pode ser utilizado para a determinação das melhores estratégias para uma adequada gestão de recursos hídricos em regiões de escassez, onde as causas de problemas podem estar fora do controle humano. SECAS E ESCASSEZ DE ÁGUA Dentre os diferentes desastres naturais, as secas afetam um número maior de pessoas do que qualquer outro e causam uma grande gama de prejuízos (Rodda, 2000 com base em um relatório da DHA de 1994). Deve-se ressaltar que as secas são o desastre natural menos contabilizado porque a maioria das estatísticas é feita por organizações internacionais de solidariedade e os episódios são somente computados se a região afetada solicita apoio da 1 Departamento de Engenharia Hidráulica e Recursos Hídricos; Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais; Avenida Contorno, 842/809 andar; Belo Horizonte - MG; Brasil; CEP Tel: (31) ; Fax: (31) ; palmier@ehr.ufmg.br 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Teresina, PI, 11-14/07/2005 2

3 comunidade internacional. Adicionalmente, as secas são consideradas como o mais complexo, mas menos conhecido, de todos os desastres naturais. As secas diferem dos outros desastres naturais em muitos aspectos, incluindo as características físicas, a ausência de uma definição precisa e universal, e os impactos. Os desastres naturais são, geralmente, eventos de curta duração que ocorrem em uma área limitada, com efeitos óbvios e imediatos, enquanto uma seca é um não-evento (Krasovskaia and Gottschalk, 1995), cujas datas de início e fim são impossíveis de serem apontadas com precisão. O fenômeno tem efeito prolongado, algumas vezes por décadas, e pode ter um efeito localizado ou afetar grandes áreas de até um milhão de quilômetros quadrados ou mais. Adicionalmente, a intensidade de uma seca pode ser variável na região afetada. Não existe uma única definição universal de seca e a essa ausência contribui para a confusão sobre a constatação se um evento deve ou não ser considerado uma seca e, se deve ser, qual é o seu grau de intensidade. Apesar do grande número de definições, muitas não contêm termos adequados e os limites para a classificação de um evento como uma seca são, na maioria dos casos, arbitrários. Como as secas afetam um grande número de setores sociais e econômicos, elas foram agrupadas em categorias, como mostrado na Tabela 1. Tabela 1: Tipos de seca e suas principais características Tipo de seca meteorológica Hidrológica Agrícola Socioeconômica Pastoral calamidade causada pelo homem Característica principal deficiência de umidade prolongada e acima do normal falta d água que causa problemas para as sociedades que dela dependem Depleção da umidade do solo que reduz consideravelmente a produção de plantas criação de uma demanda pelo desenvolvimento econômico da região por uma quantidade de água superior àquela normalmente disponível falta d água que causa problemas em regiões onde o uso predominante da terra é a pecuária falta de água potável em decorrência de atividades humanas destrutivas, tais como a poluição de recursos hídricos As características específicas das secas, incluindo as suas conseqüências, apresentam uma dificuldade natural para a identificação e quantificação de seus efeitos na sociedade, economia e ambiente. De fato, os impactos da seca são geralmente não estruturais e raramente causam danos estruturais, em contraste às cheias e alguns desastres naturais. Portanto, o desenvolvimento de estimativas precisas e confiáveis da severidade e dos impactos de uma seca é difícil, tornando muito complexa a formulação de planos de contingência por governos. Em função do que foi anteriormente exposto, parece mais lógico considerar o conceito de escassez de água, o qual engloba todos os eventos de seca. 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Teresina, PI, 11-14/07/2005 3

4 Vários índices têm sido propostos nas últimas décadas na tentativa de caracterizar a disponibilidade de água de uma região. Por exemplo, o índice de estresse de água é definido pela razão entre a taxa anual de recursos hídricos renováveis de uma região e sua respectiva população. Dependendo de seu valor, três níveis são definidos: suficiência relativa, estresse hídrico e escassez hídrica. Embora outros índices tenham sido propostos, neste artigo a escassez de água é considerada como um sinônimo da insuficiência quantitativa e qualitativa de água no tempo e no espaço para atender as necessidades humanas e do meio ambiente. ESTRATÉGIAS MITIGAÇÃO DE ESCASSEZ EM REGIÕES SEMI-ÁRIDAS A gestão de recursos hídricos em regiões de escassez inclui a gestão de demandas, a gestão de ofertas, a alocação de água e a integridade ambiental. De uma maneira geral, as estratégias de gestão de recursos hídricos em regiões de escassez podem ser classificadas em medidas préimpacto, medidas pós-impacto e medidas de preparação de caráter preventivo, corretivo ou compensatório. Também podem ser classificadas em estruturais e não-estruturais, cujas mais comumente adotadas são apresentadas na Tabela 2, assim como propostas de avanços. Tabela 2: Medidas comumente usadas na gestão de recursos hídricos em regiões de escassez Medidas Estruturais Não-estruturais CLASSIFICAÇÃO EXTENSIVAS modificação do uso do solo GESTÃO DE DEMANDAS E ALOCAÇÃO DE ÁGUA controle de infiltração uso eficiente de água reabilitação of bacia conservação de água diminuição da evaporação de reuso reservatório incentivos aumento de precipitação usos competitivos (bombardeamento de nuvens) mudanças de cultivos INTENSIVAS aumento da oferta de água - barragens e reservatórios - uso de água subterrânea; recarga - transposição de bacias - técnicas de captação de água de chuva fontes não-convencionais de abastecimento - importação de água por caminhões ou navios - desalinização de água salobra ou água do mar - sobre-exploração de aqüíferos VANTAGENS retardamento do escoamento superficial e controle de infiltração redução das perdas por evaporação com uso de medidas extensivas atenuação dos efeitos da seca DESVANTAGENS potencial alto de impactos ecológicos relacionados à construção de barragens e transposições de bacias elevadas perdas por evaporação de reservatórios PRIORIDADES DE MELHORIAS reflorestamento conservação do solo conservação de água mitigação de impactos de reservatórios e transposições de bacias DEFESA CONTRA SECAS previsão alerta deslocamento de populações PROGRAMAS ASSISTENCIAIS SEGUROS governamental privado misto ausência de impactos ambientais significativos melhorias nas relações institucionais na área redução da vulnerabilidade a futuros eventos de secas programas assistenciais são considerados ineficientes e pouco incentivadores a um uso sustentável dos recursos naturais estrutura legal e institucional promoção de programas educacionais de convivência com as secas implementação de sistemas de seguro e coberturas sistemas de previsão/alerta 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Teresina, PI, 11-14/07/2005 4

5 assistência técnica para conservação de água metodologias e critérios de planejamento em regiões de escassez hídrica Até recentemente, muitos países dedicaram atenção limitada às medidas preventivas de convívio com a seca, preferindo a abordagem reativa tradicional ou a gestão da crise. Assim, ao invés do convívio com a seca, continua-se a se pensar no combate à seca. As deficiências nas atuais avaliações das secas e esforços de respostas têm sido documentadas na literatura e incluem, dentre outras, as seguintes: ausência de índices climáticos e sistemas de alerta; bancos de dados insuficientes para avaliar problemas de falta d água e seus potenciais impactos; ferramentas e metodologias inadequadas para estimar os impactos de uma seca em vários setores; inapropriados programas de assistência emergencial que não atendem populações e setores econômicos vulneráveis; e ausência de ênfase em programas pró-ativos de mitigação que visam reduzir a vulnerabilidade às secas. Apesar do progresso e conscientização alcançados nas últimas décadas, melhorias relevantes para a obtenção de ganhos na eficiência do desenvolvimento e implementação de sistemas de gestão de recursos hídricos em regiões de escassez são, portanto, ainda comumente necessárias, incluindo: pesquisa técnica e científica (por exemplo, no contexto das relações ambientais e dos impactos, no tempo e espaço, envolvendo as secas e as populações que vivem em áreas afetadas); avanços nos sistemas de previsão de secas, sistemas de alerta e sistemas preventivos emergenciais; avanços no desenvolvimento de programas de mitigação pró-ativos; desenvolvimento de políticas mais avançadas de seguro contra secas; desenvolvimento adicional de estrutura legal e institucional favorável ao suporte de práticas de gestão integrada de gestão de recursos hídricos; aumento da participação popular na gestão de recursos hídricos, incluindo a promoção de campanhas de informação e educação e o uso de técnicas de captação de água de chuva; escolha de uma combinação ótima de medidas de longo e curto prazos para estabelecer um plano de gestão de recursos hídricos, determinando os benefícios da implementação de medidas preventivas versus os custos da seca; alocação de mais recursos para a implementação de medidas estruturais extensivas, como a captação de água de chuva, conservação de solo e água, controle de erosão, reabilitação de bacias etc; e verificação da viabilidade de uso de técnicas de captação de água de chuva. Apesar de seus reconhecidos benefícios, a utilização das técnicas de captação de água de chuva no Brasil ainda é incipiente e o desempenho geral das ações para promover e disseminar essas técnicas é muito menor do que o esperado. Para sua utilização em larga- 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Teresina, PI, 11-14/07/2005 5

6 escala, é necessário monitorar e avaliar os projetos em curso de forma a estabelecer as técnicas mais adequadas para as diferentes características ambientais e socioeconômicas. OPÇÕES PARA O SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO Em décadas recentes, órgãos federais de vários países do mundo têm demonstrado crescente interesse no planejamento de ações para uma melhor convivência com as secas face ao grande número de eventos de grande intensidade observados no período (talvez agravados por mudanças climáticas globais), ao maior entendimento dos custos diretos e indiretos associados às secas e ao maior número de pessoas que sofrem com seus efeitos. Ainda assim, há uma preocupação geral nas comunidades científica e política sobre a falta de habilidade dos governos em responder a secas de uma maneira rápida e efetiva. O planejamento para a adequada gestão de problemas relacionados às secas é complexo face às restrições de caráter institucional, político, tecnológico, financeiro e de recursos humanos. Uma restrição fundamental é a falta de entendimento do fenômeno da seca por políticos, tomadores de decisão, técnicos e a sociedade civil. Dificuldades tecnológicas ainda são enfrentadas para previsão de uma seca em tempo hábil para que medidas adequadas possam ser implementadas. Ações preventivas de gestão em regiões de escassez hídrica exigem recursos financeiros e humanos, os quais são, em determinadas situações, escassos, o que é um impedimento ao desenvolvimento de planos de convivência com as secas. Adicionalmente, os custos relacionados às secas não são apenas econômicos, uma vez que devem ser considerados os custos associados ao sofrimento humano e à degradação do meio ambiente, os quais são notoriamente difíceis de serem estimados. A seleção da combinação ótima das estratégias de preparação de caráter preventivo, préimpacto e pós-impacto, incluindo medidas estruturais e não-estruturais, tem sido procurada há um longo tempo. Naturalmente, essa combinação é fortemente dependente das condições ambientais locais. De qualquer forma, os aspectos político-sociais desempenham um papel fundamental nessa busca, como é o caso da região semi-árida do Brasil. Uma seca ocorrida em 1877 colocou essa região na agenda das preocupações nacionais e, três décadas depois, foi criada a primeira instituição federal para combate à seca. Após quase um século de ações na região, não foram propostas ações para a solução definitiva do problema. O contexto da gestão de recursos hídricos, em sua forma atual, engloba ações relativas à gestão de oferta, à gestão de demanda e à gestão de alocação de água. No Brasil, a ênfase sempre foi a de se obter mais água. E quase sempre com o aproveitamento de recursos 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Teresina, PI, 11-14/07/2005 6

7 superficiais, associado à construção de barragens, com elevadas perdas por evaporação e riscos de salinização da água armazenada, principalmente em regiões semi-áridas. Deve-se buscar uma complementariedade de medidas estruturais e não-estruturais, incluindo nestas últimas um avanço na previsão climatológica de longo prazo para que sejam considerados, por exemplo, os efeitos do El Niño e outros fenômenos de influência global no regime de chuvas da região semi-árida brasileira. De maneira mais específica, discute-se atualmente no Brasil a viabilidade da complementariedade de medidas estruturais de grande (projeto de transposição do rio São Francisco, por exemplo) e pequeno porte (Projeto Um Milhão de Cisternas ou implementação de outras técnicas de captação de água de chuva). Projetos de transposição devem ser sempre considerados como uma alternativa para mitigar problemas de escassez hídrica. Porém, a decisão para a sua execução, como é o caso do projeto de transposição do rio São Francisco, tem que ser precedida por uma avaliação criteriosa das opções disponíveis, em um processo transparente, que conte com a participação ativa da sociedade civil. Por outro lado, o fato das técnicas de captação de água de chuva estarem despertando grande interesse não é suficiente para garantir o sucesso dos novos projetos. Apesar dos esforços observados em recentes iniciativas, várias são as causas de insucessos de sua implementação. Além disso, são raros os casos em que foram executados monitoramentos adequados e avaliações robustas dessas técnicas. Assim, pode ser temerária a recomendação da adoção em larga escala de uma determinada técnica cujas vantagens não foram demonstradas de maneira inequívoca. Portanto, urge encontrar mecanismos que assegurem uma avaliação profunda e cuidadosa das possíveis ações a serem implementadas em uma região de escassez hídrica. SEMELHANÇAS ENTRE OS PROCESSOS DE AIA E DE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS EM REGIÕES DE ESCASSEZ É internacionalmente reconhecida a necessidade da inclusão de ações relativas à gestão de recursos hídricos em regiões de escassez como parte de um plano estratégico ambiental. Porém, as ferramentas convencionais de planejamento têm sido desintegradas, indicando que novas políticas devem ser propostas. A busca de novos caminhos para a gestão sustentável e otimizada de recursos hídricos em regiões de escassez demanda uma resposta mais compreensiva e generalizada da sociedade. Como base dessa busca é necessário avaliar a eficiência de algumas importantes mudanças das etapas de planejamento e tomada de decisão. Petry (2002) apresentou semelhanças entre o processo de desenvolvimento de estratégias para 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Teresina, PI, 11-14/07/2005 7

8 problemas causados por cheias e o processo de AIA. De fato, tais semelhanças também são verificadas na gestão de recursos hídricos em regiões de escassez (ver Tabela 3). Tabela 3: Semelhanças entre os processos de AIA e de gestão de recursos hídricos em regiões de escassez Processo Avaliação de Impacto Ambiental Gestão de recursos hídricos em regiões de escassez Objetivo gestão ambiental sustentável gestão sustentável de escassez hídrica natureza dos impactos socioeconômica, ecológica, física socioeconômica, ecológica, física avaliação de risco avaliação de risco ambiental avaliação de risco de escassez hídrica avaliação estratégica avaliação ambiental estratégica avaliação estratégica de escassez hídrica medidas de mitigação preventiva, corretiva, compensatória de convivência, pré-impacto, pós-impacto participação pública consulta popular consulta e participação popular O processo de AIA tem sido adotado, aceito e legalmente exigido em muitos países nas últimas décadas. Embora alguns aperfeiçoamentos ainda sejam necessários, seus procedimentos e metodologias têm sido implementados com sucesso em muitos projetos de desenvolvimento de recursos hídricos. Portanto, a experiência adquirida é um ponto de partida útil e conveniente para o desenvolvimento de uma nova abordagem da gestão de recursos hídricos em regiões de escassez. No caso do Brasil, por exemplo, um projeto de desenvolvimento de recursos hídricos só pode ser aprovado após uma avaliação do relatório de AIA. De fato, uma evolução natural seria a consideração de um capítulo especial nessa avaliação no qual qualquer novo projeto seria avaliado dentro de uma abordagem mais ampla, de forma a considerar suas relações com a escassez hídrica para que fossem determinadas suas contribuições para aliviar os problemas de escassez e as medidas de mitigação no caso de impactos negativos. O desenvolvimento de uma sociedade no tempo presume a aceitação de uma visão integrada e sustentável, a qual inclui todos aspectos relacionados ao meio ambiente. Portanto, ao invés da implementação de uma avaliação de impacto ambiental para projetos específicos, existe uma demanda crescente por um processo sistemático de avaliação e antecipação das conseqüências das decisões tomadas nos programas e políticas de desenvolvimento, ao invés das decisões tomadas em nível de projetos específicos. A adoção de uma bacia hidrográfica como unidade de planejamento e gestão, comumente mencionada atualmente, ainda pode ser uma visão limitada. Na realidade, é cada vez mais comum a proposição de obras de transposição de bacias para minorar problemas de escassez hídrica. Para que tais obras sejam consideradas como uma alternativa viável, a avaliação ambiental estratégica tem que passar a considerar não mais a bacia hidrográfica, mas sim um grupo de bacias como unidade de gestão. 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Teresina, PI, 11-14/07/2005 8

9 Algumas atividades específicas podem ilustrar as potenciais sinergias que podem ser alcançadas considerando, de forma integrada, a avaliação de impacto ambiental e a gestão de recursos hídricos em regiões de escassez: desenvolvimento de modelos probabilísticos de avaliação de risco de ocorrência de secas, para serem utilizados como uma ferramenta de planejamento; avaliação sistemática do potencial de medidas estruturais e não-estruturais para mitigar problemas de escassez hídrica em regiões de interesse; avaliação sistemática do potencial de medidas estruturais de grade, médio e pequeno porte para mitigar problemas de escassez em regiões de interesse; desenvolvimento de check lists, matrizes e métodos para a avaliação dos impactos da escassez de água; melhorias na modelagem e previsão de danos potenciais devido às secas; estabelecimento de guias para a aplicação sistemática das fases, já conhecidas e aprovadas, da AIA na gestão de recursos hídricos em regiões de escassez; definição dos critérios para atribuição de pesos aos diferentes impactos de escassez hídrica; definição de critérios simples de desempenho de ações de gestão de recursos hídricos em regiões de escassez hídrica com base em indicadores sociais e econômicos; e revisão dos mecanismos públicos de participação nas decisões relacionadas à escassez hídrica. CONSIDERAÇÕES FINAIS Qualquer projeto de desenvolvimento de recursos hídricos em uma região de escassez hídrica tem que ser avaliado em um contexto de um plano estratégico ambiental. Para mitigar os efeitos da escassez hídrica, uma combinação adequada de medidas estruturais de grande, médio e pequeno portes, e não-estruturais precisa ser encontrada para cada região, o que pode estender a unidade de gestão de uma para um grupo de bacias hidrográficas. O semiárido brasileiro apresenta um bom exemplo que ilustra as potenciais sinergias resultantes de uma visão abrangente da questão, visto que as alternativas de mitigação englobam desde soluções difusas, caso das cisternas e outras técnicas de captação de água de chuva, a grandes projetos de transposição de bacias, como a da bacia do rio São Francisco para bacias do Nordeste Setentrional e a da bacia do rio Tocantins para a bacia do rio São Francisco. O uso em larga escala de técnicas de captação de água de chuva e a construção de grandes obras de caráter estrutural demandam uma profunda e cuidadosa análise, a qual pode ser executada segundo os procedimentos e metodologias normalmente aplicados em uma AIA. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Teresina, PI, 11-14/07/2005 9

10 Krasovskaia, I and Gottschalk, L (1995), Analysis of regional drought characteristics with empirical orthogonal functions, in: New uncertainty concepts in Hydrology and water resources, edited by Kundzewicz, Z.W., Cambridge University Press. Petry, B. (2002), Coping with floods: complementarity of structural and non-structural measures, Keynote Lecture, Proceedings, Volume 1, Flood Defense 2002 Conference, Beijing, China. Rodda, J.C. (2000), Drought and water resources, in: Drought: a global Assessment, Volume II, edited by Wilhite, D.A., Routledge Chapman & Hall. 5º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva, Teresina, PI, 11-14/07/

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