Desenvolvimento do projeto

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1 PROEX - PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - Relatório Final Página 1 Desenvolvimento do projeto Conclusão do relatório final 28/02/2018 Título O projeto foi executado? Avaliação do Coordenador Plantas do Cerrado e seus usos em sistemas agroflorestais em uma unidade modelo na UNESP e em propriedades familiares de Ilha Sim Desde o início do processo de elaboração do projeto até os dias atuais, foram necessárias várias mudanças substanciais quanto ao desenvolvimento metodológico e prático. Essas mudanças foram necessárias, pois logo no início verificamos que o processo de adequação do viveiro para produção de mudas seria muito demorado devido o processo de compra de materiais. Sendo assim, resolvemos utilizar outra metodologia, a de plantio direto. O bolsista, Jaurés Barbosa Guisard, participou do curso básico de sistemas agroflorestais, em Brasília/DF. A participação do bolsista nesse curso foi substancial para pensar em mudanças na metodologia do nosso trabalho dentro do cronograma do projeto de extensão. A primeira e talvez a mais importante foi o entendimento de que a produção de mudas florestais nativas não seria viável e nem necessária. Entendemos que a germinação e o sucesso de uma espécie dentro de um sistema sintrópico ocorre dentro de um processo de co-definição entre as próprias espécies que estão interagindo dentro do sistema, ou seja, o nosso papel como endobionto é apenas o papel de acelerar processos que ocorrem de maneira natural, dinamizando os processos de vida, não devendo intervir na definição do genótipo adequado para o sistema. Somos co-autores do processo, quem vai selecionar a espécie que deve entrar no sistema é a própria interação entre elas. Baseado nestes princípios, a coordenadora do projeto, os bolsistas e os colaboradores entenderam que não seria viável e muito menos necessário a produção de mudas florestais nativas para introdução nos sistemas agroflorestais a serem implantados. Sendo assim, o viveiro não precisou ser reformado, pois a estrutura já existente foi suficiente e cumpriu a função de produção de espécies exóticas e/ou frutíferas, como a mangueira, abacateiro, goiabeira e mamoeiro, além da utilização para produção de mudas de espécies olerícolas, como o maracujá-azedo e pimentas. Os recursos destinados a reforma do viveiro foi destinados para ferramentas e utensílios utilizados na implantação e manutenção do sistema agroflorestal. Deu-se a seleção, coleta e beneficiamento das espécies florestais nativas ao longo do ano. Para a escolha foram utilizados como critério o uso econômico para a agricultura familiar e o potencial de recuperação ambiental destas. As espécies coletadas foram: Angico (Anadenanthera colubrina), Aroeira-pimenteira (Schinus terebinthifolius), Aroeira-verdadeira (Myracrodruon urundeuva), Baru (Dypterix alata), Caju (Anacardium occidentale), Cedro (Cedrela fissilis), Copaíba (Copaifera langsdorfii), Ipê roxo (Handroanthus heptaphyllus), Jatobá (Hymenaea courbaril), Gueroba (Syagrus oleraceae), Jenipapo (Jenipa americana), Tingui (Magonia pubescens), dentre outras. Em relação a implantação das unidades produtivas em sistemas agroflorestais, as experiências são de sucesso até o momento, como a do lote 202, mais conhecido como Sítio Bonanza, do Assentamento Estrela da Ilha, sob concessão do agricultor Donizeti e sua esposa, Luci. Do primeiro contato até implantação do sistema agroflorestal foram feitas muitas visitas aos agricultores do assentamento Estrela da Ilha em

2 PROEX - PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - Relatório Final Página 2 Ilha Solteira, cerca de 50 famílias, os estudantes realizaram o diagnóstico do local e o método utilizado para a realização do diagnóstico foi o DRP (diagnóstico rápido participativo) visando captar a vocação da família agricultora e estabelecer um diálogo baseado principalmente na troca de saberes entre estudantes e agricultores. Sobre o sistema em si, foi cedida uma área de aproximadamente m2, no sítio Bonanza, onde foram intercalados canteiros de 1,2m com espécies florestais nativas de interesse econômico e frutíferas exóticas. Tais linhas foram separadas por 1m de entrelinhas contendo culturas de interesse agrícola. Após a implantação, foram realizadas visitas de acompanhamento para o manejo e manutenção do sistema agroflorestal. Outro lote do mesmo assentamento onde estamos realizando com muito êxito o processo de implantação de mais um do sistema agroflorestal, é o lote 123, sob concessão da agricultora Rosângela. Onde foi realizado o diagnóstico do local, visitas e entrevistas. Especificamente neste lote, a agricultora já possuía um esboço de sistema agroflorestal, onde a linha de espécies florestais, tanto nativas quanto exóticas, já foram implantadas. O desafio futuro é de enriquecimento da fertilidade do solo e a cobertura vegetal do sistema agroflorestal. Tínhamos a expectativa de que um número maior de agricultores participasse do projeto, entretanto a região de Ilha Solteira é uma região em que a produção, tradicionalmente, é de monoculturas tratadas com fertilizantes e defensivos químicos. Acreditamos que temos potencial para atingir maior número de participantes com o passar do tempo. As unidades implantadas servirão como referência para a captação de novos produtores rurais no que tange o processo de transição agroecológica e de cada vez menor dependência quanto ao uso de insumos externos a propriedade (fertilizantes químicos e defensivos), devido a maior diversificação da unidade produtiva e aumento da saúde do solo devido ao incremento contínuo de matéria orgânica com o manejo realizado nos sistemas. A curto prazo, o agricultor Donizeti relata que dentro do sistema agroflorestal o dano econômico causado por pragas agrícolas, como a lagarta do cartucho na cultura do milho, foi menor em relação ao plantio solteiro realizado também no lote, fato este que faz com que a credibilidade em torno das novas práticas aumente e se expanda para outras famílias do assentamento. Considero que o desenvolvimento desse projeto superou as expectativas! Dificuldades Encontradas para o Desenvolvimento do Projeto - Dificuldades encontradas Dentre as dificuldades encontradas, os bolsistas e o grupo de agroecologia de Ilha Solteira (GAISA) avaliaram que a falta de formação específica dentro da área foi um dos grandes fatores limitantes para o pleno desenvolvimento das atividades. O fato de não haver corpo docente com formação ou atuação específica em agroecologia fez com que a limitação teórica gerasse atrasos práticos para a realização das atividades propostas. Outra dificuldade encontrada na realização do projeto foi a participação dos agricultores nas atividades realizadas, visto que práticas de base ecológicas necessitam de maior tempo de adaptação e de aceitação, de acordo com a realidade local, majoritariamente inserida no contexto de uma agricultura convencional (uso de adubos químicos, agrotóxicos e monocultivos). Por último, a dificuldade encontrada foi implantação da unidade modelo em sistemas agroflorestais na área cedida para a implementação de um SAF (Sistema de agroecologia florestal) em área da Unidade da UNESP em Ilha Solteira, devido a problemas com o uso de espécies arbóreas nativas no SAF. Dificuldade esta que restringiu a realização de uma das atividades propostas no proejto, que seria a implantação de uma unidade modelo com a finalidade de subsidiar atividades de formação para os alunos, técnicos e agricultores dentro da universidade.

3 PROEX - PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - Relatório Final Página 3 Anexo Agrofloresta_Sucessional.pptx Descrição Apresentação da oficina realizada com os agricultores Fotos_SAF.docx Fotos de algumas etapas do desenvolvimento do projeto Link Descrição da implantação do SAF &type=3 Pessoal Participantes Nome Participante Função Andreia Alves Rezende andreiarezende@bio.feis.unesp.br Docente Coordenador Antonio Lazaro Sant Ana lazaro@agr.feis.unesp.br Docente Colaborador José Antonio Agustini agustini@bio.feis.unesp.br Técnico(a)- Colaborador Jose Cambuim jcambuim@adm.feis.unesp.br Técnico(a)- Coordenador Julia Jiacometi Marcondes juliamarcondes@live.com Estudante Voluntário Letícia Macedo Pereira leticiatitamp@gmail.com Estudante Voluntário Matheus Sousa de Paula Carlis dicarlis.19@gmail.com Estudante Voluntário Tomás Augusto Alvarenga tomas.alvarenga@yahoo.com.br Estudante Voluntário Bolsistas Nome Curso Data de Início Data de Término Jaures Barbosa Guisard Engenharia Agronômica Priscila Lourenço de Marcos Zootecnia

4 PROEX - PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - Relatório Final Página Público-Alvo Quantidade Característica 1 Característica 2 Característica 3 50 Adultos Agricultores, Produtores -

5 PROEX - PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - Relatório Final Página 5 Detalhes dos Participantes Docente Coordenador Doutorado Andreia Alves Rezende Faculdade de Engenharia Departamento de Biologia e Zootecnia 02/01/2017 Carga horária total realizada: 160 Coordenar todas as etapas do projeto e orientar na seleção das espécies nativas e na produção de mudas. Coordenou todas as etapas do projeto e orientou na seleção das espécies nativas. Docente Colaborador Graduação Antonio Lazaro Sant Ana Faculdade de Engenharia Departamento de Fitotecnia, Tecnologia de Alimentos e Sócio-Economia 03/03/ /12/2017 Carga horária total realizada: 160 Auxiliar no contato com os produtores rurais, na orientação da abordagem dialógica, na extensão rural e na mediação de espaço de estudos em agroecologia. Auxiliou no contato com os produtores rurais, na orientação da abordagem dialógica, na extensão rural e na mediação de espaço de estudos em agroecologia. Técnico(a)-Administrativo(a) Colaborador Especialização José Antonio Agustini Faculdade de Engenharia

6 PROEX - PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - Relatório Final Página 6 Departamento de Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos Carga horária total realizada: 160 Auxílio nas reuniões semanais de estudo com o grupo de agroecologia de Ilha Solteira. Auxílio na coleta das sementes e produção das mudas Auxílio no mutirões para implantação e manejo do sistema agroflorestal. Auxílio na coleta das sementes e produção das mudas. Auxílio no mutirão para implantação e manejo do sistema agroflorestal. Técnico(a)-Administrativo(a) Coordenador Técnico Mestrado Jose Cambuim Faculdade de Engenharia Seção de Atividades Agrárias - FEPE Carga horária total realizada: 160 Coordenação e auxílio nas reuniões semanais de estudo com o grupo de agroecologia de Ilha Solteira. Coordenação e auxílio na coleta das sementes e produção das mudas Coordenação e auxílio no mutirões para implantação e manejo do sistema agroflorestal. Coordenação e auxílio nas reuniões semanais de estudo com o grupo de agroecologia de Ilha Solteira. Coordenação e auxílio na coleta das sementes e produção das mudas Coordenação e auxílio no mutirão para implantação e manejo do sistema agroflorestal. Estudante Voluntário (sem bolsa) Graduando Julia Jiacometi Marcondes

7 PROEX - PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - Relatório Final Página 7 Carga horária total realizada: 0 Visitas as associações e cooperativa de agricultores familiares de Ilha Solteira Coleta das sementes e produção das mudas Organização de minicurso para explanação sobre sistemas agroflorestais e sua utilização no Cerrado Organização de oficinas sobre a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF) Mutirões para implantação e manejo do sistema agroflorestal. Visitas aos agricultores do assentamento Estrela da Ilha. Estudante Voluntário (sem bolsa) Graduando Letícia Macedo Pereira Carga horária total realizada: 0 Visitas as associações e cooperativa de agricultores familiares de Ilha Solteira Coleta das sementes e produção das mudas Organização de minicurso para explanação sobre sistemas agroflorestais e sua utilização no Cerrado Organização de oficinas sobre a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF) Mutirões para implantação e manejo do sistema agroflorestal. Visitas aos agricultores do assentamento Estrela da Ilha. Estudante Voluntário (sem bolsa) Graduando Matheus Sousa de Paula Carlis

8 PROEX - PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - Relatório Final Página 8 Carga horária total realizada: 60 Visitas as associações e cooperativa de agricultores familiares de Ilha Solteira Coleta das sementes e produção das mudas Organização de minicurso para explanação sobre sistemas agroflorestais e sua utilização no Cerrado Organização de oficinas sobre a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF) Mutirões para implantação e manejo do sistema agroflorestal. Visitas aos agricultores do assentamento Estrela da Ilha. Mutirões para implantação e manejo do sistema agroflorestal. Estudante Voluntário (sem bolsa) Graduando Tomás Augusto Alvarenga Carga horária total realizada: 0 Visitas as associações e cooperativa de agricultores familiares de Ilha Solteira Coleta das sementes e produção das mudas Organização de minicurso para explanação sobre sistemas agroflorestais e sua utilização no Cerrado Organização de oficinas sobre a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF) Mutirões para implantação e manejo do sistema agroflorestal. Visitas as associações e cooperativa de agricultores familiares de Ilha Solteira Organização da oficina sobre a implantação de Sistemas Agroflorestais

9 PROEX - PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - Relatório Final Página 9 (SAF)

10 PROEX - PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - Relatório Final Página 10 Detalhes dos Bolsistas Curso: Bolsista Graduando Jaures Barbosa Guisard Faculdade de Engenharia Engenharia Agronômica Carga horária total realizada: 00 Dificuldade(s) encontrada(s): Relato Experiência(s) / Avaliação do projeto: Conceito da Experiência: Visitas a presidentes de associações/cooperativa de agricultores familiares de Ilha Solteira para esclarecer sobre o projeto e buscar apoio para a participação dos associados nas atividades de formação Reuniões semanais ordinárias de estudo do GAISA para aperfeiçoamento das técnicas de manejo agroflorestal Coleta de sementes, de plantas nativas, para plantio direto. Organização de oficinas e mutirões para implantação do sistema agroflorestal. - Falta de formação específica dentro da área gerou atrasos práticos para a realização das atividades propostas. - Participação dos agricultores nas atividades realizadas, pois os agricultores estão inseridos em um contexto de uma agricultura convencional. - Restrição para a realização da implantação de uma unidade agraflorestal na FEIS, que não foi implantada devido a problemas de regularização da área para plantio de árvores nativas. Possibilidade de participação em um Curso Básico em Sistemas Agroflorestais, realizado em Brasília, no período de 02 a 0 de junho de O contato direto com os e as agricultoras possibilitou a troca de conhecimento técnico-acadêmico com o conhecimento popular. A experiência foi profundamente válida em termos de organização de grupo e conhecimento adquirido, desde a coleta de sementes até o diálogo e conquista da confiança dos agricultores e a realização e manejo do sistema implantado. Excelente Curso: Bolsista Graduando Priscila Lourenço de Marcos Faculdade de Engenharia Zootecnia Carga horária total realizada: 00 Elaboração e organização do calendário de atividades do projeto para o 1 semestre de Coleta de solo para análise de fertilidade. Leitura e discussão do livro Restauração ecológica com sistemas agroflorestais. Coletas de sementes de espécies nativas e

11 PROEX - PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - Relatório Final Página 11 Dificuldade(s) encontrada(s): Relato Experiência(s) / Avaliação do projeto: Conceito da Experiência: beneficiamento e armazenamento das sementes. Elaboração e desenvolvimento da oficina de implantação do SAF. Planejamento e implantação do SAF. Após a implantação foi realizada visitas periódicas para acompanhamento. Falta de formação específica dentro da área foi um dos grandes fatores limitantes para o pleno desenvolvimento das atividades. Outra dificuldade foi impossibilidade de implantação da área modelo na FEIS, devido a problemas burocráticos. A falta de formação específica em sistemas agroflorestais, foi superada com grupos de realização de estudo em torno de práticas agrícolas de base ecológica e sistemas agroflorestais biodiversos.o contato direto com os e as produtoras fez com que tivéssemos contato com realidades bastante distintas das nossas e que a troca de conhecimento técnico-acadêmico com o conhecimento popular extremamente rico dos agricultores nos fez ter uma visão concreta da realidade. Excelente

12 PROEX - PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - Relatório Final Página 12 Recursos Solicitados à PROEX Descrição Tipo do Recurso Quantidade Valorl R$ Total R$ Substrato para produção de Material de consumo 1 R$ 00,00 00,00 toras de eucalipto tratado Material de consumo 1 R$ 600,00 600,00 Solicitado Liberado Relatório Final R$ 1.150,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 Total de recursos Relatório Final R$ Parecer CPEU Parecer do Relator Concluído em: 06/03/201 Segundo relatório elaborado pelos coordenadores, houveram algumas alterações no projeto inicial, como por exemplo, a não construção do viveiro de mudas. Mesmo assim, segundo os coordenadores, o projeto superou a expectativa. Apesar da adesão de apenas 2 produtores, nesses o projeto foi desenvolvido adequadamente e está trazendo bons resultados, podendo os mesmos serem considerados como áreas pilotos de demonstração a novos interessados. Houve a participação de docentes, alunos bolsistas e voluntários e servidores técnicoadministrativos. Não houve publicação dos resultados em eventos científicos. Foram anexados o arquivo com informações da oficina realizada e de etapas de desenvolvimento do projeto. Diante do exposto, considerando que o projeto atingiu os objetivos programados, ou seja, promoveu o "start" para a implantação de SAFs em propriedades rurais e houve participação de todos os seguimentos da Universidade em prol de melhorias para a sociedade rural, somos de parecer favorável a aprovação do relatório enviado.

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