Horizonte - CMBH -, para a entrega do Diploma de Cidadania Honorária a Sacha Calmon

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1 213 A ATA DA REUNIÃO SOLENE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE PARA A ENTREGA DO DIPLOMA DE CIDADANIA HONORÁRIA A SACHA CALMON NA VARRO COELHO, NA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLA TIV A DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA. Às dezenove horas e cinquenta e um minutos do dia dois de julho de dois mil e nove, no Plenário Amynthas de Barros, reuniu-se, em caráter solene, a Câmara Municipal de Belo Horizonte - CMBH -, para a entrega do Diploma de Cidadania Honorária a Sacha Calmon Navarro Coelho. Esta Reunião fundamentou-se na Indicação n 9.033/09, de autoria do Vereador Pablo César-Pablito e no que dispõem o art. 81 da Resolução n 2.024, de 23 de junho de 1997, e a Portaria n 7.984, de 4 de fevereiro de O locutor Osvaldo Ribas convidou para compor a Mesa: 1) o Vereador Bruno Miranda, que assumiu a presidência desta solenidade; 2) o Presidente do Instituto dos Advogados de Minas Gerais, José Anchieta da Silva; 3) o Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, Janir Adir Moreira; 4) o Diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais -UFMG -, Joaquim Carlos Salgado. O Vereador Bruno Miranda indicou os vereadores Silvinho Rezende e Pablo César-Pablito para conduzir até a Mesa o homenageado e a esposa deste, Maria da Glória Junqueira Coelho. O Presidente pronunciou as seguintes palavras: "Sob a proteção de Deus e em nome do povo de Belo Horizonte, declaro aberta esta Reunião Solene". Afinnou que a CMBH sente-se honrada em homenagear o tributarista Sacha Calmon, que contribuiu enonnemente para a ciência jurídica e para a sociedade com suas obras publicadas no ramo do conhecimento do direito. Da tribuna, o Vereador Pablo César-Pablito disse que Sacha Calmon é natural de Salvador, mas que veio ainda jovem para Minas Gerais, onde construiu sua vida profissional e familiar. Ressaltou que, nos anos de dedicação ao conhecimento jurídico, o

2 214.;. C~\1ARA iyhjnicipal homenageado produziu inúmeros artigos e livros que o consagraram, nacional e internacionalmente, como um nome a ser lembrado no âmbito do Direito Tributário. Lembrou que Sacha Calmon cursou direito na Pontificia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC- MG -, doutorando-se, posterionnente, em Direito Público na UFMG, onde lecionou por trinta anos, dedicando-se a fonnar bacharéis, mestres e doutores em direito. Dentre as várias funções exercidas pelo homenageado em entidades, citou o fato de este ser membro da Associaçào Brasileira de Direito Tributário - ABRADT -, sediada em Belo Horizonte. Disse que, como doutrinador, Sacha Calmon escreveu mais de vinte livros destinados aos estudiosos do Direito Tributário. lnfonnou que o homenageado atua como advogado no escritório Sacha Calmon - Misabel Dervi Consultores e Advogados, conhecido nacionalmente pela capacidade técnica de seus advogados. Lembrou que o fato de o homenageado manter residência em Belo Horizonte contribui para divulgar o nome da Cidade pelo Brasil e pelo mundo. Disse que os belohorizontinos se sentem muito honrados em hospedar um cidadão como Sacha Calmon O locutor Osvaldo Ribas leu mensagens de saudações encaminhadas ao homenageadu pur autoridades, com justificativa de ausência na cerimônia, a saber: a) do Presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJ-MG -, Desembargador Sérgio Antônio de Resende; b) do Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais - TRE-MG -, Desembargador José Tarcísio de Almeida MeIo; c) do Prefeito de Belo Horizonte, Mareio Lacerda; d) do Vice- Prefeito de Belo Horizonte, Robelio Carvalho. O Presidente procedeu à leitura dos dizeres constantes do Diploma d~ Cidadania Honorária e, em seguida, entregou-o ao homenageado. Sacha Calmon, em agradecimento à homenagem recebida, recitou a seguinte ode proferida pelo poeta Castro Alves em 2 de julho de 1868, no Teatro municipal de São Paulo: "Era dois de julho. A pugna imensa! travara-se nos cerros da Bahia...! O anjo da molie pálido cosia/ Uma vasta mortalha em PiraJá.! Neste lenço] tào largo, tão extenso,! Como um pedaço roto de

3 215 CÂMARA MUNICIPAL '~~::~::'f;' infinito".! O mundo perguntava ergut:'ndo um grito:/ Qual dos gigantes morto rolará?!.,.!/ Debruçados do céu". a noite e os astros/ Seguiam da peleja o incelio fàdo".! Em tocha - o fuzil avel1tielhado!/era o Circo de Roma - o vasto chão!! Por palmas - o troar da artilharia!! Por feras - os canhões negros rugiam!! Por atletas - dois povos se batiam!! Enol111eanfiteatro - era a amplidão!!/ Não! Não eram dois povos que abalavam.! Naquele instante o solo ensaguentado...! Era o porvir - em frente do passado,! A liberdade - em frente, à escravidão.! Era a luta das águias - e do abutre,! A revolta do pulso - contra os fel1"os,!o pugilato da razão - com os eltos,! O duelo da treva - e do clarào!...!! No entanto a luta recrescia indómita...! As bandeiras - como águias eriçadas -I Se abismavam com as asas desdobradas! Na selva escura da fumaça atroz.../ Tonto de espanto, cego de metralha! O arcanjo do triunfo vacilava...! E a glória desgrenhada acalentava/ O cadáver sangrento dos heróis!...!/ Mas quando a branca estrela matutina! Surgiu do espaço e as brisas forasteiras/ J\Joverde leque das gentis palmeiras/ Foram cantar os hinos do arrebol,! Lá do campo deserto da batalhal Uma voz se elevou clara e ---- divina:! Eras tu - liberdade peregrina!/ Esposa do porvir - noiva do so!!...// Eras tu que. com os dedos ensopados! No sangue dos avós mortos na guerra,! Livre sagravas a Colúmbia tena,! Sagravas hvre a nova geração!! Tu que erguias, subida na pirâmide,! FOl1TIadapelas mortes do Cabrito) Um pedaço de gládio - no intlnito...! Um trapo de bandeira - n'amphdão!" Apc1s recitar a ode, Sacha Calmon disse que o dois de julho, além de referir-se à vitória de tropas do BrasiL após difícil batalba, contra o reine de Portugal e Algarves, tem um significado especial para ele: o recebimento de um diploma concedido pelo povo de Belo Horizonte. Lembrou que os brasileiros daquela época de submissào foram aos poucos se libeliando dos domínios de Portugal em vários outros locais do tenitório do Brasil. Disse que não podia ser diferente a reação dos brasileiros, pois, segundo ele, era preciso que o Brasil, tena com enol1tiesriquezas. ficasse nas mãos de seus possuidores e não de estrangeiros. Acrescentou que "o Grito do

4 216 CÂMARA MUNICIPAL ';.:.~:,t Ipiranga não libertou o Pais. Fê-Io o nosso povo, a ferro e fogo, é bom relembrar". Ressaltou, no entanto, que o Brasil, após o Grito do Ipiranga, obteve a soberania e a paz. Lembrou-se de dedicatória em livro de sua autoria, feita para homenagear o Estado de Minas Gerais: "A Minas, terra generosa, onde plantei meus desejos e colhi filhos, amigos, reconhecimento e afeto." Disse sentir-se em casa em Belo Horizonte e explicou que a cidade é "que nos prende, justo onde vivemos nossas agruras e vicissitudes." Fazendo menção à ode de Castro Alves, afirmou que ela o inspira para atuar em batalhas como as de Pirajá, porém em luta cujas causas são outras: em prol dos desassistidos; em favor da ética na política; contra a corrupção; pela inclusão social; pelo desenvolvimento do País. Lembrou-se do tempo em que atuou com professor, ensinando bacharéis e fonnando mestres e doutores em Direito Tributário. Finalizando seu discurso, citou Rui Barbosa: "A Pátria não é de ninguém: são todos; cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A Pátria não é um sistema nem uma seita, nem um monopólio nem uma forma de governo: o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. Os que a servem são os que não invejam, os que não infamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acovardam, mas resistem, mas ensinam, mas esforçam-se, mas participam, mas discutem, mas praticam a admiração e o entusiasmo, porque todos os sentimentos grandes são benignos e residem originariamente no amor." O Presidente agradeceu a todos pelo comparecimento, solicitou-lhes assinarem a lista de presença desta Reunião e declarou encerrados os trabalhos. Para constar, lavrou-se esta Ata. Belo Horizonte, 2 de julho de 2009 G:\DIVRED\REUNIAO SOLENE\2009\Ata-SOL-juI02 - SachaCalmon Navarro Coelho/ Amarildo Miranda

5 1\ 217 LISTA DE PRESENÇA DA REUNIÃO SOLENE DA CÂMARA MUNICIPAL PARA A ENTREGA DO DIPLOMA DE CIDADANIA HONORÁRIA A SACHA CALMON NAVARRO COELHO, NA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIV A DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA..... D

6 1\ 218 LIST A DE PRESENÇA DA REUNIÃO SOLENE DA CÂMARA MUNICIPAL PARA A ENTREGA DO DIPLOMA DE CIDADANIA HONORÁRIA A SACHA CALMON NAVARRO COELHO, NA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIV A DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA. ~~ -'" '1>tb8tA. GJu 10 Com lj-vryvf.jj"l i(~i\j'..j~ JMctt?lfVl\~~~~ 1;/l,u tvfd. o Jj.(?AA-Iaf J,...,j ci". 04V.L-l'~, (

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