DESREGULADORES ENDÓCRINOS EM ÁGUAS DE ABASTECIMENTO. Prof. Dr. Alexandre Lioi Nascentes Eng.º Civil e Sanitarista Departamento de Engenharia UFRRJ

Transcrição

1 DESREGULADORES ENDÓCRINOS EM ÁGUAS DE ABASTECIMENTO Prof. Dr. Alexandre Lioi Nascentes Eng.º Civil e Sanitarista Departamento de Engenharia UFRRJ

2 Introdução Ciclo do Uso Urbano da Água

3 Introdução Ciclo do Uso Urbano da Água

4 Introdução Ciclo do Uso Urbano da Água

5 Introdução Ciclo do Uso Urbano da Água

6 Introdução Ciclo do Uso Urbano da Água

7 Introdução

8 Introdução Poluentes Não Conservativos Q A C A Q R C R C Q F C F C F Q R C Q R R Q Q A A C A distância

9 Introdução Poluentes Conservativos Q A C A Q R C R C Q F C F C F Q R C Q R R Q Q A A C A distância

10 Introdução Poluentes Entende-se por poluição da água a alteração de suas características por quaisquer ações ou interferências sejam elas ou não provocadas pelo homem (BRAGA et al., 2005). A origem da palavra poluição está relacionada à condição estética da água, que parece suja quando a poluição pode ser percebida a olho nu.

11 Introdução Micropoluentes Poluentes que estão presentes no meio ambiente em concentrações na ordem de μg/l e ng/l) Fármacos; Poluentes orgânicos persistentes (POP); Desreguladores endócrinos.

12 Introdução Desreguladores Endócrinos (DE s) Grupo de substâncias químicas presentes no meio ambiente que podem interferir no sistema endócrino de humanos e outros animais e, com isso, afetar a saúde, o crescimento e a reprodução (Bila e Dezotti, 2007).

13 Introdução Definição adotada pela União Européia: Substância ou composto exógeno, que altera uma ou várias funções do sistema endócrino e tem, consequentemente, efeitos adversos sobre a saúde num organismo intacto, sua descendência, ou (sub) populações. Termo mais comum em inglês Endocrine Disrupting Chemicals Desreguladores endócrinos; Disruptores endócrinos; Perturbadores endócrinos; Interferentes endócrinos; Interferentes hormonais.

14 Exposição a DE s Diminuição na eclosão de ovos de pássaros, peixes e tartarugas; Feminização de peixes machos; Problemas no sistema reprodutivo em peixes, répteis, pássaros e mamíferos, com possível declínio de população; Alterações no sistema imunológico de mamíferos marinhos; Redução da contagem de espermatozóides em seres humanos; Aumento da incidência de câncer de mama, de testículo e de próstata; Endometriose.

15 Encontros para Discussão sobre DE s OECD - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico CSTEE - Comitê Científico sobre Toxicidade, Ecotoxicidade e Meio Ambiente (UE) IEH - Institute for Environment and Health

16 Substâncias Classificadas como DE s

17 Substâncias Classificadas como DE s

18 Ocorrência de DE s no Ambiente Águas superficiais; Águas subterrâneas; Sedimentos; Solo; Esgoto sanitário; Lixiviados de aterro sanitário; Efluentes industriais; Lodo de ETE; Água potável.

19 Ocorrência de DE s no Ambiente Desbrow et al. (1998) e Jobling et al. (1998) demonstraram que os estrogênios naturais (17β-estradiol e estrona) e o sintético (17α-etinilestradiol) são responsáveis pela maior parte da atividade estrogênica detectada em efluentes de ETE no Reino Unido. Também foi detectada atividade estrogênica em efluentes de ETE na Alemanha, Suécia e Reino Unido. Os estrogênios estrona, 17β-estradiol e 17α-etinilestradiol recebem uma atenção especial, pois são continua e diariamente excretados no esgoto e não são completamente removidos nas ETE s.

20 Anomalias atribuídos aos DE s

21 Anomalias atribuídos aos DE s

22 Tratamento para Remoção de DE s POA s - Processos Oxidativos Avançados

23 Tratamento para Remoção de DE s Separação por Membranas

24 Considerações Finais Muitas pesquisas vêm sendo realizadas com o objetivo de detectar os DE no meio ambiente e grande esforço vem sendo realizado no sentido de se determinar quais as concentrações que não provocam os efeitos adversos. Desenvolvimento de métodos para identificação e quantificação de DE s, pois as concentrações encontradas no ambiente são muito baixas. Ainda há poucos estudos realizados nos corpos hídricos, nas estações de tratamento de efluentes e nas águas de abastecimento no Brasil.

25 Referências European Workshop on Endocrine Disrupters, European ED workshop, Aronsborg (Balsa) Sweden, Birkett, J. W.; Lester, J. N.; Endocrine Disrupters in Wastewater and Sludge Treatment Process, 1st ed., Lewis Publishers, Guillette, L. J. J.; Pickford, D. B.; Crain, D. A.; Rooney, A. A.; Percival, H. F.; Gen. Comp. Endocrinol. 1996, 101, 32. Carlsen, E.; Giwercman, A.; Keiding, N.; Skakkebaek, N.; British Medical J. 1992, 305, 609. Clara, M.; Strenn, B.; Saracevic, E.; Kreuzinger, N.; Chemosphere 2004, 56, 843. Colucci, M. E.; Bork, H.; Topp, E.; J. Environ. Qual. 2001, 30, Colucci, M. S.; Topp, E.; J. Environ. Qual. 2001, 30, Lai, K. M.; Johnson, K. L.; Scrimshaw, M. D.; Lester, J. N.; Environ. Sci. Technol. 2000, 34, Legler, J.; Dennekamp, M.; Vethaak, A. D.; Brouwer, A.; Koeman, J. H.; van der Burg, B.; Murk, A. J.; Sci. Total Environ. 2002, 293, 69. Petrovic, M.; Eljarrat, E.; Lopez De Alda, M. J.; Barceló, D.; Trends Anal. Chem. 2001, 20, 637. Ternes, T. A.; Stumpf, M.; Mueller, J.; Haberes, K.; Wilken, R.-D.; Servo, M.; Sci. Total Environ. 1999, 225, 81. Ternes, T. A.; Kreckel, P.; Mueller, J.; Sci. Total Environ. 1999, 225, 91. Bila, D. M.; Montalvão, A. F.; Dezotti, M.; 17th World Ozone Congress, Strasbourg, França, Ternes, T. A.; Stübera, J.; Herrmanna, N.; McDowella, D.; Ried, A.; Kampmann, M.; Teiser, B.; Water Res. 2003, 37, Huber, M.; Canonica, S.; Park, G.-Y.; Von Guten, U.; Environ. Sci. Technol. 2003, 37, 1016.

26 Referências US.EPA, 1997; Special Report on Environmental Endocrine Disruption: An Effects Assessment and Analisys, U.S. Environmental Protection Agency, Report No. EPA/630/R-96/012, Washington D. C, Bila, D. M.; Dezotti, M. Desreguladores endócrinos no meio ambiente: efeitos e conseqüências. Quim. Nova, Vol. 30, No. 3, , Jobling, S.; Nolan, M.; Tyler, C. R.; Brighty, G.; Sumpter, J. P.; Environ. Sci. Technol. 1998, 32, Desbrow, C.; Routledge, E. J.; Brighty, G. C.; Sumpter, J. P.; Waldock, M.; Environ. Sci. Technol. 1998, 32, Nogueira, J. M. F.; Química 2003, 88, 65. Safe, S. H.; Toxicology 2004, 205, 3. Soto, A. M.; Sonnenschein, C.; Chung, K. L.; Fernandez, M. F.; Olea, N.; Serrano F. O.; Environ. Health Perspect. 1995, 103, 113. Gray, L. E. J.; Kelce, W. R.; Wiese, T.; Tyl, R.; Cook, J.; Klimefelter, G.; Desaulniers, D.; Wilson, E.; Zacharewski, T.; Waller, C.; Foster, P.; Laskey, J.; Reel, J.; Giesy, J.; Laws, S.; McLachlan, J.; Breslin, W.; Cooper, R.; Di Giulio, R.; Johnson, R.; Purdy, R.; Mihaich, E.; Safe, S.; Sonnenschein, C.; Welshons, W.; Miller, R.; McMaster, S.; Colborn, T.; Reprod. Toxicol. 1997, 11, 719. Allen, E.; Doisy, E. A.; J. Am. Med. Assoc. 1923, 81, 819. Dodds, E. C.; Goldberg, L.; Lawson, W.; Robinson, R.; Nature 1938, 141, 247. Safe, S. H.; Environ. Health Perspect. 2000, 108, 487. Colborn, T.; Vom Saal, F. S.; Soto, A. M.; Environ. Health Perspect. 1993, 101, 378.

27 Obrigado! Prof. Dr. Alexandre Lioi Nascentes