Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho

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1 Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017

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3 Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Lisboa,

4 Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Banco de Portugal Av. Almirante Reis, Lisboa Edição Departamento de Supervisão Comportamental Design Departamento de Comunicação e Museu Unidade de Design Tiragem 50 exemplares ISSN (impresso) ISSN (online) Depósito Legal n.º /13

5 Índice Sumário executivo 15 I Depósitos a prazo simples 21 1 Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral Prazo dos depósitos Montantes mínimos de constituição Condições de mobilização antecipada Periodicidade de pagamento de juros Reforço do capital depositado e renovação do depósito Taxas de remuneração 36 Caixa 1 Depósitos a prazo simples para novos clientes e novos montantes 40 2 Depósitos a prazo simples com condições especiais Depósitos para jovens Depósitos para emigrantes Depósitos com vendas associadas facultativas Depósitos para reformados e seniores Depósitos com finalidades habitação e condomínios 49 Caixa 2 Caraterísticas e riscos dos depósitos a prazo simples 51 II Depósitos indexados e duais 53 1 Evolução dos depósitos indexados e duais constituídos Tipos de depósito e de depositantes Moedas de denominação Prazos de vencimento Mercados dos indexantes Instituições depositárias 65 2 Remuneração dos depósitos indexados e duais vencidos Depósitos indexados vencidos Componentes simples dos depósitos duais vencidas 76 Caixa 3 Caraterísticas e riscos dos depósitos indexados e duais 77 III Crédito à habitação 79 Caixa 4 Principais indicadores da evolução do crédito à habitação e do crédito conexo 83 1 Evolução do mercado 84 2 Evolução da carteira de crédito 86

6 3 Concentração de mercado 88 4 Prazos de contratação 89 5 Tipo de taxa de juro Contratos a taxa de juro variável Contratos a taxa de juro mista Contratos a taxa de juro fixa 97 Caixa 5 Caraterização dos contratos de crédito à habitação celebrados com taxa de juro mista e taxa de juro fixa 98 6 Modalidades de reembolso Reembolsos antecipados Renegociação de contratos 109 Caixa 6 Caraterização das renegociações de contratos de crédito à habitação e de crédito conexo 112 IV Crédito aos consumidores Evolução do mercado Tipo de crédito Tipo de instituição de crédito Canal de comercialização Crédito pessoal Montantes dos contratos Prazos dos contratos Tipo de taxa de juro Tipo de instituição de crédito Canal de comercialização Crédito automóvel Montantes dos contratos Prazos dos contratos Tipo de taxa de juro Tipo de instituição de crédito Canal de comercialização Crédito revolving Montantes dos contratos Tipo de instituição de crédito Canal de comercialização Taxas máximas 149

7 Índice gráficos Gráfico I.1.1 Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo Dezembro de 2015 a dezembro de Gráfico I.1.2 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo e por canal de comercialização Dezembro de Gráfico I.1.3 Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral, por montante mínimo de constituição Dezembro de 2015 a dezembro de Gráfico I.1.4 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo e montante mínimo de constituição Dezembro de Gráfico I.1.5 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por montante mínimo de constituição e por canal de comercialização Dezembro de Gráfico I.1.6 Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral, por condição de mobilização antecipada Dezembro de 2015 a dezembro de Gráfico I.1.7 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo e por condição de mobilização antecipada Dezembro de Gráfico I.1.8 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por condição de mobilização antecipada e por canal de comercialização Dezembro de Gráfico I.1.9 Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral, por periodicidade de pagamento de juros Dezembro de 2015 a dezembro de Gráfico I.1.10 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo e por periodicidade de pagamento de juros Dezembro de Gráfico I.1.11 Depósitos simples para o público em geral, por periodicidade de pagamento de juros e por canal de comercialização Dezembro de Gráfico I.1.12 Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral, por possibilidade de reforço Dezembro de 2015 a dezembro de Gráfico I.1.13 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo e por possibilidade de reforço Dezembro de Gráfico I.1.14 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por possibilidade de reforço e por canal de comercialização Dezembro de Gráfico I.1.15 Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral, por possibilidade de renovação Dezembro de 2015 a dezembro de Gráfico I.1.16 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo e por possibilidade de renovação Dezembro de Gráfico I.1.17 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por possibilidade de renovação e por canal de comercialização Dezembro de Gráfico I.1.18 Evolução das taxas de remuneração médias dos depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo Dezembro de 2015 a dezembro de Gráfico I.1.19 Distribuição das taxas de remuneração dos depósitos a prazo simples para o público em geral, para os prazos até um ano Dezembro de

8 Gráfico I.1.20 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por taxa de remuneração praticada Dezembro de Gráfico I.1.21 Evolução dos diferenciais das taxas de remuneração médias face às taxas de referência nos depósitos a prazo simples para o público em geral Dezembro de 2015 a dezembro de Gráfico I.1.22 Evolução das taxas de remuneração médias, por prazo (até um ano) e por canal de comercialização Dezembro de 2015 a dezembro de Gráfico I.1.23 Distribuição das taxas de remuneração dos depósitos a prazo simples para o público em geral, para prazos até um ano, por canal de comercialização Dezembro de Gráfico C1.1 Taxas de remuneração médias dos depósitos exclusivos para novos clientes e novos montantes e diferenciais face à restante oferta dos depósitos a prazo simples para o público em geral Dezembro de Gráfico I.2.1 Evolução dos depósitos a prazo simples com condições especiais Dezembro de 2015 a dezembro de Gráfico I.2.2 Comparação entre as taxas de remuneração dos depósitos para jovens e dos depósitos para o público em geral, por prazo Dezembro de Gráfico I.2.3 Comparação entre as taxas de remuneração dos depósitos para emigrantes e dos depósitos para o público em geral, por prazo Dezembro de Gráfico I.2.4 Comparação entre as taxas de remuneração dos depósitos com vendas associadas e dos depósitos para o público em geral, por prazo Dezembro de Gráfico I.2.5 Comparação entre as taxas de remuneração dos depósitos para reformados e seniores e dos depósitos para o público em geral, por prazo Dezembro de Gráfico I.2.6 Comparação entre as taxas de remuneração dos depósitos com finalidades habitação e condomínios e dos depósitos para o público em geral, por prazo Dezembro de Gráfico II.1.1 Número de depósitos indexados e duais constituídos Gráfico II.1.2 Montantes depositados em depósitos indexados e duais Milhões de euros Gráfico II.1.3 Montante médio depositado, por depositante Euros Gráfico II.1.4 Distribuição do número de depositantes e do montante depositado, por tipo de depositante Gráfico II.1.5 Montante médio depositado em depósitos indexados e duais, por tipo de depositante Euros Gráfico II.1.6 Distribuição do número de depósitos indexados e do montante depositado, por moeda de denominação Gráfico II.1.7 Distribuição do número de depósitos e do montante depositado, por prazo

9 Gráfico II.1.8 Distribuição do número de depósitos e do montante depositado, por mercado do indexante Gráfico II.1.9 Distribuição dos depósitos com remuneração indexada ao mercado acionista, por tipo de indexante Gráfico II.1.10 Número de depósitos indexados e duais constituídos, por instituição Gráfico II.1.11 Número de depósitos indexados e duais constituídos, por instituição e prazo Gráfico II.2.1 Distribuição do número dos depósitos indexados vencidos, por prazo Gráfico II.2.2 Distribuição do número de depósitos e do montante depositado dos depósitos indexados vencidos, por mercado do indexante Gráfico II.2.3 TANB dos depósitos indexados ao mercado acionista vencidos, por prazo Gráfico II.2.4 Distribuição das taxas de remuneração dos depósitos indexados ao mercado accionista, por prazo Gráfico II.2.5 TANB dos depósitos indexados ao mercado cambial vencidos, por prazo Gráfico II.2.6 TANB dos depósitos indexados ao mercado de matérias-primas vencidos, por prazo Gráfico II.2.7 TANB dos depósitos indexados ao mercado monetário vencidos, por prazo Gráfico II.2.8 TANB das componentes simples dos depósitos duais vencidas, por prazo Gráfico III.1.1 Crédito à habitação Evolução do montante de crédito concedido, por data de contratação Gráfico III.1.2 Crédito conexo Evolução do montante de crédito concedido, por data de contratação Gráfico III.2.1 Crédito à habitação Número e saldo em dívida dos contratos vivos, por data de contratação Posição a Gráfico III.2.2 Crédito conexo Número e saldo em dívida dos contratos vivos, por data de contratação Posição a Gráfico III.3.1 Crédito à habitação e crédito conexo Grau de concentração do mercado Posição a , contratos celebrados em 2016 e Gráfico III.4.1 Crédito à habitação e crédito conexo Evolução do prazo médio de contratação por tipo de contrato Posição a e contratos celebrados entre 2014 e Gráfico III.4.2 Crédito à habitação Densidade do prazo de contratação Posição a e contratos celebrados em 2016 e

10 Gráfico III.4.3 Crédito conexo Densidade do prazo de contratação Posição a e contratos celebrados em 2016 e Gráfico III.5.1 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição do número de contratos por tipo de taxa de juro Posição a , contratos celebrados em 2016 e Gráfico III.5.2 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição do montante de crédito por tipo de taxa de juro Posição a , contratos celebrados em 2016 e Gráfico III.5.3 Crédito à habitação e crédito conexo Número de contratos vivos a taxa mista, por data de contratação Posição a Gráfico III.5.4 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição do número de contratos por indexante da taxa variável Posição a , contratos celebrados em 2016 e Gráfico III.5.5 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição do montante de crédito por indexante da taxa variável Posição a , contratos celebrados em 2016 e Gráfico III.5.6 Crédito à habitação e crédito conexo Evolução dos spreads médios dos contratos da taxa de juro variável e da Euribor a 3, 6 e 12 meses Posição a Gráfico III.5.7 Crédito à habitação Densidade dos spreads dos contratos Posição a , contratos celebrados em 2016 e Gráfico III.5.8 Crédito conexo Densidade dos spreads dos contratos Posição a , contratos celebrados em 2016 e Gráfico C5.1 Crédito à habitação Número e montante de crédito concedido em contratos com taxa de juro mista Gráfico C5.2 Crédito à habitação Distribuição do número de contratos por duração do período inicial de taxa de juro fixa em contratos com taxa de juro mista Gráfico C5.3 Crédito à habitação Comparação entre as TAN fixas médias dos contratos a taxa mista, a taxa variável e as taxas de referência Duração do período inicial de taxa fixa até 5 anos Gráfico C5.4 Crédito à habitação Comparação entre as TAN fixas médias dos contratos a taxa mista, a taxa variável e as taxas de referência Duração do período inicial de taxa fixa entre 5 anos e 10 anos Gráfico C5.5 Crédito à habitação Número e montante de crédito concedido em contratos com taxa de juro fixa Gráfico C5.6 Crédito à habitação Distribuição do número de contratos com taxa de juro fixa por prazo Gráfico C5.7 Crédito à habitação Comparação entre as TAN médias de contratos a taxa fixa, a taxa variável e as taxas de referência Prazo entre 5 anos e 10 anos

11 Gráfico C5.8 Crédito à habitação Comparação entre as TAN médias de contratos a taxa fixa, a taxa variável e as taxas de referência Prazo entre 10 anos e 20 anos Gráfico C5.9 Crédito à habitação Comparação entre as TAN médias de contratos a taxa fixa, a taxa variável e as taxas de referência Prazo superior a 20 anos Gráfico III.7.1 Crédito à habitação e crédito conexo Evolução do montante médio reembolsado Euros Gráfico III.7.2 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição do montante reembolsado antecipadamente Gráfico III.7.3 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição do número de reembolsos antecipados parciais, por tipo de contrato Gráfico III.8.1 Crédito à habitação e crédito conexo Evolução da distribuição dos contratos objeto de renegociação, por tipo de contrato Gráfico III.8.2 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição do número de contratos objeto de renegociação, por situação de crédito Gráfico C6.1 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição das condições renegociadas, por tipo de contrato e por situação do crédito Gráfico IV.1.1 Crédito aos consumidores Montante de crédito concedido Taxa de variação Gráfico IV.1.2 Crédito aos consumidores Número de contratos Taxa de variação Gráfico IV.1.3 Crédito aos consumidores Distribuição do número de contratos e do montante de crédito concedido Gráfico IV.1.4 Montante mensal médio de crédito concedido, por tipo de instituição Milhões de euros Gráfico IV.1.5 Crédito aos consumidores Taxa de variação homóloga do montante de crédito concedido por tipo de instituição Gráfico IV.1.6 Crédito aos consumidores Montante mensal médio de crédito concedido, por canal de comercialização Milhões de euros Gráfico IV.1.7 Crédito aos consumidores Montante mensal médio de crédito colocado através de ponto de venda, por tipo de instituição Milhões de euros Gráfico IV.2.1 Crédito pessoal Montante mensal médio de crédito concedido e TAEG média Milhões de euros Gráfico IV.2.2 Crédito Pessoal Número mensal médio de contratos celebrados Gráfico IV.2.3 Crédito pessoal Montante médio dos contratos, por subsegmento de crédito Milhares de euros

12 Gráfico IV.2.4 Crédito pessoal Distribuição do número de contratos, por montante Gráfico IV.2.5 Crédito pessoal Prazos médios de contratação, por subsegmento de crédito Gráfico IV.2.6 Crédito pessoal Distribuição do número de contratos, por prazo Gráfico IV.2.7 Crédito pessoal Tipo de taxa de juro em percentagem do montante concedido Gráfico IV.2.8 Crédito pessoal Montante mensal médio de crédito concedido, por tipo de instituição Milhões de euros Gráfico IV.2.9 Crédito pessoal Taxa de variação homóloga do montante de crédito concedido e TAEG média, por tipo de instituição Gráfico IV.2.10 Crédito pessoal Montante mensal médio de crédito concedido, por canal de comercialização Milhões de euros Gráfico IV.2.11 Crédito pessoal Montante mensal médio de crédito colocado através de ponto de venda, por tipo de instituição Milhões de euros Gráfico IV.3.1 Crédito automóvel Distribuição do número de contratos e montante de crédito concedido Gráfico IV.3.2 Crédito automóvel Montante mensal médio de crédito concedido e TAEG média Milhões de euros Gráfico IV.3.3 Crédito automóvel Número mensal médio de contratos celebrados Gráfico IV.3.4 Crédito automóvel Montante médio dos contratos, por subsegmento de crédito Milhares de euros Gráfico IV.3.5 Crédito automóvel Distribuição do número de contratos, por montante Gráfico IV.3.6 Crédito automóvel Prazos médios de contratação, por subsegmento de crédito Gráfico IV.3.7 Crédito automóvel Distribuição do número de contratos, por prazo Gráfico IV.3.8 Crédito automóvel Tipo de taxa de juro em percentagem do montante concedido Gráfico IV.3.9 Crédito automóvel Montante mensal médio de crédito concedido, por tipo de instituição Milhões de euros Gráfico IV.3.10 Crédito automóvel Taxa de variação homóloga do montante de crédito concedido e TAEG média, por tipo de instituição Gráfico IV.3.11 Crédito automóvel Montante mensal médio de crédito concedido, por canal de comercialização Milhões de euros

13 Gráfico IV.3.12 Crédito automóvel Montante mensal médio de crédito colocado através de ponto de venda, por tipo de instituição Milhões de euros Gráfico IV.4.1 Crédito revolving Montante mensal médio de crédito concedido e TAEG média Milhões de euros Gráfico IV.4.2 Crédito revolving Número mensal médio de contratos celebrados Gráfico IV.4.3 Crédito revolving Distribuição do número de contratos, por montante Gráfico IV.4.4 Crédito revolving Montante mensal médio de crédito concedido, por tipo de instituição Milhões de euros Gráfico IV.4.5 Crédito revolving Taxa de variação homóloga do montante de crédito concedido e TAEG média, por tipo de instituição Gráfico IV.4.6 Crédito revolving Montante mensal médio de crédito concedido, por canal de comercialização Milhões de euros Gráfico IV.4.7 Crédito revolving Montante mensal médio de crédito colocado através de ponto de venda, por tipo de instituição Milhões de euros Gráfico IV.5.1 Taxas máximas no crédito aos consumidores

14 Índice quadros Quadro I.1.1 Depósitos a prazo simples Dezembro de 2016 e dezembro de Quadro I.2.1 Tipos de depósitos a prazo com condições especiais 41 Quadro I.2.2 Comparação entre as principais caraterísticas dos depósitos para jovens e dos depósitos para o público em geral Dezembro de Quadro I.2.3 Comparação entre as principais caraterísticas dos depósitos para emigrantes e dos depósitos para o público em geral Dezembro de Quadro I.2.4 Comparação entre as principais caraterísticas dos depósitos com vendas associadas e dos depósitos para o público em geral Dezembro de Quadro I.2.5 Comparação entre as principais caraterísticas dos depósitos para reformados e seniores e dos depósitos para o público em geral Dezembro de Quadro C2.1 Riscos dos depósitos a prazo simples 52 Quadro II.1.1 Evolução dos depósitos indexados e duais constituídos (a) Quadro II.2.1 Evolução dos depósitos indexados e duais vencidos (a) Quadro II.2.2 Taxas de remuneração dos depósitos indexados vencidos Quadro II.2.3 Taxas de remuneração dos depósitos indexados ao mercado acionista vencidos Quadro C3.1 Riscos dos depósitos indexados e duais 78 Quadro III.1.1 Crédito à habitação e crédito conexo Número, montante de crédito concedido e montante médio dos contratos celebrados Quadro III.2.1 Crédito à habitação e crédito conexo Número e saldo em dívida dos contratos vivos Posição a e Quadro III.6.1 Crédito à habitação e crédito conexo Modalidades de amortização dos créditos Posição a , contratos celebrados em 2016 e Quadro III.7.1 Crédito à habitação e crédito conexo Reembolsos antecipados Quadro III.8.1 Crédito à habitação e crédito conexo Número de renegociações, número de contratos renegociados e montante renegociado médio Quadro C6.1 Crédito à habitação e crédito conexo Condições renegociadas por tipo de contrato Quadro IV.2.1 Crédito Pessoal Montante e número mensal médio dos contratos celebrados Quadro IV.3.1 Crédito automóvel Montante e número mensal médio dos contratos celebrados Quadro IV.4.1 Crédito revolving Montante e número mensal médio dos contratos celebrados Quadro IV.5.1 Crédito aos consumidores Taxas máximas 4.º trimestre de º trimestre de

15 Siglas ALD Aluguer de longa duração DIF Documento de informação fundamental Euribor Euro Interbank Offered Rate (taxa interbancária de oferta do euro) FIN Ficha de informação normalizada PCB Portal do Cliente Bancário PERSI Procedimento extrajudicial de regularização de situações de incumprimento RGICSF Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras TAEG Taxa anual de encargos efetiva global TAN Taxa anual nominal TANB Taxa anual nominal bruta

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17 Sumário executivo O Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho de 2017 apresenta a evolução dos mercados dos depósitos, do crédito habitação e do crédito aos consumidores sujeitos à supervisão comportamental do Banco de Portugal, analisando as caraterísticas dos produtos comercializados e dos contratos celebrados. O capítulo I incide sobre o mercado dos depósitos a prazo simples, que inclui os depósitos para o público em geral e os depósitos com condições especiais, disponibilizados nos canais tradicionais e nos canais digitais. Consideram-se depósitos comercializados nos canais digitais os que apenas podem ser constituídos através do sítio de internet da instituição de crédito ou de aplicações móveis (apps). A informação sobre os depósitos a prazo simples apresentada neste relatório foi recolhida das fichas de informação normalizada (FIN) disponibilizadas por 21 instituições de crédito nos seus sítios da internet, referentes aos depósitos com prazos mais representativos (um, três e seis meses e um, dois, três, quatro e cinco anos). O capítulo II incide sobre o mercado dos depósitos indexados e duais. Os primeiros são depósitos a prazo cuja remuneração depende da evolução de instrumentos ou variáveis económicas e financeiras (e.g. ações, índices acionistas, taxas de câmbio, preços de matérias-primas), enquanto os segundos envolvem a comercialização conjunta de dois ou mais depósitos, simples ou indexados. A análise efetuada neste capítulo baseia-se na informação que é recolhida dos prospetos informativos submetidos pelas instituições à apreciação do Banco de Portugal previamente à comercialização destes produtos. As instituições remetem também ao Banco de Portugal informação sobre a remuneração efetivamente paga nos depósitos indexados e duais que foram comercializados. O capítulo III incide sobre o mercado do crédito à habitação, abrangendo os contratos de crédito à habitação e os de crédito conexo. De acordo com a legislação vigente em 2017, os contratos de crédito à habitação abrangem os empréstimos destinados à aquisição, construção e realização de obras em habitação própria permanente, secundária ou para arrendamento, bem como à aquisição de terrenos para construção de habitação própria. Os contratos de crédito conexo são os garantidos por hipoteca que incide, total ou parcialmente, sobre um imóvel que simultaneamente garante um crédito à habitação celebrado com a mesma instituição de crédito. A análise efetuada neste capítulo tem por base a informação que as instituições de crédito reportam anualmente ao Banco de Portugal para efeitos de fiscalização e monitorização do mercado de crédito à habitação e de crédito conexo. O capítulo IV incide sobre o mercado do crédito aos consumidores, abrangendo três tipos de crédito: o crédito pessoal, o crédito automóvel e o crédito revolving. O crédito pessoal tem como finalidade a aquisição de bens e serviços, como equipamentos para o lar ou serviços de educação e saúde, podendo também ser concedido sem finalidade específica. O crédito automóvel tem como finalidade o financiamento da aquisição de automóveis e outros veículos, novos ou usados. O crédito revolving inclui os cartões de crédito, as linhas de crédito, as contas correntes bancárias e as facilidades de descoberto. A análise deste capítulo baseia-se em informação reportada mensalmente pelas instituições de crédito ao Banco de Portugal para efeitos de cumprimento do regime de taxas máximas atualmente em vigor em Portugal. Sumário executivo 15

18 Depósitos a prazo simples No final de 2017, a maioria dos depósitos a prazo simples destinava-se ao público em geral e era comercializada nos canais tradicionais, continuando a verificar-se uma descida das taxas de remuneração praticadas. Em dezembro de 2017, 79,6% dos depósitos a prazo simples eram disponibilizados nos canais tradicionais e 20,4% nos canais digitais. Os depósitos comercializados nos canais tradicionais para o público em geral representavam cerca de metade dos depósitos a prazo simples (48,3%), enquanto os depósitos simples com condições especiais comercializados no mesmo canal tinham um peso de 31,3%. Os depósitos comercializados exclusivamente nos canais digitais eram sobretudo para o público em geral, sendo residual a oferta neste canal de depósitos com condições especiais. Todos os depósitos em comercialização no final de 2017 eram remunerados a taxa de juro fixa, mantendo-se a tendência de diminuição das taxas de remuneração verificada desde Em 2017, nos depósitos dirigidos ao público em geral, verificaram-se reduções da TANB (taxa anual nominal bruta) média em todos os prazos, face a Dos depósitos para o público em geral em comercialização no final de 2017, 81,7% apresentavam uma TANB igual ou inferior a 0,5%, uma proporção superior à de 2016 (72%), e 93,1% tinham uma TANB igual ou inferior a 1% (90,4% em 2016). No final de 2017, a taxa de remuneração mediana era de 0,2%, nos prazos de três meses, seis meses e um ano, e de 0,15% no prazo de um mês. Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 A tendência de redução das TANB médias verificou-se igualmente nos depósitos para novos clientes ou novos montantes na maioria dos prazos, apesar de estes depósitos continuarem a ter uma TANB média superior à da restante oferta para o público em geral. Em dezembro de 2017, os depósitos a prazo simples para o público em geral continuaram a concentrar-se nos prazos até um ano. Estes depósitos representaram 83% da oferta, uma percentagem semelhante à do ano anterior. As maturidades mais curtas, até um ano, foram mais frequentes nos depósitos comercializados em exclusivo nos canais digitais (98,4%) do que nos canais tradicionais (76,9%). Os montantes mínimos de constituição até 500 euros continuaram a ser os mais frequentes, representando 62,3% dos depósitos para o público em geral no final de A importância dos montantes mínimos de constituição acima dos 5 mil euros diminuiu, de 20,4% em 2016, para 15,2% em Nos canais digitais, os montantes mínimos de constituição reduzidos eram mais frequentes do que nos canais tradicionais. A generalidade dos depósitos a prazo permitia a mobilização antecipada dos fundos (92,2%), embora a maioria tivesse penalização parcial ou total dos juros corridos e não pagos. No final de 2017, o pagamento de juros no vencimento continuou a predominar nos depósitos para o público em geral (77,5%) e foi mais frequente nos depósitos com prazos mais reduzidos (82,3% dos depósitos com prazo até um ano) do que nos prazos mais longos (54,1% dos depósitos com prazo superior a um ano). Tal como em 2016, em 2017, a maioria dos depósitos continuou a não possibilitar a realização de reforços (79,4% dos depósitos), mas a permitir, em contrapartida, a sua renovação (53,2%). Em relação aos depósitos comercializados nos canais tradicionais, os depósitos comercializados nos canais digitais permitiam a mobilização antecipada mais frequentemente, embora esta fosse mais penalizada. O pagamento de juros no vencimento foi também mais frequente nos 16

19 depósitos comercializados nos canais digitais. Em contrapartida, os depósitos com possibilidade de reforço dos montantes aplicados tinham um maior peso nos canais tradicionais. Em 2017, as instituições de crédito continuaram a comercializar depósitos a prazo simples com condições especiais. Estes depósitos destinam-se a grupos de clientes com determinadas caraterísticas (como jovens, emigrantes ou reformados) ou a clientes que detenham outros produtos junto da instituição de crédito ou que cumpram condições de vinculação (vendas associadas facultativas). Podem também ter finalidades específicas (como os depósitos habitação e condomínio). A categoria mais representativa continuou a ser a dos depósitos destinados a jovens (28,6% dos depósitos com condições especiais), seguindo-se os depósitos para emigrantes (17,1%) e os depósitos relacionados com vendas associadas facultativas (16,2%). Depósitos indexados e duais Em 2017, assistiu-se a uma diminuição do número de depósitos indexados em comercialização e à redução dos montantes aplicados e do número de depositantes. Estes depósitos continuaram a ser maioritariamente indexados ao mercado acionista. Em 2017, verificou-se uma redução do mercado dos depósitos indexados e duais, face a 2016, reforçando os decréscimos verificados nesse ano, tanto no número de depósitos comercializados, como nos montantes aplicados e no número de depositantes. Foram comercializados 137 depósitos indexados e duais (menos 42 depósitos do que em 2016), por 11 instituições de crédito (o mesmo número que no ano anterior). Na mesma linha, os 1997,6 milhões de euros aplicados neste tipo de depósitos, por cerca de 103 mil depositantes, representaram decréscimos de 36,5% e de 43,7%, respetivamente, face ao ano anterior. No final de 2017, o montante aplicado em depósitos indexados e duais era de 7432,3 milhões de euros, que compara com 8865,7 milhões de euros, no final de 2016 (menos 16,2%). Esta evolução levou à diminuição da proporção dos depósitos indexados e duais no montante total aplicado por clientes bancários particulares em depósitos a prazo (de 9,2%, em 2016, para 8,1%, em 2017). O decréscimo da oferta verificado em 2017 deveu-se a uma redução do número de depósitos indexados, uma vez que aumentou o número de depósitos duais comercializados. Em 2017, as instituições de crédito comercializaram 109 depósitos indexados (menos 32,3%, face a 2016), tendo sido aplicados 1636,4 milhões de euros por cerca de 80 mil depositantes (menos 45% e menos 53,9%, respetivamente, face ao ano anterior). Por outro lado, foram comercializados 28 depósitos duais (mais 55,6%, face a 2016), em que foram aplicados 361,2 milhões de euros por cerca de 24 mil depositantes em 2017 (mais 115,2% e mais 120,2%, face a 2016). O mercado acionista continuou a ser o indexante mais frequente nos depósitos indexados e nas componentes indexadas dos depósitos duais constituídos, tendo o seu peso aumentado significativamente, de 67,1%, em 2016, para 90,5%, em O montante médio por depositante continuou a ser mais elevado nos depósitos indexados do que nos depósitos duais. Esta diferença foi ampliada uma vez que nos depósitos indexados houve um aumento do montante médio por depositante (mais 19,2%, face a 2016), enquanto nos depósitos duais se verificou uma redução de 2,3%, face a Sumário executivo 17

20 A maioria dos depósitos indexados e duais comercializados em 2017 apresentou maturidades compreendidas entre um e dois anos. Face a 2016, continuou a verificar-se uma redução dos depósitos indexados e duais com prazos mais curtos e mais longos. A menor proporção de depósitos com prazos mais reduzidos resulta de algumas instituições que usualmente tinham oferta nestes prazos terem deixado de comercializar este tipo de depósitos. Por outro lado, a diminuição da importância dos depósitos indexados e duais com maturidades mais longas está relacionada com orientações dadas pelo Banco de Portugal, em meados de Em 2017, venceram-se 187 depósitos indexados e duais, dos quais 141 depósitos indexados e 46 componentes (32 simples e 14 indexadas) de depósitos duais. Dos depósitos indexados vencidos em 2017, mais de metade (56,1%) pagaram uma taxa de remuneração inferior à TANB de depósito a prazo simples comercializado pela mesma instituição para o mesmo prazo. Dos depósitos indexados vencidos em 2017, 51,6% auferiram a taxa de remuneração mínima indicada no respetivo prospeto informativo, dos quais 21,9% tiveram uma TANB nula. Em contrapartida, 21,3% dos depósitos indexados vencidos pagaram a TANB máxima prevista no prospeto informativo. Crédito à habitação Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 A contratação de crédito à habitação continuou a crescer em 2017, embora o valor global da carteira tenha diminuído, face ao ano anterior. Esta evolução foi acompanhada por crescimentos do montante médio e do prazo médio por contrato, e pela diminuição dos spreads praticados. O mercado de crédito à habitação registou em 2017, pelo terceiro ano consecutivo, crescimentos significativos no número de contratos celebrados e no montante de crédito concedido, embora sejam inferiores aos verificados nos anos anteriores. Foram celebrados novos contratos e concedidos 7,7 mil milhões de euros de crédito à habitação, que corresponderam a crescimentos de 32,3% e 40%, respetivamente, face a Em contrapartida, o valor global da carteira de crédito à habitação a 31 de dezembro de 2017 diminuiu para 87,7 mil milhões de euros (89,2 mil milhões de euros no final de 2016), uma vez que o aumento da contratação não foi suficiente para compensar os reembolsos antecipados e os vencimentos por decurso normal do prazo dos contratos ocorridos neste ano. O montante médio dos contratos de crédito à habitação celebrados em 2017 aumentou para euros ( euros em 2016) e o prazo médio por contrato aumentou para 33,3 anos (mais seis meses do que em 2016). A taxa de juro variável foi o tipo de taxa mais frequente nos contratos de crédito à habitação celebrados em 2017 (81,3%), embora tenha perdido importância relativa face a 2016 (83,7%). Em contrapartida, o número de contratos com taxa mista aumentou significativamente (mais 68,3%, face a 2016), o que resultou no acréscimo da importância destes contratos, de 13,3%, em 2016, para 16,9%, em Os contratos celebrados a taxa de juro fixa perderam importância, representando 1,8% dos novos contratos, o que compara com 3%, em A generalidade dos contratos celebrados com taxa de juro variável foram indexados à Euribor a 12 meses, tendo a importância deste indexante aumentado de 85,2%, em 2016, para 92,5%, 18

21 em Esta evolução ocorreu num contexto em que as taxas de juro Euribor se mantiveram em valores negativos durante todo o ano e registaram novas descidas, face ao ano anterior. O spread médio dos novos contratos de crédito à habitação a taxa de juro variável diminuiu em 2017, reforçando a tendência de decrescimento observada desde 2015 e atingindo um nível idêntico ao dos contratos celebrados em 2010 que ainda se encontram em carteira. O spread médio dos contratos indexados à Euribor a 3, 6 e 12 meses foi de 1,74 pontos percentuais, um valor inferior em 0,25 pontos percentuais ao registado em Em 2017, 56,2% dos contratos de crédito à habitação celebrados com taxa mista tinham um período inicial de fixação da taxa de juro igual ou inferior a cinco anos, embora os contratos com este período inicial tenham perdido importância, face 2016 (69,2%). Em contrapartida, aumentou a proporção de contratos em que o período inicial de fixação de taxa de juro era superior a cinco anos e igual ou inferior a dez anos (de 23,8%, em 2016, para 39,2%, em 2017). A TAN fixa média dos contratos com período inicial de fixação de taxa de juro até cinco anos foi de 1,99%, em 2017, 20 pontos base abaixo do valor de 2016 mas 44 pontos base acima da TAN média dos contratos de crédito habitação a taxa variável. Dos contratos de crédito à habitação celebrados a taxa fixa e não destinados a regularizar situações de incumprimento, 54,7% tinham, em 2017, um prazo superior a 20 anos, proporção ligeiramente abaixo da verificada em 2016 (55,8%). Em 2017, foram realizados reembolsos antecipados totais em contratos de crédito à habitação, num montante total de 3,9 mil milhões de euros, o que correspondeu a aumentos de 25,5% e 35%, respetivamente, face a O número de reembolsos antecipados parciais diminuiu para (menos 3,9% do que em 2016), mas o correspondente montante de crédito reembolsado aumentou para 379 milhões de euros (mais 8,2% do que em 2016). Nos reembolsos antecipados totais, o montante médio reembolsado foi de euros ( euros em 2016) e nos reembolsos antecipados parciais foi de euros ( euros em 2016). Em 2017, foram efetuadas renegociações em contratos de crédito à habitação, o que representa uma diminuição de 8,5%, face a Verificou-se também uma diminuição no montante médio por renegociação, de euros, em 2016, para euros, em Dos contratos de crédito à habitação renegociados, 7,7% encontravam-se em situação de incumprimento, uma proporção inferior à observada em 2016 (11%). Esta evolução está em linha com a informação recolhida no âmbito da fiscalização do regime geral do incumprimento e com a redução observada nos níveis de endividamento dos particulares. As condições financeiras mais frequentemente renegociadas em 2017 foram a alteração do prazo do contrato, a alteração do tipo de taxa de juro e a introdução ou alteração do período de carência de capital. Crédito aos consumidores Em 2017, o mercado de crédito aos consumidores voltou a crescer, face a 2016, continuando a destacar-se o crédito automóvel. O aumento da contratação foi acompanhado pelo aumento dos prazos médios e pela diminuição do custo do crédito. O mercado de crédito aos consumidores manteve, em 2017, a trajetória de crescimento verificada desde 2013, embora com crescimentos inferiores aos dos dois anos anteriores. Sumário executivo 19

22 Foram celebrados, em média, contratos por mês com um montante de 556,8 milhões de euros. Em 2017, o montante de crédito concedido aumentou 12%, abaixo dos crescimentos verificados em 2016 (17,5%) e 2015 (23%). Na mesma linha, o número de contratos celebrados aumentou 5%, face ao ano anterior, aquém dos crescimentos de 2016 (6,5%) e de 2015 (7,8%). O número de contratos celebrados em 2017 ultrapassou pela primeira vez o valor registado em 2010, ano que precedeu a contração do mercado de crédito aos consumidores. O aumento do montante de crédito concedido, face a 2016, foi transversal aos três tipos de crédito, embora continue a destacar-se o crescimento do crédito automóvel (mais 20,4%, face a 2016). O crédito pessoal apresentou um crescimento de 8,4%, face a 2016, e o crédito revolving exibiu um crescimento menos significativo (2,2%). No número de contratos celebrados a evolução é semelhante, destacando-se o crescimento do crédito automóvel (mais 14,4%, face a 2016), seguido do crédito pessoal (mais 5,3%) e do crédito revolving (mais 3%). O custo do crédito continuou a diminuir em A taxa anual de encargos efetiva global (TAEG) média do mercado diminuiu 0,6 pontos percentuais, entre o quarto trimestre de 2016 e o quarto trimestre de Esta redução é idêntica à registada em igual período de 2016, face a 2015, mas menos acentuada do que as verificadas nos dois anos anteriores. Em 2017, a TAEG média diminuiu em todos os tipos de crédito, face a 2016, sendo mais significativa no crédito revolving (menos 0,9 pontos percentuais). O montante médio por contrato voltou a aumentar, tanto no crédito automóvel (de euros, em 2016, para euros, em 2017), como no crédito pessoal (de 6300 euros, em 2016, para 6500 euros, em 2017). No crédito revolving, o montante médio por contrato manteve-se relativamente estável em 1200 euros. Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 O aumento dos montantes médios no crédito automóvel e no crédito pessoal foi acompanhado por um aumento dos prazos médios de contratação. No crédito automóvel, o prazo médio dos contratos aumentou entre 2016 e 2017 (de 6,3 anos para 6,7 anos), enquanto no crédito pessoal o crescimento foi menos acentuado (de 4,2 anos para 4,4 anos). A maioria do montante de crédito continuou a ser concedido por instituições com atividade especializada, verificando-se um aumento da sua importância, de 52,7%, em 2016, para 55,1%, em Esta variação resulta não só de um maior peso das instituições com atividade especializada no crédito revolving (mais 7,6 pontos percentuais, face a 2016), mas também do aumento da importância do crédito automóvel no total do crédito aos consumidores, já que, neste segmento, a maioria do montante é concedido por instituições com atividade especializada (89,4%, em 2017). À semelhança de anos anteriores, a maioria do montante de crédito foi concedido diretamente pela instituição de crédito (54,6 por cento), apesar de se ter verificado um aumento da importância da contratação através de ponto de venda (de 40,6%, em 2016, para 45,4%, em 2017). Este tipo de contratação é utilizado maioritariamente por instituições com atividade especializada, pelo que este aumento está relacionado com o crescimento da importância destas instituições no mercado do crédito aos consumidores. Por outro lado, esta evolução está também associada ao aumento do peso do crédito automóvel no total do crédito aos consumidores, uma vez que, em 2017, 90,9% do montante concedido neste tipo de crédito foi contratado através de um ponto de venda. 20

23 I Depósitos a prazo simples 1 Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral 2 Depósitos a prazo simples com condições especiais

24

25 Em 2017, todos os depósitos a prazo simples foram comercializados a taxa fixa. Em dezembro de 2017, as 21 instituições de crédito analisadas 1 tinham em comercialização 323 depósitos a prazo simples nos prazos mais representativos 2, todos com taxa de juro fixa, o que significa que a remuneração é conhecida pelo cliente no momento da constituição. Em geral, esta taxa de juro é constante para todo o prazo do depósito, embora estivessem em comercialização 19 depósitos com taxas fixas crescentes ao longo do prazo do depósito. No final de 2017, estavam aplicados em depósitos a prazo, por clientes particulares, cerca de 92 mil milhões de euros, um valor inferior ao verificado em 2016 (97 mil milhões). A maioria dos montantes (57,2%) encontrava-se aplicada em depósitos com prazo até um ano, em linha com a proporção registada em 2016 (57%). Por outro lado, a proporção de montantes aplicados em depósitos com maturidades entre um ano e dois anos fixou-se em 13,6%, acima da proporção verificada em 2016 (8,6%) 3. Ao longo de 2017, foram aplicados 61,1 mil milhões de euros em novos depósitos a prazo por clientes particulares, um valor inferior ao verificado em 2016 (68,1 mil milhões de euros). Neste ano, 74,1% dos montantes foram aplicados em depósitos com prazo inferior a um ano, uma proporção semelhante à do ano anterior (74,2%). Em dezembro de 2017, 67,5% dos depósitos a prazo simples destinavam-se ao público em geral e 32,5% tinham condições especiais. Dos 323 depósitos a prazo simples comercializados em dezembro de 2017, 67,5% destinavam-se ao público em geral, dos quais 7,4% eram dirigidos a novos clientes ou novos montantes aplicados junto da instituição de crédito. Os restantes 32,5% eram depósitos com condições especiais, destinados a determinados públicos-alvo, a finalidades específicas ou associados à venda de outros produtos. Entre estes, destacam-se os depósitos para jovens, os depósitos para emigrantes e os depósitos relacionados com vendas associadas facultativas que, em dezembro de 2017, tinham pesos relativos de 28,6%, 17,1% e 16,2%, respetivamente. 1. As instituições de crédito consideradas na presente análise diferem ligeiramente das que foram objeto de análise em edições anteriores do Relatório de Acompanhamento de Mercados Bancários de Retalho. Este ajustamento tem por objetivo manter a representatividade da análise às caraterísticas dos depósitos a prazo simples disponibilizados no mercado, num contexto de alterações recentes das instituições de crédito que operam neste mercado. Em 2015, foi considerada a oferta de 20 instituições, enquanto em 2016 e 2017 a análise considera depósitos comercializados por 21 instituições. 2. Os prazos mais representativos são um, três e seis meses e um, dois, três, quatro e cinco anos. Existem depósitos com outros prazos, incluindo quatro com prazo superior a cinco anos (um com prazo de sete anos, dois com prazo de oito anos e um com prazo de dez anos), que não foram considerados na análise por serem prazos menos representativos. Existem ainda depósitos com maturidades mais reduzidas (por exemplo, quatro meses ou dez meses), que não foram considerados na presente análise pelo mesmo motivo. São abrangidos os depósitos a prazo simples denominados em euros. 3. Fonte Boletim Estatístico do Banco de Portugal (abril 2018). Depósitos a prazo simples 23

26 Em 2017, 79,6% dos depósitos a prazo simples foram comercializados nos canais tradicionais 4 e 20,4% em exclusivo nos canais digitais, proporções semelhantes às verificadas em No final do ano, cerca de metade dos depósitos simples (48,3%) destinavam-se ao público em geral e eram comercializados nos canais tradicionais. No final de 2017, os depósitos a prazo simples com condições especiais comercializados nos canais tradicionais tinham um peso de 31,3%, enquanto a proporção de depósitos com condições especiais comercializados em exclusivo nos canais digitais continuava a ser residual (1,2%). Quadro I.1.1 Depósitos a prazo simples (a) Dezembro de 2016 e dezembro de 2017 Dez (b) Dez Número Distribuição Número Distribuição Público em geral nos canais tradicionais ,4% ,3% Público em geral nos canais digitais 63 18,6% 62 19,2% Com condições especiais nos canais tradicionais 93 27,5% ,3% Com condições especiais nos canais digitais 5 1,5% 4 1,2% Total ,0% ,0% Nota: (a) Informação sobre os depósitos comercializados por 21 instituições de crédito, obtida a partir das fichas de informação normalizada (FIN), recolhidas dos seus sítios de internet. (b) Foram realizados pequenos ajustamentos na classificação dos depósitos em comercialização em dezembro de 2016 e dezembro de 2015, razão pela qual a informação histórica no presente relatório pode não coincidir totalmente com a dos Relatórios de Acompanhamento de Mercados Bancários de Retalho de anos anteriores. Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral No final de 2017, as 21 instituições analisadas comercializavam 218 depósitos a prazo simples para o público em geral, 156 disponibilizados nos canais tradicionais e 62 em exclusivo nos canais digitais. Dos depósitos para o público em geral, 24 destinavam-se a novos clientes e/ou novos montantes. Comparando com dezembro de 2016, verificou-se uma diminuição do número de depósitos a prazo comercializados para o público em geral nos canais tradicionais. Esta redução resulta de uma menor diferenciação na oferta das instituições, nomeadamente por ser disponibilizada uma menor variedade de prazos e um menor número de variantes de remunerações, em função de diferentes montantes mínimos de constituição e de outras condições. Por seu turno, a oferta de depósitos simples para o público em geral nos canais digitais manteve-se praticamente inalterada. 4. Para efeito da presente análise consideram-se depósitos comercializados nos canais tradicionais os que são disponibilizados aos balcões das instituições de crédito, ainda que estejam igualmente disponíveis para subscrição nos canais digitais.

27 1.1 Prazo dos depósitos No final de 2017, o número de depósitos foi idêntico ou inferior ao de 2016 em todos os prazos, com destaque para o prazo de três meses, em que se registou uma redução de dez depósitos. Esta evolução traduziu-se numa diminuição da importância dos depósitos com maturidade de três meses, que corresponderam a 17,4% do total da oferta (20% no final de 2016). Os depósitos a prazo simples para o público em geral continuaram a concentrar-se em prazos iguais ou inferiores a um ano (83% dos depósitos). Em dezembro de 2017, as maturidades mais reduzidas (até um ano, inclusive), corresponderam a 83% dos depósitos a prazo simples para o público em geral, continuando a destacar-se os prazos de seis meses e um ano, que, em conjunto, representaram 53,7% da oferta (52,1% em dezembro de 2016). O peso dos depósitos com prazos superiores a três anos continuou a ser residual. Em dezembro de 2017, foram comercializados três depósitos com prazo de quatro anos (1,4% da oferta no final de 2017) e cinco depósitos com maturidade de cinco anos (2,3%). Nos depósitos para o público em geral comercializados nos canais digitais, as maturidades mais curtas foram mais frequentes do que nos canais tradicionais. Quase todos os depósitos comercializados nos canais digitais apresentaram um prazo igual ou inferior a um ano (98,4%), o que compara com 76,9% nos canais tradicionais. Em 2017, para ao público em geral, apenas um depósito comercializado em exclusivo nos canais digitais tinha maturidade superior a um ano. Gráfico I.1.1 Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo Dezembro de 2015 a dezembro de ,3% 3,3% 2,3% 4,9% 1,0% 1,3% 1,4% 6,2% 6,9% 8,6% 5,8% 6,4% 26,0% 28,8% 28,0% 23,0% 23,3% 25,7% 21,4% 20,0% 17,4% 12,8% 11,3% 11,9% Dez Dez Dez M 3M 6M 1A 2A 3A 4A 5A Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral 25

28 Gráfico I.1.2 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo e por canal de comercialização Dezembro de ,2% 9,0% 9,0% 1,9% 1,6% 27,4% 28,2% 29,0% 24,4% 24,3% 14,7% 9,6% Canais tradicionais 17,7% Canais digitais 1M 3M 6M 1A 2A 3A 4A 5A 1.2 Montantes mínimos de constituição Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho Os depósitos com montantes mínimos de constituição 5 mais exigentes tornaram-se menos frequentes, entre o final de 2016 e o final de Esta evolução resulta da diminuição da oferta de depósitos com montantes mínimos de constituição acima dos 500 euros, uma vez que o número de depósitos com montantes mínimos mais baixos é semelhante ao verificado no final de A importância relativa dos depósitos com montantes mínimos de constituição superiores a cinco mil euros diminuiu de 20,4%, em dezembro de 2016, para 15,2%, em dezembro de A redução mais significativa registou-se nos depósitos que exigem montantes entre cinco mil e 25 mil euros que, no final de 2017, correspondiam a 7,9% da oferta para o público em geral (12,5% no final de 2016). Os montantes mínimos de constituição iguais ou inferiores a 500 euros continuaram a ser os mais frequentes (62,3% dos depósitos). Em 2017, os depósitos a prazo com montante mínimo de constituição igual ou inferior a 500 euros, que eram em número idêntico ao do ano anterior, representavam 62,3% dos depósitos a prazo simples para o público em geral, sendo que os depósitos com um montante mínimo até 150 euros correspondiam a 20,6% do total. Nos montantes iguais ou inferiores a 500 euros, estão incluídos 19 depósitos (8,7%) que não impunham qualquer montante mínimo de constituição e que se distribuíam por todos os prazos em análise. 5. Os montantes mínimos de constituição correspondem ao montante mínimo exigido para constituição do depósito ou ao montante mínimo necessário para auferir determinada taxa de juro.

29 No final de 2017, existiam dois depósitos com montantes mínimos de constituição superiores a 25 mil euros com maturidades mais longas (dois e três anos), ao contrário do que aconteceu em 2016, em que todos os depósitos com esta exigência tinham maturidades iguais ou inferiores a um ano. Em 2017, os depósitos comercializados nos canais digitais tinham montantes mínimos de constituição menos exigentes do que os depósitos comercializados nos canais tradicionais. A proporção de depósitos com montantes mínimos de constituição mais reduzidos (iguais ou inferiores a 500 euros) foi de 74,2% nos canais digitais, o que compara com 57,6% nos canais tradicionais. No entanto, os depósitos sem montante mínimo de constituição foram mais frequentes nos canais tradicionais do que nos canais digitais (11,5%, que compara com 1,6%). Gráfico I.1.3 Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral, por montante mínimo de constituição Dezembro de 2015 a dezembro de ,1% 7,9% 7,3% 7,9% 12,5% 16,4% 22,5% 22,5% 20,1% 30,6% 37,5% 41,7% 11,7% 11,9% 10,2% 5,6% 7,9% 8,7% Dez Dez Dez Sem montante mínimo de constituição ]0; 150] ]150; 500] ]500; 5000] ]5000; ] ]25 000; ] Gráfico I.1.4 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo e montante mínimo de constituição Dezembro de M 3M 6M 1A 2A 3A 4A 5A Sem montante mínimo de constituição [0 150] ] ] ] ] ] ] ] ] Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral 27

30 Gráfico I.1.5 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por montante mínimo de constituição e por canal de comercialização Dezembro de ,0% 5,8% 3,2% 12,9% 9,7% 27,6% 34,6% 59,7% 11,5% 11,5% Canais tradicionais 12,9% Canais digitais 1,6% Sem montante mínimo de constituição ]0; 150] ]150; 500] ]500; 5000] ]5000; ] ]25000; ] 1.3 Condições de mobilização antecipada Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho A generalidade dos depósitos (92,2%) permitia a mobilização antecipada, embora a maioria tivesse penalização total ou parcial de juros. Em dezembro de 2017, a generalidade dos depósitos a prazo permitia a mobilização antecipada de fundos (92,2%), não apresentando riscos de liquidez para o cliente. Em 81,2% dos depósitos o cliente podia mobilizar os fundos total ou parcialmente (79,6% em dezembro de 2016), enquanto 11% dos depósitos apenas permitiam a mobilização antecipada total (12,9% em 2016). A proporção de depósitos não mobilizáveis antecipadamente foi de 7,8%, em linha com o verificado em dezembro de Dos 17 depósitos sem possibilidade de mobilização antecipada, seis tinham pagamento antecipado de juros 6 e prazos reduzidos (entre três meses e um ano). Estavam também em comercialização quatro depósitos com maturidades mais longas (um com prazo de dois anos, dois com prazos de três anos e um com prazo de cinco anos), que não permitiam a mobilização antecipada nem pagavam juros antecipadamente. Em dezembro de 2017, a maioria dos depósitos disponibilizados tinha penalização total ou parcial de juros em caso de mobilização antecipada, à semelhança do que se verificou em A oferta de depósitos com penalização parcial de juros diminuiu, enquanto o número de depósitos comercializados com penalização total de juros foi idêntico a Com esta evolução, a proporção de depósitos com penalização parcial de juros diminuiu de 41,7%, em dezembro de 2016, para 35,3% em dezembro de 2017 (menos 6,4 pontos percentuais) e o peso dos depósitos com 6. Nos depósitos com pagamento antecipado de juros, o pagamento de juros ocorre no momento em que o cliente bancário constitui o depósito.

31 penalização total de juros corridos e não pagos aumentou para 53,7% do total (48,3% no final de 2016). Em contrapartida, em 2017, foram comercializados sete depósitos mobilizáveis sem qualquer tipo de penalização (mais um depósito do que no final de 2016), que corresponderam a 3,2% da oferta. No final de 2017, os depósitos não mobilizáveis antecipadamente eram mais frequentes nos canais tradicionais (9%) do que nos canais digitais (4,8%). Todavia, a mobilização antecipada era mais penalizadora nos depósitos comercializados nos canais digitais. Neste ano, a penalização total de juros nos depósitos comercializados nos canais digitais (79%) era mais frequente do que penalização total de juros nos canais tradicionais (43,6%), tendo o seu peso aumentado face ao final de 2016, ano em que a penalização total de juros estava prevista em 70% da oferta nos canais digitais. Por seu turno, os depósitos mobilizáveis sem qualquer tipo de penalização correspondiam a apenas 1,3% dos depósitos nos canais tradicionais, enquanto nos canais digitais esta proporção era de 8,1%. Gráfico I.1.6 Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral, por condição de mobilização antecipada Dezembro de 2015 a dezembro de ,5% 48,3% 53,7% 33,9% 41,7% 35,3% 2,5% 3,2% 2,0% 5,6% 7,5% 7,8% Dez Dez Dez Não mobilizável Sem penalização Penalização parcial Penalização total Gráfico I.1.7 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo e por condição de mobilização antecipada Dezembro de M 3M 6M 1A 2A 3A 4A 5A Não mobilizável Sem penalização Penalização parcial Penalização total Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral 29

32 Gráfico I.1.8 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por condição de mobilização antecipada e por canal de comercialização Dezembro de ,6% 79,0% 46,1% 8,1% 9,0% Canais tradicionais 1,3% 8,1% 4,8% Canais digitais Não mobilizável Sem penalização Penalização parcial Penalização total 1.4 Periodicidade de pagamento de juros A periodicidade de pagamento de juros nos depósitos a prazo simples para o público em geral não se alterou significativamente entre dezembro de 2016 e dezembro de Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho Em 2017, o pagamento de juros no vencimento continuou a predominar (77,5% dos depósitos), apesar de ter perdido importância face ao ano anterior. O pagamento de juros apenas no vencimento continuou a predominar, mas perdeu importância relativa (77,5%, em dezembro de 2017, o que compara com 79,2% no mesmo período de 2016). Em contrapartida, o peso dos depósitos com pagamento intercalar de juros aumentou, de 17,9% do total de depósitos para o público em geral, no final de 2016, para 19,7%, no final de 2017, continuando a destacar-se os depósitos com pagamento de juros mensal e semestral (8,3% e 7,3%, respetivamente). Em dezembro de 2017, 32,6% dos depósitos com pagamento intercalar de juros permitiam a sua capitalização (30,2%, em igual período de 2016), sendo os juros incorporados no capital aplicado no depósito e considerados no próximo período de cálculo dos juros. Nos depósitos com prazos mais curtos (até um ano), o pagamento de juros apenas no vencimento foi mais frequente (82,3% da oferta nestes prazos) do que nos depósitos com prazos superiores a um ano (54,1% da oferta), à semelhança do que aconteceu em Os depósitos com pagamento mensal de juros concentravam-se sobretudo nos prazos de seis meses e um ano, enquanto os depósitos com pagamento semestral estiveram associados a prazos mais longos (um ano, dois anos, três anos e cinco anos). Os depósitos com pagamento antecipado de juros caraterizam-se por pagar os juros no momento em que o cliente bancário constitui o depósito. Estes depósitos têm uma taxa de juro efetiva superior à taxa anual nominal bruta (TANB), uma vez que o cliente pode reinvestir os juros

33 recebidos no momento da constituição do depósito. Em contrapartida, existe um maior risco de liquidez para o cliente, dado que não é permitida a mobilização antecipada dos montantes aplicados. Em dezembro de 2017, estavam em comercialização seis depósitos com pagamento antecipado de juros (2,8% da oferta), menos um depósito do que no final de Destes depósitos, três eram comercializados com prazo de três meses, um com prazo de seis meses e dois com maturidade de um ano. No final de 2017, os depósitos com pagamento antecipado de juros pagavam, em média, uma taxa de juro superior à da restante oferta de depósitos a prazo simples para o público em geral. Dos depósitos comercializados em exclusivo nos canais digitais no final de 2017, 92% pagavam juros no vencimento, o que compara com 71,8% nos depósitos comercializados nos canais tradicionais (95,2% e 73,5% respetivamente, no final de 2016). Em contrapartida, o pagamento mensal e semestral de juros era mais frequente nos canais tradicionais do que nos canais digitais (10,9% e 9,6%, respetivamente, nos canais tradicionais, o que compara com 1,6% nos canais digitais, em ambos os casos). Dos depósitos com pagamento antecipado de juros em 2017, dois eram comercializados em exclusivo nos canais digitais. Gráfico I.1.9 Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral, por periodicidade de pagamento de juros Dezembro de 2015 a dezembro de ,6% 1,3% 2,9% 2,1% 2,8% 1,8% 6,9% 1,6% 6,2% 1,7% 7,3% 1,8% 5,6% 0,7% 7,5% 0,4% 8,3% 0,5% 81,3% 79,2% 77,5% Dez Dez Dez No vencimento Mensal Bimestral Trimestral Semestral Anual Antecipado Gráfico I.1.10 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo e por periodicidade de pagamento de juros Dezembro de M 3M 6M 1A 2A 3A 4A 5A No vencimento Mensal Bimestral Trimestral Semestral Anual Antecipado Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral 31

34 Gráfico I.1.11 Depósitos simples para o público em geral, por periodicidade de pagamento de juros e por canal de comercialização Dezembro de ,6% 3,2% 1,9% 1,6% 1,6% 9,6% 1,6% 2,6% 0,6% 10,9% 71,8% 92,0% Canais tradicionais Canais digitais No vencimento Mensal Bimestral Trimestral Semestral Anual Antecipado 1.5 Reforço do capital depositado e renovação do depósito Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 A maioria dos depósitos a prazo simples (79,4%) continuou a não permitir o reforço dos montantes aplicados. No final de 2017, apenas 20,6% dos depósitos a prazo simples para o público em geral possibilitavam o reforço dos montantes aplicados, uma percentagem inferior à verificada em dezembro de 2016 (22,5%). Esta evolução resulta de se verificar uma diminuição no número de depósitos comercializados com possibilidade de reforço de capital proporcionalmente mais significativa do que o decréscimo da oferta de depósitos que não permitem reforços. À semelhança do ano anterior, a possibilidade do cliente reforçar o montante aplicado foi mais frequente nos depósitos com prazos superiores a um ano, embora o peso relativo dos depósitos com esta opção tenha diminuído. Em dezembro de 2017, 29,7% dos depósitos com prazos superiores a um ano permitiam reforços (35%, em dezembro de 2016), proporção que compara com 18,8% no caso dos depósitos com prazos até um ano (20%, em dezembro de 2016). Dos depósitos que possibilitavam o reforço dos montantes aplicados, 64,4% exigiam um montante mínimo (entre um e 50 euros) para efetuar esse reforço e todos permitiam a mobilização antecipada dos fundos aplicados. No final de 2017, a possibilidade de reforço dos montantes aplicados era mais frequente nos canais tradicionais (23,1% dos depósitos) do que nos canais digitais (14,5% dos depósitos). Todos os depósitos comercializados nos canais digitais que permitiam o reforço dos montantes aplicados exigiam um montante mínimo para efetuar esse reforço, enquanto nos canais tradicionais os depósitos com esta exigência correspondiam a 55,6%. 32

35 Gráfico I.1.12 Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral, por possibilidade de reforço Dezembro de 2015 a dezembro de ,0% 22,5% 20,6% 77,0% 77,5% 79,4% Dez Dez Dez Não permite reforços Permite reforços Gráfico I.1.13 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo e por possibilidade de reforço Dezembro de M 3M 6M 1A 2A 3A 4A 5A Não permite reforços Permite reforços Gráfico I.1.14 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por possibilidade de reforço e por canal de comercialização Dezembro de ,1% 76,9% Canais tradicionais Não permite reforços Permite reforços 14,5% 85,5% Canais digitais Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral 33

36 Mais de metade dos depósitos a prazo simples para o público em geral (53,2%) permitia a sua renovação. Em dezembro de 2017, 53,2% dos depósitos a prazo simples permitiam a renovação, uma proporção ligeiramente superior à do ano anterior (51,7%). Esta evolução resulta da diminuição da oferta de depósitos que permite a renovação ter sido menos significativa do que a redução do número de depósitos comercializados que não permite essa renovação. A possibilidade de renovação dos depósitos não variou de forma significativa em função do prazo. Em dezembro de 2017, 53,6% dos depósitos com prazos até um ano permitiam renovação (52,5%, em dezembro de 2016) e nos depósitos com prazos superiores a um ano esta proporção foi de 51,4% (47,5%, em dezembro de 2016). Em dezembro de 2017, os 116 depósitos que permitiam renovações, 96,6% renovava por um período igual ao seu prazo inicial. Em contrapartida, três depósitos com prazo igual ou superior a um ano renovavam por período inferior ao seu prazo inicial (um por um mês e dois por seis meses) e um depósito a três meses renovava por período superior ao seu prazo inicial (por um ano). Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Em dezembro de 2017, a quase totalidade dos depósitos simples para o público em geral que possibilitava a renovação podia ser mobilizada antecipadamente (cerca de 97%, percentagem semelhante à de 2016). Apenas quatro dos depósitos renováveis não possibilitava a mobilização antecipada. Dos depósitos que possibilitavam a renovação e a mobilização antecipada, 63,4% impunham uma penalização total de juros em caso de mobilização antecipada (50,4%, em 2016) e 32,1% impunham uma penalização parcial (45,4%, em 2016). Em dezembro de 2017, a possibilidade de capitalização de juros foi mais frequente nos depósitos que permitiam a renovação (58,6% dos depósitos), do que nos depósitos que não ofereciam esta opção (4,9%). A possibilidade de renovação do depósito era, no final de 2017, independente do canal de comercialização, uma vez que a proporção de depósitos que possibilitavam a renovação foi de 53,2% tanto nos canais tradicionais como nos canais digitais. Todos os depósitos com possibilidade de renovação, em comercialização no canal digital no final de 2017, permitiam a mobilização antecipada dos montantes aplicados, cinco dos quais sem penalização dos juros corridos e não pagos. Por outro lado, dos depósitos com possibilidade de renovação em comercialização nos canais tradicionais, existiam quatro que não permitiam a mobilização antecipada dos montantes aplicados. 34

37 Gráfico I.1.15 Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral, por possibilidade de renovação Dezembro de 2015 a dezembro de ,5% 51,7% 53,2% 39,5% 48,3% 46,8% Dez Dez Dez Não permite renovações Permite renovações Gráfico I.1.16 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo e por possibilidade de renovação Dezembro de M 3M 6M 1A 2A 3A 4A 5A Não permite renovações Permite renovações Gráfico I.1.17 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por possibilidade de renovação e por canal de comercialização Dezembro de ,2% 53,2% 46,8% 46,8% Canais tradicionais Não permite renovações Permite renovações Canais digitais Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral 35

38 1.6 Taxas de remuneração 7 A comparação entre as taxas de remuneração praticadas pelas instituições de crédito nos depósitos a prazo deve ter em conta que, além de diferentes prazos, estas taxas têm associadas diversas caraterísticas, designadamente em termos de montantes mínimos de constituição, periodicidade de pagamento de juros, condições de mobilização antecipada, possibilidade de capitalização de juros, de renovação ou de reforço ou ainda diferentes canais de comercialização (tradicional ou digital). Podem também destinar-se exclusivamente a novos clientes ou novos montantes aplicados junto da instituição de crédito. As taxas de remuneração voltaram a diminuir em todos os prazos. Em 2017, as taxas de remuneração médias dos depósitos mantiveram a trajetória de redução verificada desde Face a 2016, as taxas de remuneração médias diminuíram em todos os prazos, destacando-se as reduções nos prazos de três anos e cinco anos (menos 0,2 pontos percentuais e menos 0,15 pontos percentuais, respetivamente). Nos depósitos com prazos até um ano, os decréscimos foram iguais ou inferiores a 0,12 pontos percentuais. Na generalidade dos prazos, os decréscimos da TANB média verificados entre dezembro de 2016 e dezembro de 2017 são menos acentuados dos que os verificados em igual período de 2016, face a Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho Em dezembro de 2017, a taxa de remuneração mediana foi de 0,2%, nos prazos de três meses, seis meses e um ano, e de 0,15% no prazo de um mês. O prazo de três meses foi o que apresentou uma maior amplitude das taxas praticadas, enquanto o prazo de um mês apresentou a menor amplitude. No final de 2017, 81,7% dos depósitos a prazo simples apresentavam uma taxa de remuneração igual ou inferior a 0,5%. O peso relativo dos depósitos com taxas de remuneração mais reduzidas continuou a aumentar em 2017, face ao final de Dos depósitos comercializados em dezembro de 2017, 93,1% apresentavam uma taxa igual ou inferior a 1% (o que compara com 90,4%, em 2016) e 81,7% tinham uma TANB igual ou inferior a 0,5% (72% em 2016). Em 2017, 10,1% dos depósitos apresentavam uma TANB nula (7,9% em 2016) 8 e apenas um depósito tinha uma taxa superior a 2%. A diminuição das taxas de remuneração médias dos depósitos continuou a verificar-se num contexto de redução das taxas de juro de referência do mercado interbancário. Face a dezembro de 2016, estas taxas reduziram-se em quase todas as maturidades, com exceção dos prazos 7. Na comparação de taxas de remuneração é utilizada a taxa anual nominal bruta (TANB) ou a TANB média no caso dos depósitos com mais do que uma TANB. A TANB média corresponde à média das diferentes TANB aplicáveis ao longo do prazo do depósito, ponderadas pelos respetivos prazos de vigência. Na oferta relativa a leilões, em que a taxa pode assumir um valor num dado intervalo, foi considerada a taxa mais elevada. 8. Recorda-se que, de acordo com o quadro normativo vigente em Portugal (Aviso n.º 6/2009), as instituições de crédito têm de garantir o capital aplicado no vencimento do depósito ou aquando da mobilização antecipada, se permitida. Assim, não podem ser aplicadas taxas de juro negativas nos depósitos. Os casos em que a taxa de remuneração é nula podem corresponder a situações em que o cliente não cumpriu determinadas condições.

39 de um mês, três anos e quatro anos. Em dezembro de 2017, as taxas de referência do mercado interbancário eram negativas para todos os prazos, com exceção dos prazos de quatro anos e cinco anos. As taxas de juro médias continuaram a ser superiores às taxas de referência do mercado interbancário em todos os prazos. Todavia, no final de 2017, verificou-se uma redução do diferencial entre a taxa de juro média e a taxa de referência em todos os prazos, face ao final de A redução do diferencial, face ao ano anterior, foi mais acentuada nos prazos de três anos e quatro anos (menos 0,25 pontos percentuais e menos 0,24 pontos percentuais, respetivamente). Gráfico I.1.18 Evolução das taxas de remuneração médias dos depósitos a prazo simples para o público em geral, por prazo Dezembro de 2015 a dezembro de ,2% 1,0% 0,8% 0,6% 0,4% 0,2% 0,0% 1M 3M 6M 1A 2A 3A 4A 5A TANB média Dez TANB média Dez TANB média Dez Gráfico I.1.19 Distribuição das taxas de remuneração dos depósitos a prazo simples para o público em geral, para os prazos até um ano Dezembro de ,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% 1M 3M 6M 1A Máximo 3.º quartil Mediana 1.º quartil Mínimo Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral 37

40 Gráfico I.1.20 Depósitos a prazo simples para o público em geral, por taxa de remuneração praticada Dezembro de ,0% 60 N.º de depósitos ,5% 0,0% M 3M 6M 1A 2A 3A 4A 5A -0,5% [0%; 0,5%] (escala da esquerda) ]0,5%; 1%] (escala da esquerda) ]1%; 2%] (escala da esquerda) ]2%; 3%] (escala da esquerda) TANB média dos depósitos (escala da direita) Euribor/taxa swap (escala da direita) Gráfico I.1.21 Evolução dos diferenciais das taxas de remuneração médias face às taxas de referência nos depósitos a prazo simples para o público em geral Dezembro de 2015 a dezembro de ,4% 0,40 0,2% 0,20 Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho ,0% -0,2% -0,4% -0,6% -0,8% -1,0% 1M 3M 6M 1A 2A 3A 4A 5A Taxas de referência em dez (escala da esquerda) Taxas de referência em dez (escala da esquerda) Taxas de referência em dez (escala da esquerda) Variação do diferencial entre dez e dez (escala da direita) Variação do diferencial entre dez e dez (escala da direita) A taxa de juro média dos depósitos comercializados nos canais tradicionais foi mais elevada do que a dos depósitos disponibilizados exclusivamente nos canais digitais, em todos os prazos. No final de 2017, este diferencial variou entre 0,1 pontos percentuais, no prazo de um mês, e 0,26 pontos percentuais, no prazo de seis meses. As reduções nas taxas de juro médias nos prazos de seis meses e um ano verificadas nos canais tradicionais, em 2017, foram superiores às registadas nos canais digitais, face ao ano anterior. Nos prazos de um mês e três meses, as alterações nas taxas de juro médias foram pouco significativas em ambos os canais de comercialização. No final de 2017, a taxa de juro média mais elevada verificou-se no prazo de três meses, tanto nos canais tradicionais como nos canais digitais. A taxa de remuneração mediana foi crescente com o prazo nos depósitos comercializados em exclusivo nos canais digitais, ao contrário do que aconteceu nos depósitos comercializados nos 0,00-0,20-0,40-0,60-0,80-1,00 Pontos percentuais

41 canais tradicionais. Nos prazos mais representativos (um mês, três meses, seis meses e um ano), as taxas de juro medianas estavam compreendidas entre 0,20% e 0,25%, no canal tradicional, e entre 0,05% e 0,25%, no canal digital. O prazo de três meses foi o que apresentou uma maior dispersão de taxas em ambos os canais de comercialização: no canal tradicional, com uma taxa de juro mínima nula e uma máxima de 2,25% e, no canal digital, com taxa de juro mínima nula e máxima de 2%. As taxas de juro mínimas foram zero em todos os prazos e em ambos os canais de comercialização. As TANB máximas foram maiores nos canais tradicionais do que nos canais digitais em todos os prazos, o mesmo sucedendo com as TANB medianas, com exceção do prazo de um ano. A proporção de depósitos com taxa de remuneração igual ou inferior a 0,5%, em 2017, foi maior nos depósitos comercializados nos canais digitais (95,2%) do que nos depósitos disponibilizados nos canais tradicionais (76,3%). Os depósitos com TANB nula foram também mais frequentes nos canais digitais (11,3%) do que nos canais tradicionais (9,6%). Gráfico I.1.22 Evolução das taxas de remuneração médias, por prazo (até um ano) e por canal de comercialização Dezembro de 2015 a dezembro de 2017 TANB média dos depósitos nos canais tradicionais TANB média dos depósitos nos canais digitais 0,8% 0,7% 0,6% 0,5% 0,4% 0,3% 0,2% 0,1% 0,0% 1M 3M 6M 1A 1M 3M 6M 1A Dez Dez Dez Gráfico I.1.23 Distribuição das taxas de remuneração dos depósitos a prazo simples para o público em geral, para prazos até um ano, por canal de comercialização Dezembro de ,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% 1M 3M 6M 1A 1M 3M 6M 1A Canal tradicional Canal digital Evolução dos depósitos a prazo simples para o público em geral 39

42 Caixa 1 Depósitos a prazo simples para novos clientes e novos montantes Os depósitos a prazo simples para novos clientes e novos montantes são depósitos que têm como objetivo a captação de clientes e recursos pelas instituições de crédito, apresentando, por isso, uma taxa de juro superior à da restante oferta. No final de 2017, dez instituições comercializaram 24 depósitos para novos clientes e novos montantes, mais quatro depósitos do que em igual período de Os prazos reduzidos foram os mais frequentes, correspondendo a 87,5% da oferta (seis depósitos com prazo de três meses, onze depósitos com prazo de seis meses e quatro depósitos com prazo de um ano), mas perderam importância face ao ano anterior, em que representaram 90% da oferta. Foram também comercializados dois depósitos com prazo de dois anos e um com maturidade de três anos. Dos 24 depósitos dirigidos a novos clientes ou novos montantes comercializados em 2017, 19 permitiam a mobilização antecipada total ou parcial dos fundos, três apenas possibilitavam a mobilização antecipada total e outros dois não permitiam a mobilização antecipada. A maioria dos depósitos para novos clientes ou novos montantes pagava juros apenas no vencimento (79,2%, que compara com 75% em 2016). Três depósitos tinham pagamento intercalar de juros (trimestral, semestral e anual) e dois, com prazo de três meses, tinham pagamento antecipado de juros. Estes dois depósitos são também os que não permitem mobilização antecipada dos fundos. A maioria destes depósitos continuou a não permitir renovações, por se destinarem a um momento específico de captação ou reforço da relação bancária. Todavia, em dezembro de 2017, sete depósitos para novos clientes ou novos montantes permitiam a renovação, cinco dos quais comercializados pela mesma instituição. Nenhum dos depósitos permitia ao cliente o reforço dos montantes aplicados, à semelhança do que se verificou em Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Os depósitos destinados a novos clientes ou novos montantes têm frequentemente montantes mínimos de constituição relativamente exigentes. Em dezembro de 2017, todos os depósitos apresentaram montantes mínimos de constituição iguais ou superiores a 500 euros, à semelhança do que se verificou em 2016, e dez tinham montantes mínimos de constituição iguais ou superiores a dez mil euros. Por outro lado, todos os depósitos apresentaram também montantes máximos de constituição. Dos 24 depósitos comercializados em 2017, o montante máximo de constituição mais reduzido era de dez mil euros e seis tinham montante máximo de 500 mil euros. Os depósitos dirigidos a novos clientes ou novos montantes apresentaram, em média, taxas de remuneração superiores às da restante oferta, nos prazos analisados. No final de 2017, este diferencial variou entre 1,44 pontos percentuais, no prazo de três meses, e 0,71 pontos percentuais, no prazo de seis meses. O diferencial verificado em 2017 foi menos acentuado do que o verificado em 2016, para a maioria dos prazos, com exceção dos prazos de dois e três anos. Dos depósitos para novos clientes ou novos montantes, três eram comercializados em exclusivo nos canais digitais, dois deles pela mesma instituição. Estes três depósitos tinham prazo igual ou inferior a seis meses e montantes mínimos de constituição de mil euros, cinco mil euros e dez mil euros. Todos tinham igualmente montantes máximos de constituição, entre os dez mil euros e os 100 mil euros. Nenhum destes depósitos permitia a renovação e a maioria pagava juros no vencimento. A TANB média destes depósitos foi semelhante à dos restantes depósitos para novos clientes/montantes. 40

43 Gráfico C1.1 Taxas de remuneração médias dos depósitos exclusivos para novos clientes e novos montantes e diferenciais face à restante oferta dos depósitos a prazo simples para o público em geral Dezembro de ,5% 2,00 2,0% 1,44 1,50 TANB média 1,5% 1,0% 0,71 0,76 0,87 1,05 1,00 0,5% 0,50 0,0% 3M 6M 1A 2A 3A 0,00 TANB média dos depósitos simples para novos clientes/montantes (escala da esquerda) TANB média dos restantes depósitos a prazo simples para o público em geral (escala da esquerda) Diferencial (pp) (escala da direita) 2 Depósitos a prazo simples com condições especiais Os depósitos a prazo simples com condições especiais destinam-se a grupos de clientes com certas caraterísticas ou a uma determinada finalidade. As condições especiais podem estar relacionadas com critérios como a idade, a residência (i.e. emigrantes), o género, a detenção de outros produtos bancários ou cumprimento de condições de vinculação (i.e. vendas associadas facultativas) ou com finalidades específicas (e.g. reforma, habitação, condomínios). Alguns destes depósitos inserem-se em regimes jurídicos específicos, como é o caso das contas poupança-habitação, poupança-reforma ou poupança-condomínio. Outros depósitos enquadram-se na política comercial da instituição de crédito. Quadro I.2.1 Tipos de depósitos a prazo com condições especiais Jovens Emigrantes Vendas associadas Reformados (regime específico) Para clientes jovens que, dependendo da política comercial da instituição, podem ter até 30 anos. Para clientes com nacionalidade portuguesa a residir no estrangeiro. Para clientes que tenham outros produtos ou serviços financeiros na mesma instituição de crédito, que cumpram outras condições de vinculação (e.g. domiciliação de ordenado/pensão, extrato digital, cartão de débito, cartão de crédito, carteira de títulos) ou que estejam ao abrigo de protocolos. Dirigidos a pessoas singulares em situação de reforma e cujo valor mensal da reforma não excede, no momento da constituição do depósito, o montante equivalente a três vezes o salário mínimo nacional. Estes depósitos estão abrangidos por um regime especial de isenção de imposto sobre os juros de um montante aplicado que não ultrapasse um valor definido anualmente no Orçamento de Estado (Decreto-lei n.º 138/86 de 14 de junho). Depósitos a prazo simples com condições especiais 41

44 Seniores (política comercial) Habitação Condomínios Outros públicos Dirigidos a clientes com idade superior a 55 anos, disponibilizados no âmbito da política comercial da instituição de crédito (ou seja, não enquadrados em regime jurídico específico). Que têm como objetivo a constituição de poupança com vista à aquisição, construção, recuperação, beneficiação ou ampliação de prédio ou frações de prédio para habitação própria e permanente ou para arrendamento, bem como amortizações extraordinárias de empréstimos. A utilização de fundos provenientes destas contas proporciona reduções com os encargos dos atos notariais e do registo predial respeitantes à aquisição de habitação própria permanente (Decreto-lei n.º 27/2001 de 3 de fevereiro). Destinados exclusivamente à constituição de um fundo de reserva para a realização de obras de conservação ordinária, de conservação extraordinária e de beneficiação, nas partes comuns dos prédios em regime de propriedade horizontal. A movimentação destes depósitos só pode ser feita pelos administradores de condomínio ou pelos condóminos autorizados em assembleia para o efeito (Decreto-lei n.º 269/94 de 25 de outubro). Para grupos específicos (e.g. mulheres ou depósitos que apenas podem ser subscritos na data de aniversário do cliente). Em dezembro 2017, foram comercializados 105 depósitos a prazo simples com condições especiais por 14 instituições de crédito. Destes depósitos, quatro eram disponibilizados em exclusivo nos canais digitais de quatro instituições, um dirigido a jovens e os restantes três associados à contratação de outros produtos junto da instituição (vendas associadas facultativas). Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho Os depósitos com condições especiais comercializados em dezembro de 2017 correspondiam a 32,5% do total de depósitos a prazo simples, acima dos 29% verificados em dezembro de O número de depósitos comercializados nas várias categorias manteve-se relativamente estável, sendo o aumento da oferta de depósitos com condições especiais, face ao final de 2016, justificado sobretudo pelo crescimento da oferta para outros públicos (mais seis depósitos), que incluem os depósitos que apenas podem ser subscritos no dia de aniversário do cliente ou que se destinam exclusivamente a mulheres. No final de 2017 assistiu-se a um aumento da importância dos depósitos com condições especiais, face a A categoria mais representativa continuou a ser a dos depósitos para jovens (28,6%). No final de 2017, os depósitos para jovens continuaram a ser a categoria com maior peso relativo, correspondendo 28,6% dos depósitos com condições especiais. A segunda categoria com maior peso relativo era a dos depósitos para emigrantes (17,1%), seguida dos depósitos destinados a clientes que tinham outros produtos ou serviços financeiros na mesma instituição de crédito (vendas associadas facultativas), categoria que, em dezembro de 2017, representava 16,2% dos depósitos com condições especiais. Em dezembro de 2017, os depósitos para reformados e seniores representavam, respetivamente, 13,3% e 7,7% da oferta de depósitos com condições especiais. Com peso mais reduzido, surgem os depósitos com finalidade de habitação (5,7%), para condomínios (1,9%). Os depósitos destinados a outros públicos representaram 9,5% dos depósitos em comercialização no final de 2017.

45 Gráfico I.2.1 Evolução dos depósitos a prazo simples com condições especiais Dezembro de 2015 a dezembro de ,8% 4,1% 4,3% 3,1% 7,1% 7,1% 6,4% 9,2% 9,5% 1,9% 5,7% 7,7% 17,0% 13,3% 13,3% 21,3% 16,3% 16,2% 19,1% 17,3% 17,1% 22,0% 29,6% 28,6% Dez Dez Dez Jovens Emigrantes Vendas associadas Reformados (regime especial) Seniores (política comercial) Habitação Condomínios Outros públicos 2.1 Depósitos para jovens No final de 2017, dez instituições de crédito comercializavam 30 depósitos destinados a jovens, correspondendo a 28,6% dos depósitos com condições especiais. Em dezembro de 2017, 90% dos depósitos dirigidos a jovens apresentavam um prazo curto, igual ou inferior a um ano, e 86,7% dos depósitos tinham um montante mínimo de constituição reduzido, igual ou inferior a 500 euros, proporções semelhante às verificadas em Dos depósitos para jovens comercializados em 2017, 90% permitiam a mobilização antecipada de fundos, em linha com o ano anterior, dos quais a quase totalidade (96,3%) impunha a penalização total ou parcial dos juros corridos e não pagos. À semelhança do que aconteceu no final de 2016, em dezembro de 2017 havia três depósitos destinados a jovens não mobilizáveis antecipadamente, com prazos de seis meses, um ano e três anos, todos comercializados pela mesma instituição de crédito. Em dezembro de 2017, a maioria dos depósitos para jovens pagava juros na data de vencimento (80%, que compara com 86,2% em 2016), possibilitava o reforço dos montantes aplicados (83,3%, que compara com 86,2%, em 2016) e tinha opção de renovação de depósito (86,7%, proporção que compara com 89,7%, no ano anterior). Nestas caraterísticas, os depósitos para jovens tornaram-se menos flexíveis do que no final de Em relação aos depósitos para o público em geral, os depósitos para jovens comercializados no final de 2017 tinham mais frequentemente prazos mais curtos e montantes mínimos de constituição menos exigentes, uma vez que estes depósitos têm como objetivo promover a poupança dos clientes mais jovens. Estes depósitos tinham pagamento de juros no vencimento mais frequentemente e apresentavam uma maior flexibilidade, em termos de possibilidade de reforço e de renovação, do que os depósitos para o público em geral. Contudo, a proporção de depósitos que permitia a mobilização antecipada dos montantes aplicados era ligeiramente mais baixa nos depósitos destinados a jovens do que nos depósitos para o público em geral. Depósitos a prazo simples com condições especiais 43

46 Em dezembro de 2017, a quase totalidade dos depósitos para jovens tinha uma TANB igual ou inferior a 0,5% (93,3%), o que compara com 81,7% nos depósitos para o público em geral, e apenas um depósito tinha TANB nula. Cerca de 77% dos depósitos para jovens apresentavam uma taxa de remuneração inferior à TANB média dos depósitos para o público em geral, para o mesmo prazo (69%, em 2016). Em contrapartida, em dezembro de 2017 foi comercializado um depósito com prazo de três meses dirigido a jovens com uma taxa de remuneração de 4%. Este depósito impunha um limite máximo de constituição de mil euros e uma restrição temporal à sua constituição. No final do ano, foi comercializado apenas um depósito para jovens em exclusivo nos canais digitais. Este depósito apresentava caraterísticas semelhantes às dos depósitos para jovens comercializados nos canais tradicionais, nomeadamente um prazo reduzido (3 meses), montante mínimo de constituição reduzido (250 euros), pagamento de juros no vencimento e possibilidade de mobilização antecipada, de reforço dos montantes aplicados e de renovação. A taxa de remuneração deste depósito foi de 0,25%. Quadro I.2.2 Comparação entre as principais caraterísticas dos depósitos para jovens e dos depósitos para o público em geral Dezembro de 2017 Depósitos para jovens Depósitos para o público em geral Dez Dez Dez Prazo igual ou inferior a um ano 89,7% 90,0% 83,0% Montante mínimo de constituição igual ou inferior a 500 euros 86,2% 86,7% 62,3% Possibilidade de mobilização antecipada 89,7% 90,0% 92,2% Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Pagamento de juros apenas no vencimento 86,2% 80,0% 77,5% Possibilidade de realização de reforços 86,2% 83,3% 20,6% Possibilidade de renovação 89,7% 86,7% 53,2% TANB igual ou inferior a 0,5% 69,0% 93,3% 81,7% Gráfico I.2.2 Comparação entre as taxas de remuneração dos depósitos para jovens e dos depósitos para o público em geral, por prazo Dezembro de ,5% 4,0% 1,0% 0,5% 0,0% 3M 6M 1A 2A 3A 5A TANB dos depósitos para jovens TANB média dos depósitos para o público em geral 44

47 2.2 Depósitos para emigrantes No final de 2017, estavam a ser comercializados 18 depósitos para emigrantes por cinco instituições de crédito, representando 17,1% do total de depósitos com condições especiais. Em dezembro de 2017, em 77,8% dos depósitos para emigrantes os prazos eram iguais ou inferiores a um ano (76,5%, em 2016), tendo sido comercializados apenas quatro depósitos com prazo superior a um ano (três com prazo de três anos e um com prazo de cinco anos), à semelhança do que aconteceu no ano anterior. No final de 2017, 77,8% dos depósitos para emigrantes apresentavam um montante mínimo de constituição igual ou inferior a 500 euros (76,5% em 2016). Foram comercializados quatro depósitos com um montante mínimo de constituição superior a 500 euros, incluindo um depósito com montante mínimo de constituição de cinco mil euros e outro com um montante mínimo de constituição de 25 mil euros. A maioria dos depósitos para emigrantes comercializados no final de 2017 permitia a mobilização antecipada dos montantes, representando 88,9% dos depósitos desta categoria, percentagem semelhante à registada no ano anterior. Contudo, no final de 2017 existiam dois depósitos, com prazos de três e cinco anos e pagamento semestral de juros, que não possibilitavam a mobilização antecipada dos fundos. No final de 2017, a maioria dos depósitos para emigrantes tinha pagamento de juros no vencimento (55,6%), embora esta modalidade de pagamento tenha perdido importância, face ao final de 2016 (64,7%). A maioria não possibilitava reforços (77,8%) e todos permitiam renovações, tal como no ano anterior. No final de 2017, os depósitos destinados a emigrantes apresentavam montantes mínimos de constituição menos exigentes, possibilitavam a renovação e tinham pagamento de juros intercalares mais frequentemente do que os depósitos para o público em geral. Em contrapartida, eram menos frequentes os prazos de constituição mais curtos (iguais ou inferiores a um ano) e a possibilidade de mobilização antecipada. Todos os depósitos dirigidos a emigrantes apresentaram uma TANB igual ou inferior a 0,5%, o que compara com 81,7% no caso dos depósitos para o público em geral. A maioria (94,4%) apresentava uma TANB igual ou inferior a 0,15% e um terço tinha TANB nula. Apenas um depósito para emigrantes tinha uma TANB superior à taxa de remuneração média para o público em geral, para o mesmo prazo, tal como em Quadro I.2.3 Comparação entre as principais caraterísticas dos depósitos para emigrantes e dos depósitos para o público em geral Dezembro de 2017 Depósitos para emigrantes Depósitos para o público em geral Dez Dez Dez Prazo igual ou inferior a um ano 76,5% 77,8% 83,0% Montante mínimo de constituição igual ou inferior a 500 euros 76,5% 77,8% 62,3% Possibilidade de mobilização antecipada 88,2% 88,9% 92,2% Pagamento de juros apenas no vencimento 64,7% 55,6% 77,5% Possibilidade de realização de reforços 17,6% 22,2% 20,6% Possibilidade de renovação 100,0% 100,0% 53,2% TANB igual ou inferior a 0,5% 100,0% 100,0% 81,7% Depósitos a prazo simples com condições especiais 45

48 Gráfico I.2.3 Comparação entre as taxas de remuneração dos depósitos para emigrantes e dos depósitos para o público em geral, por prazo Dezembro de ,6% 0,5% 0,4% 0,3% 0,2% 0,1% 0,0% 1M 3M 6M 1A 3A 5A TANB dos depósitos para emigrantes TANB média dos depósitos para o público em geral 2.3 Depósitos com vendas associadas facultativas Os depósitos a prazo com condições especiais relacionadas com vendas associadas facultativas são dirigidos a clientes que detenham outros produtos e serviços financeiros comercializados pela instituição de crédito ou cumpram condições de vinculação, como, por exemplo, domiciliação de ordenado ou pensão, extrato digital, seguros, crédito à habitação, cartão de débito ou cartão de crédito. Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho Em dezembro de 2017, foram comercializados 17 depósitos com vendas associadas facultativas por oito instituições de crédito, correspondendo a 16,2% do total de depósitos com condições especiais. No final de 2017, 88,2% dos depósitos com vendas associadas facultativas apresentavam prazos relativamente curtos, iguais ou inferiores a um ano (93,8% em 2016). Foram comercializados apenas dois depósitos com maturidades mais longas (um com prazo de dois anos e outro com prazo de três anos). Os depósitos relacionados com vendas associadas facultativas tinham, em dezembro de 2017, montantes mínimos de constituição relativamente mais exigentes. Os depósitos com montantes mínimos de constituição iguais ou inferiores a 500 euros representavam 41,2% dos depósitos em comercialização no final do ano, o que compara com 56,3%, em Todos os depósitos permitiam a mobilização antecipada de fundos aplicados, à semelhança do que acontecia no final do ano anterior, embora 17,6% apenas permitissem a mobilização total. No final de 2017, os depósitos relacionados com vendas associadas estavam mais flexíveis nalgumas caraterísticas do que no ano anterior. Nestes depósitos, 76,5% tinham pagamento de juros no vencimento (81,3%, em 2016), 41,2% possibilitavam o reforço dos montantes aplicados (37,5%, em 2016) e 64,7% permitiam renovações (56,3%, em 2016). Em dezembro de 2017, os depósitos relacionados com vendas associadas facultativas apresentavam mais frequentemente prazos mais curtos e montantes de constituição mais exigentes do que os depósitos para o público em geral. Por outro lado, a proporção de depósitos com vendas associadas facultativas que permitia a mobilização antecipada de fundos, reforços e renovações foi mais elevada do que nos depósitos para o público em geral.

49 A maioria dos depósitos a prazo com condições especiais relacionadas com vendas associadas facultativas (76,5%) apresentavam uma taxa de remuneração igual ou inferior a 0,5%, proporção que compara com 81,7% nos depósitos para o público em geral. Apenas um depósito destinado a clientes que detêm outros produtos e serviços junto da instituição tinha uma taxa superior a 1%, em dezembro de No final deste ano, 41,2% dos depósitos com vendas associadas facultativas tinham uma TANB superior à taxa de remuneração média dos depósitos para o público em geral, para o mesmo prazo (37,5%, no final de 2016). Dos depósitos com vendas associadas facultativas em comercialização no final de 2017, três foram comercializados em exclusivo nos canais digitais, dois com um prazo reduzido (igual ou inferior a três meses) e um com prazo de dois anos. Destes depósitos, todos exigiam um montante mínimo de constituição, todos permitiam a mobilização antecipada dos montantes aplicados e apenas um possibilitava reforços. Em dezembro de 2017, todos os depósitos com vendas associadas facultativas em comercialização nos canais digitais pagavam juros no vencimento e tinham uma remuneração igual ou inferior a 0,75% Quadro I.2.4 Comparação entre as principais caraterísticas dos depósitos com vendas associadas e dos depósitos para o público em geral Dezembro de 2017 Depósitos com vendas associadas Depósitos para o público em geral Dez Dez Dez Prazo igual ou inferior a um ano 93,8% 88,2% 83,0% Montante mínimo de constituição igual ou inferior a 500 euros 56,3% 41,2% 62,3% Possibilidade de mobilização antecipada 100,0% 100,0% 92,2% Pagamento de juros apenas no vencimento 81,3% 76,5% 77,5% Possibilidade de realização de reforços 37,5% 41,2% 20,6% Possibilidade de renovação 56,3% 64,7% 53,2% TANB igual ou inferior a 0,5% 75,0% 76,5% 81,7% Gráfico I.2.4 Comparação entre as taxas de remuneração dos depósitos com vendas associadas e dos depósitos para o público em geral, por prazo Dezembro de ,2% 1,0% 0,8% 0,6% 0,4% 0,2% 0,0% 1M 3M 6M 1A 2A 3A TANB dos depósitos com vendas associadas TANB média dos depósitos para o público em geral Depósitos a prazo simples com condições especiais 47

50 2.4 Depósitos para reformados e seniores No final de 2017, foram comercializados 14 depósitos para reformados ao abrigo de regime específico 9, por seis instituições de crédito, correspondendo a 13,3% dos depósitos com condições especiais. Por outro lado, estavam a ser comercializados oito depósitos destinados ao público sénior, por duas instituições de crédito, representando 7,7% dos depósitos com condições especiais. Tal como aconteceu no final 2016, em dezembro de 2017, os depósitos para reformados e seniores concentravam-se exclusivamente nos prazos de seis meses e um ano. Os depósitos para seniores apresentaram montantes mínimos mais exigentes do que os depósitos para reformados. Em dezembro de 2017, tal como em 2016, todos os depósitos para reformados tinham montante mínimo de constituição igual ou inferior a 500 euros, enquanto, nos depósitos para seniores, esta proporção era de apenas 25%. Todos os depósitos para reformados e seniores comercializados em 2017 permitiam a mobilização antecipada de fundos, à semelhança do que aconteceu no ano anterior. Dos 14 depósitos para reformados, dois não impunham qualquer tipo de penalização de juros por mobilização antecipada, oito previam uma penalização parcial dos juros corridos e não pagos e quatro tinham penalização total de juros. Em contrapartida, todos os depósitos para seniores impunham uma penalização total de juros. Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho Em dezembro de 2017, 85,7% dos depósitos para reformados e 62,5% dos depósitos para seniores pagavam juros no vencimento (proporções que comparam com 92,3% e 66,7%, respetivamente, em 2016). Tal como no ano anterior, todos os depósitos para reformados e seniores possibilitavam ao cliente bancário o reforço dos montantes aplicados e renovações do depósito. Os depósitos para reformados tinham montantes mínimos de constituição menos exigentes e pagamento de juros no vencimento mais frequentemente do que os depósitos para o público em geral. Em contrapartida, os depósitos para seniores em comercialização no final de 2017 tinham montantes mínimos de constituição mais exigentes e pagavam juros intercalares mais frequentemente do que os depósitos para o público em geral. Em dezembro de 2017, 92,9% dos depósitos para reformados e 87,5% dos depósitos para seniores tinham uma TANB igual ou inferior a 0,5% (o que compara com 81,7% nos depósitos para o público em geral). No final do ano, estavam em comercialização três depósitos para reformados com TANB nula, enquanto nos depósitos destinados a seniores a TANB mais baixa era de 0,005%. Tanto nos depósitos para reformados como nos depósitos para seniores, apenas dois dos depósitos em comercialização no final do ano tinham uma TANB superior à taxa de remuneração média observada nos depósitos para o público em geral para os mesmos prazos (o que compara com três depósitos no final de 2016, em ambos os casos). 9. Decreto-lei n.º 138/86 de 14 de junho.

51 Quadro I.2.5 Comparação entre as principais caraterísticas dos depósitos para reformados e seniores e dos depósitos para o público em geral Dezembro de 2017 Depósitos para reformados Depósitos para seniores Depósitos para o público em geral Dez Dez Dez Dez Dez Prazo igual ou inferior a um ano 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 83,0% Montante mínimo de constituição igual ou inferior a 500 euros 100,0% 100,0% 22,2% 25,0% 62,3% Possibilidade de mobilização antecipada 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 92,2% Pagamento de juros apenas no vencimento 92,3% 85,7% 66,7% 62,5% 77,5% Possibilidade de realização de reforços 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 20,6% Possibilidade de renovação 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 53,2% TANB igual ou inferior a 0,5% 84,6% 92,9% 66,7% 87,5% 81,7% Gráfico I.2.5 Comparação entre as taxas de remuneração dos depósitos para reformados e seniores e dos depósitos para o público em geral, por prazo Dezembro de ,0 % 0,5 % 0,0 % 6M Reformados 1A 6M Seniores 1A TANB dos depósitos para reformados TANB dos depósitos para seniores TANB média dos depósitos para o público em geral 2.5 Depósitos com finalidades habitação e condomínios 10 Em dezembro de 2017, estavam a ser comercializados seis depósitos com finalidade habitação, por quatro instituições de crédito, e dois depósitos destinados a condomínios, por duas instituições de crédito (5,7% e 1,9%, respetivamente, do total de depósitos com condições especiais). 10. Decreto-lei n.º 27/2001, de 3 de fevereiro, no caso dos depósitos com finalidade habitação, e Decreto-lei n.º 269/94, de 25 de outubro, no caso dos depósitos para condomínios. Depósitos a prazo simples com condições especiais 49

52 No final do ano, todos os depósitos em comercialização destinados à habitação e condomínios tinham prazo igual a um ano, permitiam o reforço dos montantes aplicados, a renovação do depósito e a mobilização antecipada dos fundos, de acordo com o previsto nos regimes jurídicos das contas poupança-habitação e poupança-condomínio. A mobilização para os fins previstos nos regimes jurídicos apenas pode ocorrer após o prazo contratual mínimo de um ano de imobilização, pelo que estes depósitos têm geralmente associada uma penalização no pagamento dos juros caso o montante seja mobilizado para fins diferentes do legalmente previsto ou antes de decorrido o primeiro prazo contratual. Todos os depósitos com finalidade habitação e destinados a condomínios em comercialização em dezembro de 2017 tinham montantes mínimos de constituição reduzidos (iguais ou inferiores a 500 euros) e pagavam juros no vencimento, à semelhança do que aconteceu em Em dezembro de 2017, todos os depósitos com finalidade habitação e condomínios tinham TANB inferior a 0,5%, existindo dois depósitos com TANB nula, um com finalidade habitação e outro com finalidade condomínio. Quatro depósitos com finalidade habitação e os dois depósitos destinados a condomínios apresentavam, no final do ano, uma taxa de juro inferior à taxa média para o público em geral, no respetivo prazo (o que compara com cinco depósitos habitação e dois depósitos destinados a condomínios, em dezembro de 2016). Gráfico I.2.6 Comparação entre as taxas de remuneração dos depósitos com finalidades habitação e condomínios e dos depósitos para o público em geral, por prazo Dezembro de ,5% Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho ,4% 0,3% 0,2% 0,1% 0,0% 1A Habitação TANB dos depósitos habitação e condomínios TANB média dos depósitos para o público em geral 1A Condomínios 50

53 Caixa 2 Caraterísticas e riscos dos depósitos a prazo simples Os depósitos a prazo simples são comercializados por bancos, caixas económicas e caixas de crédito agrícola mútuo, que são as instituições de crédito autorizadas a captar fundos junto do público. Os depósitos caraterizam-se pela garantia do capital aplicado e por estarem abrangidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos 11. As caraterísticas específicas de cada depósito são detalhadas pela instituição de crédito na ficha de informação normalizada (FIN) do depósito. Este documento, que segue um modelo harmonizado, deve ser entregue ao cliente antes da contratação do depósito e visa facilitar o conhecimento das caraterísticas e riscos do depósito e a comparação das diferentes alternativas disponibilizados pelas instituições de crédito. Caraterísticas dos depósitos a prazo simples A FIN deve incluir informação sobre a taxa anual nominal bruta (TANB), que expressa a remuneração do depósito para o período de um ano, qualquer que seja o prazo do depósito. A TANB é nominal e por isso exclui os efeitos da inflação e da capitalização de juros (caso haja essa possibilidade), e é bruta, pois não considera os impostos a pagar pelo cliente sobre o valor dos juros. Para calcular o valor bruto dos juros deve multiplicar-se esta taxa pelo número de dias de juros e dividir-se por 360 dias, segundo a convenção de cálculo em vigor para depósitos em euros. No caso de haver diferentes taxas de juro aplicadas ao longo do prazo do depósito, a FIN deve também explicitar a TANB média, a qual deve ser considerada na comparação de diferentes depósitos. Os depósitos a prazo pressupõem a imobilização dos montantes aplicados durante a vigência do depósito. Contudo, existem depósitos não mobilizáveis antecipadamente, ou seja, aqueles que não permitem levantar os fundos até à data de vencimento do depósito, e depósitos que permitem a mobilização de fundos durante a vigência do depósito. No caso dos depósitos mobilizáveis antecipadamente, há casos em que apenas é permitida a mobilização do total dos montantes aplicados e outros em que pode ser mobilizada apenas uma parte dos fundos. A mobilização antecipada dos depósitos pode não implicar a perda dos juros corridos; todavia, na maioria dos depósitos está prevista uma penalização, total ou parcial, destes juros corridos, correspondentes ao período de tempo decorrido entre a constituição do depósito ou o último pagamento de juros e o momento da mobilização antecipada. Esta penalização não incide sobre juros já pagos. No caso de penalização total, o cliente não recebe os juros corridos e, no caso da penalização parcial, recebe apenas uma parte dos juros corridos. Os depósitos podem prever o pagamento dos juros na conta de depósito à ordem ou a capitalização de juros. Em caso de capitalização, os juros pagos no período são incorporados no montante do depósito, sobre o qual serão pagos juros no período seguinte. A taxa de juro efetiva dos depósitos com capitalização de juros é superior à dos depósitos sem capitalização, se todas as restantes caraterísticas forem iguais. A capitalização pode ser automática ou opcional, podendo o cliente, neste caso, optar pela capitalização de juros no momento da constituição do depósito. 11. O Fundo de Garantia de Depósitos é regulado pelo Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), tal como aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro. O Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo é regulado pelo Decreto-lei n.º 345/98, de 9 de novembro, e aplica-se aos depósitos constituídos junto das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo incluídas no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. As caraterísticas mais detalhadas da cobertura destes fundos podem ser consultadas no Portal do Cliente Bancário em Depósitos a prazo simples com condições especiais 51

54 Alguns depósitos permitem adicionar montantes ao capital que foi aplicado inicialmente durante o seu período de vigência. A FIN especifica frequentemente um montante mínimo e/ou máximo para este reforço do capital. Os depósitos a prazo podem não permitir renovações, podem renovar automaticamente no fim do prazo ou podem permitir a renovação no fim do prazo mediante indicação do cliente. A FIN deve conter informação sobre as condições da renovação, designadamente sobre a TANB a aplicar no novo período, o prazo e o número de vezes em que pode ocorrer a renovação. Riscos dos depósitos a prazo simples Os depósitos a prazo têm associados diferentes tipos de riscos, alguns dos quais dependem das suas caraterísticas específicas, como o prazo ou as condições de mobilização antecipada, que podem conferir um maior ou menor grau de flexibilidade ao cliente na aplicação da sua poupança. Quadro C2.1 Riscos dos depósitos a prazo simples Tipo de risco Nível de risco Descrição Risco de capital Nulo As instituições de crédito garantem o reembolso dos montantes aplicados na data de vencimento do depósito ou nas datas de mobilização antecipada, caso esta seja possível. Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Risco de crédito Nulo, até 100 mil euros, por instituição e depositante Em caso de falência ou insolvência da instituição, os depósitos têm a cobertura do Fundo de Garantia de Depósitos ou do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo até ao montante máximo de 100 mil euros, por instituição e depositante. Risco de remuneração Nulo, nos depósitos a taxa de juro fixa Nos depósitos a prazo simples a taxa de juro fixa, o risco de remuneração é nulo, pois o valor dos juros a receber pelo cliente é conhecido no momento de constituição do depósito. Risco de liquidez Risco cambial Risco de inflação Elevado, nos depósitos não mobilizáveis antecipadamente Nulo, nos depósitos mobilizáveis antecipadamente Médio a elevado, nos depósitos em moeda estrangeira Baixo, em períodos de estabilidade de preços Nos depósitos não mobilizáveis antecipadamente existe risco de liquidez, pois o cliente não pode levantar os montantes aplicados durante a vigência do depósito. Este risco é tanto maior quanto mais longo for o prazo do depósito. Nos depósitos mobilizáveis antecipadamente não existe risco de liquidez, pois o cliente pode levantar os fundos em qualquer momento. No caso dos depósitos noutra moeda que não o euro, os montantes depositados estão apenas garantidos na moeda estrangeira. Uma depreciação da moeda estrangeira entre os momentos de constituição e de vencimento do depósito pode originar perdas para o cliente que queira converter para euros o montante aplicado. O nível de risco cambial depende da volatilidade da moeda estrangeira em que é constituído o depósito. A TANB dos depósitos não considera o efeito da inflação, pelo que os juros recebidos podem não compensar o aumento dos preços, ou seja, os montantes depositados perdem o seu valor em termos reais. O risco de inflação é tanto maior quanto mais longo for o prazo do depósito. 52

55 II Depósitos indexados e duais 1 Evolução dos depósitos indexados e duais constituídos 2 Remuneração dos depósitos indexados e duais vencidos

56

57 Em 2017, foram comercializados 109 depósitos indexados e 28 depósitos duais. O número de depósitos indexados e duais comercializados em 2017 diminuiu, face a 2016, reforçando o decréscimo também verificado nesse ano. A diminuição da oferta de depósitos indexados e duais verificada nos últimos dois anos veio interromper os crescimentos apresentados entre 2012 e Em 2017, foram aplicados 1997,6 milhões de euros em depósitos indexados e duais por depositantes 1, valores que correspondem a diminuições de 36,5% e 43,7% respetivamente, face ao ano anterior. Em 2016, os montantes aplicados e o número de depositantes também tinham diminuído (menos 42,9%, e menos 42,5% respetivamente, face ao ano anterior), contrariando os crescimentos verificados entre 2012 e No ano de 2017, venceram-se 187 depósitos indexados e duais, que reembolsaram um montante de capital de 3426,2 milhões de euros. A remuneração bruta total dos depósitos indexados e duais vencidos neste ano foi de 82,1 milhões de euros. No final de 2017, o montante total aplicado neste tipo de depósitos era de 7432,3 milhões de euros, que compara com 8865,7 milhões de euros no final de 2016 (menos 16,2%). Esta evolução levou à redução da proporção dos depósitos indexados e duais no montante total aplicado por clientes bancários particulares em depósitos a prazo (de 9,2%, em 2016, para 8,1%, em 2017). Gráfico II.1 Número de depósitos indexados e duais comercializados Nota: Aos depósitos comercializados em 2017, acrescem quatro depósitos que, por não terem sido objeto de subscrição por parte de clientes bancários, não são tidos em consideração na análise do presente capítulo. 1. O número de depositantes corresponde ao número de subscrições de depósitos indexados e duais, sendo que o mesmo cliente pode efetuar várias subscrições. Depósitos indexados e duais 55

58 Gráfico II.2 Montantes aplicados em depósitos indexados e duais Milhões de euros ,6 4459,6 3143,5 2482,3 1997,6 759,4 351,4 1300, Gráfico II.3 Montantes aplicados em depósitos indexados e duais em final de período Milhões de euros ,3 8865,7 Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho ,9 960,5 2029,1 4080,4 Nota: Os montantes acumulados referem-se aos depósitos vivos em final de ano, constituídos desde 18 de novembro de 2009, data em que entrou em vigor o Aviso n.º 5/2009, que estabeleceu as caraterísticas dos depósitos indexados e duais e os deveres de informação a observar pelas instituições de crédito na sua comercialização. 7228, ,3 56

59 1 Evolução dos depósitos indexados e duais constituídos Em 2017, foram comercializados 137 depósitos indexados e duais, o que corresponde a uma redução de 23,5%, face ao ano anterior 2. Esta evolução deveu-se a uma diminuição dos depósitos indexados, uma vez que aumentou o número de depósitos duais comercializados. 1.1 Tipos de depósito e de depositantes Em 2017, assistiu-se a uma diminuição do número de depósitos indexados em comercialização, bem como à redução dos montantes aplicados neste tipo de depósitos. Em 2017, foram comercializados 109 depósitos indexados, menos 52 do que em 2016, correspondendo a uma diminuição de 32,3%. Esta redução reforça o decréscimo verificado em 2016 (menos 25,1%), que se seguiu aos aumentos verificados em 2015 e 2014 (mais 5,9% e mais 49,3%, respetivamente). A procura por depósitos indexados também teve um decréscimo em 2017, face a 2016, quer em termos de montantes aplicados (menos 45%), quer em termos de número de depositantes (menos 53,9%). Neste ano, depositantes aplicaram 1636,4 milhões de euros neste tipo de depósitos. Em 2017, foram comercializados 28 depósitos duais por três instituições de crédito, mais dez do que em 2016, o que corresponde a um aumento de 55,6%. Tal como nos anos anteriores, todos os depósitos duais comercializados tinham pelo menos uma componente de depósito simples e outra de depósito indexado. No ano de 2017, foram aplicados em depósitos duais 361,2 milhões de euros por depositantes, correspondendo a acréscimos de 115,2% e 120,2%, respetivamente, face a Estes crescimentos são mais moderados do que os verificados em 2016, face a 2015 (respetivamente, 128,5% e 175,4%). Em termos intra-anuais, verificou-se que a evolução da oferta de depósitos indexados não foi semelhante à da procura. A oferta deste tipo de depósitos foi idêntica em todos os trimestres, com exceção do terceiro trimestre de 2017 em que foi comercializado um maior número de depósitos indexados. Quanto à procura, verificou-se um crescimento dos montantes aplicados em depósitos indexados ao longo de 2017, tendo sido o quarto trimestre do ano o que registou o maior montante depositado (430,5 milhões de euros). Nos depósitos duais, a oferta e a procura apresentaram evoluções idênticas, tendo registado os valores mais elevados no segundo e quarto trimestres do ano. 2. A atuação fiscalizadora do Banco de Portugal em 2017 em relação aos depósitos indexados e duais é apresentada no Relatório de Supervisão Comportamental 2017, secção III.1.3. Em 2017, foram fiscalizados pelo Banco de Portugal 145 prospetos informativos, um número distinto do número de depósitos indexados e duais considerados na presente análise. Esta diferença é explicada por existirem depósitos cujos prospetos informativos são submetidos ao Banco de Portugal para efeitos de fiscalização, mas que depois não são comercializados pelas instituições de crédito, e por haver depósitos comercializados pelas instituições que não têm procura. Evolução dos depósitos indexados e duais constituídos 57

60 Quadro II.1.1 Evolução dos depósitos indexados e duais constituídos (a) Depósitos constituídos Número de depósitos ,9% -22,5% -23,5% constituídos (b) Indexados ,9% -25,1% -32,3% Duais ,5% 12,5% 55,6% Montante depositado 4459,6 5508,6 3143,5 1997,6 23,5% -42,9% -36,5% (milhões de euros) (c) Indexados 4405,4 5435,2 2975,7 1636,4 23,4% -45,3% -45,0% Duais 54,2 73,4 167,8 361,2 35,5% 128,5% 115,2% Número de ,1% -42,5% -43,7% depositantes (d) Indexados ,3% -45,2% -53,9% Duais ,4% 175,4% 120,2% Notas: (a) Informação recolhida dos prospetos informativos dos depósitos indexados e duais e do reporte periódico enviado pelas instituições de crédito sobre os montantes depositados, tipos de depositantes e remunerações pagas, efetuado de acordo com a Carta-Circular n.º 21/2010/DSB, de 5 de agosto. (b) A contabilização do número de depósitos duais considera as várias componentes de cada depósito dual como um único depósito. (c) Nos depósitos constituídos em moeda distinta do euro, os montantes depositados foram convertidos em euros com base nas taxas de câmbio publicadas pelo BCE nas respetivas datas de constituição. (d) O número de depositantes corresponde ao número de subscrições de depósitos indexados e duais, sendo que o mesmo cliente pode efetuar várias subscrições. Gráfico II.1.1 Número de depósitos indexados e duais constituídos Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho T1 T2 T3 T4 Média trimestral 2017 Depósitos indexados Depósitos duais 58

61 Gráfico II.1.2 Montantes depositados em depósitos indexados e duais Milhões de euros ,4 1358,8 42,0 743,9 90,3 80,9 109,9 77,9 92,6 409,1 384,0 401,6 420,3 430, T1 T2 T3 T4 Média trimestral 2017 Depósitos indexados Depósitos duais O montante médio por depositante aumentou (mais 19,2%) nos depósitos indexados, mas diminuiu nos depósitos duais (menos 2,3%). Em 2017, o montante médio por depositante aumentou no caso dos depósitos indexados (mais 19,2%), mas diminuiu nos depósitos duais (menos 2,3%). Nos depósitos indexados, o montante médio por depositante aumentou de euros, em 2016, para euros, em 2017, enquanto nos depósitos duais diminuiu de euros para euros. Em 2017, o montante médio por depositante foi superior nos depósitos indexados, à semelhança do que se verificou em Os depósitos indexados e duais continuaram a ser maioritariamente constituídos por particulares. No ano de 2017, apenas 0,6% dos depositantes foram empresas, à semelhança do ano anterior, ainda que a proporção dos montantes aplicados por empresas tenha aumentado ligeiramente, de 2,1%, em 2016, para 3%, em O montante médio depositado aumentou, tanto nos depósitos de empresas, como nos depósitos de particulares. No caso das empresas, verificou-se um aumento significativo, de euros, em 2016, para euros, em 2017 (mais 38,5%). No caso dos particulares, o montante médio depositado aumentou de euros, em 2016, para euros, em 2017 (mais 11,9%). Em ambos os casos, a evolução do montante médio depositado resulta de um decréscimo mais acentuado no número de depositantes do que nos montantes aplicados. Em 2017, observou-se um aumento do diferencial entre o montante médio aplicado por empresas e particulares, reforçando a tendência de crescimento verificada nos últimos quatro anos. Evolução dos depósitos indexados e duais constituídos 59

62 Gráfico II.1.3 Montante médio depositado, por depositante Euros Depósitos indexados Depósitos duais Gráfico II.1.4 Distribuição do número de depositantes e do montante depositado, por tipo de depositante ,8% 0,6% 0,6% 2,2% 2,1% 3,0% 99,2% 99,4% 99,4% 97,8% 97,9% 97,0% Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Gráfico II.1.5 Montante médio depositado em depósitos indexados e duais, por tipo de depositante Euros Número de depositantes Particulares Empresas Montantes Particulares Empresas

63 1.2 Moedas de denominação Na sua maioria, os depósitos indexados e duais foram denominados em euros. Os depósitos indexados e duais continuaram a ser maioritariamente constituídos em euros. Em 2017, dos 109 depósitos indexados comercializados, 92,7% foram denominados em euros, o que compara com 91,9%, em À semelhança dos anos anteriores, em 2017, a procura por depósitos em euros foi superior à oferta, dado que 97,2% dos montantes foram aplicados em depósitos indexados denominados em euros. No ano de 2017, foram comercializados sete depósitos indexados em dólares norte-americanos, correspondentes a 6,4% do número de depósitos indexados e a 2,7% dos montantes aplicados (8,1% e 2,6%, respetivamente, em 2016). Foi também constituído um depósito indexado em libras esterlinas, ao contrário do que se verificou nos dois anos anteriores, em que não foi constituído nenhum depósito indexado nesta moeda. Em 2017, a maioria dos depósitos duais comercializados foram constituídos em euros, correspondendo a 96,4% do número de depósitos e a 99,8% dos montantes aplicados. Foi ainda constituído um depósito dual em dólares norte-americanos, ao contrário do ano anterior, em que não foi constituído nenhum depósito dual nesta moeda. No ano de 2017, o montante médio por depositante nos depósitos indexados constituídos em euros foi de euros, o que compara com euros nos depósitos denominados em dólares norte-americanos. Nos depósitos duais, o montante médio nos depósitos denominados em euros foi de euros, inferior ao das constituições em dólares norte-americanos ( euros). Gráfico II.1.6 Distribuição do número de depósitos indexados e do montante depositado, por moeda de denominação ,9% 1,8% 2,6% 0,1% 8,8% 8,1% 6,4% 2,7% 91,2% 91,9% 92,7% 98,2% 97,4% 97,2% Número de depósitos Montantes Euros Dólares norte americanos Libras esterlinas Evolução dos depósitos indexados e duais constituídos 61

64 1.3 Prazos de vencimento A maioria dos depósitos indexados e duais tinha prazos entre um e dois anos. Em 2017, a maioria dos depósitos indexados e duais comercializados tinha maturidades compreendidas entre um e dois anos. Face a 2016, verificou-se um aumento significativo da importância destas maturidades, em detrimento dos depósitos com maturidades mais curtas e mais longas. A menor proporção de depósitos com prazos mais reduzidos está relacionada com o facto de algumas instituições, que usualmente tinham oferta neste prazos, terem deixado de comercializar depósitos indexados e duais. A diminuição da importância dos depósitos indexados com maturidades mais longas está relacionada com orientações transmitidas pelo Banco de Portugal às instituições de crédito em meados de No contexto de taxas de juro historicamente baixas, o Banco de Portugal transmitiu que não considera adequada a comercialização de depósitos indexados com prazos superiores a dois anos, tendo em conta que estes depósitos não são mobilizáveis antecipadamente e impedem os depositantes de reverem a sua aplicação de poupança durante um período de tempo alargado. Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Na sequência do cumprimento pelas instituições de crédito das referidas orientações, verificou- -se a redução da proporção de depósitos com maturidades superiores a dois anos, de 36,9%, em 2016, para 19,7%, em Neste ano, os depósitos com maturidades superiores a dois anos correspondiam, a depósitos duais constituídos por uma componente simples, com prazo reduzido e possibilidade de mobilização antecipada (na maioria dos casos, de prazo inferior a um mês), e cujo capital, findo este prazo, é aplicado num depósito indexado com prazo de dois anos. Foram também comercializados dois depósitos duais (um com prazo de três anos e outro com prazo de cinco anos) constituídos por uma componente indexada com prazo de dois anos e não mobilizável antecipadamente e por uma componente simples com prazo mais longo, mas com possibilidade de mobilização antecipada dos fundos aplicados. Nos depósitos com prazo até um ano, verificou-se uma diminuição do seu peso relativo, de 27,3%, em 2016, para 11,6%, em Em contrapartida, salienta-se o aumento da importância relativa dos depósitos com prazos entre um ano e um ano e meio (mais 10,6 pontos percentuais) e entre um ano e meio e dois anos (mais 22,3 pontos percentuais), face a A procura de depósitos com maturidades mais curtas e mais longas exibiu uma evolução semelhante à oferta. Em 2017, verificou-se uma redução significativa da importância relativa dos depósitos com prazos superiores a dois anos (menos 24,1 pontos percentuais), face ao ano anterior, enquanto nos depósitos com maturidades até um ano, o montante aplicado diminuiu de 14%, em 2016, para 1,1%, em Em sentido contrário, 48,6% dos montantes foram aplicados em depósitos indexados e duais com prazos entre um ano e um ano e meio, o que compara com 16,1% em 2016 (mais 32,5 pontos percentuais). Nos depósitos com maturidades compreendidas entre um ano e meio e dois anos foram aplicados, em 2017, 32,2% dos montantes, proporção que compara com 27,7%, em 2016 (mais 4,5 pontos percentuais). 62

65 Gráfico II.1.7 Distribuição do número de depósitos e do montante depositado, por prazo ,7 % 18,1 % 38,1 % 36,9 % 39,6 % 42,2 % 14,3 % 17,9 % 40,2 % 14,8 % 32,2 % 27,7 % 15,2 % 17,9 % 25,7 % 28,5 % 48,6 % 25,9% 16,1 % 22,3% 6,5% 19,2% 10,9% 13,5% 5,0% 0,7% 0,7% 0,5% 1,1% 0,02 % Número de depósitos Montantes até 6 meses ]6 meses; 1 ano] ]1 ano; 1,5 anos] ]1,5 anos; 2 anos] mais de 2 anos 1.4 Mercados dos indexantes A remuneração dos depósitos indexados e duais comercializados em 2017 está dependente da evolução de instrumentos ou variáveis económicas e financeiras dos mercados acionista, monetário e cambial. O mercado acionista continuou a ser o indexante mais frequente, reforçando o seu peso face a Em 2017, o mercado acionista continuou a ser o indexante mais frequente nos depósitos indexados e nas componentes indexadas dos depósitos duais constituídos, tendo o seu peso aumentado significativamente, face a 2016, contrariando a diminuição verificada nesse ano, face a Em 2017, foram comercializados 124 depósitos que tiveram como referência o mercado acionista, nos quais foram aplicados 1765,9 milhões de euros, o que corresponde a 90,5% do número de depósitos e a 88,4% dos montantes aplicados (67,1% e 65,8%, respetivamente, em 2016). À semelhança do que se verificou em 2016, neste ano, a oferta de depósitos que tiveram como referência o mercado acionista foi superior à procura. Os depósitos indexados e as componentes dos depósitos duais indexadas ao mercado acionista podem ter como referência uma ação ou um cabaz de ações. Estes depósitos podem também ter como referência um índice acionista ou um cabaz de índices. Em 2017, as instituições comercializaram 107 depósitos indexados ao mercado acionista que tinham como referência um cabaz de ações, correspondendo a 86,3% dos depósitos indexados exclusivamente a este mercado. Nestes depósitos foram aplicados 1530 milhões de euros, representando 86,7% dos montantes aplicados em depósitos indexados exclusivamente ao mercado acionista. Neste ano, o aumento da importância relativa da oferta deste tipo de depósitos não foi acompanhado pela procura, que decresceu ligeiramente, face ao ano anterior. Evolução dos depósitos indexados e duais constituídos 63

66 Nos depósitos indexados a índices acionistas, verificou-se, em 2017, uma diminuição do seu peso relativo. Foram comercializados nove depósitos com este tipo de indexante, correspondendo a 7,3% dos depósitos indexados ao mercado acionista e a 7,4% dos montantes aplicados. Em 2017, a importância relativa da oferta deste tipo de depósito reduziu-se significativamente, face a 2016, enquanto a procura se manteve relativamente estável. Durante este ano, as instituições comercializaram ainda seis depósitos indexados a um cabaz de índices acionistas, correspondendo, respetivamente a 4,8% e a 5,4% do número e montantes aplicados em depósitos com remuneração exclusivamente dependente da evolução do mercado acionista. Foram também comercializados dois depósitos indexados a um cabaz de exchange- -traded fund (ETF), representando 1,6% dos depósitos indexados ao mercado acionista e 0,5% dos montantes depositados. Neste ano, foram comercializados 11 depósitos que estavam indexados em simultâneo ao mercado acionista e ao mercado monetário, correspondendo a 228 milhões de euros, o que representa 8% da oferta e 11,4% dos montantes aplicados (4,5% e 13,5%, respetivamente, em 2016). Estes depósitos estavam indexados à evolução da Euribor e de um cabaz de ações. Foram ainda comercializados dois depósitos que tiveram um indexante do mercado cambial, correspondendo a 3,7 milhões de euros. Estes depósitos corresponderam a 1,5% da oferta e a 0,2% dos montantes aplicados, o que traduz uma perda significativa da importância relativa do mercado cambial, face a 2016, ano em que este foi o segundo mais frequente (com 15,6% da oferta e 10,1% dos montantes aplicados). Estes dois depósitos estavam indexados à taxa de câmbio do euro face ao dólar norte-americano. Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Ao contrário do que se verificou em 2016, não foi comercializado qualquer depósito indexado exclusivamente ao mercado monetário ou ao mercado das matérias-primas. Gráfico II.1.8 Distribuição do número de depósitos e do montante depositado, por mercado do indexante ,4% 1,5% 0,03 % 0,7% 3,5% 6,1% 4,0% 8,0% 8,2% 11,3% 6,7% 6,6% 12,6% 3,1% 15,6% 8,0% 10,1% 3,0% 4,5% 13,5% 72,3% 67,1% 90,5% Número de depósitos 76,9% 65,8% Montantes Acionista Acionista e monetário Cambial Monetário Matérias-primas Outros 0,2% 11,4% 88,4% 64

67 Gráfico II.1.9 Distribuição dos depósitos com remuneração indexada ao mercado acionista, por tipo de indexante ,8% 1,7% 1,6% 0,2% 2,4% 0,5% 0,1% 0,8% 3,6% 1,2% 4,8% 3,9% 0,8% 0,1% 5,4% 7,8% 15,6% 20,0% 7,3% 7,4% 77,8% 77,5% 86,3% 95,0% 89,7% 86,7% Número Montantes Cabaz de ações Índice acionista Cabaz de índices acionistas Cabaz de ETF Exchange-traded Traded fund Fund (ETF) (ETF) Cabaz de ações e índices acionistas Cabaz de fundos e índices acionistas Ação 1.5 Instituições depositárias Em 2017, 11 instituições comercializaram depósitos indexados e duais, número idêntico ao verificado em Em 2017, os depósitos indexados e duais foram comercializados por 11 instituições de crédito, número idêntico ao verificado em Neste ano, o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (Portugal), o BEST Banco Electrónico de Serviço Total, a Caixa Geral de Depósitos e o Deutsche Bank Aktiengesellschaft Sucursal em Portugal não comercializaram depósitos indexados e duais, ao contrário do que tinha acontecido em Por outro lado, o Bankinter, S. A. Sucursal em Portugal comercializou pela primeira vez este tipo de depósitos e o Banco BIC Português, o Banco de Investimento Global e a Caixa Económica Montepio Geral retomaram a comercialização de depósitos indexados e duais em 2017, depois de não terem oferecido este tipo de depósitos em O Banco Comercial Português foi a instituição de crédito que comercializou o maior número de depósitos indexados e duais em 2017 (49 depósitos), seguindo-se o Banco Santander Totta (17 depósitos), o Banco Invest (16 depósitos) e o Novo Banco (15 depósitos). Em termos de prazos, as instituições de crédito ajustaram a sua oferta, deixando de comercializar depósitos indexados, sem possibilidade de mobilização antecipada, com prazos superiores a dois anos, na sequência das orientações dadas pelo Banco de Portugal. Reduziu-se também o número de instituições que comercializaram depósitos com prazo de seis meses, sendo que apenas o Banco Privado Atlântico-Europa comercializou um depósito com este prazo. Evolução dos depósitos indexados e duais constituídos 65

68 Gráfico II.1.10 Número de depósitos indexados e duais constituídos, por instituição Banco BIC Português, S. A Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (Portugal), S. A. 8 Banco BPI, S. A. 7 Banco Comercial Português, S. A Banco de Investimento Global, S. A. 5 6 Banco Invest, S. A Banco L.J. Carregosa, S. A Banco Português de Gestão, S. A. 1 Banco Privado Atlântico Europa, S. A Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho Banco Santander Totta, S. A Banif Banco Internacional do Funchal, S. A. Bankinter S. A. Sucursal em Portugal 1 BEST Banco Electrónico de Serviço Total, S. A. 2 9 Caixa Económica Montepio Geral 3 Caixa Geral de Depósitos, S. A. 1 Deutsche Bank Aktiengesellschaft Sucursal em Portugal 1 4 Novo Banco dos Açores, S. A Novo Banco, S. A

69 Gráfico II.1.11 Número de depósitos indexados e duais constituídos, por instituição e prazo Banco BIC Português, S. A. 26 Banco Comercial Português, S. A Banco de Banco Invest, Investimento S. A. Global, S. A. 5 Banco L.J. Carregosa, S. A Banco Privado Atlântico Europa, S. A Banco Santander Totta, S. A. 1 Bankinter S. A. Sucursal em Portugal Caixa Económica Montepio Geral Novo Banco dos Açores, S. A. Novo Banco, S. A. [1 mês; 6 meses] ]6 meses; 1 ano] ]1 ano; 1,5 anos] ]1,5 anos; 2 anos] mais de 2 anos Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (Portugal), S. A Banco Banco Invest, Comercial S. A. Português, S. A Banco L.J. Banco Privado Carregosa, S. A. Atlântico Europa, S. A. 8 Banco Santander Totta, S. A. 2 BEST Banco Electrónico de Serviço Total, S. A. 32 Caixa Geral de Depósitos, S. A Deutsche Bank Aktiengesellschaft Sucursal em Portugal Novo Banco dos Açores, S. A. Novo Banco, S. A. [1 mês; 6 meses] ]6 meses; 1 ano] ]1 ano; 1,5 anos] ]1,5 anos; 2 anos] mais de 2 anos 2 Remuneração dos depósitos indexados e duais vencidos Cerca de metade dos depósitos indexados vencidos em 2017 pagaram a TANB mínima prevista no prospeto informativo, enquanto 21,3% pagaram a TANB máxima. Em 2017, venceram-se 187 depósitos indexados e duais, dos quais 141 depósitos indexados e 46 componentes (32 simples e 14 indexadas) de depósitos duais. Estes depósitos, em que tinham sido aplicados 3426,2 milhões de euros por depositantes, pagaram uma remuneração bruta global de 82,1 milhões de euros. Remuneração dos depósitos indexados e duais vencidos 67

70 Nos depósitos indexados vencidos em 2017 foi reembolsado um total de 3350,4 milhões de euros de capital a depositantes, dando origem a uma remuneração bruta global de 80,9 milhões de euros. Os depósitos indexados vencidos neste ano tinham prazos compreendidos entre os seis meses e os três anos e a sua taxa de remuneração (Taxa anual nominal bruta TANB) variou entre zero e 10,2% 3, com uma mediana de 0,3%. As 14 componentes indexadas de depósitos duais vencidas em 2017 reembolsaram 67,9 milhões de euros a 5542 depositantes e pagaram 1,2 milhões de euros de remunerações brutas. A taxa de remuneração destas componentes, com prazo de dois anos ou três anos, variou entre 0,25% e 2,83%, com uma mediana de 0,58%. As 32 componentes simples de depósitos duais pagaram 54,8 mil euros de remunerações. Destas componentes, 26 tinham um prazo reduzido, igual ou inferior a um mês, e não originaram reembolso de capital, pois este foi reaplicado automaticamente noutra componente do depósito indexado, como previsto contratualmente. Em 2017, 19 destas componentes tiveram uma TANB de 0,15%, enquanto as restantes sete tiveram uma taxa de remuneração de 0,25%. As restantes seis componentes, com prazos compreendidos entre os três meses e dois anos, reembolsaram 7,9 milhões de euros. Estas componentes tiveram uma TANB de 0,4%, à exceção de uma, que teve uma taxa de remuneração de 1%. Quadro II.2.1 Evolução dos depósitos indexados e duais vencidos (a) Depósitos vencidos Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho Número Depósitos indexados Componentes indexadas de depósitos duais Componentes simples de depósitos duais Montante reembolsado (milhões de euros) (b) 2324,0 4669,6 3426,2 Depósitos indexados 2308,5 4639,2 3350,4 Componentes indexadas de depósitos duais 2,0 26,6 67,9 Componentes simples de depósitos duais 13,5 3,8 7,9 Remunerações brutas (milhões de euros) 87,6 107,6 82,1 Depósitos indexados 86,9 106,5 80,9 Componentes indexadas de depósitos duais 0,3 1,0 1,2 Componentes simples de depósitos duais 0,4 0,1 0,0548 Número de depositantes (milhares) (c) 178,6 295,3 205,7 Depósitos indexados 176,3 292,4 200,2 Componentes indexadas de depósitos duais 2,3 2,9 5,5 Componentes simples de depósitos duais Notas: (a) Informação apurada a partir do reporte periódico enviado pelas instituições de crédito, sobre depósitos indexados e duais, efetuado de acordo com a Carta-Circular n.º 21/2010/DSB, de 5 de agosto. (b) Não inclui os montantes reembolsados em componentes simples de depósitos duais que tenham sido integralmente reaplicados noutra componente do depósito. Os montantes reembolsados não consideram montantes que tenham sido mobilizados antecipadamente. (c) O número de depositantes corresponde ao número de subscrições de depósitos indexados e duais, sendo que o mesmo cliente pode efetuar várias subscrições. No caso dos depósitos duais, de forma a evitar a duplicação do número de depositantes, assumiu-se que o número de depositantes reportado corresponde à componente indexada do depósito. 3. Esta TANB paga verificou-se num depósitos que não tinha TANB máxima prevista no prospeto informativo.

71 2.1 Depósitos indexados vencidos Em 2017, os 155 depósitos indexados vencidos (141 depósitos indexados e 14 componentes indexadas de depósitos duais) foram maioritariamente subscritos por clientes particulares (99,2%). Os prazos mais frequentes dos depósitos indexados vencidos foram o de três anos (30,3%) e o de um ano (25,8%), seguindo-se os prazos de dois anos (23,2%) e de um ano e meio (15,5%). Gráfico II.2.1 Distribuição do número dos depósitos indexados vencidos, por prazo ,9% 30,3% 6M 25,8% 1A 1,5A 2A 1,3% 2,5A 15,5% 3A 23,2% Dos 155 depósitos indexados vencidos em 2017, 124 depósitos (80%) estavam indexados à evolução do mercado acionista, correspondendo a 78,9% dos montantes aplicados em depósitos indexados vencidos neste ano. Dos restantes depósitos indexados vencidos, 20 estavam indexados ao mercado cambial (12,9%), seis ao mercado das matérias-primas (3,9%) e cinco ao mercado monetário (3,2%). Cerca de metade dos depósitos indexados vencidos neste ano (80 depósitos, correspondentes a 51,6% do total) auferiram a taxa de remuneração mínima indicada no respetivo prospeto informativo, dos quais 34 depósitos (21,9%) tiveram uma TANB nula. Por outro lado, 33 depósitos indexados vencidos (21,3%) pagaram a TANB máxima prevista no prospeto informativo, que variou entre 0,22% e 5,36%. Dos 155 depósitos indexados vencidos em 2017, 68 depósitos (43,9%) pagaram uma taxa de remuneração superior à TANB de depósito a prazo simples comercializado pela mesma instituição para o mesmo prazo e 132 depósitos (85,2%) apresentaram uma taxa de remuneração superior à taxa de referência do mercado interbancário, observada na data de constituição do depósito. Remuneração dos depósitos indexados e duais vencidos 69

72 Gráfico II.2.2 Distribuição do número de depósitos e do montante depositado dos depósitos indexados vencidos, por mercado do indexante 2017 Número Montante 3,9% 3,2% 11,7% 12,9% 6,1% 3,3% Acionista Cambial Matérias-primas Monetário 80,0% 78,9% Quadro II.2.2 Taxas de remuneração dos depósitos indexados vencidos 2017 TANB paga Mercado do indexante Total de depósitos Mínima prevista no prospeto dos quais: nula Máxima prevista no prospeto Número de depósitos Proporção Número de depósitos Proporção Número de depósitos Proporção Acionista ,2% 21 16,9% 26 21,0% Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Cambial ,0% 12 60,0% 6 30,0% Matérias-primas ,7% 1 16,7% 0 0,0% Monetário ,0% 0 0,0% 1 20,0% Mercado do indexante Total ,6% 34 21,9% 33 21,3% Total de depósitos Superior à de um depósito a prazo simples Número de depósitos Proporção TANB paga Superior à taxa de referência do mercado interbancário Número de depósitos Proporção Acionista ,8% ,7% Cambial ,0% 16 80,0% Matérias-primas ,3% 6 100,0% Monetário ,0% 5 100,0% Total ,9% ,2% Depósitos indexados ao mercado acionista Dos 124 depósitos indexados ao mercado acionista vencidos em 2017 (110 depósitos indexados e 14 componentes indexadas de depósitos duais), 23 tinham prazo entre seis meses e um ano, 23 apresentavam um prazo de um ano e meio, 36 tinham maturidade de dois anos e 42 apresentavam um prazo compreendido entre dois anos e meio e três anos. 70

73 Dos depósitos indexados ao mercado acionista que se venceram em 2017, 58,1% pagaram uma TANB igual ou inferior a 0,5% (72 depósitos), sendo que 16,9% tiveram remuneração nula (21 depósitos). Em 18,5% dos depósitos a taxa de remuneração esteve compreendida entre 0,5% e 2% (6 depósitos com a TANB entre 0,5% e 1% e 17 depósitos com a TANB entre 1% e 2%) e 12,1% dos depósitos apresentaram uma remuneração entre 2% e 3% (15 depósitos). Em 11,3% dos depósitos, a TANB paga ficou acima dos 3% (8 depósitos auferiram uma TANB entre 3% e 4% e seis apresentaram remunerações superiores a 4%). A taxa de remuneração mediana dos depósitos indexados ao mercado acionista variou entre 0,23% no prazo de um ano e meio e 1,19% nos prazos de dois anos e meio a três anos. Nestes depósitos, as taxas de remuneração superiores a 1% foram mais frequentes em prazos mais longos, iguais ou superiores a dois anos. No ano de 2017, as TANB mais elevadas, de 10,2% e de 5,45%, verificaram-se em dois depósitos indexados, ambos com prazo de três anos. Gráfico II.2.3 TANB dos depósitos indexados ao mercado acionista vencidos, por prazo Número de depósitos [6 meses; 1 ano] 1,5 anos 2 anos [2,5 anos; 3 anos] 0% ]0; 0,5%] ]0,5%; 1%] ]1%; 2%] ]2%; 3%] ]3%; 4%] mais de 4% Gráfico II.2.4 Distribuição das taxas de remuneração dos depósitos indexados ao mercado accionista, por prazo ,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% [6 meses; 1 ano] 1,5 anos 2 anos [2,5 anos; 3 anos] Máximo 3.º quartil Mediana 1.º quartil Mínimo Remuneração dos depósitos indexados e duais vencidos 71

74 Dos 124 depósitos cuja remuneração estava indexada à evolução do mercado acionista, 61 (49,2%) auferiram a remuneração mínima indicada no prospetivo informativo, dos quais 21 (16,9%) pagaram uma TANB nula. Em contrapartida, 26 depósitos (21%) pagaram a taxa de remuneração máxima prevista no prospeto informativo (compreendida entre os 0,22% e os 5,36%). Em 2017, 58 depósitos (46,8%) auferiram uma TANB superior à de um depósito simples disponibilizado pela mesma instituição, para o mesmo prazo e 105 depósitos (84,7%) pagaram uma taxa de remuneração que comparou favoravelmente com a taxa de referência do mercado interbancário, observada na data de constituição do depósito. Em 2017, a proporção de depósitos que pagaram a taxa de remuneração mínima prevista no respetivo prospeto variou entre 31%, no caso dos depósitos com prazos entre os dois anos e meio e três anos, e 69,6%, nos depósitos com um ano e meio. Por outro lado, 43,5% dos depósitos com prazo entre seis meses e um ano (inclusive) registaram uma TANB nula, enquanto esta percentagem foi de apenas 5,6% dos depósitos com dois anos. Os depósitos com prazo entre seis meses e um ano (inclusive) foram o que tiveram a maior proporção de depósitos com taxa de remuneração coincidente com a TANB máxima prevista no prospeto informativo (34,8%) e o prazo de dois anos e meio a três anos a menor percentagem (7,1%). Os depósitos vencidos com prazo entre dois anos e meio e três anos foram aqueles que mais frequentemente pagaram uma taxa de remuneração superior à de um depósito a prazo simples na mesma instituição, com o mesmo prazo (57,1%). Por outro lado, apenas 33,3% dos depósitos com prazo de dois anos auferiram uma TANB que comparou favoravelmente com a de um depósito a prazo simples na mesma instituição. Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Em todos os prazos prevaleceram os depósitos vencidos com TANB superior à taxa de referência do mercado interbancário, variando entre uma proporção de 78,3% no prazo de um ano e meio e uma proporção de 91,3% nos prazos até um ano. Quadro II.2.3 Taxas de remuneração dos depósitos indexados ao mercado acionista vencidos 2017 Prazo do depósito Total de depósitos Mínima prevista no prospeto Número de depósitos Proporção TANB paga dos quais: nula Número de depósitos Proporção Máxima prevista no prospeto Número de depósitos Proporção [6 meses; 1 ano] ,2% 10 43,5% 8 34,8% 1,5 anos ,6% 6 26,1% 5 21,7% 2 anos ,6% 2 5,6% 10 27,8% [2,5 anos; 3 anos] ,0% 3 7,1% 3 7,1% Total ,2% 21 16,9% 26 21,0% 72

75 TANB paga Prazo do depósito Total de depósitos Superior à de um depósito a prazo simples Superior à taxa de referência do mercado interbancário Número de depósitos Proporção Número de depósitos Proporção [6 meses; 1 ano] ,2% 21 91,3% 1,5 anos ,5% 18 78,3% 2 anos ,3% 31 86,1% [2,5 anos; 3 anos] ,1% 35 83,3% Total ,8% ,7% Depósitos indexados ao mercado cambial Em 2017, dos 20 depósitos vencidos indexados ao mercado cambial, seis estavam indexados à taxa de câmbio do euro face à libra esterlina, cinco estavam indexados à taxa de câmbio do euro face ao dólar norte-americano, quatro estavam indexados à taxa de câmbio do euro face ao iene japonês e três dependiam da evolução do euro face à coroa sueca. Verificou-se também o vencimento de um depósito cuja taxa de remuneração dependia da taxa de câmbio do dólar norte-americano face à coroa norueguesa e outro que estava dependente da variação das taxas de câmbio do dólar norte-americano face ao rand sul-africano e face ao real brasileiro. Dos depósitos indexados ao mercado cambial vencidos neste ano, dois tinham prazo de seis meses, 17 tinham prazo de um ano e um apresentava uma maturidade de um ano e meio. Em 2017, a quase totalidade (95%) dos depósitos vencidos indexados à evolução do mercado cambial tiveram uma taxa de remuneração igual ou inferior a 0,5%, sendo que 60% apresentaram uma TANB nula. Neste ano, apenas num depósito auferiu uma taxa de remuneração acima dos 0,5%, que se situou em 4%. Dos 20 depósitos vencidos em 2017, 13 pagaram a TANB mínima indicada no prospeto informativo, dos quais 12 tiveram uma taxa de remuneração nula. Por outro lado, em seis depósitos os clientes auferiram da TANB máxima indicada no prospeto informativo (entre 0,25% e 4%). Dos depósitos indexados ao mercado cambial vencidos em 2017, cinco apresentaram uma TANB superior à taxa de remuneração de um depósito a prazo simples disponibilizado na instituição, para o mesmo prazo, e 16 tiveram uma taxa de remuneração superior à taxa de referência do mercado interbancário, observada na data de constituição do depósito. Remuneração dos depósitos indexados e duais vencidos 73

76 Gráfico II.2.5 TANB dos depósitos indexados ao mercado cambial vencidos, por prazo Número de depósitos meses 1 ano 1,5 anos 1 0% ]0; 0,5%] 4% 4,00 4% 3,00 3% Pontos percentuais 2,00 1,00 0,00 6M 6M 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1A 1,5A 2% 1% 0% -1,00-1% Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho ,00-2% Diferencial da TANB do depósito indexado face à TANB do depósito simples (escala da esquerda) Diferencial da TANB do depósito indexado face à Euribor/taxa swap (escala da esquerda) TANB (escala da direita) Depósitos indexados ao mercado de matérias-primas Dos seis depósitos indexados ao mercado de matérias-primas que se venceram em 2017, quatro estavam dependentes da evolução do mercado do ouro, enquanto os restantes dependiam da rentabilidade de um cabaz de metais preciosos (ouro, prata e platina). Destes depósitos, três tinham prazo de seis meses, um de um ano e dois tinham uma maturidade de três anos. Dos depósitos vencidos em 2017, um apresentou uma TANB nula (16,7%), três pagaram uma taxa de remuneração entre 0% e 0,5% e dois depósitos tiveram uma TANB entre 1% e 2%. Destes seis depósitos, quatro pagaram a taxa de remuneração mínima indicada no prospeto informativo, sendo que um apresentou uma taxa de remuneração nula. Por outro lado, nenhum dos depósitos vencidos indexados ao mercado das matérias-primas auferiu a taxa máxima prevista no respetivo prospeto informativo. Em dois depósitos foi paga uma taxa de remuneração superior à taxa dos depósitos simples comercializados pela mesma instituição, para o mesmo prazo, e todos os depósitos vencidos apresentaram uma TANB superior à taxa de referência do mercado interbancário, para a mesma data de constituição. 74

77 Gráfico II.2.6 TANB dos depósitos indexados ao mercado de matérias-primas vencidos, por prazo ,5 3 2,5 Número de depósitos 2 1, , meses 1 ano 3 anos 0% ]0; 0,5%] ]1%; 2%] 1,70 1,7% 1,20 1,2% Pontos percentuais 0,70 0,20 0,7% 0,2% 6M 6M 6M 1A 3A 3A -0,30-0,3% -0,80-0,8% Diferencial da TANB do depósito indexado face à TANB do depósito simples (escala da esquerda) Diferencial da TANB do depósito indexado face à Euribor/taxa swap (escala da esquerda) TANB (escala da direita) Depósitos indexados ao mercado monetário Em 2017, venceram-se cinco depósitos que tinham como referência a evolução da taxa Euribor, todos com prazo de três anos. Destes depósitos, dois tiveram uma taxa de remuneração compreendida entre 0% e 1%, dois tiveram uma taxa de remuneração entre 1% e 2% e um teve uma taxa de remuneração compreendida entre 2% e 3%. Destes depósitos, dois pagaram a TANB mínima e um pagou a TANB máxima indicada no prospeto informativo (2,42%). Dos cinco depósitos, três tiveram um retorno superior à taxa dos depósitos simples disponibilizados pela instituição, para o mesmo prazo, e todos apresentaram uma TANB superior à taxa de referência do mercado interbancário. Remuneração dos depósitos indexados e duais vencidos 75

78 Gráfico II.2.7 TANB dos depósitos indexados ao mercado monetário vencidos, por prazo ,00 3,0% 2,50 2,5% 2,00 2,0% Pontos percentuais 1,50 1,00 0,50 0,00-0,50 3A 3A 3A 3A 3A 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% -0,5% -1,00-1,0% Diferencial da TANB do depósito indexado face à TANB do depósito simples (escala da esquerda) Diferencial da TANB do depósito indexado face à Euribor/taxa swap (escala da esquerda) TANB (escala da direita) 2.2 Componentes simples dos depósitos duais vencidas Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho Todas as 32 componentes simples, vencidas em 2017, integravam diferentes depósitos duais. Destas, 26 tinham maturidades inferiores ou iguais a um mês, três tinham prazo de três meses, dois tinham prazo de seis meses e uma apresentava um prazo de dois anos. As 26 componentes simples vencidas que tinham prazos mais reduzidos, inferiores ou iguais a um mês, possibilitavam ao cliente a mobilização antecipada dos fundos, até perto da data de vencimento. Nessa data, os montantes aplicados foram automaticamente repartidos entre um depósito simples e um depósito indexado. Destas componentes, 19 tiveram uma TANB de 0,15% e sete auferiram uma taxa de remuneração de 0,25%. Todas as componentes com prazo de três meses e seis meses tiveram um retorno de 0,4%, enquanto a componente com maturidade de dois anos teve uma TANB de 1%. Gráfico II.2.8 TANB das componentes simples dos depósitos duais vencidas, por prazo 2017 Número de depósitos < 1 mês 3 meses 6 meses 2 anos ]0; 0,5%] ]0,5%; 1%]

79 Caixa 3 Caraterísticas e riscos dos depósitos indexados e duais Os depósitos indexados e duais são produtos financeiros complexos sujeitos à supervisão do Banco de Portugal 4. Sendo depósitos bancários, têm garantia do capital aplicado e estão cobertos pelo Fundo de Garantia de Depósitos ou pelo Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo 5. Os depósitos indexados e duais não permitem geralmente a mobilização antecipada dos fundos, pelo que o capital aplicado apenas está disponível no seu vencimento. A constituição deste tipo de depósitos não implica o pagamento de comissões ou outros encargos. A informação sobre as caraterísticas de cada depósito indexado ou dual consta do respetivo prospeto informativo, devendo este documento ser entregue ao cliente antes da contratação do depósito. Caraterísticas dos depósitos indexados e duais O documento de informação, que deve ser entregue ao cliente bancário em momento prévio à contratação, detalha as caraterísticas de cada depósito indexado ou dual, nomeadamente em termos de instrumentos subjacentes ao cálculo da remuneração, prazo, moeda de denominação, fatores de risco e perfil de cliente recomendado. Os depósitos comercializados exigem um montante mínimo de constituição e são maioritariamente constituídos em euros, ainda que também haja alguns denominados em dólares norte- -americanos e libras esterlinas. Os depósitos indexados e duais não têm permitido reforços de capital e não preveem a sua renovação no fim do prazo. Alguns depósitos indexados e duais preveem o pagamento de uma remuneração apenas no vencimento e outros têm pagamentos intercalares de juros, mas sem capitalização de juros. Apesar da remuneração dos depósitos indexados e duais depender de outros instrumentos ou variáveis económicas e financeiras, alguns depósitos garantem uma remuneração mínima positiva, enquanto noutros a remuneração pode ser nula. Existem também depósitos indexados e duais que colocam um limite máximo à remuneração possível. Riscos dos depósitos indexados e duais Os depósitos indexados e duais têm associados diferentes tipos de riscos, sendo os principais o risco de liquidez devido à impossibilidade de mobilização antecipada dos fundos e o risco de remuneração, uma vez que a mesma depende da evolução de outros instrumentos ou variáveis económicas e financeiras (e.g. ações, índices acionistas, taxas de câmbio, preços de matérias- -primas), e, como tal, está sujeita às flutuações dos ativos subjacentes. 4. O conceito de produto financeiro complexo abrange produtos no âmbito das competências de supervisão do Banco de Portugal e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Em março de 2009, o Banco de Portugal e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários publicaram um entendimento conjunto, através do qual clarificaram a delimitação de competências de cada supervisor de acordo com o Decreto-Lei n.º 211-A/2008, de 3 de novembro (cfr. Carta Circular n.º 33/2009/DSB). 5. O Fundo de Garantia de Depósitos é regulado pelo Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), tal como aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro. O Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo é regulado pelo Decreto-lei n.º 345/98, de 9 de novembro, e aplica-se aos depósitos constituídos junto das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo incluídas no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. As caraterísticas mais detalhadas da cobertura destes fundos podem ser consultadas no Portal do Cliente Bancário em Remuneração dos depósitos indexados e duais vencidos 77

80 Quadro C3.1 Riscos dos depósitos indexados e duais Risco Descrição Risco de capital Nulo As instituições de crédito garantem o reembolso dos montantes aplicados na data de vencimento do depósito ou nas datas de mobilização antecipada, caso esta seja possível. Risco de crédito Risco de remuneração Risco de liquidez Risco cambial Nulo, até 100 mil euros, por instituição e depositante Médio a elevado, dependendo da forma de indexação e dos valores mínimos e máximos possíveis para a remuneração Elevado, nos depósitos não mobilizáveis antecipadamente Médio a elevado, nos depósitos em moeda estrangeira Em caso de falência ou insolvência da instituição, os depósitos têm cobertura do Fundo de Garantia de Depósitos ou do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo até ao montante máximo de 100 mil euros, por instituição e por depositante. A remuneração dos depósitos indexados depende da evolução de outros instrumentos ou variáveis económicas e financeiras, pelo que existe um risco de remuneração. O cliente não sabe, no momento da constituição do depósito, o valor exato da remuneração que vai receber ao longo da vigência do depósito ou no seu vencimento, existindo alguns depósitos em que essa remuneração pode ser nula. Os depósitos indexados não são mobilizáveis antecipadamente, pelo que existe risco de liquidez, pois o cliente não pode levantar os montantes aplicados durante a vigência do depósito. Este risco é tanto maior quanto mais longo for o prazo do depósito. No caso dos depósitos noutra moeda que não o euro, os montantes depositados estão apenas garantidos na moeda estrangeira. Uma depreciação da moeda estrangeira entre os momentos de constituição e de vencimento do depósito pode originar perdas para o cliente que queira converter o montante aplicado em euros. O nível de risco cambial depende da maior ou menor estabilidade da moeda estrangeira em que é constituído o depósito. Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho

81 III Crédito à habitação 1 Evolução do mercado 2 Evolução da carteira de crédito 3 Concentração de mercado 4 Prazos de contratação 5 Tipo de taxa de juro 6 Modalidades de reembolso 7 Reembolsos antecipados 8 Renegociação de contratos

82

83 Em 2017, a contratação de crédito à habitação voltou a crescer, face a 2016, mas com um aumento mais moderado do que o verificado nos dois anos anteriores. No ano de 2017, foram celebrados contratos de crédito à habitação e de crédito conexo, mais 31,6% do que em Destes, foram de crédito à habitação (mais 32,3% do que em 2016) e 9705 de crédito conexo (mais 26% do que no ano anterior). Os contratos celebrados em 2017 corresponderam a 8,1 mil milhões de euros de montante de crédito concedido (mais 39,9% que em 2016), dos quais 7,7 mil milhões de euros foram de crédito à habitação (mais 40% do que em 2016) e 337 milhões de euros de crédito conexo (mais 37% do que no ano anterior). Pelo terceiro ano consecutivo, registou-se um crescimento significativo da contratação de crédito à habitação e de crédito conexo. Em 2017, continuam a destacar-se os crescimentos observados no crédito à habitação, embora sejam menos acentuados do que os verificados nos dois anos anteriores. Apesar do crescimento da contratação em 2017, o número e o saldo em dívida dos contratos de crédito à habitação vivos a 31 de dezembro de 2017 continuaram a diminuir, face ao ano anterior (menos 1,7% em ambos os casos), uma vez que os reembolsos antecipados e os vencimentos por decurso normal do prazo dos contratos superaram as novas contratações. Em 2017, o aumento da contração de crédito à habitação foi novamente acompanhado por uma diminuição do spread médio dos contratos a taxa de juro variável indexados à Euribor a 3, 6 e 12 meses. A taxa de juro variável continuou a ser o tipo de taxa de juro mais frequente (81,3% da nova contratação), embora tenha perdido importância, face a 2016 (83,7%). Em contrapartida, à semelhança do que aconteceu em 2016, em 2017 observou-se um aumento expressivo no número de contratos de crédito à habitação celebrados com taxa de juro mista (mais 68,3% do que em 2016). Esta evolução ocorreu num contexto em que as taxas de juro Euribor se mantiveram em valores negativos durante todo o ano e registaram novas descidas, face ao ano anterior. O número de reembolsos antecipados totais ocorridos em 2017 no crédito à habitação e no crédito conexo cresceu 26,7% e o montante de crédito reembolsado aumentou 32,6%, face ao ano anterior. Em 2017, face a 2016, verificaram-se diminuições no número de renegociações de crédito à habitação e de crédito conexo (menos 12,4%), no montante de crédito renegociado (menos 13,2%) e na percentagem de contratos de crédito à habitação e conexo em que os titulares se encontravam em situação de incumprimento. Esta evolução está em linha com a informação recolhida no âmbito da fiscalização do regime geral do incumprimento 2 e com a redução observada nos níveis de endividamento dos particulares. 1. A informação sobre os contratos de crédito à habitação e de crédito conexo em carteira no final de 2017 foi reportada pelas instituições de crédito ao abrigo da Instrução n.º 19/2016. No âmbito deste reporte, algumas instituições de crédito introduziram retificações à informação remetida em anos anteriores, nomeadamente no que respeita à categoria dos contratos de crédito, razão pela qual a informação histórica apresentada no presente relatório não coincide totalmente com a dos Relatórios de Acompanhamento de Mercados Bancários de Retalho de anos anteriores. 2. O Banco de Portugal divulgou no Relatório de Supervisão Comportamental de 2017, informação detalhada sobre os contratos de crédito integrados no Procedimento extrajudicial de regularização de situações de incumprimento (PERSI) no âmbito do regime geral do incumprimento. Em 2017, o número de processos PERSI iniciados pelas instituições de crédito relativos a contratos de crédito hipotecário diminuiu 19,2%, face a Crédito à habitação 81

84 Gráfico III.1 Crédito à habitação e crédito conexo Número de contratos celebrados Taxa de variação % 49,3% 40% 35,1% 31,6% 20% 3,7% 0% -20% -40% 2014/ / / /2016 Crédito à habitação Crédito conexo Total Gráfico III.2 Crédito à habitação e crédito conexo Montante de crédito concedido Taxa de variação % 64,4% 60% 40,6% 39,9% Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho % 14,2% 20% 0% -20% -40% 2014/ / / /2016 Crédito à habitação Crédito conexo Total 82

85 Caixa 4 Principais indicadores da evolução do crédito à habitação e do crédito conexo Nesta caixa apresenta-se um conjunto de indicadores sobre a evolução do crédito à habitação e do crédito conexo em 2017, bem como a posição da carteira a 31 de dezembro de Em 2017 Crédito à habitação Crédito conexo Número de contratos celebrados (+32,3% face a 2016) 9705 (+26,0% face a 2016) Montante de crédito concedido Montante médio por contrato Prazo médio por contrato Tipo de taxa de juro mais usual Indexante da taxa variável mais usual Spread médio dos contratos indexados à Euribor a 3, 6 e 12 meses Modalidade de reembolso mais usual 7,7 mil milhões de euros (+40,0% face a 2016) euros (+5,9% face a 2016) 33,3 anos (+6 meses face a 2016) 81,3% taxa variável (83,7% em 2016) 92,5% Euribor a 12 meses (85,2% em 2016) 174 pb (199 pb em 2016) 92,4% Modalidade clássica (92,2% em 2016) 337 milhões de euros (+37,0% face a 2016) euros (+8,7% face a 2016) 29,4 anos (+4 meses face a 2016) 80,5% taxa variável (86,4% em 2016) 94,2% Euribor a 12 meses (87,3% em 2016) 243 pb (273 pb em 2016) 92,0% Modalidade clássica (91,5% em 2016) Número de reembolsos antecipados Totais: (+25,5% face a 2016) Parciais: (-3,9% face a 2016) Totais: (+31,2% face a 2016) Parciais: 3240 (-13,1% face a 2016) Número de renegociações Montante total renegociado 2,2 mil milhões de euros 257 milhões de euros Montante renegociado médio euros euros Percentagem de contratos renegociados que estavam em situação de incumprimento 7,7% 13,7% Posição a Crédito à habitação Crédito conexo Número de contratos Saldo em dívida Prazo médio por contrato Tipo de taxa de juro mais usual Indexante da taxa variável mais usual Spread médio dos contratos indexados à Euribor a 3, 6 e 12 meses 1,5 milhões (-1,7% face a 2016) 87,7 mil milhões de euros (-1,7% face a 2016) 32,2 anos (31,9 anos em 2016) 95,4% taxa variável (96,3% em 2016) 48,6% Euribor a 6 meses (50,6% em 2016) 127 pb (125 pb em 2016) 486 mil (-4,1% face a 2016) 10,3 mil milhões de euros (-7,7% face a 2016) 33,1 anos (a) (33,0 anos em 2016) 97,7% taxa variável (98,3% em 2016) 47,3% Euribor a 3 meses (48,2% em 2016) 133 pb (132 pb em 2016) Modalidade de reembolso mais usual 82,6% Modalidade clássica (81,7% em 2016) 83,3% Modalidade clássica (82,1% em 2016) Nota: (a) O prazo médio dos contratos de crédito conexo é ligeiramente superior ao prazo médio dos contratos de crédito à habitação, por se tratar de contratos relativamente mais recentes (os contratos de crédito conexo só são comercializados desde o final da década de 90). Crédito à habitação 83

86 1 Evolução do mercado No ano de 2017, foram celebrados contratos de crédito à habitação e de crédito conexo (mais 31,6% do que em 2016) e concedido um montante de crédito de 8,1 mil milhões de euros (mais 39,9% do que no ano anterior). Neste ano, os dois tipos de crédito apresentaram aumentos no número de contratos e no montante contratado, que foram mais expressivos no caso do crédito à habitação. O montante médio dos novos contratos de crédito à habitação e de crédito conexo foi de euros, mais 6,3% do que no ano anterior, em resultado do aumento verificado tanto no montante médio dos contratos de crédito à habitação como no montante médio dos contratos de crédito conexo. Em 2017, foram concedidos 7,7 mil milhões de euros em contratos de crédito à habitação. Em 2017, foram celebrados contratos de crédito à habitação com um montante total de crédito concedido de 7,7 mil milhões de euros, a que correspondeu um montante médio por contrato de euros. Neste ano, o montante médio por contrato ultrapassou o valor de 2016 em 5510 euros, uma vez que o crescimento do montante de crédito concedido (mais 40%) foi mais acentuado do que o crescimento verificado no número de contratos (mais 32,3%). Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 No crédito conexo foram celebrados, em 2017, 9705 novos contratos (mais 26% do que em 2016) com um montante de crédito concedido de 337 milhões de euros (mais 37% do que em 2016), a que correspondeu um montante médio de euros, superior ao observado no ano anterior ( euros). Quadro III.1.1 Crédito à habitação e crédito conexo Número, montante de crédito concedido e montante médio dos contratos celebrados Contratos celebrados Crédito à habitação Número de contratos ,7% 32,3% Montante de crédito concedido (milhões de euros) ,0% 40,0% Montante médio por contrato (euros) ,9% 5,9% Crédito conexo Número de contratos ,7% 26,0% Montante de crédito concedido (milhões de euros) ,6% 37,0% Montante médio por contrato (euros) ,4% 8,7% Total Número de contratos ,1% 31,6% Montante de crédito concedido (milhões de euros) ,6% 39,9% Montante médio por contrato (euros) ,1% 6,3% 84

87 Gráfico III.1.1 Crédito à habitação Evolução do montante de crédito concedido, por data de contratação Montante de crédito concedido (milhões de euros) Montante médio (euros) 0 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T Montante de crédito concedido (escala da esquerda) Montante médio (escala da direita) Gráfico III.1.2 Crédito conexo Evolução do montante de crédito concedido, por data de contratação Montante de crédito concedido (milhões de euros) Evolução do mercado Montante médio (euros) 0 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T Montante de crédito concedido (escala da esquerda) Montante médio (escala da direita) 85

88 2 Evolução da carteira de crédito O valor da carteira de crédito à habitação diminuiu, apesar do montante de crédito dos novos contratos ter crescido 40% em 2017, face ao ano anterior. A 31 de dezembro de 2017, as instituições de crédito tinham em carteira cerca de dois milhões de contratos de crédito à habitação e de crédito conexo os quais tinham associado um saldo em dívida de cerca de 98 mil milhões de euros. A carteira de crédito à habitação e de crédito conexo diminuiu em relação ao final de 2016, tanto no número de contratos (menos 2,3%) como no saldo em dívida (menos 2,4%). Esta evolução resulta de os reembolsos antecipados e os vencimentos de contratos por decurso normal do prazo terem superado os novos contratos, mesmo no contexto de um aumento significativo da nova contratação em O número de contratos de crédito à habitação vivos e o correspondente saldo em dívida diminuíram ligeiramente, entre o final de 2016 e o final de 2017 (menos 1,7% em ambos os casos), enquanto no crédito conexo se verificaram diminuições mais acentuadas (menos 4,1% no número de contratos e menos 7,7% no respetivo saldo em dívida). Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 No final de 2017, os contratos de crédito à habitação representavam 75,9% dos contratos em carteira, ligeiramente acima do seu peso no final de 2016 (75,4%). Em contrapartida, a importância dos contratos de crédito conexo diminuiu de 24,6%, em 2016, para 24,1%, em 2017, o que reflete o crescimento mais acentuado da contratação no crédito à habitação, comparativamente ao crédito conexo, nos últimos anos. Em termos de montante de crédito concedido verificou-se uma evolução similar, tendo o peso dos contratos de crédito à habitação subido para 89,5% da carteira (88,9% em 2016) e o dos contratos de crédito conexo diminuído para 10,5% da carteira (11,1% em 2016). Os saldos em dívida médios no final de 2017 eram de euros nos contratos de crédito à habitação e de euros no crédito conexo. Cerca de 28,1% dos contratos de crédito à habitação tinham associado um contrato de crédito conexo, apresentando os contratos em conjunto um saldo em dívida médio de euros. Quadro III.2.1 Crédito à habitação e crédito conexo Número e saldo em dívida dos contratos vivos Posição a e Posição a Posição a Valor Distribuição Valor Distribuição Valor Número de contratos ,0% ,0% -2,3% Crédito à habitação ,4% ,9% -1,7% Crédito conexo ,6% ,1% -4,1% Saldo em dívida (milhões de euros) ,0% ,0% -2,4% Crédito à habitação ,9% ,5% -1,7% Crédito conexo ,1% ,5% -7,7% 86

89 Na carteira de crédito à habitação a 31 de dezembro de 2017, os contratos celebrados entre o período de 2004 e 2010 representavam 46,3% do número de contratos e 55,8% do saldo em dívida. Os contratos de crédito à habitação celebrados em 2017 representavam 5,1% do número de contratos vivos em carteira no final do ano (um peso similar ao dos contratos celebrados em 2010), e correspondiam a 8,5% do saldo em dívida (um peso similar ao dos contratos celebrados em 2008). Estes valores evidenciam a recuperação que se tem vindo a observar desde 2012 no peso relativo da nova contratação de crédito à habitação, quer em termos de número de contratos, quer em termos do respetivo saldo em dívida. Os contratos de crédito conexo celebrados entre 2004 e 2010 representavam 68,1% do número de contratos e 72,4% do saldo em dívida da carteira deste tipo de crédito, no final de Os contratos de crédito conexo celebrados em 2017 representaram 2% dos contratos em carteira no final deste ano, e 3,1% do montante em dívida, valores superiores aos dos contratos celebrados em 2016 (respetivamente, 1,5% e 2,1%). O peso relativo da nova contratação de crédito conexo tem vindo a aumentar nos últimos três anos, embora de forma menos significativa do que no crédito à habitação. Gráfico III.2.1 Crédito à habitação Número e saldo em dívida dos contratos vivos, por data de contratação Posição a Saldo em dívida (milhões de euros) N.º de contratos Data de celebração do contrato Saldo em dívida (escala da esquerda) Número de contratos (escala da direita) Gráfico III.2.2 Crédito conexo Número e saldo em dívida dos contratos vivos, por data de contratação Posição a Saldo em dívida (milhões de euros) Saldo em dívida (escala da esquerda) Data de celebração do contrato Número de contratos (escala da direita) N.º de contratos Evolução da carteira de crédito 87

90 3 Concentração de mercado A concentração de mercado dos novos contratos de crédito à habitação e crédito conexo diminuiu em Os contratos de crédito à habitação e de crédito conexo celebrados em 2017 apresentaram uma menor concentração de mercado do que em 2016, quer em termos do número de contratos celebrados, quer em termos do saldo em dívida. Em 2017, as seis instituições com maior nível de contratação foram responsáveis por 82% dos novos contratos de crédito à habitação e de crédito conexo e por 80,6% do saldo em dívida nesses contratos. Estes valores são inferiores aos verificados em 2016, ano em que as seis maiores instituições representaram 85,4% do número de novos contratos e 83,6% do respetivo saldo em dívida. Apesar da redução da concentração observada nos contratos celebrados em 2017, face a 2016, o grau de concentração da carteira a 31 de dezembro de 2017, medido pelo índice de Gini, aumentou para 82,1%, em termos de número de contratos (81,8% no final de 2016), e para 80,7%, em termos de saldo em dívida (80,5% no final de 2016). Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 No final de 2017, as seis maiores instituições crédito tinham em carteira 88,8% do número de contratos de crédito à habitação e de crédito conexo e 86,1% do saldo em dívida, valores ligeiramente inferiores aos verificados no final de 2016 (respetivamente, 89,1% e 86,6%). As dez maiores instituições tinham 96,7% dos contratos e 95,4% do saldo em dívida. Gráfico III.3.1 Crédito à habitação e crédito conexo Grau de concentração do mercado Posição a , contratos celebrados em 2016 e 2017 Número de contratos 1 0,8 0,6 0,4 Índice de Gini 0,2 Posição a : 82,1% Contratos celebrados em 2016: 76,2% Contratos celebrados em 2017: 75,1% 0 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 Instituições de crédito Posição Contratos celebrados em 2017 Contratos celebrados em 2016 Índice de Gini 0,2 Posição a 31/12/2017: 80,7% Contratos celebrados em 2016: 75,8% Contratos celebrados em 2017: 74,9% 0 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 Nota: O índice de concentração de Gini mede a assimetria da distribuição, variando entre um mínimo de 0, situação de dispersão máxima em que todas as instituições têm igual peso, e o valor teórico de 100%, onde uma instituição tem toda a quota de mercado. Saldo em dívida 1 0,8 0,6 0,4 Instituições de crédito Posição Contratos celebrados em 2017 Contratos celebrados em

91 4 Prazos de contratação O prazo inicial médio dos novos contratos de crédito habitação subiu para 33,3 anos, mais seis meses do que no ano anterior. Os contratos de crédito à habitação celebrados em 2017 tiveram um prazo inicial médio de 33,3 anos, superior em cerca de seis meses aos contratos celebrados no ano anterior e também superior, em cerca de 13 meses, ao dos contratos vivos em carteira. Esta evolução reforça a tendência de aumento do prazo médio da contratação verificada desde À semelhança dos anos anteriores, o prazo mais elevado foi de 50 anos, com exceção de um único contrato em que o prazo foi de 53 anos. A distribuição do prazo inicial nos contratos de crédito à habitação celebrados em 2017 foi semelhante à observada em Os contratos de crédito à habitação com prazo inicial superior a 30 anos continuaram a ser os mais frequentes, tendo o seu peso aumentado para 67,1%, dos contratos celebrados em 2017 (o que compara com 64,4%, em 2016). Em sentido contrário, verificou-se uma diminuição de proporção de contratos celebrados com prazos entre 20 anos e 30 anos, que representaram 21,7% da nova contratação, em 2017 (o que compara com 22,4% em 2016). Nos contratos de crédito conexo celebrados em 2017, o prazo inicial médio foi de 29,4 anos, superior em cerca de quatro meses ao registado em 2016, mas cerca de três anos e oito meses inferior ao prazo médio dos contratos vivos em carteira. A proporção de contratos de crédito conexo celebrados em 2017 com prazo inicial superior a 30 anos foi de 52%, o que representa um aumento face aos 50% observados em Este crescimento resulta sobretudo da evolução dos contratos com prazos compreendidos entre 30 e 40 anos, que passaram a representar 36,6% da nova contratação, em 2017, quando em 2016 representavam 33,7%. Em contrapartida, a proporção de contratos de crédito conexo celebrados com prazo inicial igual ou inferior a 20 anos diminuiu de 24,4%, em 2016, para 22,2%, em Dos contratos de crédito à habitação em carteira no final de 2017, 9,4% tinham prazos iniciais iguais ou inferiores a 20 anos, 41,8% tinham prazos acima dos 20 anos mas iguais ou inferiores a 30 anos e 48,8% tinham prazos superiores a 30 anos. Os contratos com prazos iniciais superiores a 45 anos representavam 7,3% da carteira de crédito à habitação. Face à carteira no final de 2016, verifica-se um aumento do peso dos prazos de contratação mais elevados (superiores a 30 anos), o que resulta da evolução dos prazos nos contratos celebrados em Os contratos de crédito conexo com prazos até 20 anos representavam 10,1% dos contratos vivos em carteira no final de 2017, enquanto 32,1% tinham prazos entre os 20 e 30 anos e 57,8% tinham um prazo superior a 30 anos. Prazos de contratação 89

92 Gráfico III.4.1 Crédito à habitação e crédito conexo Evolução do prazo médio de contratação por tipo de contrato Posição a e contratos celebrados entre 2014 e ,2 33,1 30,8 32,1 32,8 33,3 27,7 28,3 29,1 29,4 Crédito à habitação Crédito conexo Contratos celebrados em 2014 Contratos celebrados em 2015 Contratos celebrados em 2016 Contratos celebrados em 2017 Posição a Gráfico III.4.2 Crédito à habitação Densidade do prazo de contratação Posição a e contratos celebrados em 2016 e 2017 Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Densidade Gráfico III.4.3 Crédito conexo Densidade do prazo de contratação Posição a e contratos celebrados em 2016 e 2017 Densidade 0 0,05 0,1 0,15 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0, Prazo (em anos) Contratos celebrados em 2017 Contratos celebrados em 2016 Posição a Prazo (em anos) Contratos celebrados em 2017 Contratos celebrados em 2016 Posição a

93 5 Tipo de taxa de juro 3 A taxa variável foi o tipo de taxa de juro mais frequente nos novos contratos de crédito à habitação (81,3%), seguindo-se os contratos celebrados a taxa mista (16,9%). O mercado de crédito à habitação e de crédito conexo é predominantemente constituído por contratos celebrados a taxa variável, embora se tenha assistido, em 2017, à continuação da perda de importância deste tipo de taxa, a favor da taxa mista (que tem um período inicial de taxa fixa, seguido de um período de taxa variável). No crédito à habitação, 81,3% do número de contratos e 83,2% do montante de crédito concedido em 2017 foram contratados a taxa variável, proporções inferiores às verificadas em 2016 (83,7% e 85%, respetivamente). Em 2017, verificaram-se crescimentos de 28,6% no número de contratos celebrados a taxa variável e de 37% no respetivo montante concedido, face a Esta evolução resultou num aumento do montante médio dos contratos a taxa variável, de euros, em 2016, para euros, em Todavia, a taxa variável perdeu importância relativa, face a 2016, uma vez que os crescimentos registados nos contratos a taxa mista foram mais acentuados (respetivamente, mais 68,3% no número de contratos e mais 67,6% no montante de crédito). Em 2017, a opção pela taxa mista no crédito à habitação ocorreu em 16,9% dos contratos celebrados e em 15,6% do montante de crédito concedido, proporções superiores às do ano anterior (13,3% e 13%, respetivamente). Nos contratos celebrados a taxa mista, o montante médio foi de euros por contrato, um valor idêntico ao verificado em Os contratos de crédito à habitação celebrados a taxa fixa perderam importância, em 2017, representando 1,8% dos contratos celebrados e 1,2% do montante de crédito concedido (o que compara com 3% e 2%, respetivamente, em 2016). Face a 2016, o número de contratos de crédito à habitação com este tipo de taxa diminuiu 23,8% e o correspondente montante de crédito concedido diminuiu 15%. Desta evolução, resultou o crescimento no montante médio por contrato de euros, em 2016, para euros, em Nos novos contratos de crédito conexo, a evolução do tipo de taxa de juro foi semelhante à verificada no crédito à habitação. Os contratos a taxa variável representaram 80,5% dos contratos celebrados em 2017 (o que compara com 86,3%, em 2016) e 77,9% do montante de crédito concedido (87,9% em 2016). Por outro lado, os contratos de crédito conexo a taxa mista foram mais frequentes em 2017, representando 17,4% dos contratos celebrados (11,2%, em 2016) e 21,7% do montante concedido (11,2%, em 2016). Os contratos de crédito conexo celebrados a taxa fixa continuaram a ter um peso reduzido, representando 2,1% dos novos contratos e 0,4% montante de crédito concedido, abaixo das proporções verificadas em 2016 (respetivamente, 2,5% e 0,9%). 3. Os contratos de crédito à habitação e crédito conexo podem ser celebrados com três tipos de taxa de juro: taxa variável, taxa fixa e taxa mista. Nos contratos a taxa variável, a taxa de juro é calculada como a soma do valor de um indexante (Euribor) e um spread praticado pela instituição de crédito. Nos contratos a taxa fixa, a taxa de juro permanece inalterada durante o prazo estabelecido no contrato. As taxas mistas estão geralmente associadas a contratos com um período inicial de taxa fixa, seguido de taxa variável na parte remanescente do prazo do empréstimo. Tipo de taxa de juro 91

94 Apesar dos crescimentos verificados nos contratos com taxa mista, a quase totalidade da carteira continuou a ser a taxa variável. Na carteira a 31 de dezembro de 2017, os contratos a taxa variável representaram 95,4% do número de contratos de crédito à habitação e 97,7% dos contratos de crédito conexo (94,7% e 97,4% em termos de saldo em dívida, respetivamente). No crédito à habitação, a taxa mista representava 3,4% do número de contratos em carteira, dos quais 46,6% foram celebrados nos últimos três anos, e a taxa fixa representava os restantes 1,2%. Em termos de saldo em dívida, os contratos de crédito à habitação a taxa mista representavam 4,4% do total da carteira de crédito à habitação e os contratos a taxa fixa representavam 0,9%. Dos contratos de crédito conexo em carteira, 2,1% tinham taxa mista e 0,2% taxa fixa (2,5% e 0,1%, em termos de saldo em dívida, respetivamente). Gráfico III.5.1 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição do número de contratos por tipo de taxa de juro Posição a , contratos celebrados em 2016 e ,4% 2,1% 13,3% 16,9% 11,2% 17,4% 95,4% 83,7% 81,3% 97,7% 86,3% 80,5% 1,2% 3,0% 1,8% 0,2% 2,5% 2,1% Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Posição a Gráfico III.5.2 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição do montante de crédito por tipo de taxa de juro Posição a , contratos celebrados em 2016 e ,4% 94,7% Posição a Contratos celebrados em 2016 Crédito à habitação Contratos celebrados em ,0% 15,6% 85,0% 83,2% Posição a Taxa fixa Taxa variável Taxa mista Contratos celebrados em 2016 Crédito conexo Contratos celebrados em ,9% 2,0% 1,2% 0,1% 0,9% 0,4% Contratos celebrados em 2016 Crédito à habitação Contratos celebrados em ,5% 97,4% Posição a Taxa fixa Taxa variável Taxa mista 11,2% 87,9% Contratos celebrados em 2016 Crédito conexo 21,7% 77,9% Contratos celebrados em

95 Gráfico III.5.3 Crédito à habitação e crédito conexo Número de contratos vivos a taxa mista, por data de contratação Posição a Crédito à habitação Crédito conexo 5.1 Contratos a taxa de juro variável A Euribor a 12 meses foi o indexante contratado em 92,5% dos novos contratos de crédito à habitação a taxa variável. Em 2017, os novos contratos de crédito à habitação e de crédito conexo com taxa variável foram, na quase totalidade, indexados à Euribor a 12 meses, sendo este o indexante de 92,5% dos novos contratos de crédito à habitação e de 94,2% dos novos contratos de crédito conexo. A proporção de novos contratos indexados à Euribor a 12 meses voltou a registar um crescimento face a 2016, ano em que 85,2% dos contratos de crédito à habitação e 87,3% dos contratos de crédito conexo tinham este indexante. Em sentido inverso, verificou-se uma diminuição na proporção de novos contratos indexados à Euribor a 6 meses, que passaram a representar 6,2% dos contratos de crédito à habitação (12,5% em 2016) e 3,6% dos contratos de crédito conexo (9,9% em 2016). À semelhança do ano anterior, a proporção de novos contratos indexados à Euribor a 3 meses foi residual em 2017, tendo representado apenas 0,5% dos contratos de crédito à habitação e 0,7% dos contratos de crédito conexo (0,8% e 0,9%, respetivamente, em 2016). Esta evolução ocorreu num contexto em que as taxas de juro Euribor a 3, 6 e 12 meses se mantiveram em valores negativos durante todo o ano e registaram novas descidas face ao ano anterior. Ainda assim, a Euribor a 12 meses foi a que registou valores menos negativos, o que terá contribuído para o aumento desta maturidade do indexante nos contratos celebrados em Na carteira no final de 2017, o indexante mais frequente nos contratos de crédito à habitação a taxa variável continuou a ser a Euribor a 6 meses, enquanto nos contratos de crédito conexo era a Euribor a 3 meses. A 31 de dezembro de 2017, 48,6% dos contratos de crédito à habitação Tipo de taxa de juro 93

96 e 46,4% dos contratos de crédito conexo a taxa variável tinham como indexante a Euribor a 6 meses, enquanto a Euribor a 3 meses era o indexante de 38,2% dos contratos de crédito à habitação e de 47,3% dos contratos de crédito conexo. Gráfico III.5.4 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição do número de contratos por indexante da taxa variável Posição a , contratos celebrados em 2016 e ,2% 1,5% 0,8% 0,6% 1,9% 1,5% 5,7% 11,0% 48,6% 85,2% 92,5% 46,4% 87,3% 94,2% 38,2% 47,3% 12,5% 0,8% 6,2% 0,5% 9,9% 0,9% 3,6% 0,7% Posição a Contratos celebrados em 2016 Contratos celebrados em 2017 Posição a Contratos celebrados em 2016 Contratos celebrados em 2017 Crédito à habitação Crédito conexo Euribor a 3 meses Euribor a 6 meses Euribor a 12 meses Outro indexante Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Gráfico III.5.5 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição do montante de crédito por indexante da taxa variável Posição a , contratos celebrados em 2016 e ,6% 43,0% 1,0% 1,9% 1,0% 0,5% 3,2% 2,4% 7,5% 15,4% Posição a ,7% 11,8% Contratos celebrados em 2016 Crédito à habitação 92,8% 0,6% 5,8% 0,4% Contratos celebrados em ,0% 48,0% Posição a ,0% 9,2% Contratos celebrados em 2016 Crédito conexo Euribor a 3 meses Euribor a 6 meses Euribor a 12 meses Outro indexante 94,4% 0,6% 2,8% 0,4% Contratos celebrados em

97 O spread médio dos contratos de crédito à habitação a taxa variável indexados à Euribor a 3, 6 e 12 meses diminuiu para 1,74 pontos percentuais (menos 0,25 pontos percentuais do que em 2016) Neste ano, os spreads médios dos contratos celebrados com taxa variável mantiveram a trajetória descendente iniciada em 2015, encontrando-se em níveis idênticos aos dos contratos celebrados em 2010 vivos na carteira. O spread médio dos contratos de crédito à habitação indexados à Euribor a 3, 6 e 12 meses foi de 1,74 pontos percentuais, menos 0,25 pontos percentuais do que o spread médio dos contratos celebrados em Comparando a distribuição dos spreads destes contratos com a do ano anterior, observa-se um aumento da proporção de contratos com spreads entre 1 e 2 pontos percentuais e uma redução da proporção dos contratos com spreads entre os 2 e 4,5 pontos percentuais. O spread médio dos contratos de crédito conexo celebrados em 2017 foi de 2,43 pontos percentuais, menos 0,30 pontos percentuais do que nos contratos celebrados em A diminuição do spread médio nos novos contratos de crédito conexo deveu-se maioritariamente à redução da proporção de contratos com spreads iguais ou superiores a 2,5 pontos percentuais e ao aumento da proporção de contratos com spreads entre 1 e 2,5 pontos percentuais. Apesar da diminuição observada nos spreads médios dos novos contratos de crédito à habitação e de crédito conexo, estes continuaram a ser superiores aos spreads médios observados na carteira em final de 2016, o que resultou num ligeiro aumento do spread médio da carteira em final de Na carteira, a 31 de dezembro de 2017, o spread médio dos contratos de crédito à habitação e de crédito conexo com taxa variável era, respetivamente, de 1,27 e 1,33 pontos percentuais (o que compara com 1,25 pontos percentuais e 1,32 pontos percentuais em 31 de dezembro de 2016). Gráfico III.5.6 Crédito à habitação e crédito conexo Evolução dos spreads médios dos contratos da taxa de juro variável e da Euribor a 3, 6 e 12 meses Posição a Spread médio (ponderado pelo montante de crédito concedido) Data de celebração do contrato Spread médio de contratos de crédito à habitação Euribor a 6 meses Euribor a 12 meses Spread médio de contratos de crédito conexo Euribor a 3 meses Tipo de taxa de juro 95

98 Gráfico III.5.7 Crédito à habitação Densidade dos spreads dos contratos Posição a , contratos celebrados em 2016 e 2017 Densidade 0 0,2 0,4 0,6 0, Spread (pp) Contratos celebrados em 2017 Contratos celebrados em 2016 Posição a Gráfico III.5.8 Crédito conexo Densidade dos spreads dos contratos Posição a , contratos celebrados em 2016 e 2017 Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho ,5 96 Densidade 0 0,1 0,2 0,3 0, Spread (pp) Contratos celebrados em 2017 Contratos celebrados em 2016 Posição a Contratos a taxa de juro mista A duração do período inicial a taxa fixa dos contratos de crédito à habitação celebrados com taxa mista foi, em média, de 6,5 anos. Em 2017, os contratos de crédito à habitação celebrados a taxa mista apresentaram, em média, um período inicial de taxa fixa de seis anos e seis meses, inferior em quatro meses ao observado nos contratos celebrados no ano anterior. No crédito conexo, o período inicial de taxa fixa foi, em média, seis anos e dez meses, também inferior ao observado em 2016 (menos quatro meses). Estes valores são superiores aos verificados na carteira, em que a média do período inicial de

99 taxa fixa era de cerca de cinco anos e nove meses, no crédito à habitação, e de seis anos, no crédito conexo. A taxa anual nominal dos contratos a taxa mista celebrados em 2017, que a 31 de dezembro de 2017 se encontravam ainda no período de taxa fixa foi, em média, de 2,1%, no crédito à habitação, e de 3%, no crédito conexo (2,2% e 3,6% em 2016, respetivamente). Estes valores são naturalmente superiores às taxas anuais nominais dos contratos celebrados a taxa variável (1,55% no crédito à habitação e 2,28% no crédito conexo). Na carteira, o spread médio dos contratos a taxa mista que a 31 de dezembro de 2017 se encontravam no período de taxa variável e em que o indexante era a Euribor a 3, 6 e 12 meses, foi de 1,18 pontos percentuais, no crédito à habitação, e de 1,02 pontos percentuais, no crédito conexo. Estes valores são inferiores aos verificados nos congéneres com taxa variável (1,74 pontos percentuais e 2,43 pontos percentuais, respetivamente). 5.3 Contratos a taxa de juro fixa Dos contratos de crédito à habitação e de crédito conexo celebrados em 2017 com taxa fixa, cerca de 22,5% diziam respeito a empréstimos com duração igual ou inferior a cinco anos, maioritariamente destinados a regularizar situações de incumprimento em contratos anteriormente celebrados. Nos contratos celebrados a taxa fixa em 2017 que não se encontravam relacionados com a regularização de situações de incumprimento, o prazo médio foi de 22 anos no crédito à habitação e de 11,8 anos no crédito conexo. Enquanto no crédito à habitação o prazo médio foi semelhante ao verificado em 2016 (21,9 anos), no crédito conexo o prazo médio diminuiu cerca de 2,7 anos, face ao ano anterior. Todavia, estes prazos continuam a ser significativamente inferiores aos prazos iniciais médios observados no total de contratos celebrados em 2017 (33,3 anos e 29,4 anos, respetivamente). Nos contratos celebrados em 2017 com taxa fixa, com um prazo superior a cinco anos, a taxa anual nominal média foi de 2,5% no crédito à habitação e de 3% no crédito conexo (2,3% e 3,6%, respetivamente, em 2016). Estas taxas médias são superiores, no caso do crédito à habitação, e iguais, no caso do crédito conexo, às aplicáveis no período de taxa fixa dos contratos celebrados a taxa mista. As taxas anuais nominais médias dos contratos celebrados em 2017 a taxa variável são inferiores às dos contratos com taxa fixa. Na carteira a 31 de dezembro de 2017, a taxa anual nominal média dos contratos com taxa fixa com prazo superior a cinco anos era de 2,4%, no crédito à habitação, e de 4,5%, no crédito conexo, ambas abaixo das taxas médias dos contratos a taxa fixa vivos no final de 2016 (4% e 6,2%, respetivamente). Tipo de taxa de juro 97

100 Caixa 5 Caraterização dos contratos de crédito à habitação celebrados com taxa de juro mista e taxa de juro fixa Os empréstimos à habitação podem ser contratados com três tipos de taxa de juro: taxa variável, taxa fixa ou taxa mista. Nos contratos de crédito à habitação com taxa variável, a taxa de juro resulta da soma do indexante (Euribor) com o spread praticado pela instituição de crédito em função do risco de crédito do cliente, que fica exposto ao risco de variação da taxa de juro em resultado das alterações periódicas ao indexante. Nos contratos de crédito à habitação com taxa fixa, a taxa de juro aplicável é a mesma durante todo o contrato. Por esta razão, num contrato com taxa fixa o cliente não está exposto ao risco de variação da taxa de juro. No início do empréstimo, a taxa fixa é normalmente superior à praticada num empréstimo idêntico com taxa variável, em resultado do prémio de risco que incorpora para compensar a ausência de incerteza quanto à evolução da taxa de juro. Nos contratos com taxa mista, o contrato de crédito tem um período inicial em que a taxa é fixa, seguido de um período com taxa variável. Na definição das taxas de juro fixas (a aplicar nos contratos a taxa fixa e no período inicial dos contratos a taxa mista), é prática habitual as instituições de crédito usarem, como referência, as taxas swap com prazo idêntico ao respetivo período de fixação da taxa de juro. O mercado de crédito à habitação em Portugal é maioritariamente constituído por contratos com taxa de variável. Todavia, a partir de 2015, assistiu-se a um aumento significativo da contratação com taxa mista, acompanhado por um aumento, embora menos acentuado, da contratação com taxa fixa. Esta evolução ocorreu num contexto de taxas de juro historicamente baixas, que assumiram, desde 2015, valores nulos ou negativos nos principais prazos. Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Nesta caixa apresenta-se uma análise da evolução dos novos contratos de crédito à habitação com taxa mista e fixa para o período de 2014 a 2017, caraterizado pela recuperação da contratação de crédito à habitação e da maior importância destes tipos de taxa de juro. Contratos de crédito à habitação celebrados com taxa de juro mista Em 2017, foram celebrados contratos de crédito à habitação com taxa mista e concedidos 1206 milhões de euros de crédito, o que corresponde a crescimentos de, respetivamente, 68,3% e 67,7%, face a Esta evolução veio reforçar os crescimentos verificados nos dois anos anteriores e originou um aumento da importância dos contratos celebrados com taxa mista nos novos contratos de crédito à habitação. Em 2017, estes contratos representaram 16,9% dos novos contratos e 15,6% do montante de crédito concedido, acima das proporções de 2016 (respetivamente, 13,3% e 13%). O número de contratos celebrados e o montante de crédito concedido com taxa mista, em 2017, ultrapassam os valores de 2014 em 5,8 vezes e 5,4 vezes, respetivamente. Em 2017, o número de contratos celebrados com taxa mista apresentou um crescimento mais acentuado do que o respetivo montante de crédito concedido, o que levou a uma redução do montante médio por contrato, de euros, em 2016, para euros, em O montante médio por contrato nos contratos com taxa mista tem vindo a diminuir desde 2015, pelo que, em 2017, o montante médio por contrato é inferior ao verificado em 2014 em 5431 euros. 98

101 Gráfico C5.1 Crédito à habitação Número e montante de crédito concedido em contratos com taxa de juro mista , Número de contratos ,8 348,1 719, Montante de crédito concedido (milhões de euros) Número de contratos (escala da esquerda) Montante de crédito concedido (escala da direira) Na maioria dos contratos de crédito à habitação celebrados com taxa mista, a duração do período inicial de taxa fixa foi igual ou inferior a cinco anos. Em 2017, 56,2% dos novos contratos tinham um período de fixação da taxa de juro igual ou inferior a cinco anos, o que compara com 69,2%, em Esta proporção tem vindo a diminuir desde 2014, ano em que 87,7% dos contratos celebrados a taxa mista tinham um período de fixação da taxa de juro igual ou inferior a cinco anos. Em contrapartida, verificou-se um aumento na proporção de contratos em que a duração do período inicial de taxa fixa era superior a cinco anos e igual ou inferior a dez anos que, em 2017, representaram 39,2% dos novos contratos, o que compara com cerca de um quarto dos contratos em 2016 e 2015, e com 11,9%, em Os contratos de crédito à habitação com período inicial de fixação da taxa de juro acima dos dez anos representaram, em 2017, 4,6% dos novos contratos, abaixo da proporção verificada em 2016 (7% dos novos contratos), mas acima da proporção de 2014 (0,4%). Gráfico C5.2 Crédito à habitação Distribuição do número de contratos por duração do período inicial de taxa de juro fixa em contratos com taxa de juro mista ,4% 11,9% 5,2% 7,0% 4,6% 24,7% 23,8% 39,2% 87,7% 70,1% 69,2% 56,2% [0 anos; 5 anos] ]5 anos; 10 anos] Mais do que 10 anos Tipo de taxa de juro 99

102 Nos contratos de crédito à habitação com taxa mista em que o período inicial de taxa fixa tinha duração até cinco anos ou duração superior a cinco anos e inferior ou igual a dez anos, a taxa anual nominal (TAN) tem vindo a diminuir desde Esta evolução acompanhou a diminuição observada entre 2014 e 2016 nas médias anuais das taxas swap, para os prazos correspondentes, mas contrariou a subida que as taxas swap registaram em Em 2017, nos contratos de crédito à habitação com taxa mista em que o período inicial de taxa de juro fixa tinha duração até cinco anos, a TAN fixa média foi de 1,99% (2,19% em 2016), o que representa uma diminuição de 20 pontos base. Esta diminuição contraria a evolução da taxa swap a 5 anos (maturidade comparável com o intervalo de fixação da taxa de juro em causa), que aumentou, neste período, 20 pontos base. A TAN fixa média dos contratos a taxa mista com período de fixação até cinco anos diminuiu 103 pontos base entre 2014 e 2017, de 3,02%, para 1,99%, tendo a redução mais acentuada ocorrido entre 2014 e A diminuição da TAN fixa média entre 2014 e 2017 foi aproximadamente o dobro da redução de 52 pontos base na taxa swap a 5 anos, o que originou uma redução do diferencial entre a taxa fixa praticada e a taxa de referência do mercado. A TAN média dos contratos a taxa variável foi de 1,92%, em 2016, e 1,55%, em 2017, valores inferiores aos verificados nos contratos congéneres a taxa mista em que o período inicial de taxa fixa tinha uma duração até cinco anos. Nos contratos de taxa mista com período de fixação inicial entre cinco e dez anos, a TAN média, em 2017, foi de 2,08%, um valor ligeiramente inferior ao verificado no ano anterior (2,15%). Esta diminuição de sete pontos base contrariou os aumentos observados nas médias anuais da taxa swap a 5 anos (mais 20 pontos base) e da taxa swap a 10 anos (mais 29 pontos base). Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Neste intervalo de duração do período de taxa fixa, a TAN média diminuiu, de 3,67% em, 2014, para 2,08%, em 2017 (menos 159 pontos base), com destaque para a redução verificada entre 2014 e 2015 (menos 120 pontos base). Esta diminuição entre 2014 e 2017 é mais acentuada do que as verificadas nas taxas swap a 5 e a 10 anos (menos 52 e menos 65 pontos base, respetivamente), o que resultou também para este período de fixação de taxa numa redução do diferencial entre a taxa fixa praticada e as taxas de referência do mercado. Em 2016 e 2017, a TAN média dos contratos a taxa variável (respetivamente, 1,92% e 1,55%) foi inferior à TAN fixa dos contratos a taxa mista com período inicial até cinco anos e entre cinco e dez anos, tendo o diferencial entre estas taxas aumentado, em 2017, face a 2016 (de 27 pontos base para 44 pontos base, no prazo de fixação inicial até cinco anos, e de 23 pontos base para 53 pontos base, no prazo de fixação inicial entre cinco e dez anos). O aumento do diferencial entre as taxas médias pode refletir uma expetativa de subida das taxas de mercado no médio prazo, que faz com que, no momento da celebração do contrato, a diferença entre a taxa fixa e a taxa variável seja mais acentuada. Esta expetativa pode também estar refletida na evolução positiva das taxas swap, entre 2016 e 2017, para os prazos analisados. 100

103 Gráfico C5.3 Crédito à habitação Comparação entre as TAN fixas médias dos contratos a taxa mista, a taxa variável e as taxas de referência Duração do período inicial de taxa fixa até 5 anos ,19% 3,02% 2,37% 2,31% 2,19% 1,92% 1,99% 1,55% 0,72% 0,48% 0,34% 0,17% 0,00% 0,20% -0,04% -0,15% Euribor a 12 meses Taxa swap a 5 anos TAN fixa média TAN variável média Gráfico C5.4 Crédito à habitação Comparação entre as TAN fixas médias dos contratos a taxa mista, a taxa variável e as taxas de referência Duração do período inicial de taxa fixa entre 5 anos e 10 anos ,67% 3,19% 2,47% 2,37% 2,15% 1,92% 2,08% 1,46% 1,55% 0,72% 0,88% 0,34% 0,52% 0,00% 0,81% 0,20% Taxa swap a 5 anos Taxa swap a 10 anos TAN fixa média TAN variável média Contratos de crédito à habitação celebrados com taxa de juro fixa Em 2017, foram celebrados 1357 contratos de crédito à habitação com taxa fixa e concedidos 89,7 milhões de euros, o que corresponde a diminuições de 23,8% e 15%, respetivamente, face a Neste ano, os contratos celebrados com taxa fixa representaram 1,8% do total de novos contratos e 1,2% do montante de crédito concedido, o que compara com 3% e 2%, respetivamente, em Comparando com 2014, em 2017 verifica-se que o número de novos contratos e o correspondente montante de crédito concedido são superiores em 1,5 vezes e 12,8 vezes, respetivamente. Tipo de taxa de juro 101

104 Em 2017, a diminuição do número de contratos celebrados foi mais acentuada do que a diminuição do montante de crédito concedido, face a 2016, o que resultou num aumento do montante médio por contrato (de euros para euros), reforçando a tendência de crescimento que se verifica desde Gráfico C5.5 Crédito à habitação Número e montante de crédito concedido em contratos com taxa de juro fixa ,5 120 Número de contratos , , , Montante de crédito concedido (milhões de euros) Número de contratos (escala da esquerda) Montante de crédito concedido (escala da direira) Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho Os contratos de crédito à habitação a taxa fixa 4 celebrados em 2017 tinham prazos superiores a 20 anos em 54,7% dos casos e prazos entre os dez e os 20 anos em 23% dos casos, proporções inferiores às de 2016 (respetivamente, 55,8% e 25,3%). Em contrapartida, a proporção de contratos de crédito à habitação com prazo inferior a dez anos aumentou de 18,9%, em 2016, para 22,4%, em Todavia, a estrutura observada nos últimos dois anos é distinta da verificada em 2014 e Em 2016 e 2017, predominaram os contratos com prazos superiores a 20 anos, enquanto, em 2015 e em 2014, os contratos com prazos entre os cinco e os dez anos eram mais frequentes (respetivamente, 49,3% e 75% dos contratos com taxa fixa). Por outro lado, em 2015 e 2014, o peso dos contratos com prazos superiores a 20 anos era significativamente inferior (31,3% e 15,8%, respetivamente). Os contratos de crédito à habitação com prazo até cinco anos tiveram, como usualmente, uma importância residual nos anos compreendidos entre 2014 e 2017, uma vez que os contratos de crédito à habitação têm, geralmente, montantes de crédito elevados, associados a prazos de reembolso longos. 4. Na análise relativa aos prazos dos contratos e às taxas de juro foram excluídos os empréstimos com duração igual ou inferior a cinco anos, identificados, como sendo destinados a regularizar situações de incumprimento em contratos anteriormente celebrados.

105 Gráfico C5.6 Crédito à habitação Distribuição do número de contratos com taxa de juro fixa por prazo ,8% 8,8% 31,3% 55,8% 54,7% 16,9% 75,0% 49,3% 25,3% 23,0% 16,8% 21,1% 0,4% 2,5% 2,1% 1,2% [0 anos; 5 anos] ]5 anos: 10 anos] ]10 anos; 20 anos] Mais do que 20 anos Nos contratos de crédito à habitação celebrados em 2017 com taxa fixa e prazo entre cinco e dez anos, a TAN média foi de 2,35%, o que representa uma redução face a 2016 (2,52%), ano em que já tinha diminuído, face a Todavia, as médias anuais das taxas swap a 5 e a 10 anos tiveram o comportamento oposto, tendo aumentado entre 2016 e 2017 (mais 20 e mais 29 pontos base, respetivamente). Nos últimos três anos, a TAN média dos contratos celebrados a taxa variável foi inferior à dos contratos com taxa fixa e prazo entre cinco e dez anos, tendo-se verificado um aumento do diferencial entre estas taxas, particularmente evidente em Os contratos a taxa fixa com prazos entre os dez e os 20 anos, tiveram uma TAN média de 2,51%, em 2017, um valor ligeiramente superior ao verificado no ano anterior (2,42%). Esta evolução acompanha o aumento observado na média anual das taxas swap a 10 anos e a 20 anos, no mesmo período (mais 29 pontos base e mais 38 pontos base, respetivamente). Entre 2014 e 2017, a TAN média destes contratos apresentou uma diminuição muito acentuada, de 7% para 2,51%, embora tenha sido sempre superior à TAN média dos contratos a taxa variável. Apesar disto, em 2017, verificou-se um aumento do diferencial entre estas taxas, que veio contrariar tendência de redução que se tinha verificado nos anos anteriores. Os contratos com taxa fixa e prazo superior a 20 anos apresentaram, em 2017, uma TAN média de 2,48%, um valor superior ao observado em 2016 (2,18%) e em linha com o crescimento da média anual das taxas swap a 20 anos e a 30 anos (mais 38 pontos base e mais 43 pontos base, respetivamente). Todavia, a TAN média destes contratos apresentou uma significativa redução entre 2014 (6,27%) e 2017 (2,48%). Os contratos com prazo superior a 20 anos e taxa fixa tiveram uma TAN média superior à dos congéneres com taxa variável, tendo este diferencial aumentado entre 2016 e 2017, à semelhança do que aconteceu nos contratos com prazos entre dez e 20 anos. Em 2017, a TAN média dos contratos a taxa fixa com prazos superiores a 20 anos (2,48%) foi semelhante à TAN média dos contratos a taxa fixa com prazos entre dez e 20 anos (2,51%), e ambas foram ligeiramente superiores à TAN média dos contratos com prazo até cinco anos (2,35%). O diferencial entre as taxas fixas médias praticadas e as taxas de referência de mercado têm registado uma tendência de diminuição, em todos os prazos analisados. Tipo de taxa de juro 103

106 Gráfico C5.7 Crédito à habitação Comparação entre as TAN médias de contratos a taxa fixa, a taxa variável e as taxas de referência Prazo entre 5 anos e 10 anos ,19% 2,96% 2,16% 2,37% 2,52% 1,92% 2,35% 1,46% 1,55% 0,72% 0,88% 0,34% 0,52% 0,00% 0,81% 0,20% Taxa swap a 5 anos Taxa swap a 10 anos TAN fixa média TAN variável média Gráfico C5.8 Crédito à habitação Comparação entre as TAN médias de contratos a taxa fixa, a taxa variável e as taxas de referência Prazo entre 10 anos e 20 anos ,00% 3,19% 4,02% Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho Gráfico C5.9 Crédito à habitação Comparação entre as TAN médias de contratos a taxa fixa, a taxa variável e as taxas de referência Prazo superior a 20 anos ,07% 1,46% 2,37% 1,33% 0,88% 2,42% 2,51% 1,92% 1,00% 0,52% ,27% 3,19% 2,16% 2,07% Taxa swap a 10 anos Taxa swap a 20 anos TAN fixa média TAN variável média 5,03% 2,37% 1,39% 1,33% 2,18% 1,92% 1,04% 1,00% 1,47% Taxa swap a 20 anos Taxa swap a 30 anos TAN fixa média TAN variável média 1,55% 1,38% 0,81% 2,48% 1,55% 1,38%

107 6 Modalidades de reembolso Dos novos contratos de crédito à habitação, 92,4% foram celebrados com modalidade clássica de reembolso, sem períodos de carência nem diferimento de capital. A modalidade de reembolso clássica, em que o contrato não prevê períodos de carência nem diferimento de capital e é, tipicamente, reembolsado através de prestações constantes de capital e juros, continuou a ser a modalidade mais frequente nos contratos celebrados em 2017 (92,4% dos contratos de crédito à habitação e 92% nos de crédito conexo), registando um peso idêntico ao de 2016 (92,2% no crédito à habitação e 91,5% no crédito conexo). Os contratos com período de carência de capital representaram 7,1% dos contratos de crédito à habitação celebrados em 2017, em linha com a proporção de 2016 (7%), enquanto no crédito conexo o peso desta modalidade de reembolso diminuiu ligeiramente, passando a representar 7,6% dos contratos celebrados em 2017 (7,9% em 2016). Dos contratos celebrados com período de carência de capital, este tinha uma duração superior a um ano em 67,1% dos casos, no crédito à habitação, e em 45,3% dos casos, no crédito conexo. Estes contratos tinham um prazo inicial médio de 34,1 anos, no crédito à habitação, e de 35,3 anos, no crédito conexo, valores superiores aos prazos iniciais médios do total de contratos celebrados em 2017 (33,3 anos e 29,4, respetivamente). A carência de capital com duração de até seis meses foi mais frequente no crédito conexo (38,7% dos contratos celebrados em 2017) do que no crédito à habitação (23% dos contratos). A carência de capital com duração entre seis meses e um ano representou 9,3% dos contratos de crédito à habitação e 15,9% dos contratos de crédito conexo com carência de capital. Em 2017, os novos contratos de crédito à habitação e de crédito conexo com capital diferido para a última prestação tiveram novamente uma expressão residual (respetivamente, 0,5% e 0,4%) e os contratos com período de carência e diferimento de capital para a última prestação continuaram a ser quase inexistentes. A 31 de dezembro de 2017, 82,6% dos contratos de crédito à habitação em carteira tinham modalidade de reembolso clássica, 13,2% apresentavam um período de carência de capital, 3% um diferimento de capital para a última prestação e apenas 1,2% apresentavam um período de carência de capital conjugado com o diferimento de capital para a última prestação. Dos contratos de crédito à habitação que apresentavam apenas um período de carência de capital, 59,9% tinham uma carência inicial de capital de duração superior a um ano e 16,5% tinham uma carência inicial entre seis meses e um ano. Nos contratos que preveem um diferimento de capital para a última prestação, este diferimento não superava 30% do capital inicial em 96% dos casos. Nos contratos de crédito conexo em carteira, a percentagem de contratos com carência de capital era de 10,9%, sendo que, destes, 49,4% apresentavam um período de carência inicial de capital superior a um ano e 27,5% uma carência de capital intermédia. Modalidades de reembolso 105

108 Quadro III.6.1 Crédito à habitação e crédito conexo Modalidades de amortização dos créditos Posição a , contratos celebrados em 2016 e 2017 Contratos celebrados em 2016 Contratos celebrados em 2017 Posição a Crédito à habitação Crédito conexo Crédito à habitação Crédito conexo Crédito à habitação Crédito conexo Modalidade clássica de reembolso (sem período de carência nem capital diferido) 92,2% 91,5% 92,4% 92,0% 82,6% 83,3% Período de carência de capital 7,0% 7,9% 7,1% 7,6% 13,2% 10,9% Capital diferido para a última prestação Período de carência e capital diferido para a última prestação 0,8% 0,6% 0,5% 0,4% 3,0% 4,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,2% 1,7% Total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 7 Reembolsos antecipados Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Em 2017, os clientes bancários realizaram reembolsos antecipados totais e parciais, num montante total de 4,7 mil milhões de euros, o equivalente a 4,8% do saldo em dívida da carteira a 31 de dezembro de Comparativamente com o ano anterior, em 2017 registou-se um aumento do número de reembolsos antecipados (mais 17,2%) e do correspondente montante reembolsado (mais 29,9%), o que resultou num incremento do montante médio por reembolso de 3826 euros (mais 10,9%, face a 2016). O crescimento do número de reembolsos antecipados deveu-se exclusivamente à evolução do número de reembolsos antecipados totais, uma vez que o número de reembolsos antecipados parciais diminuiu, face a Por outro lado, o aumento do montante reembolsado antecipadamente, em 2017, foi transversal aos dois tipos de reembolso, embora continue a destacar-se o crescimento verificado nos reembolsos antecipados totais. Em 2017, foram realizados reembolsos antecipados totais em contratos de crédito à habitação, com um montante médio por reembolso de euros. Em 2017, foram realizados reembolsos antecipados totais em contratos de crédito à habitação (mais 25,5%, face a 2016), aos quais correspondeu um montante reembolsado de 3,9 mil milhões de euros (mais 35%, face a 2016). Esta evolução resultou num aumento do montante médio reembolsado de euros, em 2016, para euros, em 2017 (mais 7,6%). Os contratos de crédito à habitação objeto de reembolso antecipado total em 2017 tinham um prazo inicial médio de 30,7 anos e, no momento do reembolso antecipado, o prazo remanescente médio era de 19,2 anos. Em 25% dos casos o prazo remanescente era inferior a 9,4 anos, em 106

109 50% dos casos era inferior a 17,1 anos e em 75% dos casos inferior a 29,1 anos. Nestes contratos de crédito à habitação, o prazo decorrido até ao momento do reembolso antecipado total foi, em 39,9% dos casos, igual ou inferior a dez anos e, em 31,3% dos casos, superior a dez anos e inferior ou igual a 15 anos. Os reembolsos antecipados parciais realizados em contratos de crédito habitação diminuíram para (menos 3,9%, face a 2016), mas o montante reembolsado cresceu para 379 milhões de euros (mais 8,2%, face a 2016), o que resultou num aumento no montante médio reembolsado de , em 2016, para , em 2017 (mais 12,6%). Nos contratos de crédito conexo, foram realizados reembolsos antecipados totais e 3240 reembolsos antecipados parciais, a que corresponderam montantes reembolsados de 430 milhões de euros e de 28 milhões de euros, respetivamente. Face ao ano anterior, o número de reembolsos antecipados totais aumentou 31,2% em 2017, acima do crescimento de 14,5% registado no montante reembolsado. Esta evolução resultou numa diminuição de 12,7% do montante médio reembolsado (para euros). Pelo contrário, o número de reembolsos antecipados parciais diminuiu 13,1%, uma redução mais acentuada do que a verificada no montante reembolsado (menos 10,1%), o que resultou num aumento de 3,4% no montante médio reembolsado (8780 euros). Quadro III.7.1 Crédito à habitação e crédito conexo Reembolsos antecipados Número de reembolsos Montante reembolsado (milhões de euros) Reembolso total ,7% ,6% Crédito à habitação ,5% ,0% Crédito conexo ,2% ,5% Reembolso parcial ,0% ,7% Crédito à habitação ,9% ,2% Crédito conexo ,1% ,1% Total ,2% ,9% Gráfico III.7.1 Crédito à habitação e crédito conexo Evolução do montante médio reembolsado Euros Crédito à habitação Crédito conexo Reembolso total Reembolso parcial Reembolso total Reembolso parcial Reembolsos antecipados 107

110 Na distribuição do montante reembolsado antecipadamente, observa-se que a maior concentração de montantes reembolsados no crédito à habitação e no crédito conexo se situou abaixo dos respetivos valores médios, quer nos reembolsos antecipados totais, quer nos reembolsos antecipados parciais. Nos contratos de crédito à habitação, cerca de 25% dos reembolsos totais têm montantes inferiores a euros e 50% são inferiores a euros, enquanto nos reembolsos parciais, cerca de 25% dos montantes reembolsados são inferiores a 2500 euros e 50% são inferiores a 6000 euros. Nos contratos de crédito conexo, cerca de 25% dos reembolsos totais são de montantes inferiores a 7936 euros e 50% são inferiores a euros, enquanto nos reembolsos parciais cerca de 25% dos montantes reembolsados são inferiores a 1000 euros e 50% são inferiores a 3500 euros. Em 2017, nos contratos de crédito à habitação a frequência do número de reembolsos antecipados parciais foi idêntica à observada no ano anterior. A maioria dos contratos de crédito (80,5%) foi objeto de reembolso antecipado parcial apenas uma vez, correspondendo a um montante médio reembolsado de euros. Este valor representa um aumento de 16,8% face a 2016 (mais 2623 euros, em média). Houve ainda 13% dos contratos de crédito à habitação que foram objeto de reembolso antecipado parcial duas vezes, 3,4% três vezes, e os restantes 3,2% foram objeto de reembolso antecipado mais do que três vezes no ano, correspondendo a montantes médios de euros, 8437 euros e 3688 euros, respetivamente. Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 Nos contratos de crédito conexo objeto de reembolso antecipado parcial em 2017, este ocorreu apenas uma vez em 81,4% dos casos, proporção semelhante à verificada em 2016 (81,2%), correspondendo a um montante médio reembolsado de euros. Neste ano, 11,3% dos contratos objeto de reembolso antecipado foram reembolsados duas vezes, 4,1% três vezes e 3,2% mais de três vezes. A estas frequências de reembolso corresponderam montantes médios reembolsados de 8110 euros, 4901 euros e 1413 euros. Gráfico III.7.2 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição do montante reembolsado antecipadamente 2017 Densidade 0 0, , , , Reembolso antecipado total Montante reembolsado mediano CH: euros CC: euros Montante reembolsado Crédito à habitação Crédito conexo Densidade 0, , , , , Reembolso antecipado parcial Montante reembolsado mediano CH: 6000 euros CC: 3500 euros Montante reembolsado Crédito à habitação Crédito conexo 108

111 Gráfico III.7.3 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição do número de reembolsos antecipados parciais, por tipo de contrato 2017 Crédito à habitação Crédito conexo 3 reembolsos; 3,4% 4 reembolsos; 1,3% 5 ou mais reembolsos; 1,8% 3 reembolsos; 4,1% 4 reembolsos; 1,1% 5 ou mais reembolsos; 2,1% 2 reembolsos; 13,0% 2 reembolsos; 11,3% 1 reembolso; 80,5% 1 reembolso; 81,4% 8 Renegociação de contratos Em 2017, foram realizadas renegociações em contratos de crédito à habitação, menos 8,5% do que no ano anterior. Em 2017, ocorreram renegociações que incidiram sobre contratos, das quais 5078 foram renegociações simultâneas de contratos de crédito à habitação e de contratos de crédito conexo. Face a 2016, registou-se uma diminuição de 12,4% no número de renegociações e uma diminuição de 7,4% no número de contratos renegociados. A diminuição do número de renegociações verificou-se tanto nos contratos de crédito à habitação (menos 8,5%, face a 2016) como nos contratos de crédito conexo (menos 23,4%, face a 2016). O montante de crédito envolvido nas renegociações ocorridas em 2017 foi de 2,4 mil milhões de euros, montante inferior em 13,2% ao registado no ano anterior. Deste montante, 2,2 mil milhões foram de crédito à habitação e 257 milhões de euros de crédito conexo. Dos contratos renegociados, 77,2% eram de crédito à habitação e 22,8% eram de crédito conexo, aos quais corresponderam montantes médios renegociados de euros e euros, respetivamente. O montante médio renegociado diminuiu 2,5% nos contratos de crédito à habitação e 7,4% nos contratos de crédito conexo, face a 2016, ano em que estes montantes médios foram de euros e euros, respetivamente. Renegociação de contratos 109

112 Apenas 7,7% dos contratos de crédito à habitação renegociados estavam em situação de incumprimento (11% em 2016). Em 2017, verificou-se uma redução da importância das renegociações efetuadas no contexto de situações de incumprimento, tanto no crédito à habitação como no crédito conexo. No crédito à habitação, 7,7% dos contratos renegociados estavam em situação de incumprimento 5 (11%, em 2016) e em 6,9% os seus titulares apresentavam incumprimentos apenas em outros créditos contratados com a mesma instituição (7,9%, em 2016). No crédito conexo, estas proporções são superiores, uma vez que 13,7% dos contratos estavam em situação de incumprimento (17,4% em 2016) e em 9,9% os mutuários apresentavam incumprimentos noutros créditos contraídos na mesma instituição (12,8%, em 2016). As condições financeiras mais frequentemente renegociadas em 2017 foram a alteração do prazo do contrato, a alteração ao tipo de taxa de juro e a introdução ou alteração do período de carência de capital. As renegociações em que se alteraram apenas uma destas condições corresponderam a 72,2% do total de renegociações. À semelhança do ano anterior, as renegociações em que se modificou o tipo de taxa de juro foram sobretudo no sentido de converter taxa de juro variável em taxa de juro fixa. Quadro III.8.1 Crédito à habitação e crédito conexo Número de renegociações, número de contratos renegociados e montante renegociado médio Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho Número de renegociações Crédito à habitação ,5% Crédito conexo ,4% Total ,4% Número de contratos renegociados Crédito à habitação ,8% Crédito conexo ,3% Total ,4% Montante renegociado médio Crédito à habitação ,5% Crédito conexo ,4% Total ,9% 5. Este número de renegociações é obrigatoriamente superior ao número de renegociações realizadas no âmbito dos regimes de prevenção e gestão do incumprimento (PERSI), uma vez que, além dessas, inclui também as renegociações realizadas antes da inclusão dos contratos no PERSI ou após a extinção do mesmo. Recorda-se que os contratos em incumprimento só têm de ser integrados no PERSI entre o 31.º e o 60.º dia após o início do incumprimento e que a duração deste procedimento é de 90 dias, prazo após o qual os processos de renegociação continuam em curso, mas fora do PERSI.

113 Gráfico III.8.1 Crédito à habitação e crédito conexo Evolução da distribuição dos contratos objeto de renegociação, por tipo de contrato Número de contratos renegociados 26,5% 22,8% Saldo em dívida renegociado 12,9% 10,6% 73,5% 77,2% 87,1% 89,4% Crédito à habitação Crédito conexo Crédito à habitação Crédito conexo Gráfico III.8.2 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição do número de contratos objeto de renegociação, por situação de crédito 2017 Crédito à habitação Crédito conexo Com incumprimento no CH; 7,7% Sem incumprimento no CH, mas com incumprimentos noutros créditos na mesma IC; 6,9% Com incumprimento no CC; 13,7% Sem incumprimento no CC, mas com incumprimentos noutros créditos na mesma IC; 9,9% Sem qualquer incumprimento na IC na qual tem o CH; 85,4% Sem qualquer incumprimento na IC na qual tem o CC; 76,4% Renegociação de contratos 111

114 Caixa 6 Caraterização das renegociações de contratos de crédito à habitação e de crédito conexo Em 2017, foram realizadas renegociações de contratos de crédito à habitação, das quais 26,6% tiveram unicamente como objetivo a alteração ao prazo do contrato de crédito. Este tipo de renegociação foi mais frequente em contratos sem qualquer incumprimento (em que representaram 26,8% das renegociações) do que em contratos associados a situações de incumprimento nesse ou noutros créditos detidos pelo mesmo titular na mesma instituição (em que representaram 25,5% das renegociações). Das renegociações ocorridas no crédito à habitação, 23,3% tiveram por objetivo alterar apenas o tipo de taxa de juro e, em 81,9% destes casos, a alteração foi no sentido de converter contratos a taxa de juro variável em contratos a taxa de juro fixa. Este tipo de renegociação teve maior peso em contratos sem qualquer incumprimento (25,4% das renegociações) do que nos contratos com situações de incumprimento associadas (15% das renegociações). Em 22,3% das renegociações de contratos de crédito à habitação a introdução ou alteração do período de carência foi a única condição negociada, tendo-se verificado a introdução ou aumento deste período em 96,7% dos casos, a que correspondeu um acréscimo do período de carência de capital de cerca de dez meses, em média. Estas renegociações tiveram um peso relativo superior nos contratos com situações de incumprimento associadas (38,3% das renegociações) do que nos contratos sem incumprimento (18,1% das renegociações). Banco de Portugal Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho 2017 As alterações simultâneas de prazo e spread ocorreram em 12,4% das renegociações de crédito à habitação, tendo-se verificado que prazo e spread aumentaram, em simultâneo, em 60,1% dos casos, e diminuíram, em simultâneo, em 31,2% dos casos. As alterações ao prazo e ao spread foram mais frequentes nos contratos sem incumprimento (14,8% das renegociações) do que nos contratos com incumprimento associado (3,2%). Das renegociações ocorridas no crédito à habitação, 6,3% alteraram apenas outras condições com efeito financeiro (que não o spread, o prazo, os períodos de carência de capital ou o tipo de taxa de juro), podendo incluir a alteração ao indexante ou a fixação de uma prestação mais reduzida por um período de tempo limitado. Estas renegociações tiveram um peso relativo superior nos contratos com situações de incumprimento (8,2% das renegociações) do que nos contratos sem incumprimento associado (5,9% das renegociações). As renegociações de crédito conexo tiveram uma distribuição semelhante à dos contratos de crédito à habitação, mas com maior peso nas renegociações em que apenas se introduziu ou aumentou o período de carência de capital (28,1% das renegociações). Em contrapartida, verificou-se uma menor preponderância na alteração exclusiva do tipo de taxa de juro, que representou 17% das renegociações. 112

115 Gráfico C6.1 Crédito à habitação e crédito conexo Distribuição das condições renegociadas, por tipo de contrato e por situação do crédito 2017 Crédito à habitação Crédito conexo 9,0% 9,8% 7,9% 8,9% 5,9% 8,2% 6,9% 12,7% 14,8% 3,2% 13,1% 3,2% 18,1% 38,3% 24,9% 36,5% 25,4% 15,0% 19,4% 11,2% 26,8% 25,5% 27,8% 27,5% Sem incumprimento Com incumprimento Sem incumprimento Com incumprimento Apenas prazo Apenas período de carência de capital Apenas outras condições com efeito financeiro Apenas tipo de taxa de juro Prazo e spread Outras Quadro C6.1 Crédito à habitação e crédito conexo Condições renegociadas por tipo de contrato 2017 Crédito à habitação Crédito conexo Distribuição do número de renegociações Saldo médio renegociado (euros) Distribuição do número de renegociações Saldo médio renegociado (euros) Apenas prazo 26,6% ,7% Apenas ao tipo de taxa de juro 23,3% ,0% Apenas período de carência de capital 22,3% ,1% Prazo e spread 12,4% ,2% Apenas outras condições com efeito financeiro 6,3% ,6% Prazo e tipo de taxa de juro 2,2% ,7% Tipo de taxa de juro e spread 1,5% ,7% Período de carência de capital e spread 1,4% ,6% Prazo e período de carência de capital 1,3% ,9% Spread e outras condições com efeito financeiro Período de carência de capital e tipo de taxa de juro 0,9% ,4% ,7% ,9% Mais do que duas condições renegociadas 0,7% ,6% Período de carência de capital e outras condições com efeito financeiro Prazo e outras condições com efeito financeiro Tipo de taxa de juro e outras condições com efeito financeiro 0,3% ,5% ,1% ,1% ,01% Total 100,0% ,0% Renegociação de contratos 113

116

117 IV Crédito aos consumidores 1 Evolução do mercado 2 Crédito pessoal 3 Crédito automóvel 4 Crédito revolving 5 Taxas máximas

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