Petite Mort Música: Wolfgang Amadeus Mozart Intérprete: The English Chamber Orchestra Direção: Jefrey Tate Piano: Mitsuko Uchida

Transcrição

1 Título Black & White Grupo / Cia. The Nederlands Dans Theater Local Holanda Ano 1989 / 1986 / 1988 / 1990 / 1991 Assunto Ficha técnica Dança / Teatro Coreografia: Jiri Kylián Falling Angels Música: Steve Reich Intérprete: Circle Percussion Six Dances Música: Wolfgang Amadeus Mozart Direção: Heinz Wallwerg No more play Música: Anton Webern Intérprete: Quarteto Italiano Sweet Dreams Música: Anton Webern Intérprete: The Berlin Philarmonic Sarabande Música: Johann Sebastian Bach Violino: Gidon Kremer Descrição Petite Mort Música: Wolfgang Amadeus Mozart Intérprete: The English Chamber Orchestra Direção: Jefrey Tate Piano: Mitsuko Uchida Falling Angels A energética e comovente peça de Steve Reich inspira-se na percussão que caracteriza alguns rituais do Gana. Jiri Kylián cria para esta música um acompanhamento cheio de força. Como nos rituais africanos há sempre espaço para a dança, a coreografia funciona aqui como complemento à peça musical. Na perspectiva de Kylián, os

2 tambores evocam os sonhos, o que lhe permite dar largas à imaginação. A obra é dominada pelos ritmos cambiantes e os sons primitivos de África que produzem uma dança repleta de excitação. A beleza dos movimentos do torso e dos braços dos bailarinos é arrebatadora. Em Falling Angels, a iluminação desempenha também um papel de destaque. No palco surgem faixas de luz alongadas e brilhantes que contrastam com as zonas mais escuras. A iluminação, tal como a música, sublinha e realça a estrutura da coreografia, uma característica muito típica das obras de Jirí Kylián. No More Play Jirí Kylián inspirou-se para esta peça numa pequena escultura de Alberto Giacometti: uma simples mesa de jogo, sem forma, e duas peças de madeira à maneira de figuras humanas. A tensão dinâmica desta obra de arte causou tamanha impressão ao coreógrafo que o levou a definir o estilo de No More Play. O espectador descobre-se a si mesmo como participante num jogo bastante difícil, cujas regras ninguém recorda. Aos poucos, e uma a uma, essas regras vão sendo redescobertas, mesmo que seja sempre demasiado tarde quando isso acontece. A música é tão importante nesta obra que a coreografia parece ser da autoria do próprio compositor. A música e o movimento fundem-se numa unidade tão íntima que é difícil concebê-los separadamente. Os trajes rococós ficam visíveis durante poucos segundos, como se não quisessem tornar-se um elemento de distração relativamente ao protagonista: a iluminação. Em todo o conjunto destaca-se a coreografia assimétrica de dois grupos de bailarinos, cujos movimentos suaves e precisos contribuem para realçar os pontos culminantes da música de Werben, sobretudo quando os bailarinos erguem as parceiras de um modo pausado. Uma das características dos ballets de Kyrlián é o desenvolvimento da ação no fundo do palco. Em No More Play, os bailarinos atravessam o palco e desaparecem na obsuridade, onde os elementos quem formam a cena são quase invisíveis. A iluminação consegue um efeito muito especial, como se as figuras estivesse congeladas no tempo. No fim, um par desliza lentamente pelo solo e dança um pas de deux.

3 Sweet Dreams Esta obra mais parece o resultado de um pesadelo do que dos sonhos doces com que Jirí Kilián quer deleitar-nos. Sweet Dreamsé um olhar irônico sobre o complexo mundo do subconsciente humano. Um mundo de esperanças, albergadas durante anos, e de desejos selvagens ganha vida nesta obra que Kylián descreveu como um collage coreográfico de cenas absurdas e aforísticas. A maçâ é um símbolo universal do esforço humano para conseguir o fruto proibido da vida. Por isso, as maçâs estão sempre presentes na coreografia: na boca dos bailarinos, sobre as bailarinas quando deslizam no palco, comose fossem pedras. Sarabande Nesta peça, o coreógrafo exprime o seu sentido de humor, ao mesmo tempo que revela o seu lado mais agressivo e impulsivo. Fica patente que a música é um dos elementos mais importantes para Kylián. O som electrónico criado por Dick Heuff entra em cena de maneira violenta, mas em simultâneo emoldurada pelas notas suaves da Sarabanda em Ré Menor de Johan Sebastian Bach para solo de violino ( interpretado nesta ocasião pelo famoso violinista Gidon Kremer ). Seis figuras masculinas procuram sobressair entre a tempestade de sons, onde se confundem choros, gritos e o som de um respiração arfante. Os bailarinos só podem manifestar-se através dos próprios gritos, rasgando as camisas com movimentos atléticos e proporcionando uma dança invulgar, com as calças descidas até aos tornozelos. Esta obra ganhou o prêmio Silver Rembrandt em Jirí Kyliàn descreve-a como um sketch a preto e branco que os espectadores podem colorir. A sua coreografia, orientada para o estímulo visual, oferece ao público mútlipas interpretações. Petit Mort Para esta obra Jirí Kylián escolheu os dois andamentos lentos dos mais belos concertos de piano de W. A. Mozart. Embora as duas peças

4 estejam cheias de humor, o ballet desenvolve-se sob uma estética que poderíamos classificar de bruta, onde encontramos violência, tensão sexual e energia, a par de quietude e vulnerabilidade. Seis bailarinas partilham o palco com seis espadas, que desempenham o seu papel neste jogo especial. Os trajes rococó estão novamente presentes. Tal como sucede em Sarabanda, os trajes são a única extravagância e nota de cor num sóbrio e pouco iluminado palco. Informações retiradas do DVD.

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