Julho/2018. Resumo. Palavras-chave: Apartamento. Espaço. Reduzido.

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1 A crescente migração das famílias de residências unifamiliares para multifamiliares verticais no Brasil: Como resolver a problemática da falta de espaço? Resumo Ana Cláudia de Almeida Freire anaclaudia_arq@hotmail.com Design de Interiores: Ambientação e Produção do Espaço Instituição de Pós-Graduação IPOG Natal, RN, 28/11/2017 A crescente migração das pessoas de residências unifamiliares para multifamiliares verticais: Como resolver a problemática da falta de espaço no Brasil em Com a crescente demanda de apartamentos pequenos, é comum encontrarmos clientes preocupados em como conseguirão guardar todos seus utensílios, como dispor móveis herdados de familiares, onde guardar alimentos, pois não existe mais um local para dispensa, e tantos outros. E tudo isso sem tornar o ambiente pesado. No nosso dia a dia de arquiteta somos contratadas para ambientar apartamentos muitas vezes pequenos para uma família, para tanto, buscamos soluções como uso de alguns artifícios a fim de solucionar tais inconvenientes, aproveitando melhor o espaço em questão. Para tais questionamentos, pesquisamos autores, sites, que estudaram a melhor forma de aproveitar os espaços em pequenos cômodos. Além de constatarmos o aumento da demanda de clientes vivendo em apartamentos. Conclui-se, portanto, a necessidade em maximizar e melhorar os pequenos compartimentos das novas residências. Palavras-chave: Apartamento. Espaço. Reduzido. 1. Introdução O objeto da pesquisa se encontra inserido na ambientação de interiores residenciais. Com a crescente demanda de clientes residindo em pequenos apartamentos, surgiu a necessidade de buscar soluções que valorizasse e aproveitasse da melhor forma os cômodos da referida residência, deixando o cliente confortável e satisfeito com o resultado final. Então, como resolver a problemática da falta de espaço? É de suma importância buscar soluções para tal conflito, pois como disse Bachelard na sua obra, A poética do espaço, em seu capítulo primeiro Porque a casa é o nosso canto no mundo. Ela é, como se diz amiúde, o nosso primeiro universo. É um verdadeiro cosmos. (1993, p.24). E mais à frente no capítulo quatro, intitulado O ninho, onde o autor compara o ninho, habitado por pássaros, com a casa. Onde o habitante da casa-ninho, sonha em retornar ao seu lar, assim como o pássaro sonha em retornar ao seu ninho (1993, p. 111). Nesse contexto de lar, faz-se necessário deixa-

2 lo o mais aconchegante possível. Como o objeto do nosso estudo são os pequenos apartamentos habitados por famílias, traremos algumas soluções para tal inconveniente. 2. Desenvolvimento Num passado não muito distante, era comum famílias morarem em casas, as quais tinham espaço de sobra, como por exemplo, quarto de hóspedes, escritório, quintal, quarto de serviço, etc. Falta de espaço não era problema, porém isso vem mudando. Buscando qualidade de vida e principalmente segurança, as famílias brasileiras estão mudando para apartamentos, pois casas em condomínios são geralmente mais caras e afastadas do centro, porém esses apartamentos a cada ano se tornam menores. Entretanto, morar bem não significa, necessariamente, viver num lugar com bastante espaço. Apartamentos pequenos podem ser muito aconchegantes e bem aproveitados, basta usar artifícios os quais elucidaremos nos itens a seguir. Buscando solucionar a problemática proposta neste artigo, visitamos diversos sites para melhor elucidar tal questão e dividimos os cômodos que compõe um apartamento básico nos itens a seguir. 2.1 Sala de jantar De acordo com o Dicionário Aurélio de português on line, sala de jantar é o cômodo de uma habitação geralmente usada para tomar as refeições. Numa sala de jantar encontramos basicamente uma mesa, geralmente central com cadeiras ao seu redor e um aparador ou buffet, que servirá de apoio às refeições. Devido aos pequenos espaços, as salas de jantar estão sendo integradas as salas de estar e cozinha, proporcionando uma interação desses cômodos, dando uma sensação de amplitude, devido à ausência de paredes divisórias. Na obra de Julius Panero e Martin Zelnik, intitulado de Dimensionamento humano para espaços interiores, constatamos a necessidade de seguir dados antropométricos, mesmo não sendo uma ciência exata. Vale usar também o bom senso e criatividade na hora de elaborar o layout para a ambientação de um pequeno espaço. Todavia, utilizar as medidas pré estabelecidas, através de vários estudos, é de grande valia para atingir o conforto desejado do clientes. Ao elaborar um espaço para refeição, deve-se ter em mente as dimensões humanas e os espaços de alimentação, outro fator importante é saber quantas cadeiras serão acomodadas à mesa e os espaços livres em volta de mesa. A seguir mostraremos as dimensões recomendadas por Panero e Zelnik. Como o objeto do estudo são espaços pequenos, utilizaremos apenas as dimensões mínimas propostas por estes autores.

3 Figura 1 Figura 2

4 Figura 3 Figura 4 Figura 5

5 Figura 6 Figura 7

6 Figura 8 Figura 9

7 Figura 10 Figura 11

8 Figura 12 Vimos as dimensões mínimas sugeridas para melhor adequar uma sala de jantar. Porém podemos utilizar alguns artifícios para dá mais amplitude, como por exemplo o uso de espelhos, cores claras e boa iluminação. 2.2 Sala de estar A sala de estar é onde nos reunirmos com a família, amigos, para assistir tv, conversar, onde possivelmente passamos mais tempo do que nos outros cômodos. Normalmente esse espaço é formado por sofá, tv, puffs, mesinha de apoio e/ou de centro. Para tornar esse ambiente funcional e confortável, daremos algumas dicas. Integrar os ambientes apenas com mobiliários, delimita os ambientes e maximiza o espaço. A escolha do mobiliário é muito importante para melhor aproveitar o espaço disponível. Deixar na sala apenas o que realmente usa. Escolher um sofá proporcional ao tamanho da sua sala de estar, e se possível sem braços, pois amplia o campo de visão, gerando uma sensação de amplitude. Os puffs são uma ótima solução para acomodar mais pessoas e também serve de mesa de apoio. Caso exista mesa de centro, ela deve ser pequena, para não prejudicar a circulação. Móveis em tons mais claros, gera claridade e amplia o espaço. A tv colocada em um painel também ajuda a ganhar mais espaço, assim como rack com pouca profundidade. A seguir mostraremos as dimensões mínimas recomendadas por Panero e Zelnik para este ambiente.

9 Figura 13 Figura 14

10 Figura 15 Figura 16 Figura 17

11 Figura 18 Figura Cozinha A cozinha é o local onde são preparados os alimentos, sendo assim, faz-se necessário priorizar a funcionalidade deste ambiente. Nos apartamentos pequenos, as cozinhas estão cada vez menores, então devemos utilizar eletros compactos, para conseguir dispor tudo neste ambiente. A integração deste ambiente é uma tendência bastante funcional e consequentemente o espaço se tornará mais amplo. Se a cozinha for muito estreita, uma boa

12 opção são portas de correr com prateleiras dentro. Móveis planejados otimizam o espaço, pois é feito sob medida de acordo com o tamanho do cômodo. Aproveitar as paredes para pendurar panelas e utensílios é uma boa opção para ganhar mais espaço útil. A parte interna das portas dos armários pode ser um excelente local para pendurar objetos. A seguir mostraremos as dimensões mínimas recomendadas por Panero e Zelnik para este ambiente. Figura 20 Figura 21

13 Figura 22 Figura 23

14 Figura 24 Figura 25

15 Figura Dormitório Dormitório é um compartimento geralmente grande, destinado a abrigar pessoas durante a noite ou durante algum tempo, para descanso. Mesmo num pequeno espaço podemos deixar este ambiente confortável, para tanto, trataremos, neste artigo, de um dormitório básico com cama, criado mudo e guarda roupa, itens essenciais que compõe este cômodo. Daremos algumas sugestões que percebemos ao longo da nossa vida profissional e através de outros profissionais e pesquisas, de como aproveitar melhor um pequeno dormitório e transmitir mais conforto e funcionalidade ao cliente. Utilizar cores claras faz o espaço parecer maior, principalmente de for aplicada nas paredes. Usar prateleiras embutidas nas paredes é uma boa pedida para aproveitar melhor o espaço disponível, servirá para colocar livros, quadros, adornos, etc. Espelhos nas portas do armário e sobre a cama, apesar de ser uma dica antiga satisfazem na questão de aumentar visualmente o ambiente. Armários planejados são essenciais em quartos pequenos, com portas de correr ficam melhores, pois ganha-se o espaço da varredura da porta de giro. Instalar uma arandela ao invés de colocar abajur em cima do criado mudo, é uma boa opção para ganhar mais espaço neste móvel. Caso o dormitório seja para duas pessoas solteiras, o beliche é uma boa

16 opção. Mas existem medidas mínimas para deixar o usuário confortável. Veremos abaixo as dimensões mínimas de conforto, sugerida por Panero e Zelnik. Figura 27 Figura 28

17 Figura 29 Figura 30

18 Figura 31 Figura 32

19 Figura 33 Figura 34

20 Figura 35 Figura Banheiro Banheiro é o cômodo de um local público ou privado, onde se acham instalados a banheira, chuveiro, vaso sanitário, pia e, às vezes, bidê. Cada dia que se passa os banheiros se torna menores, os bidês deram lugar aos chuveirinhos, pois ocupa menos espaço. Uma das alternativas que utilizo bastante em meus projetos é colocar nichos e/ou prateleiras nas paredes dos banheiros, porém eles têm que possuir uma profundidade menor do que os tradicionais utilizados em outros ambientes, para não gerar desconforto dentro do espaço. Espaços pequenos podem ser otimizados com portas de correr,

21 esta dica vale para portas do gabinete, a do box e a própria porta do banheiro. Armário embaixo da pia é sempre uma boa pedida para acomodar objetos. Além de serem extremamente funcionais no banheiro, composições de espelhos ampliam a área. Utilizar tons claros nas paredes e piso também favorece na amplitude do banheiro. A seguir apresentaremos as dimensões mínimas de conforto, sugerida por Panero e Zelnik. Figura 37 Figura 38

22 Figura 39 Figura 40

23 Figura 41 Figura Conclusão O objeto de estudo deste artigo foi tratar a problemática que surge na hora de compor o layout dos cômodos de um apartamento pequeno, esse impasse surgiu devido à algumas famílias estarem acostumadas a morarem em residências unifamiliares, onde tinham espaço para tudo e atualmente algumas dessas famílias estão morando em apartamentos, muitas vezes

24 pequenos. Com base neste estudo, chegamos a conclusão que dá para morar bem num pequeno espaço, utilizando medidas mínimas, sugeridas por autores, mas que darão conforto. E utilizando de artifícios e criatividade que um profissional da área de interiores é capaz de gerar. Encontramos limitações com relação à bibliografias que tratem deste assunto, entretanto, verificamos em sites relacionados a ambientação de interiores e até mesmo em nossa vivência profissional, dicas para maximizar pequenos espaços, além de livros relacionados à antropometria. Referências BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. CAVALCANTE, Sylvia. Temas básicos de psicologia ambiental. NEGREIROS, Érica. Casa doce lar. PANERO, Julius. ZELNIK, Martins. Dimensionamento humano para espaços interiores

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