Guia do Folião. Dicas para aproveitar o carnaval de forma saudável

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1 Guia do Folião Dicas para aproveitar o carnaval de forma saudável

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3 O Carnaval está aí! Bloquinhos de rua, ensaios de escolas de samba e trios elétricos movimentam todo o País. É uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Então, nada melhor que estar preparado para aproveitar essa maratona de diversão com a saúde em dia. Nas próximas páginas, você vai conhecer algumas doenças frequentes nesta época do ano e vai descobrir como prevení-las, e ainda vai conferir algumas dicas para curtir o Carnaval de forma saudável. Boa leitura e compartilhe a informação!

4 ? Você, conhece a Doença do Beijo?

5 A mononucleose, conhecida também como doença do beijo, é um vírus da família do herpes e é bastante comum na época do carnaval, pelo fato de sua transmissão se dar, em grande parte, por meio da saliva. Os principais atingidos são os jovens entre os 15 e os 25 anos e os sintomas são semelhantes aos de um resfriado comum ou gripe: febre alta, dor na garganta, secreção nas amígdalas, tosse, fadiga, dor nas articulações e surgimento de gânglios no pescoço, podendo progredir para outras áreas do corpo. Apesar do nome, o beijo não é a única maneira de ser contagiado pela doença. A contaminação também pode ocorrer por meio de espirro, tosse e saliva em copos, talheres e xícaras. O contágio da mononucleose se dá principalmente na fase aguda da doença, mas pode ocorrer até um ano após o surgimento dos sintomas. Se não tratada adequadamente, a doença pode levar à meningite, anemia hemolítica, inchaço do fígado e do baço e outras enfermidades consideradas graves.

6 ! Doenças sexualmente transmissíveis:

7 As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são doenças causadas por vírus, bactérias ou outros microorganismos transmitidos, principalmente, por meio de relações sexuais desprotegidas, com uma pessoa que esteja infectada. Essas doenças, geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas nas regiões genitais e, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como infertilidades, câncer e até a morte. Saiba mais sobre as principais DST s abaixo:

8 HIV/Aids O vírus da imunodeficiência humana é o causador da Aids, que ataca o sistema imunológico e enfraquece o sistema de defesa do organismo. No Brasil, a epidemia de HIV/Aids é considerada estabilizada, mas vem avançando entre os mais jovens. Atualmente, cerca de 827 mil pessoas vivem com o HIV no país, deste número, cerca de 260 mil vivem com o vírus, mas ainda não se tratam e 112 mil brasileiros têm HIV, mas ainda não sabem, aumentando o risco de propagação da doença. Sífilis Transmitida pela bactéria Treponema pallidum, a infecção apresenta diferentes estágios, do primário ao terciário, e tem maior potencial de infecção nas duas primeiras fases, que costumam ocorrer até 40 dias após o contágio. É transmitida por relações sexuais ou pode ser passada da gestante para o bebê. Os sintomas são: feridas na região genital (na fase primária) e manchas no corpo que sugerem uma alergia (na fase secundária). A sífilis terciária pode aparecer de dois a quarenta anos após o início da infecção, podendo causar lesões neurológicas, cardiovasculares e até levar a morte. O tratamento da doença é gratuito na rede pública de saúde e é realizado com penicilina.

9 HPV O Papilomavírus Humano (HPV) existe com mais de 200 variações e se manifesta por meio de formações verrugosas - que podem aparecer no pênis, vulva, vagina, ânus, colo do útero, boca ou garganta. O sexo é a principal forma de transmissão do HPV, seja pelo coito ou pelo sexo oral. O HPV é uma preocupação grave de saúde pública pelo potencial de alguns tipos do vírus causarem câncer, principalmente no colo do útero e no ânus, mas também na boca e na garganta, que vêm aumentando entre os jovens. Por isso, especialistas recomendam que mulheres em idade reprodutiva façam exames preventivos anuais no colo do útero para monitorar o aparecimento de possíveis lesões que antecedem o câncer e que podem ser tratadas. O Ministério da Saúde anunciou que a vacina quadrivalente que protege contra quatro tipos de HPV passaria a ser oferecida também para meninos, na faixa de 12 a 13 anos. Até agora, a vacina só era disponibilizada para meninas de 9 a 13 anos. A vacina do HPV é fundamental porque o contágio pelo vírus do papiloma humano pode ocorrer mesmo quando há uso de preservativo.

10 Herpes genital Transmitido pela relação sexual com uma pessoa infectada, o vírus do herpes causa pequenas bolhas e lesões dolorosas na região genital masculina e feminina. As feridas podem acompanhar ardor, coceira, dor ao urinar e até mesmo febre, e os sintomas podem reaparecer ou se prolongar quando a imunidade está baixa. O herpes não tem cura. A partir do momento que você tem uma infecção, você ter vários episódios ao longo da vida. A única forma de prevenção é o uso do preservativo. Além do incômodo causado pelas lesões, o herpes pode facilitar a entrada das outras doenças sexualmente transmissíveis. Gonorreia A doença é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que infecta sobretudo a uretra. O sintoma mais comum é a presença de corrimento na região genital, mas a infecção pode causar dor ou ardor ao urinar, dor ou sangramento na relação sexual e, nos homens, dor nos testículos. A maioria das mulheres infectadas não apresenta sintomas. Quando não tratada, a infecção pode atingir vários órgãos, como o testículo, nos homens, e o útero e as trompas, nas mulheres, e pode causar infertilidade e complicações graves.

11 Hepatite B No Brasil, as formas virais mais comuns de hepatite ou inflamação do fígado são as causadas pelos vírus A, B ou C. A hepatite B é transmitida sexualmente, e também por transfusão de sangue e compartilhamento de material para uso de drogas, entre outros. De acordo com o Ministério da Saúde, milhões de brasileiros são portadores dos vírus B e não sabem, correndo, assim, o risco de desenvolver a doença crônica e ter graves danos ao fígado, como cirrose e câncer. Além do uso do preservativo, a imunização contra Hepatite B é extremamente importante, já que a doença é transmitida por sangue contaminado e é cerca de 100 vezes mais contagiosa que a AIDS. A vacina contra a hepatite B é gratuita e está disponível na rede pública. Como a doença é considerada "silenciosa", é indicado realizar exames de rotina que detectam todas as suas formas.

12 O uso do preservativo é essencial. Quem vê cara, não vê DST! Não faça parte das estatísticas de relações sexuais desprotegidas.

13 Dicas para curtir o Carnaval por completo! Vacinas em dia: No período do Carnaval é praticamente impossível evitar aglomerações. São milhares de foliões curtindo os bloquinhos de rua e bailes de carnaval, além de praias lotadas e a visita de turistas estrangeiros. Locais com aglomerações de pessoas e altas temperaturas é propício para a propagação de doenças. Dessa forma, se atente ao seu calendário de vacinação e o mantenha atualizado, para eliminar qualquer risco de contágio. Dica: a vacina antitetânica é uma das mais importantes nessa época, devido a grande quantidade de latinhas e cacos de vidros espalhados que aumentam o risco de contamina;áo por tétano. Hidratação: O carnaval coincide com a estação mais quente do ano e a temperatura sobe ainda mais nos cordões de foliões. A Alegria do samba, axé, frevo e outros ritmos aumentam o gasto energético e o corpo perde muita água e sais minerais pelo suor. Por isso, uma boa dica é manter uma garrafinha de água por perto. Sucos naturais, água de coco e isotônicos também são ótimas opções para repor o líquido perdido. Para uma hidratação correta, é necessária a ingestão diária de dois a três litros de líquidos por dia.

14 Segurança: Evite levar objetos como jóias, celulares e máquinas fotográficas, pois, a aglomeração de pessoas facilita a perda de objetos e até assaltos. Leve apenas o dinheiro necessário para pequenas despesas e guarde-o em local seguro, como bolsos internos de roupas, preferencialmente fechados com zíper ou botão. Com que roupa eu vou? As altas temperaturas pedem roupas leves (com tecidos finos, naturais e que sequem com facilidade), que irão oferecer mais conforto. Utilize sapatos baixos e confortáveis, já que você ficará boa parte do tempo dançando ou em pé. Proteja-se do sol: Se for curtir a folia nos blocos de rua, previna queimaduras de sol, optando pelo uso de chapéus, bonés, roupas leves e protetor solar, que deve ser passado a cada três horas.

15 Bebidas alcoólicas com moderação: O álcool possui função diurética, ou seja, estimula que o organismo expulse água do corpo pela urina. Dessa forma, além de moderar no consumo de álcool, intercale um copo de bebida alcoólica com um de água. Dessa forma, os efeitos negativos, e até a ressaca, ficam mais brandos. Comer alguma coisa enquanto bebe também faz bem, pois mantém a glicose estável no sangue, evitando a hipoglicemia. Se beber não dirija: Essa orientação já virou clichê, mas é sempre bom lembrar: direção e álcool não combinam. Eleja entre os amigos, o motorista da rodada, que não irá consumir bebidas alcóolicas, ou se preferir, utilize transportes públicos ou táxi. Alimentação: Prefira refeições leves, que facilitem a digestão, como saladas, frutas, vitaminas de frutas, lanches naturais e barrinhas de cereal. Evite alimentos ricos em gorduras e sal, que retêm líquidos, atrasam a digestão e deixam o metabolismo mais lento. Se optar por comer na rua, certifique-se de que os alimentos oferecidos estão em boas condições de higiene e armazenamento para evitar uma intoxicação alimentar.

16 Evite a ressaca: Beber parece inevitável nessa época, e não há problema algum, desde que o consumo seja moderado. Para prevenir a ressaca no dia seguinte, evite beber com o estômago vazio e beba bastante água durante o consumo de álcool. Se você ignorou as recomendações, abusou da bebida e não está aguentando o mal-estar do dia seguinte, evite a automedicação. Alguns analgésicos podem afetar o estômago, que já está comprometido por causa da bebida. Para aliviar os sintomas, redobre a quantidade de líquidos, descanse e coma alimentos leves. Chás de salsaparrilha, erva-picão, macela e erva-cidreira são excelentes desintoxicantes, que podem aliviar os sintomas de forma mais segura. Evite o consumo de substâncias energéticas Algumas substâncias, como o pó de guaraná e as bebidas energéticas, dão mais pique para curtir o carnaval, mas são ricas em cafeína e, se consumidas em excesso, atrapalham o sono, causam gastrite e sobrecarregam o organismo, podendo levar até a arritmia cardíaca.

17 Aproveite o Carnaval ao máximo, mas não esqueça do seu bem mais precioso: sua saúde. Afinal, o que todos queremos é somar muitos e muitos carnavais!

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