Desenvolvimento sustentável e energia

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1 Desenvolvimento sustentável e energia Até meados dos anos 1970 o desenvolvimento era identificado com o progresso material e era mais ou menos aceito que o desenvolvimento era sinônimo de crescimento econômico. A partir de então, outras dimensões passaram a ser consideradas como importantes: o bem estar da população e a preservação do meio ambiente. O crescimento da economia passou a ser entendido como uma dimensão de um processo maior denominado desenvolvimento. Em paralelo a isto, as questões ambientais tornaram-se importantes e surgiram vários protocolos internacionais para a proteção do meio ambiente. O protocolo de Kioto e as reuniões da ONU sobre mudanças do clima (conferências das partes COP) são exemplos da importância atual da questão ambiental. Vamos discutir nesta nota de aula como integrar as dimensões ambiental e social à dimensão econômica para descrever o que entendemos hoje por desenvolvimento ou desenvolvimento sustentável. Inicialmente discutimos a interação entre o ambiente e os sistemas de produção e o processo de produção de bens e serviços incluindo os recursos naturais. Na parte final discutimos o índice de desenvolvimento humano, IDH, e sua relação com o consumo de energia. 1. Interação entre ambiente e sistemas de produção O produto gerado numa economia pode ser representado como aquele obtido a partir de uma função de produção da economia tendo como entradas os fatores de produção capital físico (K), trabalho (N) e também os recursos naturais (R) Y FKN (,, R) (1) Por capital físico entendemos as máquinas, prédios, fábricas, etc e são sistemas que utilizamos para produzir bens e serviços. O trabalho é representado normalmente pela quantidade de trabalhadores. Quanto mais educado e qualificado mais produtivo é o fator de produção trabalho. Os recursos naturais são incluídos nesta equação porque são utilizados como insumos no processo de produção. Normalmente os economistas não 1

2 consideram os recursos naturais na função de produção, entretanto numa abordagem preocupada com a sustentabilidade, é interessante fazê-lo (PEARCE & TURNER, 1990). Para se produzir, é necessário reunir de forma adequada quantidades de capital, trabalho e recursos naturais. Há diversas formas de produzir um bem alterando as proporções de K, N e R, mas sempre há limites nestas proporções. Não se pode produzir um carro com zero capital, ou zero trabalho ou zero recurso natural, mas se pode produzir com mais ou menos capital, trabalho ou recursos naturais. Os recursos naturais são necessários para a produção de bens e serviços. Um subproduto indesejado desses processos de produção é a geração de rejeitos que são retornados ao meio ambiente. Exemplos de recursos naturais utilizados nos processos econômicos são água, ar, carvão, óleo, ferro, estanho, madeira, florestas, etc. Exemplos de rejeitos econômicos gerados são fumaça, poluição, gases do efeito de estufa, produtos químicos, etc. A questão da sustentabilidade impõe condicionantes sobre como utilizar os recursos naturais e o que fazer com os rejeitos econômicos que são depositados no meio ambiente. O objetivo do sistema econômico é criar o bem estar para a sociedade, chamado também de utilidade. Podemos pensar que a utilidade leva em consideração a dimensão econômica, questões de bem estar e interesses individuais e que inclua, também, os interesses da sociedade como um todo. A utilidade deve reunir as dimensões econômica, ambiental e social. A Figura 1 mostra esquematicamente o modelo de economia linear sem preocupações com os recursos naturais e os rejeitos econômicos. Os processos produtivos geram bens e serviços para consumo das pessoas, geram também capital físico como fábricas, prédios, máquinas, etc. O capital e trabalho contribuem para a produção e bens e serviços para o consumo da população. O consumo em si não é o objetivo final, mas sim a utilidade ou o bem estar geral. O consumo deve ser adequado para propiciar o bem estar. O consumismo ou consumo excessivo não produz bem estar e a utilidade. 2

3 Figura 1 Modelo de economia linear Todos os processos econômicos de produção geram rejeitos. A Figura 2 mostra esquematicamente processos produtivos de extração de recursos naturais, de produção de bens e serviços e de produção de capital físico. Em todos eles gera-se alguma forma de rejeito econômico como a geração de resíduos ou sólidos indesejados, liberação de efluentes líquidos e emissões de gases ou particulados. Os processos produtivos causam também alterações no estado do meio ambiente como aquecimento devido a liberação de calor, acidez das águas e do ar devido a liberação de produtos químicos, etc. Estas alterações são denominadas impactos ambientais. Figura 2 Rejeitos econômicos gerados durante os processos produtivos Até no ato de consumo final das pessoas ocorre geração de rejeitos econômicos. A Tabela 1 apresenta a quantidade de lixo gerada por uma pessoa por dia em alguns países. O lixo é gerado nas atividades de comer, lazer, trabalho etc. A quantidade varia de 0,5 a 2 kg de lixo por dia. Em algumas sociedades a quantidade de lixo gerada é muito maior indicando um estilo de vida mais esbanjador. Em outras, como o Brasil, a geração de lixo é menor. Em nosso país ainda temos muita desigualdade social e 3

4 podemos dizer que temos dois grupos bem distintos de pessoas consumidoras. No primeiro grupo, o consumo de bens e serviços é elevado e semelhante a países de elevado nível de desenvolvimento humano. No segundo grupo, o consumo é muito baixo e semelhante ao grupo de países de baixo nível de desenvolvimento humano e denota condições de carência. Tabela 1 Geração de lixo por algumas sociedades e no planeta Sociedades Americanos Europeus Brasileiros Produção de lixo por ano no mundo Geração de Lixo 2 kg por dia por pessoa 1 kg por dia por pessoa 0,6 kg por dia por pessoa ~3 x 10 9 kg ou ~3 milhões de toneladas De toda forma, quando somamos a contribuição de todos e vemos a quantidade total de lixo gerada por ano no planeta obtemos um valor assustador. Toda esta massa de material disforme, degradada e poluente constitui rejeitos dos vários processos econômicos. O material não reaproveitado em outros processos produtivos acaba, de uma forma ou de outra, retornando ao meio ambiente. São depositados em aterros sanitários, lixões ou processados por meio de incineração ou outras tecnologias. O impacto sobre o meio ambiente é grande e crescente Leis da física aplicadas à economia Podemos aplicar leis da física para compreender melhor os processos produtivos pensando na sustentabilidade. Em relação ao uso dos recursos naturais, podemos pensar na lei da conservação da massa, no enunciado de Lavoisier de que na natureza nada se cria ou perde, tudo se transforma e na segunda lei da termodinâmica sobre a entropia. Podemos dizer: 1. Nos processos produtivos, todos os recursos naturais se transformam em bens de consumo, serviços, capital físico ou rejeitos econômicos; 4

5 2. Os processos produtivos aumentam a entropia do meio ambiente, pois geram rejeitos econômicos que são, normalmente, matéria degradada de difícil uso ou assimilação pela economia ou pelo meio ambiente. Em relação ao primeiro item, podemos dizer que os bens de consumo e o capital físico se depreciam ao longo do tempo e se transformam, eventualmente, em rejeitos econômicos. Se não houver um reaproveitamento dos rejeitos econômicos todos os recursos naturais se transformam ao longo do tempo em rejeitos econômicos e no longo prazo esses rejeitos econômicos se transformam em rejeitos ambientais. O meio ambiente assimila os rejeitos econômicos e a poluição e torna-se o depósito final dos rejeitos econômicos. Como os rejeitos ambientais são materiais degradados, de alta entropia, com o passar do tempo o meio ambiente vai se degradando e aumentado sua entropia média. Os recursos naturais de boa qualidade (baixa entropia) e adequados para os processos produtivos se tornam escassos. No limite, as condições do planeta seriam inadequadas para a vida e este processo produtivo não seria sustentável para a vida humana no planeta Economia circular ou com reciclagem O meio ambiente tem capacidade de assimilar muitos dos rejeitos nele depositados. Alem de assimilar o meio ambiente é capaz de processá-los e recuperá-los como um recurso natural útil. O meio ambiente tende a reciclar seus rejeitos, mas tem uma capacidade finita de fazê-lo. O sistema econômico não busca a reciclagem naturalmente. O conceito de desenvolvimento sustentável vai nesta direção: tornar o sistema econômico e produtivo capaz de reciclar os rejeitos produzidos. A economia sustentável formaria um ciclo fechado. A Figura 3 mostra como esta deveria ser levando em conta os recursos naturais, os rejeitos econômicos e os rejeitos ambientais. O termo ciclo fechado se relaciona com a reciclagem. Os rejeitos econômicos devem ser reutilizados nos processos produtivos substituindo o uso de novos recursos naturais. A reciclagem deve ser incentivada para poupar os recursos naturais. O uso dos recursos naturais e a deposição de rejeitos econômicos no meio 5

6 ambiente, isto é, os rejeitos ambientais devem, ser feitos de forma a manter a sustentabilidade do planeta. Figura 3 Economia com reciclagem dos rejeitos econômicos Numa economia sustentável nem todos os rejeitos econômicos podem ser depositados no meio ambiente. Seriam aceitos como rejeitos ambientais somente aqueles que não colocam em risco a capacidade do ambiente em assimilá-los e de processá-los tornando-os inertes. Outro requisito importante para a deposição dos rejeitos econômicos é que não tornem os impactos ambientais irreversíveis e que não afetem a resiliência do meio ambiente, isto é, não afetam a capacidade do planeta de suportar a vida das futuras gerações. Quanto ao uso dos recursos naturais, a extração não pode ser tal que os tornem indisponíveis para as futuras gerações Regras para uma economia sustentável Existem recursos naturais renováveis e não renováveis. Os renováveis estarão disponíveis para as gerações futuras e os não renováveis, se forem esgotados, não estarão disponíveis. Contudo, não podemos privar as gerações futuras de contar com 6

7 tais recursos naturais. Das discussões realizadas até aqui podemos escrever algumas regras para se ter uma economia sustentável: 1. Usar recursos naturais renováveis em taxas menores que suas taxas de regeneração; 2. Buscar a substituição de recursos naturais não-renováveis por recursos renováveis a medida que os primeiros vão sendo utilizados e se tornem escassos; 3. Buscar garantir o bem estar da sociedade com o uso cada vez menor de recursos naturais, isto é, aumentar a eficiência no uso dos recursos naturais; 4. Manter a taxa de deposição de rejeitos ambientais menor que a taxa de assimilação do meio ambiente para garantir sua capacidade de suporte à vida. Vemos que para atender estas regras é necessário desenvolvimento tecnológico. A produção é feita com capital físico (K) e recursos naturais (R). Podemos buscar tecnologias que substituam cada vez mais recursos naturais por capital físico ou os recursos naturais em exaustão por outros ainda longe desta situação. São medidas de gestão que visam garantir recursos naturais para as futuras gerações e a tecnologia é essencial para se atingir esses objetivos. Hoje muitos denominam os recursos naturais como capital natural, reconhecendo sua importância econômica. Algumas ressalvas sobre desenvolvimento tecnológico devem ser feitas. O progresso tecnológico é muito importante para a economia sustentável, mas o progresso pode, também, trazer poluição e impactos ambientais. A tecnologia adequada deve levar em consideração os aspectos de sustentabilidade, mas há incertezas de que consigamos desenvolvê-las. A substituição do capital natural por capital físico requer produzir mais capital físico, que são fábricas, máquinas, prédios, etc, e para tal são necessários recursos naturais. As conseqüências dos impactos ambientais sobre o planeta no presente e no futuro são incertas. Não se sabe exatamente quais taxas de deposição de rejeitos ambientais afetam de forma irreversível sua capacidade de prover condições adequadas de suporte à vida. Há também incerteza quanto ao desenvolvimento tecnológico que pode ser conseguido para realizar as regras enumeradas acima. Estas incertezas sugerem que devemos nos pautar por atitudes de precaução e cuidado, de buscar preservar condições adequadas de sustentabilidade. 7

8 1.4. Sustentabilidade fraca e forte Os danos ambientais, a exaustão dos recursos naturais e a perda de capacidade do planeta em prover um ambiente adequado para o ser humano e para as atividades de produção podem afetar a produção de hoje e também do futuro. Na sustentabilidade fraca, admite-se que o avanço da tecnologia poderia prover novas formas de capital (K) e capacitações de trabalho que permitiriam a produção de bens e serviços necessitados pela humanidade com o uso de recursos naturais (R) que não foram exauridos. Supõe-se também que o desenvolvimento científico e tecnológico poderá contornar no futuro os danos ambientais como, por exemplo, o aquecimento global ou a solução do problema dos resíduos radioativos. O risco associado a esta proposição está no requerimento de que ocorrerão os avanços científicos e tecnológicos no tempo necessário para viabilizar o uso de novos recursos naturais, ou para estabilizar as variáveis do sistema Terra, assegurando a vida dos seres vivos. Na sustentabilidade forte, seria evitado este risco, isto é, seriam evitados os danos ambientais e a exaustão dos recursos existentes e se preservaria o meio ambiente. A humanidade não ultrapassaria a capacidade regenerativa da natureza. Para a produção mostrada na Eq. 1 os investimentos seriam feitos em novas formas de capital (K) que utilizariam outros recursos naturais (R), que não corram risco de exaustão e mesmo que economicamente sejam mais caros. A diversificação da matriz de geração elétrica significa a adoção de uma política de sustentabilidade forte, investindo-se em alternativas de menor emissão de gases do efeito estufa e de impactos ambientais. O conhecimento científico até o momento não sabe informar a partir de que nível a exploração da matéria ambiental tornará irreversível o dano causado à natureza. A ausência dessa informação traz questionamentos sobre o conceito de sustentabilidade. Para vários ambientalistas as condições do meio ambiente já se degradaram muito e o planeta encontra-se na iminência de um desastre de grandes proporções. As ações de mudança de comportamento devem ser radicais em relação ao consumo de bens materiais, estilo de vida e de geração e uso da energia. As ações devem ser tomadas imediatamente e as consequências sobre o planeta podem ocorrer dentro da próxima década. Além das citadas, há várias outras visões e entendimentos sobre estas questões. 8

9 2. Índice de Desenvolvimento Humano IDH e consumo de energia Nesta seção vamos discutir a questão do desenvolvimento humano e os recursos naturais. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) publica anualmente um documento intitulado Relatório sobre o Desenvolvimento Humano (RDH) em que apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos vários países do mundo. O IDH tem o objetivo de ser um indicador resumido para estimar o desenvolvimento considerando outros aspectos além do econômico, sintetizado pelo índice PIB per capita. Além da dimensão econômica, o IDH incorpora a dimensão relativa à saúde e à educação. Este índice, contudo, não contempla a dimensão ambiental e outras importantes como a cultural, cívica, etc. Segundo a classificação do RDH 2009 (PNUD, 2009), o IDH de um país apresenta os seguintes níveis: - IDH muito elevado => igual ou acima de 0,900; - IDH elevado => entre 0,800 e 0,899; - IDH médio => entre 0,500 e 0,799; - IDH baixo => entre 0 e 0,499. Uma sociedade desenvolvida utiliza muitos recursos naturais e entre eles fontes de energia para satisfazer suas necessidades essenciais. A energia é um item presente em praticamente todos os setores da atividade humana e é essencial para a qualidade de vida do homem. O consumo de energia por habitante no setor residencial retrata bem a situação de um país em relação a cobertura dos requisitos mínimos de bem estar nos lares. As necessidades de energia para atingir as mínimas condições de desenvolvimento podem ser estimadas a partir de uma curva entre IDH e consumo de energia de vários países. A Figura 4 apresenta o consumo médio total de energia elétrica por habitante (σ EN ) em função do IDH para o ano de 2007 a partir de dados obtidos no RDH elaborado pelo PNUD em Não existe uma relação direta indicando que para se obter certo nível de desenvolvimento humano seja necessária uma dada quantidade de energia, pois o IDH depende de vários fatores. Contudo, observa-se certa correlação entre estas duas variáveis. Na Figura 4 observa-se que os países com IDH em torno de 0,900 (nível elevado de desenvolvimento humano) apresentam um consumo de energia 9

10 elétrica anual acima de 5 MWh/hab. Para uma mesma condição de desenvolvimento (IDH s semelhantes), algumas sociedades consomem quantidades muito diferentes de energia elétrica. Por exemplo, para IDH em torno de 0,950 encontramos países consumindo entre 5 e 24 MWh/hab, como é o caso da Noruega. Estas sociedades poderiam ser consideradas esbanjadoras de energia. Figura 4 - IDH em função do consumo médio de energia elétrica (MWh) per capita, σ EN, em Elaborada a partir de: EIA (2008) e PNUD (2009). O consumo anual de energia elétrica em todos os setores (residencial, comércio, indústrias etc) do Brasil em 2007 foi de 2,12 MWh/hab (ou 177 kwh/mês/hab), bem abaixo do das nações de nível muito elevado de desenvolvimento, cujo consumo de energia elétrica anual é maior que 5 MWh/hab (417 kwh/mês/hab). Se o consumo de energia no setor residencial no Brasil for de ~ 20 %. Portanto o consumo de uma pessoa em sua residência seria em torno de ~ 35,4 kwh/mês/hab. O que significa um consumo de 35,4 kwh/mês/hab para um indivíduo? A Tabela 2 apresenta o que pode ser considerado o requerimento mínimo de consumo de energia elétrica para um domicílio em 2008 com uma média de 3,3 pessoas. Na tabela encontramos vários utensílios domésticos, a potência, informações sobre o uso e o 10

11 consumo médio de energia elétrica. Trata-se de uma família que economiza energia elétrica de forma espartana. Nessa tabela, o consumo de energia para um domicílio de 3,3 membros durante um mês é de 175 kwh, o que equivale a um consumo de 53 kwh/mês para cada indivíduo. Vemos que o consumo de energia elétrica médio pelo brasileiro é ainda muito baixo (34,4 kwh/mês é bem menor que 53 kwh/mês) ou que o nível de bem estar de nossa população ainda não é elevado. Parece claro que para melhorarmos de padrão de vida é necessário consumir mais recursos naturais como, por exemplo, fontes de energia. Tabela 2 Requerimento mínimo mensal em energia elétrica por domicílio para família de 3,3 membros. Eletrodoméstico Pot. Média [W] Dias de uso no mês Tempo médio de uso por dia [h] Consumo médio mensal [kwh] Geladeira Chuveiro elétrico ,44 51,5 2 lâmpadas (20 W) lâmpadas (15 W) ,8 Televisão Ferro elétrico Lava roupas ,5 6 Aparelho de som ,4 Micro-ondas ,83 20,0 Computador ,2 Outros eletrodomésticos (ventilador, liquidificador, aspirador de pó, DVD etc) ,5 3 Total Elaborada a partir de Bermann (2002, p.61) acrescentando novos utensílios domésticos e ganhos de eficiência energética. A Figura 5 mostra como pode ser representada a relação entre desenvolvimento humano e disponibilidade de recursos naturais. Notar que na abscissa não se apresenta o consumo de recursos naturais, mas sim a disponibilidade de recursos naturais. Se houver um consumo elevado de recursos naturais a disponibilidade diminui. Se a sociedade não conta com recursos naturais o nível de desenvolvimento humano é tão baixo que seus habitantes encontram-se em condições de extrema 11

12 pobreza, desnutrição, etc. Esta situação é representada no gráfico pelo ponto L. A medida que a sociedade conta com maiores quantidades de recursos naturais melhora sua condição de vida representada por maiores valores de IDH mais elevados. O valor R min seria o valor mínimo necessário de recursos naturais para que uma sociedade consiga subsistir. Figura 5 Relação entre desenvolvimento humano e recursos naturais (Baseado em Pearce & Turner, 1990) Quando a sociedade atinge o ponto W a relação entre bem estar e recursos naturais pode ser muito diferente. Nesta situação as sociedades contam com tecnologia avançada e não são tão dependentes dos recursos naturais. Nesta condição, a sociedade pode seguir diferentes trajetórias para elevar seu padrão de vida. Na trajetória WXZ a sociedade é esbanjadora, consome seus recursos naturais de forma predatória e a quantidade de recursos naturais disponíveis decresce enquanto o IDH se eleva. Esta é 12

13 uma trajetória sem sustentabilidade. Quando a sociedade atingir o ponto Z ela contará apenas com recursos naturais mínimos para a subsistência de sua população. O padrão de vida elevado não pode ser mantido, pois as estruturas existentes como fábricas, prédios e cidades não podem ser mantidas. A sociedade entra em colapso e seu IDH é reduzido rapidamente. Outras trajetórias possíveis nos levam para dentro do quadrante hachurado que representa condições de sustentabilidade com diferentes níveis de disponibilidade de recursos naturais e de desenvolvimento humano. Na trajetória WP, o padrão de vida é elevado e a disponibilidade de recursos naturais se mantém constante. As regras de sustentabilidade discutidas anteriormente são atendidas e as futuras gerações continuam a contar com recursos naturais. Na trajetória WQ, o IDH permanece inalterado e ocorre o aumento da disponibilidade de recursos naturais. Entre estas duas situações limites temos inúmeras trajetórias possíveis como a representada por WJ, em que ocorre maior disponibilidade de recursos naturais e melhorias no desenvolvimento humano da sociedade. Devemos notar que para conseguirmos trilhar as trajetórias dentro do quadrante de sustentabilidade é necessário desenvolver novas tecnologias e enfatizar a eficiência no uso dos recursos naturais. No mundo atual estamos trilhando trajetórias semelhantes a YZ e temos dificuldade de melhorar nosso padrão de vida sem reduzir os estoques de recursos naturais. A Figura 5 mostra também que a relação entre desenvolvimento humano e recursos naturais é diferente para sociedades com diferentes níveis de IDH. Nações com IDH baixo ou médio (IDH < 0,7000) encontram-se trilhando uma trajetória do tipo LABW. As nações com IDH médio, elevado e muito elevado estão, na maioria, trilhando a trajetória YZ. Nesta situação, se houver maior preservação de recursos naturais ocorre a diminuição do padrão de vida. Ingressando no quadrante de sustentabilidade, as nações de nível elevado de desenvolvimento devem trilhar trajetórias mais paralelelas ao eixo da abcissa (aumentar bastante o estoque de recursos e aumentar pouco o IDH) e as nações de níveis médio e elevado nível de desenvolvimento, mais paralelas à ordenada (aumentar bastante o IDH e aumentar pouco o estoque de recursos naturais). 13

14 Uma pergunta importante deve ser feita: Existe tecnologia para trilharmos trajetórias dentro do quadrante de sustentabilidade? A resposta parece ser positiva embora os esforços de gestão sejam imensos. A Figura 6 apresenta o requisito de consumo de eletricidade de 5 MWh/hab/ano (correspondente a um IDH de 0,900) levando em conta os ganhos de eficiência energética. Em 2000, para fazer as mesmas coisas que faziam em 2009, os países da OECD usavam mais energia elétrica. Houve ganhos de eficiência energética neste intervalo de tempo e em 2009 o requerimento de energia era menor. Em 2000 OECD, em média, utilizava mais recursos energéticos para se fazer as mesmas coisas que em A Figura 6 mostra também quanto de energia elétrica será necessário, para manter o IDH de 0,900 no futuro, para diferentes ganhos anuais de eficiência. Por exemplo, se chegarmos a 4 %/ano de eficiência energética no setor de eletricidade, em 2030 necessitaremos em torno da metade da energia que utilizamos hoje para fazermos as mesmas coisas e manter o mesmo padrão de vida. Devemos chamar atenção, entretanto, que tais ganhos de eficiência são muito elevados. A EPE considera ganhos de eficiência no setor elétrico do Brasil em torno de 1 %/ano nos próximos 20 anos; os EUA consideram ganhos ~ 3 %/ano. Figura 6 Objetivo de consumo de eletricidade em função do tempo para diversas taxas de ganhos de eficiência energética 14

15 A Figura 7 mostra a evolução do IDH do Brasil recalculado pela PNUD em 2014 ao longo dos anos. Em 1980 era abaixo de 0,500 e nossa classificação era de um país de nível médio de desenvolvimento humano. Após a redemocratização do país e a entrada em vigor da nova constituição (Constituição Cidadã) que preconiza o desenvolvimento social dos brasileiros, o país evoluiu bastante. Entre 1990 e 2014 o aumento do IDH foi bastante forte. Em 2014, de acordo com os relatórios do PNUD somos um país de nível de desenvolvimento humano médio elevado com IDH de 0,754. Se continuarmos nesta toada histórica, em 30 anos estaremos no grupo dos países com nível muito elevado de desenvolvimento! Figura 7 Evolução do IDH do Brasil ao longo dos anos 3. Considerações finais O desenvolvimento sustentável é um processo social que prioriza a melhoria efetiva das condições de vida de uma população e preserva o meio ambiente para as gerações atuais e futuras. Em termos gerais este conceito de desenvolvimento é difícil de medir por envolver pelo menos 3 dimensões: econômica, social e ambiental. Alguns pesquisadores propõem a criação de índices mais abrangentes que incluam mais dimensões como: bem estar econômico, competitividade econômica, condições 15

16 socioambientais como destino adequado dos resíduos e tratamento adequado dos rejeitos, educação, saúde, proteção social básica e coesão social. Outra proposta é apresentada na Tabela 3 que apresenta dimensões e indicadores que formam um índice global de sustentabilidade. As dimensões consideradas são: responsabilidade global (relativa à cooperação internacional); sistemas ambientais (relativa à qualidade do ar, água, solo e ecossistemas/biodiversidade); estresses (impactos do uso dos recursos naturais), capacidade socioinstitucional (no trato com os problemas do ambiente) e vulnerabilidade humana (situação nutricional e doenças provocadas por condições ambientais). Vemos que vários indicadores estão ligados a geração, processamento e uso da energia: emissões de gases do efeito estufa, biodiversidade, qualidade do solo, água e ar, uso da água, pressão sobre ecossistemas, poluição do ar e da água e saúde ambiental. Outros estão ligados ao desenvolvimento social e institucional do país. Tabela 3 - Dimensões e respectivos indicadores de sustentabilidade baseados visando formar um índice de sustentabilidade ambiental global. Dimensão 1. Responsabilidade global Indicadores - Emissões de efeito estufa; - Redução de transbordamentos ou desastres generalizados. 2. Sistemas ambientais - Biodiversidade; - Qualidade do solo; - Qualidade do ar; - Qualidade da água; - Quantidade de água. 3. Estresses - Ecossistemas; - Pressão demográfica; - Consumismos e desperdícios; - Redução da poluição do ar; - Redução da poluição da água. 4. Capacidade socioinstitucional 5. Vulnerabilidade humana Fonte: (VEIGA, 2006, p.175) - Ecoeficiência; - Governança ambiental; - Capacidade de resposta do setor privado; - Capacidade de debate; - Ciência e Tecnologia. - Saúde ambiental; - Subsistência básica. 16

17 Referências 1. David W. Pearce e R. Kerry Turner. Economics of natural resources and the environment. Cap. 2 e 3. Ed. Prentice Hall (1990). 2. C. Bermann. Energia no Brasil: para quê? Para quem? Pag. 61. Ed. Livraria da Física, São Paulo (2002). 3. José Eli da VEIGA. Desenvolvimento Sustentável, o desafio do século XXI. Ed. Garamond, Rio de Janeiro (2006). 17

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