Manejo de Recursos Hídricos no Semi-árido. Julho de 2004 BNDES Rio de Janeiro
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- Betty Cláudia Sacramento Belém
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1 Manejo de Recursos Hídricos no Semi-árido Julho de 2004 BNDES Rio de Janeiro
2 Vulnerabilidades do Nordeste Brasileiro Principais causas: - Instabilidade Climática: Distribuição irregular das chuvas, com os maiores valores de precipitação ocorrendo no mês de março e estação seca concentrada entre junho e novembro; - Baixa capacidade de retenção de umidade do solo; - Altas taxas de evapotranspiração;
3 Vulnerabilidades do Nordeste Brasileiro Dados: - isoietas da ordem de 800 mm/ano (Amazônia: 3.200mm/ano). - Área de abrangência: Km 2, compreendendo regiões semi-áridas e subúmidas secas. - População atingida: 12 milhões de habitantes - Vegetação predominante: Caatinga - Temperaturas entre 22 e 28 C. - Insolação muito alta: horas/ano, em média. - Chuva concentrada na chamada estação úmida, com duração de 3 a 4 meses e com distribuição irregular.
4 Vulnerabilidades do Nordeste Brasileiro Conseqüências: - Nos últimos anos as secas foram responsáveis pela redução de aproximadamente 9 % na produção agropecuária regional. - Agravamento dos picos de eventuais cheias devido à inabilidade dos solos de reter a água da chuva - Processo de Desertificação, resultando no aumento da desigualdade social e uso não sustentável dos recursos naturais
5 Recursos Hídricos do Nordeste Brasileiro - A hidrologia na Região: regime irregular de chuvas agravado pela baixa permeabilidade dos solos cristalinos tendo com conseqüência picos violentos de enchentes e longos períodos de estiagem. - Muitos rios secam durante parte do ano e o escoamento superficial é caracterizado por uma descarga média específica muito baixa na região (da ordem de 4 l/s/ km²). - Entre as principais secas na história da região, mencionase especialmente aquelas ocorridas em: 1900; 1903; 1915; 1919/20; 1931/32; 1942; 1951/53; 1958; 1966; 1970; 1972; 1976; 1979/80; 1982/83; 1993; 1998/...
6 Dados Pluviométricos Estação Ponte BR-242 em Oliveira dos Brejinhos Cód: Média Histórica (mm) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: MME / ANA
7 Dados Pluviométricos Estação Santa Cruz do Piauí emsanta Cruz do Piauí Cód: Média Histórica (mm) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: MME / ANA
8 Dados Pluviométricos Estação Cristino Castro em Cristino Castro Cód: Média Histórica (mm) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: MME / ANA
9 Dados Fluviométricos 40 RIO JAGUARIBE EM ARNEIROZ CÓD: M édia Histórica (m3/s) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: Ministério de Minas e Energia e Agência Nacional de Águas
10 Dados Fluviométricos 40 RIO ITAIM EM MARIA PRETA CÓD: Média Histórica (m3/s) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: Ministério de Minas e Energia e Agência Nacional de Águas
11 Dados Fluviométricos 20 RIO CAPIBARIBE EM TORITAMA CÓD: M édia Histórica (m3/s) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: Ministério de Minas e Energia e Agência Nacional de Águas
12 Recursos Hídricos no Nordeste Dados comparativos das Regiões Hidrográficas em território nacional, em termos de área de drenagem, precipitação, descarga específica e evaporação. BACIAS ÁREA DE DRENAGEM (km²) PRECIPITAÇÃO (mm/ano) DESCARGA ESPECÍFICA l/s/ km² EVAPORAÇÃO (mm/ano) RH Atlântico-NE Oriental , RH Amazônica * , RH do Paraná (até Foz do Iguaçu ,5 989 RH do Uruguai * ,3 832 * Em território brasileiro Fonte: Documento Básico de Referência do Plano Nacional de Recursos Hídricos
13 Medidas para otimizar o gerenciamento de recursos hídricos no nordeste e combater a desertificação e a seca.
14 Medidas para otimizar o gerenciamento de recursos hídricos no nordeste Plano Nacional de Recursos Hídricos - PNRH Área de influência no nordeste: -Região Hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental -Região Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental -Região Hidrográfica do Parnaíba -Região Hidrográfica do São Francisco (parte) -Região Hidrográfica do Atlântico Leste (parte)
15 Plano Nacional de Recursos Hídricos Estratégico Participativo Descentralizado Estruturação: Comissões Executivas Regionais - CERs: Atores: Governo Federal, Governos Estaduais, Sociedade Civil e Segmentos Usuários da Água Produto: Cadernos Regionais Seminários Prospectivos: Atores: CERs e seus indicados, consultor regional, GTCE, prospectivista, relator e moderador. Produto: Visões Regionais (Cenarizações) Encontros Públicos Estaduais: Atores: GTCE, moderador e sociedade. Apresentação dos resultados dos seminários prospectivos e coleta de priorizações
16 Plano Nacional de Recursos Hídricos Estratégico Participativo Descentralizado Estruturação (cont.): Oficina de Consolidação de Cenários: Atores: GTCE, CT-PNRH, Relatores dos Seminários Prospectivos, Prospectivistas e Consultores Regionais. Produto: Consolidação de cenários nacionais a serem encaminhados ao CNRH Reunião do CNRH: Produção: Pactuação de um cenário almejado Seminário Nacional: Atores: CERs, CT-PNRH, GTCE, Relatores dos Seminários Prospectivos e Consultores Regionais. Produto: Consolidação das discussões e proposição de Diretrizes, Metas e Programas para o PNRH. Reunião do CNRH: Produto:Aprovação do Plano Nacional de Recursos Hídricos
17 Medidas para combater a desertificação e a seca. Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PAN-BRASIL) Estratégico Participativo Descentralizado Objetivo Geral: estabelecer diretrizes e instrumentos legais e institucionais que permitam otimizar a formulação e execução de políticas públicas e investimentos privados no Semi-árido Brasileiro- SAB, no contexto da política de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca e de promoção do desenvolvimento sustentável
18 Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PAN-BRASIL) Estratégico Participativo Descentralizado Estruturação: Grupos de Trabalho: Grupo de Trabalho Interministerial (GTIM): Atores: representantes dos Ministérios, de instituições públicas federais,dos governos estaduais e da sociedade civil, com atuação direta no Semi-árido Brasileiro. Objetivos: propor mecanismos para a elaboração e implementação do PAN-BRASIL. Grupo de Trabalho Parlamentar: Atores: parlamentares da Câmara Federal e Assembléias Legislativas. Objetivos: acompanhar e colaborar no processo de elaboração e implementação do PAN-BRASIL dentro de suas atribuições constitucionais. Grupo de Trabalho da Sociedade Civil: Atores: representantes da Articulação do Semi-Árido (ASA). Objetivos:articular a rede de organizações sociais do Semi-árido para que se amplie o grau de participação da sociedade civil na elaboração e implementação do PAN-BRASIL.
19 Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PAN-BRASIL) Estratégico Participativo Descentralizado Estruturação (continuação): Ponto Focal Nacional: Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente Pontos Focais Estaduais: Objetivos : sensibilizar, articular e coordenar as atividades e ações no nível estadual em torno do processo de elaboração e implementação do PAN-BRASIL Pontos Focais Estaduais governamentais: Atores: Secretários de Meio Ambiente ou dos Recursos Hídricos. Pontos Focais Estaduais não governamentais : Atores: representantes da Articulação do Semi-árido (ASA) Pontos Focais Parlamentares : Atores: parlamentares das Assembléias Legislativas.
20 Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PAN-BRASIL) Estratégico Participativo Descentralizado Estruturação (continuação): Comissões Temáticas: Atores: representantes dos ministérios, dos governos estaduais, da sociedade civil e outras instituições. Objetivos: identificar e sistematizar as informações relativas a programas, propostas e políticas de combate à desertificação nas áreas temáticas: redução da pobreza e desigualdade; ampliação sustentável da capacidade produtiva e preservação, conservação e manejo sustentável dos recursos naturais. Oficinas Estaduais: Atores: pontos focais estaduais (governamental, não governamental e parlamentar), representantes dos governos estaduais, da sociedade civil e outras instituições. Objetivos: ampliar a participação social no processo de construção do PAN por meio da mobilização dos atores sociais em nível estadual e identificar propostas de ações a serem contempladas no Programa.
21 PROGRAMA ÁGUA DOCE SEDE ZERO CONTEXTUALIZAÇÃO Programa de âmbito nacional, com foco no semi-árido brasileiro; Águas subterrâneas da região possuem elevado teor de sais e, se consumidas, podem trazer diversos males à saúde; Existem, aproximadamente, poços implantados. Dessalinizadores implantados, em torno de 70% desativados.
22 PROGRAMA ÁGUA DOCE SEDE ZERO OBJETIVO Aumentar a oferta e democratizar o acesso à água de boa qualidade e promover o uso sustentável dos recursos hídricos, mediante um conjunto de ações integradas, utilizando tecnologias sustentáveis de dessalinização e de aproveitamento de rejeitos em sistemas produtivos locais, com base na gestão participativa, na organização comunitária, no uso de energias alternativas, no desenvolvimento de pesquisas apropriadas e na recuperação e proteção da biodiversidade local.
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