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Transcrição:

LEI Nº 1342 /2014 Dispõe sobre a criação e regulamentação do Programa Social de Garantia aos Direitos Fundamentais de Moradia, Alimentação e Saúde no Município de Santana da Vargem, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, e da outras providências. O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTANA DA VARGEM, ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de suas prerrogativas: Faz saber que a Câmara manteve e ele promulga nos termos da Lei Orgânica Municipal a seguinte Lei: DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - Esta lei regula, em todo o território do Município de Santana da Vargem-MG, o PROAMAS Programa de Auxílio à Alimentação, Moradia e Saúde através da Secretaria Municipal de Ação Social, enquanto durar os programas do Governo Federal Fome Zero, Programa de Saúde e Programas Habitacionais. DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 2º - O dever do Município de garantir moradia, alimentação e saúde consistem na execução do Programa de Auxílio a Alimentação, Moradia e Saúde PROAMAS, bem como na formulação de políticas econômicas e sociais que visem a construção e a recuperação de moradias, promoção de saúde e na redução de riscos e outros agravos de doenças, no estabelecimento de condições que assegurem o acesso a alimentação básica e igualitária, às ações e aos serviços para promoção, proteção e recuperação dos direitos fundamentais, nas áreas urbanas e rurais.

Parágrafo único. O dever do Município não exclui o das pessoas, das empresas, da sociedade e dos demais entes de direito público e visará atendimento à pessoa ou família em risco ou com maior vulnerabilidade social. Art. 3º - O PROAMAS será gerenciado no Município de Santana da Vargem, através da Secretaria Municipal de Ação Social, com cooperação da Secretaria Municipal de Obras, da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento, Secretaria Municipal de Saúde e das entidades civis sem fins lucrativos conveniadas, que visará: I Combater a fome e a desnutrição em qualquer faixa etária causada pela ausência ou insuficiência de substâncias essenciais ao organismo humano; II Garantir a moradia em condições de salubridade e com o mínimo de atendimento da à dignidade da pessoa humana; III Garantir medicamentos, consultas e exames na área de saúde, a aqueles que o SUS Sistema Único de Saúde não coberta, em toda a sua complexidade, incluindo os programas sociais e da saúde que garantam a proteção, promoção e recuperação da saúde dos cidadãos; IV Fica o Poder Executivo condicionado a prestar contas bimestralmente das verbas gastas com o PROAMAS ao Poder Legislativo. DO DIREITO À ALIMENTAÇÃO Art. 4º - O Município, através da Secretaria Municipal de Ação Social, providenciará atendimento alimentar e nutricional imediato, priorizando as pessoas ou famílias em risco ou vulnerabilidade social, mediante avaliação da Assistência Social. Parágrafo único. Nos casos emergenciais, assim considerados àqueles com vítimas de acidentes por intempéries ou outros riscos, bem como onde a situação de pobreza evidencia a fome grave, a avaliação da Assistência Social poderá ocorrer após a primeira entrega de alimento. Art. 5º - O fornecimento de alimento deverá representar estímulo à inserção em outras políticas governamentais que possibilitem à família ou à pessoa, em riscos ou vulnerabilidade social, para iniciativas que gerarão auto-sustentação.

1º - As ações para auto-sustentação contarão com iniciativas do Município, em cooperação com outras entidades públicas ou privadas, para geração de emprego e renda. 2º - As contratações temporárias para atender os programas que visem assegurar os direitos sociais fundamentais terão duração de um ano prorrogáveis uma única vez por igual período. Art. 6º - O disposto no artigo anterior busca inserir nas funções dos servidores, contratados temporariamente para programas especiais, a articulação das ações entre os diferentes setores da Administração Pública Municipal, como garantia, à população carente, de acesso às ações de inclusão social, informação e monitoramento, de modo a superar o tratamento isolado dos vários fatores que afetem ou interfiram na vulnerabilidade ou risco social. Parágrafo único. O Programa na área de alimentação contará com dois agentes de nutrição, conforme parágrafo 2º do artigo 5º desta Lei. DO DIREITO À MORADIA E SEGURANÇA SOCIAL Art. 7º - Fica o Poder Executivo, através da Secretaria Municipal de Ação Social, Saúde, autorizado a promover a recuperação e a melhoria da moradia de pessoa ou família em risco ou vulnerabilidade social, com fornecimento de materiais e serviços, nas zonas rural e urbana, mediante avaliação da assistência social e parecer técnico da Secretaria Municipal de Obras, conforme as disponibilidades orçamentárias. 1º - Considerando o risco ou vulnerabilidade social as áreas com concentração de pobreza, cujas habitações encontrem-se em situação incompatível com a dignidade humana, ou, independente de área, família ou pessoa cuja a habitação não lhe proporcione o mínimo de dignidade e possuam renda familiar insuficiente para a subsistência própria e da família. 2º - Serão consideradas prioritárias as habitações de pessoas em risco de vulnerabilidade social que ameacem ruínas de desabamento ou não atendam as condições de salubridade; Art. 8º - O Município, conforme suas disponibilidades orçamentárias, em situação devidamente comprovada, mediante Laudo da Assistência Social e Parecer Técnico da Secretaria de Obras poderá, até que se promova a recuperação ou reparo das moradias que ameacem ruínas de desabamento ou incompatíveis com o mínimo de salubridade, locar

imóvel à pessoa ou família em situação de risco ou vulnerabilidade social até a recuperação da respectiva habitação. 1º - Será locado, se possível e preferencialmente, imóvel que mantenha o convívio social e respeito a dignidade cultural dos padrões habitacionais oriundos dos usos e costumes das comunidades e grupos sociais. 2º - O Programa na área de moradia contará com agentes de atendimento, projeto arquitetônico, construção, conforme anexo único desta Lei. Art. 9º - O Direito a Saúde, como direito social fundamental, tem inspiração no valor da igualdade entre as pessoas e, no Município de Santana da Vargem, além de outras ações, será efetivado através de Programa de Complementação a Saúde Básica, executado pela Secretaria Municipal de Ação Social. 1º - Os PROAMAS atenderão famílias no que diz respeito à saúde, somente quando a Secretaria Municipal de Saúde não tenha condições de atender a necessidade. Art. 10º - Serão realizadas pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, procedimentos administrativos como estudos sociais, visitas domiciliares para comprovação da realidade vivenciada pela família, formulários próprios para apuração das necessidades e carências de indivíduos e famílias que demandem o benefício, observando o critério de renda instituído por Lei e garantido as famílias cujos membros tenham renda per capita mensal igual ou inferior a ¼ (um quarto) do salário mínimo vigente no país, considerados para esse calculo todos os membros da família, ressalvados casos especiais analisados pela Assistência Social. Art.11º - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação. Gabinete do Presidente da Câmara Municipal de Santana da Vargem, 19 de março de 2014. Registre-se, Publique-se e Cumpra-se. JOSINO SILVA PRESIDENTE EMERSON SILVA ARAÚJO 1º SECRETÁRIO