A utilização da ovitrampa como prevenção do Aedes e controle do Dengue no Distrito de Martinésia, Uberlândia (MG).



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Transcrição:

III Encontro da ANPPAS 23 a 26 de maio de 2006 Brasília DF A utilização da ovitrampa como prevenção do Aedes e controle do Dengue no Distrito de Martinésia, Uberlândia (MG). João Carlos de Oliveira(1), Samuel do Carmo Lima(2), Jureth Couto Lemos(3), Baltazar Casagrande(4), Elaine Aparecida Borges(5), Daniela Belo Silva(6), Jakson Arlam Ferrete(7), Kênia Rezende(8) UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE GEOGRAFIA LABORATÓRIO DE GEOGRAFIA MÉDICA E VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE (LAGEM IG/UFU) RESUMO Martinésia é um Distrito rural que está distante 32 Km da sede da cidade, possui 871 habitantes na área urbana, em 124 imóveis. O Dengue é uma das mais importante arbovirose que afeta o homem e constitui um sério problema de saúde pública em regiões tropicais, que favorecem os focos de Aedes aegypti e Aedes albopictus. O Dengue é uma doença febril, aguda e de etiologia viral. A fonte de infecção e reservatório vertebrado é o homem. A ovitrampa é uma armadilha artificial adaptada em vasos pretos de floricultura de 500 ml, com uma palheta de eucatex imersa em água, onde permite identificar a oviposição da fêmea do mosquito Aedes. As ovitrampas foram instaladas, entre fevereiro e julho de 2005, o que detectou de forma precoce os focos de Aedes. Com o aumento do índice de positividade de ovos (IPO), realizou uma gincana educativa e pedagógica com a participação dos estudantes e dos professores da Escola Municipal Antonino Martins da Silva, que retirou e eliminou, aproximadamente, 350 Kg de resíduos sólidos, potenciáveis criadouros de Aedes. As ovitrampas ampliaram a Educação e a Vigilância Ambiental em Saúde, sensibilizou a população para o problema, com informações sobre a doença (modo de transmissão, quadro clínico e tratamento), sobre o vetor (hábitos, criadouros domiciliares e naturais) e medidas de prevenção e controle. A gincana reduziu o IPO e o mais importante, não houve registro de casos de Dengue.

Martinésia é um Distrito rural do município de Uberlândia (MG), que está distante 32 Km da sede da cidade e possui uma população total de 1.412 habitantes, sendo 871 residindo na área urbana. Situada na porção noroeste da sede da cidade Uberlândia (MG), que também faz limites com os municípios de Tupaciguara (Oeste), Araguari (Leste) e com o Distrito de Cruzeiro dos Peixotos (sudeste) (cf. figura 01). Figura 01 Localização geográfica do Distrito, 2006. Fonte: NASCIMENTO, Dorivaldo Alves do. Histórias de Uberlândia. Uberlândia MG: Grafy, 2000. Em 27 de setembro de 1926 foi criado o Distrito de Martinópolis, pela Lei 935 de 27 de setembro de 1926. Já em 31 de dezembro de 1943, pelo Decreto Lei Nº 1.058, Martinópolis foi mudado para o nome de Martinésia. No final da década de 1930, do século XX, contava com uma população total de 5.250 habitantes, com uma produção abundantemente algodão, cana-de-açúcar, café e outros cereais, também havia ricas pastagens nos vales dos rios Uberabinha e das Velhas (hoje rio Araguari). As estruturas e coberturas geomorfológicas do Distrito correspondem a áreas de relevos intensamente dissecados, com topos aplainados e chapadas por toda a região, com altitudes entre 640 a 700 m (BACCARO, 1999). Quanto ao ambiente climático ROSA, LIMA e ASSUNÇÃO (1991, p. 92-93), indicam que: O clima do município de Uberlândia é subtropical de altitude, sendo caracterizado por dois períodos sazonais. Um deles, o inverno seco, quando a temperatura média mensal atinge 18ºC e a precipitação pluviométrica do mês mais seco fica em torno

de 60 mm. O outro período sazonal, o verão, há grande concentração pluviométrica entre outubro a março. Os meses de dezembro a fevereiro são responsáveis por cerca de 50% da precipitação anual que é de 1500 a 1600 mm. Outubro a fevereiro são os meses mais quentes, com temperatura média mensal variando de 21ºC a 23ºC, enquanto que a média anual das máximas encontram-se em torno de 28ºC a 29ºC. (ROSA, LIMA e ASSUNÇÃO, 1991, p. 92-93). O Distrito possui uma vegetação natural de Cerrado, típico de savana arbórea nos topos e chapadas, com presença de matas de galeria nas encostas (fundos de vales) (BACCARO, 1989; LIMA, ROSA & FELTRAN FILHO, 1989; SCHIAVINI & ARAÚJO, 1989), mas atualmente estão ocupadas por diversas atividades agropecuárias, principalmente nos cultivos de soja e pastagens extensivas, sendo reduzidas a poucas áreas nativas isoladas, principalmente nas vertentes. A área urbana do Distrito possui uma extensão territorial de, aproximadamente, 562 Km², com 124 imóveis e distribuídos em 22 quarteirões (cf. figura 02).

Figura 02 Mapa da área urbana do Distrito de Martinésia, 2006. FONTE: Centro de Controle de Zoonozes da Prefeitura Municipal de Uberlândia, MG, 2000. Quase toda a extensão territorial da área urbana do Distrito já está ocupada, onde há apenas alguns lotes vagos (baldios), principalmente na área mais recente da expansão da malha urbana. O Distrito apresenta duas áreas urbanas bastante distintas do ponto de vista ambiental e social. De um lado, tem-se a área mais antiga, que pertence aos quarteirões 08, 09, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21e 22, construída desde a sua fundação, com ambientes de quintais bastante arborizados e presença mais intensa de resíduos sólidos dispostos inadequadamente (cf. figura 03).

Figura 04 Quintal na Rua Aniceto Antonio da Silva (Q16), dezembro de 2005. Foto: João Carlos de Oliveira O outro ambiente da área urbana do Distrito apresenta uma ocupação mais recente, segundo os moradores de dez anos para cá, com quintais pouco arborizados e com uma presença pequena de lixos armazenados e jogados nos quintais (cf. figura 05). Esta área corresponde aos quarteirões (01, 02, 03, 04, 05, 06 e 07). Figura 05 Vista panorâmica do lote na Rua da Cooperação (Q 04), junho de 2005. Foto: Jaksom Aran Ferrete A Dengue é hoje uma das mais importante arbovirose que afeta o homem e constitui um sério problema de saúde pública no mundo, especialmente na maioria dos países tropicais, onde as condições ambientais, principalmente a temperatura, a precipitação, a cobertura vegetal e a presença de criadouros favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor da doença, também, transmissor da Febre Amarela, que nestes últimos anos em

função dos hábitos populacionais foi (re) introduzida no Brasil. Na verdade as pesquisas entomológicas, direcionadas para detectar e monitorar os focos de Aedes aegypti, são desenvolvidas para a erradicação da Febre Amarela Urbana e a Dengue, por isso a prioridade com o monitoramento do Aedes aegypti. Além da grande preocupação com o Aedes aegypti, também há uma necessária atenção para com o Aedes albopictus, tendo em vista que já foi comprovada em laboratório a sua capacidade de transmissão do vírus do Dengue, por isso sendo uma espécie vetora e que pode ser potencialmente responsável por epidemias (BRASIL, 1997). As condições ambientais da maioria dos países tropicais favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor. Esta intensa preocupação com o Aedes aegypti se deve pela sua área geográfica de abrangência, que de acordo com BRASIL (2001, p. 11): O Aedes aegypti é uma espécie tropical e subtropical, encontrada em todo mundo, entre as latitudes 35ºN e 35ºS. Embora a espécie tenha sido identificada até a latitude 45ºN, estes têm sido achados esporadicamente apenas durante a estação quente, não sobrevivendo ao inverno. A distribuição do Aedes aegypti também é limitada pela altitude. Embora não seja encontrado acima dos 1000 metros, já foi referida a sua presença a 2132 e 2200 metros acima do nível do mar, na Índia e na Colômbia (OPS/OMS) (BRASIL, 2001, p. 11). Além da importância entomológica do Aedes aegypti pela sua particularidade urbana, sobre o Aedes albopictus não se dispõe de conhecimento suficiente, sobre a sua biologia e comportamento, apesar da comprovação em laboratório da sua capacidade de transmissão, por isso as operações da sua identificação merecem medidas no seu combate, isto porque BRASIL (2001, p. 18), lembra que: Aedes albopictus é uma espécie que se adapta ao domicílio e tem como criadouros recipientes de uso doméstico como jarros, tambores, pneus e tanques. Além disso, está presente no meio rural, em ocos de árvores, na imbricação das folhas e em orifícios de bambus. Essa amplitude de distribuição e capacidade de adaptação a diferentes ambientes e situações determina dificuldades para a erradicação através da mesma metodologia seguida para o Aedes aegypti. Além da sua maior valência ecológica, tem como fonte alimentar tanto o sangue humano como de outros mamíferos e até aves. Ademais disso, é mais resistente ao frio que o Aedes aegypti. É necessário que se promovam levantamentos regulares para a detecção de sua presença e o aprofundamento de estudos sobre hábitos naturais e artificiais. (BRASIL, 2001, p. 18). A intensa urbanização do Aedes se deve pelas trocas comerciais entre países, os fluxos migratórios, as altas densidades populacionais, os hábitos culturais em armazenar inadequadamente os resíduos sólidos que servem de criadouros para o vetor (LO, 1993 apud MONTEIRO, 2000). A situação epidemiológica do Dengue no Brasil, nestes últimos anos, tem tornado alarmante porque há uma intensidade de casos, e o mais agravante é que algumas Unidades Federativas estão na área endêmica para Febre Amarela Silvestre. Diante disto, é preciso uma somatória de ações que permeiem todas as faces do problema, para evitar (novas) epidemias de Febre Hemorrágica do Dengue no país, de conseqüências imprevisíveis, aumentando também o risco da urbanização da

Febre Amarela. Algumas regiões brasileiras estão mais suscetíveis aos focos e à epidemias, principalmente, os estados da região Sudeste, que de acordo com ANTUNES & JOLY & LINHARES (2004, p. 30) e o ESTADO DE MINAS (2004, p. 26): Minas Gerais, é o Estado de menor redução de casos de dengue da região Sudeste. O país reduziu o número de casos, que em 2004 apresentou 14,5% a menos, se comparado 2003 com 23.972 casos. São Paulo com 64,8% de 2.950 casos; Rio de Janeiro com 83,1% de 1304 vítimas; Espírito Santo com 6328 casos, 80,9% menor 2003 e Minas Gerais com 20% de 19.068 em 2004, contra 23.972 em 2003. O maior surto foi em 2002, com 794.000 casos, com 2.714 casos febre hemorrágica. A previsão de contaminações será de 225.000 para o ano de 2005, com 35 casos febre hemorrágica, onde as áreas de maior risco são a região Sudeste em particular Minas Gerais e Espírito Santo, com 35% (ANTUNES & JOLY & LINHARES, 2004, p. 30 e ESTADO DE MINAS, 2004, p. 26). No caso de Uberlândia, a ocorrência de Aedes aegypti foi registrada inicialmente em 1986 (SANTOS e MARÇAL JUNIOR, 2004). Mas conforme reforça MARÇAL JUNIOR e SANTOS (2004, p. 235): Em Uberlândia, as primeiras notificações de dengue ocorreram em 1993. Desde então, novos casos têm sido registrados a cada ano em 1999, foram identificados 2.424 casos novos de dengue na área urbana, correspondendo a um coeficiente geral de incidência de 52,67 % ºº, todos de forma clássica da doença. A análise da distribuição espacial da incidência do dengue nesse ano revelou que a transmissão se processa de modo desigual, sendo que o índice mais elevado foi registrado no setor Norte da cidade (MARÇAL JUNIOR e SANTOS, 2004, p. 235). A situação epidemiológica do Dengue no Distrito de Martinésia pode ser considerada tranqüila, talvez seja pelo seu isolamento. Mas os contatos intraurbanos são constantes, realizados em veículos particulares, Rodovia Municipal Neuza Resende e através do Sistema Integrado de Transporte (SIT), linha D280, que circula entre Martinésia/Cruzeiro dos Peixotos/Terminal Umuarama que liga o Terminal Umuarama ao Distrito, o que permite a instalação ou a importação de casos, vetores e/ou ovos. Portanto, o seu isolamento não comprova a ausência do vetor, pois durante as pesquisas de ovitrampas identificamos ovos de Aedes aegypti e de Aedes albopictus. Em função do perfil epidemiológico no Distrito, a instalação e manutenção de ovitrampas, se deram a partir de um projeto realizado, desde 2003, num conjunto de ações de manejo integrado como prevenção e controle do Dengue, a partir dos contatos com as lideranças, censo sócioambiental, pesquisa larvária, instalação e manutenção de ovitrampas e educação e vigilância ambiental em saúde. A escolha do Distrito de Martinésia se deu pela impossibilidade de desenvolvê-lo em um bairro de Uberlândia, sendo que o mosquito migra de um local para outro, neste caso, principalmente, entre as áreas periféricas de um bairro para outro. Enquanto que no Distrito a possibilidade de migração é mais difícil porque o mesmo fica isolado de outras áreas urbanas. Logo, é necessário demonstrar que uma das soluções para prevenir e controlar o Aedes é por meio de um conjunto de ações integradas, que cria uma sinergia entre as pessoas e ao mesmo

tempo substitui algumas práticas mais agressivas para o meio ambiente e pessoas, por exemplo, o uso do fumaçê. A instalação e manutenção das ovitrampas ocorreram semanalmente, entre fevereiro e julho de 2005, em 19 (de 22) quarteirões, com um total de 24 coletas, com um monitoramento até dezembro de 2005, em função do manejo integrado como prevenção e controle do Dengue. As armadilhas foram instaladas em diferentes alturas e locais (dentro e fora das residências cf. figuras 06 e 07), exatamente para obter um melhor perfil e mapeamento dos focos do vetor. Fotos: João Carlos de Oliveira Figura 06 Ovitrampas instaladas (Q 05), julho de 2005. Figura 07 Ovitrampas instaladas (Q 16), julho de 2005. Nestes últimos anos têm surgido diferentes pesquisas sobre o mapeamento do Aedes. Estas pesquisas são feitas periodicamente com o intuito de detectar de maneira eficiente e precoce a presença do vetor em diferentes períodos sazonais. Sabendo da sensibilidade do método como forma de vigilância epidemiológica, FAY & ELIASON (1966) apud RODRIGUES (2005, p. 09) aponta que: Com a utilização da armadilha ovitrampa permitiram o conhecimento da população fêmeas numa localidade. Esta armadilha de oviposição vem demonstrando ser um método sensível e econômico para detectar a presença de Aedes aegypti e Aedes albopictus, principalmente quando os níveis de infestação das localidades estão tão baixos que o levantamento larvário não os revela (RODRIGUES, 2005, p. 09). As ovitrampas são Armadilhas Artificiais, onde BRASIL (2001, p. 49), apresenta algumas características: São depósitos de plástico preto com capacidade de 500 ml, com água e uma palheta de eucatex, onde serão depositados os ovos do mosquito. A inspeção das ovitrampas é semanal, quando então as palhetas serão encaminhadas para exames em laboratório e substituídas por outras. As ovitrampas constituem método sensível e econômico na detecção da presença de Aedes aegypti, principalmente quando a infestação é baixa e quando os levantamentos de índices larvários são pouco produtivos. São especialmente úteis na detecção precoce de novas infestações em áreas onde o mosquito foi eliminado. Devem ser distribuídas na localidade na proporção média de uma armadilha para cada nove quarteirões, ou uma para cada 255 imóveis, o que representa três ou quatro por zona (BRASIL, 2001, p. 49).

As metodologias usadas na instalação das ovitrampas em Martinésia foram de acordo com as observações de RODRIGUES (2005, p. 14): Na instalação das ovitrampas, foi colocada água da torneira nos potes até altura dos furos, a palheta de eucatex com a parte enrugada voltada para a parte interna em contato com a água e presa a um clips nº 08 (cf. figura 08). A superfície rugosa foi colocada de forma a possibilitar a oviposição dos mosquitos (RODRIGUES, 2005, p. 14). Fotos: Malaquias José de Souza Figura 08 Modelo de ovitrampa, outubro de 2004. Não foram instaladas ovitrampas nos quarteirões 01, 04, 07 e 13, em função de vários fatores, tais como: não há residências (quarteirão 04), só há uma residência e o morador não aceitou a instalação (quarteirão 13). No quarteirão 01, os moradores trabalham o dia todo e ficam ausentes de sua residência. As instalações das ovitrampas ocorreram a partir de conversas com alguns moradores, com explicações dos procedimentos de instalação e manutenção do equipamento, que houve uma boa aceitação. Para a escolha e a definição da residência para instalação da ovitrampa considero-se: a aceitação, a presença e cuidados do(a) morador(a) com a armadilha e ambiente adequado. Após a autorização do morador, a equipe registrou o endereço (Rua/avenida/número) da residência, nome do morador, o número da palheta sempre foi o mesmo do vaso e a data de cada coleta. Estes dados permitiram, semanalmente, executar os trabalhos de (instalação, manutenção e anotação das condições das Ovitrampas e das palhetas), bem como os contatos com os moradores. Depois da instalação e preparação de cada ovitrampa em seu lugar, verificava as condições ambientais dos quintais e realizava uma conversa com os moradores sobre as condições das ovitrampas (presença ou não de água, quedas, presença de resíduos, etc), em seguida as palhetas foram armazenadas numa prancheta para maior proteção dos ovos. No final da coleta as pranchetas foram trazidas para o LAGEM (IG/UFU) para contagem e identificação, em Lupa estereomicroscópica, porque a olho nu não é possível realizar a contagem dos ovos nas palhetas (cf. figuras 09 e 10).

Foto: Baltazer Casagrande Figuras 09 e 10 Palhetas armazenadas e verificação dos ovos em Lupa Microscópica, fevereiro de 2005. De posse das palhetas, em laboratório, houve a quantificação dos ovos por quarteirão para obter um mapeamento da presença do vetor (cf. quadro 01). QUADRO 01 Total de ovos por mês/quarteirão, fevereiro a julho de 2005. Q FEV MAR ABR MAIO JUN JUL TT 01 00 00 00 00 00 00 00 02 00 04 00 00 00 00 04 03 00 00 00 00 00 00 00 04 00 00 00 00 00 00 00 05 00 00 00 00 00 00 00 06 00 20 47 17 01 00 85 07 00 00 00 00 00 00 00 08 00 150 129 51 18 84 432 09 87 402 162 40 00 00 691 10 26 418 45 22 55 00 566 11 02 53 00 03 11 00 69 12 113 302 68 25 10 00 518 13 00 00 00 00 00 00 00 14 11 277 32 29 23 04 376 15 03 705 00 220 01 00 929 16 132 462 210 61 13 00 878 17 70 349 408 147 27 20 1021 18 01 06 00 38 00 00 45 19 00 72 55 00 04 22 153 20 22 22 09 00 00 00 53 21 49 370 279 149 124 95 1066 22 00 130 121 75 00 00 326 EE 00 343 145 66 00 00 554 TT 516 4085 1710 943 287 225 7766 Fonte: Pesquisa do autor, 2005. A tabulação dos ovos das palhetas das ovitrampas por quarteirão evidenciou que os ambientes com moradias da área urbana mais antiga apresentaram, em ordem crescente, uma maior quantidade de ovos, principalmente os quarteirões 21, 17, 16 e 14. Estes resultados, mais uma vez, confirmam as relações que existem entre alguns fatores determinantes tais como a densidade populacional, a densidade habitacional, a urbanização não planejada e as condições sócio-

econômicas e culturais dos moradores, o que propiciaram a rápida circulação e as condições necessárias à reprodução do vetor. Os ovos, também, foram quantificados por categorias viáveis, eclodidos e danificados, com um total de 7766, durante 24 coletas (cf. quadro 02). Esta tabulação foi realizada com o objetivo de verificar, mensalmente, a quantidade de ovos com viabilidade ou não de eclosão. QUADRO 02 PESQUISAS DAS OVITRAMPAS, 2005. Mês Total Ovos viáveis Ovos eclodidos Ovos danificados Fevereiro 516 371 44 101 Março 4085 2793 606 686 Abril 1710 813 392 505 Maio 943 225 440 278 Junho 287 256 00 31 Julho 225 145 31 49 TOTAL 7766 4603 1513 1650 Fonte: Pesquisa do autor, 2005. Depois da quantificação dos ovos, realizou-se o cálculo do Índice de Positividade de Ovitrampa (IPO). O IPO foi descrito por (FAY & ELIASON, 1966 apud GOMES, 2002), considerando: Que é um método baseado na armadilha de oviposição denominada de ovitrampa, a qual permite a contagem e identificação dos ovos de Aedes aegypti e Aedes albopictus em palhetas, permite calcular a infestação de um local (FAY & ELIASON, 1966) apud GOMES (2002) (cf. cálculo 01e quadro 03). Cálculo 01 IPO = Nº de armadilhas positivas X 100 Nº de armadilhas examinadas QUADRO 03 IPO DAS OVITRAMPAS, 2005. MÊS Nº DE ARMADILHAS EXAMINADAS IPO (%) Fevereiro 12 63,15 Março 65 342,10 Abril 36 189,47 Maio 23 120,05 Junho 16 84,21 Julho 08 42,10 Fonte: Pesquisa do autor, 2005. Com a instalação das ovitrampas e os cálculos de IPO, observou-se que houve uma maior infestação de ovos nas palhetas, entre fevereiro e março. Importante destacar que este período sazonal, para a região de Uberlândia (MG), já corresponde ao término do verão com uma redução nos índices pluviométricos, mas com presença de dias isolados de precipitação (cf. quadro 04). Mas este período é exatamente o mais propício para a oviposição, o que possibilita na presença de vetores e na possibilidade de casos de Dengue.

QUADRO 04 DIAS DE CHUVAS E MÉDIA TOTAL DE PRECIPITAÇÃO, 2005. MÊS Nº DE DIAS COM CHUVAS MÉDIA TOTAL (mm) Fevereiro 12 63,8 Março 18 273,6 Abril 06 22,1 Maio 04 47,1 Junho 03 44,1 Julho 00 00 Fonte: Pesquisa do autor, 2005. A partir do momento em que se verificou o aumento significativo de ovos, realizou, em abril, uma gincana com estudantes e professores da Escola Municipal Antonino Martins da Silva. A formação de 22 das equipes foi conduzida por professores da Escola, realizada a partir de sorteio dos estudantes, misturados, do Ensino Fundamental e um professor coordenador (cf. figura 11). Figura 11 Equipe formada para a gincana, abril de 2005. Foto: Jakson Arlam Ferrete Logo após a formação das equipes, acompanhadas de sacos de lixo de 100 litros e luvas, percorriam os quarteirões e visitavam e coletavam material dos quintais. Além de retirar os criadouros, houve uma explicação para os moradores dos devidos cuidados necessários para evitar o acúmulo de lixo em períodos chuvosos. Cada equipe, após a coleta dos resíduos dos quintais, retornavam para a Escola e depositavam o material na quadra (cf. figuras 12, 13 e 14).

Figura 12 Equipe coleta criadouros em quintal, abril de 2005. Foto: Jakson Arlam Ferrete Figura 13 Retorno das equipes com os sacos de lixos, abril de 2005. Foto: João Carlos de Oliveira

Figura 14 Sacos de lixos depositados na quadra, abril de 2005. Foto: João Carlos de Oliveira As equipes retiraram, aproximadamente, 350 Kg de resíduos sólidos principalmente plásticos, pneus, garrafas, papelão, latas, que foram quantificados e utilizados pelos professores como venda para reciclagem e para fazer presentes para o dia das mães do Distrito. Ao eliminar boa parte destes criadouros dos quintais, verificou-se que houve uma redução significativa de ovos nas palhetas, apesar da presença de água dentro das ovitrampas. Portanto acredita-se que há uma estreita relação entre água depositada e parada em criadouros e a presença do vetor de Aedes. Também, é importante destacar que em função da relevância dos resultados de mobilização dos moradores do Distrito e redução do IPO, um canal de televisão local (TV Integração afiliada da Rede Globo), numa tarde de junho de 2005, acompanhou e divulgou os trabalhos de monitoramento das ovitrampas, entrevistou os moradores e responsáveis pelo trabalho. Em suma, concluímos que a retirada (ou eliminação) de criadouros é um procedimento relevante no manejo integrado como prevenção e controle do Dengue. As múltiplas ações integradas permitem uma sinergia de Vigilância Ambiental em Saúde. Consideramos que a ovitrampa é uma armadilha eficiente e barata para verificar a presença e os focos de ovos de Aedes em diferentes períodos sazonais, conforme confirmação dos dados. Elas mapearam a oviposição e a distribuição espacial de ovos nos 19 quarteirões em diferentes períodos sazonais. Possibilitaram um maior contato com os moradores, ampliaram a Educação e a Vigilância Ambiental em Saúde, onde a população está sensibilizada para o problema, está informada sobre a doença (modo de transmissão, quadro clínico e tratamento), sobre o vetor (hábitos, criadouros domiciliares e naturais) e medidas de prevenção e controle. E o mais importante, durante as pesquisas, não ocorreu casos de Dengue.

(1) Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Geografia (IG/UFU) (2)Prof. Dr. Orientador do Programa de Pós-Graduação em Geografia (IG/UFU) (3) Mestre e Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Geografia (IG/UFU). Professora da Escola Técnica em Saúde (ESTES/UFU) (4) Aluno do Curso de Geografia (IG/UFU) e Bolsista do CNPq (5) Aluna do Curso de Geografia (IG/UFU) e estagiária do LAGEM (IG/UFU) (6) Aluna do Curso de Geografia (IG/UFU) e estagiária do LAGEM (IG/UFU) (7) Aluno do Curso de Geografia (IG/UFU) e estagiária do LAGEM (IG/UFU) (8) Aluna do Curso de Geografia (IG/UFU) e estagiária do LAGEM (IG/UFU) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTUNES, Camila e JOLY, Heloisa e LINHARES, Juliana. Outra campanha antimosquito. São Paulo: VEJA, 10 de novembro de 2004, p. 30. BACCARO, Claudete Aparecida Dallevedove. Estudos geomorfológicos do município de Uberlândia. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v. 1, n. 1, p. 17-21, jun. 1989. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Guia de Vigilância epidemiológica. Brasília, 1998. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instruções para pessoal de combate ao vetor manual de normas técnicas. Brasília, 2001. ESTADO DE MINAS. Alerta contra a dengue. Gerais. Belo Horizonte: ESTADO DE MINAS, 26 de outubro de 2004, p. 26. FORATTINI, Oswaldo Paulo. Ecologia, epidemiologia e sociedade. SP: Artes Médicas/EDUSP, 1992. GOMES, Almério de Castro. Fatores ambientais biológicos: vigilância e controle de vetores. Mimeo, 2000. GOMES, Almério de Castro. Vigilância da dengue: um enfoque vetorial. Biológico: São Paulo, v. 64, n. 2, p. 209-212, jul./dez., 2002. LIMA, Samuel do Carmo, ROSA, Roberto e FELTRAN FILHO, Antonio. Mapeamento do uso do solo no município de Uberlândia MG, através de imagens TM/LANDAST. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v.1, n. 2, p. 127-145, dez. 1989. MARÇAL JUNIOR, Oswaldo e SANTOS, Almerinda dos. Infestação por Aedes aegypti (Diptera: culicidae) e incidência do dengue no espaço urbano: um estudo de caso. Revista Eletrônica Caminhos de Geografia (IG/UFU), Uberlândia: Minas Gerais, 15(13)233-243, out/2004. Disponível em: www.ig.ufu.br. Data de acesso: 10 de jan. 2006. MONTEIRO, Carlos Augusto (org.). Velhos e novos males da saúde no Brasil a evolução do país e suas doenças. SP: HUCITEC/NUPRENS/USP, 2000. NASCIMENTO, Dorivaldo Alves do. Histórias de Uberlândia. Uberlândia MG: Grafy, 2000.

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