ORDENAÇÃO DOS ADVÉRBIOS MODALIZADORES EM ENTREVISTAS VEICULADAS PELA REVISTA VEJA

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Transcrição:

73 de 119 ORDENAÇÃO DOS ADVÉRBIOS MODALIZADORES EM ENTREVISTAS VEICULADAS PELA REVISTA VEJA Marivone Borges de Araújo Batista* (UESB) (UESC) Gessilene Silveira Kanthack** (UESC) RESUMO: Partindo da análise de Ilari et al (1990) de que a posição privilegiada pelos advérbios modalizadores é a periférica inicial, o presente trabalho objetiva pesquisar as ordenações desses advérbios em entrevistas veiculadas pela Revista Veja, com o intuito de descrever e analisar fatores sintáticos e semânticos que influenciam os seus posicionamentos. Os resultados revelam que as posições internas predominam no corpus, o que pode ser explicado pela hipótese de que o advérbio se desloca para junto do verbo, por ser a categoria mais apta a recebê-lo, ou pela necessidade de aproximar-se do escopo, garantindo a motivação semântico-discursiva do enunciador. PALAVRAS-CHAVE: Advérbios Modalizadores; Sintaxe; Semântica. INTRODUÇÃO Os advérbios modalizadores são usados pelos falantes para expressar uma avaliação prévia sobre o conteúdo da proposição, podendo afirmar, negar, ordenar, expressar certeza ou dúvida e o grau de engajamento sobre o conteúdo do próprio enunciado. Dada a diversidade de funções semânticas, esses advérbios são distribuídos em diferentes classes. A propósito, para esta pesquisa, adotamos a classificação de Castilho (1993), a saber: epistêmicos (expressam um juízo de valor, assinalando uma adesão do falante ao que ele diz), deônticos (manifestam um dever ou uma obrigação) e afetivos (expressam

IV SEMINÁRIO DE PESQUISA EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS 74 de 119 emoções do falante ou se baseiam nas relações intersubjetivas entre falante e ouvinte). A maioria dos advérbios modalizadores não apresenta incidência focal sobre um constituinte em particular, como se pressupõem nas descrições normativas; eles se aplicam à sentença como um todo, operando sobre o conteúdo proposicional. Conforme Ilari et al. (1990), a posição inicial é a privilegiada para que esse tipo de advérbio tome como escopo toda a oração. Tendo em vista que as gramáticas tradicionais, ao abordar os advérbios, não apresentam uma descrição pormenorizada dos seus comportamentos sintático-semânticos, entendemos que o presente trabalho possa contribuir para os estudos descritivos do Português Brasileiro. MATERIAL E MÉTODOS Neste trabalho, analisamos as ordenações dos advérbios modalizadores em três entrevistas veiculadas na Revista Veja, concedidas, em junho de 2010, pelos candidatos à Presidência da República, com o intuito de descrever os seus posicionamentos, bem como identificar fatores sintáticos e semânticos que influenciam na ordenação desses advérbios. Para isso, adotamos pressupostos funcionais de autores como Ilari et al. (1990), Castilho; Castilho (1993); Neves (2000) e Castilho (2010). Para a análise das posições dos advérbios modalizadores, assumimos a proposta de Castilho; Castilho (1993): Posição 1, anterior à sentença; posição 2, posterior à sentença; posição 3, entre o sujeito e o verbo; e a posição 4, entre o verbo e o seu argumento interno. Também é deles a classificação semântica aqui adotada: Epistêmicos (asseverativos afirmativos, asseverativos negativos, quase-asseverativos e delimitadores); Deônticos e Afetivos (subjetivos e intersubjetivos).

75 de 119 RESULTADOS E DISCUSSÃO A análise dos dados evidenciou alguns aspectos interessantes: o uso dos modalizadores foi mais efetivo na fala de Marina Silva (58%). A candidata, na ocasião da entrevista, apresentava nas pesquisas eleitorais o menor índice de intenção de voto, o que comprova a necessidade de imprimir um efeito de credibilidade nas palavras proferidas. José Serra, segundo candidato nas intenções de voto em junho de 2010, faz uso de 31,5% dos advérbios modalizadores. E apenas 10,5% são empregados por Dilma Roussef, candidata com vantagem nas pesquisas, portanto, sem a mesma necessidade dos demais candidatos de asseverar o seu próprio enunciado.. Procedendo a descrição semântica dos Modalizadores, consideremos a tabela 1: Tabelaa 1: Cômputo dos modalizadores adverbiais Epistêmicos Deôntico s Afetivos Asseverativos Quaseassev. Delimitador es Subjetivos Intersubjeti vos Af. Neg. 100% 64,8% 23,5 11,7% 50% 50% 89,5% 10,5% Como observado, 89,5% são de Modalizadores Epistêmicos, o que pode ser explicado pela natureza do gênero textual: entrevista. Nela, os entrevistados estabelecem um diálogo quase assimétrico, com tema orientado, e forte intenção argumentativa: passar a imagem de candidatos capazes de solucionar os problemas do país. Das ocorrências dos Epistêmicos, 64,8% correspondem aos Asseverativos Afirmativos, exatamente os que marcam positivamente o valor de verdade. Nas demais ocorrências, 23,5% são de Quaseasseverativos e 11,7% de Delimitadores. Os Deônticos, por sua vez, não

IV SEMINÁRIO DE PESQUISA EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS 76 de 119 foram usados pelos candidatos; já os Afetivos foram os menos recorrentes: 10,5%. Vejamos, agora, a distribuição geral dos modalizadores adverbiais por posição: Tabela 2: Distribuição das posições dos advérbios modalizadores Posição Posição Posição 3 Posição 4 1 2 Asseverativos 33,3% 100% 71,4% Afirmativos Epistêmicos Quaseasseverativos 66,7% 25% 14,3% Delimitadores 25% 14,3% Deônticos -- -- --- --- --- -- Afetivos Subjetivos -- -- 25 --- --- % Intersubjetivos 25 % Total 15,8% 26,4% 21 36,8% % Constatamos que as posições típicas dos modalizadores, 1 e 2, não foram predominantes no corpus. A que predominou foi a posição 4, posterior ao verbo. As posições mediais, 2 e 3, por sua vez, superaram a posição inicial, evidenciando, assim, que, mesmo nessas posições, o advérbio denota algum tipo de modalidade, cuja motivação funcional e discursiva revela a adesão do interlocutor ao discurso. CONCLUSÕES A análise dos dados revela que as posições intra-sentenciais foram predominantes no corpus, contrariando as expectativas iniciais. Tais posições preservam seu papel de modalizador da proposição, garantindo a motivação funcional do entrevistado, e podem ser explicadas pela hipótese de que o verbo é a categoria mais apta a receber os advérbios ou por uma necessidade semântica de aproximar-se do escopo modalizado.

77 de 119 REFERÊNCIAS CASTILHO, Ataliba T. de. Nova gramática do português brasileiro. São Paulo: Contexto, 2010. CASTILHO, Ataliba T.; CASTILHO, Célia M. M. Advérbios modalizadores. In: ILARI, Rodolfo (Org.). Gramática do português falado. Campinas: Unicamp, 1993. p. 213 261 ILARI, Rodolfo et al. Considerações sobre a posição dos advérbios. In: CASTILHO, A. T. de (Org.). Gramática do português falado: a ordem. Campinas: Unicamp, 1990. v.1, p. 63-141, NEVES, M. H. de M. Gramática de usos do português. São Paulo: Unesp, 2000.