TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO 4ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ/AL PROCESSO: 01635-2004-004-19-00-8



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Transcrição:

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO 4ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ/AL PROCESSO: 01635-2004-004-19-00-8 Aos 14 dias do mês de fevereiro do ano dois mil e cinco, às 16:32 horas, estando aberta a audiência da 4ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ/AL, na sala de audiências da respectiva Vara, sito à AV. DA PAZ 1994, CENTRO, com a presença do(a) Sr(a) Juiz(a) do Trabalho Titular ELIANE PEREIRA BARBOSA, foram por ordem do(a) Sr(a) Juiz(a) do Trabalho apregoados os litigantes: Reginaldo Carvalho da Silva, RECLAMANTE e BRASKEM S/A., RECLAMADO. PRESENTE o(a) RECLAMANTE Reginaldo Carvalho da Silva (RG:489173 SSP/AL). PRESENTE o(a) ADV. DO RECLAMANTE DR. JOSÉ OLIVEIRA DA SILVA (OAB:5252/AL). PRESENTE o(a) RECLAMADO BRASKEM S/A., representado(a) pelo(a) preposto(a), Sr(a) MIDERALN CARDOSO DE BRITO, RG:0000000340930/AL. PRESENTE o(a) ADV. DO RECLAMADO DR. ALBERTO NONO DE CARVALHO LIMA FILHO (OAB:6430-A/AL). INSTALADA A AUDIÊNCIA. A conciliação foi recusada. INTERROGATÓRIO DO(A) RECLAMANTE. NO SEU DEPOIMENTO DISSE: "que trabalhou para o reclamado como operador de processo químico industrial, de 21/08/1992 a 27/05/2002, com CTPS anotada; que trabalha em regime de turnos ininterruptos, das 07 às 15 horas, das 15 às 23 horas e das 23 às 07 da manhã seguinte; que os revezamentos eram de três em três dias, trabalhando sete dias consecutivos e folgando quatro dias; que a partir de 1995, quando a ODEBRECHT assumiu a reclamada não houve mais controle de ponto; que antes batia cartão de ponto neles consignando os horários trabalhados; que realizava cursos de aperfeiçoamento dos equipamentos da empresa, por determinação da empresa, ocasiões em que passava em torno de nove horas e meia dentro da empresa; que esses cursos eram para elaborar manuais de operação de equipamentos da reclamada; que os equipamentos que recebiam não vinham com os manuais; que realizava cursos e estudos dentro da empresa e em hotéis para estudo desses manuais; que esses cursos e estudos eram realizados durante a semanas nos dias em que deveria estar de folga; que trabalhava sete dias na semana e tinha direito a quatro folgas, mas dessas quatro folgas somente gozava duas, pois os dois outros dias durante todo o contrato de trabalho era obrigado a fazer cursos e estudos para a reclamada; que esses cursos e estudos eram realizados através de reuniões com os outros empregados; que participou de cursos tais como: como transferir um certo produto químico de um 14/02/2005 18:05:51 Sistema de Acompanhamento de Processos em 1ª Instância pág. 1 / 5

lugar para outro, como operar equipamentos, partida e parada de certos equipamentos, etc; que os cursos eram dados pelos lideres da empresa, que cada grupo tinha um; que os temas eram escolhidos pelos próprios lideres da reclamada; que os operadores apenas sugeriam alguns temas, mas estes não eram acatados; que tais cursos e estudos eram obrigatórios sob pena de perderem o empregos. Nada mais disse nem lhe foi INTERROGATORIO DO Sr. ANTÔNIO FREITAS DA SILVA (INFORMANTE). Sr(a). Antônio Freitas da Silva, portador(a) do RG 99001241329 SSP-AL, com endereço Conjunto Benedito Bentes I, rua A 40, quadra A42, Maceió-AL. O RG foi devolvido. Pela ordem o patrono do reclamado contraditou a testemunha sob os seguintes argumentos: A testemunha ora apresentada apresenta-se suspeita nos termos do inciso II do parágrafo 3º do art. 405, c/c o parágrafo 1º do art. 414 do CPC, posto que a testemunha ora apresentada é diretor do Sindicado da categoria profissional do reclamante, sendo de incumbência da atividade sindical a proteção ao trabalhador, logo, tem interesse social na resolução dos litígios trabalhistas em favor de seus representantes. Ademais o Sindicado em comento chancelou junto ao Ministério Público do Trabalho procedimento investigatório, assim como reclamação trabalhista junto ao presente Juízo, que visa impor a empresa o pagamento de horas extraordinárias pela participação nos cursos e palestras, pleito idêntico ao do reclamante. Sendo assim manifesto a intenção de favorecer o reclamante quanto ao seu depoimento, pelo que requer a não oitiva da testemunha ora apresentada. Disse a Juíza Titular que embora a reclamada tivesse ciência de que o Sr. Antônio Freitas da Silva, seria ouvido como testemunha, conforme ata de fls. 178, não tendo apresentado qualquer protesto naquela ocasião, passa a ouvir o referido senhor como informante. O patrono da reclamada protestou pelo Juízo ouvir o Sr. Antônio como informante. A Juíza manteve seu entendimento. INTERROGATÓRIO DO Sr. ANTÔNIO FREITAS DA SILVA. "que é diretor do SINDPETRO, Alagoas e Sergipe; que o reclamante trabalhava em turnos, das 07 às 15 horas, das 15 às 23 horas e das 23 às 07 da manhã, durante sete dias corridos, em turnos de revezamento, devendo ter quatro dias de folgas; que na verdade o reclamante tinha dois dias de folga, após o trabalho de sete dias ininterruptos, pois nos outros dois dias que deviam ser sua folga ele permanecia trabalhando para a reclamada; que nos dias que deveriam ser da folga ele participava de cursos e elaborava procedimentos, criando manuais para todos os equipamentos que existem na empresa; que todos os empregados da reclamada que exerciam o cargo do reclamante não tinham as quatro folgas após uma semana de trabalho; que o depoente como dirigente sindical prestou uma queixa na PROCURADORIA DO TRABALHO e ingressou com uma reclamação nesta Vara, com audiência marcada para o dia 16 próximo; que esses cursos e estudos eram realizados na própria empresa e hotéis e duravam cada um de oito a dez horas; que essas horas eram 14/02/2005 18:05:51 Sistema de Acompanhamento de Processos em 1ª Instância pág. 2 / 5

pagas até 1995 na época da SALGEMA, mas quando a ODEBRECH assumiu deixou de pagar, mas os empregados continuaram prestando os mesmos serviços nos horários de folga; que o empregado em hipótese alguma poderia deixar de participar; que a reclamada não olhava com bons olhos quem não participava desses cursos; que os cursos eram exclusivamente técnicos, com proveito apenas para a reclamada; que não se recorda se na reclamada foi oferecido algum curso de contabilidade, comunicação eficaz, etc. Nada mais disse nem lhe foi INTERROGATORIO DA 1ª TESTEMUNHA TRAZIDA PELO(A) RECLAMANTE. Sr(a). JOSÉ FERNANDO DA SILVA, portador(a) do RG 321868 SSP-Al, com endereço Conjunto José Dubaux Leão, quadra 4, rua g, nº 145, Tabuleiro, Maceió-AL. O RG foi devolvido. Pela ordem o patrono do reclamado requereu a contradita da testemunha alegando que ele tem uma reclamação idêntica com os mesmos pedidos do reclamante, contra a reclamada, tendo interesse na reclamação para que esta seja favorável ao reclamante. Disse a Juíza Titular que não aceita a contradita proposta pela reclamada, uma vez que o fato de ter uma reclamação trabalhista movida contra empresa, inclusive com os mesmos pedidos não impede a testemunha de depor, já que o interesse da testemunha ocorreu no seu processo e não no processo do reclamante. Quando a lei fala em interesse não significa o interesse social, mas sim o interesse pessoal, o que não ocorre nos autos. O patrono do reclamado protestou, mas a Juíza manteve seu entendimento. Testemunha advertida e compromissada da forma da Lei. Aos costumes nada disse. NO SEU DEPOIMENTO DISSE: "que trabalhou para o reclamado de 1977 até 2001, com CTPS anotada, como operador Sênior; que trabalhou com o reclamante; que trabalhava no mesmo horário do reclamante, em turnos de revezamento, das 07 às 15 horas, das 15 as 23 horas e das 23 às 07 da manhã, trabalhando sete dias e deveria folga quatro dias; que folgava apenas dois dias, pois durante os outros dois dias fazia procedimentos internos na empresa, trabalhando de nove a dez horas em cada dia; que também fazia procedimentos em hotéis da capital; que esses trabalhos realizados nas folgas foram remunerados até 1995 quando era a SALGEMA, mas depois que passou para ODEBRECH esses trabalhos não eram remunerados; que quem não fizesse esses trabalhos teria punição; que várias vezes foi punido por não participar dos trabalhos nas folgas; que a punição era feita na avaliação, que o depoente deixou de ser promovido e de receber valor integral de aumentos concedidos, devido a não participação no trabalho em todas as folgas; que não sabe informar se o operador pleno tinha algum tratamento diferente, pois o tratamento era individual, mas o reclamante trabalhava nas mesmas condições que o depoente, mesmo ele sendo operador pleno; que passou dois anos afastado, por problema de saúde, antes da sua aposentadoria por tempo de serviço; que os procedimentos aos quais se referiu realizados nos dias de folga eram cursos, palestras, 14/02/2005 18:05:51 Sistema de Acompanhamento de Processos em 1ª Instância pág. 3 / 5

redação de documentos sob atividade diárias da fábrica, etc; que no período em que ficou afastado ia a empresa apenas para tratar de documentos em relação a sua saúde". Nada mais disse nem lhe foi INTERROGATORIO DO Sr. GILBERTO SANTIAGO MENDES MACHADO. Sr(a). Gilberto Santiago Mendes Machado, portador(a) do RG 1701353 SSP-PE, com endereço Rua Santa Rita de Cássia, nº 28j, apartamento 102, Gruta, Maceió-AL, ouvido como informante, tendo em vista o patrono do reclamado ter requerido a sua contradita, argüindo que o reclamante havia sido testemunha no processo movido pelo Sr. Gilberto contra a reclamada, havendo dessa forma troca de favores. O patrono da reclamada protestou pela ouvida do Sr. Gilberto como informante, mas a Juíza manteve seu entendimento. O RG do Sr. Gilberto foi devolvido. NO SEU DEPOIMENTO DISSE: "que trabalhou para a reclamada de junho de 1990 até julho de 2001; que trabalhava como operador pleno, mesma função que o reclamante; que trabalhava das 07 às 15 horas, das 15 às 23 horas e das 23 às 07, em turnos de revezamento, trabalhando 07 dias e folgando 02 dias, quando deveria folgar 04 dias; que nos dias em que não estava folgando fazia cursos determinados pela reclamada e revisão de procedimentos, tais como revisão de equipamentos, etc; que os cursos eram determinados pela reclamada, alguns feitos na empresa e outros em hotéis; que o trabalho nas folgas durava de 08 a 09 horas por dia, almoçando no próprio local; que o reclamante também tinha apenas 02 dias de folgas e fazia o mesmo horário que o depoente, trabalhando nos outros dias que deveriam ser de folgas, na mesma forma; que não recebiam por essas horas trabalhadas nas folgas, apenas a alimentação era paga pela empresa; que apenas recebeu essas horas nas folgas no período em que era SALGEMA; que se não participasse desses cursos eram punidos na participação nos lucros, nas promoções, etc; que na reclamada nunca fez curso de contabilidade; que os cursos eram de interesse da reclamada, tais como: caldeiras, bombas, compressores, etc; que havia treinamento contra incêndio e era esse o único que era pago". Nada mais disse nem lhe foi O RECLAMANTE NÃO APRESENTOU MAIS TESTEMUNHAS. INTERROGATORIO DA 1ª TESTEMUNHA TRAZIDA PELO(A) RECLAMADO. Sr(a). Newton Tadeu da Silva, portador(a) do RG 542.833 SSP-AL, com endereço Rua Xapori, nº 86, Feitosa, Maceió-AL. O RG foi devolvido. Testemunha advertida e compromissada da forma da Lei. Aos costumes nada disse. NO SEU DEPOIMENTO DISSE: "que trabalha para a reclamada desde 1993; que atualmente exerce o cargo de ROI (Responsável pelas Operações Industriais); que trabalhou com o reclamante, sendo o reclamante operador pleno; que trabalhava no mesmo horário do reclamante, em revezamentos de turnos, das 07 às 15 horas, das 15 às 23 horas e das 23 às 07 da manhã, 14/02/2005 18:05:51 Sistema de Acompanhamento de Processos em 1ª Instância pág. 4 / 5

durante sete dias, folgando três ou quatro dias; que tem certeza que havia as folgas de três a quatro dias, após os sete dias trabalhados; que havia cursos e esses cursos eram realizados nos períodos de folgas; que os empregados não eram obrigados a fazer a maioria desses cursos, sendo obrigados apenas a fazer os cursos de segurança; que os cursos que eram obrigados a serem feitos eram também realizados nas folgas, da mesma forma que os cursos que não eram obrigados; que se os empregados não fizessem os cursos não obrigados não tinham nenhuma punição, sendo promovidos e participando dos lucros normalmente; que tem certeza que o reclamante fazia os cursos que eram obrigados e os não obrigados participou de muitos deles; que em média havia um curso a cada dois meses, dos cursos não obrigados e os obrigados duas vezes ao ano; que os cursos obrigados constavam no horário de trabalho, sendo pagos como horas extras; que na escolha dos cursos havia participação dos funcionários, sendo os temas do interesse dos funcionários; que como chefe nunca puniu nenhum funcionário por não ter participado dos cursos; que não se recorda de ter punido a testemunha Sr. José Fernando da Silva, embora este em acariação tenha informado perante este Juízo que (foi punido várias vezes pela testemunha trazida pela reclamada, por não ter participado de cursos); que não se recorda se na época da SALGEMA os cursos eram remunerados, pois não exercia o cargo que hoje exerce". Nada mais disse nem lhe foi Declararam as partes que não havia mais provas a produzir, sendo encerrada a instrução do feito. Razoes finais reiterativas pelas partes, com o patrono do reclamado reiterando os protestos realizados nessa audiência e na audiência do dia 10/01/2005. Sem êxito a segunda proposta de conciliação. Nova audiência designada para o dia 24/02/2005 às 16:01 horas. E para constar, foi lavrada a presente ata, que vai assinada na forma da lei. ELIANE PEREIRA BARBOSA- Juiz(a) do Trabalho ENAURA LÍVIA VERGETH GRANGEIRO- Diretor(a) de Secretaria EDUARDO DO NASCIMENTO SILVA- Assistente de Audiência 14/02/2005 18:05:51 Sistema de Acompanhamento de Processos em 1ª Instância pág. 5 / 5