2. ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA ESTRADA



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Transcrição:

Relatório do Reconhecimento de Campo da BR-319, Voltado à Elaboração dos Planos de Manejo das Unidades de Conservação Federal do Interflúvio Purus-Madeira 1. INTRODUÇÃO Entre os dias 4 e 8 de novembro de 2012 foram percorridos 704km ao longo da Rodovia Federal BR-319, entre as cidades de Humaitá e Manaus, ambas no estado do Amazonas. Durante o trajeto foi avaliado o atual estado de conservação da estrada, as condições de acesso e as atuais pressões sofridas sobre as Unidades de Conservação (UC) que fazem limite com a estrada, além da avaliação da logística relacionada aos trabalhos de campo para os diagnósticos ambiental e socioeconômico dos planos de manejo das unidades de conservação do Interflúvio Purus-Madeira. 2. ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA ESTRADA Apesar do mal estado de conservação em que se encontra a estrada atualmente, de maneira geral ela se apresentou trafegável em todo o seu percurso, sendo possível observar algumas camionetes 4x4 particulares realizando o trajeto, e até mesmo um carro de passeio se arriscando no trajeto (com bastante dificuldade). Deve-se levar em conta que essa relativa facilidade de acesso foi devido em grande parte ao período de realização da expedição, final do período da seca na região, e pela recente atividade de manutenção realizada em alguns trechos da estrada pelo Exército, e por contratados da Embratel. Apesar de ainda possuir alguns trechos mais críticos, onde a estrada está cedendo ou muito esburacada, ela ainda preserva alguns trechos pequenos de asfalto e possui atualmente todas as pontes em condições de uso. Segundo relato de moradores da região e usuários da estrada, a BR-319 costuma começar a se deteriorar mais efetivamente no mês de dezembro, com a chegada das chuvas, tornandose praticamente intrafegável mesmo para camionetes 4x4, entre os meses de fevereiro e junho. Segue abaixo uma descrição da estrada por trechos (mapa 1). 1

2.1. Humaitá (km 0) Realidade (km 101): trecho de 101km A estrada para Vila Realidade (S 06º58 38.11 e W 63º05 44.31 ) é, em geral, um misto de trechos curtos de asfalto e trechos mais longos de terra batida com alguns buracos (Foto 1). Atualmente, este trecho que era considerado o pior da BR-319, sofreu manutenção a cerca de um mês pelo Exército, onde os maiores buracos e trechos de atoleiros foram cobertos com terra e cascalho. Assim, a estrada atualmente está muito boa, acessível até para carros de passeio. Pode ser que no período crítico das chuvas ela se deteriore progressivamente de maneira considerável, afinal, é intenso o tráfego de caminhão toreiro. Nesse trecho ainda são encontradas várias fazendas e residências ao longo da estrada. Para obtenção de informações atualizadas sobre o estado de conservação deste trecho, pode-se entrar em contato com gestores do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) de Humaitá, em especial os gestores do PARNA Nascentes do Lago Jari. 2

Foto 1 Trecho da estrada entre Humaitá e Vila Realidade (S 07º09 8.86 e W 63º07 04.59 ). 2.2. Realidade (km 101) Rio Novo (km 333): trecho de 232km O trecho da rodovia entre a Vila Realidade e o Rio Novo, que fica logo após o limite do Parque Nacional Nascentes do Lago Jari, se apresenta em relativo bom estado de conservação, alternando entre trechos de asfalto e de terra batida, com várias pontes simples de madeira, em bom estado de conservação (Fotos 2 e 3). Fotos 2 e 3 Trecho da estrada entre a Vila Realidade e o Rio Novo (2 - S 06º30 13.28 e W 62º54 38.19 ; 3 - S 06º28 20.25 e W 62º53 19.01 ). O trecho entre a Fazenda dos Catarinos (S 06º14 32.18 e W 62º42 14.16 ) e o Rio Novo apresenta uma quantidade maior de buracos grandes, que foram recentemente tampados com barro pelos moradores da fazenda, e na estação chuvosa pode tornar a se abrir, ou mesmo se transformarem em atoleiros, dificultando a viagem (Fotos 3 e 4). Neste trecho já é possível observar também os primeiros trechos onde a estrada está cedendo (Foto 4). 3

Fotos 3 e 4 Manutenção recente na rodovia, após a Fazenda dos Catarinos (3 - S 06º11 16.22 e W 62º38 43.32 ; 4 - S 05º56 55.83 e 62º27 42.68 ). Possibilidade de formação de atoleiros nos períodos de chuva. Foto 4 Estrada desmoronando em alguns trechos (S 05º31 31.26 e W 62º08 22.93 ). Em todo este trecho praticamente não foi observada ocupação humana as margens da rodovia. Com exceção da Fazenda do Sr. Natalino (em frente a Torre Raulyson, S 06º36 41.97 e W 62º57 18.76 ) e dos Catarinos, dois bons pontos de apoio no caminho, foi observada somente a presença de uma família já na proximidade dos limites da RESEX do Capanã Grande (S 06 01 25.3 e W 62 31 24.0) e uma ocupação recente as margens do Rio Novo (Foto 5). 4

Foto 5 Ocupação recente da margem esquerda do Rio Novo, próximo a BR-319 (S 05º19 02.69 e W 62º00 00.64 ). 2.3. Rio Novo (km 333) Base Exército (km 486): trecho de 153km Este é o trecho em pior estado de conservação da rodovia, onde tanto nos trechos de terra como nos de asfalto existem muitos buracos fundos, valas, possíveis atoleiros e outros obstáculos que dificultam a circulação de veículos, mesmo na estação seca (Fotos 6 e 7). A partir da Vila de Igapó-açú, onde se encontra a única travessia a ser realizada de balsa na estrada, começa a ser observada novamente ocupação humana às margens da rodovia. Fotos 6 e 7 Péssimas condições da Rodovia após o Rio Novo (6 - S 04º52 39.13 e W 61º26 04.16 ; 7 - S 04º48 12.42 e W 61º21 47.90 ). 2.4. Base do Exército (km 486) Manaus (km 704): trecho de 219km A partir da base do 6o Batalhão de Engenharia de Construção do Exército (S 04º25 55.0 W 61º01 11.4 ) a estrada já se encontra praticamente toda pavimentada até Manaus, em ótimo estado de conservação, incluindo as pontes sobre o Rio Tupana e Rio Castanho (Fotos 8 e 9), que a alguns anos atrás eram atravessados por balsa. 5

Fotos 8 e 9 Pontes sobre os Rios Tupana e Castanho, respectivamente (8 - S 04º11 10.6 W 60º48 32.9 ; 9 - S 03º49 31.5 W 60º21 44.3 ). De Castanho até Manaus a estrada encontra-se totalmente asfaltada em perfeito estado de conservação. Para chegar a Manaus, ainda é necessário tomar uma balsa do Careiro da Vázea até o Porto da Ceasa, que leva em média de 30 a 40min de travessia. 3. PONTOS DE APOIO Considerando os trabalhos de campo a serem desenvolvidos para a elaboração dos planos de Manejo das UC Federais do Interflúvio Purus-Madeira foram mapeados os pontos de apoio logístico ao longo da BR-319, bem como os serviços e produtos de interesse disponíveis nessas localidades. 3.1. Humaitá Cidade relativamente estruturada, onde se pode contar com todos os bens e serviços necessários para a realização das expedições. 3.2. Vila Realidade: km 101 A Vila Realidade possui atualmente com cerca de 1500 pessoas, e uma infraestrutura crescente (Foto 10). Conta com energia elétrica, água encanada e uns poucos restaurantes e lanchonetes. Possui 3 pousadas: a Shalon (9 habitações), Pousada Vitória (7 habitações, Foto 11) e uma outra que não tem nome, mas a única com ar condicionado na Vila (4 habitações). Todas as habitações são pra até duas pessoas. Todas bem simples, sendo as duas primeiras de madeira. Não existe possibilidade de reservar vagas por telefone, já que não existe telefonia fixa ou sinal de celular na Vila (só um orelhão), só conversando pessoalmente. As únicas representações públicas existentes são a escola (único lugar da cidade onde se pode ter acesso a internet) que possui atividades predominantemente no turno da noite, e um posto de saúde, muito elogiado na Vila, que possui apenas enfermeiros, e atende casos mais simples e emergências. A Vila conta com cerca de 4 mercados de "secos e molhados" que pode prover coisas básicas para ida a campo (alimentícios, corda, lona e etc...). De qualquer forma, é sempre melhor levar tudo que puder de Humaitá. 6

Foto 10 Vila Realidade. Foto 11 Pousada Vitória, uma das quatro hospedagens da Vila Realidade. 3.3. Fazenda Estrela do Sul (Catarinos): km 199 A Fazenda Estrela do Sul, mais conhecida por Fazenda dos Catarinos, localizada a cerca de 200km da Cidade de Humaitá, conta com uma infraestrutura básica de apoio para as atividades de campo, como água potável, energia elétrica (a base de gerador) e espaço para pernoite com barracas (Foto 12). Os funcionários da Fazenda ainda têm condição de prestar assistência em atividades de borracharia e mecânica, em caos de emergência, e ainda contam com tratores na propriedade. É necessário levar todo o combustível que se pretende usar, inclusive para utilização do gerador da fazenda. Não contam com mateiros ou ajudantes de campo disponíveis na fazenda, nem nos arredores, sendo necessária a contratação prévia em outra localidade. A fazenda ainda conta com um orelhão, sendo possível entrar em contato com os responsáveis pela Fazenda através do número (97) 0044-7815. 7

Foto 12 Fazenda do Catarinos. 3.4. Vila Igapó- Açu: km 439 A Vila de Igapó-Açu se encontra a cerca de 440km de da Cidade de Humaitá, cerca de 115km após do limite do Parque Nacional Nascentes do Lago Jari, e a cerca de 260km de Manaus. Não possui grande infraestrutura, sendo apenas uma comunidade que serve de acesso a única balsa que ainda opera na BR-319, tendo em vista a conclusão da construção duas pontes no trecho entre Igapó-açu e Manaus (Foto 13). Não conta com postos de combustível (só em Castanho 150km adiante), mercados nem postos de saúde. Apenas um restaurante, uma pequena e simples pousada e um orelhão. Foto 13 Vila Igapó-açu. 8

3.5. Torres da Embratel: uma a cada 30/40km (em média) No trecho entre Humaitá e Manaus são encontradas 16 torres da Embratel ao longo da BR-319, sendo 9 dessas encontradas entre a Vila Realidade e a Vila Igapó-Açu, que fora a Fazenda dos Catarinos, são os únicos pontos de apoio encontrados no caminho. Cada torre conta com uma infraestrutura básica, que serve de apoio para os trabalhos realizados pelos funcionários da Embratel (Fotos 14 e 15). Todos possuem um quarto com 2 beliches de alvenaria (podendo ou não contar com colchões e eletrodomésticos) e espaço para mais alguns colchões no chão (Fotos 16 e 17), um banheiro com água encanada (Fotos 18 e 19), uma pequena copa com pia, fogão (não possuem botijas de gás) e geladeira (Fotos 20 e 21), além de uma pequena sala. Não dispõe de utensílios de cozinha. Além do espaço interno, onde podem se acomodar de maneira relativamente confortável cerca de 8 pessoas, ainda é possível utilizar a parte externa (coberta) para acampar. A energia elétrica é a base de gerador a diesel (solicitar a utilização a Embratel) e o fornecimento de água através de bomba, que alimenta caixas d água. Em frente a Torre Raullyson (S 06º36 42.0 W 62º57 18.8 ) existe ainda a propriedade do Senhor Natalino, que possui uma infraestrutura de apoio para uma equipe maior, com acesso a água e energia elétrica (gerador) e área grande para acampamento. Nessa localidade se acomodou a equipe do exército durante os trabalhos de implantação da sinalização do PARNA Nascentes do Lago Jari e da RESEX Lago do Capanã Grande. Fotos 14 e 15 Parte externa das Torres da Embratel. Fotos 16 e 17 Vista interna dos quartos das Torres da Embratel. Todos possuem dois beliches, e podem contar com colchões, ganchos de rede e alguns eletrodomésticos. 9

Foto 18 e 19 Banheiro e caixas d água disponíveis nas Torres da Embratel. Fotos 20 e 21 Estrutura de copa e cozinha disponíveis nas Torres da Embratel. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Atualmente a rodovia BR-319 entre os trechos de Humaitá e o Rio Novo (333km), que inclui todo o limite do PARNA Nascentes do Lago Jari e RESEX do Lago do Capanã Grande, se apresenta em bom estado de conservação, não sendo o deslocamento para estas áreas um fator limitante para o desenvolvimento das atividades relacionadas aos Planos de Manejo. Deve-se levar em conta que esse quadro pode mudar consideravelmente entre os meses de fevereiro e julho em consequência das chuvas, principalmente no trecho entre Humaitá e a Vila Realidade. Apesar da maior dificuldade aparente, não deve impossibilitar a circulação de veículos com tração 4x4. Neste trecho ainda pode-se contar com o Posto de Saúde da Vila Realidade para urgências médicas, e em no caso de problemas mecânicos, pode-se contar com o apoio dos funcionários da Fazenda Estrela do Sul ou da Vila Realidade. 10

O trecho entre o Rio Novo e Manaus (371km) se apresenta em pior estado de conservação atualmente, e no período das chuvas onde fica ainda mais deteriorado, pode vir a restringir o acesso as áreas de interesse do trabalho, mesmo para veículos 4x4. Perde-se muito tempo e se desgasta muito as viaturas durante os deslocamentos, que em caso de pane, não conta facilmente com um serviço de resgate. Tendo em vista a maior proximidade com a cidade de Humaitá, o melhor estado de conservação do trecho sul da rodovia e a maior disponibilidade de pontos de apoio para o caso de emergências, recomenda-se que todas as atividades de campo nessa região da BR- 319, que compreenda a área de influência das UC de Conservação Federais, sejam planejadas tendo a cidade de Humaitá como referência, e se possível, sem depender da Vila de Realidade tanto para contratação de pessoal de campo como compra de material, tendo em vista a limitada disponibilidade de mateiros e de produtos. Mesmo no caso dos pernoites, dependendo da localização das trilhas de amostragem, o mais interessante seria montar uma base de apoio na Fazenda Estrela do Sul, ou mesmo nas Torres da Embratel. 11