Avaliação da Reserva Ovariana e Manejo da Má Respondedora. Dr. Alvaro Petracco



Documentos relacionados
Estimulação Ovariana. Dr. João Pedro Junqueira

Estratégias de preservação da fertilidade em pacientes com câncer. Iúri Donati Telles de Souza Especialista em Reprodução Humana USP Ribeirão Preto

Uso de Citrato de Clomifeno: existe abuso?

Punção Folicular, Denudação e Classificação Oocitária

Como prever a falência ovariana? Taxas de sucesso com congelamento/fiv

Infertilidade no consultório: Autora: Lara Morales- R2 Orientadora: Dra. Maria Albina

PROPEDÊUTICA BÁSICA DO CASAL INFÉRTIL

Quais hormônios regulam a ovogênese?

Fisiologia Endócrina do Sistema Reprodutivo

BIOLOGIA - 1 o ANO MÓDULO 42 APARELHO REPRODUTOR FEMININO

Excreção. Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas.

TUMORES BENIGNOS DOS OVARIOS. Pedro Cordeiro de Sá Filho


Raniê Ralph GO. 24 de Setembro de Professor Sobral. Ciclo Menstrual

Bom trabalho! FICHA DE TRABALHO BIOLOGIA 12ºANO. Grupo I ESCOLA SECUNDÁRIA DOM MANUEL MARTINS 2007/08. Tigres vs. Alunos (Descubra as diferenças!

HORMÔNIOS SEXUAIS SISTEMA ENDÓCRINO FISIOLOGIA HUMANA

Ciclo Menstrual. Ciclo Menstrual. Ciclo ovariano. Ciclo ovariano 17/08/2014. (primeira menstruação) (ausência de menstruação por 1 ano)

Estimulação Ovariana. Agonistas. Dr. Eduardo Pandolfi Passos

EMBRIOLOGIA HUMANA. -Disciplina: Genética e Embriologia. -Profª: Ana Cristina Confortin -2014/1

Unidade 1 - REPRODUÇÃO E MANIPULAÇÃO DA FERTILIDADE

Ciclo Sexual ou Estral dos Animais Domésticos Prof. Dr. Wellerson Rodrigo Scarano Departamento de Morfologia Instituto de Biociências de Botucatu

Necessidade de alerta à gravidez tardia

EXAMES PARA DIAGNÓSTICO DE PUBERDADE PRECOCE

A neurohipófise tem comunicação

PUBERDADE. Fase fisiológica com duração de 2 a 5 anos, durante a qual ocorre a maturação sexual

T AT A A T M A E M NT N O

Ciclo Menstrual. Uma das queixas mais comuns, na clínica ginecológica, são as irregularidades do ciclo menstrual. 400 a 500 óvulos durante a sua vida.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

TUTORIAL DE ANESTESIA DA SEMANA MONITORIZAÇÃO DOS BATIMENTOS CARDÍACOS FETAIS PRINCIPIOS DA INTERPRETAÇÃO DA CARDIOTOCOGRAFIA

Estudos de Coorte: Definição

EFICIÊNCIA REPRODUTIVA EMPRENHAR A VACA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL APÓS O PARTO

MARCO TÚLIO VAINTRAUB

1.1 Revisão de tópicos da morfologia e fisiologia do sistema genital feminino, sob o aspecto clínico nas diferentes espécies domésticas.

exames laboratoriais em RHA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PROGNÓSTICO SEGUIMENTO RESULTADO

Teste para a Pesquisa de Receptores Hormonais Ilícitos nas Glândulas Supra- Renais Contra-indicações à realização do teste:

FISIOLOGIA DO EIXO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE OVÁRIO. Rosy Ane de Jesus Pereira Araujo Barros

Clomifeno Citrato. Aplicações. Possibilidade do uso de diferentes dosagens de acordo com a necessidade do paciente. Indicações

Outubro 2013 VERSÂO Observe a figura a lado que representa o sistema reprodutor masculino.

ABORDAGEM DO CASAL INFÉRTIL

Biologia 12ºA Outubro 2013

Exercícios de Reprodução Comparada

Conheça mais sobre. Diabetes

CAPÍTULO 1 AVALIAÇÃO BÁSICA DA INFERTILIDADE CONJUGAL. Adner Nobre Elfie Tomaz Figueiredo Francisco C Medeiros. 1 Definição:

SERUM METABOLITES AS MOLECULAR PREDICTIVE MARKERS OF OVARIAN RESPONSE TO CONTROLLED STIMULATION: A PILOT STUDY

Amenorréia. Profª. Keyla Ruzi

FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

Avaliação da Infertilidade

INFORMATIVO PROFERT - VOLUME 1 - NÚMERO 5-22/10/2009

Terapia hormonal de baixa dose. Elvira Maria Mafaldo Soares UFRN/SOGORN

Ultra-sonografia Tridimensional e Reprodução Assistida

SOLUÇÃO PARA A INFERTILIDADE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

Mas por que só pode entrar um espermatozóide no óvulo???

PROGRAMAS DE IATF EM NOVILHAS ZEBUÍNAS

Conduta no endometrioma na mulher que quer engravidar. Dr. Iúri Telles

Colposcopia na Gravidez

ALFANEWS. Reprodução Assistida: como ampliar o acesso?

Marcadores ultrassonográficos e bioquímicos de aneuploidia no primeiro trimestre gestacional. DGO HCFMRP USP 23 a 26 de março de 2011

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº C, DE O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Amenorréia Induzida: Indicações. XIX Jornada de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte XVI Jornada da Maternidade Escola Januário Cicco

Diferenças entre Benzoato e Cipionato de Estradiol na indução da ovulação em programas de IATF em fêmeas bovinas

Diferenças metabólicas e endócrinas entre femêas Bos taurus e Bos indicus e o impacto da interação da nutrição com a reprodução

Fisiologia do Sistema Reprodutor Masculino. Carla Cristina Zeppenfeld Doutoranda Zootecnia

APRIMORAMENTO DA EFICIÊNCIA REPRODUTIVA NO PÓS-PARTO DE BOVINOS

AMENORRÉIA Cynthia Salgado Lucena Caso Clínico/ Abril- 2011

SAÚDE DA MULHER FACULDADE PITÁGORAS BETIM PROFª DANIELE REZENDE FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

Estamos prontos para guiar o tratamento com base no status do HPV?

ESTUDO DE CASO: AVALIAÇÃO HORMONAL FEMININA DE CASAL INFÉRTIL CASE STUDY: EVALUATION OF FEMALE HORMONES WITH INFERTILE COUPLE

Precocidade Sexual e a Inseminação Artificial em Tempo Fixo

Hipófise, Testículos e Ovários. Marcela Ludwig e Nathália Crusoé

RESPOSTAS REPRODUTIVAS DE OVELHAS SUBMETIDAS A PROTOCOLOS DE INDUÇÃO DE ESTRO DE CURTA E LONGA DURAÇÃO

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DOS HORMÔNIOS SEXUAIS

Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) Em Bovinos Leiteiros

Distúrbios da glândula tireóide Resumo de diretriz NHG M31 (julho 2013)

Lê com atenção e reflecte antes de responder. Boa sorte!

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO DIRETORIA DE ENFERMAGEM SERVIÇO DE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM

Hipertensão Arterial Pulmonar Protocolos Por que e para que? Ricardo Fonseca Martins

Capítulo 7 Estudos sobre Causalidade e Etiologia

Transcrição:

Avaliação da Reserva Ovariana e Manejo da Má Respondedora Dr. Alvaro Petracco

Quem é uma má respondedora? Literatura controversa Cautela na interpretação de dados Definição Relacionada a idade Níveis de FSH e outros marcadores Número de folículos maduros Droga utilizada Testes de reserva ovariana Não há uma definição aceita universalmente

CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO Ciclos Expontâneos Ovulatórios (eumenorréicos) Menacme Ausência de patologia endócrina 2 ciclos com má resposta à estimulação ovariana controlada

CONCEITO Quando a estimulação ovariana controlada resultar em menos de 4 folículos e os níveis de estradiol no dia HCG <500 pg/ml. Land cols, 1966, Karande,1999 Quando a estimulação ovariana controlada resultar em menos de 3 folículos. Pellicer e cols, 1990 Quando os níveis de E 2 < 1000pg/ml no dia do HCG e menos que 4 oócitos recuperados

Diagnóstico retrospectivo. Difícil manejo prospectivo. O cancelamento de ciclo e FSH basal elevado são os critérios mais comumente usados. Surrey & Schoolcraft, 2000 Tarlatzis BC et al, 2003

INCIDÊNCIA Pellicer ( 1987)= 9% Kray ( 1997)= 9-24% das pacientes que vão a FIV 9177 ciclos Período Ciclos Ciclos % iniciados cancelados 1985-1987 2944 826 28 1988-1992 3486 678 19 1993-1995 2747 278 10 Barri, 1993 FERTILITAT 2006-70/441 ciclos 15,8% 2007-55/473 ciclos 11,6% 2008-99/571 ciclos 17,3%

ETIOLOGIA Idade da paciente (Depleção da reserva ovariana) (1) Predisposição genética (6) Presença de auto-anticorpos (2) Falha Ovariana Latente (fatores intra-ovarianos) (3) Alteração do eixo somatotrófico Angiogênese anormal (4) Diminuição da bioatividade das Gns (5) Presença de fatores inibidores FSH-R (6) Regulação do receptor da gonadotrofina (7) 1 - Crossignani PE, 1994 2 - Tung SIC, 1995 3 - Tambo, 1990 4 - Pellicer, 1994 5 De Vet, 2002 6-Lee, 1993 7- Zelesnik, 2001

Diagnóstico Estradiol (dia 3) FSH (dia 3) Inibina (dia 3) Teste clomifene Teste do EFORT Teste do GAST Dopplerfluxometria ovariana Volume ovariano Níveis plasmáticos de hormônio anti- Mülleriano Reserva hipofisária de GH

ESTRADIOL PLASMÁTICO BASAL E 2 ( dia 3) Valores elevados antes do dia 5 Baixa reserva folicular Hansen, 1996 >80 pg/ml =alto índice de cancelamento = baixo índice de gravidez E 2 pg/ml (dia 3) % gravidez < 30 23 30-75 18,5 > 75 10,2 Rosenwaks, 1993 Smotrich, 1995

FSH BASAL FSH (dia 3) níveis > 15 UI / l normal: 2,4-15 mui/ml limítrofe: 15-20 mui/ml anormal: > 20mUI/ml Má respondedora Bom prognóstico Barri, 1993, Akande 2004. Musher, 1988 FSH/LH 3, 6 - Prediz má resposta (aumenta antes que FSH) Baixa variabilidade anual (abaixo dos 40 Mukherjee, anos) 1986 = 18% Brown, 1995

INIBINA Marcador da granulosa Baixos níveis plasmáticos Índice normal > 45pg/ml Baixa resposta Balasch, 1996 Mesmo valor prognóstico do FSH Hugles EG, 1990 Reserva ovariana: da Inibina ß antes do FSH (dia 3) Seifer et al., 1999 Inibina ß é preditivo, quando os níveis forem muito baixos <15pg/ml em pacientes com FSH normal De Zuñiga et al, 2002, levi,2000

5 6 7 8 9 TESTE DO CLOMIFENE FSH FSH LH LH E 2 E 2 Navot, 1987 FSH 1 + FSH 2 26 mui/ml Loumaye, 1990 Teste normal = FSH Teste anormal = FSH exagerada BAIXO ÍNDICE DE GRAVIDEZ Baixo número de folículos Resposta exagerada: gestação 1:18 Resposta normal: gestação 4:10 Navot, 1987

TESTE DO EFORT (Exogenous FSH Ovarian Reserv Test) 300 UI FSH 24h FSH FSH E 2 E 2 Franchin, 1994 Teste normal = FSH < 11 mui/ml E 2 >30p/q/ml Teste anormal =FSH > 11 mui/ml E 2 < 30pg/ml EFORT normal (90%) resposta ovariana normal (12 oócitos/asp) EFORT anormal (81%) má-resposta (2 oócitos/asp)

TESTE DE DESAFIO AO GnRH (GAST) GnRH(a) 1 2 3 4 D E 2 P 4 LH E 2 P 4 LH Estradiol C B INADEQUADA ADEQUADA A e B Flare C - Longo D - Antagonista A 1 2 3 4 Curva adequada Curva inadequada Winslow KL, 1991

ULTRASSONOGRAFIA Contagem de folículos antrais: < 6 Chang., 1998 Pelllicer, 1998 Color Doppler : do IR artérias uterinas e ovarianas Battaglia, et al, 2000 Anomalias vasculares e infertilidade Tipo 1: boa vascularização porém sem modificação de fluxo Tipo 2: má vascularização (ausência ou inversão do fluxo diastólico) Tipo 3: boa vascularização com queda do fluxo a partir do 3º dia pós ovulatório. Bonilla e Monteggia, 1994

Indice de Pulsatilidade (PI) perifolicular e uterino P Má-respondedoras Normo-respondedoras (n=16) (n=23) PI uterina 3,45 ± 0,28 1,95 ± 0,37 <.01 PI folicular 1,14 ± 0,26 0,68 ± 0,19 <0.01 A resistência ao fluxo sanguíneo peri-folicular e na artéria uterina foi significativamente mais alto em más respondedoras. Battaglia et al., 2000 (Significância estatística P 0.05)

Cálculo reserva ovariana e idade reprodutiva (v. ovariano) Medida ovariana = 3-5 cm (D1) x 1,5-3cm (D2) x 0,6-1,5 (D3) Clement, 1981 D2 D1 D3 V=D1xD2xD3x0,523 Idade reprodutiva Wallace, W.2004

HORMÔNIO ANTI- MÜLLERIANO Produzido granulosa folículos antrais Identificado no plasma Níveis elevados obtenção de número folículos adequados Níveis baixos más respondedoras Van Roij et al, 2002 Apresenta escassa variabilidade interciclo e alta reprodutibilidade Valores normais para pacientes normovuladoras 0,4-5,3 ng/ml Tsepelidis,2007

TESTE DA CLONIDINA Objetivo: evidenciar baixa resposta hipofisária de GH Clonidina 0,15mg/m 2 0 60` 90` 120` GH GH GH GH Resposta normal GH > 10ng/ml

Perfil endócrino da paciente má respondedora Idade avançada ( 40 anos) E 2, inibina e FSH elevados no 3º dia. Relação FSH/LH elevada no 3º dia

AVALIAÇÃO DA RESERVA OVARIANA RESERVA Parâmetro Normal Reduzida Ausente FSH < 15 15-20 > 20 FSH/LH 1 3,6 > 6 E 2 < 50 > 80 >100 Inibina > 1 < 1 < 0,5 Teste Clomifene < 25 >25 >35 EFORT (E 2 ) > 30 < 30 < 10

Possibilidades terapêuticas Aumentar a dose de gonadotrofinas Citrato de Clomifene ou Inibidor da Aromatase Ciclo natural Priming com testosterona Associação de gonadotrofinas + GH Inibidor de aromatase + gonadotrofinas+ Bloqueio hipofisário com dose baixa de GnRH(a) Flare-up GnRH(A) Maturação in vitro de oócitos Doação de óvulos Qualquer intervenção apresenta sucesso limitado. Estratégia ideal permanece indefinida Surrey & Schoolcraft, 2000 Tarlatzis BC et al., 2003

CITRATO DE CLOMIFENE Barri (1993) - 20 pacientes = 2 gestações Benadiva (1995) = melhor qualidade oocitária

Inibidor da Aromatase Protocolo (%) Cancelamento (%) Gravidez (%) Grupo I I.A (5mg) + FSHr (450UI) 8,6 25 Grupo II FSHr (450UI) 25 20 0zmen, B et al. Reprod Biomed Online 2009

CICLO NATURAL Característica del desarrollo folicular y resultado de la FIV en ciclo no estimulado en paciente com FSH basal elevado Fabregues,F 1997 40 pacientes (FSH >15 mui/ml) = 2 gestações (5%/asp)

Ciclo natural (n=294) Recuperação de oócitos (%) Clivagem (%) Gravidez / ciclo (%) 78,1 57 9,8 Schimberni,M et al Fert Steril,2009

Testosterona Trans-dérmica Grupo I (n=31) Grupo II(n=31) Protocolo Testosterona + FSHr (dose patrão)+gnrh(a) FSHr ( alta dose) +GnRH (a) mini - dose Má Resposta (%) 32,2 71,0 P<0,0 5 Puncionadas (%) 80,6 58,1 P=0,09 Fabregues,F et al Hum Reprod, 2009

embriões Comparação protocolo GnRH (a) longo e microdose longo microdose pacientes 98 98 cancelamento (%) 24 11 ampolas 46 37* dias de estimulação 12 10* estradiol dia do hcg 2118 2276 oócitos 7 8 oócitos maduros 4 5* embriões 2 3* * p< 0.05 Olivennes et al, 1996

50% 40% 30% 20% 10% GnRH(a) GnRH(A) 46 pacientes Não randomizado Hurst, BS.2002 Agonista vs Antagonista 30% 25% 20% 15% 10% 5% GnRH(a) GnRH(A) 63 pacientes Não randomizado Borini, A., 2002 0% Índice de gravidez 0% Índice de cancelamento Índice de gravidez

% 50 40 30 20 10 GnRH(A) vs FLARE (MICRODOSE) Antagonista Flare (microdose) Shapiro et al, 2002 < 6 folículos antrais Protocolos idênticos Resultados clínicos baixos 0 Gravidez em andamento Índice de Implantação

FLARE UP X ANTAGONISTA Flare up Antagonistas Valor Pacientes- ciclos 24 24 Idade (anos) 38 (28-46) 38,5 (28-44) NS Nº pac. FSH basal>12 UI/l 9 (37,5) 10 (41,66) NS FSH (dia 3) (mil/ml) 9,03 (5,76-22,41) 10,3 (4,4-15,93) NS Cancelamento (%) 20,83 25 NS Nº de ampolas 59 (34-114) 68 (27-102) NS Estradiol dia HCG (pg/ml) 1196(505-2811) 867,5 (347-1473) P=0.00 Total de oócitos retirados 5,5 (1-12) 4,5 (2-8) P=0.032 Taxa de fertilização (%) 81,4 71,6 NS Embriões transferidos 3 (1-5) 2,5 (1-5) NS Gravidez clínica/transfer (%) 26,31 22,2 NS 5 Akman et al., 2001

RESULTADOS DA MATURAÇÃO IN VITRO E FERTILIZAÇÃO DE OÓCITOS RECUPERADOS DE MÁS RESPONDEDORAS Ciclos 8 Idade 30,5 ± 4,3 Total oocitos recuperados Média/ciclo 41 5,1 ± 3,2 Oócitos maturados (%) 33 (80,5) Oócitos fertilizados (%) 26 (78,8) Embriões clivados (%) 25 (75,8) Embriões transferidos Média/ciclo 20 2,5 ± 0,9 Gravidez clínica (%) 3 (37,5) Taxa de implantação (%) 4 (20,0) Liu et al, 2008

DOAÇÃO DE OÓCITOS MÁS RESPONDEDORAS Idade Ciclos Gravidez Implantação Menos de 30 4 2 (50%) 3/18 (16,6%) 30 a 34 32 14 (43,7%) 24/133 (18%) 35 a 39 45 22 (48,8%) 35/180 (19,4%) Mais de 40 41 22 (53,6%) 28/176 (15,9%) IVI, 1997 A doação de óvulos é uma opção para as pacientes más respondedoras. Remohí, 2003

TAKE HOME MESSAGES 1. Falta de uniformidade no conceito de má-respondedora. 2. Dificuldade de selecionar protocolo de estimulação adequado. 3. Aumento da dose de Gns apresenta resultado limitada. 4. Flare com microdose e antagonista parecem adequados em pacientes jovens e com reserva normal. 5. A falha de resposta está indicado doação de óvulos 6. Doação de óvulos é terapêutica primária em pacientes com idade e reserva ovariana anormal.