Diretivas ABNT, Parte 2 Regras para a estrutura e redação de Documentos Técnicos ABNT



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Diretivas ABNT, Parte 2 Regras para a estrutura e redação de Documentos Técnicos ABNT Rules for the structure and drafting of ABNT Technical Documents Primeira edição, 2007

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Sumário 1 Escopo... 7 2 Referências normativas... 7 3 Termos e definições... 8 4 Princípios gerais... 9 4.1 Objetivo... 9 4.2 Abordagem do desempenho... 10 4.3 Homogeneidade... 10 4.4 Coerência dos Documentos Técnicos ABNT... 10 4.5 Planejamento... 11 5 Estrutura... 11 5.1 Subdivisão do conteúdo... 11 5.2 Descrição e numeração das divisões e subdivisões... 15 6 Redação... 18 6.1 Elementos informativos preliminares... 18 6.2 Elementos normativos gerais... 19 6.3 Elementos normativos técnicos... 21 6.4 Elementos informativos suplementares... 26 6.5 Outros elementos informativos... 27 6.6 Elementos e regras comuns... 27 6.7 Aspectos de avaliação de conformidade... 42 6.8 Aspectos de sistemas de gestão da qualidade, confiabilidade e amostragem... 43 7 Elaboração e apresentação de Documentos Técnicos ABNT... 44 Anexo A (informativo) Princípios para redação... 45 A.1 Geral... 45 A.2 Abordagem orientada ao resultado... 45 A.3 Abordagem do desempenho... 47 A.4 Princípio da verificabilidade... 47 A.5 Escolha de valores... 47 A.6 Acomodação de mais de um tamanho de produto... 48 A.7 Prevenção de repetição... 49 Anexo B (informativo) Documentos de referência fundamentais... 50 B.1 Introdução... 50 B.2 Documentos de referência para linguagem... 50 B.3 Terminologia normalizada... 50 B.4 Princípios e métodos da terminologia... 50 B.5 Grandezas, unidades e seus símbolos... 50 B.6 Abreviaturas... 51 B.7 Referências bibliográficas... 51 B.8 Desenhos técnicos... 51 B.9 Símbolos gráficos... 52 B.10 Números preferenciais... 52 B.11 Métodos estatísticos... 52 B.12 Química... 53 B.13 Condições ambientais e ensaios associados... 53 B.14 Segurança... 53 B.15 EMC (compatibilidade eletromagnética)... 53 B.16 Conformidade e qualidade... 53 B.17 Adoção de normas internacionais... 54 B.18 Gestão ambiental... 54 B.19 Embalagem e acondicionamento... 54 Anexo C (informativo) Exemplo de numeração de divisões e subdivisões... 55 Diretivas ABNT, Parte 2, 2007 3

Anexo D (normativo) Redação e apresentação de termos e definições... 56 D.1 Princípios gerais... 56 D.2 Normas somente de terminologia... 57 D.3 Apresentação... 58 Anexo E (normativo) Redação do título de um Documento Técnico ABNT... 61 E.1 Elementos do título... 61 E.2 Precaução para evitar limitação involuntária do escopo... 62 E.3 Redação... 62 Anexo F (normativo) Direitos de patente... 63 Anexo G (normativo) Formas verbais para a expressão de prescrições... 64 Anexo H (informativo) Grandezas e unidades... 67 Tabelas Tabela 1 Termos de divisões e subdivisões... 12 Tabela 2 Exemplo de disposição típica dos elementos no Documento Técnico ABNT... 14 Tabela G.1 Requisitos... 64 Tabela G.2 Recomendação... 65 Tabela G.3 Permissão... 65 Tabela G.4 Possibilidade e capacidade... 66 4 Diretivas ABNT, Parte 2, 2007

Prefácio As Diretivas ABNT são publicadas em duas partes: Parte 1: Procedimentos para o trabalho técnico Parte 2: Regras para a estrutura e redação de Documentos Técnicos ABNT As Diretivas ABNT foram aprovadas pela Diretoria Executiva da ABNT. A Parte 2 das Diretivas ABNT cancela e substitui a ABNT ISO/IEC Diretiva Parte 3:1994, e tomou por base a ISO/IEC Directives, Part 2:2004. Ela é apresentada de modo que sirva como exemplo da aplicação das regras nela prescritas. As principais alterações com relação à ABNT ISO/IEC Diretiva Parte 3 são as seguintes: o Prefácio não traz mais o caráter normativo ou informativo dos anexos; o termo norma foi substituído por Documento Técnico ABNT como termo genérico para se referir a Projeto de Norma e a Norma Brasileira, bem como a outros documentos técnicos que possam surgir no futuro; o termo objetivo foi substituído por escopo, por ser este último mais abrangente, isto é, ele contempla o objetivo e o campo de aplicação; o termo Comitê Técnico foi utilizado para referir-se a Comitê Brasileiro, Organismo de Normalização Setorial e Comissão de Estudo Especial Temporária; citação de referências datadas e não datadas nas referências normativas (ver 6.2.2); os termos e definições passam a ser redigidos de acordo com a ABNT NBR 13789; regras para estrutura, numeração e apresentação de seção para materiais e/ou reagentes e para aparelhagem (ver 6.3.5.2 e 6.3.5.3); abordagem relativa a desempenho (ver 4.2); requisitos relativos à marcação, rotulagem e embalagem (ver 6.3.7); requisitos relativos a direitos de patentes (ver 6.6.4 e Anexo G); amostragem e métodos de ensaio (ver 6.3.4 e 6.3.5); informações sobre aspectos de avaliação de conformidade (ver 6.7) e sistemas de gestão da qualidade (ver 6.8); regras relativas a referências a documentos online (ver 6.4.2); regras para a continuação e subdivisão de figuras (ver 6.6.5.8 e 6.6.5.11); as referências a elementos numerados passaram a ser escritas com letra maiúscula, por exemplo, Seção, Subseção, Anexo, Figura, Nota etc.; inclusão de um novo Anexo A, Princípios para redação; Diretivas ABNT, Parte 2, 2007 5

inclusão do Anexo F, relativo a direitos de patentes. Nas Tabelas 1, G.1, G.2, G.3 e G.4 são apresentados termos em inglês para facilitar os trabalhos de tradução, quando da adoção de normas ISO ou IEC. Esta Parte 2 das Diretivas ABNT deve ser aplicada a todos os Documentos Técnicos da ABNT a serem publicados a partir de 01.01.2007. 6 Diretivas ABNT, Parte 2, 2007

ABNT Diretivas ABNT Parte 2: Regras para a estrutura e redação de Documentos Técnicos 1) ABNT 1 Escopo Esta parte das Diretivas ABNT especifica as regras para a estrutura e redação de Documentos Técnicos ABNT. Estas regras são previstas para assegurar que os Documentos Técnicos ABNT preparados pelos Comitês Técnicos sejam redigidos do modo mais uniforme possível, qualquer que seja seu conteúdo técnico. Esta parte das Diretivas ABNT também apresenta algumas orientações com relação à apresentação. Esta parte das Diretivas ABNT não especifica a tipografia e o leiaute dos Documentos Técnicos ABNT, os quais são estabelecidos em outro documento. 2 Referências normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 6023, Informação e documentação Referências Elaboração ABNT NBR 6034, Informação e documentação Índice Apresentação ABNT NBR 8402, Execução de caracter para escrita em desenho técnico Procedimento ABNT NBR 12535, Grandezas e unidades de espaço e tempo Terminologia ABNT NBR 13273, Desenho técnico Referência a itens ABNT NBR 13789, Terminologia Princípios e métodos Elaboração e apresentação de normas de terminologia ABNT NBR 13790, Terminologia Princípios e métodos Harmonização de conceitos e termos ABNT NBR ISO 31-11, Grandezas e unidades Parte 11: Símbolos e sinais matemáticos para uso nas ciências físicas e tecnologia ABNT NBR ISO 1000, Unidades SI e recomendações para o uso dos seus múltiplos e de algumas outras unidades ABNT NBR ISO/IEC 17050-1, Avaliação de conformidade Declaração de conformidade de fornecedor - Parte 1: Requisitos gerais ABNT NBR ISO/IEC 17050-2, Avaliação de conformidade Declaração de conformidade de fornecedor - Parte 2: Documentação de suporte ABNT ISO/IEC Guia 7, Diretrizes para elaboração de normas adequadas ao uso em avaliação de conformidade 1) Documentos Técnicos ABNT são aqueles definidos pela Diretoria Executiva da ABNT. Diretivas ABNT, Parte 2, 2007 7

ISO 78-2, Chemistry Layouts for standards Part 2: Methods of chemical analysis ISO 3166-1, Codes for the representation of names of countries and their subdivisions Part 1: Country codes 3 Termos e definições Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições: 3.1 norma documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto NOTA Convém que as normas sejam baseadas em resultados consolidados da ciência, tecnologia e da experiência acumulada, visando à otimização de benefícios para a comunidade. [ABNT ISO/IEC GUIA 2:2006, definição 3.2.1.1] 3.2 Norma Brasileira ABNT NBR norma homologada e publicada pela ABNT 3.3 elementos normativos elementos que descrevem o escopo do Documento Técnico ABNT e que estabelecem prescrições (3.7) 3.4 Elementos informativos 3.4.1 elementos preliminares elementos que identificam o Documento Técnico ABNT, introduzem o seu conteúdo e explicam seu fundamento, seu desenvolvimento e sua relação com outros documentos 3.4.2 elementos suplementares elementos que fornecem informações adicionais para facilitar a compreensão ou o uso do Documento Técnico ABNT 3.5 elemento obrigatório elemento cuja presença no Documento Técnico ABNT é obrigatória 3.6 elemento opcional elemento cuja presença no Documento Técnico ABNT depende das prescrições do Documento Técnico ABNT em questão 8 Diretivas ABNT, Parte 2, 2007

3.7 Prescrições 3.7.1 requisito expressão, no contexto do Documento Técnico ABNT, que apresenta critérios a serem atendidos, a fim de se assegurar a conformidade com o Documento Técnico ABNT, não se permitindo desvios NOTA A Tabela G.1 especifica as formas verbais para a expressão de requisitos. 3.7.2 recomendação expressão, no contexto do Documento Técnico ABNT, que apresenta uma possibilidade mais apropriada entre várias, sem mencionar ou excluir outras, ou que um certo modo de proceder é preferível, mas não necessariamente exigível, ou ainda que (na forma negativa) outra possibilidade é desaconselhável, mas não proibida NOTA A Tabela G.2 especifica as formas verbais para a expressão de recomendações. 3.7.3 declaração expressão, no conteúdo do Documento Técnico ABNT, que apresenta uma informação NOTA A Tabela G.3 especifica as formas verbais para indicar que uma determinada ação é permitida dentro dos limites do Documento Técnico ABNT. A Tabela G.4 especifica as formas verbais utilizadas para indicar possibilidade e capacidade. 3.8 estado da arte estágio de desenvolvimento de uma capacitação técnica em um determinado momento, em relação a produtos, processos e serviços, baseado em descobertas científicas, tecnológicas e experiências consolidadas e pertinentes [ABNT ISO/IEC Guia 2:2006, definição 1.4] 4 Princípios gerais 4.1 Objetivo O objetivo de um Documento Técnico ABNT é estabelecer prescrições para facilitar o comércio e a comunicação em nível nacional. Para atingir este objetivo, o Documento Técnico ABNT deve ser tão completo quanto necessário, dentro dos limites estabelecidos pelo seu escopo; ser coerente, claro e preciso, levar em consideração o estado da arte, servir de base para o desenvolvimento tecnológico, ser compreensível para o pessoal qualificado que não participou da sua elaboração, e levar em consideração os princípios de redação de documentos (ver Anexo A). Diretivas ABNT, Parte 2, 2007 9

4.2 Abordagem do desempenho Sempre que possível, os requisitos devem ser expressos em termos de desempenho ao invés de características descritivas ou de projeto. Esta abordagem permite maior liberdade ao desenvolvimento tecnológico. Em princípio devem ser incluídas características que tenham aceitação em todo o mundo (universal). Onde necessário, devido a legislações, clima, meio ambiente, economias, condições sociais etc., podem ser indicadas outras opções. Ver A.3 para mais informação. 4.3 Homogeneidade A uniformidade da estrutura, do estilo e da terminologia deve ser mantida não apenas dentro de cada Documento Técnico ABNT, mas também dentro de uma série de Documentos Técnicos ABNT associados. A estrutura dos Documentos Técnicos ABNT associados e a numeração de suas seções devem ser, na medida do possível, idênticas. Uma redação análoga deve ser usada para exprimir prescrições análogas; uma redação idêntica deve ser usada para exprimir prescrições idênticas. Para designar um dado conceito, deve ser usado o mesmo termo no decorrer de cada Documento Técnico ABNT ou série de Documentos Técnicos ABNT associados. Deve ser evitado o uso de um termo alternativo (sinônimo) para um mesmo conceito previamente definido. Na medida do possível, deve-se atribuir a cada conceito um só termo. Estes requisitos são particularmente importantes não apenas para assegurar a compreensão do Documento Técnico ABNT, ou da série de Documentos Técnicos ABNT associados, mas também para aproveitar ao máximo as vantagens das técnicas de processamento automatizado de texto, bem como as traduções computadorizadas. 4.4 Coerência dos Documentos Técnicos ABNT O texto de todo Documento Técnico ABNT deve ser conforme o prescrito nos documentos fundamentais específicos em vigor, a fim de assegurar a coerência entre eles. Isto se refere particularmente a a) terminologia normalizada, b) princípios e métodos da terminologia, c) grandezas, unidades e seus símbolos, d) abreviaturas, e) referências bibliográficas, f) desenhos técnicos, g) documentos técnicos, e h) símbolos gráficos. Além disso, para os aspectos técnicos específicos, devem-se respeitar os documentos fundamentais relativos aos seguintes aspectos: a) limites, ajustes e propriedades da superfície; b) tolerâncias dimensionais e incerteza de medição; c) números preferenciais; 10 Diretivas ABNT, Parte 2, 2007

d) métodos estatísticos; e) condições ambientais e ensaios associados; f) segurança; g) química; h) compatibilidade eletromagnética; i) conformidade e qualidade. O Anexo B apresenta uma lista de documentos fundamentais. 4.5 Planejamento Para assegurar a publicação de um Documento Técnico ABNT, ou de uma série de Documentos Técnicos ABNT associados, em um tempo razoável, é necessário estabelecer a estrutura prevista e sua relação com outros Documentos Técnicos ABNT, antes de se iniciar a redação detalhada do Documento Técnico ABNT. Em particular, deve ser considerada a subdivisão do conteúdo (ver 5.1). No caso de um Documento Técnico ABNT em várias partes, deve ser estabelecida uma lista das partes previstas, com seus respectivos títulos. Devem ser aplicadas as regras para estrutura e redação de Documentos Técnicos ABNT desde o início dos trabalhos e durante todas as etapas seguintes, para evitar atrasos em cada uma delas. 5 Estrutura 5.1 Subdivisão do conteúdo 5.1.1 Geral Os Documentos Técnicos ABNT são de uma diversidade tal que não podem ser estabelecidas regras universalmente aceitas para a subdivisão de seu conteúdo. Contudo, como regra geral, deve ser elaborado um Documento Técnico ABNT específico para cada assunto a ser normalizado e publicado como um Documento Técnico ABNT completo. Em casos específicos e por razões práticas, por exemplo, se a) o Documento Técnico ABNT se tornar muito volumoso, b) partes subseqüentes do conteúdo do Documento Técnico ABNT estiverem interligadas, c) partes do conteúdo do Documento Técnico ABNT puderem ser referidas em regulamentos, ou d) partes do conteúdo do Documento Técnico ABNT forem previstas para fins de certificação, o Documento Técnico ABNT pode ser dividido em partes individuais sob o mesmo número. Isto permite que cada parte possa ser modificada individualmente sempre que houver necessidade. Em particular, os aspectos de um produto que podem ser de interesse de diferentes classes (por exemplo: fabricantes, organismos de certificação, organismos governamentais) devem estar claramente distinguidos, preferencialmente como partes de um Documento Técnico ABNT ou como Documentos Técnicos ABNT específicos. Diretivas ABNT, Parte 2, 2007 11

Tais aspectos individuais podem ser, por exemplo, requisitos de saúde e de segurança, requisitos de desempenho, requisitos de serviço e de manutenção, regras de instalação, e avaliação da qualidade. Os termos que devem ser utilizados para designar as divisões e subdivisões de um Documento Técnico ABNT são apresentados na Tabela 1, em português e inglês. No Anexo C é dado um exemplo de numeração. Tabela 1 Termos das divisões e subdivisões Termo em português Termo em inglês Parte Part 9999-1 Seção Subseção Subseção Parágrafo Clause Subclause Subclause Paragraph Anexo Annex A Exemplo de numeração 1 1.1 1.1.1 [sem número] 5.1.2 Subdivisão do conteúdo dentro de um Documento Técnico ABNT composto de várias partes individuais Existem duas formas para a subdivisão em partes: a) Cada parte do Documento Técnico ABNT trata de um aspecto específico do assunto e pode estar separada. EXEMPLO 1 Parte 1: Terminologia Parte 2: Requisitos Parte 3: Métodos de ensaio Parte 4: EXEMPLO 2 Parte 1: Terminologia Parte 2: Ondas harmônicas Parte 3: Descarga eletrostática Parte 4: 12 Diretivas ABNT, Parte 2, 2007

b) O Documento Técnico ABNT trata dos aspectos gerais e dos aspectos específicos do assunto. Os aspectos gerais devem ser apresentados na Parte 1. Os aspectos específicos (os quais podem acrescentar ou modificar os aspectos gerais) devem ser apresentados em outras partes individuais. EXEMPLO 3 Parte 1: Requisitos gerais Parte 2: Requisitos térmicos Parte 3: Requisitos de pureza do ar Parte 4: Requisitos acústicos Quando utilizada a forma descrita em b), deve-se tomar cuidado para que as referências de uma parte em outra parte sejam válidas. Existem duas formas de se obter isto: Se a referência for feita a um elemento particular, a referência deve estar datada (ver 6.6.7.5.3); A utilização de referências não-datadas é permitida nos casos em que uma série completa de partes esteja sob o controle de um mesmo Comitê Técnico (ver 6.6.7.5.2), desde que as mudanças correspondentes sejam implementadas, simultaneamente, em todas as partes. O uso de referências não-datadas requer um alto grau de disciplina pelo Comitê Técnico responsável pelo Documento Técnico ABNT. Cada parte de um Documento Técnico ABNT composto de várias partes deve ser redigida de acordo com as regras para um Documento Técnico ABNT específico, tal como descrito nesta parte das Diretivas ABNT. 5.1.3 Subdivisão do conteúdo de um Documento Técnico ABNT específico Os elementos que compõem um Documento Técnico ABNT podem ser classificados de duas formas distintas: a) pela sua natureza normativa/informativa e sua posição na estrutura, isto é elementos informativos preliminares (ver 3.4.1), elementos normativos gerais e técnicos (ver 3.3), e elementos informativos suplementares (ver 3.4.2); b) pela sua presença obrigatória ou opcional (ver 3.5 e 3.6). A Tabela 2 apresenta um exemplo de disposição típica freqüentemente utilizada e o conteúdo permitido de cada um dos elementos que constituem a disposição. Diretivas ABNT, Parte 2, 2007 13

Tabela 2 Exemplo de disposição típica dos elementos em Documento Técnico ABNT Tipo de elemento Informativo preliminar Normativo geral Normativo técnico Informativo suplementar a Disposição dos elementos a em Documento Técnico ABNT Folha de rosto Conteúdo permitido a de elemento(s) em Documento Técnico ABNT Título Sumário (ver 6.1.2) Prefácio Introdução Título Escopo Referências normativas Termos e definições Símbolos e abreviaturas M Anexo normativo Anexo informativo Bibliografia Texto Notas Notas de rodapé Texto Figuras Tabelas Notas Notas de rodapé Texto Texto Figuras Tabelas Notas Notas de rodapé Referências Notas de rodapé Texto Figuras Tabelas Notas Notas de rodapé Texto Figuras Tabelas Notas Notas de rodapé Referências Notas de rodapé Índices Ver ABNT NBR 6034 Letra em negrito = elemento obrigatório; letra vertical = elemento normativo; letra em itálico = elemento informativo. 14 Diretivas ABNT, Parte 2, 2007

Um Documento Técnico ABNT não precisa conter todos os elementos normativos técnicos apresentados na Tabela 2, podendo apresentar outros elementos normativos técnicos. Tanto a natureza dos elementos normativos técnicos como sua seqüência são determinadas pela natureza do Documento Técnico ABNT em questão. Um Documento Técnico ABNT pode também conter notas e notas de rodapé de figuras e tabelas (ver 6.6.5.9, 6.6.5.10, 6.6.6.6 e 6.6.6.7). As normas de terminologia têm requisitos adicionais para a subdivisão do conteúdo (ver Anexo D). 5.2 Descrição e numeração das divisões e subdivisões 5.2.1 Parte 5.2.1.1 A numeração de uma parte deve ser indicada por algarismo arábico, começando por 1, colocado após o número do Documento Técnico ABNT e precedido por um hífen, por exemplo, 9999-1, 9999-2 etc. As partes não devem ser subdivididas. Ver exemplos também em 5.1.2. 5.2.1.2 O título de uma parte individual deve ser redigido da mesma forma que o de um Documento Técnico ABNT específico, como descrito em 6.1.1. Todos os títulos das partes individuais em uma mesma série de partes de um Documento Técnico ABNT devem conter os mesmos elementos introdutório (se houver) e central, enquanto que o elemento complementar deve ser diferente para cada parte, a fim de distingui-la das demais. O elemento complementar deve ser precedido, em cada caso, pela designação Parte.... 5.2.1.3 Se um Documento Técnico ABNT for publicado em várias partes, a primeira parte deve incluir no prefácio (ver 6.1.3) uma explicação da estrutura prevista. No prefácio de cada parte pertencente à série deve ser feita referência aos títulos das outras partes publicadas ou previstas para publicação. 5.2.2 Seção A seção é um componente básico na subdivisão do conteúdo de um Documento Técnico ABNT. As seções de cada Documento Técnico ABNT ou de cada parte individual de um Documento Técnico ABNT devem ser numeradas com algarismos arábicos, começando por 1 para a seção Escopo. A numeração deve ser contínua, excluindo-se os anexos (ver 5.2.6). Cada seção deve ter um título, colocado imediatamente após sua numeração, e o texto deve iniciar-se na linha seguinte. 5.2.3 Subseção Uma subseção é uma subdivisão numerada de uma seção. Uma subseção primária (por exemplo 5.1, 5.2 etc.) pode ser subdividida em subseções secundárias (por exemplo, 5.1.1, 5.1.2 etc.) e este processo de subdivisão pode continuar até o quinto nível (por exemplo, 5.1.1.1.1.1, 5.1.1.1.1.2 etc.). As subseções devem ser numeradas com algarismos arábicos (ver exemplo no Anexo C). Não se deve numerar uma subseção se não existir uma outra subseção no mesmo nível. Por exemplo, não se deve numerar a subseção da seção 10, como 10.1, se não houver a subseção 10.2. Diretivas ABNT, Parte 2, 2007 15

É preferível que cada subseção primária tenha um título, colocado imediatamente após sua numeração, e o texto deve iniciar-se na linha seguinte. As subseções secundárias podem ser tratadas da mesma forma. Dentro de uma seção ou subseção, o uso de títulos deve ser uniforme para subseções no mesmo nível, por exemplo, se 10.1 tiver título, 10.2 também deve ter título. Na ausência de títulos, podem ser utilizados, para chamar atenção sobre o assunto principal tratado, os termos ou frases-chave que aparecem no início do texto da subseção destacados em negrito. Tais termos ou frases não devem constar no sumário. 5.2.4 Parágrafo O parágrafo é uma subdivisão não numerada de uma seção ou subseção. Os parágrafos soltos, tais como aqueles mostrados no exemplo a seguir, devem ser evitados se a referência a eles não for clara. EXEMPLO No exemplo a seguir, os parágrafos soltos indicados não podem ser unicamente identificados como sendo da Seção 5, pois os parágrafos em 5.1 e 5.2 também estão na Seção 5. Para evitar este problema, é necessário identificar os parágrafos não numerados como subseção 5.1 Geral (ou outro título adequado) e renumerar devidamente as subseções 5.1 e 5.2 existentes (como apresentado) e mover os parágrafos soltos para outro lugar ou excluí-los. 5 Designação Incorreto A raposa salta sobre o cão. A raposa salta sobre o cão. A raposa salta sobre o cão. 5.1 Xxxxxxxxxxx A raposa salta sobre o cão. 5.2 Xxxxxxxxxxx A raposa salta sobre o cão. A raposa salta sobre o cão. A raposa salta sobre o cão. A raposa salta sobre o cão. 6 Relatório de ensaio Parágrafos soltos 5 Designação 5.1 Geral Correto A raposa salta sobre o cão. A raposa salta sobre o cão. A raposa salta sobre o cão. 5.2 Xxxxxxxxxxx A raposa salta sobre o cão. 5.3 Xxxxxxxxxxx A raposa salta sobre o cão. A raposa salta sobre o cão. A raposa salta sobre o cão. A raposa salta sobre o cão. 6 Relatório de ensaio 5.2.5 Enumerações As enumerações podem ser apresentadas por meio de uma sentença (ver Exemplo 1) de uma proposição gramatical completa seguida por dois pontos (ver Exemplo 2) ou pela primeira parte de uma proposição (sem dois pontos ver Exemplo 3), completada pelos itens da enumeração. Cada item da enumeração deve estar precedido de um travessão ou um bullet ou, caso necessário, para identificá-lo, de uma letra minúscula seguida de parêntese. Se houver necessidade de subdividir mais um item deste último tipo de enumeração, devem-se usar algarismos arábicos seguidos de parêntese (ver Exemplo 1). 16 Diretivas ABNT, Parte 2, 2007

EXEMPLO 1 Os princípios básicos a seguir devem ser aplicados na redação de definições. a) A definição deve ter a mesma forma gramatical do termo: 1) para definir um verbo, deve ser usada uma frase verbal; 2) para definir um nome no singular, deve ser usado o singular. b) A estrutura preferencial para uma definição é uma parte fundamental que indica a classe à qual o conceito pertence e outra parte que enumera as características que distinguem o conceito de outros elementos da mesma classe. c) A definição de uma grandeza deve ser formulada de acordo com as prescrições da ABNT NBR ISO 1000. Isto significa que uma grandeza derivada pode ser definida por meio de outras grandezas. Nenhuma unidade deve ser usada na definição de uma grandeza. EXEMPLO 2 Não há necessidade de chave para as seguintes categorias de aparelhos: aparelhos que tenham potência inferior ou igual a 10 W em condições normais de funcionamento; aparelhos que tenham potência inferior ou igual a 50 W, medida 2 min após a aplicação de qualquer das condições de falha; aparelhos destinados a operação contínua. EXEMPLO 3 As vibrações dos aparelhos podem ser causadas por desbalanceamento dos elementos rotativos, ligeira deformação da estrutura, rolamentos, e cargas aerodinâmicas. Para auxiliar na compreensão, é preferível não continuar a sentença após o final do tipo de enumeração apresentada no Exemplo 3. Os termos ou frases-chave podem ser apresentados em negrito, a fim de chamar atenção sobre o assunto das enumerações (ver Exemplo 1). Tais termos ou frases não devem constar no sumário; se for necessário constar, eles devem ser apresentados como títulos de subseções (ver 5.2.3) ao invés de itens de enumerações. 5.2.6 Anexo Para a descrição dos dois tipos de anexo, ver 6.3.8 e 6.4.1. Os anexos devem aparecer na ordem em que forem citados no texto. Cada anexo deve ser designado por um cabeçalho compreendendo a palavra Anexo, seguida por uma letra maiúscula que designa sua ordem, começando com A (por exemplo, Anexo A ). O cabeçalho do anexo deve ser seguido pela indicação (normativo) ou (informativo) e pelo título, cada um em uma linha. As numerações dadas às seções, subseções, tabelas, figuras e equações de um anexo devem ser precedidas pela letra do anexo, seguida por um ponto. Cada anexo deve ter uma numeração independente. Um anexo único deve ser denominado Anexo A. EXEMPLO As seções do Anexo A são designadas A.1, A.2, A.3 etc. 5.2.7 Bibliografia Uma bibliografia, se existente, deve aparecer após o último anexo. Para as regras de redação, ver 6.4.2. Diretivas ABNT, Parte 2, 2007 17

5.2.8 Índice Caso exista, o índice deve aparecer como último elemento. Para as regras de apresentação, ver ABNT NBR 6034. 6 Redação 6.1 Elementos informativos preliminares 6.1.1 Folha de rosto A folha de rosto deve conter o título do Documento Técnico ABNT. O título deve ser redigido com muita atenção. Deve ser tão conciso quanto possível, de modo a indicar, sem ambigüidade, o assunto tratado pelo Documento Técnico ABNT, permitindo distingui-lo de outros Documentos Técnicos ABNT, sem entrar em detalhes desnecessários. Qualquer detalhe complementar deve ser incluído no escopo. O título deve ser composto por elementos distintos, cada um deles tão curto quanto possível, partindo do genérico para o específico. Em geral, não devem ser usados mais de três elementos dos mencionados a seguir: a) um elemento introdutório (opcional), indicando o âmbito geral a que se refere o Documento Técnico ABNT (que pode muitas vezes ser baseado no nome do Comitê Técnico ou Comissão de Estudo); b) um elemento central (obrigatório), indicando o assunto principal, tratado dentro do âmbito geral; c) um elemento complementar (opcional) indicando o aspecto particular do assunto principal ou dando detalhes que permitam distinguir o Documento Técnico ABNT de outros Documentos Técnicos ABNT, ou outras partes do mesmo Documento Técnico ABNT. Para redação do título, ver as regras detalhadas no Anexo E. NOTA A folha de rosto da Norma Brasileira é preparada pela Administração Central da ABNT. 6.1.2 Sumário O sumário é um elemento preliminar opcional, mas necessário para facilitar a consulta ao Documento Técnico ABNT. O sumário deve conter as seções e, se necessário, as subseções com títulos, os anexos com seus caráteres entre parênteses, a bibliografia, o índice, as figuras e as tabelas. A ordem deve ser a seguinte: seções e subseções com títulos, anexos (incluindo seções e subseções com títulos, se necessário), bibliografia, índice, figuras e tabelas. Todos os elementos relacionados devem ser citados com seus títulos completos. Os termos da seção Termos e definições não devem ser relacionados no sumário. O sumário deve ser gerado de forma automática e não manualmente. 6.1.3 Prefácio O prefácio deve constar em todos os Documentos Técnicos ABNT e não deve incluir requisitos, recomendações, figuras ou tabelas. 18 Diretivas ABNT, Parte 2, 2007

Ele consiste em uma parte geral e uma parte específica. A parte geral deve conter informações relativas à ABNT e às Normas Brasileiras em geral, isto é a) a designação e o nome do Comitê Técnico autor e da respectiva Comissão de Estudo, b) informações sobre a aprovação do Documento Técnico ABNT, e c) informações sobre as convenções redacionais utilizadas. A parte específica (fornecida pela secretaria do Comitê Técnico) deve conter as seguintes informações (quando apropriado): a) modificações técnicas e significativas em relação à edição anterior do Documento Técnico ABNT; b) outros Comitês Técnicos que tenham contribuído na elaboração do Documento Técnico ABNT; c) cancelamento ou substituição de outro(s) Documento Técnico(s) ABNT; d) relação do Documento Técnico ABNT com outros Documentos Técnicos (ver 5.2.1.3). 6.1.4 Introdução A introdução é um elemento preliminar opcional, incluída, quando necessário, para dar informações específicas ou fazer comentários sobre o conteúdo técnico do Documento Técnico ABNT e sobre as razões pelas quais o Documento Técnico ABNT foi elaborado. A introdução não deve conter requisitos. Sempre que soluções alternativas forem adotadas em um Documento Técnico ABNT e que preferências para alternativas diferentes forem incluídas, as razões para as preferências devem estar explicadas na introdução [ver A.6 d)]. Onde direitos de patente forem identificados no Documento Técnico ABNT, a introdução deve incluir uma observação apropriada. Ver Anexo F para mais informações. A introdução não deve ser numerada, a menos que exista a necessidade de criar subdivisões numeradas. Neste caso, ela deve ser numerada com 0 e com as subseções numeradas com 0.1, 0.2 etc. As figuras, tabelas, equações e notas de rodapé devem ser normalmente numeradas começando por 1. 6.2 Elementos normativos gerais 6.2.1 Escopo Este elemento deve constar no início de todos os Documentos Técnicos ABNT, a fim de definir, sem ambigüidade, o assunto do Documento Técnico ABNT e os aspectos abrangidos, indicando os limites de aplicabilidade do Documento Técnico ABNT ou de partes específicas do Documento Técnico ABNT. O escopo não deve conter requisitos. Nos Documentos Técnicos ABNT elaborados em partes, o escopo de cada parte define apenas o assunto de cada parte do Documento Técnico ABNT. O escopo deve ser sucinto, de modo que possa ser usado como um resumo para fins bibliográficos. Diretivas ABNT, Parte 2, 2007 19

Este elemento deve ser redigido sob a forma de uma série de enunciados. Devem ser utilizadas expressões como as seguintes: Esta Norma especifica as dimensões um método as características estabelece um sistema para fornece diretrizes para define os termos princípios gerais para As indicações sobre seu campo de aplicação devem ser dadas da seguinte maneira: Esta Norma se aplica a... 6.2.2 Referências normativas Este é um elemento opcional, que contém uma lista completa de todos os Documentos Técnicos citados no Documento Técnico ABNT (ver 6.6.7.5), indispensáveis para a aplicação do Documento Técnico ABNT. Para referências datadas, cada uma deve ser dada com seu ano de publicação e título completo. O ano de publicação não deve ser dado para referências nãodatadas. Quando uma referência não-datada for aplicável a todas as partes do Documento Técnico ABNT, o número da publicação deve ser seguido pela indicação (todas as partes) e pelo título geral da série de partes (isto é, os elementos introdutório e central) (ver Anexo E). Em princípio, os documentos citados devem ser Normas Brasileiras, Regionais ou Internacionais. Documentos publicados por outros organismos podem ser citados de forma normativa, desde que o Comitê Técnico garanta que a) o documento é de grande aceitação, de organismo reconhecido e está disponível ao público, b) irá rever a situação do Documento Técnico ABNT à luz de qualquer mudança nos documentos referenciados. Os documentos devem ser listados na seguinte ordem: Leis, Decretos, Portarias e Regulamentos; Normas Brasileiras; Normas Internacionais; Normas Regionais; Normas Estrangeiras. A lista deve ser precedida pelo seguinte texto: Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste Documento Técnico ABNT. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). 20 Diretivas ABNT, Parte 2, 2007