Consolidação do Sistema de PG & P e Ensino Superior do Paraná



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Transcrição:

1 Consolidação do Sistema de PG & P e Ensino Superior do Paraná Clóvis Pereira - UFPR A sociedade paranaense está sendo construída pelas ações, projetos, planos, políticas públicas e metas criadas e executadas por seus gestores do passado e do presente. Emerge daí a necessidade do comprometimento desses gestores com o Paraná. Sabemos que o elemento diferenciador que está marcando e, que marcará ainda mais no futuro as relações entre os Estados (suas sociedades) e, em nível internacional entre as Nações (suas sociedades) é, e será definido pela criação e pelo uso do conhecimento científico e tecnológico de ponta que os Estados e as Nações fazem atualmente e farão no futuro. Portanto, é imprescindível que o Paraná possua um excelente sistema de ensino superior e de pesquisas. A propósito de ações, projetos e metas que gestores bem orientados estão praticando a este respeito, isto é, criação e uso do conhecimento científico e tecnológico de ponta, sugerimos a leitura de textos sobre a Singularity University, situada no Vale do Silício, Califórnia, USA. Esta instituição tem como objetivo preparar a próxima geração de líderes para utilizar tecnologias exponenciais para enfrentar os grandes desafios da humanidade. Citaremos alguns desses grandes desafios que estão à nossa porta e não são triviais: a falta mundial de água potável. Este problema já atinge mais de 150 países. Ele afeta seres humanos, seres não humanos, agricultura etc.; o fornecimento de energia elétrica, a partir de fontes renováveis, para a população da Terra; a compreensão, reconhecimento e uso das oportunidades e das influências da tecnologia na medicina. Os gestores do Estado do Paraná devem ficar atentos a estes e outros grandes desafios que batem às portas de nosso Estado. Sugerimos que o governo do Paraná estabeleça como plataforma de governo políticas públicas

2 como o eu primeiro e mexer-se cedo para, no contexto nacional, sairmos na frente com qualidade. Os candidatos ao governo do Paraná, ao elaborarem seus planos de gestão a serem divulgados para a sociedade, deveriam ter em mente que uma de suas principais políticas públicas como prioridade de governo deve ser trabalhar com afinco para dotar o Estado de um excelente sistema educacional nos níveis básico e superior, incluindo o sistema de pós-graduação e pesquisas. Para tal empresa eles devem se acercar de assessores qualificados, competentes e do ramo. Infelizmente o Estado do Paraná não tem sido objeto desse zelo por parte de candidatos ao governo estadual. No que diz respeito à escola básica daremos um exemplo, de uma das ações prioritárias de qualquer governo, relacionado à higiene ou saúde pessoal. Um sistema de escolas públicas que repasse para seus alunos e seus pais informações e práticas, na forma de uma disciplina, das noções básicas de higiene no trato da alimentação, uso de água potável, higiene do corpo, incluindo a higiene bucal, evitaria efeitos que posteriormente a saúde pública tem que remediar via programas como saúde da família e/ou outros programas análogos. Quando pensamos no Sistema de PG & P (C & T) e Ensino Superior é imprescindível que no Paraná sejam criadas as condições e os instrumentos legais para ser dado início ao processo de avanços com excelente qualidade nessa área. Sem possuir um excelente sistema estadual de graduação, pósgraduação e C & T, as diversas regiões do Paraná não terão condições de se desenvolver de modo harmônico. Sem essa premissa o Paraná não produzirá C & T avançadas. Ao pensarmos em algo primordial, que é o financiamento, para manter o sistema de PG & P (C & T) do Paraná, encontramos no Decreto Estadual nº 1.952, de 24 de outubro de 2003 o instrumento legal que dispõe sobre gestão e operacionalização do Fundo Paraná, que financia o sistema supracitado. Transcrevemos um de seus artigos.

3 Art. 2º. Determinar que a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior SETI - assuma a gestão e operacionalização do Fundo Paraná, segundo as regras contidas na Lei Estadual n.º 12.020, de 09 de janeiro de 1.998. Parágrafo Único. Para o atendimento ao disposto no caput deste artigo, fica autorizada a instituição da Unidade Gestora do Fundo Paraná, mediante resolução da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, ouvidas as Secretarias de Estado do Planejamento e Coordenação Geral - SEPL e da Fazenda - SEFA. Sabemos do repasse regular para a SETI, do percentual constitucional de 2% da arrecadação tributária do Estado para o Fundo Paraná. Mas sabemos também da necessidade de ser aumentado o atual percentual de 30% desse mesmo Fundo para a Fundação Araucária, órgão responsável pelo apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico do Paraná. Sugerimos fortemente ao poder executivo estadual a extinção da Unidade Gestora do Fundo Paraná UGF, que foi instituída por meio da Resolução SETI nº 037, de 20 de novembro de 2003. Que, com a extinção da UGF, os recursos destinados a essa Unidade Gestora, que correspondem a 50% do Fundo Paraná, sejam repassados anualmente e, em igual percentual de 25%, para cada uma das seguintes instituições: Fundação Araucária e Instituto de Tecnologia do Paraná - TECPAR. Assim fazendo, a Fundação Araucária ficaria com o percentual de 55% oriundos do Fundo Paraná. É imprescindível aumentar o orçamento anual destinado à Fundação Araucária para que ela possa investir mais no apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico do Paraná. Essa é uma condição necessária para consolidar o sistema de PG & P e Ensino Superior do Paraná, que inclui o Sistema de C & T. Ao analisarmos os resultados das avaliações trienais feitas pela CAPES/MEC, por exemplo, a última que foi realizada em 2010, observamos,

4 como se fosse acontecimento normal para muitos, o seguinte quadro em relação ao desempenho do Sistema de PG & P do Paraná (Cf. nosso artigo intitulado O Desempenho do Sistema de PG & P do Paraná) quando comparado aos demais sistemas dos Estados da Região Sul: 1 Pífio desempenho dos programas de pós-graduação stricto sensu; 2 - Grande número de programas, com seus cursos avaliados com notas 3 e 4, que são as notas iniciais atribuídas pela CAPES, respectivamente para o mestrado e doutorado; lembramos que estes cursos avaliados com estas notas não são todos novos. Continuando com nossa análise do total de 132 programas ofertados pelo SEES do Paraná (este total inclui as IFES sediadas no Paraná) e, referentes à última avaliação trienal realizada em 2010, obtivemos os seguintes percentuais: 1. 45,45 % desses programas com nota 3, que corresponde a 60 programas. A nota 3 é a inicial para que o programa com o mestrado seja autorizado a funcionar; portanto curso novo. Não justifica o programa manter nota 3 em subsequentes avaliações trienais. 2. 38,65% deles com nota 4, correspondendo a 51 programas. Essa é a nota inicial para o programa com doutorado novo; neste caso também não justifica o programa manter nota 4 em subsequentes avaliações trienais. 3. 12,87% dos programas com nota 5, que corresponde a 17 programas e; 4. 3,03% dos programas com nota 6, correspondendo a 4 programas. Um fato estarrecedor e altamente comprometedor para o Sistema de PG & P do Paraná emerge quando percebemos que nenhum programa recebeu a nota máxima, 7. E ainda, quando somamos os percentuais correspondentes às notas mínimas 3 e 4, dos programas ofertados pelas Instituições Estaduais de Ensino Superior, respectivamente, para o mestrado e para o doutorado. A soma é igual a 84,10%.

5 Há algo de errado na gestão do Sistema de PG & P (C & T) e Ensino Superior do Paraná. O problema está detectado. Perguntamos se os gestores do Sistema já equacionaram e acionaram políticas públicas para sua solução. Julgamos que a presidência da Fundação Araucária está fazendo sua parte de modo correto. O Paraná precisa buscar imediatamente instrumentos para criação e implementação de um consistente Plano, com regulamento, metas e ações bem definidas que sirva de marco legal para direcionar, desenvolver e promover avanços no Sistema Estadual de PG & P (C & T) e Ensino Superior. Sem essa iniciativa ficaremos a ver navios. Esse Plano deverá induzir a criação de marcos legais para instrumentalizar: a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística; a Secretaria de Estado da Indústria, do Comércio e Assuntos do MERCOSUL; a Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral; a Secretaria de Estado de Assuntos Estratégicos, que são responsáveis pela elaboração de planos, projetos estratégicos e criação de infraestrutura no Paraná que atraiam indústrias de ponta e ampliem as atividades comerciais e ampliem as possibilidades de empregos bem remunerados. Nesse contexto sugerimos fortemente ao Governo do Estado do Paraná as seguintes ações: a) Reiteramos (Cf. nosso artigo A Necessidade de um PECD para o SEES do Paraná) a criação de um bem elaborado Plano Estadual de Capacitação Docente PECD, com regulamento, metas e ações bem definidas a ser aplicado no Sistema Estadual de Ensino Superior - SEES como política de estado e com versões a cada cinco (5) anos, com o propósito de: 1 - Contribuir para o avanço do desenvolvimento científico e tecnológico do Paraná via qualificação de seus docentes; 2- Projetar uma visão de futuro, isto é, elaborar um planejamento estratégico para o bom desempenho, em longo prazo, do Sistema Estadual de

6 Ensino Superior - SEES e, em particular, para o bom desempenho do Sistema de PG & P (C & T) do Estado do Paraná e; 3- Contribuir para que o Estado do Paraná adquira competências em algumas selecionadas subáreas e especialidades das ciências e da tecnologia; 4-Fazer com que a variável relevante de sua dinâmica seja o doutor titulado. b) A criação de um Laboratório Estadual de Energias Renováveis - LEER, associado à Companhia Paranaense de Energia COPEL, ao Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento - LACTEC e a algumas Universidades públicas, interessadas, existentes no Estado do Paraná. Laboratório este para pensar o futuro do Paraná com respeito a desenvolver pesquisas e projetos que induzam à COPEL a geração e produção de energia elétrica em larga escala a partir de fontes renováveis, no contexto do Plano da Matriz Energética do Estado do Paraná e, no contexto do Plano Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Não é concebível e, chega ao nonsense, que os gestores do Paraná não tenham idealizado e projetado a criação de um instrumento legal, na forma de um órgão de pesquisas, que aborde e equacione de modo sério a solução do problema da geração e produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis, para o Estado do Paraná. Como um órgão de pesquisas avançadas o Laboratório supracitado poderá agregar em seu quadro profissionais diversos e especializados em: 1 - Matemática, Probabilidade e Estatística com pesquisas em: Análise Matemática com: Equações Diferenciais Parciais; Equações Diferenciais Ordinárias e Equações Diferenciais Funcionais; Análise Funcional; Análise Não- Linear, Equações Diferenciais e Aplicações. Álgebra Abstrata com: Geometria Algébrica; Teoria de Lie e Aplicações; Teoria de Grupos; Teoria de Corpos e Teoria de Galois; Teoria de Álgebras Não-Comutativa; Teoria Geométrica de Grupos; Anéis e Aplicações; Teoria Algébrica de Singularidades. Geometria e Topologia com: Geometria Diferencial; Teoria das Singularidades de Aplicações Analíticas; Topologia das Variedades; Teoria

7 das Catástrofes; Teoria das Folheações; Sistemas Dinâmicos. Estabilização e Controle de Sistemas Distributivos. Probabilidade e Estatística Matemática com: Processos Estocásticos; Equações Diferenciais Estocásticas; Séries Temporais; Processos Estocásticos de Longa Dependência; Estatística Genética, Bioestatística. 2- Física Teórica e Física Experimental com pesquisas em: Física dos Materiais; Fluidos Complexos; Fenômenos Fototérmicos; Propriedades Ópticas de Materiais Semicondutores; Lasers e Aplicações; Óptica Quântica; Sistemas Dinâmicos; Energia Eletromagnética. 3 Engenharias e Computação com pesquisas em: Engenharia Elétrica; Energias Renováveis; Sistemas de Energia Elétrica; Sistemas Eletrônicos; Telecomunicação e Telemática; Nanotecnologia, Nanomateriais; Meio Ambiente; Computação Gráfica, Controle de Sistemas Dinâmicos; Engenharia de Sistemas e Computação; Engenharia Eletrônica e Computação; Engenharia de Software; Energia Geotérmica; Células a Combustível; Inovação Tecnológica, Organizacional e Marketing; Sustentabilidade Ambiental, Projetos de Turbinas para Aproveitamento de Ventos de Média e Baixa Velocidade; Sistemas Fotovoltaicos. Sugerimos que o objetivo central do LEER seja desenvolver prioritariamente os seguintes programas de pesquisas visando à geração e produção de energia elétrica. - Programa de Energia Eólica; Aproveitando o Mapa Eólico do Paraná criado pela COPEL e, expandindo a experiência e as pesquisas realizadas nessa área por esta Empresa. Neste programa a ideia é adquirir competências para a instalação de Centrais Eólicas que produzam energia elétrica que abasteçam, pelo menos, 200.000 residências, a exemplo de Centrais Eólicas existentes e funcionando em diversos países. Em 2007 a potência instalada de Centrais Eólicas em cada continente atingiu 93,9 MW, assim distribuídos: Europa 60,8%; América do Norte 20%; Ásia 17%; Oceania 1,2%; América Latina 0,6%; África 0,4%. Em 2008 a potência instalada de Centrais Eólicas atingiu 115.000 MW, equivalente a cerca

8 de 8 usinas de Itaipu. Em 2010 a potência instalada de Centrais Eólicas ficou próxima de 175.000 MW. A Alemanha voltou a investir em Centrais Eólicas para substituir a geração e produção de energia elétrica para o país, que estão a cargo de Centrais Nucleares. Em 2011 o Parlamento alemão aprovou lei que determina o fechamento progressivo até 2022 das Centrais Nucleares existentes no país. - Programa de Energia Solar; Preservando e expandindo a experiência da COPEL nessa área. A ideia desse Programa é criar competências para gerar e produzir energia elétrica, com a instalação de Centrais Solares que abasteçam, pelo menos, 200.000 residências, a exemplo de Centrais Solares instaladas e funcionando nos Estados Unidos da América, Canadá, Alemanha, Portugal e Espanha. - Programa de Energia Maremotriz, ou Energia das Marés; - Programa de Energia Geotérmica, ou Energia Geotermal; - Programa Células a Combustível. Aproveitando e expandindo a experiência com estudos e pesquisas nessa área realizadas pela COPEL. A criação do LEER, além de ser benéfica para o Paraná no sentido de criar competências na geração e produção de energia elétrica em larga escala a partir de fontes renováveis, possibilitará à comunidade acadêmica estadual e regional, e à sociedade brasileira a oportunidade de contacto direto com vários pesquisadores brasileiros e estrangeiros ligadas às ciências e à tecnologia da geração e produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis. O LEER poderá ser também um órgão dedicado a aprofundar a discussão e a reflexão acadêmica, exercitando a expertise prática sobre os desafios estaduais, regionais, nacionais e internacionais referentes à geração e produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis.

9 O Laboratório poderá ainda incluir em suas atividades a realização de seminários, conferências, eventos e palestras, abertas à comunidade acadêmica e à comunidade não acadêmica, sobre tópicos atuais e palpitantes da ciência, da tecnologia, da economia, da política, da educação, meio ambiente e da cultura ligados à geração e produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis. O Sistema Estadual de Ensino Superior SEES, em particular o Sistema Estadual de PG & P (C & T), por meio de suas instituições será amplamente beneficiado com a interação entre as atividades como: reuniões científicas, pesquisas científicas e tecnológicas, workshops, conferências realizadas pelos docentes das Instituições de Ensino Superior e pelos pesquisadores do Laboratório Estadual de Energias Renováveis. A criação do LEER promoverá a cooperação entre as instituições do sistema de ensino superior localizadas na Região Sul, o que se traduzirá numa mais-valia, possibilitando o intercâmbio de experiências e de recursos e, o surgimento de novas opções que viabilizem a concretização dos objetivos estratégicos dos Estados da Região Sul. Além disso, o LEER abrirá novas possibilidades de trabalho e de avanços em ciências e tecnologia para o Paraná, para a Região Sul e para a Nação. Com a criação e implementação de tais ações e metas, isto é, criação do PECD e do LEER o Paraná, em poucos anos, dará um salto de qualidade na direção da consolidação de seu Sistema de PG & P (C & T) e Ensino Superior, um sonho almejado por sua comunidade acadêmica.