MAPA 1. DEMARCAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE CÂMARA DE LOBOS E RESPECTIVAS FREGUESIAS



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2. CÂMARA DE LOBOS MAPA 1. DEMARCAÇÃO GEOGRÁFICA DO CONCELHO DE CÂMARA DE LOBOS E RESPECTIVAS FREGUESIAS Fonte: www.geocities.com/heartland/plains/9462/map.html (adaptado) Localizada na vertente sul da Região Autónoma da Madeira, Câmara de Lobos, fundada em 1420 pelo navegador João Gonçalves Zarco, foi a primeira povoação a surgir na Madeira, tendo posteriormente adquirido o estatuto de sede de concelho. Com uma área de 52,37 Km2, a sua população residente aumentou de 31476 indivíduos em 1991 1 para 34614 indivíduos em 2001 2 e divide-se em cinco freguesias: Câmara de Lobos, Quinta Grande, Curral das Freiras, Estreito de Câmara de Lobos e Jardim da Serra. Hoje cidade e sede de Concelho, Câmara de Lobos continua a ser um dos mais importantes centros piscatórios do Arquipélago tal como as povoações de Caniçal e Machico. Enquanto os homens permanecem na pesca, especialmente do peixe-espada preto, algumas mulheres ainda se sentam às soleiras das portas a bordar para ajudar na vida. A presença de crianças junto ao mar é também uma constante, verificando-se a sua dispersão naquele espaço, quer para ocupação de tempos livres, quer para colaboração nas tarefas dos adultos. Actualmente esta localidade encontra-se ligada ao Funchal por uma via rápida, embora este percurso possa ainda ser efectuado pela estrada mais antiga que serpenteia entre a serra e o mar, possibilitando o acesso às habitações mais distantes e aos terrenos cultivados. Este concelho é caracterizado por ter uma orografia extremamente acidentada, agravada pela forte dispersão das populações nas cinco freguesias que o constituem. 1 XIII Recenseamento Geral da População. 2 XIV Recenseamento Geral da População. 1

A freguesia do Curral das Freiras possui uma especificidade face às restantes zonas da Ilha, pois situa-se no fundo da maior cratera da Madeira, sendo o seu acesso difícil e acidentado, uma vez que é rodeada por grandes precipícios rochosos. Aqui, a população vive essencialmente da agricultura, destacando-se as culturas da castanha e da noz. O Estreito de Câmara de Lobos situa-se atrás da freguesia de Câmara de Lobos e é constituído por encostas com socalcos cultivados sobretudo com vinha embora os degraus, designados por poios, apresentem também culturas como a bananeira. O Jardim da Serra, tal como o seu nome refere situa-se em terreno serrano, relativamente isolado das outras freguesias, e é propício quer à agricultura quer ao pastoreio. A Quinta Grande situa-se entre as freguesias do Campanário e Câmara de Lobos, exclusivamente em terreno serrano uma vez que os penedos desta freguesia terminam de forma abrupta, impossibilitando o acesso ao mar. Os terrenos são férteis em pomares e hortas e pratica-se a criação de gado. TABELA 1. DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO ACTIVA DO CONCELHO DECÂMARA DE LOBOS PELOS SECTORES DE ACTIVIDADE, NO PERÍODO 1991-2001 Sectores de Actividade 1991 (%) 2001 (%) Variação (%) Primário 22.7 9.4-13.3 Secundário 39.6 39.6 0 Terciário 37.7 51.0 +13.3 Ao longo desta década, o sector primário registou um decréscimo de 13,3 %, visto que a agricultura e a pesca, principais actividades deste sector, passaram a ocupar uma menor percentagem da população. No entanto, é possível constatar a existência de uma importante comunidade piscatória na zona costeira da vila, enquanto que nas freguesias sem acesso directo ao mar os terrenos se apresentam totalmente cultivados. Embora esta última actividade tenha deixado de se assumir como fonte exclusiva de rendimento, passou a ser desenvolvida em paralelo com outras. Deste modo, embora o peso do sector secundário não tenha sofrido alterações durante este período, é de assinalar o crescimento do sector terciário, cuja importância em 2001 já ultrapassava os 50,0 %, fruto da implementação de novos serviços, principalmente na vila de Câmara de Lobos. TABELA 2. DIMENSÃO MÉDIA DOS AGREGADOS FAMILIARES DO CONCELHO DE CÂMARA DE LOBOS NO PERÍODO 1991-2001 1991 2001 Variação 1991-2001 Número de alojamentos Dimensão Média dos agregados familiares Número de alojamentos Dimensão Média dos agregados familiares Número de alojamentos 6692 4.7 8510 4.1 + 1818-0.6 Dimensão Média dos agregados familiares 2

Embora a dimensão média dos agregados familiares tenha diminuído de 4,7 para 4,1 indivíduos, durante esta década, o seu valor continuou a representar o mais elevado do Arquipélago. Quanto à análise do sector habitacional, podemos inferir o acréscimo significativo do número de alojamentos clássicos (Tabela 2), assim como um aumento, embora pouco expressivo, do número de barracas, tal como evidencia a Tabela 3. TABELA 3. CARACTERÍSTICAS DOS ALOJAMENTOS FAMILIARES OCUPADOS COMO RESIDENCIAS HABITUAIS NO CONCELHO DE CÂMARA DE LOBOS, NO PERÍODO 1991-2001 Alojamentos 1991 2001 Sem instalações de electricidade ( %) 5.8 0.5 Sem instalações sanitárias (%) 17.0 9.2 Sem água canalizada (%) 52.3 2.9 Barracas (valor absoluto) 8 11 As condições de habitabilidade dos alojamentos clássicos foram também alvo de significativas melhorias. Assim, em 1991, 5,8 % dos alojamentos não possuíam electricidade, valor que baixou para 0,5 % em 2001, enquanto que ao nível das instalações sanitárias, há a referir um decréscimo de 17.0% para 9,2 %. Bastante expressiva é a situação relativa à água canalizada, visto que em 1991 mais de 50,0 % dos alojamentos não possuíam esta infraestrutura de saneamento básico., valor que além de constituir o mais elevado da Região, se distanciava mais de 25,0 % de todos os outros. Deste modo, a sua diminuição para 2,9 % em 2001, representou um grande investimento nas condições de vida de muitas famílias. TABELA 4. ASPECTOS GLOBAIS DA POPULAÇÃO DO CONCELHO DE CÂMARA DE LOBOS NO PERÍODO DE 1991-2001 Indicadores 1991 2001 Volume populacional (HM) 31476 34614 Variação absoluta - + 3138 Importância relativa.(%) 12.4 14.1 Taxa de crescimento total - 0.00956 Crescimento anual médio (%) - +0.96 Densidade populacional 601.03 660.95 Embora com dimensões reduzidas (52,37 Km2), este concelho detém um peso significativo em termos populacionais ao nível do Arquipélago. Deste modo, no período em estudo o acréscimo da população residente estimado em 3138 indivíduos, justifica o aumento da densidade populacional que passou de 601.03 para 660.95 habitantes por Km2, valor apenas ultrapassado pelo concelho de Funchal. A importância relativa da população deste concelho no conjunto regional é bastante significativa, visto que o valor de 12,4 %, já bastante elevado em 1991, sofreu novo acréscimo em 2001, aumentando para 14,1 %. Uma vez que este valor é unicamente suplantado pelo 3

concelho de Funchal, deparamo-nos assim, com o segundo concelho mais populoso do Arquipélago da Madeira. TABELA 5. EVOLUÇÃO DOS INDICADORES DE ESTRUTURA POPULACIONAL, POR GRANDES GRUPOS DE IDADES NO CONCELHO DE CÂMARA DE LOBOS, NO PERÍODO 1991-2001 Indicadores de estrutura populacional 1991 2001 % de jovens.. 31.8 26.1 % de activos. 61.0 65.1 % de velhos.. 7.2 8.8 Índice de Vitalidade...% 22.6 33.8 Rácio de Dependência dos Jovens.. % 52.0 40.0 Rácio de Dependência dos Velhos.. % 11.8 13.5 Rácio de Dependência Total.% 63.8 53.6 No que concerne à Taxa de Crescimento Anual Médio, a sua variação foi positiva, apresentando um acréscimo de 0,96 % durante esta década, apenas ultrapassado pelo concelho de Santa Cruz. Câmara de Lobos é ainda o concelho mais rejuvenescido de todo o Arquipélago. Embora a percentagem de jovens tenha diminuído entre 1991 e 2001, é nele que se continua a concentrar o maior volume populacional de jovens da Região, com os valores de, respectivamente, 31,8 % e 26,1 %. Já no que concerne à percentagem de velhos, embora se tenha registado um ligeiro aumento nos dois momentos censitários, este não ultrapassou o valor de 1,1%, pelo que este concelho é o que possui o menor volume populacional de idosos, ou seja, 7,2 % em 1991 e 8,8 % em 2001. Face a este reduzido valor percentual, o Índice de Vitalidade é também o menor de toda a Região, embora com um acréscimo de 22,6 % para 33,8 % durante estes dois períodos censitários, situação que se deve ao elevado volume de população jovem face ao reduzido volume populacional de idosos. Durante este período, a população deste concelho confrontou-se ainda com um acréscimo de 4,1 % da sua população activa, cujos valores percentuais apurados foram de, respectivamente, 61,0 % e 65,1 %. Embora registando a tendência para o decréscimo, o Rácio de Dependência dos Jovens continua a apresentar os valores mais elevados de todo o Arquipélago, ou seja, 52,0 % em 1991 e 40,0 % em 2001. Em contrapartida, o Rácio de Dependência dos Velhos assume-se como o menor de toda a Região, com valores que oscilam entre os 11,8 % em 1991 e os 13,5 % em 2001. Quanto aos valores do Rácio de Dependência Total, (63,85 % e 53,65 %) respeitantes aos dois períodos em estudo, deparamo-nos com um peso significativo, facto este que se deve ao elevado volume populacional constituído pelo grupo dos jovens. 4

GRÁFICO 1. EVOLUÇÃO DAS PIRÂMIDES DE IDADES NO CONCELHO DE CÂMARA DE LOBOS, NO PERÍODO 1991-2001 Homens Idade >= 85 Mulheres 80-84 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15 15 -- 19 19 10 10 -- 14 14 5-59- 9 2001 0-04- 4 1991 2100 1800 1500 1200 900 Efectivos 600 300 0 Câm. de Lobos 0 300 600 900 1200 1500 1800 2100 Efectivos A representação gráfica da Pirâmide de Idades referente aos anos de 1991 e 2001, ilustra com clareza a situação descrita visto que é notório o decréscimo populacional dos grupos mais jovens; nas idades compreendidas entre os 0 e os 19 anos assiste-se à diminuição dos efectivos do sexo masculino, situação esta que relativamente ao sexo feminino só se inicia no grupo 25-29. Em contrapartida, os grupos seguintes registam um acréscimo populacional em ambos os sexos, o qual se prolonga até ao grupo 50-54 anos, o que sugere uma maior estabilidade territorial destes grupos etários. Embora nos grupos 55-59 e 60-64 tenha ocorrido uma ligeira diminuição de volume populacional em ambos os sexos, esta situação inverte-se nos grupos etários seguintes em que os efectivos populacionais de 2001 voltam a superar numericamente os registados em 1991, facto que justifica o crescimento percentual da população idosa entre os dois Recenseamentos em estudo. Em termos globais, trata-se de uma pirâmide que apresenta uma estrutura jovem, e revela equilíbrio populacional pelos diferentes grupos de idades e ainda na repartição numérica entre os sexos. Podemos concluir que Câmara de Lobos registou nesta década um acréscimo populacional que teve como consequência um aumento da densidade populacional. Ao nível económico o sector secundário não manifestou alterações. Por seu turno o sector primário decresceu numa proporção idêntica à do acréscimo registado no sector terciário 5

(cerca de 13%). Podemos levantar como hipótese a transferência dos trabalhadores de um para outro sector. Contudo, esta tese perde a consistência se atendermos aos requisitos exigidos pelo sector terciário e à falta de qualificação profissional que habitualmente caracteriza os trabalhadores do sector primário. Embora a população deste concelho tenha aumentado, os agregados familiares diminuíram a sua dimensão média, o que sugere a implementação de medidas de controlo da natalidade. Contudo, não obstante esta diminuição, a dimensão média dos agregados familiares de Câmara de Lobos colocam ainda este concelho no topo do Arquipélago. Ao longo desta década, a construção de novos alojamentos foi bastante expressiva ( + habitações) factor que também influenciou favoravelmente as condições de habitabilidade ao nível dos indicadores de conforto. A electricidade e a água canalizada tiveram acréscimos bastante significativos. Quanto à existência de instalações sanitárias no interior das residências, o seu acréscimo não foi suficiente para abranger a quase totalidade das habitações, pelo que em 2001, 9,2% se encontravam ainda excluídas desta infra-estrutura. Câmara de Lobos é ainda o concelho com a maior percentagem de jovens do Arquipélago embora, em contrapartida, seja o que apresenta o volume mais reduzido de população idosa apesar da sua esperança de vida ter vindo a aumentar, consequência da melhoria de cuidados médico-sanitários. 6