É uma medida de desigualdade, mas comumente utilizada para calcular a desigualdade na distribuição de renda. É um número entre 0 e 1.



Documentos relacionados
Censo Demográfico Trabalho e Rendimento Educação e Deslocamento

Censo Demográfico Características Gerais da População, Religião e Pessoas com Deficiência

Analfabetismo no Brasil

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE

PNAD - Segurança Alimentar Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

Estudo Estratégico n o 4. Como anda o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro? Valéria Pero Adriana Fontes Luisa de Azevedo Samuel Franco

Dimensão social. Educação

MAIOR POPULAÇÃO NEGRA DO PAÍS

Grandes Regiões e Unidades da Federação: Esperança de vida ao nascer segundo projeção populacional: 1980, Ambos os sexos

RANKING NACIONAL DO TRABALHO INFANTIL (5 a 17 ANOS) QUADRO COMPARATIVO DOS DADOS DA PNAD (2008 e 2009)

Censo Demográfico 2010 Retratos do Brasil e do Piauí

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD 2011

Pesquisa de Orçamentos Familiares

Gênero e Pobreza no Brasil: contexto atual

SÍNTESE DE INDICADORES SOCIAIS

mhtml:file://e:\economia\ibge Síntese de Indicadores Sociais 2010.mht

Ministério da Educação Censo da Educação Superior 2012

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes

DIFERENCIAIS SOCIODEMOGRÁFICOS ENTRE OS IDOSOS NO BRASIL

Censo Demográfico Características Gerais dos Indígenas: Resultados do Universo

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

Pnad: Um em cada cinco brasileiros é analfabeto funcional

Nº 19 Novembro de A Evolução da Desigualdade de Renda entre os anos de 2000 e 2010 no Ceará e Estados Brasileiros Quais foram os avanços?

Caracterização do território

Caracterização do território

FLUXO ATIVIDADES DOS SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

Evolução demográfica

11.1. INFORMAÇÕES GERAIS

Taxa de analfabetismo

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Síntese

3 O Panorama Social Brasileiro

Caracterização do território

FLUXO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA

Universalização do acesso a. A que distância estamos? Ricardo Paes de Barros - ipea

FLUXO ATIVIDADES DE SEDES DE EMPRESAS E DE CONSULTORIA EM GESTÃO EMPRESARIAL POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO DO ESTADO DA PARAÍBA 2009

RESULTADOS DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO PARANÁ *

FLUXO DE ATIVIDADES DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

Características Em 2013, foram visitados 149 mil domicílios e entrevistadas 363 mil pessoas.

Figura 2 Pirâmide etária em percentual - Goiás, 2013.

Número 24. Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no Brasil

RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE NOTA CONJUNTURAL JANEIRO DE 2014 Nº28

PNAD Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal

F.19 - Cobertura de coleta de lixo

Caracterização do território

Caracterização do território

Caracterização do território

Caracterização do território

Pesquisa Mensal de Emprego PME. Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada

Caracterização do território

Caracterização do território

Pesquisa Nacional de Saúde Módulo de Cobertura de Plano de Saúde Notas Técnicas

Síntese de Indicadores Sociais 2003

CASA PRÓPRIA: CAPITAL RESIDENCIAL & QUALIDADE DE VIDA

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Nota MDS Brasília, 02 de maio de 2011.

O Mercado de Trabalho nas Atividades Culturais no Brasil,

Acesso à Internet e à televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal

Informações sobre salários e escolaridade dos professores e comparativo com não-professores

Caracterização do território

Ana Fonseca Secretária Extraordinária de Superação da Extrema Pobreza (SESEP/MDS) Reunião do SASF 2 de agosto de 2011 Brasília

Abril Idosos (%) Considera seu Estado de Saúde Bom ou Muito Bom. Considera seu Estado de Saúde Bom ou Muito Bom.

Estudo Estratégico n o 5. Desenvolvimento socioeconômico na metrópole e no interior do Rio de Janeiro Adriana Fontes Valéria Pero Camila Ferraz

setembro de 2014 Fundação Perseu Abramo - Partido dos Trabalhadores MUDANÇA REGIONAL E DESIGUALDADE DE RENDA NO BRASIL

Dimensão social. Habitação

OBSERVATÓRIO DAS METRÓPOLES: Território, Coesão e Governança Democrática

Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade

DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NO BRASIL EM Palavras-chaves: desigualdade, pobreza, equações de rendimento, distribuição de renda.

Características Em 2013, foram visitados 149 mil domicílios e entrevistadas 363 mil pessoas.

FLUXO ATIVIDADES FINANCEIRAS, DE SEGUROS E SERVIÇOS RELACIONADOS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

As especificidades da desigualdade étnicoracial no cenário das desigualdades no Brasil

FLUXO ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E SERVIÇOS COMPLEMENTARES POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

Caracterização do território

Pobreza e Prosperidade. Metropolitanas Brasileiras: Balanço e Identificação de Prioridades. Compartilhada nas Regiões

Tabela 1 - Conta de produção por operações e saldos, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação

Nº 23 Março Perfil da Raça da População Cearense

FLUXO FABRICAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES, REBOQUES E CARROCERIAS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA 2009

INDICE DE CONFIANÇA DAS MICRO E PEQUENAS. Outubro/2012 (dados até setembro)

LOCALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO NA ESCALA SUBNACIONAL: ÁGUA E ESGOTO

Expectativa de vida do brasileiro cresce mais de três anos na última década


PERFIL DOS RADIOLOGISTAS NO BRASIL: análise dos dados INTRODUÇÃO

Estatísticas do Registro Civil 2013

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Julho 2009

Censo Demográfico Resultados gerais da amostra

Menos Empresas, Melhores Negócios Marcelo Neri SAE, IPEA, CDES e EPGE/FGV. XXV Forum Nacional INAE Rio de Janeiro, 15 de Maio de 2013

ÍNDICE PAULISTA DE VULNERABILIDADE SOCIAL

na região metropolitana do Rio de Janeiro

Relatório produzido em conjunto por três agências das Nações Unidas

BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR. Colégio Anglo de Sete Lagoas Prof.: Ronaldo Tel.: (31)

Caracterização do território

75,4. 1,95 mulher, PNAD/08) Taxa de analfabetismo (15 anos ou mais em %) 4,4% População urbana

A INSERÇÃO DOS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS

Simpósio Estadual Saneamento Básico e Resíduos Sólidos: Avanços Necessários MPRS

TERESINA ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Apesquisa suplementar sobre acesso à Internet e posse de telefone

Hábitos de Consumo e Compras Fim de ano e Natal 2015 Novembro/2015

Boletim Informativo* Agosto de 2015

A MULHER EMPREENDEDORA DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ

PALAVRA DO PRESIDENTE

O QUE É. Uma política de governo para redução da pobreza e da fome utilizando a energia como vetor de desenvolvimento. Eletrobrás

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da POF/IBGE

Transcrição:

COEFICIENTE GINI É uma medida de desigualdade, mas comumente utilizada para calcular a desigualdade na distribuição de renda. É um número entre 0 e 1. 0 = completa igualdade 1= completa desigualdade. Desigualdade no Brasil nos últimos 50 anos: Em 1960 o coeficiente Gini para o Brasil era de 0, 537 Entre 1970 e 1990 as desigualdades crescem, chegando em 1990 a um coeficiente de 0,609. A partir da primeira década dos anos 2000 vão ocorrendo pequenas diminuições e em 2010 o coeficiente atinge 0,539

Indicador de Pobreza utilizado no Brasil. Pobreza absoluta: está estritamente vinculada às questões da sobrevivência física, portanto ao não atendimento das necessidades vinculadas ao mínimo vital. ( Sonia Rocha, Pobreza no Brasil, afinal do que se trata? Fundação Getúlio Vargas, 2003) Segundo o IBGE (2011) o Brasil utiliza a definição pobreza absoluta, considerando pobres as famílias cuja renda domiciliar per capita é de R$ 140,00 e extremamente pobres: as famílias cuja renda é de R$ 70,00. ( valores de 2010). Censo 2010: Domicílios extremamente pobres por sexo e cor/raça dos/as responsáveis: 1,71% dos homens brancos são responsáveis por domicílios extremamente pobres 1,77% das mulheres brancas são responsáveis por domicílios extremamente pobres. 5,29% dos homens negros são responsáveis por domicílios extremamente pobres 5,99% das mulheres negras são responsáveis por domicílios extremamente pobres. Domicílios pobres por sexo e cor/raça dos/as responsáveis: 3,94% dos homens brancos são responsáveis por domicílios pobres. 3,96% das mulheres brancas são responsáveis por domicílios pobres 9,31% dos homens negros são responsáveis por domicílios pobres. 10,01% das mulheres negras são responsáveis por pobres.

Pobreza relativa: define necessidades a serem satisfeitas em função do modo de vida predominante na sociedade em questão, o que significa incorporar a redução das desigualdades de meios entre os indivíduos como objetivo social. ( Sonia Rocha, Pobreza no Brasil, afinal do que se trata?, Fundação Getúlio Vargas, 2003). Segundo o próprio IBGE no caso brasileiro a pobreza relativa seria definida a partir do valor de R$ 255,00 Utilizando esta referência, temos: 17,9% dos homens brancos são responsáveis por domicílios pobres 18,80% das mulheres brancas são responsáveis por domicílios pobres 35, 56% homens negros são responsáveis por domicílios pobres. 39,38% mulheres negras são responsáveis por domicílios pobres.

Comparativo entre regiões Nordeste e Sudeste com relação aos valores de rendimento nominal mediano mensal por sexo. 2010 Região Homens Mulheres Nordeste R$ 510,00 R$ 510,00 Maranhão R$ 510,00 R$ 510,00 Piauí R$ 510,00 R$ 510,00 Ceará R$ 510,00 R$ 510,00 Rio Grande do Norte R$ 510,00 R$ 510,00 Paraíba R$ 510,00 R$ 510,00 Pernambuco R$ 510,00 R$ 510,00 Alagoas R$ 510,00 R$ 510,00 Sergipe R$ 510,00 R$ 510,00 Bahia R$ 510,00 R$ 510,00 Região Homens Mulheres Sudeste R$ 1.000,00 R$ 650,00 Minas Gerais R$ 750,00 R$ 510,00 Espírito Santo R$ 800,00 R$546,00 Rio de Janeiro R$ 1.000,00 R$ 650,00 São Paulo R$1.000,00 R$ 720,00

Distribuição de pessoas residentes em domicílios particulares permanentes por cor/raça, sexo e classe de rendimentos mensais per capta. Brasil 2010 Classe de Branca Preta Parda rendimentos em salários mínimos Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Até 1/8 2,59% 2,57% 5,67% 6,07% 7,33% 7,7% Mais de 1/8 a 4,39% 4,37% 8,63% 9,13% 10,22% 10,50% 1/4 Mais de ¼ a 1/2 13,35% 13,58% 21,69% 22,85% 22,84% 23,79% Mais de ½ a 1 25,64% 26,03% 34,72% 30,91% 28,65% 28,95% Mais de 1 a 2 25,85% 25,45% 19,75% 18,37% 17,57% 16,66% Mais de 2 a 3 9.58% 9,49% 4,92% 4,50% 4,39% 4,12% Mais de 3 a 5 7,47% 7,56% 2,76% 2,58% 2,63% 2,47% Mais de 5 a 10 5,25% 5,23% 1,25% 1,72% 1,33% 1,25% Mais de 10 2,07% 2,50% 0,40% 0,34% 0,49% 0,42%

Razão entre o valor do rendimento hora do trabalho principal da população preta e parda, tendo como referência a população branca. ( PNAD 2010 base de dados 2009) -Pretos/as com até 4 anos de estudos recebiam 21,3% a menos que a população branca com a mesma escolaridade. - Pardos/as com até 4 anos de estudos recebiam 27,9% a menos que a população branca com a mesma escolaridade. - Pretos/as com 5 a 8 anos de estudos recebiam 21,6% a menos que a população branca com mesma escolaridade. - Pardos/as com 5 a 8 anos de estudos recebam 27,0% a menos que a população branca com a mesma escolaridade - Pretos/as com 9 a 11 anos de estudos recebiam 27,4% a menos que a população branca com a mesma escolaridade. - Pardos/as com 9 a 11 anos de estudos recebiam 24,2% a menos que a população branca com a mesma escolaridade. - Pretos/as com mais de 12 anos de estudos recebiam 30,2% menos que a população branca com a mesma escolaridade. Pardos/as com mais de 12 anos de estudos recebiam 26,2% menos que a população branca com a mesma escolaridade

Rendimento médio das mulheres de 16 anos ou mais, de acordo com os anos de estudos, quando comparado aos rendimentos dos homens. (PNAD 2010 base de dados 2009) - Mulheres com até 8 anos de estudo recebiam cerca de 38,7% a menos que os homens com a mesma escolaridade - Mulheres com 9 e 11 anos de estudos recebem 38,9 % a menos que os homens com a mesma escolaridade - Mulheres com mais de 12 anos ou mais recebem 42,3 % menos que os homens com a mesma escolaridade

Aglomerados subnormais Aglomerado subnormal é um conjunto constituído dé, no mínimo, 51 unidadés habitacionais (barracos,casas étc.) caréntés, ém sua maioria dé sérviços pu blicos éssénciais, ocupando ou téndo ocupado, até péríodo récénté, térréno dé propriédadé alhéia (pu blica ou particular) é éstando dispostas, ém géral, dé forma désordénada é dénsa. ( IBGE, Cénso 2010. Priméiros Résultados. Aglomérados Subnormais. RJ. 2011) Em 2010, 6% da população brasileira mora em aglomerados subnormais, a maioria destes domicílios se concentra na região Sudeste, 49,9%, sendo que o estado de São Paulo representa 23,2% dos domicílios do país. A Região Metropolitana de Belém é a que apresenta os percentuais mais altos de domicílios localizados em aglomerados subnormais, pois 52,5% de todos os seus domicílios estão ai localizados.

Relação entre pobreza urbana e a dimensão racial na cidade de São Paulo ( Censo 2010) - 60,64% das pessoas que moram nos aglomerados subnormais na cidade de São Paulo são negras. - Considerando toda a população branca que mora na cidade de São Paulo tem-se que 6,8% mora em aglomerados subnormais. - Considerando toda a população negra ( pretos/as e pardos/as) que mora na cidade de São Paulo tem-se que 18,6% mora em aglomerados subnormais.

Características do entorno urbano dos domicílios de acordo com a raça do/a responsável Brasil Censo 2010 Identificação do logradouro: 64,76% dos domicílios cujo responsável se declara como branco/a possuem identificação do logradouro. 53,99% dos domicílios cujo responsável se declara como preto/a possuem identificação do logradouro. 51, 09% dos domicílios cujo responsável se declara como pardo /a possuem identificação do logradouro. Existência de calçadas 71,69% dos domicílios cujo responsável se declara como branco/a possuem calçadas 60,61% dos domicílios cujo responsável se declara como preto/a possuem calçadas 59,37% dos domicílios cujo responsável se declara como pardo/a possuem calçadas Arborização 72,04% dos domicílios cujo responsável se declara como branco/a se localizam em locais com arborização. 58,61% dos domicílios cujo responsável se declara como preto/a se localizam em locais com arborização. 60,30% dos domicílios cujo responsável se declara como pardo/a se localizam em locais com arborização. Esgoto a céu aberto 7,89% dos domicílios cujo responsável se declara como branco/a se localizam em áreas com esgoto a céu aberto. 14,13% dos domicílios cujo responsável se declara como preto/a se localizam em áreas com esgoto a céu aberto. 16,94% dos domicílios cujo responsável se declara como pardo/a se localizam em áreas com esgoto a céu aberto.