Folha de S. Paulo. O Estado de S. Paulo. Oi investirá até R$ 6 bi em 2011; alavancagem será menor. Telefônica promete competir fora de SP



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Transcrição:

Folha de S. Paulo Oi investirá até R$ 6 bi em 2011; alavancagem será menor O grupo de telecomunicações Oi prevê investir de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões em 2011, após orçamento de R$ 3,1 bilhões do ano passado, afirmou a jornalistas nesta sexta-feira o diretor financeiro da companhia, Alex Zornig. Segundo o executivo, 20% dos investimentos serão voltados para manutenção e tecnologia da informação da infraestrutura atual, enquanto os 80% restantes irão para crescimento da rede e outros itens. Zornig disse que o investimento no ano passado correspondeu a entre 10,5% e 11% da receita líquida da Oi, "abaixo de nossos concorrentes". O grupo, contudo, já havia informado que iria priorizar em 2010 a geração de caixa, a redução do endividamento e a obtenção de sinergias com a Brasil Telecom, comprada em 2008. "Vamos voltar a aumentar os investimentos... E buscar crescimento em mercados que a gente entenda que valha a pena crescer", afirmou Zornig em teleconferência para comentar os resultados da Oi no quarto trimestre e em 2010. ALAVANCAGEM MENOR A entrada da Portugal Telecom no capital da Oi, via aumentos de capital, permitirá que a alavancagem do grupo brasileiro medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda caia para 1,4 vez, disse o diretor financeiro da Oi. A companhia terminou 2010 com relação dívida líquida/ebitda de 1,8 vez, menor que em dezembro de 2009, quando estava em 2,2 vezes. A Oi tinha no final do ano dívida líquida de R$ 18,7 bilhões, ante R$ 21,9 bilhões no encerramento de 2009. O Estado de S. Paulo Telefônica promete competir fora de SP A competição entre a Oi e a Telefônica, as duas concessionárias locais de telefonia, tem sido bastante limitada até agora. Mas, com a integração da Vivo à Telesp (operadora fixa de São Paulo), essa situação deve mudar. A Vivo tem investido fortemente na ampliação de sua cobertura com tecnologia celular de terceira geração (3G), e essa infraestrutura deve reforçar a atuação da Telefônica fora de São Paulo. "As telecomunicações para nós são um negócio de redes", afirmou o presidente do Grupo Telefônica no Brasil, Antonio Carlos Valente. "Nem todo mundo pensa da mesma maneira. Não tínhamos rede fora de São Paulo. Mesmo a Vivo tinha somente um segmento de rede. Essa situação vai se transformar no futuro." Ao ser perguntado se isso significa que a Telefônica vai brigar com a Oi fora de São Paulo, Valente respondeu: "Certamente, teremos um cenário muito mais divertido daqui para a frente. Nos próximos anos, haverá uma quantidade importante de grupos de telecomunicações de atuação nacional. Temos muita coisa pensada para São Paulo e para fora de São Paulo." 1

A Vivo encerrou 2010 com 1,2 mil municípios cobertos por sua rede 3G. Até o fim deste ano, a expectativa é ultrapassar 2,8 mil municípios, que concentram 85% da população do País. Rivalidade. Ao mesmo tempo em que a Telefônica passa por uma transformação no processo de incorporação da Vivo, o mesmo acontece com a Oi, com a chegada de um novo sócio ao bloco de controle, a Portugal Telecom. Depois de um ano de pouco investimento, a Oi voltará a ter os bolsos cheios este ano. As mudanças na direção da Oi já começaram, e os portugueses devem ter muita influência na operação da companhia, aproveitando as experiências da Portugal Telecom em seu país de origem. Apesar de a operação em Portugal ser pequena, ela tem experiências que são referência mundial em áreas como distribuição de vídeo com tecnologia da internet. A Portugal Telecom era sócia dos espanhóis na Vivo e, com sua entrada na Oi, passará a ser competidora. Integração. A Telefônica planeja mudar o nome de sua operação de telefonia fixa para Vivo no primeiro semestre de 2012. "Virar a marca não é uma coisa muito difícil", afirmou Valente. "Poderíamos fazer amanhã, mas não queremos fazer somente uma mudança de marca, mas uma mudança na experiência do cliente, com pessoas habilitadas e sistemas integrados." Segundo Valente, o foco atual da companhia está na integração societária. "Estamos finalizando nas próximas semanas a compra obrigatória de ações (dos minoritários)", explicou, acrescentando que a fusão ainda precisa ser avaliada pela Anatel e também depende de um acordo entre os conselhos das duas empresas. "No nível operacional, estamos estudando o que podemos integrar, mas com muita cautela, porque isso ainda depende dos passos societários." Banda larga. Valente destacou que a Telefônica foi a empresa que mais cresceu em banda larga no Brasil em 2010, com a adição líquida de 680 mil acessos. O resultado foi importante porque o ano anterior foi marcado por panes do serviço e perda de clientes. "O ano de 2010 foi o melhor da Telefônica no Brasil, e esperamos que este ano seja ainda melhor", disse o executivo. "Apesar de tudo o que aconteceu em 2009, a volta que a empresa deu foi enorme." Para o presidente da Telefônica, o crescimento da banda larga no País depende da venda, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), de espectro e de licenças de TV a cabo. "Existem áreas de urbanização precária, áreas periféricas, onde construir rede fixa física é muito complicado", disse o executivo. "Uma agilidade maior na oferta de espectro ajudaria as operadoras em todos os lugares, incluindo São Paulo. Quando a gente fala em espectro, as pessoas pensam em serviços móveis, mas essas licenças também são importantes para as empresas fixas." Valente se mostrou otimista sobre a negociação com o governo a respeito do novo Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU 3). "O PGMU 3 é um plano de telefonia", disse ele. "Houve muito avanço, que provavelmente levará a algum tipo de acordo. Aí o espaço fica aberto para negociar o plano de banda larga. Tem de ser uma solução que faça sentido para todo mundo. Não uma solução para apenas uma das partes." 2

Agora Centrais pedem correção do IR hoje A presidente Dilma Rousseff receberá hoje, em Brasília, os presidentes de seis centrais sindicais. Na pauta do encontro está a correção da tabela do IR. As centrais pedirão coletivamente a revisão da tabela em 6,46%, de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), medido pelo IBGE. O governo já afirmou que pretende corrigir a tabela do imposto, mas defende um reajuste menor, de 4,5%, referente à meta de inflação para este ano estabelecida pelo Banco Central. Para as centrais, entretanto, 4,5% é pouco. "A tabela está muito defasada. No ano passado, a inflação foi alta. Acho que vale a pena termos uma correção baseada na inflação", disse o presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Antonio Neto. A CGTB, a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a Força Sindical, a UGT (União Geral dos Trabalhadores), a CTB (Central Geral dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e a Nova Central estiveram reunidas ontem para discutir a pauta de reivindicações que será apresentada hoje à presidente Dilma. Valor Econômico Nokia Siemens adia aquisição de unidade da Motorola A aquisição da unidade de equipamentos de rede sem fio da Motorola pela Nokia Siemens Networks não tem data para ser concretizada e ainda depende da aprovação de autoridades regulatórias chinesas, informou a Nokia Siemens nesta quarta-feira. A compra da divisão da Motorola pela joint venture de equipamentos para redes de telecomunicações foi anunciada em 19 de julho do ano passado, por US$ 1,2 bilhão. Em dezembro, a Nokia Siemens informou que a aquisição seria formalizada no primeiro trimestre deste ano, mas hoje a previsão foi descartada. De acordo com a Nokia Siemens, a proposta entrou na terceira fase do processo de revisão pelo Departamento Antimonopólio do Ministério do Comércio da China. A Nokia Siemens Networks continua comprometida com a aquisição, mas não irá mais dar orientações sobre quando a compra pode ser concluída, disse a empresa em comunicado. Brasil Econômico Embratel e Claro farão infraestrutura de telecom da Olimpíada O Comitê Organizador Rio 2016 formalizou nesta sexta-feira (4/3) um acordo para que o consórcio Embratel-Claro seja o patrocinador nacional exclusivo dos jogos olímpicos na área de serviços de telecomunicações. "O consórcio Embratel-Claro apresentou a melhor proposta e a mais consistente do ponto de vista técnico. Ela contempla projetos de apoio ao desenvolvimento do esporte olímpico brasileiro e de promoção dos Jogos Olímpicos Rio 2016 por todo o País", explicou Leonardo Gryner, diretor-geral do Comitê Rio 2016. 3

As empresas, pertencentes ao bilionário mexicano Carlos Slim, poderão utilizar o direito de associar sua marca à Olimpíada e ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) já a partir de março de 2011. O presidente do Comitê Organizador Rio 2016 e do COB, Carlos Arthur Nuzman afirmou: "Contar com a parceria de um consórcio formado por empresas do calibre da Claro e da Embratel é não apenas uma honra, mas sobretudo a certeza de que enfrentaremos com tranquilidade os desafios que os Jogos Rio 2016 vão apresentar na área de telecomunicações". O presidente da Claro, Carlos Zenteno, se disse muito feliz com o acordo "que abre novas oportunidades para que a Claro desenvolva capacidade criativa e inovadora para oferecer serviços cada vez mais sofisticados de banda larga e mobilidade aos Jogos Rio 2016 Agência Sindical 'MulherComVida' exorta fim da violência contra a mulher A União Geral dos Trabalhadores (UGT) promoveu nos dias 7 e 8 de março, em Praia Grande, no litoral sul de São Paulo, o MulherComVida 2011 que reuniu mulheres e movimentos femininos para celebrar o Dia Internacional da Mulher, lembrando as vitórias e o muito que ainda tem por ser conquistado na luta por igualdade. Violência contra a mulher é um lixo, foi uma das palavras de ordem do evento. O palco do MulherComVida reuniu as principais lideranças femininas da UGT e também de outras entidades sindicais, que aproveitaram para chamar a atenção para os importantes desafios a serem enfrentados na luta por melhores condições de vida para mulheres e homens. Conscientização - Além de festa e alegria, as atividades também se concentraram na prevenção de doenças e educação ambiental, com a distribuição de preservativos e sacolinhas de lixo para os frequentadores da praia. Não faltou ainda recreação esportiva, realizada nas duas quadras de vôlei montadas especialmente para o evento Shows - Os shows musicais foram os grades momentos da festa, com participação dos grupos Filhos do Sol e Bicho Pego, contando ainda com a apresentação de Vanessa Jackson, Peixe Elétrico, Katinguelê, Ceceu Muniz e Cupim na Mesa. Mundo Sindical Revista britânica afirma que leis trabalhistas do Brasil são arcaicas As leis trabalhistas do Brasil são arcaicas, contraproducentes e oneram tanto empresas quanto trabalhadores, diz uma reportagem da revista britânica The Economist que chegou às bancas nesta sexta-feira. A reportagem, intitulada Employer, Beware (Empregador, Cuidado), afirma que as leis trabalhistas brasileiras são ''extraordinariamente rígidas: elas impedem tanto empregadores como trabalhadores de negociar mudanças em termos e condições, mesmo quando há um acordo mútuo". 4

Para a revista, a legislação incentiva trabalhadores insatisfeitos a tentar que sejam demitidos em vez de pedir demissão. Esse ciclo, acrescenta a Economist, induz também empresários a preferir não investir em treinamento de seus funcionários, já que esse é um investimento que pode não dar retorno. De acordo com a publicação, as leis trabalhistas do Brasil são ''uma coleção de direitos de trabalhadores listados em 900 artigos, alguns escritos na Constituição do país, originalmente inspirados no código trabalhista de Mussolini''. A reportagem diz que o conjunto de leis é custoso e que ''demissões 'sem justa causa'' geram multas de 40% sobre o que um trabalhador recebe", acrescentando que nem ''um empregado preguiçoso ou um empregador falido constituem 'justa causa'". Custos O artigo comenta que, em 2009, um total de 2,1 milhões de brasileiros processaram seus empregadores em cortes trabalhistas. ''Estes tribunais raramente se posicionam favoravelmente aos empregadores. O custo anual deste ramo do Judiciário é de de mais de R$ 10 bilhões (cerca de US$ 6 bilhões). De acordo com a Economist, ''empresários há muito reclamam que essas onerosas leis trabalhistas, juntamente com elevados impostos sobre os salários, impedem-nos de realizar contratações e os empurram para fazer pagamentos por debaixo dos panos, isso quando esses pagamentos são feitos''. O passado sindical do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva representava, no entender do empresariado brasileiro, uma esperança de que ele estaria mais bem situado que seus predecessores para persuadir trabalhadores a aderir a regras mais flexíveis que seriam melhores para eles. Mas a publicação britânica acrescenta que os escândalos que abalaram o primeiro mandato de Lula impediram a implementação desta e de outras reformas. Força Sindical Dia 8 de março não é uma data qualquer É tempo de centramos todos os nossos esforços para promover a conscientização social em relação às igualdades e diferenças de gênero. Temos boas perspectivas para o ano de 2011, agora mais do que nunca estamos respaldados pela presidenta Dilma Rousseff, que traz para o seu governo a mão feminina da humanização de pensamento. Nosso planeta chora. O Brasil chora. Agora é hora de nos unirmos, homens e mulheres, para pensar em estratégias de crescimento, sem nunca abandonar a visão sustentável, desrespeitar os direitos humanos ou aumentar as desigualdades. É a vez das mulheres, mas também é tempo dos homens. 5

Somente juntos, com um pensamento evolucionista, é que conseguiremos quebrar os paradigmas de um mundo injusto, desigual e, ainda, preconceituoso. A nossa luta não é para gastarmos todas as energias no 8 de março, mas para que tenhamos fôlego de continuar com essa batalha pelos 364 dias restantes do ano. Os tempos estão mudando, isso é bastante evidente, mas é por isso mesmo que não devemos deixar esse gás todo acabar. Homem ou mulher, não importa. Somos brasileiros, queremos um país justo, igualitário e, acima de tudo, queremos respeito. É por isso que lutamos hoje e continuaremos a peleja amanhã. Teletime Área técnica da Anatel fecha proposta de mudança no Plano de Metas de Universalização Após meses de negociação com as concessionárias de telefonia fixa, a equipe técnica da Anatel concluiu esta semana uma primeira proposta de alteração do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU III), que vigorará até 2014. E, à primeira vista, os argumentos apresentados pela Oi ao longo do debate parecem ter convencido a agência reguladora. A grande maioria dos pedidos feitos pela concessionária foi atendida pela proposta que já circula no Conselho Diretor. A questão das metas de backhaul, como já se sabia, ficou fora do PGMU, para ser negociadas como compromissos voluntários. Um dos pontos mais sensíveis do novo PGMU deverá ser a liberação do uso da faixa de 450 MHz pelas concessionárias como forma de viabilizar a instalação de TUPs e acessos individuais no interior do país. Desde a primeira apresentação do PGMU à sociedade, as empresas contestaram a possibilidade de cumprir as metas rurais sem a liberação da faixa de 450 MHz, visada também pela Telebrás no contexto do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). A ideia de expandir o serviço às áreas rurais chegou a ser abandonada no início do debate sobre as novas metas, mas agora retornou com força total. Dívida rural Técnicos ouvidos por este noticiário argumentam que o setor possui uma "dívida" com as áreas rurais, já que depois de 13 anos de privatização o atendimento dos brasileiros que estão fora dos grandes centros ainda é bastante precário. Assim, abrir mão dessas metas específicas não seria a melhor opção para a agência reguladora. A saída foi ressuscitar a liberação da faixa de 450 MHz para as empresas. Na opinião dos técnicos, expressa na primeira versão do relatório, o uso dos 450 MHz seria o "caminho técnico mais natural e racional". Prevalecendo essa hipótese, seria imposto às empresas apenas um "ônus regulatório", ou seja, a fixação de compromissos de atendimento sem a cobrança tradicional pelo uso da faixa de radiofrequência. O custo original para exploração da radiofrequência seria descontado na planilha de cálculo do próprio PGMU, equilibrando as contas das novas metas. Mas, ainda assim, as contas não fecham. Para completar a diferença de custo, a área técnica aponta como imprescindível o fim do recolhimento efetivo do "ônus da 6

concessão". A Anatel já decidiu no ano passado flexibilizar a cláusula do contrato de concessão que trata do ônus, permitindo que esse pagamento seja revertido para o financiamento das metas de universalização. Na prática, as empresas deixarão de recolher os 2% pagos bienalmente sobre seu faturamento bruto a título de manutenção da concessão. A desoneração, no entanto, entrará na planilha de custos do PGMU, equilibrando as contas. Alternativas Mesmo com o claro empenho da área técnica em viabilizar as metas rurais por meio do 450 MHz, a equipe sugeriu outras duas opções para que o Conselho Diretor possa deliberar qual o melhor caminho. A mais radical seria eliminar as novas obrigações de instalação de acessos individuais (telefones na casa dos consumidores) e postergar as exigências de instalação de Telefones de Uso Público (TUPs) nas regiões mais distantes. Neste contexto, a faixa de 450 MHz não seria usada, mas ainda assim o abatimento do ônus da concessão seria necessário para equilibrar as contas. A terceira alternativa é assegurar que todas as metas rurais sejam custeadas com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). Nessa hipótese, sequer o pagamento do ônus precisaria ser descontado. Apesar de parecer mais simples e econômico, o caminho de uso do Fust mostrou-se complicado na história da Anatel. Em tese, o fundo serviria exatamente para custear esse tipo de expansão dos serviços de telefonia, mas em uma década de existência pouco mais de 1% dos recursos foram de fato aplicados no setor. Na verdade, o Fust continua servindo, basicamente, para colaborar com o superávit primário do governo federal, já que não pode ser usado em outro setor que não o de telecomunicações. Para Anatel, acerto das metas de universalização só será completo com novos regulamentos Quem apostou que a negociação do novo Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU III) colocaria fim a todas as dúvidas com relação à expansão dos serviços de telefonia até 2015 pode se surpreender. O "pré-informe" da área técnica da agência sobre o tema, como tem sido chamado o documento de mais de 100 páginas entregue ao conselho diretor e à procuradoria da agência como conclusão das negociações com as empresas sobre o PGMU III está longe de fechar completamente a discussão das obrigações. Um dos pontos que mais chama a atenção na conclusão do trabalho técnico é o indicativo de que a agência ainda terá que trabalhar muito para viabilizar o PGMU, mesmo após a sua publicação. Segundo os técnicos, ao menos um novo regulamento deverá ser editado para esclarecer um importante grupo de metas: as obrigações de expansão na área rural. O documento tem sido chamado de Regulamento de Prestação do STFC fora da ATB. A ATB (Área de Tarifação Básica) é a mancha de prestação do serviço de telefonia fixa pelas concessionárias locais, onde vale a tabela tarifária fixada pela Anatel. Essas áreas são definidas pelas próprias empresas, homologadas pela Anatel, e costumam ter como referência as centrais telefônicas em funcionamento. 7

Em princípio, o novo regulamento funcionará como um orientador para o cumprimento das metas de instalação de orelhões pela Embratel, caso se confirme a transferência de parte das obrigações da Oi para a concessionária de longa distância. A proposta que prevalece até o momento na área técnica é que os orelhões localizados a mais de 30 km da ATB devem ser de responsabilidade da concessionária de longa distância. O novo regulamento também poderá trazer diretrizes sobre o atendimento na área rural por meio do uso da faixa de 450 MHz. Revisão programada De qualquer forma, uma revisão no Regulamento do PGMU é dada como certa, dando um polimento às metas descritas de forma mais genérica no plano. O Regulamento sobre Canalização e Condições de Uso de Radiofrequências na Faixa de 450 MHz a 470 MHz foi revisado no fim do ano passado, permitindo que a telefonia fixa, móvel e o Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) sejam oferecidos nessa fatia de espectro. Assim, a possibilidade de uma nova mudança no documento está descartada por ora. O regulamento em vigor, inclusive, apresenta de forma clara a intenção de uso da faixa para a inclusão digital "particularmente em áreas rurais", tornando desnecessária uma nova reforma. Banda larga em 450 MHz Um dos pontos mais importantes dessa reforma regulatória que a Anatel pretende fazer para sustentar o PGMU é o esclarecimento de que a operação das concessionárias irá bem mais longe do que a mera entrega de voz nas áreas rurais. Apesar de o PGMU ser um documento voltado para a universalização apenas da telefonia fixa - único serviço prestado hoje no regime público - a filosofia de aproveitar o caminho para estimular também a oferta de dados continua mais viva do que nunca. A estratégia consiste em permitir que o 450 MHz seja utilizado para a oferta de pacotes, incluindo banda larga, pelos grupos econômicos das concessionárias. Assim, o PGMU pode até ficar restrito à expansão apenas dos serviços de voz, mas a futura regulamentação esclarecerá que a autoridade pública espera também a oferta de dados. A negociação do PGMU não está relacionada com essa filosofia apenas por abrir caminho ao atendimento fora das áreas urbanas. Na verdade, a viabilidade do próprio PGMU depende desse ajuste regulatório posterior. O motivo é que a Anatel pretende considerar o uso eficiente do 450 MHz pelos grupos que controlam as concessionárias como elemento para equalizar as contas das novas metas. Em outras palavras, a receita potencial de exploração da faixa para a oferta de banda larga será considerada como ganho das concessionárias na hora de fechar as contas do PGMU, mesmo que essa oferta não seja compulsória dentro do plano. A estratégia traçada pela Anatel ganha maior relevância considerando que as concessionárias têm argumentado ao longo dos últimos meses que a exploração do 450 MHz para atendimento rural não é economicamente sustentável. De fato, se for considerada apenas a oferta de telefonia fixa é possível que o retorno não cubra o investimento em expansão do atendimento. Mas a aposta da Anatel é que as contas são equalizadas quando se considera a exploração plena da faixa por múltiplos serviços, 8

como a banda larga. "O uso do 450 MHz só fica viável se considerarmos outros serviços", assegura uma fonte da Anatel. Repactuação de tarifas Mas as mudanças não param por ai. Cresce a ideia de que a agência terá que fazer uma repactuação tarifária para garantir o grand finale da negociação do PGMU. Essa equalização das tarifas não está exposta na documentação preparada pela área técnica para debate no Conselho Diretor, mas é dada como uma tendência quase irremediável pelos técnicos. É preciso construir - ou, ao menos, rever - um plano de tarifas para sustentar os serviços que serão prestados na expansão para as áreas rurais. Além disso, eventuais saldos negativos da implementação das novas metas que não forem sustentados por fontes declaradas de financiamento (como o fim do recolhimento do ônus da concessão) acabarão desaguando nas tarifas cobradas dos demais consumidores. Mas são as contas positivas da Telefônica que podem ter uma influência mais forte na equalização dos valores. Ao longo da negociação do PGMU, os holofotes ficaram sobre a Oi, por ser a maior concessionária e, por isso, ter o maior desequilíbrio nas contas das novas metas. Mas o setor possui um exemplo do extremo oposto a esta situação. A Telefônica, desde a troca das metas realizada em 2008, está com um suposto saldo positivo em suas contas de universalização. Ou seja, a concessionária economizou mais com a troca das metas do que gastou com a expansão da rede e dos serviços compulsoriamente. Agora, no novo PGMU, é possível que a empresa saia novamente com as contas a seu favor. Um meio de resolver definitivamente a situação é rever as tarifas da Telefônica. Os técnicos evitam assegurar que o preço do telefone em São Paulo pode cair após a edição das novas metas, mas ao que tudo indica, a agência não possui outra saída no momento para compensar a sociedade pelo saldo positivo da concessionária. 9