A SUBSTITUIÇÃO DA MADEIRA POR PEÇAS FABRICADAS DE PLÁSTICOS RECICLADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL DE CASAS POPULARES: UM APELO À SUSTENTABILIDADE



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Transcrição:

A SUBSTITUIÇÃO DA MADEIRA POR PEÇAS FABRICADAS DE PLÁSTICOS RECICLADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL DE CASAS POPULARES: UM APELO À SUSTENTABILIDADE Suellen Finizola Dantas Maia (UFPB) eng.dantasmaia@hotmail.com Maria de Lourdes Barreto Gomes (UFPB) marilu@ct.ufpb.br Ricardo Moreira da Silva (UFPB) ricardomoreira0203@hotmail.com Atualmente, a população mundial vem se preocupando com a gestão de resíduos buscando um destino ecologicamente correto aos produtos descartáveis, que até então não eram reutilizados, e que são altamente danosos ao meio ambiente. Um desses ccasos é a dos resíduos plásticos que são os que mais se destacam em impactar negativamente a natureza. Um setor que pode contribuir na gestão desses resíduos plásticos é o da construção civil, através da captação deste lixo, servindo para a geração de produtos capazes de substituir a madeira para o equivalente feito de plástico. Este artigo tem como objetivo apresentar algumas inovações sustentáveis patenteadas, para substituir o uso da madeira de lei na construção civil por peças fabricadas de plásticos reciclados, que até então são descartados no meio ambiente sem nenhuma reutilização. Para este objetivo ser alcançado, foi realizada uma pesquisa de natureza aplicada e qualitativa quanto a sua forma, além disso, foi necessária a visita em três canteiros de obra, para avaliar a forma de substituição da madeira pela peça de plástico e por fim, foi apresentado alguns testes de resistência necessário para a adoção das inovações. Os resultados alcançados mostraram uma utilização beneficiada dos resíduos plásticos reciclados para a produção de tábuas que podem ser utilizadas para fazer o nivelamento do terreno, fôrma de concretagem e escoramentos, além do frechal, ripas, anteparos, asnas, linhas e vigas, todos destinados à construção de habitações populares. Palavras-chaves: Plásticos. Reciclagem. Construção Civil.

1 Introdução Tendo em vista o crescente desenvolvimento econômico impactando o meio ambiente, como por exemplo, o desmatamento reduzindo as reservas naturais de todo o território brasileiro, e também a crescente utilização de plásticos para fabricação de uma infinidade de produtos necessários para o bem estar social, surge à idéia da possibilidade em se fabricar produtos que utilizará resíduos de plástico reciclado, pelo qual amenizará a poluição que esses materiais geram para os solos, rios e mares. Além disso, como estes produtos serão utilizados para substituir a madeira na construção, eles contribuirão para diminuir o desmatamento de árvores como o Mogno, Angelim, Ipês, Maçaranduba, Pau-ferro, Sucupira, Peroba, Imbuia, Cerejeira, Jatobá, dentre muitas outras espécies. A justificativa levada em consideração para a escolha do tema deve-se, a perspectiva tecnológica aplicada ao desenvolvimento dos plásticos tem modificado o uso desses materiais, tornando-os cada vez mais resistentes e versáteis, o caráter antes descartável foi substituído por vantagens como: boa resistência mecânica, resiliência, durabilidade e baixo custo de manutenção. O desenvolvimento deste artigo é algo inovador e instigante por se tratar de um campo de pesquisa e de aplicação recente, ou seja, a utilização de produtos feitos através da adoção de resíduos plásticos reciclados para serem destinados à construção de casas populares, dessa forma, é necessário todo um esforço no sentido de complementar e renovar a literatura sobre o tema. O objetivo pretendido é apresentar a possível utilização de peças que os seus inputs utilizam resíduos plásticos reciclados, e servirão para substituir o uso da madeira na construção de casas populares. Para isso a metodologia utilizada baseou-se em sua natureza ser de caráter aplicada, e qualitativa teórica quanto a sua forma, onde se visitou três canteiros de obra, avaliando o impacto do uso de madeira e como esta poderia ser substituída. E por fim, os principais resultados alcançados foi à apresentação de peças de plástico no fromato Quadrado, Circular e Retangular que servirão como utilidades para o nivelamento do terreno, fôrma de concretagem, escoramentos, frechal, frechal de cumeerira, frechal comum, caibros, ripas, anteparos, asnas, linhas e vigas, que poderão ser substitutivos ao uso da madeira de lei na construção de habitações populares. 2 A gestão da reciclagem dos plásticos na construção civil Este tópico irá apresentar a definição do plástico, como também as categorias deste para o processo de reciclagem, pelo qual se subdivide em três: Reciclagem Química, Mecânica e Elétrica. E por fim, será apresentado um breve relatório histórico a respeito da evolução dos materiais necessários para o desenvolvimento da construção civil. 2.1 Plásticos e as suas categorias A palavra plástico vem do grego plastikós, que, em latim, originou o adjetivo plasticus, que define a propriedade de um material em adquirir diversas formas, devido a uma ação exterior. Formados a partir de longas cadeias de macromoléculas, ou polímeros, os plásticos possuem propriedades que os tornam atrativos em relação a outros materiais: são resilientes (resistem ao impacto sem se deformar), resistentes à corrosão, leves, indiferentes à 2

deterioração por decomposição e ataque de microorganismos, são de fácil processamento e com um custo bastante reduzido de manutenção (PARENTE, 2006). O plástico coletado do resíduo urbano para reciclagem e reuso é composto basicamente por termoplásticos. No entanto, o universo dos materiais plásticos é bastante amplo, podendo ser dividido em quatro categorias básicas (CRAWFORD, 1987; PRINGLE; BARKER, 2000): 1. Termoplásticos o seu aquecimento provoca o enfraquecimento das forças intermoleculares, tornando-os flexíveis, quando resfriado, o material enrijece novamente, esse ciclo de aquecimento e resfriamento pode ser repetido indefinidamente, sendo essa a maior de suas vantagens; 2. Termofixos ou termorrígidos devido a seu processo de fabricação e moldagem, os termofixos são os plásticos que não podem ser amolecidos e moldados novamente, quando aquecidos, esses materiais queimam e se degradam; 3. Elastômeros são polímeros que possuem propriedades elásticas que permitem duplicar quando se interrompe a tensão; 4. Polímeros naturais materiais como a celulose e as proteínas, que provêem a base mecânica para a maioria dos vegetais e vida animal. Um aspecto crítico do plástico é a sua rigidez, considerada baixa frente a outros materiais estruturais, como a madeira. Esse fator é, atualmente, o limitante do uso do plástico em aplicações estruturais. No entanto, estudos têm mostrado que a adição de fibras naturais ou sintéticas torna factível o uso estrutural, revertendo o problema da rigidez (NOSKER; RENFREE, 1999 (a,b); CARROLL et. al., 2001; CORREA et al., 2003). Dessa forma, tem-se que a tecnologia aplicada ao desenvolvimento dos plásticos tem modificado o uso desses materiais, tornando-os cada vez mais resistentes e versáteis, o caráter antes descartável agora esta sendo substituído por vantagens como: boa resistência mecânica, resiliência, durabilidade e baixo custo de manutenção (PARENTE, 2006). Por tudo isso, tratando-se do plástico reciclado, é de fundamental importância o conhecimento e o entendimento do processo de reciclagem. Os termoplásticos, teoricamente, podem ser reciclados indefinidamente. No entanto, sabe-se que há uma alteração em suas características, como resultado de diversos fatores: intempéries a que se expôs contaminação, falhas na coleta e na triagem, degradação e quebra das cadeias poliméricas que compõem o plástico, dentre outras características. 2.2 Reciclagem dos Plásticos A reciclagem pode ser entendida como o termo que designa uma série de atividades que incluem a coleta de materiais descartados pela sociedade, a triagem, o processamento e a transformação desses materiais em matéria-prima para a manufatura de novos produtos (PARENTE, 2006). Verifica-se nos últimos anos, que o paradigma de uma sociedade preocupada somente com o custo, o tempo e a qualidade tem cedido espaço para um pensamento baseado na sustentabilidade. Esse neologismo pode ser entendido como o conhecimento das necessidades e aspirações humanas no presente, sem esquecer o compromisso de permitir às futuras gerações conhecer as suas necessidades e aspirações, como foi definido pela WCED (World Commission on Environment and Development, 1987). 3

A figura 1 mostra esse novo paradigma sob a forma de dois triângulos, sendo que o antigo não foi totalmente descartado, haja vista que o custo, o tempo e qualidade devem sempre ser levados em consideração. No entanto, eles foram englobados por uma idéia maior, em que se considera a satisfação humana, o mínimo consumo de energia e o mínimo impacto ao meio ambiente (PARENTE, 2006). Temp o Mínimo Consumo de Energia Satisfação Humana Figura 1 Paradigma sobre a sustentabilidade Qualidade Custo Mínimo Impacto do Meio Ambiente De forma geral, tem-se que de uma maneira geral, a reciclagem pode ser dividida nas seguintes etapas: 1) Coleta: coleta e armazenamento do resíduo a ser reaproveitado; 2) Separação ou triagem: triagem por tipos de material (papel, plásticos, madeiras, metais etc.). No caso dos plásticos, deve ser feita a triagem por tipo de plástico (PVC, polietileno, polipropileno etc.); 3) Revalorização: etapa intermediária que prepara o material coletado e separado para a comercialização e/ou etapa de transformação; 4) Transformação: processamento do material para a geração de novos materiais ou produtos, agregando-lhes valor. Sabe-se que nem todos os plásticos podem ser reciclados, e dentre os recicláveis foi criada uma classificação com o objetivo de auxiliar na identificação feita no trabalho de triagem. Consiste numa numeração de 1 a 7, como pode ser observada na figura 2, como mostrada a seguir, adotado pela ABNT na Norma Brasileira 13230 Reciclabilidade e identificação de materiais plásticos (NBR 13230, 1994). Símbolo Significado Símbolo Significado PET politereftalato de etileno PEAD polietileno de alta densidade PVC policloreto de vinila PP polipropileno PS poliestireno Outros PEBD polietileno de baixa densidade Fonte: ABNT/NBR (13230,1994) Tabela 1 Classificação dos plásticos para reciclagem 4

De acordo com o Instituto Sócio-ambiental dos Plásticos PLASTVIDA (www.plastvida.org.br), pode-se classificar a reciclagem em três tipos, que serão detalhados a seguir. a) Reciclagem Química: neste processo os plásticos são transformados em petroquímicos básicos: monômeros ou misturas de hidrocarbonetos que servem como matéria-prima, em refinarias ou centrais petroquímicas, para a obtenção de produtos nobres de elevada qualidade. Figura 2 Esquema do processo de reciclagem química b) Reciclagem Mecânica: é o tipo de reciclagem mais difundido e utilizado. Consiste na conversão dos resíduos plásticos pós-industriais ou pós-consumo em grânulos que podem ser reutilizados na produção de outros produtos, como sacos de lixo, solados, pisos, conduítes, mangueiras, componentes de automóveis, fibras, embalagens, dentre outros. Figura 3 Esquema do processo de reciclagem mecânica c) Reciclagem Energética: É o processo que aproveita o resíduo plástico para a geração de energia através de processos térmicos. Para efeito de comparação, pode- se afirmar que 1 kg de plástico possui uma capacidade de gerar energia equivalente à contida em 1 kg de óleo combustível. 5

Figura 4 Esquema do processo de reciclagem energética. 2.3 Considerações sobre os materiais desenvolvidos para a construção civil A história da construção civil está interligada como o avanço do ser humano em busca de sua sobrevivência ao longo do tempo, pelo qual o início de sua matéria-prima para a confecção de ferramentas, peças e materiais de construção foi retirada da própria natureza, como por exemplo, pedras, madeira, couro, barro, dentre outros (PARENTE, 2006). Através das contribuições provindas do avanço das ciências e o domínio da natureza, o homem passou a modificar e a criar materiais, a partir de suas necessidades, exemplo desses materiais foram: ferro, aço, vidros, plásticos, materiais compósitos, enfim, uma variedade limitada, apenas, pelos anseios do homem e o avanço das ciências. Dessa forma, a literatura apresenta que os primeiros materiais utilizados pelo homem, para a construção de abrigos, foram pedras, madeiras, ossos e couro de animais. Os primeiros vestígios datam de 12.000 a.c. e eram estruturas bastante simples. Varas de madeira ou ossos de animais eram utilizadas para erguer tendas, que eram cobertas por folhagens ou couro. Para o homem da época, devido a seu caráter nômade, as estruturas não necessitavam durar por longos períodos. Esses abrigos, no entanto, protegiam o homem de intempéries como chuvas, neve, ventos fortes e calor excessivo (Enciclopédia virtual About.com, 23/03/2011). Com o advento da agricultura, as estruturas incorporaram maior espaço, segurança e privacidade, formas de construções permanentes foram desenvolvidas, materiais compósitos também foram utilizados. O método consistia em construir paredes de madeira e barro. Erguiam-se postes de madeira juntamente com fibras (raízes ou galhos) e aplicava-se lama ou reboco como vedação (ELLIOTT, 1994). Durante a Era Industrial, as inovações tecnológicas aperfeiçoaram os materiais e os métodos construtivos, com o advento da máquina a vapor e os conhecimentos sobre fundição, o ferro foi largamente utilizado como material de construção. Através da produção em massa de elementos estruturais de ferro, as estruturas foram sendo padronizadas, inicialmente utilizadas como vigas de ferro suportadas pela alvenaria, os elementos de ferro passaram a ser utilizados na estrutura como um todo, o aço, uma liga de ferro e carbono em proporções variadas, não demorou muito a ser desenvolvido. No entanto, somente na segunda metade do século XIX, quando passou a se entender melhor seu comportamento, é que foi largamente utilizado. A utilização do cimento, como concreto simples ou reforçado, é um capítulo à parte na história da humanidade. Segundo Brunauer e Copeland (1964) apud Mehta e Monteiro (1994): O material mais largamente usado em construção é o concreto, normalmente feito 6

com a mistura de cimento Portland com areia, pedra e água [...]. São três as razões expostas por Mehta e Monteiro (1994) para o concreto ser o material mais usado na engenharia: o concreto possui uma excelente impermeabilidade, a facilidade de execução, em diferentes formas e tamanhos, e normalmente é o mais barato e mais facilmente disponível no canteiro de obras. Dentre os diversos materiais, a madeira se destaca por ser utilizada pelo homem desde os seus primórdios até os dias de hoje. Devido às suas características únicas, a madeira é um material natural que ainda é utilizado na construção de casas e de outras estruturas, ferramentas, mobílias e objetos decorativos. Diante disso, ao passo que as civilizações vão se desenvolvendo, e através disso deparando-se com a escassez dos recursos naturais, surge às inovações como meios para solucionar e/ou amenizar estas restrições, como por exemplo, o uso das peças fabricadas através dos resíduos plásticos reciclados, que servirão para substituir o uso da madeira destinadas a construção de casas populares. 3 Metodologia Para a apresentação deste artigo fez-se necessária alguns procedimentos relacionados à pesquisa, que pode ser definida como um processo racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema. A pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos. Esta se desenvolve ao longo de um processo que envolve inúmeras fases, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória apresentação dos resultados (GIL, 1996). Esta pesquisa foi relevante para apresentar à sociedade a possibilidade de adotar nas construções das casas populares, peças feitas de plástico reciclado que servirão para substituir o uso descontrolado das madeiras de lei nos canteiros de obra. Referente à natureza deste artigo, caracteriza-se por ser aplicada, pois é uma ciência instrumento da pesquisa e abordagem dos pormenores que se estendem afim de, explicar o processo criacional, suas deficiências suas potencialidades de viabilidade ou de suas limitações de projetos e/ ou trabalhos, mas o método utilizado depende do objetivo desejado, se minucioso, se detalhado se quer explanar a idéia de autores acerca de algo e/ou alguma coisa, provar um resultado, ponto de vista e suas etapas dentro do processo, juntamente com a reunião de suas regras e rigor, a qual pode ser dividida em várias partes, afim de que o objetivo seja testado ou aprovado, podendo criticar alguma ótica específica e comparar com várias outras abordagens (MARTINS, 2004). Este método refere-se ao as explicações necessárias para a possibilidade de fabricação das peças de plástico apresentadas por este artigo, que são no formato quadrado, circular e retangular, pelos quais seu processo de produção iniciará pela reciclagem, passando para a moldagem em extrusão e por fim será finalizado como produto final nos diferentes formatos propostos. Quanto à forma deste artigo trata-se por ser qualitativa, pois esta metodologia considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números, a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são baseadas no processo de pesquisa qualitativa, pois não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas, o 7

ambiente natural é a fonte direta para a coleta de dados e o pesquisador é o instrumentochave, que tende analisar seus dados indutivamente, o processo e seu significado são os focos principais de abordagem (SILVA, 2001). Este pesquisa caracteriza dessa forma no artigo, pois para apresentar as peças de plásticos, foi necessário visitar três canteiros de obras para tirar fotos dos destinos em que se utiliza a madeira de lei, e apresentar a possibilidade de adoção das peças de plásticos nestes lugares. Referente aos seus fins, este artigo caracteriza-se por ser intervencionista, pois tem como principal objetivo interpor-se, interferir na realidade estudada, para modificá-la (MORESI, 2003). É que propõe o artigo, quando expõe que a construção civil de casas populares adotam algumas espécies de madeira, além de salientar sobre da um destino correto aos resíduos plásticos que são descartados na natureza, pois estes problemas seriam eficientemente reduzidos com a adoção das peças proposta pelo artigo. E quanto aos seus meios, trata-se por ser uma pesquisa bibliográfica, pois é a atividade de localização e consulta de fontes diversas de informação escrita, para coletar dados gerais ou específicos a respeito de determinado tema (CARVALHO, 1989). Este método foi exposto para apresentar definições disponibilizadas pela literatura existente, no que diz respeito, a definições dos conceitos envolvidos para a proposta de adoção das peças de plástico. 4 Apresentação e testes do uso do produto plástico Serão apresentados a seguir os produtos inovadores e sustentáveis salientados por este artigo, estes produtos serão fabricados através da utilização de resíduos plásticos que são descartados no meio ambiente. O processo de reciclagem utilizado é o mecânico, pois os resíduos (grânulos) servirão para a moldagem por extrusão. Basicamente, a moldagem por extrusão realizada em uma extrusora de rosca única, como a mostrada na figura 5, possui três diferentes zonas (CRAWFORD, 1987): Zona de alimentação: sua função é pré-aquecer o plástico e transportá-lo para as zonas subseqüentes. Zona de compressão: nesta zona, a profundidade dos canais da rosca diminui gradualmente, para compactar o plástico. E a Zona de regulação: nesta etapa o plástico derretido é homogeneizado para fornecer, uma taxa constante do material com temperatura e pressão uniformes para a matriz. Dessa forma, a geometria do produto que sai da extrusora é definida pela matriz, que se localiza na extremidade final do equipamento. 8

Figura 5 Moldagem em uma extrusora de rosca única Sabendo disto, os produtos salientados por este artigo são expostos na figura 6, pela qual apresenta as seguintes peças de plástico reciclado respectivamente: a Peça Quadrada, a Peça Circular e Peça Retangular. Estas peças apresentarão em seus inputs apenas residuos plasticos, que paçaram pelo processo geral de reciclagem que são a coleta e a separação ou triagem, logo em seguida serão destinados para a extrusora passando pelo processo de revalorização da matéria-prima e por fim passará pelo processo de transformação, que dependendo da matriz poderao ter o formato quadrado, circular e retangular. Figura 6 Peças fabricadas de plástico reciclado Para a adoção das peças salientadas por este artigo nas construções de casas populares, será apresentado o relatório de ensaios, realizado pelo LABEME (Laboratório de Ensaio de Materiais e Estruturas). O teste necessário para verificar a resistência e a flexão da Peça Quadrada feita de plástico reciclado, pode ser visto na tabela 1: Corpo de Prova b (cm) h (cm) L (cm) a (cm) Fmax (kgf) RF (Mpa) Peça Quadrada 12,1 3,8 15 15 525 13,5 Fonte: LABEME, 2010 Tabela 1 Resistência à flexão de peça de plástico (Peça Quadrada) Como pode ser observado na tabela 1, a tensão foi considerada relativamente elevada podendo assim a Peça Quadrada ser utilizada nas construções das coberturas de casas 9

populares, como: frechal, frechal de cumeeira, frechal comum, caibros, ripas, anteparos, asnas, linhas e vigas. Utilização esta verificada na figura 7 abaixo. Cobertura de casas populares Figura 7 Cobertura de Casas Populares: Ilha do Bispo/ PB O teste para a resistência à compressão, das três peças de plástico, pode ser observado na tabela 2. Corpo de prova Dimensão seção transf. (cm) Área (cm 2 ) Fmax (kgf) Quadrado 9,0 75,4 7800 Circular 9,8 116,6 12095 Retangular 10,8 81,0 9816 Fonte: LABEME, 2010 Tabela 2 - Resultado do ensaio de resistência à compressão Sabendo disso, será apresentado na figura 8 abaixo, a utilização da peça circular, que será necessária para substituir algumas madeiras como: mogno, angelim, ipê, maçaranduba, pau-ferro, sucupira, peroba, imbuía, cerejeira, jatobá dentre outras espécies, que são adotadas nos canteiros de obras, para servirem como escoramento nas construções. 10

Figura 8 Escoramentos: Centro de Tecnologia/UFPB E a peça retangular que foi realizada o teste de resistência a compressão, sua utilização pode ser observada na figura 9, e esta pode ser utilizada para fazer o nivelamento do terreno das habitações e também como fôrmas de concretagem para vigas, lajes, pilares e colunas. Figura 9 - Nivelamento e Forma necessários para a base das casas populares: Distrito Industrial/PB Por tudo isso, sabe que a iniciativa de produzir bens imóveis a partir do plástico reciclado em substituição à madeira apresenta uma alternativa confiável que substituiu eficientemente o modelo convencional adotado, pois o uso do plástico preconiza o surgimento de uma geração durável de produtos que além de resistentes às intempéries facilitam sua adoção em projetos. 5 Resultados Este trabalho teve o propósito de apresentar peças substitutivas da madeira convencional destinada para a construção de casas populares, feitas a partir de matériasprimas diversas mescladas ou em separado, objetivando aplicação como peças principais ou 11

coadjuvantes na composição de estruturas de sustentação nos projetos arquitetônicos da área de construção civil, ambientação e correlatos. Sabendo que a escassez de matéria-prima como a madeira, o alto consumo energético na produção do aço e do cimento juntamente com a abundância de material plástico a baixo custo estimularam, nas últimas décadas, a pesquisa às propriedades físicas do plástico reciclado, bem como o seu uso em estruturas. Dessa forma, relatamos ser possível e justificável a substituição da madeira por outros materiais feitos através do plástico reciclado em aplicações como: Frechal; Frechal de Cumeeira; Frechal Comum; Viga; Antepara; Asna; Curral para Nivelamento do Terreno; Fôrma de Plástico Reciclado para Concretar Vigas, Lajes, Pilares e Colunas; Pontaletes de Plástico Reciclado para Escoramento e Tábuas para usos diversos. 6 Conclusão Este artigo abordou algumas referências bibliográficas referentes aos plásticos, necessária para mostrar as suas principais categorias a serem reutilizadas para a reciclagem, percebeu-se que este polímero apresenta varias características positivas para a sua reutilização como, por exemplo, eles são resilientes (resistem ao impacto sem se deformar), resistentes à corrosão, leves, indiferentes à deterioração por decomposição e ataque de microorganismos, são de fácil processamento e com um custo bastante reduzido de manutenção, além disso, mostrou três diferentes processos e reciclagem utilizados. Foi exposta a evolução dos materiais necessários para a construção civil feitos pelo homem, que inicialmente, beneficiou-se os materiais que eram oferecidos pela própria natureza, até chegar aos dias de hoje, onde é possível a utilização de outras tecnologias. Assim, afirmamos o potencial para a substituição da madeira convencional, através da utilização peças produzidas a partir de resíduos plásticos reciclados, que antes eram descartados na natureza, mais agora representam uma reutilização possível e eficiente como mostrou os testes, isso possibilitará a diminuição da poluição feita ao meio ambiente, como também evitar-se-á o desmatamento, além disso, é necessária a evolução e surgimento de inovações para um desenvolvimento ecologicamente correto da sociedade. 7 Referências NBR 13230, 1994. Disponível em: <http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?id=3390>. Acesso em: 22 abr. 2011. CARROLL, D. R.; STONE, R. B.; SIRIGNANO, A. M.; SAINDON. R. M.; GOSE, S. C.; FRIEDMAN, M. A. (2001). Structural properties of recycled plastic/sawdust lumber deckingplanks. ELSEVIER: Resources, Conservation & Recycling. Disponível em: <http://www.elsevier.com/locate/resconrec>. Acesso em: 23 mar. 2011. CARVALHO, Maria Cecília Maringoni. Construindo o saber Metodologia científica: Fundamentos e técnicas, Campinas, SP: Papirus, 1989. CORREA, C. A. F.; FONSECA, S. N.; RAZZINO, C. A.; HAGE JR, E. (2003). Compósitos termoplásticos com madeira. Polímeros: Ciência e Tecnologia, v.13, n.3, p.154-165, 2003. CRAWFORD, R. J. (1987). Plastics engineering. 2nd Edition. Belfast: Pergamon Press. ELLIOTT, C. D. (1994). The development of materials and systems for buildings technics and architecture. Cambridge: MIT Press. 12

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