SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL



Documentos relacionados
SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL

Nota Informativa 2/2012 Maio 2012 DSAJAL/DAAL Setor Empresarial Local

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL PARECER N.º 27/2011. Cartas de Condução. Avaliação Médica. Carreira Especial Médica. Medicina Geral e Familiar

Avaliação do Desempenho dos Médicos.

Índice Descrição Valor

Saúde Aviso de Abertura de Concurso para Apresentação de Candidaturas S/1/2007

Artigo A. Valorizações remuneratórias

REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2

CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE OURÉM - CLASO -

PARECER N.º 403/CITE/2015

Despacho conjunto n.º 413/99, de 15 de Maio

Eixo Prioritário III Valorização e Qualificação Ambiental e Territorial Equipamentos para a Coesão Local Equipamentos Sociais

Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS

REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

circular ifdr Noção de Organismo de Direito Público para efeitos do cálculo de despesa pública SÍNTESE: ÍNDICE

REGULAMENTO DA COMISSÃO DE AUDITORIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA IMPRESA-SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

Princípios de Bom Governo

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL PARECER N.º 05/2011

REGULAMENTO DO CONTROLO DE QUALIDADE DA ORDEM DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS. (Artigo 68.º do Decreto-Lei n.º 487/99, de 16 de Novembro)

CONSELHO DE MINISTROS

Só um ou, quando muito, dois membros do órgão de gestão ou administração da empresa local pode ser remunerado.

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007

EIXO PRIORITÁRIO VI ASSISTÊNCIA TÉCNICA. Convite Público à Apresentação de Candidatura no Domínio da Assistência Técnica aos Órgãos de Gestão

Decreto Legislativo Regional nº. 003/2001

Regulamento Interno do Conselho Local de Acção Social de Montemor-o-Novo

Regulamento do Centro de Ciências Matemáticas

PARECER N.º 37/CITE/2007

Capítulo VI. Gestão Financeira e Patrimonial. Artigo 18.º. Princípios de Gestão

Regulamento de Horário de Funcionamento e de Atendimento e Horário de Trabalho da Secretaria-Geral da Presidência da República

GOVERNO. Estatuto Orgânico do Ministério da Administração Estatal

DOCUMENTO DE CONSULTA PÚBLICA. Projecto de Norma Regulamentar - Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões

Energia 2ª ALTERAÇÃO AO AVISO DE ABERTURA DE CONCURSO. Aviso - ALG Eixo Prioritário 3 Valorização Territorial e Desenvolvimento Urbano

Ministério da Ciência e Tecnologia

Manda o Governo, pelos Ministros de Estado e das Finanças e das Obras Públicas Transportes e Comunicações, o seguinte: Artigo 1.º.

Cargo Órgãos Sociais Eleição Mandato. Mesa da Assembleia-geral. Não Aplicável. Conselho de Administração

PARECER N.º 19/CITE/2006

MINISTÉRIOS DA DEFESA NACIONAL E DA SAÚDE

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS. Nota justificativa

Paula Gomes dos Santos 1

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR LESTE MINISTÉRIO DAS FINANÇAS GABINETE DA MINISTRA. Diploma Ministerial Nº 5/2009, De 30 de Abril

REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL

MINISTÉRIO DO COMÉRCIO

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 701

Identificação da empresa. Missão

Decreto-Lei n.º 26/2012. de 6 de fevereiro

Projecto de Lei n.º 408/ X

Trabalho suplementar e Banco de horas

PROJECTO DE REGULAMENTO DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS

Planeamento e gestão de recursos. Jornadas dos assistentes técnicos da saúde Porto

CCV Correios de Cabo Verde, SA. Decreto Lei nº 9-A/95:

- Reforma do Tesouro Público

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 835

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS PELO MUNÍCIPIO DE MORA. Nota justificativa

REGULAMENTO INTERNO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

PROPOSTA DE LEI N.º 12/X. Exposição de Motivos

MEDIDAS DE CONSOLIDAÇÃO ORÇAMENTAL ADICIONAIS (PENSÕES, AJUDAS DE CUSTO E SUBSÍDIOS DE TRANSPORTE) Introdução

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados

MINUTA DE CONTRATO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS A PESSOAS COLECTIVAS PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS PROGRAMA MODELAR

Grupo Parlamentar INQUÉRITO PARLAMENTAR N.º 3/X

(Regimento para o Conselho Nacional de Protecção Civil) Decreto-Regulamentar n.º 3/2002 De 12 de Junho

Grupo Parlamentar. Projecto de Lei n.º 200XI/1ª. Isenção de obrigações contabilísticas gerais por parte das Microentidades

A auditoria à Conta Geral da. Regiã o Administrativa Especial de Macau. no â mbito da prestaçã o de contas

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872

REGULAMENTO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO DA EDP ENERGIAS DE PORTUGAL, S.A.

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE

Informação complementar ao Relatório de Governo das Sociedades referente ao Exercício de 2007

Carta dos Direitos de Acesso aos Cuidados de Saúde pelos utentes do Serviço Nacional de Saúde

Acordo entre o Ministério das Finanças, o Ministério da Saúde e a Indústria Farmacêutica

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL

Despacho n.º 28777/2008, de 10 de Novembro Série II n.º 218

Relatório e Parecer da Comissão de Execução Orçamental

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

sucessivamente plasmado no nº1 do artigo 20º do Decreto-Lei nº 409/89, de 18 de Novembro e no artigo 18º do Decreto-Lei nº 312/99, de 10 de Agosto

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS

Publicado no Diário da República, I série nº 79, de 28 de Abril. Decreto Presidencial N.º 95/11 de 28 de Abril

Código do Trabalho. SUBSECÇÃO VIII Trabalhador-estudante Artigo 89.º. Artigo 90.º. Noção de trabalhador-estudante

Lei n.º 29/87, de 30 de Junho ESTATUTO DOS ELEITOS LOCAIS

Eixo Prioritário 2 Protecção e Qualificação Ambiental. Acções de Valorização e Qualificação Ambiental. Aviso - ALG

Direito a férias (art.ºs 237º ss do Código de Trabalho)

Ministérios das Finanças e da Economia. Portaria n.º 37/2002 de 10 de Janeiro

Lei n.º 127/99, de 20 de Agosto (Alterada pela Lei n.º 37/2004, de 13 de Agosto)

Avisos do Banco de Portugal. Aviso do Banco de Portugal nº 2/2010

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução do Conselho do Governo n.º 107/2010 de 14 de Julho de 2010

Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas. Algumas Medidas de Política Orçamental

POC 13 - NORMAS DE CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

Decreto-Lei n.º 36/1992 de 28/03 - Série I-A nº74

Alterações ao Código do Trabalho A partir de 1 de Agosto de 2012

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO CONSELHO NACIONAL PARA A ECONOMIA SOCIAL

Área Metropolitana do. Porto Programa Territorial de Desenvolvimento. Optimização da Gestão de Resíduos Sólidos

RECOMENDAÇÃO N.º 6/ B / 2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril]

REGULAMENTO INTERNO DO CONSELHO COORDENADOR DA AVALIAÇÃO DO MUNICÍPIO DE LAGOA - AÇORES

MEMORANDUM. No entanto, o exercício de funções pode ser acumulado com outras funções públicas ou com funções/atividades privadas.

Perguntas Frequentes

Regulamento do Conselho Municipal de Juventude. de S. João da Madeira. Artigo 1º. Definição. Artigo 2º. Objecto. Artigo 3º.

Transcrição:

1 SM/2012/20.DIR.0302 (CJ) INFORMAÇÃO N.º 13/2012 5 DE MARÇO Trabalho Extraordinário Médico. Redução de Custos. Despacho do Secretário de Estado da Saúde SUMÁRIO 1. Em ordem à prossecução, no corrente ano de 2012, da redução de custos com o trabalho extraordinário dos trabalhadores do sector público preconizada no Memorando de Entendimento sobre as Condicionalidades da Política Económica CE/BCE/FMI/Portugal, o Despacho n.º 2991/2012, de 21 de Fevereiro, do Secretário de Estado da Saúde, sem alterar o actual regime de cálculo e liquidação da remuneração devida pela prestação de trabalho extraordinário médico (decorrente dos artigos 32.º da Lei do Orçamento do Estado para 2012 e 5.º, 6.º e 7.º do Decreto-Lei n.º 62/79, de 30 de Março), veio determinar a adopção, pelos órgãos de gestão de todos os serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde, de medidas de racionalização do recurso ao trabalho extraordinário, através, designadamente, da redução do número de horas extraordinárias e de processos de reorganização do trabalho. 2. O referido despacho ministerial, em si mesmo, não enferma, no plano jurídico-legal, de qualquer vício invalidante. 3. Mas a sua execução prática, por via, designadamente, da pretendida redução do número de horas de trabalho extraordinário, é susceptível de comprometer a integral e efectiva satisfação do direito fundamental à protecção da saúde, na vertente da prestação dos cuidados de saúde de natureza urgente/emergente, que a Constituição da República Portuguesa garante a todos os cidadãos, uma vez que só o recurso sistemático ao trabalho extraordinário médico, frequentemente para além dos limites máximos semanal (12 horas) e anual (200 horas) previstos nos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho aplicáveis, tem permitido assegurar, de forma regular, na generalidade dos estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde, o normal funcionamento dos serviços de urgência, vinte e quatro sobre vinte e quatro horas ao longo dos sete dias da semana. 4. Cumpre aguardar, pois, as medidas concretas que, em cumprimento do Despacho n.º 2991/2012, de 21 de Fevereiro, do Secretário de Estado da Saúde, venham a ser adoptadas pelos serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde e sindicar, caso a caso, se as mesmas, no respeito do regime normativo de orgamização do tempo de trabalho médico, asseguram ou não a correcta prestação assistencial, com qualidade e segurança, dos cuidados de saúde de natureza urgente/emergente a que os cidadãos têm direito.

2 A título de medida excepcional de estabilidade orçamental e por referência ao período de vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) actualmente em curso, a Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 2012, operou, por via do seu artigo 32.º, uma drástica redução da retribuição do trabalho extraordinário dos trabalhadores do sector público. Tal redução remuneratória, decorrente da expressiva diminuição do valor pecuniário dos suplementos remuneratórios devidos pela prestação de trabalho extraordinário cujos valores percentuais, por referência ao valor da hora normal de trabalho, sofreram uma forte compressão atinge, transversalmente, o universo global dos trabalhadores do sector público 1 e, portanto, os trabalhadores médicos, em regime de contrato de trabalho em funções públicas e em regime de contrato individual de trabalho, que exercem a sua actividade profissional nas entidades empregadoras públicas integradas no Serviço Nacional de Saúde, incluindo nas entidades públicas empresariais e nas parcerias em saúde, em regime de gestão e financiamento privados. Visando esclarecer as dúvidas suscitadas na determinação do valor da retribuição devida pelo trabalho extraordinário prestado pelos trabalhadores do sector de saúde, em especial no que aos médicos diz respeito, a Administração Central do Sistema da Saúde, IP (ACSS), emitiu e divulgou a Circular Informativa n.º 08/2012/UORPRT, de 30 de Janeiro de 2012, por via da qual chamou a atenção para a necessidade da aplicação dos n.ºs. 1 e 2 do artigo 32.º da Lei do Orçamento do Estado para 2012 ser efectuada, de modo articulado, com o regime remuneratório do trabalho extraordinário consagrado no Decreto-Lei n.º 62/79, de 30 de Março, que aprovou o regime de trabalho do pessoal hospitalar. Mediante o Despacho n.º 2991/2012, de 21 de Fevereiro, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 43, de 29 de Fevereiro de 2012, o Secretário de Estado da Saúde, em ordem a garantir, no corrente ano de 2012, a redução de custos com trabalho extraordinário fixada no Memorando de Entendimento sobre as Condicionalidades de Política Económica CE/BCE/FMI/Portugal, determinou o seguinte: 1 No decurso da presente execução orçamental, os serviços e estabelecimentos da área da saúde, incluindo os de natureza empresarial, devem proceder à redução de custos com trabalho extraordinário, de forma a que em 2012 seja de pelo menos 20% e que o valor acumulado somado destas rubricas, em cada mês de exercício, seja sempre pelo menos 30% inferior, ao valor acumulado existente em igual período do ano de 2010. Para as entidades que tenham sofrido processos de fusão ou quaisquer outras alterações, deverão contemplar esses efeitos nos cálculos, de forma a trabalharem números de universos comparáveis, sempre prosseguindo o objectivo de redução do custo efetivo em 30% face ao exercício de 2010. 2 A redução de custos prevista no número anterior deve ser evidenciada, mediante a apresentação de documentação contabilística comprovativa, remetida à Administração Regional de Saúde da respectiva área geográfica de influência, até ao dia 10 do mês seguinte ao apuramento do trabalho extraordinário realizado. 1 Nos termos do disposto no n.º 9 do artigo 19.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 2011.

3 3 As Administrações Regionais de Saúde devem elaborar relatórios mensais que demonstrem o grau de cumprimento do presente despacho, à luz das metas determinadas com base no disposto no n.º 1 do presente despacho, e remetê-los à Administração Central do Sistema de Saúde, IP, e ao meu Gabinete até ao dia 16 do mesmo mês. 4 O presente despacho entra em vigor no dia 1 de Março de 2012. O despacho transcrito não altera, pois, o regime de cálculo e liquidação da remuneração devida pela prestação de trabalho extraordinário médico 2, actualmente decorrente do disposto nos n.ºs. 1 e 2 do artigo 32.º da Lei do Orçamento do Estado para 2012, em conjugação com o regime consagrado nos artigos 5.º, 6.º e 7.º do Decreto-Lei n.º 62/79, de 30 de Março, nos termos enunciados na citada Circular Informativa n.º 08/2012/UORPRT, de 30 de Janeiro de 2012, da ACSS 3. Para além da aplicação daquele regime legal concretizador da redução remuneratória do trabalho extraordinário prestado pelos trabalhadores do sector da saúde, o referido despacho do Secretário de Estado da Saúde, em ordem à prossecução da meta orçamental prevista para o ano de 2012 redução, em cada mês de exercício, de pelo menos 30% dos custos com trabalho extraordinário por referência ao valor acumulado existente em igual período do ano de 2010 determina aos órgãos de gestão dos serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde a adopção de medidas de racionalização do recurso ao trabalho extraordinário, através de medidas de redução do número de horas extraordinárias e de processos de reorganização do trabalho. A redução da remuneração do trabalho extraordinário médico, decorrente da aplicação do artigo 32.º da Lei do Orçamento do Estado para 2012, conjugada com a redução do número de horas da sua prestação, determinada pelo despacho ministerial em apreço, conduzirá, fatalmente, à redução de custos pretendida pelo Governo. O que não se vê como possível é que tal compressão da despesa pública, designadamente a derivada da redução do número de horas de trabalho extraordinário, permita garantir, na prática, o normal funcionamento dos serviços de urgência hospitalar, tendo em conta que só o recurso sistemático ao trabalho extraordinário médico, frequentemente para além dos limites máximos de 12 horas horas semanais e 200 horas anuais previstos nos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho aplicáveis, tem permitido assegurar, na generalidade dos estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde, a regular prestação daqueles cuidados de saúde urgentes/emergentes vinte e quatro horas sobre vinte e quatro horas ao longo dos sete dias da semana - de crucial relevância na satisfação do direito fundamental à protecção da saúde que a Constituição garante a todos cidadãos. 2 Nem o poderia validamente fazer, já que as normas legais são, em absoluto, insusceptíveis de derrogação ou alteração por despachos administrativos dos membros do Governo. 3 Esta Circular Informativa, porém, carece de rectificação no que se refere à determinação do valor do acréscimo remuneratório devido pela prestação de trabalho extraordinário médico em dia descanso semanal (obrigatório ou complementar) e em dia feriado, conforme consta da interpelação que, em 1 de Fevereiro último, a Federação Nacional dos Médicos dirigiu ao Presidente do Conselho Directivo da ACSS (cfr. Informação n.º 06/2012, de 2 de Fevereiro, deste Serviço Jurídico).

4 Este é, salvo melhor juízo, o meu parecer. Lisboa, 5 de Março de 2012 Jorge Mata

5