Avaliação no ensino fundamental e a ética na sua ação



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Transcrição:

1263 Avaliação no ensino fundamental e a ética na sua ação Evaluation dans l enseignement fondamental et l'éthique dans son action Edi Barni (PUCPR) Karina Rodrigues (PUCPR) Elizete Matos (PUCPR) Resumo O trabalho objetiva refletir sobre alguns aspectos que destacam a importância da reflexão, de compreender o que é avaliação no ensino fundamental e a questão ética na sua ação. Aborda o que é avaliação, as funções da avaliação que destaca não são somente o desempenho do aluno, mas também a prática pedagógica na questão ética. As investigações se fundamentam após criteriosa seleção bibliográfica. O presente artigo apresenta os resultados da análise da primeira etapa de uma pesquisa descritiva que aborda a questão ética na avaliação do ensino fundamental. O mesmo foi dividido em três etapas: na primeira fez-se o levantamento bibliográfico; na segunda, entrevistaram-se vinte professores de uma escola pública da rede municipal de Curitiba-PR; na terceira, fez-se a construção de um artigo e a apresentação dos resultados. Na segunda etapa, foi realizada uma entrevista aberta com 20 professores, na qual os professores relataram como a avaliação dos alunos no ensino fundamental acontece na relação prática e ética. Notou-se nos depoimentos que a avaliação no ensino fundamental ainda em alguns aspectos julga, humilha, dando vazão para o sentimento de menos valia dos alunos. Temos pois muito a caminhar neste aspecto. Palavras chave: Avaliação Escolar, Ética, Educação Résumé Ce travail a comme objectif de réfléchir sur quelques aspects de l évaluation dans l'enseignement fondamental et de la question étique dans son action. Il s'agit de comprendre ce qu est l'évaluation et ses fonctions qui mettent en évidence non seulement la performance de l'élève mais aussi la pratique pédagogique du point de vue éthique. Les recherches sont fondées sur une judicieuse sélection bibliographique. Cet article présente les résultats de l'analyse de la première étape d'une recherche descriptive qui aborde la question étique dans l'évaluation de l'enseignement fondamental. Le travail a été divisé en trois étapes : la première s occupe de l'enquête bibliographique ; la seconde aborde l entretien mené auprès de vingt enseignants d'une école publique du système municipal de Curitiba (PR) ; la troisième renvoie à la construction d'un article et à la présentation des résultats. Dans la seconde étape a été réalisé un entretien ouvert auprès de 20 enseignants, dans lequel les enseignants ont dit comment ils évaluent leurs élèves dans l'enseignement fondamental dans la relation pratique et éthique. On a vérifié par les discours que, dans quelques aspects, l évaluation dans l'enseignement fondamental juge et humilie encore, en produisant chez les élèves un sentiment de manque d estime de soi. Nous avons donc un long chemin à faire dans ce domaine. Mots-clés: Evaluation scolaire, Ethique, Education 1263

1264 Introdução Na questão da avaliação, em todos os campos, existe uma vasta discussão, porém na educação é fundamental que tenhamos claro o que é avaliar. Para isso é necessário fazer um estudo aprofundado sobre o tema. Este artigo objetiva refletir sobre alguns aspectos que destacam a importância da reflexão, de compreender o que é avaliação no ensino fundamental e a questão ética na sua ação. Aborda o que é avaliação, as funções da avaliação que destacam não somente o desempenho do aluno, mas também a prática pedagógica na questão ética. A avaliação não é um fim e sim um meio. A avaliação tem o papel de reavaliar o processo ensinoaprendizagem dos alunos e a escola como um todo. A partir da avaliação, ocorrem as possíveis intervenções, tendo a avaliação como um processo contínuo e realimentador do processo de ensino da escola.. Funções da Avaliação A avaliação tem como função verificar o desempenho escolar, se os objetivos de aprendizagem foram alcançados. Para isso temos que ter um planejamento bem definido. O planejamento é o caminho a ser percorrido durante todo o processo. Dentro do planejamento se insere o processo de avaliação. Para que avaliar? Podemos encontrar muitas respostas. Para Vasconcellos (2000, p.45) avaliar para: atribuir nota, registrar, mandar a nota para secretaria, cumprir lei, ter documentação para defender em caso de processo, verificar, constatar, medir, classificar, mostrar autoridade, conseguir silêncio em sala de aula, selecionar os melhores, discriminar, marginalizar, domesticar, rotular/estigmatizar, mostrar que é incompetente, comprovar o mérito individualmente conquistado, dar satisfação aos pais, não ficar fora da prática dos outros professores, ver quem pode ser aprovado ou reprovado, eximir-se de culpa, achar culpados, verificar o grau de retenção do que falamos (o professor ou o livro didático) [...]. Essa definição de avaliação deve ser repensada na prática escolar, pois o próprio autor defende a mudança. A avaliação deve deixar de ser uma forma de fiscalizar, mas sim um compromisso com o processo de aprendizagem do aluno. É necessária uma prática pedagógica partindo do pressuposto de que o conhecimento é um processo de construção e reconstrução. Assim teremos uma visão crítica sobre a nossa prática como professores. Onde e como podemos melhorar? Quebrar resistências. Através das dificuldades fazer uma tomada de decisão para vencermos os obstáculos em relação à avaliação escolar. Nesse aspecto, Both (2008, p. 28) comenta que: é imprescindível que haja concepções claras de avaliação e do papel a ser por ela cumprido no contexto de ensino-aprendizagem. Não é objetivo principal da avaliação identificar o quanto o aluno sabe e com que profundidade aprendeu os conteúdos, mas, sim verificar quais foram os caminhos que o levaram a esse conhecimento. Muitas vezes nos preocupamos apenas em fazer prova e somar nota, tendo uma postura de detetive. A avaliação vai além de tudo isso. Avaliar é olhar para o aluno vendo as suas potencialidades, onde ele 1264

1265 está e para onde ele pode ir. Acreditar que mesmo que o aluno não saiba cálculo, ele tem outros conhecimentos que podem potencializar a sua aprendizagem. Podemos fazer uma viagem no túnel do tempo, desde os jesuítas até a escola atual, passando pela tradicional, comportamentalista, humanista, cognitivista, sociocultural e outras, mas diante de tudo não podemos esquecer que estamos trabalhando com GENTE, formando gente, independentemente da proposta pedagógica que defendemos. A função da avaliação não é apenas avaliar o aluno, mas sim o professor e o contexto escolar. Quando conseguimos avaliar esses três pontos, corremos um risco menor de estarmos sendo injustos com os alunos, pois se o aluno vai passar de ano letivo ou não, geralmente a decisão fica no poder dos professores. Both (2008, p. 33) vai mais longe quando afirma que: [...] a crescente interatividade entre professor e aluno favorecem a consecução de objetivos educacionais, uma vez realizada a avaliação como: 1) processo útil: que beneficia a todos os envolvidos; 2) processo viável: que possibilita e viabiliza sua execução; 3) processo exato: que oportuniza a avaliação conduzida corretamente e com instrumentos adequados para a obtenção das informações pretendidas; 4) processo ético e questão social: quando o ato de avaliar é executado com transparência de propósitos, tendo como base o respeito e a justiça. Avaliação e Ética Caminhamos pela história por várias fases, a fase da industrialização, a fase da informação, a fase do conhecimento. Penso que no momento estamos vivendo a fase do conhecimento e do ser integral. O ser integral é olharmos para o homem e termos a visão de que ele faz parte de um sistema, de que não é um ser em pedaços, e sim um ser na sua totalidade. Dentro desse contexto nos reportamos para um fato que precisa ser olhado: avaliação e ética. Mas o que é ética afinal? Ética é o conjunto de normas de comportamento e formas de vida através do qual o homem tende a realizar o valor do bem. Seu objeto de estudo são os atos humanos conscientes e voluntários dos indivíduos que afetam outros indivíduos, determinados grupos sociais ou a sociedade em seu conjunto (SILVA, RAMOS & TARCISIO 2004). Mas afinal, o que ética tem a ver com avaliação? A ética na avaliação é a postura dos professores diante do resultado de seus alunos. A forma como os alunos serão avaliados, e que olhar será apresentado pelos professores diante do resultado no processo ensino-aprendizagem. Nesse contexto apresentamos a proposta de uma avaliação transformadora a partir de quebra de paradigma. Quando falamos de quebra de paradigma, é a quebra da visão de um homem social, psicológico, cultural, afetivo. Ele é tudo isso ao mesmo tempo. Então, nesse sentido Behrens (2006, p. 13) escreve que a ênfase paradigmática é desenvolver uma estrutura teórica unificada e sistêmica para compreensão dos fenômenos biológicos e sociais. A aprendizagem passa a ter o foco na visão complexa do universo e na educação para vida. Segundo Capra (1997, p.40), o pensamento sistêmico é a metáfora do conhecimento como um edifício está sendo substituída pela da rede. Quando percebemos a realidade como uma rede de relações, [então] nossas descrições também formam uma rede interconectada de concepções e de modelos, na qual não há fundamentos. Dentro do processo avaliativo e paradigmático, não podemos ter um olhar para apenas o que o aluno sabe de matemática, de geografia, mas para a visão de vida, do mundo do qual ele faz parte, de um 1265

1266 sistema maior que o da escola, pois o aluno faz parte de uma rede e nessa rede a sociedade em geral está inserida. Partindo desse pressuposto, mudar o olhar, a postura diante do que já fazemos não é tão simples assim. Mas não podemos deixar de verificar que desde a evolução da tecnologia, muitas coisas mudaram ao nosso redor. A mudança depende de uma série de questões, não simplesmente de uma mágica, mas de mudança de atitude através da ação. Lück (2002, p. 30) ressalta que o conhecimento vem sendo construído de forma dissociada do contexto, um desagregado do outro, e às vezes de forma antagônica. Ela afirma inclusive que no ensino fundamental falta, muitas vezes, um trabalho mais interligado com a realidade, e que este trabalho não pode ser imposto aos professores, mas sim deve ser uma proposta a construir. Isso tudo com base nas pesquisas que realizou com professores do ensino fundamental. Nesse sentido, a escola pode ter uma visão sistêmica do homem a partir do desenvolvimento de um currículo escolar interligado, no qual o aluno aprende matemática junto com geografia, história, ciência e outras. Diante dessa interligação dos conteúdos, é necessária uma visão sistêmica da avaliação. Também não podemos deixar de enfatizar que a avaliação dá poder a quem executa. Esse poder depende de como cada um assume. O poder consiste na capacidade de uma pessoa conseguir que outra pessoa, ou grupo, aja da forma desejada por ela. A pessoa com poder modifica o comportamento dos outros, manipula os outros à sua vontade. A autoridade é o poder legitimado socialmente. Uma pessoa que recebe a incumbência formal ou legal de manipular os outros tem o direito reconhecido de exigir dos outros certas formas de conduta por ela propostas. O poder está intimamente relacionado ao processo de influência social. Quando uma pessoa influencia outras nos seus pontos de vista e nas suas ações, esta pessoa tem poder. Este lhe é conferido pelas outras pessoas que a percebem como detentora de um atributo especial, como capaz de influenciá-las. São os próprios influenciados que atribuem poder ao influenciador, pelo processo da percepção, em decorrência de múltiplos fatores cognitivos e emocionais. Porém, na aplicação da avaliação defendemos uma postura de bom senso. Segundo Both (2008, p.30): o bom senso representa uma das máximas em avaliações, uma vez que cabe ao professor responsabilizarse não pelo aluno como pessoa, mas pelo conhecimento que lhe oportuniza, bem como pela reação e pela mudança comportamental que provoca nele como ser social. O professor tem o poder, mas pode condensá-lo com a questão de uma postura do bom senso, da ética e da valorização do ser humano. Valorizar o ser humano é colocar-se no lugar dele, e entender que aprendizagem é um processo individual e contínuo. Essa relação de poder que o professor exerce sobre a avaliação está ligada ao julgamento. Both (2008, p. 31) reforça que a avaliação consiste em fazer um julgamento comparativo entre o desempenho demonstrado e o resultado pretendido. Vista como processo, ela sempre faz prevalecer a qualidade do desempenho sobre a quantidade de atividades realizadas pelo aluno ou por profissional de qualquer área. Vivemos em uma sociedade que julga; julga pela aparência, pelo conhecimento, pelo que a pessoa tem, pela função que exerce, muitas vezes esquecendo-se de olhar mais profundamente, ver quem é realmente este ou aquele ser humano. Cabe ao professor ter uma visão mais ampla da questão da avaliação, na forma de ver o aluno nas suas potencialidades, e não apenas nas suas, quem sabe, limitações. Conforme Both (2008, p. 31): torna-se necessário ressaltar tal princípio, uma vez que ainda persiste, com certo grau de 1266

1267 grandeza no meio acadêmico e no mercado de trabalho, em geral, a atitude de tornar como ponto decisivo de julgamento eventuais limitações, de natureza variada, das pessoas, em detrimento de suas potencialidades, as quais, quando bem aquilatadas, podem sobrepor-se, muitas vezes, às dificuldades por conta de necessidades especiais. Como a nota é trabalhada na escola é que vamos perceber a pedagogia do exame, voltada para a área comportamentalista, baseada no castigo e recompensa. Durante muito tempo a escola foi baseada na proposta pedagógica tradicional, acertou passou, errou reprovou. Nesse caso, temos a afirmação de Vasconcellos (2000, p.45): por trás da maneira como a nota é trabalhada na escola, pode-se perceber a presença de uma pedagogia comportamentalista, baseada no esforço-recompensa, no prêmio-castigo. Tanto o prêmio como o castigo são deseducativos, uma vez que o prêmio gera satisfação e dependência (se não tiver uma recompensa o sujeito não age...), e o segundo gera revolta e também dependência (se não tiver alguma ameaça o sujeito não age...). Será que a escola ainda trabalha a avaliação de forma recompensa e ameaça? Penso que sim, que a escola ainda fundamenta a avaliação em parâmetros tradicionais, enfatizando muito mais a nota do que o processo. Nessa questão, Vasconecellos (2000, p.45) comenta que a nota desempenha um papel de premiação ou de castigo ao invés de ser um elemento de trabalho de construção de conhecimento, alienando professor e aluno, pois passam a ficar mais preocupados com a nota do que com a aprendizagem. Chamamos você professor para uma reflexão da proposta pedagógica de avaliação no seu contexto. Para que ocorra uma mudança na qual a avaliação deixe de ser um processo de julgamento, para se tornar um processo de crescimento, sendo necessário um estudo profundo da questão histórica e uma pesquisa sobre todo o processo. A partir disso temos os seguintes questionamentos: Que sociedade é essa? Que homem é esse? Que homem queremos formar? Para qual sociedade queremos formar? A sociedade e a escola não são separadas, uma faz parte da história da outra. A avaliação tem um papel importante nos rumos da sociedade. André e Passos (2001, p. 183) comentam que: ao revelar também uma grande preocupação como papel da avaliação escolar no fortalecimento das desigualdades sociais que se transformam em desigualdades escolares. Nesse sentido o aluno faz parte integrante da sociedade, onde se relaciona, e o conhecimento é socialmente construído. Através da interação de aluno com aluno, o conhecimento vai sendo construído. Assim a sociedade também se constrói sucessivamente. Uma nova sociedade depende de cidadãos comprometidos com ela, que tenham uma visão coletiva, de parceria, na qual todos são responsáveis pelos sucessos e insucessos. Se a avaliação escolar tomar um rumo, de não apenas trabalhar os conteúdos pertinentes às disciplinas, de contextualizar, de debater, de rever e de trazê-los para o mundo, assim ela terá a contribuição para uma nova sociedade. Uma sociedade pensante, reflexiva, coletiva, parceira, que busque menos violência, mais amor, menos desigualdade, mais igualdade, que busque o verdadeiro valor de SER HUMANO. Caracterização e Análise dos Dados O presente trabalho partiu de um estudo que contempla uma reflexão sobre alguns aspectos que destacam a importância de compreender o que é avaliação no ensino fundamental e a questão ética na sua ação. Aborda o que é avaliação, as funções da avaliação que destacam não somente o desempenho do aluno, mas também a prática pedagógica na questão ética. Para isso foi realizada uma pesquisa com 1267

1268 vinte professores do ensino fundamental de uma escola pública municipal da cidade de Curitiba-PR. A metodologia utilizada foi numa abordagem qualitativa. Essa abordagem possui cinco características: ser fonte direta de dados; ser descritiva; ser indutiva; ser analisável; e ser significativa (BOGDAN, 1994). O instrumento utilizado foi a entrevista com perguntas elaboradas. Para Cervo e Bervian (2002, p. 137) recorre-se à entrevista quando não há fontes mais seguras para as informações desejadas ou quando há necessidade de completar dados extraídos de outras fontes. Através da pesquisa realizada com os vinte professores de uma escola municipal, o resultado foi: a) Como a avaliação no ensino fundamental se apresenta? Nessa questão, dez dos entrevistados comentaram que está defasada atualmente e que nada mudou. Porém não especificaram os pontos em que nada mudou. Cinco dos professores que participaram responderam que parecia apresentar-se muito maternalista, sendo os alunos pouco cobrados. Um dos participantes afirmou que: a avaliação no ensino fundamental tem que se apresentar para o colegiado da instituição escolar, uma reflexão crítica e contínua da prática pedagógica na escola. A ação do professor deverá voltar-se deliberadamente à aprendizagem dos estudantes. Quanto aos outros quatros participantes, comentaram que não existia uma discussão teórica sobre o assunto, que cada professor avaliava da sua forma. Nessa questão percebemos que a avaliação não é olhada da mesma forma pelos professores. Falta uma discussão teórica-prática em relação à proposta da execução da avaliação no contexto escolar. Porém percebe-se que alguns professores demonstram ter um esclarecimento do caminho da avaliação, principalmente quando afirmam que a ação do professor é no processo de aprendizagem do aluno. De acordo com Both (2008, p. 33): uma concepção de avaliação também passa pela máxima de que o ensinar se desenvolve em função do aprender, mediante relacionamento interativo entre professor e aluno, em que cumpre ao professor o papel de estimulador e facilitador da aprendizagem e ao aluno o de ser sujeito, partícipe e construtor desse processo. b) Como se apresenta a avaliação no ensino fundamental em sua ação ética? Cinco dos participantes comentaram que a ética deveria ser o norte, primeiro ensinando e exigindo, depois aprovando por conselho. Seis professores responderam que havia falhas as quais deveriam ser sanadas. Uma das participantes afirmou que a ética é considerada um eixo fundamental no processo de avaliação, devem ser apropriados pela equipe escolar, buscando interpretá-las e analisá-las à luz do contexto escolar, de contribuir para a melhoria do processo de ensino aprendizagem. Em relação aos oito demais, comentaram que existia uma distância entre a prática avaliativa e a ética, não sendo respeitada a individualidade. Na questão ética e avaliação diante das respostas apresentadas, nota-se que falta um avanço principalmente no que diz respeito à individualidade do aluno. A avaliação parece ser engessada, utilizando-se de parâmetros iguais para todos os alunos, sem olhar o momento histórico de aprendizagem de cada um. Nesse contexto é preciso rever a ética e avaliação na sua ação, ou melhor onde fica a ética e onde fica a avaliação. É importante também o respeito pela individualidade de cada aluno, sendo que a 1268

1269 aprendizagem é um processo contínuo, a somatória do que cada um vive. Dentro dessas afirmações, Both (2008, p.40) comenta: a ação dinâmica que se pretende identificar na avaliação permite encarar o aluno como um ser que se desenvolve de forma global. A mudança em seu comportamento se manifesta tanto em nível de aquisição de conhecimentos de modo consciente como em termos de relacionamento social e de aceitação de seu desenvolvimento pessoal. Os PCNs (BRASIL, 2000) determinam de forma bem objetiva o papel da avaliação para o professor, aluno e escola, o que cada um terá que determinar de ações após os resultados. Toma-se a avaliação em todas as dimensões, durante todo o processo de construção do ensino-aprendizagem. c) A avaliação no ensino fundamental respeita a individualidade do aluno? Justifique. De acordo com sete dos professores entrevistados, a resposta foi negativa, na qual cada caso é um caso e que esse fato necessitaria ser visto e respeitado. Três dos entrevistados disseram que quem não respeita também não cobra. E inclusive que os alunos que mais reclamam são aqueles que não conseguem aprender, devendo-se verificar porque não conseguem e tratar o problema. Um dos entrevistados afirmou que é importante que se proceda o registro da avaliação das atividades realizadas no decorrer das aulas, de forma a possibilitar o acompanhamento do desempenho dos estudantes e a realimentação desse processo. Esse registro pode ser efetivado por meio de portfólio. Nove reforçaram também nos seus comentários a mesma importância: registros devem fazer parte dos demais instrumentos de avaliação. Alguns dos entrevistados reforçam a necessidade de que cada caso é um caso, cada aluno é um aluno, mas que na prática isso não acontece. A avaliação na sua ação estaria longe de ver a individualidade de cada aluno. Mas para que isso aconteça é necessária uma proposta de avaliação na qual todos se avaliam: aluno, professor e escola num todo, em uma dinâmica para o diálogo. Both (2008, p. 32) acrescenta que: a aproximação e a harmonia entre professor e aluno ainda facilitam o necessário diálogo que convém ao aluno estabelecer com o conhecimento. O diálogo entre mestre e aluno permite esclarecer valores imanentes ao conhecimento, com vistas ao encaminhamento de uma melhor qualidade de vida, que potencialize a dignidade do ser humano. Também alguns professores chamam a atenção para os registros, apresentando a utilização do portfólio. Portfólio pode ser definido como um continente de diferentes tipos de registros, como ficha individual, pasta contendo atividades pontuais e outros. A finalidade do portfólio é a organização do registro dos trabalhos do aluno na escola durante todo o ano (nos cursos anuais) ou semestre (para os cursos semestrais). Esta forma de documentação permite ao aluno valorizar sua produção e notar seu progresso, além de constituir-se num subsídio importante para tomadas de decisões na escola no sentido de melhora da qualidade de ensino. Both (2008, p.79) comenta sobre o portfólio: trata-se de um instrumento de fácil emprego, ainda que exija significativo empenho por parte de quem dele se utiliza, por se valer de variados componentes que necessitam ser levados em conta no apontamento do nível de desempenho de quem está sendo avaliado. Para que o portfólio realmente possa ajudar no desempenho escolar e no rumo a ser tomado pela escola, no processo ensino-aprendizagem, é preciso que: a) Tenha relação com o projeto desenvolvido pela escola; 1269

1270 b) Que reúna diversas atividades que são relevantes para o aluno; c) Que o aluno tenha conhecimento de qual é o objetivo desse trabalho; d) Tenha avaliação do aluno nesse processo; e) Que possa ser usado para o aluno fazer a sua autoavaliação, e a avaliação do grupo, professores e escola; f) Que permita que o professor perceba o caminhar do seu planejamento; g) A escola e comunidade possam fazer parte desse processo, no sentindo de tomar as decisões necessárias, para que ocorra um avanço efetivo do ensino-aprendizagem. Both (2008, p. 80) afirma que o portfólio oferece vários benefícios como: a) Avaliação somativa do desempenho docente; b)avaliação formativa das atividades do professor, possibilitando a auto-análise e o aperfeiçoamento de seu desempenho; c) Possibilidade de o docente refletir sobre suas decisões instrumentais e a divulgação do trabalho realizado com os alunos. Considerações Finais Num contexto de mudanças e reformas, é preciso mudar a postura diante das evoluções. Compreender e acompanhar o comportamento do nicho social globalizado de natureza complexa dessa sociedade do conhecimento é o desafio nos mais variados planos da produção humana. No que diz respeito ao preparo e atuação dos professores e pesquisadores da área da educação, enfatiza-se a necessidade de se rever e reverter práticas que os tornam subordinados a métodos ultrapassados. Então dentro do processo avaliativo e paradigmático, não podemos ter um olhar para apenas o que o aluno sabe em uma determinada disciplina, mas para a visão de vida, de mundo, em um âmbito sistêmico e holístico. A avaliação não pode ser somente utilizada como forma de recompensa e ameaça. A escola deve enfatizar o processo de aprendizagem e não a pontuação que o aluno atinge. Com este trabalho conseguimos fazer uma reflexão sobre avaliação e desempenho na escola chamando a atenção para o fato de que aluno, professor e escola precisam ser avaliados. Tendo a avaliação como foco principal e, através dos resultados, todos puderam se autoavaliar e criar ou recriar propostas pedagógicas que alcancem realmente os objetivos determinados pela proposta pedagógica da escola. Bibliografia ANDRÉ, Marli Eliza D. Afonso de; PASSOS, Laurezete F. Avaliação escolar desafios e perspectivas. In: CASTRO, Amélia Domingues de; CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (Org.). Ensinar a ensinar: Didática para a escola fundamental e média. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. p 178-195. BEHRENS, Marilda Aparecida. Paradigma da complexidade: Metodologia de projetos, contratos didáticos e portfólios. Petrópolis: Vozes, 2006. BOGDAN, R.; Biklen, S.A. Pesquisa qualitativa em educação. Porto: Porto Editora, 1994. BOTH, Ivo José. Avaliação planejada, aprendizagem consentida: é ensinando que se avalia, é avaliando que se ensina. 2. ed. ver. ampl. Curitiba: Ibex, 2008. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 2000. BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 9.394/96 20 de dezembro de 1996. Leis e Diretrizes e 1270

1271 Bases/1996. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 1996, Seção 1, p. 27839. Disponível em: http://www.mec.gov.br/home/legislacao/default. Acesso em: 30/08/2008. CAPRA, Fritjof. A teia da vida. Uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 1997. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro A. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Makron Books, 2002. FERNANDES, Francisco. Dicionário de sinônimos e antônimos da língua portuguesa. 43. ed. Revisão por Celso Pedro Luft. São Paulo: Globo. 2005. LÜCK, H.. Pedagogia interdisciplinar. Fundamentos teórico metodológicos. 10ª ed.. Petrópolis: Vozes, 2002. SILVA, Laine de Andrade e; RAMOS, César; TARCÍSIO FILHO, José. Ética e cidadania. 2. ed. Curitiba: IBPEX, 2004. VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação concepção dialética-libertadora do processo de avaliação escolar. 11. ed. São Paulo: Libertad, 2000. 1271