A seleção das unidades alvo de inspeções ordinárias obedecerá, prioritariamente, aos seguintes critérios:



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Transcrição:

DOCUMENTO COMPLEMENTAR AO PLANO DA IGAMAOT PARA O ANO DE 2014 (RESPEITANTE ÀS ATIVIDADES DA EM CIA), CONFORME O DISPOSTO NA RECOMENDAÇÃO N.º 2001/331/CE, DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO, DE 4 DE ABRIL DE 2001, RELATIVA AOS CRITÉRIOS MÍNIMOS APLICÁVEIS ÀS INSPEÇÕES AMBIENTAIS NOS ESTADOS-MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA Em termos das atividades com incidência ambiental, as inspeções ordinárias compreendem as efetuadas aos setores de atividade económica definidos no Despacho da IGAMAOT nº10/2012, de 1 de setembro, podendo envolver todas as vertentes ambientais ou apenas algumas, designadamente as mais relevantes face ao historial já existente de determinadas unidades. Estão, portanto, englobadas neste tipo, as inspeções completas ou integradas, as inspeções a instalações SEVESO, as inspeções de acompanhamento e ainda as inspeções realizadas no âmbito de campanhas específicas, designadamente ao nível do Controlo de Movimentos Nacionais ou Transfronteiriços de Resíduos, por via terrestre e marítima. No âmbito da sua atividade, a IGAMAOT assegura igualmente a realização de ações de inspeção extraordinárias, em resposta a reclamações, queixas ou denúncias relacionadas com o ambiente, pedidos institucionais, inspeções para verificação do cumprimento de mandados, inspeções na sequência de incidentes/acidentes, inspeções na sequência de inquéritos delegados pelo Ministério Público, bem como, ainda, inspeções, inquéritos, auditorias e processos de naturezas várias, todos determinados pela tutela. Para o ano de 2014 propõe-se a realização de 500 ações de inspeção. A seleção das unidades alvo de inspeções ordinárias obedecerá, prioritariamente, aos seguintes critérios: a) Unidades abrangidas pelo âmbito de aplicação do Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, que estabelece o regime de emissões industriais aplicável à prevenção e ao controlo integrados da poluição (PCIP), transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2010/75/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010. No caso destas unidades, a seleção é efetuada com base nos resultados obtidos a partir da base de dados de risco Modelo de Análise para a Gestão do Risco RISK ; Rua do Século, nº 51 1200 433 Lisboa - Telf.: (351) 21 3215500 Fax:: (351) 21 3215562 1

b) Unidades abrangidas pelo âmbito de aplicação do Decreto-Lei nº 151-B/2013, de 31 de outubro, relativo ao regime jurídico da avaliação de impacte ambiental (AIA) dos projetos públicos e privados suscetíveis de produzirem efeitos significativos no ambiente, transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2011/92/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de dezembro de 2011, relativa à avaliação dos efeitos de determinados projetos públicos e privados no ambiente; c) Unidades abrangidas pelo âmbito de aplicação do Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de julho, que estabelece o regime de prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas e de limitação das suas consequências para o homem e o ambiente, transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2003/105/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de dezembro, que altera a Diretiva n.º 96/82/CE, do Conselho, de 9 de dezembro, relativa ao controlo dos perigos associados a acidentes graves que envolvam substâncias perigosas (SEVESO); d) Unidades abrangidas pelo âmbito de aplicação do Decreto-Lei n.º 293/2009, de 13 de outubro, que assegura a execução na ordem jurídica interna das obrigações decorrentes do Regulamento (CE) n.º 1907/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de dezembro, relativo ao registo, avaliação, autorização e restrição dos produtos químicos (REACH) e que cria a Agência Europeia dos Produtos Químicos. No caso destas unidades, e sempre que aplicável, a seleção é preferencialmente efetuada com base nos resultados obtidos a partir da base de dados existente para o REACH; e) Operações de gestão de resíduos, nomeadamente as previstas no Decreto-Lei n.º 183/2009, de 10 de agosto, o qual transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 1999/31/CE, do Conselho, de 26 de Abril (relativa à deposição de resíduos em aterros) e no Decreto-Lei n.º 3/2004, de 3 de janeiro, o qual consagra o regime jurídico do licenciamento da instalação e da exploração dos centros integrados de recuperação, valorização e eliminação de resíduos perigosos; f) Unidades abrangidas pelo capítulo IV do Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, o qual se aplica a todas as instalações de incineração ou coincineração de resíduos que incineram ou coincineram resíduos sólidos ou líquidos; g) Unidades abrangidas pelo Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de setembro com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de Junho (o qual estabelece o regime geral aplicável à prevenção, produção e gestão de resíduos, transpondo para a ordem jurídica Rua do Século, nº 51 1200 433 Lisboa - Telf.: (351) 21 3215500 Fax:: (351) 21 3215562 2

interna a Diretiva n.º 2008/98/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de novembro), com exceção das unidades licenciadas ao abrigo do regime simplificado. No âmbito desta atuação pretende-se continuar a desenvolver uma estratégia de intervenção, tendencialmente utilizada a nível dos parceiros IMPEL, designada como inteligence led audits, em alternativa às inspeções conhecidas como snapshot inspections, a qual envolve uma abordagem mais aprofundada e detalhada, baseada em conhecimento ou informação - e logo mais eficaz - em detrimento de fiscalizações rápidas e superficiais; h) Decreto-Lei n.º 45/2008, de 11 de março, alterado pelo Decreto-Lei n.º 23/2013, de 15 de fevereiro, relativo aos movimentos transfronteiriços de resíduos, o qual assegura a execução e garante o cumprimento, na ordem jurídica interna, das obrigações decorrentes para o Estado Português do Regulamento (CE) n.º 1013/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de junho, relativo à transferência de resíduos; i) Decreto-Lei n.º 152/97, de 19 de junho, relativo à recolha, tratamento e descarga de águas residuais urbanas no meio aquático, o qual procedeu à transposição para o direito interno da Directiva n.º 91/271/CEE, do Conselho, de 21 de maio de 1991. A seleção das ETAR Urbanas que servem ou têm uma capacidade projetada de tratamento igual ou superior a 10.000 habitantes-equivalente é efetuada com base nos resultados obtidos a partir da bases de dados designada RISK-ETAR. j) Instalações e atividades que utilizam solventes orgânicos, abrangidas pelo capítulo V do Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de Agosto; k) Instalações onde são utilizados os produtos identificados no D.L.181/2006 de 6 de setembro (na sua atual redação), o qual limita o teor de orgânicos voláteis (COV), tendo em vista prevenir ou reduzir a poluição atmosférica devida à formação de ozono troposférico resultante das emissões dos COV, transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2004/42/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de abril; l) Unidades que apresentam problemas específicos e cujo historial requer um acompanhamento sistemático, bem como aquelas que se situem na proximidade de meios recetores ambientalmente degradados; m) Unidades que sistematicamente apresentam desempenhos ambientais insatisfatórios, quer ao nível da gestão ambiental, quer ao nível da conformidade legal com todo o acervo legislativo que direta ou indiretamente tem a ver com o ambiente; Rua do Século, nº 51 1200 433 Lisboa - Telf.: (351) 21 3215500 Fax:: (351) 21 3215562 3

n) Unidades que nunca foram inspecionadas, em relação às quais se privilegiará aquelas em que a potência elétrica contratada é superior a 99 kva ou em que a potência térmica é superior a 12x10 6 kj/h ou em que o número de trabalhadores seja superior a 20. CAMPANHAS DE ENFORCEMENT As campanhas dizem respeito a áreas específicas de atuação desta Inspeção-Geral ou setores de atividade mais problemáticos, com incidência numa ou mais vertentes ambientais. As campanhas são normalmente concentradas num determinado intervalo de tempo e/ou numa determinada região/área, consoante o objetivo que se pretende atingir. Campanha de enforcement do Regulamento nº 1013/2006 relativo aos movimentos transfronteiriços de resíduos As ações a desenvolver em 2014, enquadram-se no Projeto da Rede IMPEL/TFS (http://impeltfs.eu) Enforcement Actions III e visam contribuir para um entendimento comum e um nível consistente de enforcement na Europa através da realização de 3 campanhas de controlo de movimentos transfronteiriços de resíduos em simultâneo nos diferentes Estados Membros durante um período de 3 dias. Nestas campanhas de controlo é verificado o cumprimento do Regulamento (CE) n.º 1013/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de junho de 2006, relativo a transferências de resíduos, que entrou em vigor em 12 de julho de 2007, cuja execução e cumprimento estão previstos no Decreto-Lei n.º 45/2008, de 11 de março. Para atingir o seu objetivo, o projeto Enforcement Actions III envolve: - Realização de inspeções conjuntas em transportes de resíduos, bem como nas origens e destinos dos mesmos; - Intercâmbio de conhecimentos e experiências, melhorando a colaboração entre as diferentes entidades competentes de enforcement a nível europeu, mas também africanas e asiáticas. A nível nacional, esta campanha é efetuada em estreita colaboração com a APA, como Autoridade Competente de Notificação, com o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana (GNR/SEPNA), no controlo das transferências terrestres, e com a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), no controlo das transferências de resíduos via marítima. Rua do Século, nº 51 1200 433 Lisboa - Telf.: (351) 21 3215500 Fax:: (351) 21 3215562 4

Campanha de enforcement REACH-EN-FORCE 3 (Fase II) Esta campanha insere-se no projeto harmonizado e coordenado pelo Fórum REACH, designado como REACH-EN-FORCE 3, o qual teve a sua primeira fase operacional em 2013, tendo o fórum REACH decidido efetuar o seu prolongamento para o ano de 2014, pretendendo-se que nesta 2ª fase operacional se aprofundem as investigações suscitadas no âmbito das inspeções realizadas. Esta 2ª fase do projeto REF-3 incidirá especialmente nas importações para as quais os agentes com obrigações a cumprir no âmbito do REACH não têm qualquer obrigação de registo, devido ao facto de ter sido nomeado um representante único ou de se tratar de uma situação de reimportação (os agentes com obrigações tornam-se utilizadores a jusante-importadores). Pretende-se ainda associar as inspeções efetuadas aos utilizadores a jusante-importadores às correspondentes inspeções de acompanhamento aos representantes únicos, a fim de investigar o cumprimento das obrigações dos agentes do REACH no contexto de um representante único nomeado. Além do objetivo fixado pelo Fórum REACH, de verificar o cumprimento das obrigações de registo do Regulamento REACH por parte dos fabricantes, dos importadores e dos representantes únicos, em estreita colaboração com os serviços alfandegários, a IGAMAOT incluirá na presente campanha a verificação do cumprimento das obrigações de notificação de classificação e rotulagem previstas no artigo 40º do Regulamento 1272/2008 (Regulamento CLP), tal como já tinha efetuado na campanha de 2013, e contemplará adicionalmente, no âmbito da campanha, a verificação do cumprimento do Regulamento n.º 649/2012 (PIC). Analogamente ao efetuado na campanha de 2013, será promovida a articulação e cooperação com a AT e com a ASAE, sendo de realçar a importância dos dados das declarações aduaneiras, quer a nível da seleção dos alvos, quer a nível das investigações que se pretendem realizar. Oficinas e concessionários automóveis (2014 e 2015) Esta campanha será realizada em conjunto com o SEPNA e a PSP e visa verificar o cumprimento da legislação ambiental deste setor, em particular a gestão de resíduos e o regime legal respeitante ao controlo do teor de COV nas tintas e vernizes utilizados na repintura automóvel. Na primeira fase (2014) será efetuada a recolha da informação que permita selecionar o universo adequado a inspecionar no ano subsequente. Ainda na primeira fase serão encetados os contactos com as associações industriais relevantes, visando uma ampla divulgação e sensibilização sobre os requisitos legais aplicáveis. Rua do Século, nº 51 1200 433 Lisboa - Telf.: (351) 21 3215500 Fax:: (351) 21 3215562 5

AVALIAÇÃO E MELHORIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL Com base nos princípios descritos no Guia IMPEL do planeamento das inspeções ambientais Doing the Right Things, apresentam-se, de seguida, para o ano de 2014, os objetivos específicos da área de controlo e inspeção das atividades com incidência ambiental, bem como as respetivas metas. A este respeito importa salientar que o primeiro objetivo específico abaixo descrito corresponde a um objetivo multianual transitado do ano de 2013, cuja conclusão/avaliação final será realizada no final do ano de 2016. Melhorar a integração de empresas e população ao nível ambiental na ZIL de Sines e na zona industrial de Estarreja - objetivo multianual a desenvolver em 4 anos (2013 a 2016) Este objetivo específico envolve a implementação das metodologias IMPEL Sistemas de gestão da conformidade (CMS) e Resolução informal de conflitos através do diálogo com a vizinhança. No ano de 2013 foi efetuada a preparação e recolha da informação e documentação relevante, foi caracterizado o estado atual relativo aos CMS, foi promovida a articulação e concertação das atividades de licenciamento e de enforcement e foi elaborado um plano de ação para a implementação dos projetos IMPEL referidos. Metas associadas: Ano de 2014 Apresentação das metodologias IMPEL às empresas alvo do projeto, para informação e promoção da implementação dos CMS (no sentido de aferir a respetiva disponibilidade e vontade em aderir aos 2 projetos); Desenvolvimento de um modelo de supervisão baseado no sistema de gestão da conformidade (SBS); Envolvimento de outras entidades, tais como a APA (autoridade competente na atribuição do registo EMAS) e os serviços municipais de proteção civil, com o objetivo de divulgar e sensibilizar todas as partes envolvidas para as metodologias propostas; Ano de 2015 Acompanhamento dos trabalhos realizados pelas empresas, identificação dos mecanismos de comunicação externa já adotados pelas empresas, implementação do modelo de supervisão baseado no sistema (SBS) de gestão da conformidade; Ano de 2016 Alcançar uma percentagem de adesão de 50% das empresas a (pelo menos) uma das novas abordagens (uma correspondendo à supervisão dos sistemas de gestão de conformidade implementados nas empresas e a outra correspondendo à resolução informal de conflitos ambientais com a vizinhança através do diálogo) Rua do Século, nº 51 1200 433 Lisboa - Telf.: (351) 21 3215500 Fax:: (351) 21 3215562 6

Indicador de desempenho % de adesão das empresas (dentro do universo selecionado) aos 2 projetos. Avaliar e melhorar o cumprimento da legislação das empresas do setor do tratamento de superfície de metais ou matérias plásticas que utilizem um processo eletrolítico ou químico e que sejam abrangidas pelo regime de emissões industriais aplicável à prevenção e ao controlo integrados da poluição (PCIP) e/ou pelo regime da prevenção dos acidentes industriais graves (SEVESO) objetivo multianual (2014 a 2016 3 anos). A Diretiva 2010/75/EU, de 24 de novembro de 2010, transposta para o direito nacional através do D.L. 127/2013 de 30 de agosto, reforça a importância das BREF ("Best Available Technologies (BAT) REFerence documents"), assumindo a aplicação dos valores limite de emissão associados (VEA s) uma importância central. A BREF existente designada por Reference Document on Best Available Techniques for the Surface Treatment of Metals and Plastics (BREF STM) aplica-se em especial a operadores abrangidos pelo regime legal em causa, que exercem atividade em setores tão diferenciados como o da manutenção de equipamento aeronáutico, o fabrico e tratamento de materiais para a construção civil, a indústria automóvel (entre outros) e cuja atividade apresenta um elevado potencial de impacte para o ambiente e saúde humana, persistindo a existência de situações de concorrência desleal por incumprimento da legislação ambiental em vigor ou ausência de licenciamento da atividade. No âmbito deste objetivo específico, pretende-se aprofundar o conhecimento técnico neste tipo de atividade, construir uma ferramenta estruturada de divulgação de informação setorial, apontando tendências e indicadores de desempenho do setor, melhorar o desempenho ambiental dos operadores económicos em causa e incrementar a conformidade legal com os requisitos ambientais aplicáveis, assumindo especial importância a conformidade com a diretiva das emissões industriais. Metas associadas: Ano de 2014 Com base na análise das melhores técnicas disponíveis previstas na BREF STM e nos critérios de abrangência da SEVESO, construção de ferramentas de apoio à realização das inspeções, listas de verificação, determinação do impacte económico da aplicação dos valores de emissão associados (VEA) aos operadores, definição de indicadores de desempenho ambiental, definição do universo de operadores a inspecionar e estabelecimento de uma estratégia de comunicação e de intervenção; Rua do Século, nº 51 1200 433 Lisboa - Telf.: (351) 21 3215500 Fax:: (351) 21 3215562 7

Ano de 2015 Realização de inspeções ao universo definido no ano anterior, com a aplicação das ferramentas previamente desenvolvidas e considerando o estabelecimento da meta quantificada de melhoria a alcançar no ano de 2016; Ano de 2016 Melhorar o desempenho ambiental das unidades inspecionadas em 2015 através da redução, na percentagem definida em 2015, das inconformidades ambientais detetadas nas inspeções realizadas nesse ano, com elaboração de um relatório final. Indicador de desempenho % de redução das inconformidades ambientais verificadas em 2015 Avaliar e melhorar o cumprimento da legislação e o desempenho ambiental das unidades de valorização ou de eliminação de subprodutos animais - objetivo multianual (2014 a 2016 3 anos). Os subprodutos animais não destinados ao consumo humano são uma fonte potencial de riscos para a saúde pública e animal, e para o ambiente. Entende-se por subprodutos animais os cadáveres inteiros ou partes de animais, ou produtos de origem animal, não destinados ao consumo humano. Estes encontram-se classificados em três categorias, com níveis de risco decrescentes. As matérias incluídas em cada categoria de subprodutos animais estão descritas no Regulamento (CE) n.º 1774/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de outubro (que foi revogado pelo Regulamento (CE) n.º 1069/2009, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de outubro), transposto para a legislação nacional através do DL n.º 244/2003, de 7 de outubro (com as alterações introduzidas pelo DL n.º 122/2006, pelo DL n.º 19/2011, e pelo DL n.º 38/2012). As instalações que se dedicam à incineração e co-incineração de subprodutos de origem animal estão contempladas no capítulo IV do DL n.º 127/2013, de 30 de agosto, estando sujeitas a licenciamento pela APA (aplicando-se subsidiariamente o disposto no capítulo III do DL n.º 178/2006, de 5 de setembro, na redação conferida pelo DL n.º 73/2011, de 17 de junho), e devendo cumprir os VLE que constam no Anexo VI, parte 4 do DL n.º 127/2013. Com o presente objetivo específico pretende-se efetuar um diagnóstico da situação de cumprimento da legislação e avaliar o desempenho ambiental das unidades de valorização ou de eliminação de subprodutos animais, em especial das que se encontrarem abrangidas pelo regime de emissões industriais aplicável à prevenção e ao controlo integrados da poluição (PCIP), visando atuar sobre as mesmas, no sentido de promover uma melhoria da respetiva conformidade legal. Rua do Século, nº 51 1200 433 Lisboa - Telf.: (351) 21 3215500 Fax:: (351) 21 3215562 8

Metas associadas: Ano de 2014 Avaliação do cumprimento da legislação e do desempenho ambiental das unidades industriais que valorizam ou eliminam subprodutos animais, para caracterização da situação de referência, estabelecimento de um plano de ação que englobe a realização de inspeções, no ano de 2014, das instalações de eliminação ou valorização de carcaças ou resíduos de animais abrangidas pelo regime de emissões industriais aplicável à prevenção e ao controlo integrados da poluição (PCIP), bem como a definição do universo a inspecionar no ano de 2015 e o estabelecimento de uma estratégia de intervenção que permita alcançar uma meta a definir no final do ano de 2014. Ano de 2015 Continuação da realização de inspeções ao universo de operadores definido no ano anterior, com a aplicação das medidas consideradas necessárias para se alcançar a meta de melhoria definida no ano de 2014 para este setor de atividade; Ano de 2016 Melhorar o desempenho ambiental das unidades inspecionadas em 2014 e 2015 através da redução, na percentagem definida em 2014, das inconformidades ambientais detetadas nas inspeções realizadas no período de tempo referido, com elaboração de um relatório final. Indicador de desempenho % de redução das inconformidades ambientais verificadas em 2014 e 2015 Melhorar a implementação das medidas de gestão do risco previstas nos cenários de exposição das fichas de dados de segurança alargadas objetivo multianual (2014 a 2016 3 anos) O Regulamento REACH tem por objetivo assegurar um elevado nível de proteção da saúde humana e do ambiente, baseando-se no princípio de que cabe aos fabricantes, aos importadores e aos utilizadores a jusante garantir que as substâncias que fabricam, colocam no mercado ou utilizam não afetam negativamente a saúde humana nem o ambiente. Este Regulamento determina, salvo exceções previstas no mesmo, que todas as substâncias estremes, contidas em misturas ou contidas em artigos -, quando fabricadas ou importadas em quantidades iguais ou superiores a 1 tonelada por ano sejam sujeitas a registo. Além disso, sempre que as substâncias sujeitas a registo sejam produzidas ou importadas em quantidades iguais ou superiores a 10 toneladas por ano por registante, deve realizar-se uma avaliação de segurança química e completar-se um relatório de segurança química relativamente às mesmas. O relatório de segurança química deve documentar a avaliação de segurança química e esta deve incluir, entre outras, as seguintes etapas: avaliação do perigo para a saúde humana e avaliação do perigo para o ambiente. Caso se conclua que a substância em causa preenche determinados critérios de perigosidade de acordo com o Rua do Século, nº 51 1200 433 Lisboa - Telf.: (351) 21 3215500 Fax:: (351) 21 3215562 9

estabelecido no Regulamento CRE 1 relativo à classificação, rotulagem e embalagem de substâncias e misturas, deverão ser efetuadas, adicionalmente, uma avaliação da exposição, incluindo a definição de cenários de exposição e uma estimativa da exposição, e uma caracterização dos riscos, que devem referir-se a todas a utilizações identificadas pelo registante. Estas informações deverão ser posteriormente transmitidas ao longo da cadeia de abastecimento das substâncias em apreço, nomeadamente através da elaboração de Fichas de Dados de Segurança (FDS) e através da inclusão em anexo às FDS dos cenários de exposição FDS alargada -, por forma a que os vários intervenientes na cadeia de abastecimento possam munir-se de informação adequada à gestão do risco da substância. Note-se que a apreciação da informação constante nas FDS (e FDS alargadas) é competência das autoridades de fiscalização de cada Estado Membro, nomeadamente da IGAMAOT. Por outro lado, para que o Regulamento REACH possa ver concretizado um dos seus objetivos centrais, que se prende com o assegurar um elevado nível de proteção da saúde humana, levanta-se a questão da proteção dos trabalhadores contra os riscos para a segurança e saúde devido à exposição a agentes químicos, cujo regime jurídico está previsto na Diretiva dos Agentes Químicos (CAD) 2, a qual foi transposta para o direito interno pelo Decreto-Lei n.º 24/2012, de 6 de fevereiro, que consolida as prescrições mínima em matéria de proteção dos trabalhadores contra os riscos para a segurança e a saúde devido à exposição a agentes químicos no trabalho, cuja fiscalização é da competência da ACT Autoridade para as Condições do Trabalho. Atendendo à complementaridade existente entre o REACH e a CAD, considera-se importante a criação de sinergias e de partilha de conhecimentos e de informações em matéria de substâncias químicas entre a IGAMAOT e ACT. Com o presente objetivo específico, pretende-se promover a capacitação técnica da IGAMAOT para o controlo da implementação das medidas de gestão do risco por parte dos operadores no que diz respeito aos cenários de exposição das fichas de dados de segurança dos produtos químicos utilizados e desenvolver mecanismos de colaboração, de sinergias e de partilha de informação com a ACT, enquanto autoridade inspetiva no domínio da segurança e saúde no trabalho. No âmbito desta capacitação técnica serão desenvolvidas ferramentas e conhecimentos adequados à realização de ações de controlo no que concerne à implementação de medidas de gestão e minimização de riscos previstas em cenários de exposição e serão construídas metodologias de verificação do conteúdo de algumas das secções das FDS. O presente trabalho terá em consideração os documentos de melhores práticas para as inspeções REACH e CLP desenvolvidos pelo Fórum REACH, tais como os critérios mínimos para inspeções REACH adoptados pelo Forum em Dezembro de 2009, Minimum Criteria for REACH Inspections December 2009 e as estratégias de controlo 1 Regulamento (CE) n.º 1272/2008, 2 Directiva n.º 98/24/CE, do Conselho, de 7 de abril de 1998, e subsequentes alterações. Rua do Século, nº 51 1200 433 Lisboa - Telf.: (351) 21 3215500 Fax:: (351) 21 3215562 10

do cumprimento dos Regulamentos REACH e CLP, adotados pelo Fórum em março de 2011, Stategies for enforcement of Regulation (EC) n.º 1907/2006 concerning the Registration, Evaluation, Authorisation and Restriction of Chemicals (REACH) and of Regulation (EC) n.º 1272/2008 on the classification, labelling and packaging of substances in mixtures (CLP). Metas associadas: Ano de 2014 - Definição do âmbito e competências; definição do grupo/universo alvo, análise do respetivo grau de cumprimento da legislação em causa (Regulamento REACH) e apuramento dos fatores que o influenciam (definição da situação de referência), articulação com as outras autoridades competentes, definição de necessidades de formação e desenvolvimento de ferramentas de trabalho, estabelecimento dos aspetos legais/técnicos a verificar e/ou alvos (análise de risco) e a fixação da meta final a alcançar no final do projeto; Ano de 2015 Controlo do cumprimento (enforcement) das medidas de gestão de riscos previstas em cenários de exposição, através da realização de inspeções ao universo estabelecido no ano anterior, considerando a utilização de indicadores e a tomada das medidas consideradas necessárias por parte da IGAMAOT; Ano de 2016 Avaliação das medidas tomadas pela IGAMAOT no âmbito das ações de controlo executadas no ano anterior, incluindo a realização de eventuais ações de acompanhamento, e avaliação do cumprimento da meta estabelecida no ano de 2014, com elaboração de um relatório final. Indicador de desempenho % de redução das inconformidades ambientais verificadas em 2014 e 2015 FORMAÇÃO/FISCALIZAÇÃO COM AUTORIDADES POLICIAIS No âmbito do protocolo de cooperação estabelecido entre a IGAMAOT e a Direção Nacional da PSP, interessa continuar a promover a operacionalização do mesmo, através da realização de ações de formação e fiscalização conjuntas. DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE ANÁLISE DE RISCO Um dos aspetos fundamentais da Recomendação Europeia para os Critérios Mínimos das Inspeções Ambientais (Recomendação n.º 2001/331/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de abril de Rua do Século, nº 51 1200 433 Lisboa - Telf.: (351) 21 3215500 Fax:: (351) 21 3215562 11

2001) é o estabelecimento de prioridades no planeamento das inspeções ambientais, sendo uma parte essencial deste processo a avaliação do risco que as atividades humanas podem ter ao nível do impacto no ambiente e na saúde humana. É com base nos resultados de uma análise de riscos sistemática que a frequência das ações de inspeção deverá ser fixada. Após o desenvolvimento, no ano de 2013, dos critérios de avaliação de risco para as unidades abrangidas pela Diretiva SEVESO II, para as ETAR Urbanas e para os operadores de gestão de resíduos que atuem no fluxo dos resíduos elétricos e eletrónicos (REEE), importa dar continuidade a esses trabalhos, nomeadamente através da respetiva implementação (recolha e inserção de dados). Por outro lado, tendo sido transposta para o direito nacional a Diretiva das Emissões Industriais através da publicação do D.L nº 127/2013, de 30 de agosto, o qual introduz requisitos específicos para a IGAMAOT, no que diz respeito ao planeamento das inspeções, torna-se necessário fazer a revisão do sistema de análise de risco existente para o planeamento das inspeções abrangidas por este regime legal, de forma a contemplar a obrigação referente à necessidade de realizar uma ação de inspeção complementar no prazo máximo de 6 meses após ter sido detetado um não cumprimento grave das condições de licenciamento. Este projeto de revisão deverá ainda contemplar a reconversão do sistema de análise de risco em apreço à metodologia desenvolvida pela rede IMPEL para o efeito (IRAM Integrated Risk Assessment Method ). Encontrando-se a Comissão a consultar os Estados Membros sobre as alterações a implementar no Regulamento (CE) n.º 1013/2006 (MTR), as quais vão introduzir obrigações adicionais para as autoridades de inspeção, nomeadamente no que diz respeito ao facto do planeamento ter de ser baseado num sistema de análise de risco, será desenvolvido em 2014 um projeto que permita a definição dos critérios de avaliação de risco para o planeamento das inspeções aos movimentos transfronteiriços de resíduos.. Rua do Século, nº 51 1200 433 Lisboa - Telf.: (351) 21 3215500 Fax:: (351) 21 3215562 12