PAUTAS NEGOCIADORAS DA RED
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1 MERCOSUL/GMC/RES. Nº 39/00 PAUTAS NEGOCIADORAS DA RED TENDO EM VISTA: o Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto e a Resolução Nº 76/98 do Grupo Mercado Comum e a Recomendação N 1/00 da RED. CONSIDERANDO: A importância de acordar entre os Estados Partes programas comuns e atividades de cooperação, capacitação e de intercâmbio de informação em matéria de drogas, a prevenção de seu uso indevido e o tratamento e reabilitação de dependentes de drogas. Que se devem continuar os trabalhos que aprofundem os esquemas de integração do MERCOSUL e o aperfeiçoamento da União Aduaneira e a conclusão dos objetivos do Tratado de Assunção. O GRUPO MERCADO COMUM RESOLVE: Art. 1- Aprovar as Pautas Negociadoras da RED, que constam como Anexo e fazem parte da presente Resolução. XXXVIII GMC, - Buenos Aires 28/VI/00
2 PAUTAS NEGOCIADORAS DA RED REUNIÃO ESPECIALIZADA DE AUTORIDADES DE APLICAÇÃO EM MATÉRIA DE DROGAS, PREVENÇÃO DE SEU USO INDEVIDO E REABILITAÇÃO DE DEPENDENTES DE DROGAS DO MERCOSUL I. DESCRIÇÃO DOS OBJETIVOS GERAIS DA REUNIÃO ESPECIALIZADA A conveniência de estabelecer no MERCOSUL um foro para considerar os aspectos vinculados ao Problema Mundial das Drogas, incluindo especialmente a prevenção do uso indevido das drogas, o tratamento e a reabilitação de dependentes de drogas. A importância de acordar entre os Estados Partes programas comuns e atividades de cooperação, capacitação e de intercâmbio de informação em matéria de tráfico lícito de drogas, a prevenção de uso indevido e o tratamento e reabilitação de dependentes de droga. A possibilidade de considerar a criação de um mecanismo de coordenação entre os mais altos organismos específicos de cada um dos Estados Partes, destinado ao intercâmbio de informação, capacitação técnica e assistência na planificação e execução de programas a respeito dos diversos aspectos do Problema Mundial das Drogas. II. IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS PROGRAMÁTICAS 1. COMISSÃO TÉCNICA SOBRE TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS E FISCALIZAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS CONTROLADAS. Impulsionar e coordenar os processos de intercâmbio de informação específica sobre o tráfico ilícito de drogas e seus delitos conexos entre os Estados Partes. Propor as listas de substâncias químicas que estarão sob controle das autoridades de cada Estado Parte. Contribuir através do assessoramento, cooperação e coordenação, ao desenho e desenvolvimento de planos e programas conjuntos, destinados à realização de operações simultâneas ou programadas contra o Tráfico Ilícito de Drogas (T.I.D.), especialmente, nas zonas de fronteira. Possibilitar um adequado intercâmbio de experiências e tecnologias em matéria de luta contra o tráfico ilícito (T.I.D.) e de fiscalização de substâncias químicas controladas. Promover ações necessárias para o desenvolvimento de programas de investigação e capacitação específica de forma conjunta entre os Estados Partes. Efetuar um seguimento e avaliação permanente das ações que se desenvolvem conjuntamente, com a finalidade de proporcionar as medidas que se estimem oportunas para alcançar a maior eficiência nos resultados.
3 Faculdades: Assessorar, assistir e cooperar com as entidades criadas dentro do marco do MERCOSUL, em matéria de luta contra o tráfico ilícito de drogas, seus delitos conexos e fiscalização de produtos químicos. Efetuar recomendações para o desenvolvimento e aplicação de estratégias conjuntas e coordenadas, destinadas a possibilitar a redução e o controle da oferta ilícita de estupefacientes e substâncias psicotrópicas. Propor aos Governos as ações conjuntas que puderem ser desenvolvidas em matéria de controle de precursores e substâncias químicas essenciais e a luta contra o tráfico ilícito de drogas. Propor modelos de formulários de importação, exportação e prazos de validade, como também, de notificações prévias. 2. COMISSÃO TÉCNICA SOBRE LAVAGEM DE DINHEIRO PROVENIENTE DO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS E DELITOS CONEXOS Faculdades Efetuar recomendações aos Estados Partes para o desenvolvimento e aplicação de estratégias conjuntas e coordenadas destinadas à prevenção e repressão da Lavagem de Dinheiro Proveniente do Tráfico Ilícito de Drogas e delitos conexos. Assessorar e prover assistência técnica em matéria de prevenção e repressão da Lavagem de Dinheiro Proveniente do Tráfico Ilícito de Drogas e delitos conexos àquelas entidades criadas no marco institucional do MERCOSUL que a requerem. Objetivos Promover e desenvolver os instrumentos necessários para estabelecer uma estreita cooperação e assistência mútua entre os Estados Partes na área da prevenção e repressão da Lavagem de Dinheiro proveniente do Tráfico Ilícitos de Drogas e delitos conexos. Impulsionar a realização de programas de capacitação na área da prevenção e r repressão da Lavagem de Dinheiro proveniente do Tráfico Ilícito de Drogas e delitos conexos, dirigidos a entidades de supervisão, como também a entidades financeiras públicas e privadas dos Estados Partes. Promover um intercâmbio fluido entre os Estados Partes, no sentido à harmonização de suas respectivas legislações e políticas na área da prevenção e repreesão da Lavagem de Dinheiro. Coordenar ações de cooperação conjuntas com organismos e instituições internacionais, dedicadas à questão da prevenção e ao controle da Lavagem de Dinheiro.
4 Promover a criação de um Convênio de Cooperação e Complementação sobre prevenção e repreesão da Lavagem de Dinheiro proveniente do tráfico ilícito de drogas e delitos conexos, orientado à criação de sistemas de intercâmbio de informação, à análise regular de técnicas de lavagem de dinheiro e de tipologias, para a harmonização de políticas e legislações dos Estados Partes, e à formulação de recomendações aos governos sobre a matéria. 3. COMISSÃO TÉCNICA SOBRE REDUÇÃO DA DEMANDA Conciliar as políticas públicas ativas dos membros da organização regional em relação à prevenção primária e à assistencial, do uso indevido de drogas e suas conseqüências. Ativar a coordenação e complementação nos aspectos legislativos que requerem uma adequação permanente frente as mudanças aceleradas que se produzem nas atividades ilegais. Melhorar a eficiência na aplicação dos recursos orçamentários de cada país, especialmente dando participação à sociedade civil, na gestão e aplicação das políticas públicas. Propor a realização de atividades que tendem à unificação e/ou a complementação de metodologias nas áreas da prevenção primária, assistência às conseqüências dos vícios e enfrentamento às atividades ilegais, tanto nos níveis de abordagem, progresso, avaliação e seguimento das mesmas. Considerar, ante a falta de mecanismos adequados de comparação dos resultados dos diferentes programas de prevenção e assistência de vícios aplicados aos países da região, a necessidade de estabelecer critérios comuns que possibilitem as seguintes ações no âmbito dos países do MERCOSUL. Procurar unificar os critérios de investigação epidemiológica que permitam uma adequada formulação dos diferentes projetos de Prevenção e Assistência, assim como das pautas de avaliação dos referidos projetos. Faculdades: Área Prevenção - Desenvolver: Modelos comparativos de trabalho em escolas, associações de bairros, municípios e estados, associações da sociedade civil. Programas especiais para grupos com alta vulnerabilidade: de acordo com a realidade regional e os princípios internacionais que regem na matéria. Programas de Investigações comparadas entre os diferentes países em colaboração com as áreas de investigação das universidades.
5 Adequar os respectivos Planos Federais ou Nacionais para a realização de ações concretas em áreas prioritárias. Área Assistencial: - Elaborar: Critérios comuns para propostas de tratamento, sua avaliação e seguimento pós-tratamento. Critérios comuns para a realização de auditorias institucionais. Modelos de avaliação e seguimento dos tratamentos institucionais. Continuar com os Programas de Capacitação de Profissionais da Saúde com estágios e intercâmbio de bolsistas. Centro de Informação e Tratamento de Dados Estimular nos diferentes países da região a unificação dos centros de informação utilizando os avanços tecnológicos atuais e manter contatos permanentes entre os mesmos. 4. COMISSÃO TÉCNICA SOBRE HARMONIZAÇÃO LEGISLATIVA Constituir um foro para o estudo das estruturas legislativas vigentes relacionadas com a temática das drogas dos Estados Partes. Avançar na harmonização das legislações antidrogas e delitos conexos dos Estados Partes, através do estabelecimento de bases legislativas que surjam das propostas das Comissões Técnicas das diferentes áreas programáticas da RED. Faculdades: Propor aos Estados Partes incorporar as modificações essenciais em suas próprias legislações, necessárias para a harmonização legislativa nos aspectos relacionados com a Redução da Demanda e o Controle da Oferta com base nos acordos alcançados pelas Comissões Técnicas das diferentes áreas programáticas da RED. Assessorar, assistir e cooperar com os Estados Partes para a elaboração de uma base legal comum.
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