Patologia Afectiva Pós-parto em. Mulheres Angolanas

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Transcrição:

VIII Curso de Mestrado em Psiquiatria e Saúde Mental Patologia Afectiva Pós-parto em Mulheres Angolanas Nascimento Zage Carifete Porto, 2009

NASCIMENTO ZAGE CARIFETE Patologia Afectiva Pós-parto em Mulheres Angolanas Dissertação apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade do Porto para obtenção do Grau de Mestre em Psiquiatria e Saúde Mental Orientador Prof. Doutor Manuel Fernandez Esteves Porto, 2009

Quando na caminhada pela vida te deparares com um gigante, pare e observe a posição do sol, pois o que vês, poderá ser a sombra de um anão (conto Angolano)

Agradecimentos Para a consecução da presente dissertação concorreram várias pessoas com seu apoio material e psicológico, sem as quais não teria sido possível a sua concretização. Apresentámos os nossos especiais agradecimentos: Ao Prof. Doutor Manuel F. Esteves, pela sábia orientação e apoio, sempre paciente e estimulante para a concretização deste objectivo. Ao Prof. Doutor António Pacheco Palha, pelo incessante incentivo e o seu grande desejo de ver melhorar a psiquiatria e a Saúde Mental nos PALOP s em que me insiro. À Drª Natália de Espírito Santo, pelo incentivo e todo o tipo de apoio por si dispensado. À Direcção Clínica da Maternidade Lucrécia Paím em Luanda, na pessoa do seu Director Dr. António Bengui, pelo apoio prestado. À minha querida esposa Felismina António e aos meus filhos pela compreensão, nas frequentes ausências de casa e pela colaboração prestada. À minha estimada mãe e meus irmãos, com muito amor. Ao Domingos Faustino, Zacarias André, Miguel Francisco, Adelino Onofre, Margarida J. Trindade, Luísa Assis, Vanessa Gomes Costa, Mª Cristina S. Correia e todos os que de alguma forma nos apoiaram e motivaram, o nosso MAIOR APREÇO

Resumo A patologia afectiva no puerpério em geral e a depressão pós-parto em particular, atinge um número considerável de mulheres num período crítico de suas vidas com importantes repercussões sobre a sua saúde e equilíbrio, sobre a sua relação conjugal e sobre o bemestar do recém-nascido. Embora, internacionalmente, a sua prevalência seja estimada em 10-15% das mulheres, entre a quarta e a oitava semana após o parto, este tipo de dados não estão disponíveis para Angola, país em que alguns factores culturais próprios poderão influenciar o seu aparecimento ou curso. No sentido de averiguar esta realidade decidimos estudar uma amostra de mulheres angolanas, no período do puerpério, através da aplicação de escalas de Edinburgh Postnatal Depression Scale (Cox et al., 1987; Santos et al., 1998) e Escala de Mania de Young (modificada) (Young et al., 1978; Vilela e Loureiro, 2000), que nos permitissem identificar os casos em que ocorria aquele tipo de patologia. Obtivemos uma prevalência de 15% de casos de depressão pós-parto nesta amostra. As mulheres assim identificadas apresentavam uma maior percentagem de antecedentes pessoais de depressão, bem como um maior número de episódios depressivos ao longo de suas vidas. Sendo ainda evidente a presença de critérios de risco, já identificados por outros autores. Foi ainda notada, a ocorrência frequente de gravidezes em adolescentes, de gravidezes não desejadas e de complicações obstétricas, fazendo pensar na necessidade de alargamento da intervenção em planeamento familiar e de cuidados obstétricos por todo o País.

Abstract Mental disorders associated with child birth in general and particularly post-partum depression afflicts a significant number of women in a critical period of their lives, jeopardizing their health, marital relation and the still-born well being. Although, its prevalence is considered to be 10-15% in women, in the forth to the eighth week after delivery, this data is not available in Angola, where some intrinsic cultural factors may influence its onset and course. To investigate this subject, we collected a sample of puerperal Angola women which we studied using the Edinburgh Post-natal Depression Scale (Cox et al., 1987; Santos et al., 1998) and Young Maniac Scale (modified) (Young et al., 1978; Vilela e Loureiro, 2000). A prevalence of 15% for post-partum depression was obtained in this sample. Depressed women presented a larger percentage and a greater number of life-long depressive episodes, and more risk criteria, as identified by other authors. Frequent occurrence of adolescent pregnancy, as well as, non planned pregnancies and obstetric complications, suggest the need of widening family planning intervention and obstetric case, through all the country.

Índice Pag.. Agradecimentos. Resumo/Abstract Parte I - Patologia afectiva pós-parto 1 1. Introdução 2 2. Aspectos históricos da doença mental no puerpério 4 3. Perturbações psiquiátricas do puerpério 6 3.1 Tristeza materna (blues pós-parto) 6 3.2 Depressão pós-parto 6 3.2.1 Quadro clínico 9 3.3. Psicose pós-parto 11 4. A depressão pós-parto e a criança 14 4.1 Patologia psiquiátrica pós-parto e a interacção mãe-filho 14 4.2. Impacto da depressão na criança 16 5. A depressão pós-parto no homem 19 6. A depressão pós-parto em contexto cultural 20 7. A realidade angolana 24 7.1 Situação geográfica 24 7.2 População 24 7.3 Situação económica 26 7.4 Cobertura sanitária 29 7.4.1 Cuidados obstétricos 31 7.4.2 A situação da criança em Angola 32 8. A prevalência da depressão pós-pato em Portugal 35 9. Variáveis associados à ocorrência de depressão pós-parto 37 9.1 Variáveis psicossociais 39 9.2 Variáveis obstétricas e ginecológicas 46 9.3 Factores hormonais 48 10. Diagnóstico diferencial das principais perturbações pós-parto 57 10.1 Critérios de diagnóstico para a depressão pós-parto 57 10.2 Critérios de diagnóstico segundo o DSM-IV 59 10.3 Critérios de diagnóstico segundo a CID-10 60 10.4 Considerações sobre o prazo temporal para o diagnóstico 60 11. A importância do diagnóstico e tratamento precoces 63 12. Escalas de depressão para uso na gravidez 64 12.1 Métodos de rastreio 64 13. Tratamento da patologia afectiva pós-parto 66 13.1 Psicofármacos na gestação e na amamentação 66 13.1.1 Antidepressores 69 13.1.2 Estabilizadores de humor e anticonvulsivantes 72 13.1.3 Antipsicóticos 72 13.1.4 Benzodiazepinas 73 13.2 Psicofármacos durante a lactação 73 13.3 Tratamento hormonal 74 13.4 Psicoterapia 75 13.5 Electroconvulsivoterapia (ECT) 77 14. Prognóstico 78 15. Prevenção 79

PARTE II Contribuição Pessoal 80 1. Objectivos 81 1.1 Geral 81 1.2 Específicos 81 2. Material e métodos 82 2.1 Amostra 82 2.2 Entrevistas 82 2.3 Técnicas de avaliação 83 2.4 Instrumentos utilizados 83 2.4.1 Entrevista semi-estruturada 83 2.4.2 Edinburgh Postnatal Depression Scale 84 2.4.3 Escala de Avaliação de Mania (modificada) 85 2.5 Análise estatística 86 3. Resultados 88 3.1 Características sócio-demográficas da amostra 88 3.2 Gravidez e parto 90 3.3 Antecedentes pessoais e familiares 92 3.4 Prevalência de depressão e mania 93 3.5 Características das mulheres com psicopatologia identificada 94 4. Discussão dos Resultados 104 5. Conclusões 121 6. Bibliografia 124 7. Anexos 131 Pag.