Introdução Espaços da Mediação

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Transcrição:

Universidade de São Paulo Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI Museu de Arte Contemporânea - MAC Livros e Capítulos de Livros - MAC 2013 Introdução Espaços da Mediação http://www.producao.usp.br/handle/bdpi/46543 Downloaded from: Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI, Universidade de São Paulo

13 Introdução CARMEN S. G. ARANHA KATIA CANTON O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) possui um dos mais importantes acervos artísticos da América Latina. Entretanto, para além do valor de sua coleção, coloca-se como um museu universitário e, portanto, como um lugar privilegiado de pesquisa e experimentação. Sendo assim, o MAC USP é um espaço propício às questões que nutrem o debate sobre os sentidos da educação da arte contemporânea. Neste ano de 2013, temos o prazer de sediar e coordenar a segunda edição do Simpósio Internacional Estratégias do Ensino da Arte Contemporânea em Museus e Instituições Culturais Espaços da Mediação: A Arte e seus Públicos, que tem como característica fundamental o debate sobre arte e educação contemporâneas, iniciado na primeira edição. Por outro lado, este novo Simpósio traz outro enfoque às discussões, que estão ligadas às especificidades dos desenvolvimentos trazidos pelo próprio campo de pesquisa, assim como à nova realidade museológica do MAC USP. Na primeira edição, realizada em 2011, apresentamos reflexões sobre conceitos e estratégias vigentes nos diversos museus e espaços culturais da cidade de São Paulo. Assim, estiveram representados aqui os Serviços Educativos da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da

14 Carmen S. G. Aranha e Katia Canton Universidade de São Paulo, ITAÚ Cultural, Fundação Bienal de São Paulo, Paço das Artes e Museu de Arte Moderna de São Paulo. Dois convidados internacionais mostraram o que estava sendo realizado na área, na Inglaterra e nos Estados Unidos, por meio da apresentação de projetos específicos de coordenação dos palestrantes. De fato, após o primeiro seminário, a discussão sobre mediação da arte nos espaços dos museus e das instituições culturais ganhou novos contornos. O próprio MAC USP possui, agora, um espaço de 13.000 metros quadrados, multiplicando em dez vezes o tamanho de sua sede na Cidade Universitária. Lá, a equipe da Divisão de Educação recebe diariamente a comunidade em geral e o público escolar, tanto do ensino formal quanto do informal, além de universitários, professores, coordenadores e pesquisadores em arte. Pensando nisso, o II Simpósio Internacional Estratégias do Ensino da Arte Contemporânea em Museus e Instituições Culturais Espaços da Mediação: A Arte e seus Públicos se dirige fundamentalmente às discussões em torno do visitante, do espectador da obra de arte, principalmente, uma vez que muito se diz da importância do público visitante do museu, da necessidade de cooptá-lo e proporcionar-lhe o acesso ao patrimônio cultural. No entanto, é preciso dar as ferramentas necessárias para que esse mesmo público aproxime-se da obra de arte, crie uma relação vivencial com tal horizonte de significados. E que ferramentas são essas? Quando falamos em arte, falamos, antes de tudo, de uma faculdade intrínseca ao ser humano que é a da fruição estética: há uma potencialidade da criação simbólica que ativa a emoção, a memória e a imaginação. Além disso, as novas propostas metodológicas, no campo da educação da arte em museus e instituições culturais, abarcam formas de ativação do espectador como um cocriador da interpretação artística. Acrescenta-se a isso que deve-

Introdução 15 mos compreender a obra de arte como um recorte da cultura e, portanto, como possibilidade de conhecimento que se constrói, também, na apreensão dos seus códigos próprios. Nossa principal intenção, desse modo, é colocar o espectador no centro do debate como um ser autônomo e plenamente equipado de relacionar-se com o objeto artístico. O MAC USP procura, atualmente, propor algumas ideias para a construção de um pensar criador a ser oferecido aos processos da educação em museus e instituições de arte contemporânea. Estas linhas de pensamento também nortearam o II Simpósio Internacional Estratégias do Ensino da Arte Contemporânea em Museus e Instituições Culturais Espaços da Mediação: A Arte e seus Públicos. As mesas, palestras e oficinas do evento objetivam refletir um pensar sobre a pesquisa em arte, educação e cultura contemporânea como resultado de múltiplas formas que as atualizem em seus diálogos com o mundo atual. Nessa edição, o Simpósio conta com a participação dos educadores do MAC USP como Andrea Amaral Biella, Evandro Carlos Nicolau, Maria Angela Serri Francoio, Renata Sant Anna, Silvia Miranda Meira e Sylvio Coutinho, que foram convidados a apresentar seus trabalhos desenvolvidos dentro da instituição. Lembramos aqui que a Divisão Técnico-Científica de Educação e Arte do Museu de Arte Contemporânea da USP, coordenada por Evandro Carlos Nicolau, tem uma longa tradição na constituição do pensamento e de metodologias do ensino da arte em museus, onde as ações educativas estão presentes desde 1963, quando da fundação do Museu. Andrea Amaral e Maria Angela Francoio apresentam programas desenvolvidos para crianças junto as suas famílias e escolas. Renata Sant Anna e Valquíria Prates mostram como se pode pensar a mediação entre o museu e o livro de arte. Silvia Meira apresenta reflexões sobre a arte contemporânea

16 Carmen S. G. Aranha e Katia Canton aplicada aos programas de graduação de universidades paulistas e Silvio Coutinho oferece workshop sobre o papel da tecnologia aplicada à educação no Museu de Arte Contemporânea. Além dos membros internos, o conjunto de mesas, palestras e workshops do evento foram pensados no sentido de apresentar os vários lugares da educação artística contemporânea e suas múltiplas possibilidades e formas que tomam nos espaços nos quais a mediação acontece. Para tanto, convidamos pesquisadores da área, artistas e educadores que tratam dos diversos públicos de arte, como é o caso de Ana Amália Barbosa, que congrega experiências com crianças e jovens especiais. Sua palestra Além do corpo: uma experiência em arte-educação abrirá as discussões e será apresentada como pesquisa realizada levando-se em conta outros públicos de museus e instituições culturais. Outras palestrantes nacionais, destacadas no II Simpósio, são: Rosa Iavelberg, ex-diretora do setor educativo do Centro Cultural Maria Antonia da Universidade de São Paulo (2006-2010) neste período, ela desenvolveu a pesquisa O desenho da criança e do jovem como aprendizagem e cultura; Rejane Coutinho, professora do Instituto de Artes da UNESP e, atualmente, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Artes, desenvolve a pesquisa A formação de educadores e a mediação cultural; Mirian Celeste, exprofessora do Instituto de Artes da UNESP e coautora de Teoria e Prática do Ensino da Arte, publicação que faz parte do Programa Nacional Biblioteca da Escola-Professor do Ministério da Educação; Stella Barbieri, diretora da Ação Educativa do Instituto Tomie Ohtake, desde 2002, e curadora do Educativo da Fundação Bienal de São Paulo, desde sua 29ª edição. As quatro pesquisadoras convidadas representam parcela importante do pensamento atual sobre a educação artística brasileira

Introdução 17 e, certamente, suas palestras trarão contribuição significativa para a discussão que objetivamos realizar. Além das professoras citadas, a artista Mônica Nador estará junto ao convidado internacional Hannes Neubauer, mostrando a construção de outro lugar da arte: o JAMAC Jardim Miriam Arte Clube, ONG fundada pela artista que abarca uma metodologia educacional artística que já dura 9 anos, e o projeto Participatory artworks and the role of the audience, do professor Neubeuer. Entre os palestrantes internacionais, Hannes Neubauer desenvolve projetos em Arte Pública propondo a construção de um saber artístico que pode ser usufruído em todas as comunidades. Jack Becker, convidado a compor parte do livro do conteúdo do evento, é artista-escultor e desenvolve, há 10 anos, projetos temporários que se voltam para a organização de uma metodologia de mediações educativas e documentação, que permite a manutenção e sobrevivência desses projetos e é editor da revista Public Art Review, fundada em 1989. Já a professora Maria João Rodrigues de Araujo é pesquisadora associada da Faculdade de Música da Universidade de Oxford, Reino Unido, e Consultora para a Área da Educação do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de Navarra, Espanha. A palestra a ser proferida pela pesquisadora, Expandindo-se: arte educação e qualidade de vida no museu e fora dele e a instituição cultural, objetiva mostrar que parcerias entre a universidade e instituições culturais promovem a transferência de conhecimento entre a pesquisa feita na academia e os programas de atividades dos departamentos de educação. Assim, museus, instituições culturais e centros de artes, por meio de um programa educacional especial, podem desenvolver a percepção pública para essas formas de arte em meio às pessoas de todas as idades e históricos de vida. A palestra seguida de performance dos artistas alemães Jean

18 Carmen S. G. Aranha e Katia Canton Kirsten e Sabine Fichter encerram os trabalhos do II Simpósio Internacional Estratégias do Ensino da Arte Contemporânea em Museus e Instituições Culturais Espaços da Mediação: A Arte e seus Públicos apresentando os estudos que desenvolvem em relação às proposições de Rudolf Laban. Acreditamos que as palestras, mesas-redondas e oficinas, assim como os textos que ficarão registrados no nosso livro, serão de grande contribuição para o enriquecimento do debate sobre arte e educação contemporâneas, dentro e fora do âmbito acadêmico.