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Expediente: Autor: Érika Andreassy Editor Responsável: Érika Andreassy Diagramação: Érika Andreassy Abril/

Transcrição:

Organização Virgínia Berriel, diretora de Negociação Coletiva do Sinttel-Rio, Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT -RJ e Conselheira do Cedim (Conselho Estadual dos Direitos da Mulher) Edição Socorro Andrade Revisão Socorro Andrade e Luana Laux Programação Visual: L&B Comunicação Produção SINTTEL-RIO Coordenador Geral: Luís Antônio Souza da Silva Secretária Geral: Yeda Glauce Paúra Diretor de Imprensa: Marcello Miranda Sede: Rua Morais e Silva, 94, Maracanã - RJ Tel. (21) 2204-9300 E-mail: sinttelrio@sinttelrio.org.br Portal: www.sinttelrio.org.br Sub Sede: Rua Visconde de Uruguai, 277 - Centro - Niterói Rio de Janeiro Junho de 2013 2 a edição

Essa publicação é resultado de mais uma parceria entre a CUT-RJ e o Sinttel-Rio A CUT-RJ, por meio da Secretaria da Mulher Trabalhadora, participou ativamente na realização de reuniões, encontros, debates, seminários e na mobilização das trabalhadoras domésticas na luta pela conquista desses direitos, bem como pela regulamentação da atividade e pelo respeito e a dignidade dessas profissionais. Mesmo com dificuldades, através do apoio e ação da CUT-RJ, os Sindicatos dos Trabalhadores Domésticos do Rio de Janeiro e municípios conseguiram mobilizar as trabalhadoras e levá-las para dentro da Central. Lá elas puderam participar de todas as atividades e se engajarem efetivamente na luta que resultou na vitória que hoje comemoramos. Com nossa luta conseguimos virar uma página da história que era motivo de vergonha para a sociedade brasileira. Essa sociedade não podia mais conviver com a desigualdade de tratamento para com os trabalhadores domésticos. 3

Sinttel-Rio Fundado há mais de 70 anos sob a liderança de uma mulher, a telefonista Ângela Costa Leite, o Sinttel-Rio tem uma longa trajetória de luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e pelo fim de toda e qualquer desigualdade. É o que um Sindicato Cidadão que enxerga o trabalhador como um todo (trabalhador e cidadão) deve fazer. A entidade esteve com a CUT na luta pelos direitos das trabalhadoras domésticas e em outras lutas como a que cobra a ratificação pelo Brasil da Convenção 198 da OIT e em muitas outras. Por tudo isso e, sobretudo, por representar uma categoria constituída majoritariamente por mulheres, a direção do Sinttel-Rio faz questão de celebrar essa conquista e participar da elaboração dessa cartilha que divulga esses direitos para todos os trabalhadores domésticos. 4

Uma trajetória de luta pela igualdade de direitos A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) de 1943 excluiu as trabalhadoras domésticas dos direitos trabalhistas. Em 1972, através da Lei nº 5.859, foi aprovado o direito à carteira assinada. Mesmo assim, apenas 20% das domésticas têm carteira de trabalho assinada. A luta por direitos e pela equiparação com os demais trabalhadores faz parte da reivindicação dos domésticos desde a Constituinte de 1988, quando através de emendas a Deputada Federal Benedita da Silva (PT-RJ) pedia a ampliação dos direitos, mas ainda sem poder equipará-los aos demais trabalhadores. Com a consolidação dos novos direitos através da Emenda Constitucional nº 72 (PEC das Domésticas), parte destes ainda a ser regulamentados, tiramos da invisibilidade sete milhões de trabalhadores domésticos, destes 6,2 milhões são mulheres e negras, ou seja, que sempre contribuíram com o seu trabalho para o crescimento da economia do país, mesmo fora das estatísticas de produção. 5

Pesquisa feita pelo Dieese revela que em 2011 o Brasil tinha 6,65 milhões de trabalhadores domésticos. Proporcionalmente, o Rio de Janeiro ocupava o 1ª lugar com 9,4% desse total, mas em termos absolutos, São Paulo ficava com essa posição. Veja a distribuição por estado: Estado Nº de Empregados Domésticos Ocupados BRASIL 6.652.934 7,1 Rio de Janeiro 698.742 9,4 Mato Grosso do Sul 113.926 8,9 Goiás 259.065 8,2 Minas Gerais 781.368 7,8 Distrito Federal 101.944 7,7 Amapá 20.108 7,6 Rio Grande do Norte 105.457 7,6 São Paulo 1.574.392 7,5 Bahia 471.671 7,1 Rio Grande do Sul 394.326 6,8 Mato Grosso 106.267 6,8 Alagoas 80.556 6,8 Tocantins 47.390 6,7 Espírito Santo 118.714 6,5 Ceará 252.808 6,5 Pernambuco 224.817 6,4 Acre 22.271 6,3 Paraná 354.545 6,3 Pará 220.207 6,2 Piauí 95.577 6,1 Paraíba 100.103 6,0 Rondônia 47.165 6,0 Sergipe 57.064 6,0 Amazonas 81.850 5,3 Roraima 11.802 5,2 Maranhão 149.218 5,1 Santa Catarina 161.581 4,8 Fonte: PNAD / IBGE Subseção DIEESE - CUT/RJ Proporção do total de ocupados (%) 6

Somente através de uma luta incansável da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FE- NATRAD), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), dos Sindicatos dos Trabalhadores Domésticos e da Deputada Federal Benedita da Silva, relatora da PEC das Domésticas, conseguimos mudar essa triste realidade, verdadeiro ranço da escravidão. Agora com a conquista da IGUALDADE, as domésticas vislumbram a vitória da dignidade e do trabalho decente. Emenda Constitucional nº 72, de 2 de abril de 2013 Altera a redação do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais. As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: 7

Artigo único. O parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 7º............ Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (NR) Brasília, em 2 de abril de 2013. Trabalhador doméstico pode ser O profissional que presta serviço de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa, ou à família no âmbito residencial destas, conforme estabelecido pela Lei n.º 5.859, de 1972. São exemplos 8

de ocupações dos empregados domésticos dentre outros: mordomo, motorista, governanta, babá, jardineiro, copeira, arrumador, cuidador de idoso e cuidador em saúde. Direitos em vigor a Salário mínimo a Proibição de redução de Salário Mínimo ajornada de trabalho diária de 8h e limite de 44 horas semanais a13º salário a Repouso semanal remunerado a Hora extra a Licença maternidade de 120 dias a Licença paternidade de 5 dias a Férias a Feriados civis e religiosos a Vale-transporte a Estabilidade em razão da gravidez a Aviso prévio a Aposentadoria pelo INSS 9

a Proibição de discriminação ao trabalhador deficiente a Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos Direitos que estão sendo regulamentados a FGTS Fundo de garantia por tempo de serviço a Seguro desemprego a Adicional noturno a Salário família a Direito ao auxílio creche e pré-escola para filhos de até 5 anos a Seguro contra acidente de trabalho Organização sindical Conforme dados da OIT, o Brasil é o país onde as 10

trabalhadoras domésticas têm a maior organização sindical. É em nosso país que efetivamente esta categoria tem alcançado mais avanços e conquistas. Prova disto é a aprovação da PEC nº 72/2013 (PEC das Domésticas), que confirma esta afirmação. Mas, infelizmente, ainda temos muito para conquistar no que tange à organização sindical dessa categoria. O Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Rio de Janeiro sobrevive e luta pelos direitos das domésticas graças ao trabalho abnegado de suas dirigentes, mulheres e mães de famílias. Verdadeiras guerreiras que depois de uma dura jornada em casas de famílias, ao invés de irem para suas residências descansar vão para o Sindicato organizar lutas como esta que resultou nessa grande conquista. Ao contrário das demais categorias, as trabalhadoras domésticas estão espalhadas, o contato é difícil e individual. Poucas são sindicalizadas e, mesmo sem recursos, o Sindicato é obrigado a prestar assistência jurídica, dar atendimento, homologar rescisão e pagar contas como qualquer outra entidade. Além das exíguas contribuições, os Sindicatos das domésticas em todo país, ao contrário dos demais, não contam com a contribuição sindical, taxa 11

negocial e suas dirigentes não são liberadas, pois as entidades não têm como pagar seus salários para que se dediquem à luta. A maioria desses Sindicatos vive hoje da realização de quermesses e outros eventos para arrecadação de fundos, bem como a ajuda de outras entidades. Campanha de sindicalização É chegada a hora de mudar essa realidade. Os empregados domésticos acabam de conquistar igualdade de direitos com os demais trabalhadores graças à ação de seus sindicatos, da CUT e de entidade solidárias como o Sinttel-Rio e outros sindicatos. É hora de reconhecer essa luta. Para fazer isso você, que é trabalhador doméstico, deve se filiar ao Sindicato dos Trabalhadores Domésticos em seu município ou estado e contribuir mensalmente com uma taxa simbólica e, é claro, participar da entidade para torná-la mais forte e cada vez mais combativa. É hora de nos mobilizarmos para fazer uma grande campanha de sindicalização dos trabalhadores domésticos para o fortalecimento do Sindicato e da categoria. 12

Agradecimentos Esta cartilha só foi possível graças ao apoio do Sinttel-Rio. Por isso o nosso mais sincero agradecimento a toda a diretoria da entidade por reconhecer o valor da luta e da militância daqueles que fazem a diferença no movimento sindical. Agradecemos também de maneira especial a Benedita da Silva, deputada federal (PT-RJ) e relatora da PEC das Domésticas, por ter abraçado a nossa luta e por ter lutado incansavelmente pelo direito das trabalhadoras domésticas desde sempre. Endereços dos sindicatos Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Rio de Janeiro Presidenta: Carli Maria dos Santos Av. Paulo de Frontim, 665, Rio Comprido RJ CEP 20261-241 Tel. (21) 2293-0502 Sindicato dos Trabalhadores Domésticos de Nova Iguaçu Presidenta: Maria de Lourdes S. Pereira Rua Brasil, 412, Metrópole Nova Iguaçu CEP 26215-260 Tel. (21) 2668-3077 13

Sindicato dos Trabalhadores Domésticos de Niterói, São Gonçalo e Regiões Presidenta: Neuza Alves Garcia de Almeida Rua Luiz Leopoldo Fernandes Pinheiro, 551, sala 1303 Centro CEP 24030-127 Tel. (21) 2613-2879 Sindicato dos Trabalhadores Domésticos de Petrópolis Presidenta: Irma Aparecida Marins Rua Paulo Barbosa, 180, Edif. Tomaz, sala 305/306 Centro CEP 25620-100 Tel. (24) 2243-9601 Sindicato dos Trabalhadores(as) Empregados(as) Domésticos(as) de Volta Redonda e Região Sul Fluminense Presidenta: Jorgina dos Santos Rua Duzentos e Quinze,19 Bairro Conforto CEP 27263-510 Tel. (24) 3349-5582 14

Sites para orientação a empregados e empregadores domésticos http://www.esocial.gov.br http://portal.mte.gov.br Cartilha: Trabalhador Doméstico http://www.beneditadasilva.com.br Cartilha: Novos Direitos das Trabalhadoras Domésticas http://cutrj.org.br Cartilha: Trabalho Doméstico, A Conquista de Direitos Fonte e pesquisa Cartilha - Trabalho Doméstico do MTE, Cartilha Novos Direitos das Trabalhadoras Domésticas Benedita da Silva Site esocial Centro de Documentação e Memória Sindical da CUT - Cedoc-CUT

Fotos Nando Neves 16