PROPOSTA DE AUTOAVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - PPGEdu/UNEMAT/Cáceres



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Transcrição:

PROPOSTA DE AUTOAVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - PPGEdu/UNEMAT/Cáceres A auto- avaliação como instrumento auxiliar do planejamento A iniciativa de implantação da autoavaliação do Programa de Mestrado em Educação da UNEMAT surgiu a partir das reflexões coletivas sobre a necessidade de consolidar uma cultura de gestão sustentada pelo planejamento participativo. Nesse sentido, fez-se imprescindível construir um autoconhecimento sobre o Programa, as ações que estão sendo desenvolvidas, buscando os pontos positivos, as fragilidades e as proposições para melhorias, a partir das opiniões dos docentes, mestrandos, funcionários e gestores que compõem o quadro de pessoal. Este autoconhecimento deve ser construído a partir da autoavaliação participativa. Nesse contexto, a implantação da autoavaliação no Programa de Mestrado em Educação proporcionará a busca da qualidade da produção do conhecimento que se efetiva nos espaços dos projetos, grupos e redes de pesquisas, bem como, nas atividades desenvolvidas no ensino e suas relações com a pesquisa e a extensão. Avaliar é promover reflexões sobre quem somos e quem seremos frente aos desafios que a sociedade nos apresenta. Nesse sentido, é premente consolidar uma gestão participativa sintonizada com as demandas da comunidade acadêmica. O processo de avaliação se integra e se sustenta pelas perspectivas teóricometodológicas do Programa de acordo com o APCN-2009 que compõe o Projeto Pedagógico do Curso de Mestrado e Educação da UNEMAT. Assim, essa proposta de avaliação tem como parâmetro o Projeto do Curso, levando em consideração a Política da CAPES para a Pós- Graduação e, como princípio norteador, a democracia participativa. Os resultados desse processo de avaliação subsidiarão o planejamento estratégico do Curso e a constante busca pela qualidade. A concepção de qualidade que sustenta esta proposta está referenciada na perspectiva da negociação e não na perspectiva mercadológica. Nesse sentido, tomamos o conceito de qualidade de Bondioli (2004, p. 14-17), dentre outros, que apresentam a qualidade como qualidade negociada para sustentar a função social da educação. A qualidade é de natureza transacional, participativa, dialética, contextual, plural, processual e transformadora. O processo com que se faz, se assegura, se

verifica, se contextualiza, se declina a qualidade é uma co-construção de significados em torno da instituição e da rede, uma reflexão compartilhada que enriquece os participantes, uma troca e uma transmissão de saberes. (p. 17). Qualidade é transação, isto é, debate entre indivíduos e grupos que têm um interesse em relação ao curso e responsabilidade para com ele e trabalham para explicitar e definir metas e objetivos. Não existe, portanto, qualidade sem participação. A qualidade negociada significa entender que cada ator no processo tem uma concepção de qualidade, o mais importante é negociar pontos de vistas diferentes. Significa reconhecer a natureza ideológica e valorativa e considerar o embate entre pontos de vistas, ideias e interesses como um recurso, uma estratégia para proposições e não uma ameaça. A educação, nesta perspectiva, está comprometida com a transformação social, com a humanização da sociedade e tem como prioridade os princípios éticos, sem deixar de trabalhar com os princípios técnicos. A ciência, a técnica e a ética se integram na busca de produzir conhecimento que contribua para a humanização e construção de uma sociedade justa. A avaliação deve ser um processo em constante construção, que evite comparações competitivas e não deve constituir ranking de professores, alunos e nem comparações com outros cursos. Os resultados da avaliação devem permitir o conhecimento e discussão da realidade e a implementação de ações que visem melhorar as atividades que estão sendo desenvolvidas. O processo avaliativo deve ser gestado e construído junto à comunidade acadêmica, garantindo co-participação e co-responsabilidade de todos no processo. Não são os resultados que emergirão mudanças, mas a possibilidade de discuti-los em conjunto buscando alternativas e compromisso de todos com as tomadas de decisão e implementação de ações na prática (Lima, 2010). O processo técnico-metodológico está sustentado na abordagem quanti-qualitativa, porém a ênfase é na abordagem qualitativa, buscando os sentidos e os significados para os dados coletados. Os resultados devem ser considerados pelo gestor e Conselho do Programa

para as tomadas de decisão e para implementação das ações e replanejamento das atividades. A partir dessas concepções podemos dizer que os princípios fundamentais da avaliação são: ética, transparência, justiça, democracia, participação, não punição, não premiação, respeito à identidade do curso. Nesta perspectiva estamos elaborando esta proposta de avaliação enquanto caminho para concretização de um Curso de Mestrado em Educação que esteja sintonizado com a Política da Pós-Graduação em nível nacional e internacional, mas que, também, atenda às necessidades regionais, históricas e sociais. OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO - Produzir um autoconhecimento sobre o Programa de Mestrado em Educação da UNEMAT, compreendendo e analisando suas dimensões regional, histórica, cultural e social, ampliando suas relações com a comunidade, a partir de um diagnóstico do Curso na percepção da comunidade interna e externa. Para alcançar com êxito o que se propõe traçamos os objetivos específicos que nortearão a operacionalização do processo: a) Instituir uma comissão de avaliação para coordenar o processo com representações dos segmentos (professor, aluno, gestor e funcionário); b) Elaborar a proposta e os instrumentos de avaliação; c) Discutir com os diversos segmentos a proposta de avaliação; d) Sensibilizar a comunidade acadêmica sobre a importância do envolvimento de todos no processo. e) Implantar um banco de dados contendo o registro das informações coletadas; f) Coletar as opiniões dos professores, alunos, gestor e funcionário sobre as ações desenvolvidas no Curso; g) Analisar e discutir as opiniões e informações coletadas; h) Elaborar relatórios que contemplem os pontos fortes e fracos e as sugestões para melhorias do Curso; i) Promover espaços de discussões com a comunidade acadêmica;

j) Implantar a avaliação enquanto processo permanente, que será retroalimentada anualmente. VARIÁVEIS E INDICADORES DA AVALIAÇÃO Para desencadear o processo de avaliação três perguntas são fundamentais, O QUE AVALIAR, QUEM AVALIAR, QUEM AVALIA e COMO AVALIAR. Respondendo a estas perguntas estamos construindo os indicadores, as variáveis, as dimensões, as categorias de análises e os instrumentos de coletas de dados. Quando respondemos a pergunta o que avaliar, estamos construindo os indicadores ou categorias de análise. Segundo Crema (1996, p. 50), os indicadores significam o desdobramento, a decomposição da variável ou indicador global, indica o que queremos avaliar na variável escolhida. Os sujeitos da avaliação são: os mestrandos, os mestres egressos, os professores, os gestores e o funcionária, assim respondemos as perguntas quem avaliar e quem avalia. Quando operacionalizamos a avaliação, já definidas as variáveis ou indicadores globais, pensamos nas categorias de análises, o que avaliar em cada variável. A seguir apresentamos o quadro síntese que apresenta algumas variáveis, que também podem ser chamadas de dimensões, a serem avaliadas e os indicadores que compõem as categorias de análises para essas variáveis. Nº DIMENSÕES E/OU INDICADORES VARIÁVEIS 1 Proposta do Programa - Objetivo do Programa; - Contextualização histórica do Curso; - Linhas de pesquisa ofertadas e articulação existente entre elas; - Política de credenciamento, recredenciamento e descredenciamento de docentes; - Demandas regionais e contexto histórico, social e econômico predominante na região em que o curso está inserido. - Organização Curricular. - Atuação do Conselho de Curso. - Índice de reflexão e trabalho coletivo dentro do Curso. - Projetos (enfatizar a existência de projetos de pesquisa em andamento, especificando a participação e coordenação dos professores nos mesmos) - intercâmbios e redes existentes entre o Programa de Mestrado em Educação/UNEMAT e outras instituições;

2 Estrutura administrativa, organizacional e Infraestrutura existente. - Proposta de avaliação dos alunos; - Proposta de avaliação do Programa. -Estrutura Física (estado de conservação do prédio, iluminação, acústica, etc;) - Recursos financeiros recebidos pelo Mestrado; - Número de alunos; - Número de funcionários técnico-administrativos; - Numero de afastamentos para qualificação; - Número de salas: coordenação, secretaria, salas de aula, sala de pesquisas para docentes e alunos, salas para atendimento e orientação; - Condições de funcionamento das salas de aula; - Limpeza dos espaços; - Estado e conservação dos equipamentos do Programa; - Biblioteca: com amplo e pertinente acervo bibliográfico incluindo textos clássicos da área e bibliografia atualizada que atenda as linhas de pesquisa; -Laboratório de pesquisa com estrutura adequada para a demanda. - Página web atualizada, com todos os dados do programa: do processo de seleção à dissertação. 3 Docente - Quantidade de professores credenciados; - Quantidade de professores permanentes no Programa; - Perfil do docente (idade, gênero, renda familiar, etc) - Nível, área e tempo de Formação; - Tempo de serviço na UNEMAT e no Programa; - Grau de participação nas decisões do Curso; - Relação entre os profissionais do Curso e os alunos (grupos, redes e projetos de pesquisa); - Trabalho conjunto entre comunidade-curso-unemat (atividades com a graduação, escolas públicas e sociedade em geral). - Rendimento do professor em sala de aula na ótica do aluno. - Freqüência do professor. - Trabalho complementar em outras atividades nacionais e internacionais; - Instrumentos e Critérios utilizados para avaliar o desempenho dos alunos -Nível de comprometimento com o Programa; - Disciplinas ministradas; -Nº de orientandos (mestrado, IC e TCC); 4 Discente - Critérios de seleção para o PPGEdu/UNEMAT; - Perfil do discente (idade, gênero, renda familiar, etc); -Rendimento discente -Fluxo acadêmico (evasão, qualificação, defesa, etc); - Cumprimento do tempo estipulado para conclusão do Curso; - Participação de membros doutores internos e externos nas bancas de defesa; - Uso da biblioteca pelo aluno; - Freqüência de leitura dos alunos; - Tipo de acompanhamento que o aluno já dispõe no Programa. - Participação em projetos, grupos e redes de pesquisa; - Número de bolsas concedidas; -Participação em conselhos, Colegiados, comissões... - Produção acadêmica (analisar a partir dos critérios da CAPES)

5 Funcionário - Perfil do funcionário (idade, gênero, renda familiar, etc) - Titulação -Qualificação -Desempenho -Relação com professores, alunos e Coordenação. 6 Gestão -Perfil da gestão ( idade, gênero, renda familiar, etc) - Procedimentos e formas de distribuição das disciplinas do Curso -Acompanhamento das atividades do Programa -Orientação acadêmica para os ingressantes - Incentivo à qualificação e a produção acadêmica - cumprimento dos critérios CAPES -Encaminhamento dos processos e documentos do Programa Atendimento à comunidade acadêmica -Ação para solução dos problemas do Programa -Promove ações que possibilita a participação da comunidade nas tomadas de decisão do Curso. - Avaliação da Gestão na ótica do aluno, do professor e do funcionário -Tempo dedicado ao Curso 7 Produção Bibliográfica -Publicações qualificadas do Programa por docente permanente. 8 Inserção Social - Captação de recursos para as pesquisas tendo em vista a contribuição social destas (financiamento para pesquisa). - Apoio aos docentes e discentes em eventos educacionais/acadêmicos a fim de socializar os resultados finais ou parciais. METODOLOGIA (COMO AVALIAR?) A avaliação deve iniciar com o estudo da Proposta do Programa que será o parâmetro para as análises. É necessário conhecer previamente os objetivos do Programa, os fundamentos conceituais, a matriz curricular, dentre outros, questões que já estão definidas no APCN Proposta do Programa. O levantamento e coleta de dados se darão em forma de pesquisa, procedendo-se a uma avaliação baseada nos aspectos quanti/qualitativos, com ênfase no qualitativo. Serão adotadas como técnicas de pesquisa: análise documental e aplicação de questionários. Análise documental Serão analisados os seguintes documentos: APCN- Proposta do Programa, Regimento do Programa, Leis, Pareceres e Instruções Normativas. Construção de um banco de dados contendo o cadastro geral do Programa conforme os indicadores descritos no quadro acima. As informações para compor o banco de dados serão coletadas na Secretaria do Programa.

Aplicação dos Questionários - A coleta de opiniões será realizada a partir da aplicação de questionário aos alunos, professores, gestores e funcionários. Os questionários serão elaborados para cada segmento com a participação dos mesmos e será aplicado para o universo da população, uma vez que não se trata de uma população grande. As questões do questionário devem contemplar as dimensões e os indicadores previstos nesta Proposta de Autovaliação. Tabulação e Sistematização das informações Será construído um banco de dados no Programa Microsoft Office Excel, no qual serão transcritas todas as informações dos questionários de forma bruta. As questões fechadas serão tabuladas a partir da frequência das respostas e as questões abertas, serão transcritas para posterior categorização. A Comissão analisará todos os dados e construirá um relatório preliminar. Apresentação dos Resultados à Comunidade Acadêmica - De posse do relatório preliminar de avaliação, a comissão apresentará os resultados que serão disponibilizados para discussões em um seminário que contará com a participação de todos os segmentos envolvidos. Elaboração do Relatório Conclusivo A partir das discussões do seminário será elaborado um documento analítico que contemple os pontos fortes e fracos do curso precedido de sugestões que visem melhorias qualitativas em cada dimensão. Desse documento sairá um acordo das mudanças que serão implementadas para os próximos três anos, traduzidas em metas e ações que serão integradas ao planejamento do Programa. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Atividades a serem desenvolvidas Encaminhar proposta para aprovação no Conselho e nomear a Comissão de Avaliação Elaboração dos instrumentos para coleta de dados Discussão e apresentação da proposta aos professores e mestrandos. Aplicação dos instrumentos de pesquisa - coleta de dados Organização, sistematização, análise das opiniões/dados coletados. Elaboração do relatório preliminar de avaliação Organização de debates para discussão dos resultados e encaminhamentos de sugestões (organização do seminário de avaliação) Elaboração do relatório conclusivo Elaboração das metas e ações necessárias às tomadas de decisão Retroalimentação da avaliação (Nova coleta de dados) 2012 2013 A S O N D F M A M MAIO/2013 REFERÊNCIAS BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari. Investigação Qualitativa em Educação: Uma introdução à teoria e aos métodos. Trad. Alvares, Maria João; Santos, Sara Bahia; Baptista, Telmo Mourinho, Porto Editora: Porto Codex, Portugal, 1994. CREMA, Maria Celina as Silva. A Questão da Avaliação na Universidade: Subsídios e Parâmetros. Avaliação Revista RAIES, ano 1, n.2, dez/96, p. 49-52. DIAS SOBRINHO, José; BALSAN, Newton César (orgs). Avaliação Institucional: teorias e experiências. São Paulo: Cortez, 1995.. Universidade Pública e Processos de Privatização da Educação Superior: Papéis da avaliação institucional.. Avaliação - Revista RAIES. Campinas, V.2, N. 4, dez. 1997, p.57-64.. Avaliação Institucional: Integração e Ação Integradora. Avaliação Revista RAIES. Campinas, v.2, n. 2, jun. 1997, p. 19-29, Avaliação: técnica e ética. Avaliação Revista RAIES, Campinas, SP vol. 6 - nº 3 (21), set 2001, 7-19. DOURADO, Luíz Fernandes; CATANI, Afrânio Mendes (orgs). Universidade Pública: políticas e identidade institucional. Campinas, SP: Autores Associados; 1999. GOERGEN, Pedro. A Avaliação Universitária na Perspectiva da Pós-modernidade. In: DIAS SOBRINHO, José; RISTOFF, Dilvo Ivo (orgs). Universidade Desconstruída: Avaliação Institucional e Resistência. Florianópolis: Insular, 2000, p. 15-35.

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