Desconhecimento dificulta a utilização A redução dos custos operacionais e o aumento da produtividade são os maiores benefícios

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43,9 47,3 45,0 Queda em relação ao mês anterior. 29,1 30,3 38,4 Insatisfatória 34,6 37,2 44,2 Insatisfatória 24,3 21,8 39,0 Muito difícil

Pioram as condições de financiamento para capital de giro

27,8 29,0 40,7 Insatisfatória 36,4 35,1 46,2 Insatisfatória

35,8 39,6 45,6 Queda em relação ao mês anterior. 30,8 27,3 39,8 Insatisfatória 35,6 36,0 45,4 Insatisfatória 22,5 21,8 41,2 Muito difícil

MAR/18 FEV/18. 48,7 49,5 51,1 Queda dos estoques IV/17 I/18

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Junho e 2º trimestre de ,7 45,3 46,0 65,7 41,2 46,7 26,5 26,5 43,7 60,6 54,9 52,0 53,8 54,0 38,3

64,0% 47,8% 40,7% 43,7% 38,2% 70,5% 53,3% 31,4% 33,2%

Mapeamento das Tecnologias da Indústria 4.0 na ABIMAQ

50,8 38,1 48,7 Queda da produção. 50,7 47,0 47,9 Queda do número de empregados 71,0 67,0 70,0 Queda no uso da capacidade

40,7 44,3 45,4 Queda em relação ao mês anterior. 27,3 29,1 39,4 Insatisfatória 36,0 35,3 45,0 Insatisfatória 21,8 24,7 40,6 Muito difícil

MAR/17 FEV/17. 49,7 57,0 48,4 Crescimento da produção 49,7 49,5 47,4 Queda no número de empregados 66,0 68,0 70,8 Crescimento no uso da capacidade

70,7% 66,7% 30,8% 40,9% 24,1% 57,7% das empresas gaúchas utilizam capital próprio como principal fonte de financiamento

SET/16 AGO/16. 52,9 43,9 48,4 Queda da produção. 47,1 46,0 47,4 Queda no número de empregados 67,0 66,0 71,2 Redução no uso da capacidade

competitividade afetada pela burocracia. obrigações legais como o principal problema.

Com demanda fraca, indústria volta a acumular estoques

69,8% 53,0% 27,8% 29,9% 22,1% 52,5% das indústrias gaúchas utilizam capital próprio como principal fonte de financiamento

DEZ/16 NOV/16. 51,1 39,4 48,3 Queda da produção. 46,4 44,4 47,4 Queda no número de empregados 68,0 65,0 71,0 Redução no uso da capacidade

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Transcrição:

Especial Indústria 4.0 4º trimestre de 2015 Avanço da Indústria 4.0 no estado depende do maior conhecimento de seus benefícios A Sondagem Industrial do RS do 4º trimestre de 2015 abordou o tema da quarta Revolução industrial (manufatura avançada digitalização da produção) com foco na utilização de tecnologias digitais na indústria gaúcha, devido a sua importância para alavancar a competividade do setor. Os resultados mostraram que as tecnologias digitais não são muito conhecidas pela indústria gaúcha, o que dificulta a sua utilização. Do total dos respondentes, apenas 58,6% identificaram entre as opções apresentadas aquelas que tem maior potencial para impulsionar a competitividade da indústria nacional, sendo que somente a metade das empresas já as utiliza. Na opinião dos empresários gaúchos, os principais benefícios da utilização de tecnologias digitais são a redução dos custos operacionais e o aumento da produtividade. O alto custo da implantação é de longe o maior entrave interno nas empresas, enquanto que, externamente, há diversas barreiras: a infraestrutura de telecomunicações insuficiente, a falta de trabalhador qualificado, o fato do mercado ainda não estar preparado, a ausência de linhas de financiamento específicas e a dificuldade para identificar tecnologias e parceiros são as principais. O governo poderia tomar medidas para acelerar a adoção de tecnologias digitais. Segundo a Sondagem, as mais importantes seriam desenvolver a infraestrutura digital, investir em novos modelos de educação e em programas de treinamento e a promover linhas de financiamentos específicas. Desconhecimento dificulta a utilização A redução dos custos operacionais e o aumento da produtividade são os maiores benefícios O alto custo de implantação é o maior entrave interno às empresas A infraestrutura insuficiente de telecomunicações do país é a barreira externa às empresas mais importante Promoção da infraestrutura digital é a principal medida que o governo poderia tomar para incentivar o uso

Tecnologias digitais com maior potencial para impulsionar a competividade - identificação de pelo menos uma das listadas Desconhecimento dificulta a utilização Entre as empresas respondentes, 39,9% não identificaram, entre as dez opções 1 apresentadas na pesquisa, quais tecnologias digitais têm maior potencial para impulsionar a competividade da indústria brasileira nos próximos cinco anos. A intensidade do desconhecimento é negativamente correlacionada com o porte da empresa. Entre as pequenas chega a 53,5% do total, 43,6% nas médias e 30,9% nas grandes empresas. Entre as tecnologias digitais listadas, os sistemas integrados de engenharia para desenvolvimento de produtos e manufatura de produtos, com 26,1% das respostas, e a automação digital com sensores com identificação de produtos e condições operacionais, linhas flexíveis, com 23,7%, são, na visão dos empresários gaúchos, as que têm maior potencial para impulsionar o setor nos próximos cinco anos. Tecnologias digitais com maior potencial para impulsionar a competitividade da indústria nos próximos cinco anos Estágio/foco Tecnologia Pequena Média Grande Total Processo Automação digital sem sensores 1,7% 3,4% 2,4% 2,5% Automação digital com sensores para controle de processo 10,3% 19,5% 15,5% 15,4% Monitoramento e controle remoto da produção com sistemas do tipo MES e SCADA 6,9% 11,5% 20,2% 14,6% Automação digital com sensores com identificação de produtos e condições operacionais, linhas flexíveis 20,7% 13,8% 31,0% 23,7% Desenvolvimento/redução time to market Sistemas integrados de engenharia para desenvolvimento de produtos e manufatura de produtos 20,7% 26,4% 28,6% 26,1% Manufatura aditiva, prototipagem rápida ou impressão 3D 5,2% 8,0% 9,5% 8,1% Simulações/análise de modelos virtuais (Elem. Finitos, Fluidodinâmica Computacional, etc.) para projeto e comissionamento 3,4% 8,0% 8,3% 7,0% Produto/novos modelos de Coleta, processamento e análise de grandes quantidades de dados negócios ( big data ) 5,2% 12,6% 19,0% 13,9% Utilização de serviços em nuvem associados ao produto 15,5% 14,9% 11,9% 13,6% Incorporação de serviços digitais nos produtos ( Internet das Coisas" ou Product Service Systems) 15,5% 13,8% 11,9% 13,3% Projetos de manufatura por computador CAD/CAM 5,2% 10,3% 8,3% 8,1% Nenhuma das listadas 0,0% 1,1% 1,2% 0,9% Não sabe/não respondeu 53,5% 43,6% 30,9% 39,9% As tecnologias digitais foram classificadas pela CNI segundo sua utilização nos estágios da cadeia produtiva (desenvolvimento, processo de produção e produto) 1 De fato, foram apresentadas 11 opções, mas a opção Projetos de manufatura por computador CAD/CAM, isto é, licenças de softwares utilizadas nas etapas de desenvolvimento e de fabricação, não se enquadra como tecnologia digital, apesar de significar maior automação da manufatura. Sua inclusão entre as opções de resposta se deu para deixar mais clara a diferença com Sistemas integrados de engenharia para desenvolvimento de produtos e manufatura de produtos

Tecnologias digitais utilizadas - identificação de pelo menos uma das listadas É baixa a utilização de tecnologia digitais na indústria gaúcha O baixo conhecimento é complementado pelo pequeno uso. Do total de empresas participantes, pouco além da metade, 50,7%, utilizam pelo menos uma 10 das tecnologias listadas na pesquisa. Os percentuais, mais uma vez, variam de acordo com o porte de empresas. Entre as grandes, 63,1% utilizam pelo menos uma das tecnologias. O percentual cai quase pela metade, no caso das pequenas, 32,8%. Nas de médio porte, 44,8% das empresas usa. Projetos de manufatura por computador CAD/CAM (37,4%), automação digital com sensores para controle de processo (25,6%) e sistemas integrados de engenharia para desenvolvimento de produtos e manufatura de produtos (24,0%) são as tecnologias mais utilizadas atualmente pela indústria gaúcha. Tecnologias digitais utilizadas Estágio/foco Tecnologia Pequena Média Grande Total Processo Automação digital sem sensores 5,2% 8,0% 21,4% 13,7% Automação digital com sensores para controle de processo 13,8% 20,7% 34,5% 25,6% Monitoramento e controle remoto da produção com sistemas do tipo MES e SCADA 1,7% 4,6% 9,5% 6,2% Automação digital com sensores com identificação de produtos e condições operacionais, linhas flexíveis 1,7% 9,2% 9,5% 7,6% Desenvolvimento/redução Sistemas integrados de engenharia para desenvolvimento de produtos time to market e manufatura de produtos 15,5% 19,5% 31,0% 24,0% Manufatura aditiva, prototipagem rápida ou impressão 3D 1,7% 3,4% 13,1% 7,6% Simulações/análise de modelos virtuais (Elementos Finitos, Fluidodinâmica Computacional, etc.) para projeto e comissionamento 0,0% 5,7% 14,3% 8,4% Produto/novos modelos de negócios Coleta, processamento e análise de grandes quantidades de dados ( big data ) 0,0% 3,4% 10,7% 6,1% Utilização de serviços em nuvem associados ao produto 3,4% 4,6% 8,3% 6,1% Incorporação de serviços digitais nos produtos ( Internet das Coisas" ou Product Service Systems) 1,7% 5,7% 4,8% 4,3% Projetos de manufatura por computador CAD/CAM 17,2% 33,3% 50,0% 37,4% Nenhuma das listadas 29,3% 12,6% 3,6% 12,3% Não sabe/não respondeu 31,1% 35,6% 28,6% 31,2% As tecnologias digitais foram classificadas pela CNI segundo sua utilização nos estágios da cadeia produtiva (desenvolvimento, processo de produção e produto)

Principais benefícios com a adoção das tecnologias digitais Redução de custos e maior produtividade são os maiores benefícios Os dois principais benefícios que as empresas gaúchas, independente do porte, esperam obter com a adoção de tecnologias digitais, apresentando percentuais bem distantes das demais opções, são a redução dos custos operacionais e aumento da produtividade, que receberam mais da metade das assinalações, 55,8% e 52,8%, respectivamente. Otimizar os processos de automação é o terceiro ganho mais assinalado com 37,5%, algo comum a todos os portes de empresas. Além disso, melhorar a qualidade dos produtos e serviços (28,4%), desenvolvê-los de forma mais customizada (24,7%) e melhorar processo de tomada de decisão (23,2%) completam o quadro dos maiores benefícios esperados. Entre as empresas que já adotam tecnologias digitais, os percentuais são maiores devido à baixa ocorrência de não resposta. Benefícios esperados ao adotar tecnologias digitais Estágio/foco Benefício Pequena Média Grande Total Eficiência Reduzir custos operacionais 44,8% 52,9% 63,1% 55,8% Aumentar a produtividade 43,1% 43,7% 63,1% 52,8% Otimizar os processos de automação 31,0% 32,2% 44,0% 37,5% Aumentar a eficiência energética 17,2% 17,2% 19,0% 18,1% Eficiência/gestão Maior visualização e controle dos processos de negócios (cadeia de valor, produção, etc.) 13,8% 18,4% 23,8% 19,9% Melhorar processo de tomada de decisão 15,5% 18,4% 29,8% 23,2% Desenvolvimento/redução Reduzir tempo de lançamento de novos produtos time to market 5,2% 13,8% 17,9% 13,7% Produto Melhorar a qualidade dos produtos ou serviços 24,1% 27,6% 31,0% 28,4% Desenvolver produtos ou serviços mais customizados 19,0% 23,0% 28,6% 24,7% Criar novos modelos de negócio 12,1% 8,0% 4,8% 7,4% Meio ambiente Melhorar a sustentabilidade 17,2% 1,1% 11,9% 10,1% Trabalhador Compensar a falta de trabalhador capacitado 17,2% 8,0% 3,6% 8,1% Aumentar a segurança do trabalhador 8,6% 19,5% 21,4% 17,8% Reduzir as reclamações trabalhistas 6,9% 10,3% 4,8% 6,9%

Barreiras internas que dificultam a adoção de tecnologias digitais O custo é o maior entrave interno Com 69,2% das respostas, o alto custo da implantação é de longe, independente do tamanho da empresa, o principal obstáculo interno à adoção de tecnologias digitais. Com percentuais semelhantes, 26,4% e 26,0%, a falta de clareza na definição do retorno sobre o investimento e a estrutura e cultura da empresa também são barreiras internas relevantes. Vale destacar ainda a dificuldade para integrar novas tecnologias e softwares e a infraestrutura de TI inapropriada, com 18,0% e 14,6% das respostas. Quando apenas as empresas que utilizam tecnologias digitais são consideradas, o alto custo de implantação atinge 89,0% das assinalações. Nesse grupo, a dificuldade para integrar novas tecnologias e softwares (27,2%) ganha importância relativa e supera a estrutura e a cultura de empresa (25,3%). Principais barreiras externas a adoção das tecnologias digitais Telecomunicações e a falta de trabalhador qualificado são as barreiras externas São diversas as barreiras externas que dificultam a adoção de tecnologias digitais. Nenhuma tem grande destaque. A mais importante, com 29,0% das respostas, é a insuficiência de infraestrutura de telecomunicações do país. A falta de trabalhador qualificado é o segundo maior entrave, recebendo 27,9% das assinalações. Na opinião de 25,2% das empresas, o fato do mercado ainda não estar preparado (clientes e fornecedores) é outro importante fator restritivo, semelhante à ausência de linhas de financiamentos apropriadas (24,6%). Por fim, a dificuldade para identificar tecnologias e parceiros também é considerada uma grande barreira (22,9%). No grupo restrito às empresas que já adotam tecnologias digitais, a insuficiência da infraestrutura de telecomunicações do país se destaca e alcança 41,3% das assinalações. Os itens ausência de linhas de financiamento (36,1%) e a falta de preparo do mercado (35,9%) ganham relevância e superam a falta de trabalhador qualificado (30,3%).

Medidas que o governo pode tomar para acelerar a adoção das tecnologias digitais Promoção da infraestrutura digital é a principal medida de governo O governo pode contribuir para aumentar o uso de tecnologias digitais pelas empresas gaúchas. Na opinião de 44,2% empresários de todos os portes, promover o desenvolvimento da infraestrutura digital (banda larga, sensores) é a principal medida que o governo pode tomar para acelerar a adoção das tecnologias digitais no país. Na avaliação dos empresários, também é importante o investimento em novos modelos de educação e em programas de treinamentos (38,1%) e a adoção de linhas de financiamento especificas (37,3%). Da mesma forma, essas são as três medidas as mais importantes na opinião das empresas que já adotam a tecnologia digital. Perfil da Amostra RS: 229 empresas sendo 58 pequenas, 87 médias e 84 grandes. Período de Coleta: 4 a 13/01/2016. A Sondagem Industrial do RS é elaborada pela Unidade de Estudos Econômicos (FIERGS) em conjunto com Unidade de Política Econômica da CNI. As informações solicitadas são de natureza qualitativa e resultam do levantamento direto com base em questionário próprio. As Sondagens Especiais têm como objetivo avaliar os impactos de políticas ou acontecimentos específicos sobre a indústria, bem como a opinião dos empresários sobre essas questões. Desse modo, os temas são diversos e variam com a conjuntura e a política econômica. As questões das Sondagens Especiais são incluídas no questionário da Sondagem Industrial no fechamento dos trimestres. A forma de apresentação dos resultados varia de tema para tema, mas de uma maneira geral, os resultados são apresentados como percentuais de respostas ou indicadores de difusão. A base amostral é a mesma da Sondagem Industrial, ou seja, probabilística, a partir de uma população de empresas com 10 empregados ou mais. A forma de divulgação segue o modelo da Sondagem Industrial. A metodologia de geração das amostras é a Amostragem Probabilística de Proporções. O tamanho da amostra do RS baseou-se no critério de porte das empresas com margem de erro de 10% e Nível de confiança de 90%. Mais informações como série histórica e metodologia da pesquisa em: http://fiergs.org.br/ptbr/economia/indicadoreconomico/sondagem-industrial