PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

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Receita Operacional Líquida alcança R$ 15,5 milhões no 2T15

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Valor de Mercado DESTAQUES DO 2º TRIMESTRE DE 2014

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1. Destaques. Índice:

Confab anuncia resultados do primeiro trimestre de 2009

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A Mangels Industrial S.A. anuncia resultado final de R$ 21,5 milhões em 2010

A produção brasileira de veículos e máquinas agrícolas apresentou o seguinte comportamento nos períodos indicados, em mil unidades:

Movida Locação de Veículos S.A. Balanços patrimoniais Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 Em milhares de reais

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Transcrição:

Última Cotação em 31/03/2017 FBMC4 - R$ 4,90 por ação Total de Ações: 726.514 FBMC3: 265.160 FBMC4: 461.354 São Bernardo do Campo, 12 de maio de 2017 A Fibam Cia Industrial Em Recuperação Judicial (BM&FBOVESPA: FBMC3 e FBMC4), empresa líder na produção de fixadores especiais, anuncia os seus resultados financeiros relativos ao 1º trimestre de 2017 (1T17). As informações financeiras e operacionais, exceto quando indicadas de outra forma, são apresentadas de acordo com os critérios da legislação societária brasileira e em milhares de Reais. Valor de Mercado (31/03/2017): R$ 22.419,7 mil US$ 7.160,3 mil PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL Em 14 de outubro de 2014, mediante aprovação de seus administradores, a Companhia ajuizou Pedido de Recuperação Judicial, na Comarca de São Bernardo do Campo, nos termos do artigo 51 e seguintes da Lei n.º 11.101/05. Não obstante os esforços da administração na busca de renovações de suas linhas de crédito, o pedido de recuperação judicial configurou-se como a alternativa mais adequada para o atual momento. A medida visa preservar o valor da Companhia, sua função social e o estímulo à atividade econômica, atendendo de forma organizada aos interesses de seus credores e acionistas e contingenciando de maneira responsável os recursos existentes em caixa mantendo a segurança operacional e compromisso com o fornecimento aos seus clientes com a qualidade com a qual sempre foi reconhecida. 1T17 4T16 Variação 1T17/4T16 1T16 Variação 1T17/1T16 Receita Operacional Líquida 11.038 12.601 (12,4%) 13.625 (19,0%) Lucro Bruto (4.617) (4.744) (2,7%) (2.334) 97,8% Margem Bruta (%) (41,8%) (37,6%) (4,2) p.p. (17,1%) (24,7) p.p. Resultado Operacional (EBIT)* (7.821) (9.997) (21,8%) (5.515) 41,8% Margem Operacional (%) (70,9%) (79,3%) 8,4 p.p. (40,5%) (30,4) p.p. (Prejuízo) Lucro Líquido (9.128) (16.777) (45,6%) (5.068) 80,1% Margem Líquida (%) (82,7%) (133,1%) 50,4 p.p. (37,2%) (45,5) p.p. EBITDA** (7.175) (9.216) (22,1%) (4.904) 46,3% Margem EBITDA (%) (65,0%) (73,1%) 8,1 p.p. (36,0%) (29,0) p.p. Patrimônio Líquido (39.353) (30.226) 30,2% 1.259 NA Dívida * Líquida 24.313 23.566 3,2% 23.062 5,4% * * Lucro antes dos juros e impostos. ** Lucro antes dos impostos, juros, outras despesas e receitas operacionais, depreciação e amortização. Contatos: José Reinaldo Mindel Telefone (55 11) 2139-5323 Email ri@fibam.com.br

PERFIL CORPORATIVO Com mais de sessenta anos de atuação, a Fibam é líder na produção de fixadores especiais para a indústria automobilística no Brasil, mantendo o compromisso de garantir segurança, qualidade, eficiência e a satisfação de seus clientes. O portfólio da Companhia é direcionado para aplicações críticas que exigem alto grau de segurança como: motores, suspensões, freios, cintos de segurança, rodas e sistemas de direção. Além do setor automobilístico, a Fibam também atua no fornecimento de fixadores para eletrodomésticos, construção civil, equipamentos agrícolas, entre outros. O relacionamento com clientes é pautado pela qualidade dos produtos, confiabilidade no prazo de entrega e foco no aprimoramento constante, o que resulta em alternativas de redução de custos para o cliente. Esses diferenciais são atestados por múltiplas premiações e certificações concedidas pelos próprios clientes e que renderam à Companhia a liderança no segmento de fixadores metálicos na América Latina. Entre outros certificados de qualidade, a Fibam é certificada segundo a ISO TS 16949, o que a credencia a fornecer para toda a cadeia automotiva mundial. PRODUTOS E APLICAÇÕES A Fibam produz fixadores utilizados para: freios e suspensões, sistemas de direção, motos, motores, compressores, rodas, tratores, câmbios e cintos de segurança. Produtos que agregam tecnologia, pesquisa e desenvolvimento. 2

CONJUNTURA ECONÔMICA E SETORIAL Após um ano bastante conturbado em 2016, a economia brasileira apresentou indicações de retomada da atividade econômica no primeiro trimestre de 2017. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, o Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), uma espécie de prévia do PIB, avançou 1,31% em fevereiro ante janeiro na série ajustada, além do registro de superávit recorde na balança comercial para os três meses iniciais do ano. A inflação tem se mostrado sob controle da autoridade monetária, permitindo aceleração da política monetária expansionista que por sua vez tem repercutido positivamente na confiança de consumidores e empresários. Com isso, a expectativa é de que o indicador ficará abaixo da meta central de 4,5% para o ano. Para o PIB (Produto Interno Bruto) a previsão é de crescimento de 0,47% segundo as expectativas coletadas pelo Banco Central por meio do relatório de mercado Focus. A despeito da morosidade na recuperação da atividade econômica, a indústria automobilística apresentou crescimento na produção. A produção de veículos automotores totalizou 609,8 mil unidades no trimestre o que representa avanço de 3,0% frente o trimestre anterior e 24% na comparação com o mesmo período de 2016, segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA). As exportações foram o destaque no primeiro trimestre do ano com total de 172,7 mil unidades exportadas, elevação de 69,7% frente o 1T16. Com relação ao número de trabalhadores na indústria automobilística, com o avanço na produção, o ritmo de queda nos postos de trabalho está menor, o que demonstra estabilização do nível de emprego. Ainda há em torno de 10,5 mil empregados da indústria em regime de "lay-off" (suspensão temporária do contrato de trabalho) ou pelo PSE (Programa Seguro-Emprego). A ANFAVEA estima, para o ano de 2017, incremento de 11,9% na produção de veículos automotores em relação aos números do ano passado, o que significa produção de 2,41 milhões de unidades, motivada pela recuperação da atividade econômica. Com isso, a expectativa é de retomada da confiança do consumidor e investidores, reaquecimento do consumo e aumento gradual da oferta de crédito. Na Fibam, o instrumento jurídico da recuperação judicial não alterou as atividades da Companhia que tem honrado os compromissos com empregados, fornecedores e clientes. A produção segue com a programação normal de acordo com a demanda, com a eficiência e qualidade com a qual sempre foi reconhecida. Continuamos direcionando esforços para a busca do aumento da eficiência operacional, revisando processos e reformulando as estruturas administrativas e produtivas com o objetivo de se adequar à situação econômica e setorial. Produção total de veículos (mil unidades) 491,7 533,2 539,6 591,9 609,8 1T16 2T16 3T16 4T16 1T17 Fonte: Anfavea 3

DESEMPENHO OPERACIONAL Em 14 de outubro de 2014, a Companhia ajuizou Pedido de Recuperação Judicial, na Comarca de São Bernardo do Campo, nos termos do artigo 51 e seguintes da Lei n.º 11.101/05. Não obstante os esforços da administração na busca de renovações de suas linhas de créditos, o pedido de recuperação judicial configurou-se como a alternativa mais adequada para o atual momento. A medida visa preservar o valor da Companhia, sua função social e o estímulo à atividade econômica, atendendo de forma organizada aos interesses de seus credores e acionistas e contingenciando de maneira responsável os recursos existentes em caixa mantendo a segurança operacional e o compromisso com o fornecimento aos seus clientes com a qualidade com a qual sempre foi reconhecida. O ajuizamento do Pedido de Recuperação Judicial se deu exclusivamente em caráter preventivo e foi a alternativa encontrada pela Fibam face à escassez na oferta de crédito no mercado de capitais e a negativa de instituições para o rolamento de dívidas. A Companhia não possuía débitos ou sequer protestos de fornecedores ou atraso com empregados, à época da recuperação judicial. Aliado a um mercado altamente cadente, como demonstrado pelos números de produção de veículos e insistentemente comentado pela Companhia ao longo das últimas divulgações, sem contar com acesso a crédito a Companhia se viu obrigada a buscar uma alternativa que lhe proporcionasse o fôlego financeiro necessário para a continuidade do atendimento aos seus clientes com a qualidade com a qual sempre foi reconhecida. Em 15 de dezembro de 2015 os credores da Companhia aprovaram na Assembleia Geral de Credores o Plano de Recuperação Judicial, que tem como principais pontos: i) deságio de 40% sobre o total da dívida quirográfica; ii) carência de 20 meses; iii) 8 anos de pagamento após o vencimento da carência; iv) correção monetária de Taxa Referencial + 0,5% ao ano e v) pagamento em parcelas anuais fixas e pagamento periódico trimestral (PMT). A Fibam mantém em atividade sua programação de produção normalmente, comprometida com a segurança de continuidade de fornecimento aos seus clientes. Seus produtos continuam com a qualidade demandada e certificada pelas principais montadoras presentes no País, seguindo os mais rigorosos padrões. É importante não deixar de reforçar que o instrumento jurídico da recuperação judicial não afetou e não tem afetado a rotina comercial ou produtiva, com a Companhia mantendo suas atividades da mesma forma que antes do pedido de recuperação judicial. 1T17 4T16 AUTOMOTIVO 94,5% REPOSIÇÃO 1,3% AUTOMOTIVO 94,3% REPOSIÇÃO 2,6% EXPORTAÇÃO 4,2% EXPORTAÇÃO 3,1% O segmento automotivo representou 94,5% do total de receita líquida de vendas no primeiro trimestre de 2017, praticamente o mesmo patamar verificado no trimestre anterior. No mesmo período, os segmentos de 4

reposição e exportação corresponderam a 1,3% e 4,2%, 1,3 p.p. inferior e 1,1 p.p. superior na comparação com o 4T16, respectivamente. O incremento no segmento exportação reflete os esforços da Companhia na busca por outros mercados. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA A receita operacional líquida da Companhia atingiu R$ 11,0 milhões no 1T17 o que representa queda de 12,4% frente o resultado reportado no quarto trimestre de 2016. Na comparação com o mesmo período de 2016, quando alcançou R$ 13,6 milhões, a retração foi de 19,0%. As reduções refletem a deterioração do mercado automobilístico verificada ao longo dos últimos anos. Receita Operacional Líquida (Em R$ milhões) 13,6 12,6 11,0 (12,4%) 1T16 4T16 1T17 Volume de Vendas (em R$ mil) 1T17 Receita operacional líquida 11.038 12.601 (12,4%) 13.625 (19,0%) AUTOMOTIVO 10.429 11.889 (12,3%) 12.495 (16,5%) REPOSIÇÃO 141 322 (56,2%) 484 (70,9%) EXPORTAÇÃO 468 390 20,0% 646 (27,6%) RESULTADO BRUTO E MARGEM BRUTA Receita Operacional Líquida por Segmento 4T16 1T17/4T16 1T16 1T17/1T16 O custo dos produtos vendidos (CPV) no 1T17 totalizou R$ 15,6 milhões, valor 9,7% e 1,9% inferior ao registrado no 4T16 e 1T16, respectivamente. Uma vez que o custo dos produtos vendidos superou a receita líquida da Companhia no trimestre, o resultado bruto foi negativo em R$ 4,6 milhões, leve recuperação de 2,7% frente o 4T16 e 97,8% pior que o valor auferido no mesmo período do ano anterior. Com este resultado, a margem bruta apresentada no 1T17 foi 4,2 p.p. inferior à margem alcançada no quarto trimestre de 2016, atingindo 41,8%. Na comparação com o 1T16, quando a margem foi negativa em 17,1%, a retração foi de 24,7 p.p. 5

DESPESAS OPERACIONAIS No primeiro trimestre de 2017, as despesas operacionais da Companhia totalizaram R$ 3,2 milhões, 69,6% inferior ao registrado no 4T16 e 37,6% superior ao montante reportado no mesmo período do ano anterior. A diferença entre o resultado do 1T17 frente o 4T16 decorre do registro de despesas tributárias de R$ 5,4 milhões no trimestre anterior. As despesas com vendas totalizaram R$ 0,7 milhão o que evidencia redução de 61,0% e 12,9% ante os resultados do 4T16 e 1T16, respectivamente. Já as despesas administrativas alcançaram R$ 2,1 milhões com recuo de 28,8% frente o quarto trimestre de 2016 e avanço de 10,1% na comparação com o mesmo período de 2016. Quando considerado o percentual sobre a receita líquida de 29,2% no 1T17, o resultado é 54,7 p.p. melhor quando comparado com o registrado no 4T16 e 12,0 p.p. inferior ao do 1T16. A Fibam adotou diversas ações para redução de custos e despesas, como reestruturação das áreas administrativas, revisão de processos internos e de produção, além de medidas para o aumento de eficiência no parque produtivo. Variação Variação Em R$ mil 1T17 4T16 1T16 1T17/4T16 1T17/1T16 Despesas Operacionais (3.218) (10.573) (69,6%) (2.339) 37,6% (%) sobre a Receita Líquida 29,2% 83,9% (54,7) p.p. 17,2% 12,0 p.p. *Considerando despesas com vendas, despesas administrativas e outras despesas. RESULTADO OPERACIONAL - EBIT A Fibam gerou Ebit negativo de R$ 7,8 milhões no primeiro trimestre de 2017, montante 21,8% melhor do que o auferido no 4T16, de R$ 9,9 milhões. Na comparação com o 1T16, quando totalizou R$ 5,5 milhões negativo, o valor foi 41,8% maior. EBITDA O Ebitda da Companhia no primeiro trimestre de 2017 foi negativo em R$ 7,1 milhões, redução de 22,1% frente o resultado negativo de R$ 9,2 milhões do 4T16 e avanço de 46,3% na comparação com os R$ 4,9 milhões negativo registrados no mesmo período do ano anterior. Nesse sentido, a margem Ebitda do 1T17 foi negativa em 65,0%, melhora de 8,1 p.p. em relação à margem obtida no 4T16 e 29,0 p.p. pior frente à margem reportada no 1T16. Em mais um trimestre, a geração de caixa e rentabilidade da Companhia foi afetada pela ainda deprimida atividade no setor automotivo, que ainda convive com pressão nos custos de matéria-prima e de mão de obra. 6

Em R$ mil 1T17 4T16 1T17/4T16 1T16 1T17/1T16 (Prejuizo) Lucro do Período (9.128) (16.777) (45,6%) (5.068) 80,1% Resultado financeiro líquido 1.293 1.460 (11,4%) 395 NA IR/CSLL - - - - - Depreciações/amortizações 646 781 (17,3%) 611 5,7% Outras despesas/receitas operacionais (7) (4) 75,0% (857) (99,2%) Juros/Encargos sobre REFIS/PAEX 21 5.324 NA 15 40,0% EBITDA (7.175) (9.216) (22,1%) (4.904) 46,3% Margem EBITDA (65,0%) (73,1%) 8,1 p.p. (36,0%) (29,0) p.p. RESULTADO FINANCEIRO A Fibam registrou resultado financeiro negativo de R$ 1,2 milhão no 1T17, redução de 11,4% frente os R$ 1,4 milhão reportados no 4T16 e 3,2 vezes superior ao registrado no 1T16, decorrente da elevação de despesas financeiras com juros e outros custos incorridos. LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO No 1T17, a Fibam registrou prejuízo líquido de R$ 9,1 milhões, 45,6% menor em relação ao prejuízo de R$ 16,7 milhões do 4T16 e 80,1% superior aos R$ 5,0 milhões do 1T16. Em R$ mil 1T17 4T16 Variação 1T17/4T16 1T16 Variação 1T17/1T16 (Prejuízo) Lucro Líquido (9.128) (16.777) (45,6%) (5.068) 80,1% Total de Ações 726.514 726.514-726.514 - (Prejuízo) Lucro por Ação (em R$) (12,5641) (23,0925) (45,6%) (6,9758) 80,1% Valor Patrimonial por Ação (em R$) (54,1669) (41,6042) 30,2% 1,7329 NA ENDIVIDAMENTO Ao final do período encerrado, em 31 de março de 2017, a dívida líquida somou R$ 24,3 milhões, 3,2% e 5,4% superior ao registrado no trimestre anterior e em relação ao verificado no mesmo trimestre do ano passado, respectivamente. MERCADO DE CAPITAIS 7

Em 31 de março de 2017, a cotação da ação preferencial (FBMC4) foi de R$ 4,90, 2,1% superior à cotação registrada ao final de dezembro de 2016, de R$ 4,80. No mesmo período de comparação, o Ibovespa registrou valorização de 7,9%. O gráfico abaixo representa o desempenho das ações preferenciais da Fibam em comparação com o Ibovespa: Desempenho da ação (Base 100 em 31/03/2017) 100 2,1% 7,9% jan-17 jan-17 mar-17 mar-17 Fonte: Uol Economia FBMC4 IBOV ESTRUTURA SOCIETÁRIA O valor de mercado, em 31 de março de 2017, era de R$ 22,4 milhões, representado por 726.514 ações, sendo 265.160 ordinárias (FBMC3) e 461.354 preferenciais (FBMC4). Assim, a estrutura societária ficou dividida da seguinte maneira: (i) 51,35% de participação da família Paperini; (ii) 7,90% de participação do Sr. José Claudio Marinho da Nóbrega; (iii) 7,98% do Sr. Pedro Henrique Ribeiro Novaes; (iv) 5,55% de participação do Sr. Norio Suzaki; e (v) 27,22% de participação de outros acionistas. 8

ANEXOS BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 31/03/2017 31/03/2016 31/03/2017 31/03/2016 CIRCULANTE 22.194 31.512 CIRCULANTE 37.351 17.769 Caixa e Equivalentes de Caixa ** 110 554 Fornecedores Nacionais 3.991 3.177 Clientes Nacionais 4.773 5.885 Fornecedores no Exterior 212 - Clientes no Exterior 416 528 Instituições Financeiras 10.953 8.075 Impostos a Compensar/Recuperar 207 220 Impostos a Recolher 4.622 2.598 Contas a Receber 980 686 Obrigações Trabalhistas e Encargos a Pagar 13.519 3.023 Estoques 13.730 21.619 Contas a Pagar 3.923 766 Despesas Antecipadas 75 118 Juros sobre o Capital Próprio e Dividendos a Pagar 130 130 Provisão p/recuperação Judicial 1.903 1.903 NÃO CIRCULANTE 34.802 37.292 NÃO CIRCULANTE 58.998 49.776 Depósitos Judiciais 38 38 Instituições Financeiras 13.470 15.541 Outros Creditos 20.446 20.476 Parcel. de Tributos Federais Estaduais e Previdenciários 39.827 26.918 Imobilizado 14.318 16.777 Fornecedores Nacionais 4.543 5.668 Outras Responsabilidades a Vencer 1.158 1.649 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (39.353) 1.259 Capital Social 23.749 23.749 Ajuste de Avaliação Patrimonial 1.081 1.081 Prejuizos Anteriores (55.055) (18.503) Prejuizo do Período (9.128) (5.068) TOTAL DO ATIVO 56.996 68.804 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 56.996 68.804 9

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 1T17 4T16 1T17/4T16 1T16 1T17/1T16 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 11.038 12.601 (12,4%) 13.625 (19,0%) Custo dos Produtos Vendidos (15.655) (17.345) (9,7%) (15.959) (1,9%) LUCRO BRUTO (4.617) (4.744) (2,7%) (2.334) 97,8% (DESPESAS)/RECEITAS OPERACIONAIS (3.218) (10.573) (69,6%) (2.339) 37,6% Vendas (754) (1.931) (61,0%) (866) (12,9%) Administrativas (2.117) (2.974) (28,8%) (1.923) 10,1% Honorários dos Administradores (215) (260) (17,3%) (301) (28,6%) Despesas Tributárias (139) (5.412) (97,4%) (106) 31,1% Outras Receitas e Despesas Operacionais 7 4 75,0% 857 (99,2%) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO (7.835) (15.317) (48,8%) (4.673) 67,7% RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO Despesas Financeiras (1.503) (1.611) (6,7%) (490) NA Receitas Financeiras 210 151 39,1% 95 NA Resultado Financeiro Líquido (1.293) (1.460) (11,4%) (395) NA RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS (9.128) (16.777) (45,6%) (5.068) 80,1% PREJUÍZO DO TRIMESTRE (9.128) (16.777) (45,6%) (5.068) 80,1% Não *Não houve outros resultados abrangentes nos períodos divulgados, portanto, não se aplica a apresentação da demonstração do resultado abrangente. 10

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA EM 31 DE MARÇO DE 2017 E 2016 1T17 4T16 1T16 Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais Prejuizo do Trimestre (9.128) (16.777) (5.068) Ajustes para conciliar o prejuízo do trimestre com recursos Gerados das (aplicado nas) atividades operacionais Depreciações do Imobilizado 646 782 611 Perda (Ganho) na Alienação de Imobilizado 154 - - Apropriação de Juros sobre Financiamentos 782 790 - (7.546) (15.205) (4.457) Duplicatas a Receber (509) (750) (1.076) Contas a Receber 305 (310) 217 Estoques 3.286 1.455 1.905 Impostos a Recuperar (8) 8 19 Outros 16 728 39 Aumento (Redução) de Passivos Operacionais Fornecedores (216) 656 1.718 Impostos a Pagar 3.247 4.933 871 Contas a Pagar 8 1.553 84 CAIXA GERADO DAS (APLICADO NAS) ATIVIDADES OPERACIONAIS (1.417) (6.932) (680) Juros Pagos sobre Financiamentos 1.053 790 208 CAIXA LÍQUIDO GERADO DAS (APLICADO NAS) ATIVIDADES OPERACIONAIS (364) (6.142) (472) Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos Aquisição de Bens do Ativo Imobilizado (139) (11) (24) CAIXA LÍQUIDO APLICADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS (139) (11) (24) Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamentos Captação de Empréstimos e Financiamentos 1.007 2.025 1.149 Amortizações de Empréstimos e Financiamentos (2.166) (3.294) (1.601) Redução de Juros Provisionados a Maior - - (3.379) Parcelamento de Impostos 1.720 7.423 1.196 CAIXA LÍQUIDO GERADO DAS (APLICADO NAS) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS 561 6.154 (2.635) (REDUÇÃO) AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES 58 1 (3.131) Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes 52 51 3.684 Saldo Final de Caixa e Equivalentes 110 52 553 (REDUÇÃO) AUMENTO DAS DISPONIBILIDADES 58 1 (3.131) 11