Daniela Campioto Cyrilo Lima*, Emanuela Matos Granja*, Fabio Giordano **



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Transcrição:

AVALIAÇÃO SOBRE AS PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL DESENVOLVIDA ATRAVÉS DO ECOTURISMO NO CAMINHO DO MAR PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR NÚCLEO ITUTINGA PILÕES Daniela Campioto Cyrilo Lima*, Emanuela Matos Granja*, Fabio Giordano ** * Acadêmicas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), ** Professor orientador RESUMO. Este trabalho teve por objetivo relacionar os dados de Ecoturismo desenvolvido no Núcleo Itutinga Pilões; Apresenta informações sobre o Parque Estadual da Serra do Mar e as preferências dos turistas ao visitarem o Núcleo itutinga Pilões. A pesquisa foi realizada através da aplicação de questionários e do levantamento de dados bibliográficos. Palavras-chave. Educação Ambiental; Ecoturismo; Parque Estadual da Serra do Mar Introdução O Parque Estadual da Serra do Mar foi criado para assegurar integral proteção à flora, à fauna, às belezas naturais, bem como para garantir sua utilização a objetivos educacionais, recreativos e científicos. 1 É o maior Parque da Mata Atlântica, possibilita a manutenção dos fluxos gênicos e a preservação de espécies que necessitam de grandes territórios para sua sobrevivência. 2 Abriga um importante patrimônio ambiental, além de um importante acervo histórico cultural que marca períodos do desenvolvimento do Estado de São Paulo. 3 O Projeto Ecoturismo Caminhos do Mar localiza-se no Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) - Núcleo Itutinga Pilões. A visitação é feita a pé pela Estrada Velha de Santos, que liga São Bernardo do Campo à Cubatão, o percurso tem um total de 9 km e possui um monitoramento parcial ao visitante. Além de pertencer a uma Unidade de Conservação, atuando como área de preservação, o Projeto Caminhos do Mar pode atuar também na conscientização e aprendizagem dos visitantes sobre a importância da natureza, além de sensibilizálos sobre as práticas que podem ser adotadas para diminuir os impactos ambientais, tornando-os assim questionadores de suas próprias atitudes e transmissores do conhecimento sobre o meio ambiente. Considerando que a conservação de áreas protegidas igualmente depende das estratégias adotadas nos programas de educação ambiental, torna-se, então, de grande importância que eles sejam planejados e implementados adequadamente. 4 Página 48

Foi a partir dessa preocupação que decidimos investigar como tem se processado o Ecoturismo no Núcleo Itutinga Pilões. Objetivos - Relacionar os dados de Ecoturismo desenvolvido no Núcleo Itutinga Pilões; - Aplicar questionários para avaliar a percepção ambiental do público que visita o Parque e o interesse e conhecimento que os moradores da cidade de São Bernardo do Campo e região têm sobre o Parque. Justificativa Os visitantes do parque percorrem todo o trajeto sem acompanhamento, encontrando somente um monitor em cada ponto histórico que fornece informações, apenas sobre os monumentos e a história do local. Durante o percurso, as placas sobre a Mata Atlântica são poucas. Os ecoturistas acabam não aproveitando tanto, quanto o Parque poderia oferecer, pelo fato da estrutura não disponibilizar informações sobre a fauna e flora e por não estimular a conscientização de preservar o parque. Metodologia A coleta dos dados para o desenvolvimento do estudo foi realizada através do levantamento de dados bibliográficos sobre Educação Ambiental e Ecoturismo em Unidades de Conservação. E por meio da aplicação de questionários com questões adaptadas ao presente trabalho; O primeiro á grupos de turistas no próprio parque, antes e após adentrarem o mesmo, para diagnosticar as potencialidades do pólo ecoturístico, como gerador de políticas públicas para a educação ambiental; O segundo para avaliar o interesse e conhecimento que os moradores da cidade de São Bernardo do Campo e região têm sobre o Núcleo. Resultados Foram entrevistadas, em 5 datas diferentes, 319 pessoas, 71 do grupo de moradores em entrevistas na cidade e 248 do grupo de turistas e escolares visitantes do parque (135 antes e 113 depois da visita). Os resultados apontam que apenas 15% do grupo dos moradores da cidade já visitaram o Parque (Figura 1) e, que os demais, não visitam por falta de divulgação (80%); por falta de dinheiro para o ingresso (12%) ou por falta de interesse (8%) (Figura 2). Quanto aos visitantes entrevistados antes de ingressarem no parque 60% pretendiam caminhar, visitar monumentos históricos e contemplar a natureza (Figura 3), 95% demonstraram interesse em atividades de Educação Ambiental caso fossem oferecidas (Figura 4) e 97% gostariam de receber uma publicação sobre o parque (Figura 5). Ao serem entrevistados ao final da caminhada, 73% dos entrevistados preferiam ter sido monitorados durante todo o trajeto (Figura 6) e 100% deles gostariam de ter acesso a um museu com explicações sobre a flora e fauna avistada na visita (Figura 7). Questionário aplicado aos moradores de SBC e região Página 49

Já visitou o PESM - Núcleo Itutinga Pilões? 15% Motivo 8% 12% 80% 85% já visitaram nunca visitaram falta de interesse falta de dinheiro para o ingresso falta de divulgação Figura 1 Figura 2 Questionário aplicado aos visitantes antes de ingressarem no Parque Preferência de atividades 1% Interesse em Educação Ambiental 60% 9% 30% 5% visita aos monumentos históricos caminhada contato com a natureza as três atividades 95% interesse em Educação Ambiental não têm interesse Figura 3 Figura 4 Publicação sobre o parque 3% 97% gostariam de receber uma publicação sobre o parque não se interessam Figura 5 Questionário aplicado aos visitantes ao final da caminhada Página 50

Monitoria Ambiental Museu com explicações sobre fauna e flora do parque 27% 73% 100% preferiam ter sido monitorados preferem sem monitoria gostariam de ter acesso a um museu ecológico durante a visitação Figura 6 Figura 7 Discussão Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) a criação de Parques tem como objetivo a preservação dos ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. 5 É importante apresentar para os turistas as características da Unidade de Conservação, contribuindo para a conservação desta unidade. Conforme as Diretrizes para o Programa de Uso Público dos Parques Estaduais gerenciados pelo Instituto Florestal do Estado de São Paulo, esse programa deve propiciar lazer, recreação e educação ambiental à comunidade, bem como despertar uma consciência crítica para a necessidade de manutenção dos recursos naturais das unidades de conservação. 6 É através do Ecoturismo que essa consciência será despertada. Essa atividade deve envolver três pontos básicos: planejamento sustentável, inclusão social e Educação Ambiental. A Educação Ambiental exercida em Unidades de Conservação propicia a inter-relação dos processos de aprendizagem, sensibilização, questionamento e conscientização em todas as idades, e a utilização dos diversos meios e métodos educativos para transmitir o conhecimento sobre o ambiente e enfatizar de modo adequado atividades práticas e sociais. 7 O Uso de Unidades de Conservação através do ecoturismo deve possibilitar aprendizagem e sensibilização dos visitantes e aumentar a percepção dos mesmos sobre problemáticas ambientais. Conclusão Podemos concluir com o presente trabalho que, caso a Educação Ambiental seja desenvolvida em conjunto com o Ecoturismo, irá prover ao visitante valorosas informações sobre as características ambientais dessa importante Unidade de Conservação, assim como, seus problemas e importância ecológica, contribuindo não só para a conservação desta unidade, mas também do ambiente em que vivem, possibilitando que essas pessoas passem a ser cidadãos responsáveis, com posturas críticas e mais participativas, e conseqüentemente agentes multiplicadores capazes de potencializar a abrangência do programa. Referências Bibliográficas Decreto Nº 10.251, de 30 de agosto de 1977 Página 51

Disponível em: <http://www.fundacaofia.com.br/gdusm/decreto_10251_77.htm> Acesso em 19 de agosto de 2009. Plano de manejo do PESM Disponível em: <http://www.iflorestal.sp.gov.br/plano_de_manejo/pe_serra_mar/1%20e%202 %20Introdu%E7%E3o%20e%20Metodologia.pdf> Acesso em 31 de março de 2009. Ecoturismo Caminhos do Mar Disponível <http://www.energiaesaneamento.org.br/projespeciais/caminhosdomar.php> Acesso em 31 de março de 2009. em: TABANEZ, M.F. et al. Avaliação de trilhas interpretativas para educação ambiental. In: PÁDUA, S.M.; TABANEZ, M.F. (Orgs.). Educação ambiental, caminhos trilhados no Brasil. Brasília: IPÊ, 1997. 283p. Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC (BRASIL, 2000) Disponível em: <http://kplus.cosmo.com.br/materia.asp?co=240&rv=direito> Acesso em 2 de abril de 2009. CERVANTES, A. L. A. et al. Diretrizes para os programas de uso público do Instituto Florestal do Estado de São Paulo SMA. II Congresso Nacional sobre Essências Nativas. São Paulo, 1992. 1076-1080 p. GUIMARÃES, Mauro. A dimensão ambiental na Educação. Campinas: Papirus, 1995. 107p. Página 52