Ua~ó-LNTC. Ljt. AZ?.- j~4~ Assunto: g2~ ~ Data:.12 44 Prazo de Resposta: Registo n. ASSEMBLEIA MUNICIPAL LISBOA. ~ a PRES!D ENTE



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Transcrição:

ASSEMBLEIA MUNICIPAL LISBOA PRES!D ENTE Assunto: g2~ ~ ~&ÁLÂ~, ~1. ~2JJ.e1. e~à~ - Ua~ó-LNTC Data:.12 44 Prazo de Resposta: Registo n. Entidade: Proc, n. Ljt ~ a J~ AZ?.- j~4~ Av. de Roma, 14 P, 2 1000-265 Lisboa 1 tel. 218170401 1 fax: 218 171 275 E-mau: ami@cm-~isboa.pt

COMISSÃO PERMANENTE DE MOBILIDADE E SEGURANÇA Parecer da Proposta n. 91712013 Aprovar e Plano de Acessibilidade Pedonal, nos termos da proposta. ASSEMBLEIA Etfl~(Jsc/ØAo5M,~ OATA.i&i.p4jjy Encontra-se submetida à apreciação da Assembleia Municipal, através da Pr6p~sta n#s_k~&~ltt(. 917/2013, o Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, o qual foi objecto de apresentação e discussão em sede de Comissão com o Sr. Vereador do Pelóuro, Arq. João Afonso, no dia 13 de Janeiro de 20 14. INTRODUÇÃO, OBJECTIVOS, ESTRATÉGIA GLOBAL DO PLANO, INVESTIMENTO E PRAZO DE VIGÊNCIA O Plano de Acessibilidade Pedonal pretende ser um instrumento orientador das acções e operações urbanísticas a planear e a realizar, onde se verifique impacto direto ou provocado nas condições de acessibilidade existentes ou a concretizar, em conformidade com as propostas nele contidas e que, em si, resultam de um muito exaustivo e diversificado processo de diagnóstico. As características centrais do Plano são: Ter um carácter estratégico assume um diagnóstico operacional, estabelece um conjunto coerente de orientações e define as acções mais adequadas á implementação, em temjo útil, dessas orientações. Seguir o modelo de plano-processo pressupõe trabalho contínuo, avaliação em contínuo e adaptação, quando necessário. Ser um compromisso político é a formalização de uma vontade politica, que vincula a CML. A complexidade da matéria, bem como a quantidade e diversidade de agentes que, directa ou indirectamente, agem no sistema de acessibilidade pedonal, contribuem para que os objectivos essenciais assumidos se traduzam em: Prevenir a criação de novas barreiras Promover a adaptação progressiva dos espaços e edifícios já existentes Mobilizar a comunidade para a criação de uma cidade para todos A proposta assume que a prossecução destes objectivos bastará para a CML cumprir as suas obrigações legais em matéria de Acessibilidade e de Não Discriminação das Pessoas com Deficiência. O Plano assenta em cinco princípios orientadores, que constituem a Estratégia Global do Plano, para que o esforço municipal tenha maior eficácia (obter resultados) e eficiência (rentabilizar recursos), que se transcrevem: Página ide 19

ASSUMIR UM COMPROMISSO Para Conseguir mudar e mobilizar uma organização é indispensável um Compromisso inequívoco dos responsáveis de topo. Esse compromisso deve tér efeitos concretos na qualidade das intervenções (a. CML deve dar o exemplo), no rigor da fiscalização, na visibilidade das acções e na afectação de meios humanos e financeiros à sua execução. DEFINIR PRIORIDADES Não há recursos humanos e financeiros suficientes para resolver todos os problemas no prazo que a Lei estabelece (até 2017). Para concentrar o impacto do esforço municipal é preciso definir um conjunto prioritário de áreas operacionais, questões chave e acções. FAZER ATRAVÉS DOS SERVIÇOS A CML já dispõe do recurso mais importante: os seus serviços e funcionários. É preciso virar esta máquina contra as barreiras, integrando as acções do Plano na actividade Corrente, responsabilizando os serviços, e apoiando-os com uma Equipa que coordene, dinamize, forneça apoio técnico especializado e remova grãos de areia da engrenagem. CAPACITAR os INTERVENIENTES Informar, sensibilizar, formar e equipar com ferramentas (manuais, SIG, etc.) os vários intervenientes (políticos, técnicos, polícia e fiscais) cuja acção pode beneficiar (ou prejudicar) a Acessibilidade. Apbiar Juntas de Freguesia e UIT no exercício das suas competências. Estimular o envolvimento da investigação universitária e do empreendedorismo. NÃO DESPERDIÇAR OPORTUNIDADES Todos os dias fazem-se planos, projectos e obras (pequenas e grandes, públicas e particulares) que podem eliminar barreiras sem custo adicional para a CML. É preciso preparar soluções que possam ser integradas nesses trabalhos. E aproveitar os projectos piloto como oportunidade de aprendizagem e demonstração. No que concerne ao financiamento, o Plano propõe que este seja percentual e não inferior a 3% do Orçamento anual da CML, sem prejuízo da candidatura a outras fontes de financiamento. O Plano procura corresponder ao legalmente estipulado pelo que assume um prazo de vigência até 2017. II ENQUADRAMENTO 1. Enquadramento Jurídico A elaboração do Plano parte do pressuposto que a acessibilidade é um dirõito, que encontra enquadramento legal no DL 163/2006, na Lei n. 38/2004, na resolução do CM n. 120/2006 e nas Resoluções da AR n. 56 e 57/2009. A Lei n. 46/2006 consolida ainda a proibição da discriminação com base da deficiência, classificando as práticas discriminatórias como por acção ou omissão, designadamente na recusa de fornecimento ou impedimento de fruição de bens e serviços, na recusa ou limitação de Página 2 de 19

acesso ao meio edificado, a estabelecimentos públicos de ensino ou transportes públicos, definição que interpela vários sectores da actividade municipal. Ainda, existem outros instrumentos légais que, de forma directa ou indirecta, encontram aplicação no âmbito da acessibilidade pedonal (ex. Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, Regime Jurídico da Instalação, Exploração e Funcionamento dos Empreendimentos Turísticos ou Decreto Regulamentar n. 20/2008 relativo á Instalação e Funcionamento de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas). A dispersão de normas influentes no âmbito da acessibílidade pedonal não só não oferece coerência na acção, como não assume a acessibilidade pedonal como um elemento de 1a grandeza no sistema urbano. 2. Enquadramento nos Instrumentos Municipais O Regulamento Municipal para a Promoção da Acessibilidade e Mobilidade Pedonal (Edital n. 24/2004, de 7 de Junho) definiu as normas técnicas de acessibilidade aplicáveis á via pública, transportes, edifícios públicos e privados com utilização pública e edifícios com fogos habitacionais. Note-se que este regulamento, por não ter sido publicado em Diário da Republica, não vincula os particulares. É também este regulamento que preconiza o compromisso de elaboração dõ Plãno agora proposto. Tanto o Regulamento Municipal para a Promoção da Acessibilidade e Mobilidade Pedonal como a proposta em análise preconizam que a acessibilidade não é um fim, mas um meio que contribui decisivamente para a prossecução dos objectivos enunciados nos mais diversos instrumentos, programas e regulamentos municipais. Tendo em vista a desejada coerência entre instrumentos, o Plano procura fazer a sua parte na concretização da Carta Estratégica de Lisboa, da Estratégia Lisboa-Europa 2020, da Agenda 21 Local, do Programa Local de Habitação, do Plano de Desenvolvimento Social, do Projecto Lisboa Cidade Sustentável, do Plano Gerontológico, das Cartas de Equipamentos, assumindo parte dos seus objectivos, compatibilizando-os e dando-lhes resposta articulada. Neste procedimento foram naturalmente tidos em conta o PDM, os PMOT e o RMUEL. O Plano foi desenvolvido de acordo com os requisitos e orientações da Deliberação n. 566/CM/2009, através da qual o Executivo determinou a sua elaboração e respectiva metodologia. III METODOLOGIA DO PLANO 1. Grupos de Trabalho Considerando o disposto na Deliberação n. 566/CM/2009 foram criadas 3 estruturas para o desenvolvimento do Plano: A equipa do Plano composta essencialmente por trabalhadores da CML, reàponsável pela elaboração, acompanhamento e execução do Plano. Página 3 de 19

A A Comissão de Acompanhamento composta por, pelo menos, um elemento de cada Direcção Municipal, cuja missão é facilitar a abordagem integrada de questões transversais aos serviços, agilizar contactos e fomentar a partilha de saber e troca de informação. O Painel Consultivo constituído pelas associações que integram o Grupo de Trabalho Acessibilidade e Mobilidade do Conselho Municipal para a Inclusão das Pessoas com Deficiência, bem como outras associações e cidadãos convidados a integrar os trabalhos em temas onde a sua experiencia podia acrescentar valor. O propósito deste páinel foi integrar a sociedade civil no processo decisório. 2. Da elaboração do Plano Constituída a Equipa, cumpriu-lhe formular um plano de trabalhos que, considerando a Deliberação n. 566/CM/2009 e o prazo concedido pelo DL 163/2006 (Fevereiro de 2017) para a adaptação dos espaços e edifícios municipais, se estabeleceu da seguinte forma: Fase 1 Bases para a Formulação do Plano (Julho a Dezembro de 2010) Esta fase compreendeu a definição das áreas Operacionais e das suas Questões-Chave, assim como dos principais estudos, ferramentas e projectos-piloto. Aqui se inclui ainda a obtenção de financiamento para o planeamento, através de 3 candidaturas ao QREN/POPH/Rampa aprovadas, assim como as candidaturas aos projectos europeus Spass e Journey, que não obtiveram aprovação. Considerando a Deliberação n. 566/CM/2009, que definiu o âmbito de intervenção do Plano, fixaram-se 5 Áreas Operacionais definidas com base no cruzamento das áreas de operação municipal com as exigências legais aplicáveis a cada área: Via Pública Equipamentos Municipais Articulação com as Redes de Transporte Público Fiscalização de Particulares Desafios Transversais Para cada uma das áreas operacionais foram identificadas as respectivas questões chave, que são as matérias se constituem como desafios incontornáveis sóm os quais o Plano não se poderia considerar completo ou desafios alcançáveis em que o Plano pode dar um contributo concreto, que se abordarão adiante. Fase 2 Estudos, Ferramentas e Projectos-piloto (Outubro de 2010 Julho de 2013) O. investimento no diagnóstico assentou numa recolha de dados, diversificada em tipo e em fonte, alimentada, a todo o tempo, pela participação de vários intervenientes (Serviços e Empresas Municipais, Juntas de Freguesia, Organismos da Administração Central, entidades particulares com fins lucrativos relevantes nas áreas de intervenção do Plano, organizações da sociedade civil e cidadãos a título particulaõ. Página 4 de 19

A diversidade dos desafios conhecidos, ou reconhecidos por via do diagnóstico, exigem respostas de terapêutica distinta, O Plano reconhece que a tipificação das soluções não será eficaz para a globalidade dos desafios, p&o que, paralelamente ao diagnóstico, concebe 3 tipos de plataformas passíveis de ser tidas em conta consoante o problema que se apresenta. Os Estudos referem-se a matérias de elevada complexidade, e estão vocacionados para a abordagem sistemática dos problemas. As Ferramentas de trabalho foram concebidas com o duplo propósito de tornecer aos serviços municipais, em tempo útil, orientações concretas para responder a questões prementes e, simultaneamente, constituir um foco de colaboração entre serviços. Alguns destes documentos já estão a seraplicados (ex. Acessibilidade pedonal no planeamento urbano, Guião. para a vistoria de estabelecimentos de ensino particulares ou Modelo de passagem de peões acessível ). Os Projectos-piloto são desenvolvidos quando eles próprios permitem testar soluções replicáveis em maior escala (ex. adaptação das passagens de peões da Av. 5 de Outubro), ou quando são indispensáveis para a programação do Plano (ex. projecto de promoção de acessibilidade no Castelo de São Jorge). Fase 3 Redacção da Proposta Global do Plano (Outubro de 2012 Dezembro de 2013) Fase de consolidação da Proposta do Plano, que compreendeu uma primeira redacção da proposta do Plano - que foi submetida a discussão pública ainda em Julho de 2013- a que se seguiu a ponderação do resultado da participação pública que se prolongou até quase ao final do ano passado - a sistematização dos dados de diagnóstico e a definição das orientações e das acções. No que concerne às orientações o Plano detalha: Competência - todas as acções devem pertencer, total ou parcialmente, à esféra de competências da CML. Concreto todas as acções devem incidir sobre problemas concretos e produzir resultados concretos. Objectivos todas as acções devem contribuir de forma directa para a prossecução de, pelo menos, um objectivo do Plano. Calendário todas as acções devem avançar até ao prazo de vigência do Plano (2017). Viabilidade e responsabilidade todas as acções devem ser reconhecidas como úteis e viáveis. A decisão de criar uma tipologia de acções assentou na necessidade de facilitar a sua concepção, discussão e programação, especialmente devido a diversidade de agentes envolvidos, unificando assim métodos de trabalho e facilitandp a sua compreensão. A tipificação facilita ainda eventuais candidaturas a financiamento externo. Definiram-se 10 tipos de acção: Programa de obras de adaptação Página 5 de 19

Projectos-Piloto de obras de adaptação Regulamentação e Ferramenta de trabalho Procedimentos Investigação e Formação Informação e Sensibilização Publicas Articulação com entidades externas e Outro Fase 4 execução) Execução e Monitorização (a inicial após a aprovação da Proposta e nomeação das esfruturas de A presente proposta auto-identifica-se como Proposta Global do Plano, assumindo que em si estão contidas as medidas necessárias á concretização dos objectivos específicos do Plano bem como a identificação dos serviços responsáveis pela sua implementação. Considerando o financiamento determinado para a execução do plano, a metodologia proposta para a sua execução assenta na fórmula de Proposta Anual de Execução (PAE) que indicará as acções a ser integradas no Plano de Actividades e no Orçamento da CML a cada ano de vigência do Plano. A cada PAE corresponderá um Relatório Anual de Execução (RAE) que incluirá parecer da Comissão de Acompanhamento do Plano. Tanto o PAE como o REA são submetidos á apreciação da CML e deles dado conhecimento á AML. De acordo com o proposto, o Plano em si não carece de financiamento próprio, á excepção do relativo aos custos associados ao funcionamento da equipa do Plano, que forma já assumidos no Orçamento Municipal para 2014, por se encontrar constituída por funcionários da CML. As necessidades de financiamento centram-se portanto na concretização das acções a serem programadas em PAE, que estimará igualmente os seus custos. A proposta prevê que o financiamento seja de pelo menos 3% do Orçamentõ anual da CML, sem prejuízo da busca de outras fontés de financiamento. Este valor incide sobre o valor prevista em Orçamento Municipal para as despesas correntes/aquisição de bens e serviços e de cãpital/aquisição de bens de capital. Estas regras valerão, dádo o prazo de vigência do Plano, para os Orçamentos Municipais dos anosde 2014, 2015, 2016 e 2017. A proposta sublinha ainda o que chama de não-custos e custos já assumidos, que são as acções que podem ser concretizadas apenas pela assunção das orientações da presente proposta aplicadas à actividade corrente da CML. A diversidade e a transversalidade do âmbito de incidência do Plano justificam, uma vez mais, que a sua execução seja prosseguida pelos serviços competentes e não, como o foi no passado, centralizada num organismo isolado. Acresce que o modelo previsto de execução por acções, simplifica o processo de atribuição da responsabilidade de execução pelos serviços municipais. Para tal, o Plano prevê que as suas acções sejam incluídas na programação dos serviços directamente envolvidos na sua execução. De forma a garantir Página 6 de 19

uma coordenação eficaz, a proposta detalha o modelo de operacionalização e programação das acções do Plano, sem esquecer a especificidade inerente aos serviços das empresas municipais, prevendo inclusive a possibilidade de estabelecimento de contratos programa com estas empresas. A Coordenação do Plano fica a cargo da Equipa do Plano, a quem compete também atribuir determinada acção a determinado serviço (que pode ou não aceitá-la). A Equipa presta ainda apoio técnico e de acompanhamento durante o prazo em que decorre determinada acção, e fica responsável pela busca activa de fontes de financiamento adicionais, nomeadamente do QREN. Propõe-se a monitorização permanente e a avaliação no final de cada etapa tanto a nível político como técnico. Para tal o Plano propõe a seguinte tipologia de indicadores: Indicadores de execução aferem o estado da execução do Plano através do estado de execução das suas acções; Indicadores de produção aferem o volume de produção das acções que dependem da CML Indicadores de impacto medem ocorrências que não dçpendem exclusivamente do Plano, mas em que este tem influência Indicadores de contexto retratam factores que, não dependendo do Plano, têm, influência na sua execução É ainda intenção, referida na proposta, que a monitorização e execução do plano possa ser disponibilizada a todo o momento. IV Do CONTÈÚDO oo PLANO O presente capítulo sintetiza as propostas já avançadas pelo Plano de Acessibilidade Pedonal, tendo em conta as Áreas Operacionais por ele definidas. Importa salientar que foi a metodologia seguida, e atrás sintetizada, por ser, ela própria, a todo o tempo testada, que criou as condições necessárias à conclusão de objectivos sectoriais que vieram a assumir-se como ferramentas ou projectos-piloto. 1. Via Pública O Volume do Plano dedicado à Via Pública assumiu 9 Questões-chave Atropelamentos, Grandes barreiras á circulação pedonal, Passagens de peões desniveladas, Passagens de peões de superfície, Passagens de peões semaforizadas, Passeios (largura, r&iestimento, obstáculos), Conflitos com a rede ciclável, Estacionamento reservado a pessoas comdeficiência e Toponímia. Com base nestas Questões-chave, e aplicando a metodologia atrás enunciada, foi possível realizar uma análise multicritério que salientou a necessidade de aprofundar algumas matérias de forma sistemática, paralelamente à elaboração do próprio Plano, dando origem a acções concretas. Página 7 de 19

Encontram-se assim já criadas as seguintes Ferramentas: O Mapa do Potencial Pedonal de Lisboa (MaPPe) construído com a tripla função de apoiar o conhecimento, apoiar a compreensão e apoiara planeamento e a gestão, cujo objectiva é indicar os traços da rede viária onde actualmente, e por razões estruturais, são mais prováveis as concentrações de fluxos pedonais. Bases de dados georreferenciadas para apoiar o diagnóstico, planeamento, projecto e gestão da via pública, como o Sistema de Informação Geográfica para Gestão da Acessibilidade na Via Pública (SIGA), Sistemade Informação sobre Atropelamentos em Lisboa (SINAL). Fichas técnicas, que constituem documentos escritos e ilustrados que sistematizam ndrmas técnicas aplicadas a fins concretos como o Modelo de passagem de peões acessível e Acessibilidade Pedonal no Planeamento Urbano. No que concerne aos projectos-piloto, foram elaborados: Levantamento das condições de acessibilidade na rede pedonal que serve a Interíace de Sete-Rios; Levantamento das condições de acessibilidade na Cidade Universitária; Adaptação de passagens de peões na Av. 5 de Outubro; Percurso Pedõnal Saudável (em colaboração com a Associação Portuguesa de Diabéticos) De forma a abordar os conflitos e constrangimentos já identificados no decurso da elaboração do Plano, propõe-se, para cada Questão-chave analisada, realizar as seguintes acções: TIPO DE ACÇAO Programa de Obras de Adaptação Programa de Emergência Rodoviária Ferramenta de trabalho Modelo de Acalmia de Tráfego SINAL Procedimento Projectos de acalmia de tráfego pelas Juntas de Estimulo á Investigação Freguesia sobre atropelamentos Informação e Sensibilização Divulgação de medidas de acalmia de tráfego Educação para a ~ Cidadania lnveshgação Acessibilidade e Segurança Rodoviária junto a Estudos de tipo e de Escolas do 1 Ciclo do Ensino Básico caso. Projectos de. intervenção. ~ Ferramenta de trabalho Vectorização da rede pedonal Modelo de análise das grandes, barreiras à circulação pedonal Página 8 de 19

roced mento Apoiar Educativa a revisão da Carta Apoiar UE, PATI o desenvolvimento EU e LU de PMOT, Investigação Projecto-piloto de Obras de Adaptação Impacto das grandes barreiras nos Municipes Minimização de grandes barreiras na Quinta dos Barros/Galhardas e Green Park ~ Programa de Obras de Adaptaçao Programa de adaptação das Programa de intervenção nas passagens desniveladas passagens opcionais Ferramenta de trabalho Guião de verificação de passagens desniveladas Investigação Avaliação das passagens opcionais ~ r~i Programa de Obras de - Programa de adaptaçao das passadeiras Adaptaçao Ferramenta de trabalho Modelo de passagem de peões. Projectos de acalmia de tráfego Procedimento pelas Juntas de Freguesia Atravessa com a EMEL Projecto-piloto de Obras de Adaptação das passadeiras da Av Adaptação das passadeiras junto à Adaptação 5 de Outubro Gare do Oriente. t~ite.i4*1: ~~gj Programa de Obras de - Adaptação Programa de adaptaçao das passagens de peoes semaforizadas Procedimento Informação pública Integrar a Acessibilidade na Sinalização sonora em situações estrategia de sinalizaçao luminosa ambiguas Informação sobre semaforização acessivel Investigação Formatos alternativos para a transmissao do sinal semaforico Necessidades e preferências dos peões com deficiência visual Tempo a pedido Estudos de Viabilidade e boas tipo e de caso praticas Parecer sobre excepções ao cumprimento da temporização Articulação com outras Proposta de alteração ao DL 163/2006 Página 9 de 19

6K ap o~ BU!8?d sepepque

2t1~T~1C4~ t~ ~{eji 1~r~ J *111 M~ ~ ~ TIPODEACÇÃO Programa de Obras de.. Programa de eliminaçao de barreiras Ad a ptaçao Aplicação Guia para a Ficha tecnica Passeios telemovel sobre Ferramenta de Trabalho implantaçao de Revestimento de (in)suficientes Estacionamento,, sinais verticais Passeios ilegal Condições técnicas de execução de Reforço dos meios de combate Procedimento intervenções no subsolo ao estacionamento ilegal Sensibilização de Empresas Brigada salva-quedas Informaçáo e Sensibilização Chamar a atenção Acessibilidade no Licenciamento Zero Divulgação Guião de Verificação da ocupação do espaço Publico Investigação Revestimento dos passeios de Lisboa Projecto-piloto de Obras de Av Almirante A~ + Percurso Pedonal Portas de Sto Antão São Jose aptc4çao Reis sem saudavel Santa Marta barreiras ~ZE~ Programa de Obras de Adapta çao Procedimento Corrigir os conflitos criados pela rede ciclavel Revisão das soluções-tipo para percursos cicláveis ~ ~rk TIPO DEACÇÃO Programa de Obras de - Programa de adaptaçao de lugares de estacionamento Adaptaçao Ferramenta de Trabalho Procedimento informação publica Projecto-piloto de Obras de Adaptaçao Modelo de Estacionamento Acessível Rede Municipal de lugares de estacionamento reservados Divulgação Estacionamento Acessivel na Rua Alexandre Herculano, 46 Página lide 19

4 Investigação Informação e Sensibilização pública Soluções para a acessibilidade à Toponímia Envolver investigadores e empreendedores na Toponimia 2. Equipamentos Municipais No que concerne á adaptação dos Equipamentos Municipais, foram identificadas 8 Questõeschave - Cultura, Mercados, Desporto, Parques e jardins, Cemitérios, Escolas Básicas do 1 Ciclo, Serviços Municipais e Castelo de São Jorge. A própria proposta do Plano clarifica que a abordagem se ficou pela Acessibilidade física, apesar de assumir que se encontram constrangimentos para lá da circulação para e dentro do equipamento. Ficaram de fora as abordagens quanto á preparação dos equipamentos para diferentes necessidades e o acesso aos seus conteúdos. Com base na elaboração do Plano, foram já desenvolvidos os seguintes projecto-piloto, todos eles financiados pelo QREN/POPH/RAMPA: Análise das condições de acessibilidade em 24 Equipamentos Municipais, Análise das condições de acessibilidade em 32 Escolas Básicas, e Projecto Base de promoção de acessibilidade ao Castelo de São Jorge. Foram ainda desenvolvidas ferramentas, sob a forma de fichas técnicas ou estudos, igualmente apoiados pelo QREN/POPH/RAMPA: e Modelo de Instalação Sanitária Acessível; e Instalação Sanitária Acessível para Escolas Básicas do 1 Ciclo; Acessibilidade a conteúdos expositivos ou museológicos; Acessibilidade de Equipamentos de jogo e recreio para Escolas Básicas do 1 Ciclo; Aplicação dos princípios de acessibilidade e design inclusivo á promoção da segurança rodoviária na envolvente ás Escolas Básicas do 1 Ciclo; e Acessibilidade ao património histórico; e Análise e propostas de melhoriado acesso a conteúdos no Castelo de São Jorge; e Procedimentos de apoio ao visitante com mobilidade condicionada. Note-se que, face á facilidade de identificação e quantificação dos equipamentos, aliada á sua gestão, que por ser de responsabilidade Municipal tende a agilizar o processo de reconhecimento de eventuais conflitos, foi possível do decurso da elaboração do Plano, realizar o levantamento dos problemas de alguns do equipamentos, assim como as respectivas propostas de solução e estimativa de custos. Os valores estimados para a adaptação dos equipamentos analisados, e por questão-chave, são: CULTURA (6) -459.341,86 MERCADOS (7) - 674.070,93 Em parêntesis o numero de equipamentos anavsados Página 12 de 19

DESPORTO (2)- 158.936,36 PARQUES E JARDINS (3) -889.499,54 CEMITÉRIOS (6) -4.675.481,97 ESCOLAS BÁSICAS DO 1 CICLO (32) -951.786,63 SERVIÇOS MUNICIPAIS - CASTELO DE S.JORGE - O plano propõe-se pois realizar as seguintes acções: = r TIPO DEACÇÃO Profirama de Obras de... Programa de promoçao de acessibilidade nos equipamentos culturais Ad aptaça o. - Acessibilidade a conteúdos Promoção da Acessibilidade ao lnvestigaçao... expositivos ou museologicos patrimonio historico edificado Programa de Obras de Adaptação Programa de promoção de acessibilidade nos mercados municipais ~sa ~ Programa de Obras de Adaptação Programa de promoção de acessibilidade nos Equipamentos Desportivos c-~ Programa de Obras de Adaptação ~2hNa!~iJ4-1~rÁ~ ~1 ~1I~1~ Programa de promoção de acessibilidade nos parques e jardins TIPO DEACÇAO Pro9rama de Obras de Adaptação w~!.~;nl~b Programa de promoção de acessibilidade nos cemitérios iii~õdeacçao Página 13 de 19

Programa de Obras de Ad aptaça o Ferramenta de Trabalho Investigação Programa de promoçao de acessibilidade nas escolas basicas do 1 Ciclo Modelo de instalação sanitaria acessível para escolas básicas do 10 Ciclo Equipamentos de jogo e de recreio de escolas basicas do 1 Ciclo Programa de Obras de Adaptação Programa de promoção de acessibilidade nos edificios de serviços municipais Projecto-piloto de Obras de Adaptação Articulação com entidades externas Projecto Base de Promoção da Acessibilidade do Castelo de São Jorge Projecto de execução para Promoção da Acessibilidade do Castelo de São Jorge Propor afectaçao de verbas do Casino a adaptaçao do Castelo de 5. Jorge. Melhoria de acesso a conteúdos no Procedimentos de apoio a visitantes lnvestgaçao Castelo de 5. Jorge com mobilidade condicionada 3. Articulação com as redes de transporte público A área operacional da Articulação Com as Redes de Transporte Publico tem em consideração todas as fases de uma deslocação do ponto A para o ponto B, mas também todos os modos em que essa viagem se realiza. Tem ainda em Consideração que neste sistema converge a acção de uma grande variedade de atores, factores e pontos de vi~ta, mas também que antes, durante e no fim da viagem, influem ainda na análise as condições de acessibilidade das restantes áreas operacionais, conforme sistematizadas na presente,proposta. Neste âmbito foram assumidas as seguintes 7 questões-chave - Barreiras antes da viagem, Barreiras no acesso à rede, Barreiras nos interíaces, Barreiras no acesso ao veículo, Barreiras dentro do veículo, Barreiras depois da viagem, Factores transversais. Importa referir que do diagnóstico desta área operacional resultou clara a necessidade absoluta de articulação entre os vários actores. Sem que cada um, dentro da sua esfera de competências, assuma a sua responsabilidade e aja em conformidade, não se. poderão ter resultados eficientes na eliminação das barreiras actualmente existentes. O Plano propõe as seguintes acções: Página 14 de 19

Programa de Obras de -.. Programa de adaptaçao de paragens de autocarro Adaptaçao Ferramenta de Trabalho Formação Articulação com entidades externas. Requisitos para a concessão de Modelo de paragem acessivel publicidade exterior Formação para operadores de transporte publico Task-force para a acessibilidade na rede de transporte publico Adaptação das Adaptaçao de Executar. paragens que Eliminar barreiras Projecto-piloto de Obras de paragens na recomendaçoes.. servem a na interface de Adaptaçao envolvente ao da Provedoria de carreira 720 Sete Rios Hospital Sta Maria CARRIS Justiça 4. Fiscalização de particulares À CML está conflada.a competência para fiscalizar o cumprimento por parte dos particulares de diversas normas legais, entre elas o DL 163/2006 e o RJUE. Apesar das várias evoluções neste domínio (ex. Licenciamento Zero) a proposta ressalva que não houve uma redução do grau de exigência na acção dos particulares, mas antes uma simplificação do procedimento administrativo, que tem de ser compensado com partilha de responsabilidade. Importa salientar que a acção do particular, seja em fase de projecto ou obra de execução tem um enorme potencial danoso que urge conter Ainda a acção particular deve ser complementar à acção municipal, de forma a garantir o cumprimento dos objectivos do Plano. Neste domínio identificam-se 7 questões-chave - Compreensão da Lei pelos projectistas, Controlo Prévio de Operações de Loteamento e Obras de Urbanização, Controlo Prévio de Obras de Edificação, Vistoria para funcionamento de estabelecimentos particulares, Cumprimento de prazos para adaptação, Estaleiros de Obra no passeio, Obras na via pública para acesso a edifícios particulares. No que concerne à acção municipal o Plano propõe: Ferramenta de Trabalho Peça Instrutória Plano de Obras no passeio para acesso a Acessibilidades~ edifícios particulares Guião para a vistoria de estaleiros na rede pedonal Acessibilidade em estabelecimentos de restauração e bebidas Página 15 de 19

5. Desafios transversais Este capitulo debruça-se sobre algumas matérias especificas, cuja relevância foi evidenciada em sede de diagnóstico, e que se verificam, de uma forma ou de outra, em mais do que uma área operacional do Plano (senão em todas). Não poderia existir exemplo mais concreto de transversalidade do que a FORMAÇÃO, na medida em que, a todo o tempo, qualquer agente municipal ou de empresa municipal poderá tomar uma decisão potencialmente danosa em termos de acessibilidade, caso para tal não esteja sensibilizado. Para tal o Piano propõe um Programa Municipal de Formação em acessibilidade e design inclusivo para os funcionários da autarquia. O TURISMO ACESSÍVEL é outra matéria transversal tratada no Plano, potenciada pelo peso estratégico que o turismo assume na economia da Cidade. A presente proposta assume também a sua vontade de dar um contributo efectivo para a promoção turística da Cidade, demonstrada no cuidado e detalhe do diagnostico ao seu potencial acessível. As acções propostas pelo Plano são: Procedimento Informação Pública Captação de emissores chave ACÇOES Roteiros para turistas em cadeira de rodas Informação e Sensibilização... Projecto Aqui estamos publicas O ACESSO AO VOTO dispensa clarificação adicional. Não só é um imperativo no exercício pleno dos direitos de cidadania, como uma obrigação da CML amplamente regulada. Contudo verificam-se ainda constrangimentos, ainda que cada vez mais pontuais. O Plano propõe uma acção: Também a ABERTURA DE EXCEPÇÕES prevista no DL 16312006, mereceu a atenção da equipa do Plano, na medida em que, no cruzamento deste com os vários instrumentos de gestão territorial, se podem gerar problemas de discricionariedade excessiva, indefinição de procedimentos, responsabilidades ou ferramentas, ou ainda desconhecimento do mecanismo a utilizar. Estes problemas são tão mais relevantes quando colocam ao decisor, neste caso a CML, dificuldades de segurança na decisão, ou mesmo de incompatibilidade entre mecanismos ou direitos. Página 16 de 19

De forma a ultrapassar, ou pelo menos mitigar, este problema, o Plano prevê levar a cabo uma acção, do tipo ferramenta de trabalho, denominada Excepções ao DL 163/2006: Orientações e recomenda ções dirigida a particulares e serviços municipais. V CONCLUSÕES A proposta define acessibilidade como a capacidade do meio edificado de proporcionar a todas as pessoas uma igual oportunidade de uso, de uma forma directa, imediata, permanente e o mais autónoma possível, e assume-se como uma vontade politica, à qual é dada uma tradução gráfica e propositiva, na forma de Plano, que a coloca em igualdade face a outros temas do planeamento e da gestão urbana. Sendo a Acessibilidade condição essencial para a garantia de igualdade de oportunidades, e para a concretização plena da cidadania, outro aspecto da proposta a ressalvar é a da sua oportunidade. Partindo de uma base legal que estabelece prazos para a adaptação progressiva dos espaços e edifícios existentes, e que obriga a uma acção consertada no sentido da promoção da acessibilidade, passando pela percepção generalizada de que a Cidade não é livre, nó sentido em que nela se encontram múltiplas e diversas barreiras, e terminando no potencial que uma Cidade verdadeiramente acessível pode ter, tudo se conjuga para que a oportunidade do Plano seja evidente. Importa ainda verificar se a proposta tem potencial valor para a Cidade. Desde logo, e no que ao diagnóstico diz respeito, a proposta tem o mérito de sistematizar de forma simultaneamente individual e cruzada as causas e efeitos dos constrangimentos verificados na rede viária e de acessibilidades, permitindo uma abordagem transversal aos problemas e a concretização de propostas de solução. Note-se que a proposta procura avançar com soluções de abordagem sistémica e não orientada para cada constrangimento da rede viária de forma individual, o que tornaria, na prática, o Plano inconclusivo e inexequível face á dimensão e variedade das situações sobre que deveria incidir Esta metodologia permite assim uma maior eficácia e rentabilidade das acções propostas, sem assumir a tradicional forma de Plãno Regulamentar, mas apostando antes na tipificação de problemas e respectivas soluções, bem como na disseminação destas pelos vários serviços que actuam no quotidiano em áreas em que estas podem ser concretizadas. No que toca à execução do Plano importa referir que ele tomou inevitavelmente em consideração a profusão de serviços, competências e agentes, os meios limitados, procurando explorar o potencial dos mecanismos já disponíveis. A este propósito saliente-se a intenção declarada de fazer através do serviços, procurando fazer da sua missão um compromisso a assumir pelos serviços da CML, de forma a gerar valor sem custos adicionais para o Município e cumprir os objectivos do Plano. For fim o financiamento determinado para a execução do Plano (3% do Orçamento Municipal), observado à luz dos seus objectivos e das acções já programadas, pode suscitar dúvidas quando à sua exequibilidade e dimensão face ao volume de intervenções a realizar No entanto, seguindo a proposta de execução do Plano, caberá aos diferentes serviços proceder à concretização das acçõese medidas enunciadas, assegurando para tal a sua cabimentação no Orçamento Municipal (recursos humanos, execução pelos serviços, por exemplo), sendo por isso Página 17 de 19

estas necessidades de financiamento que constituem o essencial das necessidades de execução do Plano. Acresce que a execução de algumas acções concretas poderá ser objecto de financiamento externo ao Município, seja pela candidatura a fundos comunitários (como aliás já sucedeu na elaboração do Plano) ou mesmo do orçamento participativo (como é o caso das acções empreendidas neste âmbito pela JF de Benfica ou o percurso acessível de Entrecampos ao Saldanha) e através do recurso a mecenato (como é o caso do percurso saudável a realizar com o envolvimento da Associação Portuguesa de Diabéticos). Por último, conforme programado pelo próprio Plano, prevê-se a afectação de algumas verbas do Casino de Lisboa à execução de determinadas acções. Esta forma de execução do Plano exige porém uma forte articulação entre serviços, tanto na elaboração dos seus planos de acção e orçamento, como na programação das intervenções, o que aconselha à formalização de um despacho do Presidente da CML no sentido de que os serviços em causa prestem todo o apoio e informação à Equipa do Plano neste domínio e que procedam atempadamente à programação e cabimentação das intervenções que lhe são cometidas. A PAE e o RÂE são os elementos de articulação e controlo que devem assegurar este propósito. A transversalidade das propostas do Plano e a necessária mobilização dos vários pelouros e serviços da CML que a sua implementação exige, aconselha ainda que se proceda a acções de formação dos técnicos municipais que tenham de intervir neste domínio da acessibilidade pedonal, nomeadamente os que licenciam obras particulares e projectam ou apreciam equipamentos colectivos municipais, assim como os que são responsáveis pela apreciação e lançamento das obras de edifícios e na via pública. Recomenda-se que esta formação técnica específica seja incluída nas próprias acções de formação que a CML desenvolve para os seus colaboradores. Do mesmo modo, atendendo às novas competências das Juntas de Freguesia no domínio da rede viária, espaços públicos e equipamentos colectivos, recomenda-se igualmente que se desenvolvam acções de sensibilização e formação em articulação com as Juntas de Freguesia, no sentido de divulgar o Plano e as suas propostas, bem como manifestar a disponibilidade da Equipa do Plano em apoiar tecnicamente os seus técnicos na elaboração de projectos que contribuam para a concretização do mesmo. Especial atenção deve ser dada aos concessionários de infra-estruturas de subsolo, dada a sua intervenção no espaçã público e a possibilidade de se aproveitarem essas intervenções no sentido de também aí se ir concretizando o Plano. A questão dos acessos à zona das colinas deve também merecer uma atenção especial da Equipa do Plano, dado que, embora o Plano não aborde este assunto com o mesmo detalhe de outros temas, há vários estudos e projectos em curso na CML neste domínio que deverão ser devidamente acompanhados pela Equipa do Plano. Página 18 de 19

A AML reafirma ainda o seu propósito de acompanhar atentamente a execução do Plano, seja através da análise dos Planos Anuais e Relatórios Anuais de Execução, seja na apreciação dos Orçamentos Anuais da CML, de forma a verificar o cumprimento do compromisso de afectar 3 % das despesas municipais à concretização do Plano. Face ao exposto considera-se a proposta oportuna, útil e exequível, atenta às necessidades reais das pessoas. O Plano proposto assenta num diagnóstico detalhado e fiável e tem objectivos concretos e meritórios, devidamente tipificados e quantificados. O sucesso da sua execução dependerá no entanto de se conseguir assegurar uma eficaz articulação entre os vários serviços municipais que intervêm na sua concretização, o que aconselha à formalização de um despacho do Sr Presidente da CML que dê o enquadramento necessário ao trabalho que nesse sentido deverá ser realizado pela Equipa do Plano. Lisboa, 1 de Fevereiro de 2014 Relatora O Presidente da Comissão Rita (P5) Fernando Nunes da Silva Página 19 de 19