Campus Dom Pedrito Curso de Enologia

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Campus Dom Pedrito Curso de Enologia Aula : SISTEMA VASCULAR OU DE CONDUÇÃO Morfologia e Fisiologia Vegetal Abril 2018 Dr. Juan Saavedra del Aguila Professor Adjunto

TECIDOS VASCULARES XILEMA & FLOEMA

XILEMA (LENHO) a) FUNÇÃO: - condução de água; - condução de nutrientes inorgânicos; - armazenamento de substâncias; - sustentação. b) ORIGEM (Meristemas): - Crescimento primário no procâmbio. - Crescimento secundário câmbio vascular.

Formação da placa perfurada simples: Parede secundária Rebordo Lamela média entumescida Perfuração simples Desenvolvimento dos elementos de vaso. A, célula meristemática. B, futura área de perfuração espessada devido ao entumescimento da lamela média. C, espessamento secundário depositado, menos na futura área de perfuração. D, já ocorreu a perfuração e a desintegração do protoplasma. (FONTE: Esaú, 2002).

A diferenciação dos elementos traqueais é um exemplo de APOPTOSE morte celular programada, é a conseqüência de processos geneticamente programados que levam a morte da célula.

c) LOCALIZAÇÃO: juntamente com o floema, o xilema forma um sistema contínuo de tecidos vasculares que se estende por todo o corpo da planta. d) PRINCIPAIS CÉLULAS DE CONDUÇÃO Os elementos traqueais (não possuem protoplasto na maturidade e podem possuir pontuações nas paredes): traqueídes (são encontradas em todos os grupos de plantas vasculares) elementos de vaso (são mais eficientes, encontrados nas angiospermas)

Traqueídeos Elementos traqueais e suas interconexões. (FONTE: Taiz & Zeiger, 2004)

Tipos de células componentes do xilema secundário (obtidas de elementos do lenho dissociado de Quercus, carvalho). A-C, elementos de vaso, de lume amplo. D-F, elementos de vaso estreitos. G, traqueídeo. H, fibrotraqueídeo. I, fibra libriforme. J, célula parenquimática do raio. K, feixe parenquimático axial. (FONTE: Esaú, 2002).

ELEMENTOS TRAQUEAIS - PAREDE SECUNDÁRIA XILEMA PRIMÁRIO: - variedade de espessamento em suas paredes secundárias; - possibilita serem esticados ou estendidos, embora essas células sejam freqüentemente destruídas durante o alongamento dos órgãos vegetais (em crescimento). XILEMA SECUNDÁRIO: - as paredes secundárias recobrem completamente a parede primária. Conseqüentemente são rígidas e não podem ser esticadas.

Diferentes tipos de espessamento secundário da parede dos elementos de vaso Elementos de vaso do xilema primário de Phaseolus. (a) Espiralado ou helicoidal. (b) Anelar. (c) Parcialmente pontuado e parcialmente reticulado. (d) Pontuado. A parede secundária está em preto (FONTE: Esaú, 2002).

Corte longitudinal em caule de mamona evidenciando os elementos de vaso do xilema (foto retirada em aula prática do dia 20/05/2008). Foto: Ethur, L.Z.

Corte longitudinal tangencial do xilema secundário de Junglans, nogueira. São evidentes elementos de vaso largos (v) com grupos de pontuações e fibras (f) (x400) (FONTE: Cutter, 1986).

Placas perfuradas escaliformes em elementos de vaso do xilema secundário da árvore da tulipa, Liriodendron tulipifera (x2000) (FONTE: Cutter, 1986).

Figura 5.4 - Representação esquemática das placas de perfuração.

TILOSE (FONTE: Pascholati & Leite, 1995) Figura 5.18 - Anani (Symphonia globulifera L. - Clusiaceae). Tilos (seta preta). Parede do vaso (seta branca). Barra = 150 µm. (Foto: Cátia H. Callado).

FLOEMA (LÍBER) a) FUNÇÃO: - condução de substâncias orgânicas para todo vegetal; - armazenamento de substâncias; - sustentação. b) ORIGEM (Meristemas): Crescimento primário no procâmbio. Crescimento secundário câmbio vascular.

DIFERENCIAÇÃO ELEMENTO TUBO CRIVADO

LOCALIZAÇÃO FONTE: Acta bot. bras. 18(4): 987-999. 2004 Figuras 15-18. Seções transversais de pecíolos. 15. Miconia sp., com contorno côncavo/convexo e feixes vasculares distribuídos de forma aleatória. Notar células esclerificadas distribuídas esparsamente e idioblastos portadores de drusas (seta) e de substâncias fenólicas (sf). 16. Miconia sellowiana Naudin, com contorno côncavo/convexo e feixes vasculares distribuídos em arco. 17. Tibouchina sp. 2, com contorno côncavo/convexo (abaxialmente) e feixes vasculares distribuídos ao acaso; notar emergências (em) e os idioblastos portadores de drusas (seta). 18. Miconia pepericarpa Mart. ex DC., com contorno elíptico, feixes vasculares em forma de arco, tricomas ramificados e dendríticos e idioblastos contendo drusas (seta). Barras: 15-18 = 200µm

c) LOCALIZAÇÃO: juntamente com o floema, o xilema forma um sistema contínuo de tecidos vasculares que se estende por todo o corpo da planta. d) PRINCIPAIS CÉLULAS DE CONDUÇÃO Os elementos crivados apresentam áreas crivadas, através das quais os protoplastos de elementos crivados adjacentes são interligados: células crivadas (menos especializadas, não possuem placa crivada, ocorrem apenas em gimnospermas) elementos de tubo crivado (possuem placa crivada (com poros) nas paredes terminais onde ocorre a união entre as células, ocorrem apenas em angiospermas) elementos crivados são os elementos de condução do floema nas plantas vasculares sem sementes.

ELEMENTO TUBO CRIVADO

OUTRAS CÉLULAS DO FLOEMA CÉLULA ALBUMINOSA: associada à célula crivada. Função: liberação de substâncias para as células crivadas, moléculas informacionais e ATP. CÉLULA COMPANHEIRA: associadas aos elementos do tubo crivado, derivam da mesma célula-mãe do elemento de tubo crivado, possuem numerosos plasmodesmos com o elemento de tubo crivado. Função: liberação de substâncias, inclusive de moléculas informacionais e ATP.

Figuras 6.3 e 6.4 - Seções longitudinais tangenciais do floema de Banisteriopsis oxyclada. (Malpighiaceae). 6.3 - Elementos de tubo crivado (ETC) com placas crivadas transversais a levemente inclinadas (setas). As células mais estreitas e de conteúdo denso são células companheiras (ponta de seta). Barra = 110 mm. 6.4 - Detalhe das placas crivadas (seta) com poros visíveis; na porção inferior das placas crivadas vêem-se acúmulos de material, os chamados tampões de proteína P. Barra = 50 mm.

Figuras 6.10 e 6.11-6.10 - Seção transversal do floema do ovário de Zeyheria digitalis (Bignoniaceae) mostrando um elemento de tubo crivado (ETC) relativamente grande circundado por quatro células companheiras (CC). N = núcleo. Barra = 1 mm. 6.11 - Detalhe mostrando plasmodesmos (ponta de seta) conectando célula companheira e elemento de tubo crivado. N = núcleo. Barra = 0,5 mm.

Figuras 6.5 e 6.6 - Seções transversais do caule de erva-doce (Pimpinella). 6.5 - Feixe colateral com xilema (X) e floema (F). No floema, as células maiores e de contorno irregular são os elementos de tubo crivado e as células menores e mais densas, células companheiras. Barra = 100 mm. 6.6 - Elemento de tubo crivado (ETC) com placa crivada simples e células com-panheiras (CC) densas e com núcleo conspícuo. Barra = 40 mm.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS DOM PEDRITO E ITAQUI AGRADECIMENTOS Profª. Elizete Beatriz Radmann Profª. Luciana Zago Ethur